Prévia do material em texto
CARACTERIZAÇÃO DE RESERVATÓRIOS DE PETRÓLEO E DETERMINAÇÃO DO FATOR DE RECUPERAÇÃO UTILIZANDO O APLICATIVO EXCEL AVANÇADO COMO FERRAMENTA DIDÁTICA NO ENSINO DE GRADUAÇÃO E PÓS- GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL* Uricleiton Valentim** Alexandre______ (Orientador)*** RESUMO O presente trabalho visa a simulação de reservatórios de petróleo através de levantamentos e cálculos dos principais parâmetros utilizados na caracterização dessas jazidas e na determinação do fator de recuperação da reserva petrolífera, utilizando as planilhas de cálculos e fórmulas do software da Microsoft Aplicativo Excel Avançado, como uma ferramenta didática a ser aplicada na disciplina de engenharia de reservatórios dos cursos de graduação e pós-graduação em engenharia de petróleo. O aluno poderá estudar os conceitos básicos resumidos através do guia digital do aplicativo, navegar e simular os vários parâmetros, analisar e discutir os resultados obtidos em tabelas e gráficos dinâmicos do Excel, com o objetivo de facilitar o entendimento e a interpretação dos parâmetros do reservatório e o seu quantitativo de óleo previsto em uma determinada reserva petrolífera. Neste trabalho é dedicado o estudo exclusivo de reservatórios de óleo subsaturado. Palavras-chave: Caracterização de Reservatórios de Petróleo, Fator de Recuperação, Aplicativo Excel Avançado, Reservatórios de Óleo Subsaturado. _________________ * Artigo apresentado para a conclusão do curso de pós-graduação lato sensu em Engenharia de Petróleo e Gás, da Faculdade Tecnológica – FTEC – Politécnica Virtual. ** Engenheiro Químico – UFSC Universidade Federal de Santa Catarina Pós-graduando Lato Sensu em Engenharia de Petróleo e Gás Natural Faculdade de Tecnologia - FTEC E-mail: uricleiton@gmail.com *** 2 1 INTRODUÇÃO O presente trabalho produzido é do tipo original. Nas revisões bibliográficas pesquisadas para a elaboração deste trabalho, as dissertações e teses apresentam pesquisas que utilizam modelos muito sofisticados e de difícil entendimento para simular processos mais complexos que ocorrem em reservatórios de petróleo, sendo aplicados Métodos de Volumes Finitos baseado em Elementos (EbFVM) com solver multigrid, Modelo Black Oil para frações mássicas e pressões, etc. Esses modelos matemáticos utilizam programas e softwares comerciais que têm um custo muito alto de licenciamento. O objetivo principal deste trabalho é realizar o estudo de caso de reservatórios de óleos subsaturados, utilizando na sua simulação as planilhas de cálculos e fórmulas do software Excel, permitindo uma exploração rica dos recursos desse programa, a fim de oferecer aos engenheiros e estudantes uma ferramenta simples para resolver problemas complexos, de fácil acesso, manipulação e entendimento, e principalmente de baixo custo. Esses recursos proporcionam uma maior interação e familiarização dos parâmetros utilizados na caracterização de reservatórios de petróleo e na determinação do fator de recuperação da reserva petrolífera, cuja finalidade é prever as performances futuras do reservatório, achando caminhos e significados, almejando assim, o gerenciamento na recuperação final de hidrocarbonetos. A principal atribuição do engenheiro de reservatórios é a previsão da produção de óleo ou gás. Isso só é possível após a caracterização do meio onde o petróleo está contido, e um bom entendimento sobre como é o escoamento do fluido a ser produzido até o sistema de produção. Além disso, a previsão de produção, na prática, depende de diversos fatores não diretamente ligados à parte técnica do escoamento em meios porosos (SCHIOZER, [S.a]). O reservatório de petróleo é uma parte central, com interface com todas as outras áreas envolvidas na Engenharia de Petróleo e, por isso, é uma atividade multidisciplinar, pois envolvem diversos conceitos de geologia, engenharia, matemática, termodinâmica, mecânica dos fluidos, economia, entre outras. Por isso, o engenheiro de reservatórios deve sempre buscar cumprir suas tarefas sem perder de vista o objetivo global de cada projeto (SCHIOZER, [S.a]). 3 A integração da Engenharia de Reservatórios com a Caracterização Geológica é intensa durante toda a vida dos campos. As incertezas envolvidas são muito grandes e o problema é muito complexo para uma modelagem perfeita. Dessa forma, além de toda a ciência envolvida, o trabalho dos geólogos e engenheiros de reservatórios é também uma arte. A integração em equipes multidisciplinares e os avanços nas técnicas de descrição de reservatórios e de modelagem de fluxo em meios porosos dão a essa arte cada vez mais base científica (SCHIOZER, [S.a]). Para a caracterização de reservatórios é necessário que seja feita a distribuição quantitativa das propriedades do mesmo, e revelar as incertezas que podem estar associadas a cada tipo de reservatório, de acordo a sua variabilidade espacial, permitindo prever o comportamento do fluxo no reservatório. O conjunto de técnicas que permitem esta caracterização são englobadas e estudadas na geoestatística, que permite a incorporação de conceitos geológicos em representações bidimensionais e tridimensionais, de tal forma que seja possível observar a partir de um modelo geológico criado a partir do computador, a heterogeneidade dos reservatórios, as suas direções de continuidade, etc. A geoestatística apresenta um conjunto de métodos e ferramentas que podem ser divididos em: estimação e simulação (MARQUES, 2011) . A simulação de reservatórios é uma importante ferramenta usada pela indústria do petróleo para o gerenciamento de reservatórios. Durante o desenvolvimento do campo, o modelo de simulação do reservatório é usado como uma ferramenta de decisão para selecionar o melhor projeto de desenvolvimento e, também, prever a produção de óleo, gás e água do campo. As incertezas são muito altas nas fases iniciais e, na maioria dos casos, o modelo inicial de simulação do reservatório deve ser revisado uma vez que os dados de produção observados no campo durante a fase de desenvolvimento não são os mesmos daqueles previstos pela simulação. Algumas destas incertezas dos parâmetros de entrada do modelo de simulação de reservatórios estão relacionadas com as heterogeneidades da rocha reservatório e a imprecisão das técnicas de exploração (SAMPAIO, 2009). Os simuladores em geral são classificados como físicos ou matemáticos. No sistema físico o problema é abordado através da construção de modelos reduzidos ou protótipos. O modelo matemático é constituído por um sistema de equações diferenciais parciais não lineares, acompanhado de suas condições iniciais e de contorno, capazes de descrever o 4 fenômeno em questão. Porém, as equações diferenciais que governam o escoamento de fluidos no meio poroso geralmente são muito complexas para serem resolvidas analiticamente. Em função disso, faz-se necessário um modelo numérico. A partir deste modelo numérico, uma série de programas são desenvolvidos, objetivando resolver o sistema de equações gerando soluções aproximadas para o fenômeno em questão (NAVEIRA, 2007). A metodologia aplicada neste trabalho é a utilização dos conceitos fundamentais sobre a Engenharia de Reservatórios, mostrando os aspectos teóricos e práticos sobre as tarefas mais importantes, tais como as propriedades dos fluidos, as propriedades das rochas, o escoamento em meios porosos, a previsão de produção e a integração com as outras atividades da Engenharia de Petróleo. O texto está direcionado para um nível básico dos conceitos, sem muitos detalhestécnicos e com maior ênfase na importância da Engenharia de Reservatórios no sistema completo de Exploração e Produção. Através de informações geológicas de uma determinada bacia petrolífera, é iniciado o estudo de caso de um determinado reservatório utilizando as planilhas dinâmicas do Excel Avançado, na qual estão contidas as principais fórmulas que determinam os principais parâmetros da Engenharia de Reservatórios, gerando consequentemente, gráficos dinâmicos e o produto final deste trabalho, é a caracterização do reservatório em análise e a determinação do fator de recuperação da reserva que está sendo pesquisada. 