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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - ICS 
GRADUAÇÃO DE FARMÁCIA 
 
 
 
 
 
 
NANUBIA SUMARAYA DA SILVA VIANA 
 
ÁCIDO HIALURÔNICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 
2025 
 
 
 
 NANUBIA SUMARAYA DA SILVA VIANA 
 
 
 
ÁCIDO HIALURÔNICO 
 
 
Trabalho para obtenção parcial de nota da disciplina 
de Práticas Educativas em Saúde, curso de 
Farmácia – UNIP. 
Orientadora: Prof. Rita de Cássia Fernandes Borges. 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 
2025 
 
 
RESUMO 
O ácido hialurônico é um polissacarídeo natural com propriedades viscoelásticas e 
hidrofílicas, amplamente presente nos tecidos humanos, especialmente na matriz extracelular 
da pele, articulações e olhos. Sua capacidade de retenção de água e biocompatibilidade o 
consolidaram como um dos compostos mais utilizados na medicina estética, dermatologia, 
ortopedia e oftalmologia. A literatura nacional demonstra sua relevância crescente, tanto no 
mercado farmacêutico e cosmético quanto nas práticas clínicas, sendo aplicado em 
preenchimentos faciais, bioestimulação tecidual, viscossuplementação articular e terapias 
regenerativas. Este trabalho tem como objetivo analisar, a partir de revisão bibliográfica, as 
principais aplicações, métodos de produção, eficácia clínica e aspectos de segurança 
relacionados ao ácido hialurônico. Além de suas contribuições terapêuticas, discutem-se os 
riscos associados, como reações inflamatórias e complicações decorrentes de técnicas 
inadequadas. A regulamentação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e a 
capacitação profissional são apontadas como fundamentais para garantir segurança e eficácia 
nos tratamentos. O estudo evidencia ainda a importância da biotecnologia nacional na 
produção do composto, reduzindo a dependência de importações e ampliando o acesso no 
mercado brasileiro. Conclui-se que o ácido hialurônico representa não apenas um avanço 
tecnológico e terapêutico, mas também um desafio em termos de regulamentação, 
conscientização profissional e sustentabilidade da produção. 
Palavras-chave: Ácido Hialurônico; Medicina Estética; Biotecnologia; Aplicações Clínicas; 
Produção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
Hyaluronic acid is a natural polysaccharide with viscoelastic and hydrophilic properties, 
widely present in human tissues, especially in the extracellular matrix of the skin, joints, and 
eyes. Its water retention capacity and biocompatibility have consolidated it as one of the most 
used compounds in aesthetic medicine, dermatology, orthopedics, and ophthalmology. 
National literature demonstrates its growing relevance, both in the pharmaceutical and 
cosmetic market and in clinical practice, being applied in facial fillers, tissue bio-stimulation, 
joint viscosupplementation, and regenerative therapies. This study aims to analyze, through a 
bibliographic review, the main applications, production methods, clinical efficacy, and safety 
aspects related to hyaluronic acid. In addition to its therapeutic contributions, risks such as 
inflammatory reactions and complications arising from inadequate techniques are discussed. 
Regulation by the Brazilian Health Regulatory Agency (ANVISA) and professional training 
are highlighted as fundamental to ensure safety and efficacy in treatments. The study also 
highlights the importance of national biotechnology in the production of the compound, 
reducing dependence on imports and expanding access in the Brazilian market. It is concluded 
that hyaluronic acid represents not only a technological and therapeutic advance but also a 
challenge in terms of regulation, professional awareness, and production sustainability. 
Keywords: Hyaluronic Acid; Aesthetic Medicine; Biotechnology; Clinical Applications; 
Production. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO............................................................................................................................. 13 
2. REVISÃO DE LITERATURA............................................................................................................13 
2.1 O que é o ácido hialurônico e seu mecanismo de ação........................................................13 
2.2 Métodos de produção e recomendações de uso................................................................. 14 
2.3 Riscos e efeitos adversos das aplicações............................................................................. 14 
2.4 Comparações com outros tratamentos estéticos/terapêuticos........................................... 14 
2.5 Regulamentação e conscientização profissional..................................................................15 
3. OBJETIVOS................................................................................................................................. 15 
3.1 Objetivo geral.....................................................................................................................15 
3.2 Objetivos específicos..........................................................................................................15 
4. MÉTODOS.................................................................................................................................. 16 
4.1 ASPECTOS ÉTICOS...............................................................................................................16 
4.2 TIPO DE ESTUDO................................................................................................................ 16 
4.3 PERÍODO DA PESQUISA...................................................................................................... 16 
4.4 LOCAL DE PESQUISA........................................................................................................... 16 
4.5 PÚBLICO-ALVO................................................................................................................... 17 
4.6 ORGANIZAÇÃO DOS DADOS............................................................................................... 17 
4.7 APRESENTAÇÃO DOS DADOS:............................................................................................. 17 
5. RESULTADOS...............................................................................................................................18 
6. DISCUSSÃO.................................................................................................................................18 
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................................. 19 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................................................20 
 
