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Semiologia do Abdome 
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Gabriela Erthal – T13 
ANAMNESE 
- Identificação; 
- Queixa principal; 
- História da doença atual; 
- Revisão dos sistemas; 
- Antecedentes pessoais e familiares; 
- Hábitos de vida; 
- Condições socioeconômicas e culturais. 
 
EXAME FÍSICO 
- O paciente só se sente verdadeiramente exa-
minado quando está sendo inspecionado, pal-
pado, percutido, auscultado, pesado e medido; 
- Respeito mútuo, seriedade e segurança são 
fundamentais no exame físico. 
 
PASSOS DO EXAME FÍSICO GERAL 
- Estado geral: bom, regular ou ruim; 
- Nível de consciência: lúcido, atento, coerente 
e orientado; 
- Fala e linguagem: disfonia (rouco), disartria 
(alteração na fonologia), disfasia (dificuldade 
de expressão e compreensão devido à lesão 
cerebral); 
- Hidratação das mucosas, da pele, dos olhos e 
da urina; 
 Urina: 
 Poliúria: excreção de urina superior a 
2500mL por dia; 
 Oligúria: excreção de urina abaixo de 
500mL por dia 
 Anúria: ausência da produção e elimina-
ção da urina; 
- Antropometria e estrado nutricional; 
 Antropometria: peso, altura, IMC, avaliação 
da circunferência abdominal; 
- Desenvolvimento físico; 
- Fácies e atitude; 
- Pele, mucosas e fâneros; 
- Tecido subcutâneo e panículo adiposo; 
- Musculatura; 
- Linfonodos; 
- Veias superficiais/circulação colateral; 
- Edemas; 
- Biotipo, postura e marcha; 
- Sinais vitais: PA, temperatura, frequência car-
díaca e respiratória. 
 
BOCA E ANEXOS 
- Com o paciente sentado e uma boa iluminação 
- Médico sempre com luvas; 
- É usada uma espátula de madeira que auxilia 
na inspeção e na palpação; 
 Verificar a arcada dentária: se usa próteses 
ou não. 
- Primeiramente se faz um exame das condi-
ções gerais e, após, exame das estruturas in-
dividuais. 
 
ABDOME 
 
Inspeção 
- Inspeção estática 
 Forma do abdome: 
 Globoso: 
 Gravídico; 
 Obesidade: forma de avental; 
 
 Neoplasia: o que deixa o abdome 
mais disforme é o tumor de ovário, 
quase que simulando um abdome 
gravídico; 
 Ascite (acúmulo de líquido): abdome 
batráquio, ou seja, abdome dilatado 
exageradamente nos flancos. A famo-
sa “barriga de sapo”. 
 
 
 
 
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Gabriela Erthal – T13 
 Escavado; 
 
 Plano. 
 Simetria; 
 Simétrico; 
 Assimétrico; 
 
 Cicatriz umbilical e cicatrizes cirúrgicas; 
 Cicatriz retraída ou normal; 
 Cicatriz abaulada ou protrusa: hérnia. 
 
 Superfície cutânea; 
 Circulação colateral: 
 No esôfago: pode causar varizes e san-
gramento; 
 Hipertensão portal: 
 Manobra de enchimento; 
 
 Cabeça de medusa 
 
 
- Inspeção dinâmica: 
 Padrão ventilatório; 
 Diafragmático; 
 Supra costal. 
 Herniações: 
 Diástase de retos; 
 Umbilical; 
 Inguinal. 
 
Palpação 
- Palpação superficial: 
 Técnica: 
 Mãos espalmadas; 
 Palpar os 4 quadrantes; 
 Iniciar longe da região dolorosa; 
 Observar dor pelo fácies ou verbalização 
 Aprofundar 1 a 2cm. 
 
 Objetivos: 
 Resistência da parede: flácido ou tenso; 
 Sensibilidade; 
 Continuidade da parede 
- Palpação profunda: 
 Técnica: 
 Mãos espalmadas, paralelas ou sobre-
postas; 
 Palpar as 9 regiões; 
 Iniciar longe da região dolorosa; 
 Observar dor pelo fácies ou verbalização 
 Utilizar manobras órgão-específicas. 
 
 
 
 
 
 
 
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Gabriela Erthal – T13 
 Objetivos: 
 Visceromegalias; 
 Nodulações; 
 Sensibilidade. 
 Fossa ilíaca esquerda: sigmoide; 
 Parte do cólon mais fácil de palpar; 
 Especialmente em magros e com ab-
dome flácido; 
 Observar suas disposições na FIE. 
 Posicionar as mãos no plano perpendi-
cular; 
 
 Normal: cordão firme, móvel, 1 a 2cm de 
diâmetro; 
 Anormal: 
 Dor leve a moderada no intestino irri-
tável; 
 Dor forte na diverticulite/apendagite; 
 Massa: tumor, fecaloma, abscesso, 
volvo. 
 Flanco esquerdo: cólon descendente e rim; 
 Cólon descendente é difícil de palpar; 
 Mais provável em magros e com ab-
dome flácido; 
 Dor pode indicar diverticulite ou apen-
dagite. 
 Rim é normal não palpar. 
 Palpação bimanual; 
 
 Volume aumentado: hidronefrose, tu-
mor, cistos; 
 Doloroso: pielonefrite. 
 Hipocôndrio esquerdo: baço; 
 Normal não ser palpável; 
 Esplenomegalia: cresce inferior, medial e 
anterior. 
 I: palpável sob o rebordo costal es-
querdo (RCE); 
 II: entre RCE e a linha umbilical trans-
versal; 
 III: palpável abaixo da linha umbilical. 
 