2 DESENVOLVIMENTO O Estudo da Engenharia de Reservatórios é realizado visando a retirada de fluidos de dentro das rochas reservatório, permitindo com que esses fluidos cheguem até a superfície. Na Engenharia de Reservatórios também são estudadas as características da jazida, a litologia, a propriedade dos fluidos contidos nas rochas, a maneira como estes fluidos interagem no interior das rochas e as leis físicas que regem o movimento dos fluidos no seu interior. O objetivo principal é maximizar a produção de hidrocarbonetos com o menor custo possível (SCHIOZER, [S.a]). A prática da engenharia de reservatórios é complexa e interdisciplinar. O estudo de reservatórios tem uma integração direta com a ciência geológica. O enfoque deste trabalho é a interação entre as principais propriedades da Engenharia de Reservatórios com a ferramenta 5 do Excel Avançado para a simulação dos reservatórios de óleo subsaturado, na busca do aprimoramento didático e maior interação e integração dos conceitos com as atividades práticas dessa disciplina. A vida de um reservatório começa com a exploração que leva ao descobrimento de um campo, através de estudos geológicos. Por meio de dados geológicos de uma determinada Bacia Sedimentar, começa o estudo de caso para a determinação do volume do reservatório e a caracterização das principais propriedades que compõem a reserva petrolífera. O desenvolvimento desse trabalho está dividido em oito seções, nas quais serão apresentados: a) materiais e métodos; b) as principais propriedades dos fluidos contidos no reservatório - massa específica; - densidade; - compressibilidade isotérmica; - viscosidade; - fator volume-formação do óleo e total do óleo; - razão de solubilidade; - liberações “flash” e “diferencial”; - pressão de bolha, usados nos dados de PVT para a determinação dos tipos de reservatórios de petróleo em estudo; c) as propriedades das rochas que compõem o reservatório: - porosidade efetiva das rochas; - compressibilidade da rocha reservatório; - saturação de fluidos; - permeabilidade efetiva e relativa; - mobilidade; d) o fluxo de líquidos em meios porosos: - fluxo dos fluidos incompressíveis; - equação da difusividade hidráulica; - produtividade de poços em regimes estabilizados de fluxo; e) a estimativa de reservas: - definições; 6 - fator de recuperação e reservas; - condições de abandono e volume recuperável; - métodos de cálculo de estimativas de reservas; f) o estudo de caso de cinco reservatórios de óleo subsaturado com características geológicas diferenciadas; g) os resultados; h) a discussão. 2.1 MATERIAIS E MÉTODOS O material utilizado neste trabalho é o software da Microsoft Aplicativo Excel Avançado, cujos métodos aplicados no Artigo Científico são as planilhas de cálculo do software e as suas fórmulas, sendo estas as ferramentas utilizadas para calcular as principais propriedades que caracterizam os reservatórios. No Excel também são apresentados de forma didática os conceitos, as descrições resumidas e a aplicabilidade das propriedades dos reservatórios (guia digital). Posteriormente à edição das planilhas contendo as tabelas e gráficos dinâmicos no Aplicativo Excel, e a alimentação das respectivas fórmulas sistematicamente amarradas e fixadas, inicia-se a simulação dos parâmetros do reservatório, realizando um simples clique sobre as células em branco das referidas tabelas dinâmicas, que são na realidade as variáveis independentes, fazendo a substituição dos valores numéricos desses parâmetros usados no estudo. As células em azul das tabelas dinâmicas são as variáveis dependentes. Ao substituir os valores das variáveis independentes, os gráficos dinâmicos consequentemente sofrerão modificações, facilitando assim, a interpretação das variáveis independentes e dependentes do processo. 2.2 PROPRIEDADES DOS FLUIDOS As Propriedades dos Fluidos existentes nos Reservatórios de Petróleo constituem importantes informações para o estudo do comportamento desses reservatórios. Essas propriedades, na maioria dos casos, são determinadas experimentalmente em análises de laboratório. Por questões econômicas ou operacionais, essas propriedades são calculadas 7 através de equações de estado ou estimadas, utilizando cartas, ábacos ou correlações empíricas disponíveis na literatura (ROSA et.al, 2011). O Esquema 01 abaixo apresenta, resumidamente, as principais propriedades dos fluidos estudadas neste trabalho. Esquema 01 – Principais Propriedades dos Fluidos Estudados para a Caracterização do Reservatório. A Tabela 01 abaixo apresenta essas propriedades dos fluidos utilizadas na determinação da caracterização dos reservatórios, com os seus conceitos resumidos. Tabela 01 – Principais Propriedades dos Fluidos. PROPRIEDADE DOS FLUIDOS DESCRIÇÃO RESUMIDA MASSA ESPECÍFICA DA MISTURA LÍQUIDA NAS CONDIÇÕES STANDARD (ρ) A massa específica de uma mistura líquida é definida como a relação entre a sua massa total e o seu volume. Quando se conhece a composição da mistura líquida, o seu volume específico nas condições-standard é obtido tomando-se como base 1,0 mol dessa mistura. DENSIDADE (do) A densidade de uma mistura líquida é determinada através da razão entre a massa específica da mistura e a massa específica da água, medidas nas mesmas condições de temperatura e pressão preestabelecidas. Na indústria do petróleo a densidade de uma mistura líquida é expressa em graus API (ºAPI) que é uma função hiperbólica da densidade. COMPRESSIBILIDADE ISOTÉRMICA (Cf ) A compressibilidade de um óleo deverá ser obtida em laboratório a partir da análise PVT. Existem correlações que podem ser empregadas para a estimativa do coeficiente de compressibilidade de um óleo em função da sua densidade na pressão de bolha. VISCOSIDADE (μ) A viscosidade de um líquido é afetada pelas variações de temperatura, pressão e composição da mistura líquida, decrescendo com o aumento da Massa Específica (ρ) Densidade (ρ) e Grau API Compressibilidade Isotérmica (C f ) Viscosidade (μ) Fator Volume- Formação do Óleo (BO o ) PROPRIEDADE DOS FLUIDOS Razão de Solubilidade (R s ) Fator Volume- Formação Duas Fases do Óleo (B t ) Liberação Flash e Diferencial Pressão de Bolha (P b ) 8 temperatura e crescendo com o aumento da pressão. FATOR VOLUME DE FORMAÇÃO DO ÓLEO (Bo) Por definição, é a razão entre o volume que a fase líquida ocupa em condições de pressão e temperatura quaisquer e o volume que ela ocupa nas condições de superfície. RAZÃO DE SOLUBILIDADE (Rs) Exprime a quantidade de gás presente no líquido. Por definição é a relação entre o volume de gás que está dissolvido, expresso em condições de superfície, e o volume deóleo que será obtido da mistura. LIBERAÇÕES “FLASH” E DIFERENCIAL O modo como a liberação do gás de uma mistura líquida é processada afeta significativamente as relações PVT, consequentemente, os dados de fator volume-formação do óleo e razão de solubilidade. Existem dois tipos básicos de liberação de gás: “Flash” e Diferencial. PRESSÃO DE BOLHA (Pb) A pressão de bolha de uma mistura líquida de hidrocarbonetos é obtida experimentalmente em laboratório. Esse é um dos parâmetros obtidos a partir dos dados colhidos no processo de liberação “flash”, executado no aparto célula de PVT. Ao chegarem à superfície as misturas líquidas passam por vasos separadores que têm a finalidade de separar os líquidos dos gases. A pressão ótima de separação é aquela em que se obtém a maior quantidade de óleo no tanque, ou seja, Bo mínimo. 2.3 PROPRIEDADES DAS ROCHAS As informações sobre as propriedades das rochas são fatores decisivos para o estudo do comportamento dos reservatórios de petróleo e, portanto, a sua coleta e a sua interpretação devem merecer uma atenção especial, através de um trabalho exaustivo e meticuloso. O Esquema 02 abaixo apresenta as principais propriedades das rochas reservatórios estudadas neste trabalho. Esquema 02 – Principais Propriedades das Rochas Estudadas para a Caracterização do Reservatório. Porosidade Efetiva (ф) Saturação de Fluidos (S f ) Compressibilidade Efetiva (C f ) Mobilidade (γ o ) Permeabilidade Efetiva e Relativa (k o e k ro ) PROPRIEDADE DAS ROCHAS RESERVATÓRIOS 9 A Tabela 02 abaixo apresenta as principais propriedades das rochas utilizadas na determinação da caracterização dos reservatórios, com os seus conceitos resumidos. Tabela 02 – Principais Propriedades das Rochas Reservatório. PROPRIEDADE DA ROCHA DESCRIÇÃO RESUMIDA POROSIDADE (ф) A porosidade é uma das mais importantes propriedades das rochas na engenharia de reservatórios, pois ela mede a capacidade de armazenamento de fluidos. Neste projeto será utilizada a porosidade efetiva, que nos dá a relação entre os espaços vazios interconectados de uma rocha e o volume total da mesma. COMPRESSIBILIDADE (Cf ) A porosidade das rochas sedimentares é função do grau de compactação das mesmas, e as forças de compactação são função da máxima profundidade em que a rocha já se encontrou. A compressibilidade efetiva é de maior importância para a engenharia de reservatórios que mede a variação fracional do volume poroso da rocha com a variação unitária da pressão. SATURAÇÃO DE FLUIDOS (Sf) Define-se saturação de um determinado fluido em um meio poroso como sendo a fração ou porcentagem do volume de poros ocupado pelo fluido. PERMEABILIDADE EFETIVA E RELATIVA (Ko e Kro) A permeabilidade mede a capacidade de um meio poroso de se deixar atravessar por fluidos, ou seja, é a medida da condutividade de fluidos de um material sólido poroso. MOBILIDADE (γo) A mobilidade de um fluido é a relação entre a sua permeabilidade efetiva e a sua viscosidade. Quanto mais viscoso for o fluido, menor será a sua mobilidade, ou seja, menor será a eficiência de deslocamento desse fluido no meio poroso. 