Buscar

Processo civil FMU 4 semestre

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PROCESSO CIVIL
PETIÇÃO INICIAL
É a peça processual que da origem a uma relação jurídico processual civil. Através da PI, o autor provoca o judiciário para que decida sobre o seu pedido contra o réu. Lembrando que o judiciário não age de oficio, precisa ser provocado.
Na petição, o autor deve demonstrar a existência das condições da ação: no atual CPC, as condições são possibilidade jurídica do pedido, interesse e legitimidade – o novo CPC eliminou a possibilidade jurídica do pedido e manteve como condições interesse e legitimidade.
A PI deve indicar: 7
o juízo a qual se dirige (lembrando que a vara cível é a vala comum, ou seja, quando não houver juízo especializado para a demanda proposta, deve ser enviada para a varal cível);
a qualificação das partes, que é a identificação. Se o autor não possuir os dados, pode solicitar aos órgãos públicos competentes. A PI não pode ser indeferida pela falta de qualificação, se isso acontecer cabe recurso de agravo de instrumento;
os fatos e seus fundamentos jurídicos;
o pedido com suas especificações;
o valor da causa;
as provas;
opção ou não pela conciliação e mediação.
 Se a PI tiver defeitos ou irregularidades, o magistrado deve indicar o que deve ser corrigido, e o autor tem prazo de 15 dias para fazer as correções. Se o autor não corrigir os erros, a petição inicial será indeferida sem resolução do mérito.
Caso a demanda seja extinta sem resolução do mérito, o autor poderá propor outra vez porém terá que arcar com as custas processuais novamente. Extinta a demanda em 3 oportunidades, ocorre a perempção. Se isso acontecer, o autor não poderá propor nova ação contra o mesmo réu e com o mesmo objeto.
Petição Inicial – o réu é citado
Reconvenção: o advogado do reconvindo é intimado através da imprensa
INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL
A petição inicial pode ser indeferida pelo magistrado antes mesmo da citação do réu. O autor apresenta a petição inicial em face do réu. No NCPC, os requisitos para indeferimento da petição inicial encontram-se no art. 330. A petição inicial será indeferida quando:
for inepta;
a parte for manifestamente ilegítima;
quando não atendidas as determinações dos arts. 106 e 321 NCPC.
A demanda será extinta por meio de uma sentença (que obviamente não discute o mérito do pedido). Esta sentença permite recurso de apelação. 
O apelante apresenta em juízo suas razoes de apelação.
Ao receber o recurso de apelação, o magistrado tem 5 dias para retratar-se. Se não o fizer, o réu será citado para responder ao recurso. Os autos serão remetidos para o TJ, que pode concordar ou discordar do ato judicial. 
Se o TJ reformar a decisão, o prazo para contestação começa a contar a partir da publicação, dando ciência do retorno dos autos.
INÉPCIA DA PETIÇÃO INICIAL: Considera-se a PI inepta quando:
lhe faltar pedido ou causa de pedir;
o pedido for indeterminado (exceto nas hipóteses que a lei permite pedido indeterminado);
da narração dos fatos não decorrer decisão lógica;
contiver pedidos incompatíveis entre si.
IMPROCEDÊNCIA LIMINAR DO PEDIDO
O art. 332 permite que em algumas situações que dispensam a fase instrutória, o juiz pode julgar liminarmente como improcedente o pedido formulado na PI, como em caso de prescrição ou decadência.
Na hipótese de indeferimento liminar da PI, a sentença é definitiva, porque a demanda é encerrada com resolução do mérito.
PEDIDO
O pedido é que fixa os limites da sentença. Deverá ser certo e determinado, salvo em casos onde a lei permite pedidos genéricos. O pedido genérico admite-se nas ações de dissolução de sociedade, por exemplo.
É vedado ao magistrado julgar:
Ultra petita: mais do que pedido
Citra/infra petita: menos do que pedido
Extra petita: fora do pedido
O magistrado deve julgar de acordo com que foi pedido, sendo vedado que conheça de outras circunstâncias não alegadas pelas partes.
O pedido pode ser imediato, que é o tipo de providencia que se busca em juízo (sentença declaratória, condenatória, mandamental etc.) ou mediato, que é o bem da vida pleiteado em juízo. O bem pode ser corpóreo (aqueles que podemos ver/tocar/medir) ou incorpóreo (que não pode ser visto/tocado/medido, como direitos autorais.
