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ADs 2015.1/ad1q1resolucao2015-1.pdf AD1 – Questa˜o 1 – Gabarito a) Determine o valor de cada expressa˜o nume´rica. i) − 1 2 + 7 3 − 2 ii) 3− 7× 3 −5 iii) − ( 3 7 − 4 7 ) + ( 2 5 ÷ 7 5 ) Soluc¸a˜o: i) − 1 2 + 7 3 − 2 = − 3 6 + 14 6 − 12 6 = −3 + 14− 12 6 = − 1 6 ii) 3− 7× 3 −5 = 3− 7× (−3) 5 = 3− 7× (−3) 5 = 3− (−21) 5 = 3 + 21 5 = 15 5 + 21 5 = 36 5 iii) − ( 3 7 − 4 7 ) + ( 2 5 ÷ 7 5 ) = − ( − 1 7 ) + ( 2 5 × 5 7 ) = 1 7 + 2 7 = 3 7 b) Uma pesquisa sobre a prefereˆncia dos consumidores por treˆs produtos A, B e C de uma empresa revelou que dos 300 entrevistados: 160 indicaram o produto A; 120 indicaram o produto B; 90 indicaram o produto C; 30 indicaram os produtos A e B; 40 indicaram os produtos A e C; 50 indicaram os produtos B e C; 10 indicaram os treˆs produtos. Determine: i) Dos consumidores entrevistados, quantos na˜o tinham prefereˆncia por nenhum dos treˆs pro- dutos. ii) Quantos na˜o indicaram o produto C. iii) Quantos na˜o indicaram os produtos B ou C. Soluc¸a˜o: Vamos resolver este item representando as informac¸o˜es dadas no diagrama de Venn. Sabemos que neste tipo de problema devemos comec¸ar com o nu´mero de consumidores na intersec¸a˜o dos conjuntos envolvidos. Neste item, temos treˆs conjuntos envolvidos, que vamos representar por A, B e C, onde: • A representa o conjunto dos consumidores que indicaram o produto A, • B representa o conjunto dos consumidores que indicaram o produto B, Me´todos Determin´ısticos I AD1 - questa˜o 1 2 • C representa o conjunto dos consumidores que indicaram o produto C. Sabemos que 10 consumidores indicaram os treˆs produtos. Logo, temos a representac¸a˜o 10 A B C consumidores entrevistados Em seguida, utilizamos as informac¸o˜es sobre a intersec¸a˜o de dois conjuntos. 30 consumidores indicaram os produtos A e B: observemos que dentre estes consumidores ha´ 10 consumidores que tambe´m indicaram o produto C. Logo, os que indicaram apenas A e B sa˜o 20 = 30− 10; 40 consumidores indicaram os produtos A e C: observemos que dentre estes consumidores ha´ 10 consumidores que tambe´m indicaram o produto B. Logo, os que indicaram apenas A e C sa˜o 30 = 40− 10; 50 consumidores indicaram os produtos B e C: observemos que dentre estes consumidores ha´ 10 consumidores que tambe´m indicaram o produto A. Logo, os que indicaram apenas B e C sa˜o 40 = 50− 10; 10 A B C consumidores entrevistados 20 30 40 A seguir, usamos as informac¸o˜es sobre o nu´mero de elementos de cada conjunto. Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ Me´todos Determin´ısticos I AD1 - questa˜o 1 3 160 consumidores indicaram o produto A: observemos que dentre estes consumidores esta˜o sendo considerados tambe´m, aquelas pessoas que ale´m de indicarem A, indicaram B ou C. Essas pessoas representam os 20 + 10 + 30 = 60 consumidores que ja´ anotamos na figura acima. Logo, sa˜o 160− 60 = 100 as pessoas que indicaram apenas o produto A. 120 consumidores indicaram o produto B: observemos que dentre estes consumidores esta˜o sendo considerados tambe´m, aquelas pessoas que ale´m de indicarem B, indicaram A ou C. Essas pessoas representam os 20 + 10 + 40 = 70 consumidores que ja´ anotamos na figura acima. Logo, sa˜o 120− 70 = 50 as pessoas que indicaram apenas o produto B. 90 consumidores indicaram o produto C: observemos que dentre estes consumidores esta˜o sendo considerados tambe´m, aquelas pessoas que ale´m de indicarem C, indicaram A ou B. Essas pessoas representam os 30 + 10 + 40 = 80 consumidores que ja´ anotamos na figura acima. Logo, sa˜o 90− 80 = 10 as pessoas que indicaram apenas o produto C. 10 100 50 10 A B C consumidores entrevistados 20 30 40 Portanto, i) Do diagrama observamos que 260 = 100+20+50+10+30+40+10 consumidores indicaram A ou B ou C. Lembrando que foram entrevistados 300 consumidores segue que 40 = 300− 260 dos consumidores entrevistados na˜o tinham prefereˆncia por nenhum dos treˆs produtos. ii) Na˜o indicaram o produto C, 210 = 100 + 20 + 50 + 40 consumidores. iii) Na˜o indicaram os produtos B ou C, 140 = 100 + 40 consumidores. Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ ADs 2015.1/ad1q2resolucao2015-1.pdf AD1 - Questa˜o 2 - Resoluc¸a˜o a) (1.0 pt) Considere a proposic¸a˜o composta: “Ana e´ elegante, ou Ana e´ loira e baixa.”. Vamos supor que: “Ana na˜o e´ elegante”. i) Escreva as proposic¸o˜es simples envolvidas na proposic¸a˜o composta acima, designando para cada uma delas uma letra diferente. ii) Usando os s´ımbolos lo´gicos e as letras escolhidas no item i), reescreva a proposic¸a˜o composta e a suposic¸a˜o. iii) Analisando a proposic¸a˜o composta e a suposic¸a˜o dadas, marque a afirmac¸a˜o que e´ verdadeira: ( ) Ana na˜o e´ loira e na˜o e´ baixa ( X ) Ana na˜o e´ loira ou baixa ( ) Ana e´ loira e na˜o e´ baixa ( X ) Ana e´ loira ou baixa ( X ) Ana e´ loira e baixa Soluc¸a˜o: i) Proposic¸o˜es simples: p: Ana e´ elegante; q: Ana e´ loira; r: Ana e´ baixa; ii) Proposic¸a˜o composta: p ∨ (q ∧ r) (Ana e´ elegante, ou Ana e´ loira e baixa.) Suposic¸a˜o: ∼ p (Ana na˜o e´ elegante ) iii) Pela suposic¸a˜o sabemos que ∼ p e´ verdadeira, logo, p e´ falsa. Como uma disjunc¸a˜o so´ e´ verdadeira quando pelo menos uma das duas proposic¸o˜es e´ ver- dadeira segue de p ∨ (q ∧ r) que (q ∧ r) e´ verdadeira. E como uma conjunc¸a˜o e´ verdadeira, se as duas proposic¸o˜es envolvidas sa˜o verdadeiras, segue