2.4 FLUXO DE LÍQUIDOS EM MEIOS POROSOS O conhecimento das leis que regem o movimento dos fluidos nos meios porosos é fundamental para a estimativa da quantidade de hidrocarbonetos que se pode retirar dessa jazida, e o tempo em que essa produção se efetuará. A partir das equações básicas do estudo do fluxo em meios porosos podem ser desenvolvidos modelos matemáticos que apresentam relações com o aspecto físico do reservatório. Também são obtidos dados sobre o comportamento atual e futuro em termos de pressões, vazões de produção, etc (ROSA et.al, 2011). O estudo do Fluxo dos Fluidos nos meios porosos tem como ponto central a Equação da Difusividade Hidráulica - "Equação da Difusividade", a partir da qual são desenvolvidas soluções para as diversas situações em que os reservatórios podem se encontrar. A Equação do Balanço de Materiais no Reservatório estudada neste Projeto está embasada somente na Produção de Óleo decorrente apenas da atuação do Mecanismo de Gás 10 em Solução, ou seja, Reservatório Subsaturado. A Mistura de Hidrocarbonetos no Reservatório encontra-se originalmente na fase líquida. Em superfície, há a produção de óleo e gás (fase líquida + fase gasosa). A construção da Equação do Balanço de Materiais baseia-se na relação entre o Histórico de Produção do Reservatório e a Queda de Pressão observada no decorrer da Vida Produtiva do mesmo. O Esquema 03 abaixo apresenta os principais parâmetros estudados para descrever o fluxo de líquidos em meios porosos. Esquema 03 – Principais Parâmetros Estudados para Descrever o Fluxo de Líquidos em Meios Porosos. A Tabela 03 abaixo apresenta os principais parâmetros para descrever o fluxo de líquidos em meios porosos utilizados na determinação da caracterização dos reservatórios, com os seus conceitos resumidos. Tabela 03 – Principais Parâmetros do Fluxo de Líquidos em Meios Porosos. PARÂMETROS DO FLUXO DE LÍQUIDOS EM MEIOS POROSOS DESCRIÇÃO RESUMIDA FLUXO DE FLUIDOS INCOMPRESSÍVEIS Admite-se que o fluido dentro do reservatório seja incompressível, no caso cujo fluido seja líquido. Na maioria das situações o fluxo radial é que melhor caracteriza o movimento dos fluidos do reservatório para o poço. A lei que rege o fluxo de fluidos incompressíveis é a lei de Darcy – equação de transporte de massa. EQUAÇÃO DA DIFUSIVIDADE HIDRÁULICA O estudo do fluxo dos fluidos nos meios porosos tem como ponto central a equação da difusividade hidráulica, onde são desenvolvidas soluções para as diversas situações em que os reservatórios podem se encontrar. Esta equação é obtida a partir da associação de três equações Fluxo de Fluidos Incompressíveis Equação da Difusividade Hidráulica Produtividade de Poços Em Regimes Estabilizados de Fluxo FLUXO DE FLUIDOS EM MEIOS POROSOS 11 básicas: a equação da continuidade – conservação de massa, a lei de Darcy – equação de transporte de massa, e a equação da compressibilidade – equação de estado para líquidos. PRODUTIVIDADE DE POÇOS EM REGIMES ESTABILIZADOS DE FLUXO Quando se coloca um poço em produção, leva-se um tempo para atingir as condições de fluxo estabilizado, o distúrbio causado pela aplicação do diferencial de pressão (pe – pw) não atinge instantaneamente o raio externo do sistema (re). Após estabilização do fluxo, admite-se que há a realimentação da célula radial e a pressão do raio externo do sistema (pe) permanece constante. Essa condição é apropriada quando a pressão do reservatório é mantida por um influxo natural de água. 2.5 ESTIMATIVA DE RESERVAS O conhecimento da quantidade de fluido existente em uma jazida de petróleo e que pode ser extraída, desempenha um papel fundamental na decisão de se implantar ou não um projeto exploratório. A atividade dirigida à obtenção dos volumes de fluidos que se pode retirar do reservatório até que ele chegue à condição de abandono denomina-se Estimativas de Reservas, que são realizadas ao longo de toda a sua vida produtiva desde a descoberta da jazida (ROSA et.al, 2011). O Esquema 04 abaixo apresenta os principais índices estudados para a determinação da estimativa de uma reserva petrolífera.Esquema 04 – Principais Índices Estudados para a Determinação da Estimativa de Reserva Petrolífera. A Tabela 04 abaixo apresenta os principais índices para a determinação das estimativas de reservas, com os seus conceitos resumidos. Fator de Recuperação e Reservas Método Volumétrico para o Cálculo do Volume Original ESTIMATIVAS DE RESERVAS 12 Tabela 04 – Principais Índices para a Determinação das Estimativas de Reservas. ÍNDICES DE DETERMINAÇÃO DAS ESTIMATIVAS DE RESERAS DESCRIÇÃO RESUMIDA FATOR DE RECUPERAÇÃO E RESERVAS Fator de Recuperação é definido como o quociente entre o volume recuperável e o volume original, ou seja, é o percentual do volume original que se espera produzir de um reservatório. Reserva é definida como a quantidade de fluido que ainda pode ser obtido de um reservatório de petróleo numa época qualquer de sua vida produtiva. No início da vida produtiva do reservatório a produção acumulada é igual a zero e a reserva é igual ao volume recuperável. Ao final, quando tudo que se esperava produzir do reservatório for produzido, a produção acumulada será igual ao volume recuperável e a reserva será iguala a zero. MÉTODO VOLUMÉTRICO PARA O CÁLCULO DO VOLUME ORIGINAL Este método pode ser usado tanto para reservatório de líquido quanto para reservatório de gás. Nesse processo são necessárias as seguintes informações sobre o reservatório: volume total da rocha portadora de hidrocarbonetos (obtida por meio da sísmica de reflexão), porosidade média da rocha e saturações dos fluidos (obtidos por meio da interpretação de perfis, como em ensaios de laboratório), fator volume de formação do fluido (obtido por meio de uma análise feita em laboratório). 2.6 ESTUDO DE CASO Após o conhecimento e interação com os principais parâmetros que caracterizam uma reserva petrolífera, nesta seção é realizado o Estudo de Caso de cinco reservatórios de óleo subsaturados, através das planilhas do Excel, onde é possível simular os principais parâmetros para a caracterização de cada reservatório, clicando nas células em branco das tabelas dinâmicas, que são na realidade as variáveis independentes, fazendo uma simples substituição nos valores numéricos dos parâmetros usados neste estudo. As células em azul das tabelas dinâmicas são as variáveis dependentes. Consequentemente, os gráficos dinâmicos também sofrerão alterações. No Estudo de Caso são simulados os seguintes parâmetros, ou seja, as variáveis dependentes: a) Volume Total do Reservatório (Vr). b) Volume Original de Óleo (N). c) Volume de Óleo Produzido (Np). d) Volume de Óleo Existente no Reservatório na Pressão de Bolha (Nb). e) Volume de Óleo Produzido até a Pressão de Bolha (Npb). f) Volume de Gás Dissolvido Originalmente Existente (Gs). 13 g) Fator de Recuperação, Fração Recuperada e Reservas. h) Permeabilidade Efetiva ao Óleo (ko). i) Saturação de Óleo (So). j) Vazão Diária de Produção (qo). k) Índice de Produtividade (IP). Os resultados dessas simulações serão apresentados na seção seguinte. 2.7 RESULTADOS Os resultados obtidos na simulação dos parâmetros que caracterizam uma determinada reserva petrolífera são apresentados a seguir de forma ordenada e sistemática, conforme a sequência mostrada nas seções anteriores. 2.7.1 Propriedades dos fluidos A Tabela 05 abaixo apresenta a simulação da determinação da Massa Específica (ρm) de uma mistura líquida conforme a sua composição química. Tabela 05 – Determinação da Massa Específica de uma Mistura Líquida de Hidrocarbonetos. Componente na Mistura Fração Molar Massa Molecular Massa Ci em 1 mol- lb Fração Mássica Massa Específica Padrão Volume Específico do Componente Ci Xi Mi Xi*Mi (fm)i ρi (lb/ft³) Vi (ft³/lb) Propano (C3) 0,20 44 8,80 0,141 31,60 0,0045 Butano (C4) 0,30 58 17,40 0,280 36,38 0,0077 Pentano (C5) 0,50 72 36,00 0,579 39,29 0,0147 TOTAL 1,00 62,20 1,000 0,0269 Como o volume específico da mistura é o resultado da soma dos volumes específicos de cada componente na mistura, temos: ν = 0,0269 ft³/lb, onde ν = ∑ Vi ...(1) Logo, a Massa Específica da Mistura é: ρm = 37,18 lb/ft³, onde ρm = ...