13 
 
1. INTRODUÇÃO 
 O ácido hialurônico (AH) representa um dos principais avanços da medicina estética e 
regenerativa na contemporaneidade. Naturalmente presente no organismo humano, é um 
glicosaminoglicano linear constituído por ácido D-glicurônico e N-acetil-D-glicosamina, com 
alta capacidade de retenção hídrica e propriedades viscoelásticas que lhe conferem papel 
fundamental na manutenção da estrutura e hidratação dos tecidos (Salles et al., 2011). 
No Brasil, a utilização do AH cresceu significativamente nos últimos anos, 
impulsionada pelo aumento da demanda por procedimentos estéticos minimamente invasivos 
e pela expansão do mercado cosmético e farmacêutico. A indústria nacional, aliada a centros 
de pesquisa, tem desenvolvido tecnologias de produção e formulações adaptadas às 
necessidades locais, o que contribui para a consolidação do país como um dos maiores 
mercados consumidores de preenchedores dérmicos (Morato et al., 2024). 
Além da estética, o AH tem aplicação em diversas áreas médicas, como ortopedia, 
oftalmologia e dermatologia, demonstrando eficácia tanto em procedimentos de 
preenchimentofacial quanto em tratamentos regenerativos. No entanto, o crescimento 
acelerado da sua utilização também trouxe questionamentos quanto à segurança, qualidade 
dos produtos e necessidade de regulamentação rigorosa por parte dos órgãos de saúde, 
especialmente a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) (Moraes et al., 2017). 
A escolha do tema justifica-se pela relevância do AH como recurso terapêutico e pelo 
impacto econômico no setor da saúde e beleza. A compreensão de seus mecanismos de ação, 
formas de produção e riscos associados é fundamental para a prática profissional segura e 
responsável. Nesse contexto, este trabalho busca analisar, por meio de revisão de literatura 
nacional, as principais aplicações, benefícios, riscos e desafios relacionados ao uso do ácido 
hialurônico. 
 
2. REVISÃO DE LITERATURA 
2.1 O que é o ácido hialurônico e seu mecanismo de ação 
O ácido hialurônico (AH) é um polissacarídeo linear pertencente à família dos 
glicosaminoglicanos, composto por unidades repetidas de ácido D-glicurônico e 
N-acetil-D-glicosamina. Está presente em diversos tecidos humanos, como pele, cartilagem, 
líquido sinovial e humor vítreo, desempenhando funções estruturais e de hidratação (Salles et 
al., 2011). Sua principal característica é a capacidade de reter água em quantidades muito 
superiores ao seu peso, o que garante propriedades viscoelásticas fundamentais na 
manutenção da homeostase tecidual. 
14 
 