O pedido pode ser simples (1 item) ou complexto (quando abrange vários itens, alternativo, sucessivo ou subsidiário).
Pedido alternativo – caracteriza-se quando, pela natureza da obrigação, o devedor pode cumpri-la por mais de um modo, ou seja, o devedor pode utilizar apenas 1 das formas pelas quais a obrigação pode ser cumprida.
Pedido sucessivo – é aquele formulado cumulativamente com outro pedido.
Pedido subsidiário – nesse pedido, o juiz somente atenderá o pedido posterior quando não for possível acolher o anterior. O autor formula 2 pedidos, para que o juiz acolha o subsidiário se não for possível acolher o principal.
Pedido incluindo prestações periódicas – as prestações que se vencerem durante o curso da demanda são consideradas como parte do pedido. Para demandar prestações que vencerem após a sentença, deve-se ajuizar uma nova ação.
CUMULAÇÃO DE PEDIDOS: é possível a cumulação de pedidos, desde que sejam seguidas as normas legais:
Os pedidos devem ser compatíveis entre si;
O mesmo juízo deve ser competente para tratar de ambos;
Sejam adequados para todos os pedidos o mesmo rito ou procedimento.
Sempre que houver cumulação de pedidos, o procedimento deverá ser comum. Esse fato deve ser comunicado expressamente ao magistrado.
VALOR DA CAUSA
O valor da causa deve ser atribuído mesmo quando não se busca o pagamento de prestação pecuniária. O valor da causa é importante para: 5
determinar a competência do juízo;
perante JECs tramitam causas com valor até 40 salários mínimos
determinar o rito ou procedimento a ser seguido (valor até 60 salários mínimos o rito será sumário)
determinar as custas processuais (atualmente 1% do valor da causa)
determinar os honorários advocatícios (10% a 20% do valor da causa)
IMPUGNAÇÃO DO VALOR DA CAUSA
O autor deve indicar na PI o valor da causa. No velho CPC, o valor da causa pode ser impugnado por meio de petição autônoma, separado da contestação. Já no novo CPC isso mudou, o réu pode impugnar o valor da causa por meio de preliminar de contestação.
O juiz pode determinar de oficio a retificação do valor da causa.
O incidente relativo ao valor da causa poderá ser resolvido:
por meio de decisão interlocutória, a qual desafia o agravo de instrumento;
através de sentença, a qual desafia o recurso de apelação.
PRELIMINARES DE CONTESTAÇÃO
No art. 337 do novo CPC encontram-se matérias que devem ser analisadas antes da defesa do mérito pois, se acatadas, levam à extinção do processo. As preliminares de contestação são: 13
inexistência ou nulidade da citação – a falta de citação acarreta a nulidade de todos os atos processuais subsequentes;
incompetência absoluta e relativa – a incompetência relativa considera o valor e o território, enquanto a absoluta considera a matéria;
incorreção do valor da causa;
inépcia da petição inicial;
perempção;
litispendência;
coisa julgada;
conexão;
incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização; 
convenção de arbitragem;
ausência de legitimidade ou de interesse processual;
falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar. 
CONTESTAÇÃO
A contestação é um instrumento de defesa do réu. Na contestação, o réu exerce em plenitude seu direito de defesa, combatendo a pretensão do autor. Trata-se de um prazo exclusivo do réu.
O réu deve alegar na contestação toda a matéria de defesa, inclusive as suplementares para o caso das defesas principais não serem reconhecidas.
A contestação deve se manifestar de maneira clara e precisa sobre cada um dos fatos na PI. Deve rebater artigo por artigo, para que a defesa seja completa. Os fatos não contestados são reconhecidos como verdadeiros, ou seja, incide a presunção de veracidade.A presunção de veracidade não se aplica quando: 3
não for admitida confissão – não se admite confissão quando forem discutidos direitos indisponíveis (questões relativas a alimentos, paternidade, etc.);
quando o negócio jurídico exigir forma especifica para ser praticado (envolvendo bem imóvel, pessoa incapaz, etc.);
se os fatos alegados na contestação estiverem em contradição com a defesa.