de (q ∧ r) que q e r sa˜o verdadeiras. Ou seja, “Ana e´ loira” e “Ana e´ baixa” sa˜o verdadeiras. Disso resulta que: • “Ana na˜o e´ loira” e´ falsa. • “Ana na˜o e´ baixa” e´ falsa. Consequentemente, • “Ana na˜o e´ loira e na˜o e´ baixa” e´ falsa. • “Ana na˜o e´ loira ou baixa” e´ verdadeira. • “Ana e´ loira e na˜o e´ baixa” e´ falsa. • “Ana e´ loira ou baixa” e´ verdadeira. • “Ana e´ loira e baixa” e´ verdadeira. Me´todos Determin´ısticos I AD1 - questa˜o 2 2 b) (1.5 pt) Numa situac¸a˜o idealizada entre dois estabelecimentos comerciais, A e B, para a venda de x unidades de um produto, sabe-se que os lucros dos estabelecimentos A e B sa˜o medidos, respectivamente, por LA = x ( 1 2 + 3 ) e LB = 5 ( 27 5 − 2x ) , i) Determine a quantidade vendida pelo estabelecimento A, quando o lucro dele e´ de 140 reais. ii) Determine para que quantidade vendida do produto, o lucro do estabelecimento A e´ igual ao lucro do estabelecimento B. Soluc¸a˜o: i) A fim de determinar a quantidade x vendida pelo estabelecimento A, quando LA e´ igual a 140 reais, temos de resolver a equac¸a˜o 140 = x ( 1 2 + 3 ) ⇐⇒ 140 = x ( 1 2 + 6 2 ) ⇐⇒ 140 = x ( 7 2 ) ⇐⇒ 280 = 7x ⇐⇒ 7x = 280 ⇐⇒ x = 280 7 ⇐⇒ x = 40. Portanto, o estabelecimento A vende uma quantidade de 40 unidades do produto, quando o lucro deste estabelecimento e´ de 140 reais. ii) Para determinar a quantidade vendida x, para que o lucro LA do estabelecimento A seja igual ao lucro LB do estabelecimento B, temos de resolver a equac¸a˜o Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ Me´todos Determin´ısticos I AD1 - questa˜o 2 3 LA = LB ⇐⇒ x ( 1 2 + 3 ) = 5 ( 27 5 − 2x ) ⇐⇒ x ( 7 2 ) = 27− 10x ⇐⇒ 7x 2 = 27− 10x ⇐⇒ 7x = 54− 20x ⇐⇒ 7x+ 20x = 54 ⇐⇒ 27x = 54 ⇐⇒ x = 54 27 ⇐⇒ x = 2. Portanto, o lucro do estabelecimento A e´ igual ao do estabelecimento B quando forem vendi- das 2 unidades do produto. Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ ADs 2015.1/ad1q3resolucao2015-1.pdf AD1 - QUESTA˜O 3 - Resoluc¸a˜o a) (1.1 pt) Se a fantasia de Pierroˆ esta´ cara, enta˜o a fantasia de Colombina na˜o esta´ barata. Ou a fantasia de Colombina esta´ barata ou Manoel na˜o usa fantasia de Pierroˆ. Ora, Manoel usa fantasia de Pierroˆ. i) (0.2 pt) Escreva as proposic¸o˜es simples envolvidas nas premissas do enunciado acima e designe para cada uma delas uma letra diferente. ii) (0.2 pt) Usando os s´ımbolos lo´gicos e as letras escolhidas no item anterior, escreva as pre- missas dadas no enunciado. iii) (0.7 pt) Analise as premissas e marque a alternativa verdadeira. (A) A fantasia de Pierroˆ esta´ cara e a fantasia de Colombina esta´ barata. (B) A fantasia de Pierroˆ esta´ cara e a fantasia de Colombina na˜o esta´ barata. (C) A fantasia de Pierroˆ na˜o esta´ cara e a fantasia de Colombina esta´ barata. (D) A fantasia de Pierroˆ na˜o esta´ cara e a fantasia de Colombina na˜o esta´ barata. (E) Se A fantasia de Pierroˆ na˜o esta´ cara, enta˜o a fantasia de Colombina esta´ barata. Soluc¸a˜o: i) Vamos escrever as proposic¸o˜es elementares envolvidas nas premissas do enunciado acima e representa´-las por letras: P : a fantasia de Pierroˆ esta´ cara; C: a fantasia de Colombina esta´ barata; M : Manoel usa fantasia de Pierroˆ. ii) Agora, vamos escrever as premissas usando os s´ımbolos lo´gicos: I) P ⇒∼ C (Se a fantasia de Pierroˆ esta´ cara, enta˜o a fantasia de Colombina na˜o esta´ barata.); II) C∨˙ ∼M (Ou a fantasia de Colombina esta´ barata ou Manoel na˜o usa fantasia de Pierroˆ.); III) M (Manoel usa fantasia de Pierroˆ.) iii) Analisemos as premissas que temos. Pela premissa III), sabemos que M e´ verdadeira. Logo, ∼M e´ falsa. Na premissa II), temos uma disjunc¸a˜o exclusiva (ou ... ou...). Logo, apenas uma das duas proposic¸o˜es envolvidas nessa premissa e´ verdadeira. Como ∼ M e´ falsa, segue que C e´ verdadeira. O que significa que ∼ C e´ falsa. Sabemos que a premissa I) e´ verdadeira. Assim, como ∼ C e´ falsa, a u´nica forma de ter a premissa I) verdadeira e´ que P seja falsa. Ou seja, ∼ P e´ verdadeira. Conclu´ımos que: • Manoel usa fantasia de Pierroˆ. • a fantasia de Colombina esta´ barata • a fantasia de Pierroˆ na˜o esta´ cara. Me´todos Determin´ısticos I AD1 - Questa˜o 3 2 Consequentemente, sa˜o verdadeiras as alternativas: (C) “A fantasia de Pierroˆ na˜o esta´ cara e a fantasia de Colombina esta´ barata”. (A conjunc¸a˜o de duas proposic¸o˜es verdadeiras e´ verdadeira) (E) “Se A fantasia de Pierroˆ na˜o esta´ cara, enta˜o a fantasia de Colombina esta´ barata” . (A implicac¸a˜o em que a condic¸a˜o e a consequeˆncia sa˜o verdadeiras e´ verdadeira) b) (1.4 pt) Considere os conjuntos A = { 0, 2 9 , 4 3 , 16 3 } e B = { −2,− 1 3 , 0,−8 } . Escreva por extenso as proposic¸o˜es matema´ticas abaixo, e decida se elas sa˜o verdadeiras ou falsas. Justifique suas respostas. i) (0.5 pt) ∀ x ∈ A, ( x2 + x < 15 ) ii) (0.4 pt) ∃ x ∈ B, (3x+ 3) e´ par iii) (0.5 pt) ∀ x ∈ B, ∃ y ∈ A, (x 3 − y = x ) Soluc¸a˜o: i) Falsa. Vamos primeiro reescrever a proposic¸a˜o. “Para todo x que pertence ao conjunto A, tem-se que x2+x < 15”. Desta forma, para que a proposic¸a˜o seja verdadeira, e´ necessa´rio que para todo elemento x de A, a soma do quadrado de x com x seja menor do que 15. Isto e´ falso, pois existe um elemento que pertence ao conjunto A, tal que a soma do quadrado de x com x na˜o e´ menor do que 15. De fato, o elemento x = 16 3 ∈ A e´ tal que x2 + x = 256 9 + 16 3 = 256 9 + 48 