(2) 14 A Tabela 06 a seguir apresenta a simulação da Densidade do Óleo (do) na temperatura padrão de 60ºF (unidade americana) e da Massa Específica do Óleo (ρo) em lb/ft³ em função da variação do Grau API do Óleo. Tabela 06 – Determinação da Densidade e da Massa Específica de um Óleo. º API 34 32 30 28 26 24 22 20 18 d 60/60ºF 0,855 0,865 0,876 0,887 0,898 0,910 0,922 0,934 0,946 ρo [lb/ft³] 53,4 54,0 54,7 55,4 56,1 56,8 57,5 58,3 59,1 Onde: ºAPI = – 131,5 ...(3) ...(4) A Tabela 07 abaixo apresenta os dados obtidos de um experimento hipotético de “Separação Flash”, para a determinação dos Fatores Volume-Formação do Óleo (Bo), Volume-Formação do Gás (Bg), Volume-Formação Total de Óleo (Bt) e a Razão de Solubilidade (Rs), representando o processo que ocorre em um determinado Reservatório de Óleo, onde Pb é a Pressão de Bolha, Pi a Pressão Inicial e as condições-standard são de 60ºF e 14,7psia. Tabela 07 – Simulação de um Experimento de Separação “Flash” de um Reservatório de Óleo. Pressão P (psia) Líquido (bbl) Gás Livre (ft³) Gás Dissol. (ft³) Gás Livre (bbl) Gás Dissol. (bbl) Bo (bbl/std) Bt (bbl/std) Bg (ft³/scf) Rs (scf/std) 2.500 120 0 0 0,00 0,00 1,50 1,50 0,0000 125 2.000 130 0 0 0,00 0,00 1,63 1,63 0,0000 125 1.000 100 90 0 16,03 0,00 1,25 1,45 0,0375 95 500 95 170 240 30,28 42,75 1,19 2,10 0,0706 53 Vol. Óleo no Tanque (std) = 80 Onde: ...(5) Bg = …(6) 15 Bt = …(7) Rs = ...(8) O Gráfico 01 a seguir mostra o comportamento do Fator Volume-Formação do Óleo (Bo) em função das pressões do reservatório e de superfície. Gráfico 01 – Fator volume-formação do óleo em função das pressões nas condições de reservatório e standard. O Gráfico 02 a seguir mostra o comportamento do Fator Volume-Formação do Gás (Bg) em função das pressões do reservatório e de superfície. Gráfico 02 – Fator volume-formação do gás em função das pressões nas condições de reservatório e standard. O Gráfico 03 a seguir mostra o comportamento do Fator Volume-Formação Total do Óleo (Bt) em função das pressões do reservatório e desuperfície. 0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 Pi Pb P3 P4 1,50 1,63 1,25 1,19 Fator Volume-Formação do Óleo (Bo) - [bbl/std] 0,0000 0,0100 0,0200 0,0300 0,0400 0,0500 0,0600 0,0700 0,0800 Pi Pb P3 P4 0,0000 0,0000 0,0375 0,0706 Fator Volume-Formação do Gás (Bg) - [ft³/scf] 16 Gráfico 03 – Fator volume-formação total do óleo em função das pressões nas condições de reservatório e standard. O Gráfico 04 a seguir mostra o comportamento da Razão de Solubilidade (Rs) em função das pressões nas condições de reservatório e standard. Gráfico 04 – Razão de solubilidade em função das pressões nas condições de reservatório e standard. 2.7.2 Propriedades das rochas reservatórios A Tabela 08 abaixo apresenta os dados obtidos de um experimento hipotético do Porosímetro de Boyle para o cálculo da porosidade efetiva média com dez amostras de testemunhos de rochas reservatório. Tabela 08 – Simulação de um Experimento com Porosímetro de Boyle. Nº Amostra 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Pressão P2 [mmHg] 360,3 359,7 358,4 358,7 359 359,9 358,9 358,6 360,2 360 Vs - Volume Sólidos [cm³] 0,75 0,78 0,85 0,83 0,82 0,77 0,82 0,84 0,76 0,77 0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 Pi Pb P3 P4 1,50 1,63 1,45 2,10 Fator Volume-Formação Óleo Total (Bt) - [bbl/std] 0 20 40 60 80 100 120 140 Pi Pb P3 P4 125 125 95 53 Razão de Solubilidade (Rs) - (scf/std) 17 фi - Porosidade [%] 24,6 21,6 15,2 16,7 18,2 22,6 17,7 16,2 24,1 23,1 POROSIDADE EFETIVA MÉDIA [%] 20,0 Onde: Vs = ...(9) фi = = ...(10) фMédia = , sendo N o número de medições ...(11) O Gráfico 05 a seguir mostra a variação da pressão final para cada amostra no experimento hipotético do Porosímetro de Boyle, para a determinação da porosidade efetiva média (фMédia) da rocha reservatório. Gráfico 05 – Variação da pressão final no experimento hipotético do Porosímetro de Boyle. O Gráfico 06 a seguir mostra o resultado da porosidade efetiva de cada amostra testemunho da rocha reservatório, realizado no experimento hipotético do Porosímetro de Boyle. Gráfico 06 – Porosidade efetiva média da rocha reservatório no experimento do Porosímetro de Boyle. 350 352 354 356 358 360 362 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 360,3 359,7 358,4 358,7 359,0 359,9 358,9 358,6 360,2 360,0 Pressão P2 10,0 12,5 15,0 17,5 20,0 22,5 25,0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 24,6 21,6 15,2 16,7 18,2 22,6 17,7 16,2 24,1 23,1 фi - Porosidade [%] 20,0 18 A Tabela 09 abaixo apresenta a variação da compressibilidade da rocha reservatório em função da porosidade efetiva média da mesma. Tabela 09 – Compressibilidade da Rocha Reservatório em função de sua porosidade efetiva média. Porosidade (%) 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 Cf [10 -6 psi -1 ] 10 7,2 6 5,2 4,8 4,5 4,2 4 3,8 3,6 Do resultado da porosidade efetiva média no experimento hipotético do Porosímetro de Boyle chega-se a um resultado da compressibilidade da rocha reservatório (Cf ) de 3,6 x 10 - 6 psi -1 . O Gráfico 07 a seguir mostra a compressibilidade da rocha reservatório (Cf ) em função da sua porosidade efetiva média (фMédia). Gráfico 07 – Compressibilidade da rocha reservatório em função de sua porosidade efetiva média. A Tabela 10 abaixo apresenta a simulação de cinco reservatórios de petróleo subsaturado para a determinação da permeabilidade relativa ao óleo (kro) e da saturação de óleo atual (So) na área de drenagem do poço. Para se determinar essas duas propriedades, outras duas variáveis dependentes foram determinadas anteriormente, o volume de óleo produzido (Np) e o volume de óleo original (N). Tabela 10 – Simulação das propriedades permeabilidade relativa ao óleo e saturação de óleo para cinco reservatórios hipotéticos. Características do Reservatório R 1 R 2 R 3 R 4 R 5 Porosidade da Rocha (ф) [%] 15 15 20 20 25 Permeabilidade Abs (k) [mD] 200 300 300 200 300 Espessura Formação (h) [m] 20 20 20 20 20 Raio de Drenagem (re) [m] 200 200 200 200 200 Raio do Poço (rw) [cm] 5 5 5 5 5 Pressão Estática Original (Pei) [Kgf/cm²] 120 120 130 130 140 10 7,2 6 5,2 4,8 4,5 4,2 4 3,8 3,6 0 2 4 6 8 10 C f [1 0 -6 p si -1 ] Porosidade (%) Compressibilidade Efetiva da Rocha - Cf 19 Pressão Estática Atual (Pe) [Kgf/cm²] 100 90 100 110 120 Pressão de Surgência Atual no Fundo do Poço [Kgf/cm²] 50 50 50 50 50 Fator Volume-Formação à Pi (Boi) [m³/m³std] 1,4 1,4 1,3 1,3 1,45 Fator Volume-Formação à Patual (Bo)[m³/m³std] 1,3 1,3 1,2 1,2 1,25 Viscosidade do Óleo (μo) [cP] 10 10 25 20 20 Vazão Diária Média desde Início da Produção (qo) [m³ std/d] 48,75 51,00 49,00 51,00 56,80 Tempo de Produção (t) [d] 1168 1168 1168 1168 1168 Saturação Água Conata (Swi) [%] 25 25 25 30 20 Vol. Óleo Produzido (Np) [m³ std] 56.940 59.568 57.232 59.568 66.342 Vol. Óleo Original (N) [m³ std] 201.960 201.960 289.993 270.660 346.658 Permeab. Relat. ao Óleo Atual na Área de Drenagem do Poço (kro) 0,50 0,44 0,77 0,81 0,53 Saturação de Óleo Atual na Área de Drenagem do Poço (So) 50% 49% 56% 50% 56% Onde: Volume de Óleo Produzido Acumulado (Np): Np =qo* t ...(12) Volume de Óleo Original (N): N = = = ...(13) Permeabilidade Efetiva ao Óleo (ko): ko = ...(14) Permeabilidade Relativa ao Óleo (kro): kro = ...(15) Saturação de Óleo (So): So = ...(16) O Gráfico 08 a seguir mostra o resultado da simulação dos reservatórios estudados referente à permeabilidade relativa ao óleo (kro). Gráfico 08 – Permeabilidade relativa ao óleo na área de drenagem do poço para os cinco reservatórios estudados hipoteticamente. O Gráfico 09 a seguir mostra o resultado da simulação dos reservatórios estudado hipoteticamente referente à saturação de óleo (So) na área de drenagem do poço. 0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 R 1 R 2 R 3 R 4 R 5 0,50 0,44 0,77 0,81 0,53 Permeabilidade Relativa ao Óleo na Área de Dernagem do Poço (kro) 20 Gráfico 09 – Saturação de óleo na área de drenagem do poço para os cinco reservatórios estudados hipoteticamente. 2.7.3 Fluxo de líquidos em meios porosos A Tabela 11 abaixo apresenta a simulação hipotética de cinco reservatórios de petróleo subsaturado para a determinação da vazão atual do óleo (qo) e do índice de produtividade do reservatório (IP), considerando que a geometria do reservatório seja cilíndrica, que o regime de fluxo seja permanente – e que a pressão externa do reservatório (pe) permaneça constante e igual à pressão original (pi). Tabela 11 – Simulação da vazão de óleo e do índice de produtividade para cinco tipos de reservatórios hipotéticos. Diagnóstico do Reservatório R 1 R 2R 3 R 4 R 5 Pressão Original (Pi) [kgf/cm²] 300 250 300 250 280 Permeabilidade Efetiva ao Óleo (ko) [mD] 50 50 70 70 50 Espessura Formação (h) [m] 20 20 20 20 20 Porosidade da Rocha (ф) 0,20 0,20 0,25 0,20 0,25 Viscosidade do Óleo no Res. (μo) [cP] 2 2 3 3 4 Compressib. do Óleo (Co) [Kgf/cm²] -1 0,00015 0,00020 0,00015 0,00020 0,00025 Compressib. da Água (Cw) [Kgf/cm²] -1 0,00005 0,00005 0,00010 0,00010 0,00005 Compres. da Formação (Cf) [Kgf/cm²] -1 0,00006 0,00006 0,00007 0,00007 0,00008 Saturação de Óleo (So) 0,70 0,80 0,70 0,80 0,75 Saturação de Água Irredutível (Swi) 0,30 0,20 0,30 0,20 0,25 Produção Acumul. de Óleo (Np) [m³ std] 9216 9800 10500 9600 10250 Fator Vol.