O mecanismo de ação do AH está relacionado à sua interação com receptores 
celulares, como o CD44, que participa de processos de reparo e regeneração, modulando 
respostas inflamatórias e promovendo cicatrização (Cunha; Braga, 2023). Além disso, sua 
degradação enzimática natural, por meio da hialuronidase, garante biocompatibilidade e 
segurança em aplicações clínicas. 
2.2 Métodos de produção e recomendações de uso 
A produção de AH pode ocorrer por meio de extração animal, menos utilizada 
atualmente, ou pela via biotecnológica, através da fermentação bacteriana com cepas de 
Streptococcus zooepidemicus. O método biotecnológico é o mais adotado, pois garante maior 
pureza, reduz riscos de reações adversas e facilita o controle do peso molecular, fator 
determinante na indicação terapêutica (Morato et al., 2024). 
No Brasil, a indústria farmacêutica tem investido na produção nacional, ampliando o 
acesso ao composto e reduzindo custos relacionados à importação. A recomendação de uso do 
AH varia conforme o peso molecular e a formulação: em aplicações estéticas, formulações 
reticuladas conferem maior durabilidade ao efeito preenchedor; em soluções não reticuladas, 
privilegia-se a hidratação e a bioestimulação (Montelo et al., 2024). 
2.3 Riscos e efeitos adversos das aplicações 
Apesar da biocompatibilidade, o uso do AH pode apresentar complicações. Os efeitos 
adversos mais comuns são edema, hematomas e reações inflamatórias transitórias. Em casos 
mais raros, podem ocorrer necrose tecidual por injeção intravascular, formação de granulomas 
e infecções locais (Salles et al., 2011). Estudos demonstram que a durabilidade clínica 
percebida pelos pacientes tende a diminuir após nove meses, mesmo quando a espessura 
cutânea ainda apresenta alterações detectáveis por ultrassonografia (Salles et al., 2011). 
No rejuvenescimento facial, quando associado a outros biomateriais, como a 
hidroxiapatita de cálcio, o AH apresentou melhora nos resultados clínicos, mas também exige 
maior atenção aos protocolos de aplicação para reduzir complicações (Montelo et al., 2024). 
Assim, a capacitação profissional é essencial para prevenir riscos e garantir a segurança do 
paciente. 
 
2.4 Comparações com outros tratamentos estéticos/terapêuticos 
O AH se consolidou como uma alternativa segura e eficaz em comparação a outros 
preenchedores e métodos de rejuvenescimento. Diferente de substâncias permanentes, o AH é 
15 
 
absorvível, o que reduz complicações de longo prazo e possibilita correções com o uso de 
hialuronidase em casos de insatisfação ou intercorrências (Daher et al., 2020). 
No contexto ortopédico, sua aplicação em viscossuplementação apresenta vantagens 
sobre antiinflamatórios de uso contínuo, pois proporciona lubrificação articular e melhora da 
mobilidade, com baixo índice de efeitos colaterais (Moraes et al., 2017). Comparativamente, 
em procedimentos estéticos, os resultados do AH são mais previsíveis e reversíveis em 
relação a técnicas como o uso de silicone líquido ou implantes permanentes (Cunha; Braga, 
2023). 
2.5 Regulamentação e conscientização profissional 
No Brasil, o uso do AH é regulamentado pela Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária (ANVISA), que estabelece normas de produção, registro e comercialização. Além 
disso, há exigência de boas práticas de fabricação, controle de qualidade e segurança clínica 
(Moraes et al., 2017). 
O crescimento do mercado, aliado ao aumento da procura por procedimentos estéticos, 
levanta preocupações sobre a atuação de profissionais não habilitados. Autores destacam a 
necessidade de regulamentação mais rígida e da conscientização dos pacientes quanto aos 
riscos do uso inadequado (Cunha; Braga, 2023). A educação continuada e a capacitação 
técnica dos profissionais de saúde são, portanto, pilares para assegurar a eficácia e a 
segurança no uso do AH. 
 