9 = 304 9 > 15. ii) Verdadeira. Vamos primeiro reescrever a proposic¸a˜o. “Existe x que pertence ao conjunto B, tal que 3x+3 e´ par”. Para que a proposic¸a˜o acima seja verdadeira, devemos encontrar, pelo menos, um elemento do conjunto B, de modo que 3x + 3 seja par. Isto e´ verdadeiro, pois, para x = − 1 3 ∈ B, temos que 3 ( − 1 3 ) + 3 = −1 + 3 = 2 e´ par. iii) Verdadeira. ∀ x ∈ B, ∃ y ∈ A, (x 3 − y = x ) Vamos primeiro reescrever a proposic¸a˜o. “Para todo x que pertence ao conjunto B, existe y que pertence no conjunto A tal que x 3 −y = x”. Para que a proposic¸a˜o acima seja verdadeira, para todo elemento x do conjunto B, devemos encontrar, pelo menos, um elemento y do conjunto A, tal que x 3 − y = x. Isto e´ verdadeiro pois temos • para x = −2 ∈ B, y = 4 3 ∈ A, que x 3 − y = −2 3 − 4 3 = − 6 3 = −2; • para x = − 1 3 ∈ B, y = 2 9 ∈ A, que − 1 3 3 − 2 9 = − 1 9 − 2 9 = − 3 9 = − 1 3 ; • para x = 0 ∈ B, y = 0 ∈ A, que x 3 − y = 0 3 − 0 = 0; • para x = −8 ∈ B, y = 16 3 ∈ A, que x 3 − y = −8 3 − 16 3 = − 24 3 = −8. Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ ADs 2015.1/ad1q4resolucao2015-1.pdf AD1 - QUESTA˜O 4 - Resoluc¸a˜o a) (1.2 pt) Determine a soluc¸a˜o da equac¸a˜o 0, 2 ( 3− 5 x ) = 9− x 4 + 5% x. Soluc¸a˜o: Temos que 0, 2 ( 3− 5 x ) = 9− x 4 + 5% x ⇐⇒ 2 10 ( 3− 5 x ) = 9− x 4 + 5 100 x ⇐⇒ 1 5 ( 3− 5 x ) = 9− x 4 + 1 20 x ⇐⇒ 3 5 − x = 9− x 4 + x 20 ⇐⇒ −x+ x 4 − x 20 = 9− 3 5 ⇐⇒ −20x+ 5x− x 20 = 45− 3 5 ⇐⇒ − 16x 20 = 42 5 ⇐⇒ x = − 42 5 · 20 16 ⇐⇒ x = − 21 2 . Portanto, a soluc¸a˜o da equac¸a˜o e´ x = − 21 2 . b) (1.3 pt) Uma indu´stria de autopec¸as produziu 450 unidades de uma pec¸a A e 150 unidades de uma pec¸a B. Das pec¸as produzidas, 6% das pec¸as A estavam com algum defeito e 4% das pec¸as B, tambe´m tinham algum defeito. Determine, em termos percentuais, o total das pec¸as com defeitos em relac¸a˜o ao total de pec¸as produzidas pela indu´stria. Soluc¸a˜o: Do enunciado, sabemos que o total de pec¸as produzidas foi de 600 = 450 + 150. Temos de determinar o total de pec¸as com defeito. Para isso sabemos que: • 6% das pec¸as A estavam com algum defeito. Isso significa que 6% de 450 = 6 100 · 450 = 27. Ou seja, 27 unidades da pec¸a A estavam com defeito. Me´todos Determin´ısticos I AD1 - Questa˜o 4 2 • 4% das pec¸as B tinham problema. Isso significa que 4% de 150 = 4 100 · 150 = 6. Ou seja, 6 unidades da pec¸a B estavam com defeito. Assim, o total de pec¸as com defeito e´ igual a 33 = 27 + 6. Logo, o total das pec¸as com defeitos em relac¸a˜o ao total de pec¸as produzidas e´ dado por 33 600 = 0, 055 = 5, 5% Portanto, o total das pec¸as com defeitos em relac¸a˜o ao total de pec¸as produzidas e´ de 5, 5%. Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ ADs 2015.1/ad2q1resolucao-2051-1.pdf AD2 – Questa˜o 1 – Gabarito a) (1,5 ponto) Sabe-se que 37, 5% da distaˆncia entre dois pontos de oˆnibus, A e B, na˜o ultrapassa 60 metros. Nestas condic¸o˜es, determine o intervalo em que se situa o ponto A em relac¸a˜o ao ponto B. Soluc¸a˜o: Do enunciado, temos que: 37, 5% |A−B| ≤ 60, onde |A− B| e´ a distaˆncia entre os pontos de oˆnibus A e B, tal que |A− B| > 0. Da´ı, 37, 5 100 |A− B| ≤ 60 ⇐⇒ 37, 5 |A− B| ≤ 6000 ⇐⇒ |A−B| ≤ 6000 37, 5 = 60000 375 = 160. Logo, |A− B| ≤ 60⇐⇒ −160 ≤ A−B ≤ 160⇐⇒ B − 160 ≤ A ≤ B + 160 . Assim, o intervalo em que se situa o ponto A em relac¸a˜o ao ponto B e´ [B − 160, B + 160]. b) (1,0 ponto) i) Responda, justificando, se o conjunto soluc¸a˜o de |2x+ 7| < 6 e´ um intervalo. ii) Se a resposta do item i) for afirmativa, determine o centro e o raio desse intervalo. Soluc¸a˜o: i) O conjunto soluc¸a˜o da inequac¸a˜o |2x+ 7| < 6 e´ um intervalo. De fato, como |2x+ 7| < 6, segue que −6 < 2x+ 7 < 6. Da´ı, −6− 7 < 2x+ 7− 7 < 6− 7 ⇐⇒ −13 < 2x < −1 ⇐⇒ −13 ( 1 2 ) < 2 ( 1 2 ) x < −1 ( 1 2 ) ⇐⇒ − 13 2 < x < − 1 2 . Logo, o conjunto soluc¸a˜o da inequac¸a˜o acima e´ S = {x ∈ R| − 13 2 < x < − 1 2 }. Isto e´, S e´ o intervalo aberto ( − 13 2 ,− 1 2 ) . ii) O centro do intervalo ( − 13 2 ,− 1 2 ) e´ igual a − 13 2 + ( − 1 2 ) 2 = − 14 2 2 = −7 2 = − 7 2 . E o raio do intervalo ( − 13 2 ,− 1 2 ) e´ dado por − 1 2 − ( − 13 2 ) 2 = − 1 2 + 13 2 2 = 12 2 2 = 6 2 = 3. ADs 2015.1/ad2q2resolucao-2051-1.pdf AD2 – Questa˜o 2 – Gabarito Em cada item determine o que se pede. a) (1.0 pt) Sabe-se que o lucro de uma empresa e´ dado pela relac¸a˜o L = R−C, onde L representa o lucro, R a receita total e C o custo total da produc¸a˜o. Em uma empresa que produziu x unidades de um produto, verificou-se que R = 600x− x2 e C = x2 − 200x. Nestas condic¸o˜es: i) Obtenha a expressa˜o em x que define o lucro dessa empresa. ii) Considerando que essa empresa teve um lucro nulo, qual foi a quantidade de unidades que ela produziu? iii) Qual o significado da situac¸a˜o considerada no item ii) em termos da receita R e do custo C? Soluc¸a˜o: i) L = R − C = (600x− x2)− (x2 − 200x) = 600x− x2 − x2 + 200x = −2x2 + 800x. ii) L = 0 ⇐⇒ −2x2 + 800x = 0 ⇐⇒ 2x2 − 800x = 0 ⇐⇒ x2 − 400x = 0 ⇐⇒ x(x− 400) = 0 ⇐⇒ x = 0 ou x− 400 = 0 ⇐⇒ x = 0 ou x = 400. Como essa empresa produziu x unidades, x 6= 0. Consequentemente, com lucro nulo essa empresa produziu 400 unidades do produto. iii) O significado e´ que a receita total R e´ igual ao custo total C. De fato, pois para x = 400 R = 600(400)− 4002 = 240000− 160000 = 80000 reais, bem como C = 4002 − 200(400) = 160000− 80000 = 80000 reais. b) (1,5 pt) Obtenha o conjunto soluc¸a˜o das seguintes equac¸o˜es: i) |x2 − 6x| = 9 ii) 2|x2|+ 3|x| − 2 = 0 Soluc¸a˜o: i) |x2 − 6x| = 9⇐⇒ x2 − 6x = ±9. Me´todos Determin´ısticos I AD2 - questa˜o 2 2 1o Caso: x2 − 6x = 9 ⇐⇒ x2 − 6x− 9 = 0 ⇐⇒ x = 6± √ 36 + 36 2 = 6±√2(36) 2 = 6± 6√2 2 = 3± 3 √ 2 ⇐⇒ x1 = 3− 3 √ 2, x2 = 3 + 3 √ 2. 