-Form. Óleo (Bo) [m³/m³ std] 1,25 1,30 1,25 1,30 1,40 Pressão Fluxo Fundo Poço (Pw) [kgf/cm³] 150 130 150 130 140 Raio do Poço (rw) [m] 0,10 0,10 0,10 0,10 0,10 Vazão Atual (qo)[m³ std/d] 380,1 292,4 354,7 272,9 158,4 Índice de Produt. (IP) [m³ std/d / kgf/cm²] 8,0 7,7 7,4 7,1 3,6 44% 46% 48% 50% 52% 54% 56% R 1 R 2 R 3 R 4 R 5 50% 49% 56% 50% 56% Saturação de Óleo na Área de Drenagem do Poço (So) 21 Onde: Vazão Atual de Produção de Óleo (qo): w e r r B PwePkh qo ln )(54,52 ...(17) Índice de Produtividade (IP): w e r r B kh IP ln *54,52 ...(18) O Gráfico 10 a seguir mostra o resultado da simulação hipotética de cinco reservatórios distintos de óleo subsaturado para a estimativa da vazão atual do óleo (qo). Gráfico 10 – Vazão atual de óleo na área de drenagem do poço para os cinco reservatórios estudados hipoteticamente. O Gráfico 11 a seguir mostra o resultado da simulação hipotética de cinco reservatórios distintos de óleo subsaturado para a estimativa do seu Índice de Produtividade (IP). Gráfico 11 – Índice de produtividade dos cinco reservatórios estudados hipoteticamente. 0,0 100,0 200,0 300,0 400,0 R 1 R 2 R 3 R 4 R 5 380,1 292,4 354,7 272,9 158,4 Vazão Atual de Óleo [m³ std/d] 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 R 1 R 2 R 3 R 4 R 5 8,0 7,7 7,4 7,1 3,6 Índice de Produtividade (IP) - [m³ std/d /kgf/cm²] 22 2.7.4 Estimativas de reservas A Tabela 12 abaixo apresenta a simulação hipotética de um determinado reservatório de óleo contendo um volume original de 4.800.000 m³ std que será capaz de produzir, dentro de determinadas condições econômicas e técnicas, um volume de 1.245.000 m³ std. Tabela 12 – Simulação do volume de óleo que se espera produzir de uma acumulação de petróleo hipotético, e a fração do volume original que se espera produzir de um reservatório. Óleo Original [m³ std] Volume Recuperável [m³ std] Fator de Recuperação [%] Volume Não Extraído [m³ std] 4.800.000 1.245.000 25,94% 3.555.000 O Gráfico 12 a seguir mostra o volume recuperável e o fator de recuperação da acumulação de petróleo estudada hipoteticamente. Gráfico 12 – Volume recuperável esperado do reservatório e seu fator de recuperação. A Tabela 13 a seguir apresenta os dados da simulação da acumulação de petróleo estudada acima, que após 05 anos de produção, o reservatório apresenta uma Produção Acumulada de 850.000 m³ std de óleo. O quociente entre o volume que já foi produzido e o volume original representa a fração recuperada. Tabela 13 – Simulação da produção acumulada, do volume de óleo recuperado e da reserva existentes. Óleo Original [m³ std] Produção Acumulada [m³ std] Fração Recuperada [%] Reserva [m³ std] Volume Não Extraído [m³ std] 4.800.000 850.000 17,71% 395.000 3.555.000 O Gráfico 13 a seguir mostra a produção acumulada, ou seja, a quantidade de óleo que já foi produzida de um reservatório até uma determinada época, a reserva, ou seja, a 25,94% 74,06% Volume Recuperável [m³ std] Volume Não Extraído [m³ std] 23 quantidade de óleo que ainda pode ser obtida de um reservatório de petróleo numa época qualquer da sua vida produtiva, e o volume de óleo não extraído da acumulação de petróleo estudada hipoteticamente. Gráfico 13 – Produção acumulada e a reserva de óleo que ainda pode ser retirado do reservatório. A Tabela 14 a seguir apresenta a simulação de um reservatório de petróleo subsaturado contendo os dados geológicos com o mapa de isópacas, para a determinação do volume total do reservatório (Vr) utilizando método trapeizodal, o volume de óleo originalmente existente no reservatório (N), o volume de óleo produzido desde a pressão original até a pressão de bolha (Npb), e o volume de gás em solução originalmente existente no reservatório (Gs). Tabela 14 – Simulação de um reservatório de óleo subsaturado contendo os dados geológicos com mapa de isópacas hipotético, e o resumo da caracterização do reservatório em estudo. Contorno (m) 1ª Leitura 2ª Leitura 3ª Leitura 0 1.710 3.420 5.130 Constante do Aparelho (C = Aleitura / Areal) 1,27 10 1.270 2.540 3.812 Máxima Isópaca com Óleo [m] 66,7 20 884 1.765 2.652 Porosidade Média (ф) [%] 12,4 30 612 1.225 1.835 Saturação Média da Água Conata (Swi) [%] 35,2 40 360 720 1.080 Fator Volume-Formação Inicial do Óleo (Boi) [m³/ m³ std] 1,111 50 220 442 660 Fator Vol-Form Óleo na Pressão Bolha (Bob) [m³/ m³ std] 1,117 60 123 245 370 Razão de Solubilidade Inicial (Rsi) [m³std/m³std] 25,4 RESUMO DA CARACTERIZAÇÃO DO RESERVATÓRIO Mapa de Isópacas Leitura 01 Leitura 02 Leitura 03 Volume Total do Reservatório (Vr) [m³] 33.887.440,9 67.768.307,1 101.676.771,7 Volume de Óleo Original (N) [m³ std] 2.450.876,4 4.901.277,2 7.353.674,1 Volume Óleo Existente na P. Bolha (Nb)[m³ std] 2.437.711,4 4.874.949,9 7.314.173,6 Volume Óleo Produzido até P.Bolha (Npb) [m³ std] 13.165,0 26.327,4 39.500,5 Volume de Gás Dissolvido Original (Gs) [m³ std] 62.252.260,0 124.492.441,8 186.783.322,8 17,71% 8,23% 74,06% Produção Acumulada [m³ std] Reserva [m³ std] Volume Não Extraído [m³ std] 24 Leituras do Mapa de Isópacas (Área em 10 3 m³) Onde: Fórmula Trapeizodal para o cálculo do volume da rocha reservatório (Vr): Vr = h*[1/2 (A0 + A60) + A10 + A20 + A30 + A40 + A50] + tm*A60/2 ...(19) Altura (h) [m] = Cont.i - Cont.i-1 ...(20) tm = Máx Isópaca - Máx Contorno [m] ...(21) Volume de Óleo Original (N): N = ...(22) Volume de Óleo Existente no Reservatório na Pressão de Bolha (Nb): Nb = ...(23) Volume de Óleo Produzido até a Pressão de Bolha (Npb): Npb = N - Nb ...(24) Volume de Gás Dissolvido Originalmente Existente (Gs): Gs = N*Rsi ...(25) O Gráfico 14 a seguir mostra a simulação do volume total do reservatório (Vr) calculadoatravés do método trapeizodal, utilizando os mapas de isópacas fornecidos pelos geólogos. Gráfico 14 – Volume total do reservatório calculado através do método trapeizodal. O Gráfico 15 a seguir mostra a simulação do volume óleo original presente no reservatório (N) calculado a partir das dimensões do reservatório. 0,0E+00 2,0E+07 4,0E+07 6,0E+07 8,0E+07 1,0E+08 1,2E+08 Leitura 01 Leitura 02 Leitura 03 33.887.440,9 67.768.307,1 101.676.771,7 Volume Total do Reservatório (Vr) - [m³] 25 Gráfico 15 – Volume original de óleo presente no reservatório. O Gráfico 16 a seguir mostra a simulação do volume de óleo existente no reservatório na pressão de bolha (Nb) calculado a partir das dimensões do reservatório. Gráfico 16 – Volume de óleo existente no reservatório na pressão de bolha (Nb). O Gráfico 17 a seguir mostra a simulação do volume de óleo produzido até a pressão de bolha (Npb) calculado a partir do volume de óleo original e o existente no reservatório à partir da sua pressão de bolha. Gráfico 17 – Volume de óleo produzido até a pressão de bolha (Npb). 0,0E+00 2,0E+06 4,0E+06 6,0E+06 8,0E+06 Leitura 01 Leitura 02 Leitura 03 2.450.876,4 4.901.277,2 7.353.674,1 Volume de Óleo Original (N) - [m³ std] 0,0E+00 2,0E+06 4,0E+06 6,0E+06 8,0E+06 Leitura 01 Leitura 02 Leitura 03 2.437.711,4 4.874.949,9 7.314.173,6 Volume Óleo Existente no Reservatório na Pressão de Bolha (Nb) - [m³ std] 0,0 10.000,0 20.000,0 30.000,0 40.000,0 Leitura 01 Leitura 02 Leitura 03 13.165,0 26.327,4 39.500,5 Volume de Óleo Produzido até a P. Bolha (Npb) - [m³ std] 26 O Gráfico 18 a seguir mostra a simulação do volume de gás dissolvido originalmente existente (Gs) no reservatório de óleo subsaturado estudado hipoteticamente. Gráfico 18 – Volume de gás dissolvido originalmente existente (Gs) no reservatório. 