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DIREITO PENAL - RESUMO DE CONCURSO DE PESSOAS

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DIREITO DE PENAL 
CONCURSO DE PESSAS 
 
 
1. CONCURSO DE PESSOAS (Norma de extensão) 
1.1 Necessários - o tipo penal precisa de duas ou mais pessoas (p. ex.: Lei 11.343/2006, 
art.33; Art.288 CP); 
1.2 Eventuais - autoria, participação e coautoria; 
*Requisitos - pluralidades de agentes e condutas; vínculo subjetivo; relevância causal e 
identidade de crimes. 
 
OBS.: Para que ocorra o concurso é imprescindível à presença dos requisitos. 
 
2. TEORIAS 
2.1 Teorias pluralistas - cada agente responde por sua conduta de forma isolada; 
2.2 Teorias dualistas - tem-se um crime para os executores (autores) do tipo e outro 
para os que não realizam, mas concorrem para que o crime ocorra (partícipe); 
2.3 Teorias monista ou unitária - todos respondem pelo tipo penal, ou seja, pelo seu 
resultado. 
 
OBS.: O código penal em seu art.29 adotou, em regra, a teoria monista ou unitária, porem, 
existe várias exceções no código penal. Temos como exemplo os arts. 124 e 126 do CP. 
 
3. AUTOR E PARTÍCIPE 
3.1 Autor - qualquer outro que tenha concorrido para o fato, mas que não tenha 
praticado o verbo nuclear do tipo; 
3.2 Partícipe - aquele que tem um comportamento menos importante, secundário, 
paralelo. 
 
OBS.: Como saber quem é autor e quem é partícipe? Várias são as terias que abordam essa 
questão. As mais importantes são: teoria restritiva de autor, teoria extensiva e a teoria do 
domínio final ou do domínio funcional do fato criminoso. A primeira restringe a conduta do 
autor de acordo com seu comportamento. Adota-se nesse caso o critério objetivo formal, ou 
seja, o comportamento do autor se adéqua na forma da lei (que pratica o verbo nuclear do 
tipo). A segunda (surgida em razão da autoria mediata) estendeu o autor do tipo a todo aquele 
que resolve praticar a ação, agindo assim com a intenção de praticar o tipo penal. Este se 
adota do critério subjetivo. O ultimo, portanto, foi criado por Hans Kelsen onde se utiliza dos 
critérios subjetivos e objetivo, concluindo que o autor é aquele que tem o domínio funcional do 
fato, ou seja, o domínio sobre a sua função, tarefa a ele incumbida. Logo, o autor é aquele que 
pratica o verbo nuclear do tipo e tem o domínio da sua função. Já o partícipe é aquele que não 
pratica o verbo do tipo e não tem o domínio da função no crime. 
 
NOTA: Autoria mediata é quando o agente se utiliza de outra pessoa inculpável, inimputável 
para pratica de um delito. 
 
4. APLICAÇÃO E EXTENSÃO DA TEORIA DO DOMÍNIO DO FATO 
4.1 Crimes dolosos - (formais, de mera conduta, matérias, de perigo); 
4.2 Crimes culposos e omissivos - não se admite o concurso de pessoas, sobretudo a 
participação. 
 
OBS.: A doutrina moderna entende que deve ser seguida a teoria do domínio final do fato 
(art.62, II, CP). 
Carlos
Texto
Elaborado por Carlos Alexandre
 
5. FORMAS DE AUTORIA 
5.1 Autoria intelectual - aquele que planeja que distribui as tarefas; 
5.2 Autoria direita ou imediata - onde o sujeito pratica diretamente a ação, 
executando pessoalmente o verbo do tipo; 
5.3 Autoria indireta ou mediata - o autor se utiliza de outra pessoa inculpável para a 
pratica do delito; 
 
OBS.: O código penal brasileiro apresenta cinco situações para autoria mediata, quais sejam: 
erro de tipo escusável determinado por terceiro (art.20,§2º do CP); coação moral irresistível 
(art.22 do CP); obediência hierárquica (art.22 do CP, parte final); instrumento impunível por 
condição ou qualidade pessoal (ar. 62, III do CP); erro de proibição invencível (art.21, caput do 
CP). 
 
6. COAUTORIA - autoria mais autoria (todos são autores). 
 
7. COAUTORIA SUCESSIVA - necessário o vínculo psicológica entre os agentes, ou seja, ocorre 
durante o crime. 
 
8. TEORIA SOBRE A PARTICIPAÇÃO (A partir de quando o partícipe pode ser punido?). 
Conceito analítico do crime. 
8.1 Teoria mínima da participação - praticado o fato típico pelo autor, o partícipe já 
poderá ser punido; 
8.2 Teoria limitada da assessoriedade da participação - a partir do momento que o 
autor praticar o fato típico e ilícito o partícipe já poderá ser punido; 
8.3 Teoria máxima da assessoriedade da participação - o autor precisa ter praticado o 
fato típico, ilícito e culpável ou antijurídico para que o participe possa ser punido; 
8.4 Teoria da hiper assessoriedade - o autor precisa ter praticado o fato típico, ilícito, 
culpável e punível. 
 
NOTA: A participação é assessoria, mas o partícipe só poderá ser punido a partir do momento 
que o autor da ação praticar um fato típico, ilícito e culpável. 
 
9. FORMAS DE PARTICIPAÇÃO 
9.1 Participação psicológica ou intelectual - induzir, instigar; 
9.2 Participação material - por meio do auxilio. 
 
10. REQUISITOS DA PARTICIPAÇÃO - precisa ser dirigida, especifica, ou seja, dirigida para 
determinada pessoa e sobre determinado fato criminosos. 
 
11. TENTATIVA DE PARTICIPAÇÃO E PARTICIPAÇÃO IMPUNÍVEL (art.31, CP e art.291) - Ajuste, 
a determinação ou instigação e o auxílio não são puníveis se o crime não ao menos tentado. 
 
12. PARTICIPAÇÃO DE MENOR IMPORTANCIA (ART.29, §§1º e 2º CP) - busca da 
proporcionalidade na individualização da pena. 
 
13. CONCURSO DE PESSOAS EM CRIMES CULPOSOS - não se admite participação em crime 
culposo, somente em coautoria. 
 
14. INCOMUNICABILIDADE DAS CIRCUNSTÂNCIAS (art.30 do CP) - circunstancias subjetivas, 
pessoal (e não elementar) relacionadas ao sujeito não se comunicam ao outro, isto é, ao 
comparça. 
Carlos
Texto
Elaborado por Carlos Alexandre

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