2o Caso: x2 − 6x = −9 ⇐⇒ x2 − 6x+ 9 = 0 ⇐⇒ x = 6± √ 36 − 36 2 = 6 2 = 3 ⇐⇒ x1 = x2 = 3. Logo, S = {3− 3√2, 3 + 3√2, 3}. ii) 2|x2|+ 3|x| − 2 = 0. Lembre-se que |x2| = |x · x| = |x| · |x|. 1o Caso: x > 0 Enta˜o |x| = x e |x2| = |x| · |x| = x · x = x2. Da´ı, 2|x2|+ 3|x| − 2 = 0⇐⇒ 2x2 + 3x− 2 = 0. Logo, x = −3±√9 + 16 4 = −3±√25 4 = −3± 5 4 , Isto e´, x = −3 + 5 4 = 1 2 ou x = −3− 5 4 = −2 Como x > 0, a resposta deste item e´ x = 1 2 . 2o Caso: x < 0 Enta˜o |x| = −x e |x2| = |x| · |x| = (−x) · (−x) = (−x)2. Da´ı, 2|x2|+ 3|x| − 2 = 0⇐⇒ 2(−x)2 + 3(−x)− 2 = 0⇐⇒ 2x2 − 3x− 2 = 0. Logo, x = 3±√25 4 = 3± 5 4 , Isto e´, x = 3 + 5 4 = 2 ou x = 3− 5 4 = −1 2 Como x < 0, a resposta deste item e´ x = −1 2 . Consequentemente, S = { −1 2 , 1 2 } . Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ ADs 2015.1/ad2q3resolucao-2051-1.pdf AD2 – Questa˜o 3 – Gabarito a) (1.5 pt) Determine o que e´ pedido em cada item abaixo: i) Encontre a equac¸a˜o do c´ırculo de raio 3/2 e centro no ponto (1/2,−1). ii) Encontre as coordenadas dos pontos P e Q onde o c´ırculo do item i) intercepta o eixo das ordenadas Y. Soluc¸a˜o: i) Um c´ırculo de raio 3 2 e de centro no ponto ( 1 2 ,−1 ) e´ dado pela equac¸a˜o ( x− 1 2 )2 + ( y − (−1) )2 = ( 3 2 )2 ⇐⇒ x2 − 2 ( 1 2 ) x+ 1 4 + y2 + 2y + 1 = 9 4 ⇐⇒ x2 + y2 − x+ 2y + 1 4 + 1− 9 4 = 0 ⇐⇒ x2 + y2 − x+ 2y − 1 = 0. ii) Os pontos P e Q onde o c´ırculo x2 + y2 − x + 2y − 1 = 0 intercepta o eixo das ordenadas Y teˆm abscissa x = 0. Da´ı, levando este valor nesta equac¸a˜o, tem-se y2 + 2y − 1 = 0 ⇐⇒ y = −2± √ 4− 4(−1) 2 ⇐⇒ y = −2± √ 8 2 = −2± 2 √ 2 2 = −1± √ 2 ⇐⇒ y1 = −1 + √ 2, y2 = −1− √ 2. Consequentemente, as coordenadas de P e Q sa˜o P(0,−1 + √ 2), Q(0,−1− √ 2). b) (1,0 pt) Os pontos A = (3,−2) e C = (−1, 2) do plano cartesiano sa˜o os ve´rtices do quadrado ABCD cujas diagonais sa˜o AC e BD. Em qual ponto do plano cartesiano, a diagonal BD intercepta o eixo das ordenadas Y ? Este item deve ser resolvido algebricamente. Sugesta˜o: Utilize o fato de que, no quadrado, todo ponto de uma diagonal e´ equidistante dos dois pontos extremos da outra. Soluc¸a˜o: Seja P o ponto de intersec¸a˜o da diagonal BD com o eixo das ordenadas Y , conforme Figura 1. Assim, este ponto P tem coordenadas (0, y). Utilizando a sugesta˜o, tem-se que d ( (0, y), A ) = d ( (0, y), C ) . Da´ı,√ (0− 3)2 + (y − (−2))2 = √ (0− (−1))2 + (y − 2)2 ⇐⇒ √ 9 + (y + 2)2 = √ 1 + (y − 2)2 ⇐⇒ (√ 9 + (y + 2)2 )2 = (√ 1 + (y − 2)2 )2 ⇐⇒ 9 + (y + 2)2 = 1 + (y − 2)2 ⇐⇒ 9 + y2 + 4y + 4 = 1 + y2 − 4y + 4 ⇐⇒ 13 + 4y = −4y + 5 ⇐⇒ 8y = −8 ⇐⇒ y = −1. Me´todos Determin´ısticos I AD2 - questa˜o 3 2 Logo, a diagonal intercepta o eixo das ordenadas Y no ponto P = (0,−1). P AB C D -1 3 x -2 2 y Figura 1: Item b) Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ ADs 2015.1/ad2q4resolucao-2051-1.pdf AD2 – Questa˜o 4 – Gabarito a) (1.5 pt) Quatro pessoas foram a uma lanchonete e consumiram 1 pastel integral e 1 suco natural, cada uma, gastando um total de 40, 00 reais. Em um outro dia, uma dessas pessoas voltou a` lanchonete e comprou 6 pasteis integrais e 4 sucos naturais para viagem, quando, enta˜o, gastou 54, 50 reais. Qual a diferenc¸a entre os prec¸os do pastel integral e do suco natural? Soluc¸a˜o: Chamando pelas letras x e y os prec¸os do pastel integral e do suco natural, respecti- vamente, temos o sistema: { 4x+ 4y = 40 6x+ 4y = 54, 50. Da´ı, multiplicando a primeira equac¸a˜o deste sistema por −1 e somando suas duas equac¸o˜es vem: −4x− 4y = −40 6x+ 4y = 54, 50 2x+ 0y = 14, 50. Assim, 2x = 14, 50⇐⇒ x = 14, 50 2 = 7, 25 reais. Levando este valor de x na primeira equac¸a˜o do sistema, temos: 4 · 7, 25 + 4y = 40⇐⇒ 29 + 4y = 40⇐⇒ 4y = 40− 29 = 11⇐⇒ y = 11 4 = 2, 75 reais. Logo, a diferenc¸a entre os prec¸os do pastel integral e do suco natural sera´ dada pela diferenc¸a entre x e y, isto e´, x− y = 7, 25− 2, 75 = 4, 50 reais. b) (1,0 pt) Pedro pensou em um nu´mero maior que 10 e menor que 80. A soma de seus algarismos e´ 15 e o produto de seus algarismos e´ 56. Qual e´ esse nu´mero? Soluc¸a˜o: Seja N este nu´mero que Pedro pensou, tal que 10 < N < 80. Sejam x e y os algarismos que formam este nu´mero N . Temos que:{ x+ y = 15 xy = 56. Substituindo na segunda equac¸a˜o do sistema acima o valor de y obtido na primeira equac¸a˜o, temos: x(15 − x) = 56 ⇐⇒ 15x− x2 = 56 ⇐⇒ x2 − 15x+ 56 = 0 ⇐⇒ x = 15± √ (−15)2 − 4(56) 2 = 15±√225 − 224 2 = 15 ± √ 1 2 = 15± 1 2 . Me´todos Determin´ısticos I AD2 - questa˜o 3 2 Da´ı, x1 = 15 + 1 2 = 16 2 = 8 ou x2 = 15− 1 2 = 14 2 = 7. Levando estes dois valores de x para a primeira equac¸a˜o, vem que y1 = 15− x1 = 15− 8 = 7 e y2 = 15− x2 = 15− 7 = 8. Consequentemente, N podera´ ser o nu´mero 87 ou o nu´mero 78. Como 10 < N < 80, N = 78. Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ AP's 2015.1/AP1-MetDet_I-2015-1-gabarito.pdf Fundac¸a˜o Centro de Cieˆncias e Educac¸a˜o Superior a Distaˆncia do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educac¸a˜o Superior a Distaˆncia do Estado do Rio de Janeiro AP1 – Gabarito – Me´todos Determin´ısticos I – 2015-1 Nome: Matr´ıcula: Polo: Data: Atenc¸a˜o! • Identifique a Prova, colocando Nome, Matr´ıcula, • O desenvolvimento das questo˜es pode ser a la´pis. No entanto, Polo e Data; as respostas devera˜o estar necessariamente a` caneta; • E´ expressamente proibido o uso de calculadoras; • E´ expressamente proibido o uso de corretivo nas respostas. • Devolver a prova e a folha de respostas ao res- • As respostas devem estar acompanhadas de justificativa. ponsa´vel; Respostas sem justificativa na˜o sera˜o consideradas. Questa˜o 1 (2.5 pts) : Um comerciante que na˜o possu´ıa conhecimento de matema´tica, tem um custo de R$ 250,00 para a comercializac¸a˜o de uma certa mercadoria. Ele acresce a esse valor 50% de lucro. Certo dia, um fregueˆs pediu um desconto, e o comerciante deu um desconto de 40% sobre o novo prec¸o, pensando que, assim, teria um lucro. a) (1.5 pt) Determine por quanto o comerciante vendeu a mercadoria. b) (1.0 pt) Determine, em termos percentuais, se houve, de fato, um lucro ou se houve um preju´ızo na venda da mercadoria. O percentual e´ calculado sobre o valor de custo da mercadoria. Soluc¸a˜o: a) Vamos, inicialmente, determinar o valor da mercadoria acrescido do lucro. Esse novo valor e´ calculado por 250 + 50% · 250 = 250 + 50 100 · 250 = 250 + 1 2 · 250 = 250 + 125 = 375 Assim, o novo valor da mercadoria e´ igual a R$ 375,00. O valor que o comerciante vendeu a mercadoria para o fregueˆs com desconto de 40% sobre o novo valor e´ calculado por 375− 40% · 375 = 375− 40 100 · 375 = 375− 2 ✁✁✕ 1 5 ·✟✟✟✯75375 = 375− 2 · 75 1 = 375− 150 = 225. Portanto, o comerciante vendeu a mercadoria para o fregueˆs por R$ 225,00. b) Como o comerciante teve um custo de R$ 250,00 para comercializar a mercadoria e depois vendeu por R$ 225,00, ele teve um preju´ızo de R$ 25,00. Ja´ que 250− 225 = 25. Vamos determinar em termos percentuais o valor do preju´ızo em relac¸a˜o ao valor de custo da mercadoria para o comerciante. Temos que: 25 250 = 1 10 = 10 100 = 10%. Portanto, houve um preju´ızo de 10% sobre o valor de custo. Me´todos Determin´ısticos I AP1 2 Questa˜o 2 (1.5 pt) : Considere as afirmac¸o˜es: i) O felino tigre e´ o mais bonito. ii) O enunciado iii) e´ verdadeiro. iii) Dentre os felinos, somente um e´ o mais bonito. iv) Os felinos lea˜o e guepardo sa˜o os mais bonitos. v) O felino puma na˜o e´ o mais bonito. vi) Somente uma das afirmac¸o˜es anteriores e´ falsa. Sabendo que a afirmac¸a˜o vi) e´ verdadeira, pode-se concluir que o valor-verdade (V, se verdadeiro; F, se falso) de cada uma das afirmac¸o˜es de i) a v) e´, respectivamente, a) VVVVF b) VVVFV c) VVFVV d) VFVVV e) FVVVV Justifique sua resposta. Soluc¸a˜o: Suponhamos, inicialmente, que a afirmac¸a˜o i) seja falsa. Da´ı, pela afirmac¸a˜o vi), segue que as afirmac¸o˜es ii), iii), iv) e v) sa˜o verdadeiras. Assim, como a afirmac¸a˜o ii) e´ verdadeira, iii) e´ verdadeira, isto e´, dentre os felinos um e´ o mais bonito. Mas enta˜o, a afirmac¸a˜o iv) e´ falsa, e ter´ıamos duas falsas. O que contradiz a afirmac¸a˜o vi). Logo, o valor-verdade da afirmac¸a˜o i) e´ V. A partir da´ı, vamos, agora, considerar que a afirmac¸a˜o ii) e´ falsa. Disso segue, que a afirmac¸a˜o iii) sera´, tambe´m, falsa. Mas, isso contradiz o afirmac¸a˜o vi) que afirma que so´ ha´ uma afirmac¸a˜o falsa. Logo, o valor-verdade da afirmac¸a˜o ii) e´ V. Consequentemente, o valor-verdade da afirmac¸a˜o iii) tambe´m e´ V. Disto segue que a afirmac¸a˜o iv) e´ F, pois se o felino tigre e´ o mais bonito, o lea˜o e o guepardo na˜o o podem ser. Finalmente, a afirmac¸a˜o v) e´ V por dois motivos: primeiro, porque como o felino tigre e´ o mais bonito, o puma na˜o e´ o mais bonito; e segundo, porque, ter´ıamos duas afirmac¸o˜es falsas, de novo, contradizendo a afirmac¸a˜o vi). Assim, temos a sequeˆncia de valores-verdade V i) V ii) V iii) F iv) V v) . Questa˜o 3 (3.5 pts) : Numa situac¸a˜o idealizada de um certo come´rcio foi estabelecido dois grupos de vendedores, A e B, para a venda de x unidades de um produto. Sabendo-se que os lucros dos grupos A e B sa˜o medidos, respectivamente, por LA = 2 ( x− 14 3 ) − 2 3 e LB = 3x− 1 5 , Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ Me´todos Determin´ısticos I AP1 3 a) (1.0 pt) Determine a quantidade vendida pelo grupo A quando o lucro deste grupo e´ de 100 reais. b) (1.0 pt) Determine para que quantidade vendida, o lucro do grupo A e´ igual ao do grupo B. c) (1.5 pt) Determine para quais quantidades, o lucro do grupo B e´ menor que o do grupo A, sabendo que essas quantidades pertencem ao conjunto {x ∈ Z | 0 ≤ x < 14}. Soluc¸a˜o: a) A fim de determinar a quantidade x vendida pelo grupo A, quando LA e´ igual a 100 reais, temos de resolver a equac¸a˜o 100 = 2 ( x− 14 3 ) − 2 3 ⇐⇒ 100 = 2x− 2 · 14 3 − 2 3 ⇐⇒ 100 = 2x− 28 3 − 2 3 ⇐⇒ 100 = 2x− 30 3 ⇐⇒ 100 = 2x− 10 ⇐⇒ −2x = −10− 100 ⇐⇒ −2x = −110 ⇐⇒ x = −110−2 ⇐⇒ x = 55. Portanto, o grupo A vende uma quantidade de 55 unidades do produto, quando o lucro deste grupo e´ de 100 reais. b) Para determinar quantidade vendida x, para que o LA seja igual a LB, temos de resolver a equac¸a˜o Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ Me´todos Determin´ısticos I AP1 4 LA = LB ⇐⇒ 2 ( x− 14 3 ) − 2 3 = 3x− 1 5 ⇐⇒ 2x− 10 = 3x− 1 5 ⇐⇒ 5 · (2x− 10) = 3x− 1 ⇐⇒ 10x− 50 = 3x− 1 ⇐⇒ 10x− 3x = −1 + 50 ⇐⇒ 7x = 49 ⇐⇒ x = 7. Portanto, o lucro do grupo A e´ igual ao do grupo B quando forem vendidos 7 unidades do produto. c) Para determinar para quais quantidades, LB e´ menor que LA, temos de resolver a desigualdade LB < LA ⇐⇒ 3x− 1 5 < 2 ( x− 14 3 ) − 2 3 ⇐⇒ 3x− 1 5 < 2x− 10 ⇐⇒ 3x− 1 < 5(2x− 10) ⇐⇒ 3x− 1 < 10x− 50 ⇐⇒ 3x− 10x < −50 + 1 ⇐⇒ −7x < −49 ⇐⇒ x > −49−9 ⇐⇒ x > 7. Portanto, o lucro do grupo B e´ menor que o do grupo A para as quantidades 8, 9, 10, 11, 12 ou 13 unidades do produto. Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ Me´todos Determin´ısticos I AP1 5 Questa˜o 4 (2.5 pts) : a) (0.5 pt) Determine o valor da expressa˜o aritme´tica (3)−1 − (27)2/3 b) (1.0 pt) Determine o valor da expressa˜o aritme´tica −2 5 [ 1 + ( 7 2 − 5 ) ÷ 3 4 − 7 2 ] c) (1.0 pt) Simplifique a expressa˜o alge´brica a 2 − b2 (a− b)2 − 1√ a+ √ b + √ a−√b a− b , sabendo que a > 0, b > 0 e a 6= b. Dica: Racionalize a expressa˜o: − 1√ a+ √ b . Soluc¸a˜o: a) (3)−1 − (27)2/3 = 1 3 − 3√(27)2 = 1 3 − 9 = 1 3 − 27 3 = 1− 27 3 = −26 3 b) −2 5 [ 1 + ( 7 2 − 5 ) ÷ 3 4 − 7 2 ] − = −2 5 [ 1 + ( 7 2 − 10 2 ) ÷ 3 4 − 7 2 ] = −2 5 [ 1 + ( −3 2 ) ÷ 3 4 − 7 2 ] = −2 5 [ 1− 3 2 · 4 3 − 7 2 ] = −2 5 1− ✁3 ✁2 · ✁✁✕ 2 4 ✁3 − 7 2 = −2 5 [ 1− 2− 7 2 ] = −2 5 [ 2 2 − 4 2 − 7 2 ] = −2 5 [ −9 2 ] = −✁2 5 [ −9 ✁2 ] = 9 5 Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ Me´todos Determin´ısticos I AP1 6 c) a 2 − b2 (a− b)2 − 1√ a+ √ b + √ a−√b a− b = a 2 − b2 (a− b)2 − 1√ a+ √ b + √ a−√b a− b = ✘ ✘✘✘(a− b)(a+ b) (a− b)✁2 − √ a−√b ( √ a+ √ b)( √ a−√b) + √ a−√b a− b = a+ b a− b − √ a− √ b a− b + √ a− √ b a− b = a+ b− (√a− √ b) + √ a− √ b a− b = a+ b−√a+√b+√a−√b a− b = a+ b a− b Boa Prova! Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ AP's 2015.1/AP2-MetDet_I-2015-1-gabarito.pdf Fundac¸a˜o Centro de Cieˆncias e Educac¸a˜o Superior a Distaˆncia do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educac¸a˜o Superior a Distaˆncia do Estado do Rio de Janeiro AP2 – Gabarito – Me´todos Determin´ısticos I – 2015-1 Nome: Matr´ıcula: Polo: Data: Atenc¸a˜o! • Identifique a Prova, colocando Nome, Matr´ıcula, • O desenvolvimento das questo˜es pode ser a la´pis. No entanto, Polo e Data; as respostas devera˜o estar necessariamente a` caneta; • E´ expressamente proibido o uso de calculadoras; • E´ expressamente proibido o uso de corretivo nas respostas. • Devolver a prova e a folha de respostas ao res- • As respostas devem estar acompanhadas de justificativa. ponsa´vel; Respostas sem justificativa na˜o sera˜o consideradas. Questa˜o 1 (2.0 pts) : Sabe-se que os pontos ( 2 3 , 1 ) e ( 3 , −2 5 ) pertencem a uma reta l. a) (1.5 pt) Encontre a equac¸a˜o da reta l. b) (0.5 pt) Esboce a reta l no plano cartesiano. Soluc¸a˜o: a) A equac¸a˜o de uma reta e´ da forma y = ax+ b. Como o ponto ( 2 3 , 1 ) pertence a` reta l, vamos substituir x = 2 3 e y = 1 em y = ax+ b. Desta forma, encontramos que 1 = a · 2 3 + b. Da mesma forma, como o ponto ( 3 , −2 5 ) tambe´m pertence a` reta l, vamos substituir x = 3 e y = −2 5 em y = ax+ b. Desta forma, encontramos que −2 5 = a · 3 + b. Temos assim que resolver o sistema a · 2 3 + b = 1 (1) a · 3 + b = −2 5 (2) Multiplicando a equac¸a˜o (2) por −1 e depois somando as duas equac¸o˜es, i.e. fazendo (1)-(2), temos a · 2 3 + b = 1 −a · 3− b = − ( −2 5 ) + ( 2 3 − 3 ) a = 1 + 2 5 Me´todos Determin´ısticos I AP2 2 Encontramos enta˜o que( 2 3 − 3 ) a = 1 + 2 5 ⇔ ( 2 3 − 9 3 ) a = 5 5 + 2 5 ⇔ −7 3 a = 7 5 ⇔ a = −7 5 · 3 7 ⇔ a = −3 5 . Substituindo agora a = −3 5 em (1), chegamos a −3 5 · 2 3 + b = 1 ⇔ −2 5 + b = 1 ⇔ b = 1 + 2 5 ⇔ b = 5 5 + 2 5 ⇔ b = 7 5 . Conclu´ımos portanto que a = −3 5 e b = 7 5 . Desta forma, a equac¸a˜o da reta l e´: y = −3 5 x+ 7 5 . b) Observe que uma vez encontrada a equac¸a˜o da reta l: y = −3 5 x+ 7 5 , voceˆ pode fazer seu esboc¸o no plano cartesiano encontrado as intersec¸o˜es com os eixos coordenados. Intersec¸a˜o com o eixo x: −3 5 x+ 7 5 = 0 ⇔ −3 5 x = −7 5 ⇔ x = −7 3 . Intersec¸a˜o com o eixo y: y = −3 5 .0 + 7 5 ⇔ y = 7 5 . Entretanto, uma outra opc¸a˜o, ate´ mais imediata, seria marcar os pontos ( 2 3 , 1 ) e ( 3 , −2 5 ) no plano cartesiano e liga´-los. Esboc¸o da reta y = −3 5 x+ 7 5 . Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ Me´todos Determin´ısticos I AP2 3 2 3 3 x - 2 5 1 y Questa˜o 2 (2.0 pt) : O nu´mero p de barris de petro´leo produzidos em um certo per´ıodo varia de acordo com a seguinte desigualdade |p− 2.250.000| ≤ 125.000. Resolva esta inequac¸a˜o e determine os valores de p que representam a menor e a maior produc¸a˜o verificadas no per´ıodo considerado. Soluc¸a˜o: Para resolver a inequac¸a˜o |p− 2.250.000| ≤ 125.000, vamos utilizar que: |y| ≤ a ⇔ −a ≤ y ≤ a, para todo y, a ∈ R. Desta forma, tomando y = p− 2.250.000 e a = 125.000. Temos enta˜o, que |p− 2.250.000| ≤ 125.000 ⇔ −125.000 ≤ p− 2.250.000 ≤ 125.000 ⇔ −125.000 + 2.250.000 ≤ p ≤ 125.000 + 2.250.000 ⇔ 2.125.000 ≤ p ≤ 2.375.000 Conclusa˜o: |p− 2.250.000| ≤ 125.000 ⇔ 2.125.000 ≤ p ≤ 2.375.000. Desta forma, a produc¸a˜o mais baixa e´ de 2.125.000 barris de petro´leo e a produc¸a˜o mais alta e´ de 2.375.000 barris de petro´leo. Questa˜o 3 (2.2 pts) : Considere a func¸a˜o P dada abaixo. P(x) = √ −x2 + 16x− 55. a) (1.5 pt) Determine, na forma de intervalo, o dom´ınio da func¸a˜o P . b) (0.7 pt) Determine, na forma de intervalo, para que valores de x ∈ Dom(P), temos que (P(x))2 ≥ −x|x|+ 57. Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ Me´todos Determin´ısticos I AP2 4 Soluc¸a˜o: a) Como a func¸a˜o P e´ definida a partir de uma raiz quadrada, seu radicando deve ser maior ou igual a zero, i.e. devemos ter −x2 + 16x− 55 ≥ 0. −x2 + 16x− 55 ≥ 0 ⇐⇒ x2 − 16x+ 55 ≤ 0 ⇐⇒ x2 − 16x+ 55 ≤ 0 ⇐⇒ 5 ≤ x ≤ 11. Portanto, chamando de Dom(P) o dom´ınio da func¸a˜o P , temos que Dom(P) = {x ∈ R | 5 ≤ x ≤ 11} = [5, 11]. b) Observe que (P(x))2 = −x2 + 16x− 55, x ∈ [5, 11]. Para determinar os valores de x ∈ [5, 11] que satisfazem a desigualdade (P(x))2 ≥ −x|x|+ 57, devemos, portanto, resolver a inequac¸a˜o −x2 + 16x− 55 ≥ −x|x|+ 57, x ∈ [5, 11]. Uma vez que x ∈ [5, 11], temos que |x| = x. Desta forma, (P(x))2 ≥ −x|x|+ 57, x ∈ [5, 11] ⇐⇒ −x2 + 16x− 55 ≥ −x2 + 57, x ∈ [5, 11] −x2 + 16x− 55 ≥ −x|x|+ 57, x ∈ [5, 11] ⇐⇒ −x2 + 16x− 55 ≥ −x2 + 57, x ∈ [5, 11] 16x ≥ 57 + 55, x ∈ [5, 11] ⇐⇒ 16x ≥ 112, x ∈ [5, 11] x ≥ 112 16 , x ∈ [5, 11] ⇐⇒ x ≥ 7, x ∈ [5, 11] ⇐⇒ x ∈ [7,∞) ∩ x ∈ [5, 11] ⇐⇒ x ∈ [7, 11] Temos assim, que (P(x))2 ≥ −x|x|+ 57 se x ∈ [7, 11]. Questa˜o 4 (3.8 pts) : Considere que as func¸o˜es de demanda e de oferta de um determinado produto sa˜o dadas, respectivamente, por D(P ) = −P 2 + 16P − 15 e Q(P ) = 4P + 5, 3 ≤ P ≤ 15 onde P e´ o prec¸o do produto em reais e D e Q sa˜o a demanda e a oferta, respectivamente, por unidades de medida. Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ Me´todos Determin´ısticos I AP2 5 a) (0.5 pt) Qual a demanda pelo produto quando seu prec¸o for R$1,20? b) (0.8 pt) Determine o prec¸o do produto para o qual a demanda e´ ma´xima? Qual e´ este valor ma´ximo da demanda? c) (1.0 pt) Qual e´ o prec¸o de equil´ıbrio para este produto? Quais sa˜o os valores da demanda e da oferta referentes a este prec¸o? d) (1.5 pt) Num mesmo sistema de eixos coordenados, esboce os gra´ficos das curvas de demanda e de oferta deste produto, marcando os pontos encontrados nos itens anteriores (b) e (c). Soluc¸a˜o: a) Vamos substituir P = 1, 2 na func¸a˜o demanda, D. Neste caso, temos que D(1, 2) = −(1, 2)2 + 16.(1, 2)− 15 = 2, 76 = −1, 44 + 19, 2− 15 = 2, 76 Resposta: 2,76 unidades de medida. b) O gra´fico da func¸a˜o demanda, D, e´ a para´bola y = −P 2+16P − 15. Observe que esta para´bola possui concavidade voltada para baixo, pois a = −1 < 0. Desta forma, a demanda e´ ma´xima no ve´rtice da para´bola. O prec¸o pedido e´ portanto o P do ve´rtice, que chamaremos de Pv. Temos assim que Pv = − b 2a = − 16−2 = 8. Por outro lado, o valor ma´ximo da demanda, D, e´ o y do ve´rtice, que chamaremos de yv. Temos assim que yv = −∆ 4a = −(16) 2 − 4.15 4 = −256 60 = 196 4 = 49. Desta forma, temos que a demanda ma´xima e´ de 49 unidades de medida e ela ocorre quando o prec¸o do produto e´ de R$8,00. c) Para encontrar o prec¸o de equil´ıbrio, vamos igualar as func¸o˜es demanda, D, e oferta, Q. −P 2 + 16P − 15 = 4P + 5 ⇔ −P 2 + 16P − 15− P − 5 = 0⇔ −P 2 + 12P − 20 = 0 ⇔ P 2 − 12P + 20 = 0⇔ P = 12± √ (12)2 − 4.20 2 ⇔ P = 12± √ 144− 80 2 ⇔ P = 12± √ 64 2 ⇔ P = 12± 8 2 ⇔ P = 2 ou P = 10. Como 3 ≤ P ≤ 15, devemos descartar P = 2 e ficar apenas com P = 10. Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ Me´todos Determin´ısticos I AP2 6 Quando P = 10, temos que D(10) = P(10) = 4 · 10 + 5 = 45. Resposta: O prec¸o de equil´ıbrio para este produto e´ de R$10,00. E a demanda e a oferta e´ de 45 unidades de medida para este prec¸o. d) Gra´ficos: D QV HvérticeL 3 8 10 15 x 13 45 49 y Boa Prova! Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ AP's 2015.1/AP3_MetDet_I-2015-1-gabarito.pdf Fundac¸a˜o Centro de Cieˆncias e Educac¸a˜o Superior a Distaˆncia do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educac¸a˜o Superior a Distaˆncia do Estado do Rio de Janeiro AP3 – Gabarito – Me´todos Determin´ısticos I – 2015-1 Nome: Matr´ıcula: Polo: Data: Atenc¸a˜o! • Identifique a Prova, colocando Nome, Matr´ıcula, • O desenvolvimento das questo˜es pode ser a la´pis. No entanto, Polo e Data; as respostas devera˜o estar necessariamente a` caneta; • E´ expressamente proibido o uso de calculadoras; • E´ expressamente proibido o uso de corretivo nas respostas. • Devolver a prova e a folha de respostas ao res- • As respostas devem estar acompanhadas de justificativa. ponsa´vel; Respostas sem justificativa na˜o sera˜o consideradas. Questa˜o 1 (2.5 pt) : Determine o valor de: a) (0.5 pt) √ x−√2 x− 2 − 1√ x+ √ 2 b) (1.0 pt) f(x)− f(2) x− 2 − f(x) x onde f(x) = x2. c) (1.0 pt) (27)−1/3 − 2 [(0.5)2 −√9] Soluc¸a˜o: a) √ x−√2 x− 2 − 1√ x+ √ 2 = √ x−√2 x− 2 − 1√ x+ √ 2 √ x−√2√ x−√2 = √ x−√2 x− 2 − (√ x−√2) x− 2 = √ x−√2−√x+√2 x− 2 = 0 b) f(x)− f(2) x− 2 − f(x) x = x2 − 4 x− 2 − x2 x = (x− 2)(x + 2) x− 2 − x = x+ 2− x = 2. Me´todos Determin´ısticos I AP3 2 c) (27)−1/3 − 2 [ (0.5)2 − √ 9 ] = 1 (27)1/3 − 2 [( 5 10 )2 − 3 ] = 1 (33)1/3 − 2 [( 1 2 )2 − 3 ] = 1 33/3 − 2 [ 1 4 − 3 ] = 1 3 − 2 [ 1− 12 4 ] = 1 3 − 2 [ −11 4 ] = 1 3 + 22 4 = 1 3 + 11 2 = 2 + 33 6 = 35 6 . Questa˜o 2 (1.5 pts) : O aumento salarial de uma certa categoria de trabalhadores seria de ape- nas 5%. Devido a` intervenc¸a˜o do seu sindicato, esta mesma categoria conseguiu, ale´m dos 5%, um aumento de mais 120% sobre o percentual original de 5%. Determine o percentual de reajuste conseguido. Soluc¸a˜o: Como a categoria conseguiu mais 120% de aumento sobre o percentual original de 5%, temos que calcular 120% de 5%, isto e´, 120% · 5% = 120 100 · 5% = 6 5 · 5% = 6%. Como os trabalhadores ja´ tinham conseguido 5%, somando-se agora os 6%, obte´m-se o percentual de reajuste conseguido que foi