2.7.5 Estudo de caso Nesta subseção são apresentados os resultados obtidos de um estudo de caso hipotético de cinco tipos de reservatórios com o objetivo de caracterizá-los conforme metodologia descrita nas seções anteriores. A Tabela 15 abaixo apresenta as principais características dos cinco reservatórios em estudo, sendo todas elas, neste caso específico, variáveis independentes, que podem ser alteradas para a efetivação da simulação e caracterização desses reservatórios. Tabela 15 – Características dos reservatórios no estudo de caso. Características do Reservatório R 1 R 2 R 3 R 4 R 5 Porosidade Média da Rocha (ф) [%] 12,5 13,4 14,2 12,7 13,6 Permeabilidade Abs (k) [mD] 200 250 300 200 300 Espessura Formação (h) [m] 25 25 25 25 25 Raio de Drenagem (re) [m] 300 300 300 300 300 Raio do Poço (rw) [cm] 10 10 10 10 10 Pressão Estática Original (Pei) [Kgf/cm²] 150 150 180 180 200 Pressão Estática Atual (Pe) [Kgf/cm²] 90 90 90 100 110 Pressão de Surgência Atual no Fundo do Poço [Kgf/cm²] 60 60 60 60 60 Fator Volume-Formação à Pi (Boi) [m³/m³std] 1,110 1,110 1,210 1,230 1,230 Fator Volume-Formação à Patual (Bo)[m³/m³std] 1,112 1,112 1,217 1,235 1,233 Viscosidade do Óleo (μo) [cP] 3 4 4 3 3 Vazão Diária Média desde Início da Produção (qo) [m³ std/d] 250 175 300 275 450 Tempo de Produção (t) [d] 1500 1500 1500 1500 1500 Saturação Água Conata (Swi) [%] 20 20 20 25 25 0,0E+00 5,0E+07 1,0E+08 1,5E+08 2,0E+08 Leitura 01 Leitura 02 Leitura 03 62.252.260,0 124.492.441,8 186.783.322,8 Volume de Gás Dissolvido Originalmente Existente (Gs) - [m³ std] 27 Razão de Solubilidade Inicial (Rsi) [m³std/m³std] 25,0 20,0 30,0 25,0 20,0 A Tabela 16 a seguir apresenta os dados geológicos dos cinco reservatórios de óleo subsaturado em estudo, contendo o mapa de isópacas, para a determinação do volume total do reservatório (Vr) utilizando método trapeizodal, o volume de óleo originalmente existente no reservatório (N), o volume de óleo produzido desde a pressão original até a pressão de bolha (Npb), e o volume de gás em solução originalmente existente no reservatório (Gs). Tabela 16 – Dados geológicos com os mapas de isópacas hipotético de cinco reservatórios de óleo subsaturado em estudo. Contorno (m) R1 R2 R3 R4 R5 0 1.800 3.100 2.800 3.420 5.130 * Leituras Mapa Isópacas - Áreas em 10³ m² 10 1.210 2.120 2.000 2.540 3.812 20 850 1.600 1.400 1.765 3.000 30 600 1.200 1.000 1.125 1.835 40 360 720 830 480 1.080 50 210 430 350 310 660 60 120 250 200 100 370 Características do Reservatório R1 R2 R3 R4 R5 Constante do Aparelho (C = Aleitura / Areal) 1,50 1,50 1,50 1,50 1,50 Máxima Isópaca com Óleo [m] 70,0 65,5 67,8 80,2 84,0 Porosidade Média (ф) [%] 12,5 13,4 14,2 12,7 13,6 Saturação Média da Água Conata (Swi) [%] 20 20 20 25 25 Fator Volume-Formação Inicial do Óleo (Boi) [m³/ m³ std] 1,110 1,110 1,210 1,230 1,230 Fator Vol-Form Óleo na Pressão Bolha (Bob) [m³/ m³ std] 1,112 1,112 1,217 1,235 1,233 Razão de Solubilidade Inicial (Rsi) [m³std/m³std] 19,0 14,5 20,0 25,0 18,0 tm = Máx Isópaca - Máx Contorno [m] = 10,0 5,5 7,8 20,2 24,0 Altura (H) [m] = Cont.i - Cont.i-1 = 10 Areal = Aleitura/C = Aleitura/1,50 A Tabela 17 a seguir apresenta o resumo da simulação dos cinco reservatórios em estudo, onde foram calculados o volume total de cada reservatório (Vr) utilizando método trapeizodal, o volume de óleo originalmente existente em cada reservatório (N), o volume de óleo produzido desde a pressão original até a pressão de bolha (Npb), e o volume de gás em solução originalmente existente em cada reservatório (Gs). 28 Tabela 17 – Resumo do cálculo do volume original de cada reservatório através do método volumétrico. Resumo da Caracterização dos Reservatórios R1 R2 R3 R4 R5 Volume Total do Reservatório (Vr) [m³] 28.333.333, 3 52.091.666, 7 47.720.000, 0 53.873.333, 3 90.540.000, 0 Volume de Óleo Original (N) [m³ std] 2.552.552,6 5.030.834,8 4.480.158,7 4.171.898,4 7.508.195,1 Vol. Óleo Existente no Reserv. na P. Bolha (Nb) [m³ std] 2.547.961,6 5.021.786,6 4.454.389,5 4.155.008,1 7.489.927,0 Vol. Óleo Produzido até a Pressão de Bolha (Npb) [m³ std] 4.590,9 9.048,3 25.769,2 16.890,3 18.268,1 Vol. Gás Dissolvido Originalmente Existente (Gs) [m³ std] 48.498.498 72.947.105 89.603.174 104.297.459 135.147.512 O Gráfico 19 a seguir mostra a simulação do volume total de cada reservatório (Vr) calculado através do método trapeizodal, utilizando os mapas de isópacas fornecidos pelos geólogos. Gráfico 19 – Volume total de cada reservatório calculado através do método trapeizodal. O Gráfico 20 a seguir mostra a simulação do volume óleo original presente em cada reservatório (N), calculado a partir das suas dimensões. Gráfico 20 – Volume original de óleo presente em cada reservatório. 0,0E+00 2,0E+07 4,0E+07 6,0E+07 8,0E+07 1,0E+08 R1 R2 R3 R4 R5 2,83E+07 5,21E+07 4,77E+07 5,39E+07 9,05E+07 Volume Total do Reservatório (Vr ) [m³] 0,0E+00 2,0E+06 4,0E+06 6,0E+06 8,0E+06 R1 R2 R3 R4 R5 2,55E+06 5,03E+06 4,48E+06 4,17E+06 7,51E+06 Volume de Óleo Original (N) [m³ std] 29 O Gráfico 21 a seguir mostra a simulação do volume de óleo existente em cada reservatório na pressão de bolha (Nb), calculado a partir das suas dimensões. Gráfico 21 – Volume de óleo existente em cada reservatório na sua pressão de bolha (Nb). O Gráfico 22 a seguir mostraa simulação do volume de óleo produzido até a pressão de bolha (Npb), calculado a partir do volume de óleo original e o existente em cada reservatório, a partir da sua pressão de bolha. Gráfico 22 – Volume de óleo produzido até a pressão de bolha (Npb) para cada reservatório. O Gráfico 23 a seguir mostra a simulação do volume de gás dissolvido originalmente existente (Gs) em cada reservatório de óleo subsaturado estudado hipoteticamente. 0,0E+00 2,0E+06 4,0E+06 6,0E+06 8,0E+06 R1 R2 R3 R4 R5 2,55E+06 5,02E+06 4,45E+06 4,16E+06 7,49E+06 Vol. Óleo Existente no Reserv. na P. Bolha (Nb) [m³ std] 0,0E+00 5,0E+03 1,0E+04 1,5E+04 2,0E+04 2,5E+04 3,0E+04 R1 R2 R3 R4 R5 4,59E+03 9,05E+03 2,58E+04 1,69E+04 1,83E+04 Vol. Óleo Produzido até a Pressão de Bolha (Npb) [m³ std] 30 Gráfico 23 – Volume de gás dissolvido originalmente existente (Gs) em cada reservatório. A Tabela 18 abaixo apresenta o resumo da simulação hipotética dos cinco reservatórios em estudo para a determinação do fator de recuperação, fração recuperada e reservas. Tabela 18 – Resumo da simulação do volume de óleo que se espera produzir de uma acumulação de petróleo hipotético, e a fração do volume original que se espera produzir de um reservatório. Características do Reservatório R 1 R 2 R 3 R 4 R 5 Volume Óleo Original (N) [m³ std] 2.552.552,6 5.030.834,8 4.480.158,7 4.171.898,4 7.508.195,1 Volume Recuperável (NR) [m³ std] 732.525,4 1.350.736,0 1.233.287,0 1.121.348,0 2.194.770,0 Volume Óleo Não Explotado [m³ std] 1.820.027,2 3.680.098,8 3.246.871,7 3.050.550,4 5.313.425,1 Fator de Recuperação [%] 28,70% 26,85% 27,53% 26,88% 29,23% Os Gráficos de números 24 a 28 a seguir mostram sistematicamente, o volume recuperável e o fator de recuperação da acumulação de petróleo para cada reservatório estudado hipoteticamente. Gráfico 24 – Volume recuperável esperado do reservatório-R1 e seu fator de recuperação. 0,00E+00 2,00E+07 4,00E+07 6,00E+07 8,00E+07 1,00E+08 1,20E+08 1,40E+08 R1 R2 R3 R4 R5 4,85E+07 7,29E+07 8,96E+07 1,04E+08 1,35E+08 Vol. Gás Dissolvido Originalmente Existente (Gs) [m³ std] 71,30% 28,70% Fator de Recuperação - Reservatório R1 Volume Óleo Não Explotado [m³ std] Volume Recuperável (NR) [m³ std] 31 Gráfico 25 – Volume recuperável esperado do reservatório-R2 e seu fator de recuperação. Gráfico 26 – Volume recuperável esperado do reservatório-R3 e seu fator de recuperação. Gráfico 27 – Volume recuperável esperado do reservatório-R4 e seu fator de recuperação. 73,15% 26,85% Fator de Recuperação - Reservatório R2 Volume Óleo Não Explotado [m³ std] Volume Recuperável (NR) [m³ std] 72,47% 27,53% Fator de Recuperação - Reservatório R3 Volume Óleo Não Explotado [m³ std] Volume Recuperável (NR) [m³ std] 73,12% 26,88% Fator de Recuperação - Reservatório R4 Volume Óleo Não Explotado [m³ std] Volume Recuperável (NR) [m³ std] 32 Gráfico 28 – Volume recuperável esperado do reservatório-R5 e seu fator de recuperação. A Tabela 19 a seguir apresenta resumidamente os dados da simulação da acumulação de petróleo estudadas em cada caso acima, que após 04 anos de produção, cada reservatório apresenta uma Produção Acumulada em m³ std de óleo. O quociente entre o volume que já foi produzido e o volume original representa a fração recuperada. Tabela 19 – Simulação da produção acumulada, do volume de óleo recuperado e da reserva existentes para cada reservatório analisado. Características do Reservatório R 1 R 2 R 3 R 4 R 5 Volume Óleo Original (N) [m³ std] 2.552.552,6 5.030.834,8 4.480.158,7 4.171.898,4 7.508.195,1 Volume Recuperável (NR) [m³ std] 732.525,4 1.350.736,0 1.233.287,0 1.121.348,0 2.194.770,0 Produção Acumulada Óleo [m³ std] 375.000,0 262.500,0 450.000,0 412.500,0 675.000,0 Volume Óleo Não Explotado [m³ std] 1.820.027,2 3.680.098,8 3.246.871,7 3.050.550,4 5.313.425,1 Fração Recuperada [%] 14,69% 5,22% 10,04% 9,89% 8,99% Reserva [m³ std] 357.525,4 1.088.236,0 783.287,0 708.848,0 1.519.770,0 Os Gráficos de números 29 a 33 a seguir mostram a produção acumulada, ou seja, a quantidade de óleo que já foi produzida de um reservatório até uma determinada época, a reserva, ou seja, a quantidade de óleo que ainda pode ser obtida de um reservatório de petróleo numa época qualquer da sua vida produtiva, e o volume de óleo não extraído da acumulação de petróleo de cada reservatório estudado hipoteticamente. 