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BIOMOLÉCULAS PROTEÍNAS Profa Flávia Debiagi PROTEÍNAS • Conceito: Macromoléculas de alto peso molecular constituídas por centenas a milhares de AMINOÁCIDOS UNIDOS por ligações peptídicas AMINOÁCIDOS Todas as proteínas são formadas a partir da ligação em seqüência de apenas 20 aminoácidos São as unidades fundamentais das proteínas AMINOÁCIDOS • Diferem entre si pelo radical CARBONO ASSIMÉTRICO Grupamento amina Grupamento ácido carboxílico • Possuem um grupo ácido carboxílico e um grupo amina ligados ao mesmo átomo de carbono Grupamento amina AMINOÁCIDOS Não possui carbono assimétrico Todos aminoácidos possuem isômeros, exceto a Glicina AMINOÁCIDOS • Configuração absoluta Série L e D D-amioácidoL-amioácido • Posição do grupamento amina AMINOÁCIDOS Doador de prótons Receptor de prótons Caráter anfótero comportar-se como um ácido ou uma base, dependendo do pH do meio onde se encontra . PROPRIEDADES ÁCIDO-BÁSICAS pH ácido H+H+ H+ H+ H+ H+ H+ H+ H+ H+ Molécula protonada H+ H+ H+ H+ H+ OH- OH- OH- OH- OH- pH neutro Ponto isoelétrico (PI) Carga = 0 "Zwitterion” OH- OH- OH- OH- OH- OH- OH- pH básico Molécula desprotonada pK1 pK2 CURVA DE TITULAÇÃO Característico das proteínas PONTO ISOELÉTRICO (PI) Carga total do aminoácido é zero Não migra para polos elétricos (campo elétrico) Tende a sofrer precipitação Menor solubilidade AMINOÁCIDOS Aminoácidos essenciais não é sintetizado pelo organismo obtido pela alimentação. Aminoácidos não essenciais ou naturais sintetizados pelo organismo AMINOÁCIDOS AMINOÁCIDOS - CLASSIFICAÇÃO • 20 radicais (cadeias laterais) diferentes. APOLARES POLARES SEM CARGA POLARES CARREGADOS POSITIVAMENTE (BÁSICOS) POLARES CARREGADOS NEGATIVAMENTE (ÁCIDOS) AMINOÁCIDOS AROMÁTICOS AMINOÁCIDOS APOLARES • Grupos R hidrofóbicos e apolares AMINOÁCIDOS POLARES SEM CARGA • Hidrofílicos contém grupos funcionais que formam ligações de hidrogênio. AMINOÁCIDOS CARREGADOS POSITIVAMENTE • Apresentam o grupamento amina no R AMINOÁCIDOS CARREGADOS NEGATIVAMENTE Possuem o grupamento ácido carboxílico no R AMINOÁCIDOS AROMÁTICOS • Possuem grupamento aromáticos em seu R LIGAÇÃO PEPTÍDICA Ácido carboxílico + grupamento amina Eliminação H2O PEPTÍDEOS • Dois ou mais aminoácidos unidos por ligações peptídicas Dois aminoácidos Dipeptídeos Oligopeptídeos até 20 aminoácidos Polipeptídeos ou Proteínas Muitos aminoácidos PROTEÍNAS • Importância e diversidade funcional: Substâncias mais abundantes dos seres vivos ~ 70% massa seca da célula natureza protéica Macromoléculas de alto peso molecular compostas por aminoácidos unidos por ligações peptídicas PROTEÍNAS - CLASSIFICAÇÃO Função Composição Forma Algumas proteínas constituem estruturas celulares: • GLICOPROTEÍNAS membranas celulares e atuam como receptores ou facilitam o transporte de substâncias. • HISTONAS fazem parte dos cromossomos, auxiliando espacialmente o enrolamento do DNA (genes). Função ESTRUTURAL Função ESTRUTURAL Outras proteínas conferem elasticidade e resistência a órgãos e tecidos: • COLÁGENO tecido conjuntivo fibroso. • ELASTINA tecido conjuntivo elástico. • QUERATINA epiderme Função HORMONAL • INSULINA E O GLUCAGON regulam os níveis de glicose no sangue. • HORMÔNIOS SECRETADOS PELA HIPÓFISE como o hormônio de crescimento. • CALCITONINA regula o metabolismo do cálcio. Regulam o metabolismo Função de DEFESA • IMUNOGLOBULINAS atuam como anticorpos frente a possíveis antígenos. • TROMBINA E O FIBRINOGÊNIO contribuem para a formação de coágulos sanguíneos para evitar hemorragias • Algumas toxinas bacterianas, como a TOXINA BOTULÍNICA (produzida por Clostridium botulinum, causadora do botulismo) ou venenos de cobra são proteínas produzidas com o objetivo de defesa. Função de TRANSPORTE • HEMOGLOBINA transporta oxigênio no sangue dos vertebrados. • HEMOCIANINA transporta oxigênio no sangue dos invertebrados. • MIOGLOBINA transporta oxigênio nos músculos. • LIPOPROTEÍNAS transportam lipídios no sangue. • CITOCROMOS transportam elétrons. Função CONTRÁTIL • ACTINA E A MIOSINA constituem as miofibrilas responsáveis pela contração muscular. • DINEÍNA movimento de cílios e flagelos. MIOSINA Função de NUTRITIVA • OVOALBUMINA da clara de ovo, a GLIADINA do grão de trigo • LACTOALBUMINA do leite é fonte