3. OBJETIVOS 
3.1 Objetivo geral 
Analisar, por meio de revisão da literatura científica nacional, as aplicações, eficácia e 
segurança do ácido hialurônico na medicina contemporânea, identificando suas contribuições 
para diferentes especialidades médicas e os desafios relacionados à sua utilização. 
3.2 Objetivos específicos 
● Identificar os principais métodos de produção do ácido hialurônico. 
● Avaliar as aplicações clínicas e estéticas documentadas na literatura nacional. 
● Analisar os riscos e efeitos adversos reportados. 
● Discutir a importância da regulamentação e capacitação profissional. 
 
 
16 
 
4. MÉTODOS 
4.1 ASPECTOS ÉTICOS 
Este estudo foi realizado em conformidade com a Resolução nº 466/12 do Conselho Nacional 
de Saúde, que estabelece diretrizes e normas regulamentadoras para pesquisas envolvendo 
seres humanos, assegurando os princípios bioéticos da autonomia, beneficência, não 
maleficência e justiça. Todos os autores e artigos utilizados foram devidamente respeitados 
segundo a Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, que dispõe sobre os direitos autorais no 
Brasil. O anonimato das informações provenientes das fontes consultadas foi preservado, 
garantindo a integridade acadêmica e científica do trabalho. Dessa forma, assegura-se que a 
pesquisa está alinhada às boas práticas éticas e metodológicas exigidas em ambiente 
universitário e científico nacional. 
4.2 TIPO DE ESTUDO 
Trata-se de um estudo de caráter bibliográfico e descritivo, estruturado a partir de uma revisão 
narrativa da literatura nacional sobre ácido hialurônico. A pesquisa foi desenvolvida com foco 
nas propriedades físico-químicas, métodos de produção (tradicionais e biotecnológicos), 
aplicações clínicas (dermatologia estética, odontologia, oftalmologia e ortopedia) e protocolos 
de segurança associados ao uso clínico do ácido hialurônico no Brasil. Para isso, foram 
considerados artigos científicos publicados em periódicos brasileiros indexados em bases 
como SciELO, Google Acadêmico, Revistas brasileiras disponíveis em EmNuvens, além de 
repositórios institucionais como UEL, UFBA, UniCEUB e UEPB. O recorte temporal 
abrangeu publicações entre 2015 e 2024, assegurando atualidade e relevância dos dados 
consultados. 
4.3 PERÍODO DA PESQUISA 
A pesquisa teve duração aproximada de seis meses, dividida em três fases principais. A 
primeira foi a fase exploratória, dedicada à identificação das fontes mais relevantes em bancos 
de dados e repositórios nacionais, além da leitura preliminar de artigos e teses. Em seguida, a 
fase de análise crítica, na qual os materiaisselecionados foram examinados em profundidade, 
destacando-se métodos de produção descritos, evidências clínicas e protocolos de segurança 
relatados em literatura nacional. Por fim, a fase de sistematização e escrita, em que os 
resultados da revisão foram organizados em seções temáticas e integrados ao presente 
relatório, respeitando normas de formatação acadêmica da ABNT. 
4.4 LOCAL DE PESQUISA 
17 
 