70,77% 29,23% Fator de Recuperação - Reservatório R5 Volume Óleo Não Explotado [m³ std] Volume Recuperável (NR) [m³ std] 33 Gráfico 29 – Produção acumulada e a reserva de óleo que ainda pode ser retirado do reservatório-R1. Gráfico 30 – Produção acumulada e a reserva de óleo que ainda pode ser retirado do reservatório-R2. Gráfico 31 – Produção acumulada e a reserva de óleo que ainda pode ser retirado do reservatório-R3. 71,30% 14,69% 14,01% Produção Acumulada e Reserva - Reservatório R1 Volume Óleo Não Explotado [m³ std] Produção Acumulada [m³ std] Reserva [m³ std] 73,15% 5,22% 21,63% Produção Acumulada e Reserva - Reservatório R2 Volume Óleo Não Explotado [m³ std] Produção Acumulada [m³ std] Reserva [m³ std] 72,47% 10,04% 17,48% Produção Acumulada e Reserva - Reservatório R3 Volume Óleo Não Explotado [m³ std] Produção Acumulada [m³ std] Reserva [m³ std] 34 Gráfico 32 – Produção acumulada e a reserva de óleo que ainda pode ser retirado do reservatório-R4. Gráfico 33 – Produção acumulada e a reserva de óleo que ainda pode ser retirado do reservatório-R5. A Tabela 20 abaixo apresenta a simulação dos cinco reservatórios de petróleo subsaturado em estudo, para a determinação da permeabilidade efetiva ao óleo (ko) e da saturação de óleo atual (So) na área de drenagem do poço. Para se determinar essas duas propriedades, outras duas variáveis dependentes foram determinadas anteriormente, o volume de óleo produzido acumulado (Np) e o volume de óleo original (N). Tabela 20 – Simulação das propriedades permeabilidade efetiva ao óleo e saturação de óleo para cinco reservatórios estudados hipoteticamente. Características do Reservatório R 1 R 2 R 3 R 4 R 5 Permeab. Efet. ao Óleo Atual na Área Drenagem do Poço (ko) [D] 0,169 0,158 0,297 0,155 0,203 Saturação de Óleo Atual na Área de Drenagem do Poço (So) [%] 68% 76% 72% 68% 68% Volume de Óleo Produzido Acumulado (Np) [m³ std] 375.000 262.500 450.000 412.500 675.000 73,12% 9,89% 16,99% Produção Acumulada e Reserva - Reservatório R4 Volume Óleo Não Explotado [m³ std] Produção Acumulada [m³ std] Reserva [m³ std] 70,77% 8,99% 20,24% Produção Acumulada e Reserva - Reservatório R5 Volume Óleo Não Explotado [m³ std] Produção Acumulada [m³ std] Reserva [m³ std] 35 O Gráfico 34 a seguir mostra o resultado da simulação dos reservatórios estudados referente à permeabilidade efetiva ao óleo (ko). Gráfico 34 – Permeabilidade efetiva ao óleo na área de drenagem do poço para os cinco reservatórios estudados hipoteticamente. O Gráfico 35 a seguir mostra o resultado da simulação dos reservatórios estudado hipoteticamente referente à saturação de óleo (So) na área de drenagem do poço. Gráfico 35 – Saturação de óleo na área de drenagemdo poço para os cinco reservatórios estudados hipoteticamente. A Tabela 21 abaixo apresenta a simulação hipotética dos cinco reservatórios de petróleo subsaturado em estudo, para a determinação da vazão atual do óleo (qo) e do índice de produtividade do reservatório (IP). Tabela 21 – Simulação da vazão de óleo e do índice de produtividade para cinco tipos de reservatórios estudados hipoteticamente. Características do Reservatório R 1 R 2 R 3 R 4 R 5 Vazão Atual (qo)[m³ std/d] 250,0 175,0 300,0 275,0 450,0 Índice de Produtividade (IP) [m³ std/d / kgf/cm²] 26,18 18,33 31,42 21,60 28,27 0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 R 1 R 2 R 3 R 4 R 5 1,69E-01 1,58E-01 2,97E-01 1,55E-01 2,03E-01 Permeabilidade Efetiva ao Óleo Atual na Área de Drenagem do Poço (ko) 62% 64% 66% 68% 70% 72% 74% 76% R 1 R 2 R 3 R 4 R 5 68,37% 75,96% 72,38% 67,86% 68,42% Saturação de Óleo Atual na Área de Drenagem do Poço (So) 36 O Gráfico 36 a seguir mostra o resultado da simulação hipotética dos cinco reservatórios estudados de óleo subsaturado para a estimativa da vazão atual do óleo (qo). Gráfico 36 – Vazão atual de óleo na área de drenagem do poço para os cinco reservatórios estudados hipoteticamente. O Gráfico 37 a seguir mostra o resultado da simulação hipotética dos cinco reservatórios estudados de óleo subsaturado para a estimativa do seu Índice de Produtividade (IP). Gráfico 37 – Índice de produtividade dos cinco reservatórios estudados hipoteticamente. 2.8 DISCUSSÃO De acordo com os resultados obtidos nas simulações dos parâmetros que caracterizam uma determinada reserva petrolífera, pode-se verificar que as planilhas editadas no Aplicativo Excel contendo as tabelas e gráficos dinâmicos são extremamente úteis e de fácil manipulação para o aprendizado dos conceitos e aplicação dos princípios que regem a caracterização e a determinação do fator de recuperação de uma jazida de petróleo. Na seção onde foram estudadas as propriedades dos fluidos verifica-se que: 0,0 100,0 200,0 300,0 400,0 500,0 R 1 R 2 R 3 R 4 R 5 250,0 175,0 300,0 275,0 450,0 Vazão Atual do Poço [m³/d] 0,00 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00 30,00 35,00 R 1 R 2 R 3 R 4 R 5 26,18 18,33 31,42 21,60 28,27 Índice de Produtividade (IP) [m³ std/d / kgf/cm²] 37 a) a massa específica de uma mistura líquida de hidrocarbonetos (ρm), aumenta com o aumento do peso molecular e da massa específica padrão de cada componente presentes na mistura, conforme pode ser visto simulando essas variáveis na Tabela 05; b) a densidade do óleo (do), e consequentemente, a massa específica do óleo (ρo) aumenta com a diminuição do grau API, ou seja, para grau API < 22, os óleos são ditos pesados, conforme pode ser visto simulando essas variáveis na Tabela 06; c) o fator volume-formação do óleo (Bo) apresenta um máximo na pressão de bolha do sistema, chegando a 1,0 nas condições standard, conforme pode ser visto no Gráfico 01 e simulando-o na Tabela 07; d) o fator volume-formação do gás (Bg) apresenta seu máximo na menor pressão do reservatório, valor zero nas pressões inicial e na pressão de bolha do reservatório, conforme pode ser visto no Gráfico 02 e simulando-o na Tabela 07; e) o fator volume-formação total de óleo (Bt) apresenta seu máximo na menor pressão do reservatório, conforme pode ser visto no Gráfico 03 e simulando-o na Tabela 07; f) a razão de solubilidade (Rs) apresenta seu máximo até a pressão de bolha do reservatório, e seu mínimo na menor pressão do reservatório onde está menos solúvel no óleo, conforme pode ser visto no Gráfico 04 e simulando-o na Tabela 07. Na seção onde foram estudadas as propriedades das rochas verifica-se que: a) a porosidade efetiva média da rocha (фMédia) é maior quando a pressão final P2 no experimento do Porosímetro de Boyle dá um resultado maior, consequentemente, o volume de sólidos (Vs) é menor. Essas variações na porosidade efetiva podem ser vistas no Gráfico 06 e simulando essa propriedade na Tabela 08. Fatores que afetam a porosidade efetiva da rocha reservatório são: - quanto mais empacotado (fator de empacotamento) estiver a rocha reservatório menor será a porosidade efetiva da rocha; - se a distribuição do diâmetro dos grãos estiver mal distribuída, implica numa redução muito grande na porosidade da rocha; - quanto maior a esfericidade dos grãos, maior será a porosidade da rocha; - quanto maior for a compactação da rocha reservatório, ou seja, quanto maior for compressibilidade efetiva da rocha (Cf), menor será a porosidade da mesma. Esse efeito pode ser visto no Gráfico 07; b) a permeabilidade relativa ao óleo (kro) depende de vários fatores: 38 - quanto maior for a viscosidade do óleo (μo), maior for o fator volume-formação do óleo (Bo), maior for a razão entre o raio externo do reservatório e o raio do poço (re / rw), maior for a vazão atual do poço (qo) e menor for a diferença entre a pressão estática atual (Pe) e a pressão de surgência atual no fundo do poço (Psw), maior será a permeabilidade relativa ao óleo, como pode ser visto no Gráfico 08 e simulando-a na Tabela 10; c) a saturação do óleo (So) depende de vários fatores: - quanto menor for a relação entre o volume de óleo produzido acumulado (Np) e o volume de óleo original, maior será a saturação do óleo; - quanto maior for a relação entre o fator volume-formação do óleo (Bo) e o fator volume-formação do óleo na pressão inicial (Boi), maior será a saturação do óleo, e - quanto menor for a saturação de água conata, maior será a saturação de óleo. Essas variações na saturação do óleo podem ser vistas no Gráfico 09 e simulando-a na Tabela 10. Na seção onde foi estudado o fluxo de fluidos em meios porosos verifica-se que: a) a vazão atual de produção de óleo (qo) depende de vários fatores: - quanto maior for a permeabilidade efetiva do óleo, e maior for o diferencial de pressão (Pe – Pw), implica que maior será a vazão de produção de óleo; - quanto menor for a viscosidade do óleo, menor for o fator volume-formação do óleo, e menor for a relação entre o raio externo do reservatório e o raio do poço produtor, maior