 
Schuster 
 Epigástrio: estômago, fígado e transverso; 
 O normal é não sentir nada. 
 
 Massa tumoral. 
 Hipocôndrio direito: 
 Bordo hepático 
 Palpação em garra (2) é preferível; 
 Hepatomegalia: mediar em dedos 
abaixo do rebordo; 
 Normal: palpar até 1 dedo do rebordo 
à inspiração; 
 Avaliar: forma, consistência, nodulari-
dade e dor. 
 
 Limite superior do fígado: 
 Percussão intercostal hemiclavicular 
direita; 
 Difícil na mulher por causa da mama; 
 Permite a hepatimetria: em torno de 
8cm. 
 Vesícula biliar: 
 Ponto cístico 
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Gabriela Erthal – T13 
 
 Lei de Curvosier-Terrier: vesícula pal-
pável e indolor, por obstrução neoplá-
sica das vias biliares extra-hepáticas, 
principalmente na cabeça do pan-
creas; 
 Sinal de Murphy: colecistite aguda. 
 Flanco direito: cólon ascendente e rim; 
 Cólon ascendente é difícil de palpar; 
 Mais provável em magos com abdo-
me flácido; 
 Dor pode indicar apendicite retrocecal 
 Rim: em magros pode se palpar o polo 
inferior. 
 Volume aumentado: hidronefrese, tu-
mor, cisto; 
 Doloroso: pielomefrite (+ punho-per-
cussão lombar no ângulo costoverte-
bral). 
 
 Fossa ilíaca direita: ceco e apêndice; 
 Ceco: é comum palpar, especialmente 
em magros; 
 Órgão elástico e com formato cilíndri-
co; 
 Sinal de gargarejo nos quadros diar-
reicos. 
 Apêndice: dor à palpação - ponto de Mc-
Burney - que piora na descompressão 
rápida - sinal de Blumberg - ou dor na 
FID à compressão do cólon esquerdo – 
sinal de Rovsing – indicam apendicite 
aguda. 
 Ponto de Mc Burney: junção dos ter-
ços lateral e médio entre a espinha 
ilíaca anterossuperior e o umbigo; 
 
 
 
 
 
 Sinal de Blumberg: descompressão 
dolorosa; 
 
 Sinal de Rovsing: dor na FID à palpa-
ção do cólon esquerdo. 
 
 Hipogástrio: delgado, bexiga e útero; 
 Mesogástrico: delgado e aorta; 
 Delgado não costuma ser palpável; 
 Quando palpável indica uma estenose 
ou tumor, em indivíduos magros; 
 Atenção para o peristaltismo visível, 
que denota luta intestinal. 
 
 Aorta: deve ser palpada e auscultada em 
seu trajeto, especialmente em idosos, já 
que pode ser decorrente de aneurismas. 
 
 
Percussão 
- Técnica: 
 Mão esquerda espalmada na região de inte-
resse; 
 Articular o punho; 
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Gabriela Erthal – T13 
 Dedo médio da mão direita percute a falan-
ge média dos dedos e da mão esquerda; 
 
 Ordem sugerida: quadrante inferior direito, 
quadrante inferior esquerdo, quadrante su-
perior esquerdo, quadrante superior direito. 
- Objetivos: 
 Localizar e caracterizar o estado de órgãos; 
- Normal: timpanismo no QSE e submacicez 
nos demais. Transmissão do som pulmonar 
para macicez intercostal na LHC, indicando o 
limite hepático; 
- Variantes: 
 Macicez do QSE: traube ocupado; 
 Espaço de Traube: espaço semilunar do 
sexto ao décimo primeiro espaços inter-
costais. 
 Normalmente está livre e apresenta 
timpanismo, devido ao ar no fundo 
gástrico. 
 Macicez difusa na obesidade; Timpanismo na área hepática: sinal de Jo-
bert: 
 Timpanismo difuso: meteorismo intestinal; 
 Macicez móvel e piparote: ascitete; 
 
 
Ausculta 
- Técnica: 
 Utilizar o diafragma do estetoscópio; 
 Até 1 minuto em cada quadrante; 
 Achados: ruídos hidroaéreos (RHA) e so-
pros. 
 RHA: denota movimento intestinal de lí-
quidos e gás. 
- Anormal: 
 Abdome silencioso: íleo intestinal; 
 RHA aumentados: síndromes diarreicas. 
- Pontos de ausculta/palpação de vasos arte-
riais. 
 
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