O estudo foi desenvolvido a partir de pesquisa documental em plataformas digitais e bases 
acadêmicas brasileiras, que oferecem acesso a artigos completos, TCCs, dissertações e 
relatórios técnicos. Foram utilizadas as seguintes plataformas: SciELO Brasil, Google 
Acadêmico (com filtros de artigos publicados em periódicos nacionais), Biblioteca Virtual em 
Saúde (BVS Brasil), além de repositórios institucionais como Repositório UEL, Repositório 
UFBA, UniCEUB e UEPB. Todos os materiais analisados são de acesso público e gratuito, 
garantindo transparência e rastreabilidade científica. 
4.5 PÚBLICO-ALVO 
Este estudo tem como público-alvo acadêmicos e profissionais da saúde e da estética, 
incluindo estudantes e pesquisadores das áreas de Biomedicina, Farmácia, Odontologia e 
Estética Avançada, além de profissionais da prática clínica que fazem uso do ácido 
hialurônico em preenchimentos ou terapias regenerativas. A escolha desse público justifica-se 
pela relevância crescente do tema no Brasil, tanto em ambiente clínico quanto na pesquisa 
científica, diante da demanda por técnicas minimamente invasivas de rejuvenescimento facial, 
tratamentos odontológicos regenerativos e soluções terapêuticas em oftalmologia e ortopedia. 
4.6 ORGANIZAÇÃO DOS DADOS 
Os dados obtidos foram organizados em quatro eixos temáticos principais: a) propriedades 
físico-químicas e características estruturais do ácido hialurônico; b) métodos de produção 
(extração animal, fermentação microbiana e biotecnologia avançada), com ênfase em 
pesquisas brasileiras; c) aplicações clínicas em estética, odontologia, ortopedia e 
oftalmologia; e d) intercorrências, protocolos de segurança e regulamentações da ANVISA. 
Cada eixo foi alimentado a partir de fontes nacionais confiáveis (artigos de revistas 
brasileiras, TCCs, dissertações e teses), priorizando dados atualizados. Esse processo permitiu 
uma análise integrada, organizada e comparativa das informações disponíveis no cenário 
científico brasileiro. 
4.7 APRESENTAÇÃO DOS DADOS: 
A apresentação dos dados resultantes desta pesquisa será feita em forma de relatório 
técnico-científico escrito, seguindo rigorosamente as normas da ABNT (NBR 14724/2011, 
NBR 6023/2018 e NBR 10520/2023). Além disso, os resultados poderão ser expostos em 
formato de slides em seminário acadêmico, destacando a estrutura química do ácido 
hialurônico, fluxogramas dos processos de produção microbiana, tabelas comparativas de 
aplicações clínicas no Brasil e gráficos ilustrativos das principais complicações relatadas em 
18 
 
estudos nacionais. Tal organização garante clareza, objetividade e aplicabilidade prática para 
o público-alvo, fortalecendo a contribuição científica e didática do trabalho. 
5. RESULTADOS 
 A literatura nacional revisada evidencia que o ácido hialurônico é amplamente 
utilizado no Brasil, especialmente em procedimentos de preenchimento facial e 
rejuvenescimento estético (Daher et al., 2020). Estudos demonstram durabilidade média do 
efeito clínico entre seis e nove meses, com boa satisfação dos pacientes (Salles et al., 2011). 
No campo da ortopedia, a viscossuplementação articular com AH mostrou melhora 
significativa na mobilidade e redução da dor em pacientes com osteoartrite (Moraes et al., 
2017). Em oftalmologia, a aplicação em cirurgias e formulações oftálmicas mostrou eficácia 
como lubrificante ocular (Morato et al., 2024). 
Em relação à produção, observa-se o fortalecimento de processos biotecnológicos 
nacionais, reduzindo a dependência de importações e ampliando a competitividade da 
indústria farmacêutica brasileira (Morato et al., 2024). Apesar dos benefícios, a literatura 
ressalta complicações potenciais, como granulomas, necrose e reações imunológicas, 
especialmente em aplicações inadequadas (Montelo et al., 2024). A regulamentação pela 
ANVISA e a capacitação profissional surgem como fatores determinantes para a segurança 
clínica (Cunha; Braga, 2023). 
 
6. DISCUSSÃO 
Os resultados confirmam a relevância do ácido hialurônico como um dos principais 
biomateriais utilizados na prática médica e estética no Brasil. Quando comparado a outros 
preenchedores, destaca-se pela biocompatibilidade, reversibilidade e ampla gama de 
aplicações (Daher et al., 2020). Contudo, estudos apontam que a satisfação dos pacientes 
tende a diminuir após nove meses de aplicação, sugerindo necessidade de protocolos de 
reaplicação periódica (Salles et al., 2011). Essa limitação, embora natural devido à degradação 
do composto, pode ser compensada pelo desenvolvimento de formulações mais estáveis e 
técnicas de aplicação combinadas. 
A produção nacional de AH via biotecnologia é um avanço estratégico, pois reduz 
custos, estimula a inovação e fortalece o setor farmacêutico interno (Morato et al., 2024). 
Entretanto, os desafios relacionados à padronização de qualidade e fiscalização permanecem. 
Outro ponto relevante é a necessidade de regulamentação e capacitação profissional. O 
crescimento da demanda por procedimentos estéticos tem atraído profissionais sem a devida 
19 
 