será a vazão de produção de óleo. Essas variações podem ser vistas no Gráfico 10 e simulando-a na Tabela 11. b) o índice de produtividade (IP) depende de vários fatores: - quanto maior for a permeabilidade efetiva do óleo, implica que maior será o índice de produtividade do poço produtor; - quanto menor for a viscosidade do óleo, menor for o fator volume-formação do óleo, e menor for a relação entre o raio externo do reservatório e o raio do poço produtor, maior será o índice de produtividade do poço produtor. Essas variações podem ser vistas no Gráfico 11 e simulando-a na Tabela 11. Na seção onde foram estudadas as estimativas de reservas verifica-se que: a) no cálculo do fator de recuperação e reservas, no início da vida produtiva do reservatório a produção acumulada é igual a zero, e a reserva é igual ao volume recuperável. No final da vida produtiva do reservatório, quando tudo que se 39 esperava produzir do reservatório já tenha sido produzido, a produção acumulada será igual ao volume recuperável e a reserva será igual a zero. O fator de recuperação é um número que representa o que se espera produzir do reservatório e depende fortemente do mecanismo de produção dessa jazida. Esse número é obtido através de um estudo que utiliza as informações disponíveis na época e que indica o provável comportamentofuturo do reservatório. Qualquer alteração futura no fator de recuperação está condicionada a um novo estudo do reservatório. Essas variáveis podem ser vistas nos Gráficos 12 e 13, e manipuláveis nas Tabelas 12 e 13. b) nos cálculos do volume do reservatório (Vr) e dos volumes originais de óleo (N) e gás (Gs), foi utilizado o método volumétrico para estimar uma determinada a reserva de petróleo. Verificam-se nesses parâmetros vários fatores: - o volume total de reservatório (Vr) depende diretamente da área de cada linha de contorno delimitado no mapa de isópacas, fornecido pela área de Geologia, conforme pode ser visto no Gráfico 14 e manipulável na Tabela 14; - o volume de óleo originalmente existente (N) no reservatório depende diretamente do volume total do reservatório (Vr), da porosidade efetiva da rocha (ф), sendo inversamente proporcional à saturação de água conata (Swi) e ao fator volume- formação de óleo nas condições iniciais do reservatório (Boi), conforme pode ser visto no Gráfico 15, e manipulável na Tabela 14; - o volume de óleo existente no reservatório na pressão de bolha (Nb) depende diretamente do volume total do reservatório (Vr), da porosidade efetiva da rocha (ф), sendo inversamente proporcional à saturação de água conata (Swi) e ao fator volume- formação de óleo na pressão de bolha do reservatório (Bob), conforme pode ser visto no Gráfico 16, e manipulável na Tabela 14; - o volume de gás dissolvido originalmente existente (Gs) no reservatório depende diretamente do volume de óleo originalmente existente (N) e da razão de solubilidade original (Rsi), conforme pode ser visto no Gráfico 18, e manipulável na Tabela 14; Na seção onde foi realizado o estudo de caso de cinco reservas distintas de petróleo, repetem-se as propriedades descritas e discutidas nos parágrafos acima, não havendo necessidade de discuti-las novamente. 40 3 CONCLUSÃO Ao longo deste trabalho foi apresentada uma metodologia para a caracterização e determinação do fator de recuperação de reservatórios de óleo subsaturados, que foi aplicada com sucesso no estudo de caso hipotético dos reservatórios em análise. A utilização das planilhas de cálculos e fórmulas do software da Microsoft Aplicativo Excel Avançado para este caso específico, demostrou ser uma ferramenta didática extremamente útil que poderá ser aplicada na disciplina de engenharia de reservatórios dos cursos de graduação e pós-graduação em engenharia de petróleo. As planilhas foram desenvolvidas em forma de guia digital, as tabelas e gráficos dinâmicos foram criados e editados no Aplicativo Excel mostrou ser de fácil compreensão, de fácil manipulação e acesso, podendo proporcionar ao aluno uma maior interação e familiarização dos parâmetros utilizados na caracterização de reservatórios de petróleo e na determinação do fator de recuperação da reserva petrolífera. Com esta ferramenta em mãos, o aluno poderá estudar os conceitos básicos resumidos através do guia digital do aplicativo, navegar e simular os referidos parâmetros, analisar e discutir os resultados obtidos em planilhas e gráficos dinâmicos do Excel, atendendo as necessidades de aprendizado, pois permite uma exploração rica dos recursos desse programa, oferecendo aos engenheiros e estudantes uma ferramenta extremamente simples para resolver problemas complexos dessa disciplina, e principalmente com baixo custo de aquisição desse aplicativo. 3.1 SUGESTÕES PARA FUTUROS TRABALHOS A fim de dar sequência na metodologia aplicada neste trabalho, que foi desenvolvido exclusivamente para reservatórios de óleo subsaturados, sugere-se os seguintes trabalhos: a) desenvolver planilhas, tabelas e gráficos dinâmicos para reservatórios saturados, onde parte do gás saiu da solução, ou seja, reservatórios de alta e baixa contração; b) desenvolver planilhas, tabelas e gráficos dinâmicos para reservatórios totalmente saturados onde a mistura de hidrocarbonetos se encontra-se no estado gasoso, ou seja, reservatórios de gás úmido, gás seco e gás retrógrado. 41 CHARACTERIZATION OF TANKS FOR OIL AND DETERMINING RECOVERY FACTOR USING THE SOFTWARE EXCEL ADVANCED TEACHING AS A TOOL IN TEACHING UNDERGRADUATE AND GRADUATE IN ENGINEERING OF OIL AND NATURAL GAS ABSTRACT The present work aims to simulate oil reservoirs by surveying and calculation of the main parameters used in the characterization of these deposits and the determination of the recovery factor of oil reserves, using spreadsheets and formulas software Microsoft Excel Advanced Application, as a teaching tool to be applied to the discipline of reservoir engineering undergraduate and graduate petroleum engineering. The student will study the basic concepts summarized through digital guide application, navigate and simulate these parameters, analyze and discuss the results on worksheets and PivotCharts Excel, in order to facilitate understanding and interpretation of reservoir parameters and their amount of oil expected in a special oil reserve. This work is dedicated to the exclusive study of oil reservoirs sub saturated. Keywords: Petroleum Reservoir Characterization, Recovery Factor, Application Excel Advanced Oil Reservoirs Sub Saturated. 42 REFERÊNCIAS CINTO, Antonio Fernando. Excel Avançado. 1. ed. São Paulo: Ed. Novatec, [2005]. 254p; GÓMEZ, Luis Alberto. Excel para Engenheiros. 1. ed. Florianópolis: Ed. Visual Books, [2009]. 222p; GUILLOU, Olivier. Análise de Incertezas através de Caracterização Integrada de Reservatório de Petróleo. 2010. 144f. Dissertação (mestrado) – Faculdade de Engenharia Mecânica e Instituto de Geociências. Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP, Campinas, 2010; MARQUES, Eliandro Adimir da Rocha. Caracterização de Reservatórios Petrolíferos: análise comparativa de dois métodos para a caracterização de propriedades de um reservatório petrolífero. 2011. 88 f. Dissertação (mestrado) – Engenharia Geológica e de Minas, Instituto Superior Técnico. Universidade Técnica de Lisboa, Portugal, 2011. NAVEIRA, Lilia Palma. Simulação de Reservatórios de Petróleo utilizando o Método de Elementos Finitos para Recuperação de Campos Maduros e Marginais. 2007. 100 f. Dissertação (mestrado) – COPPE. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2007; ROSA , Adalberto José; et al. Engenharia de Reservatórios de Petróleo. Rio de Janeiro: Ed. Interciência, [2011]. 832p; ROSA , Adalberto José; CARVALHO, Renato de Souza. Previsão de Comportamento de Reservatórios de Petróleo – Métodos Analíticos. Rio de Janeiro: Ed. Interciência, [2002]. 344p; SAMPAIO, Tiago Pitchon. Ajuste de Histórico de Produção usando Redes Neurais Artificiais. 2009. 75f. Projeto Final de Curso de Graduação em Engenharia de Petróleo – Escola Politécnica. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2009; SARMENTO, Duarte da Costa. Simulação Trifásica de Reservatórios de Petróleo Utilizando o Modelo Black Oil com Formulação nas Frações Mássicas. 2009. 110f. Dissertação (mestrado) – Depto. de Engenharia Química. Centro de Tecnologia Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2009; SCHIOZER, Denis J. Texto Auxiliar para Simulação Numérica de Reservatórios. [S.a]. 75 f. Trabalho Acadêmico – Departamento de Engenharia de Petróleo. Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP, Campinas, [S.a]; THOMAS, José Eduardo; et al. Fundamentos de Engenharia de Petróleo. 2.ed. Rio de Janeiro: Ed. Interciência, [2001]. 271p.