de aminoácidos para mamíferos. Função ENZIMÁTICA • As proteínas com função enzimática são as mais numerosas e especializadas. • Atuam como catalisadores biológicos das reações químicas do metabolismo celular enzimas diversas • Amilase amido • Celulase celulose • Protease proteínas PROTEÍNAS – CLASSIFICAÇÃO FORMA • Globulares Cadeia polipeptídica esférica. Função dinâmica. Solúveis em água. • Enzimas • Anticorpos • Proteínas de transporte PROTEÍNAS – CLASSIFICAÇÃO FORMA • Fibrosas cadeia polipeptídica filamentosa, estendida. Função estrutural e proteção. Insolúveis em água • Queratina • Colágeno PROTEÍNAS – CLASSIFICAÇÃO COMPOSIÇÃO • Conjugadas Formadas por aminoácidos, componentes orgânicos e componentes inorgânicos Simples Formadas apenas por aminoácidos PROTEÍNAS – EXEMPLOS CONJUGADOS CLASSE GRUPO PROSTÉTICO EXEMPLO Lipoproteínas Lipídeos Β – lipoproteína Glicoproteínas Carboidratos Gama globulina Fosfoproteínas Fosfato Caseína Hemoproteínas Heme Hemoglobina Níveis de organização estrutural • A proteína pode assumir 4 níveis de organização Primário, secundário, terciário e quaternário. ESTRUTURA PRIMÁRIA Determina estrutura tridimensional e o funcionamento perfeito da PTNA. • Unidos por ligações peptídicas ou pontes dissulfeto Nível estrutural mais simples Específico de cada PTNA ESTRUTURA PRIMÁRIA ESTRUTURA SECUNDÁRIA Ligações de hidrogênio (estrutura α- hélice e β-pregueada) Arranjo espacial de aminoácidos próximos entre si na sequência primária da proteína Último nível estrutural de proteínas fibrosas ESTRUTURA SECUNDÁRIA ESTRUTURA SECUNDÁRIA α—hélice • Conformação helicoidal • Estabilizam-se por ligações de hidrogênio intra- cadeias, e os radicais ficam voltados para o exterior; • Proteínas que fornecem proteção externa aos vertebrados • Ex : α-queratina cabelo, lã, unhas, cascas etc ESTRUTURA SECUNDÁRIA β-pregueada • Esqueleto estendido • Ligações de hidrogênio intracadeia e intercadeias origina uma estrutura tipo ziguezague. • β-queratina teia de aranha e fio de seda. ESTRUTURA SECUNDÁRIA ESTRUTURA SECUNDÁRIA ESTRUTURA TERCIÁRIA Estabilizada interação hidrofóbica, pontes dissulfeto, atração eletrostática e ligações de H Arranjo espacial de aminoácidos distantes entre si na sequência polipeptídica Forma tridimensional Proteínas globulares mioglobina ESTRUTURA TERCIÁRIA ESTRUTURA QUATERNÁRIA Estabilizada ligações iônicas, interações hidrofóbicas ou pontes de hidrogênio Interação entre as cadeias Proteínas globulares hemoglobina ESTRUTURA QUATERNÁRIA PROTEÍNAS - DESNATURAÇÃO • Alteração das proteínas sem a ruptura das ligações peptídicas Modificação estrutural da molécula Esqueleto covalente (estrutura primária) DESNATURAÇÃO• Temperatura • Solventes • pH • Metais pesados ENZIMAS - Características • São PTNAs exceção da ribozimas (RNA); • São catalisadores biológicos extremamente eficientes e aceleram em média 109 a 1012 vezes a velocidade da reação; • ↑ aumenta a velocidade da reação ↓energia de ativação. ENZIMAS - Características • As enzimas são consideradas as unidades funcionais do metabolismo celular. •Funcionam em soluções aquosas, em pH e temperatura fisiológicas. ENZIMAS - Funcionamento A cinética enzimática estuda as reações químicas catalisadas pelas enzimas, em especial a velocidade de reação Cinética de Michaelis– Menten ENZIMAS - Funcionamento • Quantidade de substrato; • Quantidade de enzima; • Presença de inibidor; • Extremos de temperatura; • Extremos de pH. Enzima Origem Aplicação Renina Animal Fabricação de queijos Catalase Animal Indústria de alimentos (vinhos, maionese etc) Papaína Vegetal Amaciamento de carnes e clarificação de cerveja Bromelina Vegetal Amaciamento de carnes e clarificação de cerveja Amilase microbiana Indústrias de detergentes, panificação Lipase microbiana Indústrias de detergentes Celulase microbiana Indústrias de detergentes Proteases microbiana Indústria de alimentos (leite, amaciamento de carne e leite, vinhos, queijo.) Lactases microbiana Indústria de alimentos (sorvete, leite etc) REFERÊNCIAS • NELSON, David L.; COX, Michal M. Princípios de Bioquímica de Lehninger. 5. ed. Porto Alegre : Artmed, 2011. • CAMPBELL, Mary K.; FARRELL, Shawn O. Bioquímica, vol. 1, 5. ed. São Paulo: Thomson, 2007.
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