habilitação, aumentando o risco de complicações. Assim, torna-se urgente reforçar normas de 
biossegurança e investir em educação continuada (Cunha; Braga, 2023). Portanto, a literatura 
revisada demonstra que os benefícios do AH superam os riscos, desde que sua utilização 
esteja associada à prática profissional qualificada e regulamentada. 
 
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O ácido hialurônico consolidou-se como um dos principais recursos terapêuticos e 
estéticos da atualidade, pela sua versatilidade, segurança e eficácia. O estudo evidenciou que 
suas aplicações abrangem desde o rejuvenescimento facial até terapias ortopédicas e 
oftalmológicas, demonstrando relevância multidisciplinar. Apesar dos benefícios, os riscos 
associados às aplicações reforçam a necessidade de protocolos técnicos, capacitação 
profissional e regulamentação rigorosa pela ANVISA. A produção nacional desponta como 
fator estratégico para garantir maior autonomia e acesso da população aos tratamentos. 
Conclui-se que o AH é fundamental para a medicina contemporânea, mas seu uso 
exige responsabilidade profissional, fiscalização efetiva e incentivo a novas pesquisas. 
Futuramente, a biotecnologia poderá ampliar ainda mais suas possibilidades, consolidando-o 
como um insumo indispensável na saúde e estética. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
CUNHA, J. C.; BRAGA, M. R. O uso do ácido hialurônico no preenchimento facial: uma 
revisão integrativa. RECIMA21 – Revista Científica Multidisciplinar, v. 4, n. 2, p. 1-10, 2023. 
DAHER, P. F. et al. O uso do ácido hialurônico no preenchimento facial. Revista Brasileira de 
Cirurgia Plástica, v. 35, n. 2, p. 1-8, 2020. 
MONTELLO, M. R. et al. Associação de hidroxiapatita de cálcio e ácido hialurônico no 
rejuvenescimento facial. Revista Científica da Faculdade de Educação e Meio Ambiente, v. 
15, n. 2, p. 56-68, 2024. 
MORAES, E. L. et al. O uso do ácido hialurônico na prática clínica: revisão de literatura. 
Saúde em Foco, v. 1, n. 2, p. 77-89, 2017. 
MORATO, L. L. et al. Ácido hialurônico: produção e aplicações biomédicas. Brazilian 
Journal of Health Review, v. 7, n. 1, p. 1120-1133, 2024. 
SALLES, A. G. et al. Avaliação clínica e da espessura cutânea um ano após preenchimento de 
ácido hialurônico. Revista Brasileira de Cirurgia Plástica, v. 26, n. 1, p. 66-96, 2011. 
 
 
	1.​INTRODUÇÃO 
	2.​REVISÃO DE LITERATURA 
	2.1 O que é o ácido hialurônico e seumecanismo de ação 
	2.2 Métodos de produção e recomendações de uso 
	2.3 Riscos e efeitos adversos das aplicações 
	2.4 Comparações com outros tratamentos estéticos/terapêuticos 
	2.5 Regulamentação e conscientização profissional 
	3.​OBJETIVOS 
	3.1 Objetivo geral 
	3.2 Objetivos específicos 
	4.​MÉTODOS 
	4.1​ASPECTOS ÉTICOS 
	4.2​TIPO DE ESTUDO 
	4.3​PERÍODO DA PESQUISA 
	4.4​LOCAL DE PESQUISA 
	4.5​PÚBLICO-ALVO 
	4.6​ORGANIZAÇÃO DOS DADOS 
	4.7​APRESENTAÇÃO DOS DADOS: 
	5.​RESULTADOS 
	6.​DISCUSSÃO 
	7.​CONSIDERAÇÕES FINAIS 
	 
	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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