Na contestação, cabe ao réu apresentar defesa direta ou indireta contra o processo e contra o mérito. Assim, o réu poderá:
negar os fatos (contestação geral). Nesse caso, o réu não admite os fatos que embasam o pedido do autor;
admitir os fatos em que se baseia o autor, porém negar as consequências jurídicas pretendidas;
admitir os fatos em que se baseia o autor, bem como suas consequências jurídicas, porem alegar outros fatos impeditivos, modificativos ou extintivos do direito do autor (ex: prescrição = impeditivo, pagto parcial = modificativo)
alegar fatos que, tendo por conteúdo um direito seu, impeçam a pretensão do autor (ex: compensação).
Cabem defesas posteriores à contestação nos seguintes casos:
em matérias relativas a direito ou fato superveniente;
matérias que competirem ao juiz conhecer de oficio;
matérias que puderem ser formuladas em qualquer tempo e grau de jurisdição (como suspeição, por exemplo).
O prazo para contestação é de 15 dias, e o termo inicial será a data:
da audiência de mediação ou conciliação;
do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de conciliação ou de mediação apresentado pelo réu;
data prevista no art. 231, de acordo com modo como foi feita a citação, nos demais casos. 
No novo CPC, o réu deve ajuizar ação reconvencional na própria peça de contestação.
RECONVENÇÃO
Reconvenção é uma ação do réu contra o autor da ação principal, no mesmo processo e juízo em que é demandado. No velho CPC, a reconvenção deve ser proposta separadamente da contestação. No novo CPC isso mudou, a reconvenção deve ser proposta do corpo da contestação.
As partes na reconvenção são o reconvinte (é aquele que oferece a reconvenção, réu da ação principal) e o reconvindo (é aquele contra quem é proposta a reconvenção, autor da ação principal). 
A reconvenção foi criada com objetivo de obter economia e celeridade processual. Alguns pressupostos são necessários para admissibilidade da reconvenção: 5
que haja uma causa pendente;
que não esteja precluso o prazo para defesa;
que o juiz seja competente para apreciar ambos pedidos;
que haja identidade de rito ou procedimento;
que a reconvenção seja conexa com a ação principal ou com os fundamentos da defesa.
A reconvenção só poderá ser utilizada se a ação principal tramitar sob o rito comum ordinário. Se o rito for sumario, não se fala em reconvenção pois neste caso é possível formular pedido contraposto.
A reconvenção deverá atentar aos requisitos da petição inicial.
A petição da reconvenção pode ser emendada/aditada. Também pode ser indeferida por inépcia.
O reconvindo terá prazo de 15 dias para se manifestar sobre a reconvenção.
No atual CPC, a ação de reconvenção e a ação principal deverão ser julgadas pela mesma sentença. No novo CPC, o magistrado pode julgar antecipadamente a lide ou a ação reconvencional.
Se o autor da ação principal desistir, a reconvenção prosseguirá, posto que conta com objeto autônomo.
RITO OU PROCEDIMENTO – é o modo por meio do qual são praticados atos processuais. O rito deve seguir ordem lógica e cronológica estabelecida no CPC ou nas leis esparsas e extravagantes.
O rito comum ordinário é o padrão, aplicado a todas as espécies de procedimento.
RITO SUMÁRIO
De acordo com o velho CPC, o rito sumario será adotado em função do valor ou da matéria da causa.
No novo CPC não tem mais rito sumario. Rito sumaríssimo aplica-se
No rito sumário, o réu será citado nos termos da ação, bem como da data da audiência. Neste rito, a contestação é apresentada no dia da audiência. O CPC admite a contestação oral.
RITO ORDINÁRIO
No rito ordinário, a contestação deve ser apresentada no prazo de 15 dias (tanto no velho quanto no novo CPC). Cabe atentar ao dia do inicio da contagem, a saber:
Citação pelo correio: prazo conta a partir da juntada ao autos do AR (aviso de recebimento);
Da juntada ao autos do mandato (citação através de oficial de justiça);
Cartas precatórias (utilizadas pelos juízes de direito hierarquicamente): prazo conta a partir da juntada aos autos da carta;
Carta rogatória: utilizada por estados soberanos;
Carta de ordem: utilizada entre órgãos judiciários de hierarquia diferente.
Editalícia (éditos): decorrido o prazo do edital, cabe ao cartório certificar e a data desta certidão é a que começará a contar o prazo;
Citação eletrônica: a partir do envio do e-mail;
Litisconsórcio: a partir da juntada aos autos do ultimo mandado de citação.
Art. 329 NCPC – pedido
Art. 292 NCPC – valor da causa
Art. 330 NCPC – Inépcia da Petição Inicial

Continue navegando