de 11%. Questa˜o 3 (2.0 pt) : Determine o dom´ınio da func¸a˜o f(x) = √ x2 − 6x+ 9+√2x− 1 na forma de intervalo. Soluc¸a˜o: Para que possamos extrair a raiz quadrada de um nu´mero real, esse nu´mero deve ser maior ou igual a zero. Logo, o dom´ınio da func¸a˜o e´ formado pelos nu´meros reais x tais que x2−6x+9 ≥ 0 e 2x− 1 ≥ 0. Vamos seguir o seguinte procedimento: Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ Me´todos Determin´ısticos I AP3 3 • primeiro, vamos determinar o conjunto S1 dos nu´meros que satisfazem x2 − 6x+ 9 ≥ 0; • em seguida, determinamos o conjunto S2 dos nu´meros que satisfazem 2x− 1 ≥ 0; • e, finalmente fazemos a intersec¸a˜o de S1 e S2, obtendo os nu´meros reais que satisfazem x2 − 6x+ 9 ≥ 0 e 2x− 1 ≥ 0. Ou seja, determinamos o dom´ınio. i) ii) + + 3 x y + - 1 2 x y iii) S1 S2 S1 Ý S2 1 2 Figura 1: Questa˜o 3 Determinac¸a˜o de S1 = {x ∈ R : x2 − 6x+ 9 ≥ 0} . Por Bhaskara, temos que a soluc¸a˜o de x2 − 6x + 9 = 0, com a = 1, b = −6 e c = 9 e´ dada por ∆ = b2 − 4ac = (−6)2 − 4(1)(9) = 0, assim, x = −b±√∆ 2a = 6±√0 2(1) = 6 2 = 3. Assim, x2 − 6x+ 9 = 0 quando x = 3. Na Figura 1-i). plotamos a para´bola y = x2 − 6x+ 9. Notamos que o y da para´bola e´ maior do que zero para qualquer valor de x 6= 3. Dessa forma, y = x2 − 6x+ 9 ≥ 0, quando x ∈ R. Da´ı, S1 = R. Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ Me´todos Determin´ısticos I AP3 4 Uma outra soluc¸a˜o para a determinac¸a˜o de S1 e´ observar que x 2 − 6x + 9 = (x − 3)2 e que (x− 3)2 ≥ 0, para qualquer x ∈ R. Desta forma, S1 = R. Determinac¸a˜o de S2 = {x ∈ R : 2x− 1 ≥ 0} . O valor de x em que 2x− 1 = 0 e´ x = 1 2 . A reta y = 2x− 1 esta´ plotada na Figura 1-ii). Notamos que o y da reta e´ maior do que zero quando x > 1 2 . E, que y = 2x− 1 ≥ 0, quando x ∈ [ 1 2 ,∞ ) . Da´ı, S2 = [ 1 2 ,∞ ) . Fazendo a intersec¸a˜o de S1 com S2, obtemos o conjunto soluc¸a˜o S, dado pela Figura 1-iii). Ou seja, S = S1 ∩ S2 = [ 1 2 ,∞ ) . Questa˜o 4 (4.0 pts) : Para a comercializac¸a˜o de um certo produto, um lojista nota que a receita e´ dada por R(x) = −x2 + 5x e o custo e´ dado por C(x) = x2 + 2, com x ∈ [0, 5], indicando a quantidade do produto. a) (1.0 pt) Determine a(s) quantidade(s) x em que a receita e´ igual ao custo. b) (2.0 pt) Esboce os gra´ficos da receita R e do custo C no mesmo plano cartesiano, marcando os pontos (x, y) em que a receita e´ igual ao custo. c) (0.5 pt) Determine o valor de x para que a receita R seja ma´xima. d) (0.5 pt) Determine o custo C m´ınimo do produto. Soluc¸a˜o: a) Temos que R(x) = C(x) ⇐⇒ −x2 + 5x = x2 + 2 ⇐⇒ −x2 − x2 + 5x− 2 = 0 ⇐⇒ −2x2 + 5x− 2 = 0. Pela fo´rmula de Bhaskara, com a = −2, b = 5 e c = −2, segue que ∆ = b2 − 4ac = (5)2 − 4(−2)(−2) = 9, x = −b±√∆ 2a = −5±√9 2(−2) = −5± 3 −4 ⇐⇒ x1 = −5 + 3 −4 = 1 2 , x2 = −5− 3 −4 = 2. Logo, os valores de x que satisfazem R(x) = C(x), isto e´, a receita e´ igual ao custo, sa˜o: x1 = 1 2 , x2 = 2. Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ Me´todos Determin´ısticos I AP3 5 b) Os gra´ficos de R(x) e de C(x) sa˜o representados por para´bolas. Para desenha´-las, vamos deter- minar onde cada uma delas intercepta os eixos coordenados, a concavidade e o ve´rtice. Para R(x) , temos o gra´fico de uma para´bola com concavidade voltada para baixo pois o coefi- ciente de x2 e´ negativo. Temos tambe´m que • x = 0⇐⇒ R(0) = −(0)2 + 5(0) = 0. Portanto a para´bola intercepta o eixo y no ponto (0, 0). • R(x) = 0⇐⇒ −x2 + 5x = 0⇐⇒ −x(x− 5) = 0⇐⇒ x = 0 ou x− 5 = 0. Logo, os valores que satisfazem −x2 + 5x = 0, sa˜o x1 = 0, x2 = 5. E, portanto a para´bola intercepta o eixo x nos pontos (0, 0) e (5, 0). • (xv, yv) = ( − b 2a ,−∆ 4a ) = ( − 5 2(−1) ,− 25 4(−1) ) = ( 5 2 , 25 4 ) . Para C(x) , temos o gra´fico de uma para´bola com concavidade voltada para cima pois o coefi- ciente de x2 e´ positivo. Temos tambe´m que • x = 0 ⇐⇒ R(0) = (0)2 + 2 = 2. Portanto a para´bola intercepta o eixo y no ponto (0, 2). • C(x) = 0⇐⇒ x2 + 2 = 0. Note que x2+2 e´ um nu´mero maior do que zero para qualquer valor de x real, logo na˜o existe x que satisfaz a equac¸a˜o x2 + 2 = 0, ou seja, a pa´rabola na˜o intercepta o eixo x. Um outro modo para verificar esse fato,e´ observando que ∆ = 02− 4(1)(2) = −8 e´ negativo. O que significa que na˜o existe x real que satisfaz a equac¸a˜o. • (xv, yv) = ( − b 2a ,−∆ 4a ) = ( − 0 2(1) ,−(−8) 4(1) ) = (0, 2) Determinemos, agora, a segunda coordenada dos pontos (x, y) da intersec¸a˜o da receita com o custo. No item a), determinamos os nu´meros x1 = 1 2 , x2 = 2 em que R(x) = C(x). Para marcar o ponto (x, y) em que isso ocorre, usando y = C(x) = x2 + 2 (podemos tambe´m usar a func¸a˜o R(x)) temos • para x1 = 1 2 que y1 = ( 1 2 )2 + 2 = 1 4 + 2 = 1 + 8 4 = 9 4 Logo, ( 1 2 , 9 4 ) sa˜o as coordenadas em que R(x) = C(x). Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ Me´todos Determin´ısticos I AP3 6 • para x1 = 2 que y2 = (2) 2 + 2 = 4 + 2 = 6. Logo, (2, 6) sa˜o as coordenadas em que R(x) = C(x). Na Figura 2 plotamos os gra´ficos de R(x), de C(x) e dos pontos em que R(x) = C(x). VR H52, 254L VC H0,2L R C 1 2 2 5 2 5 x 94 6 27 y Figura 2: Questa˜o 4 c) Como o gra´fico de R e´ uma para´bola, com concavidade voltada para baixo pois o coeficiente de x2 e´ negativo, segue que o valor de x em que a receita e´ ma´xima ocorre em x = xv onde xv e´ a primeira coordenada do ve´rtice VR da para´bola. Assim, x = xv = − b 2a = − 5 2(−1) = 5 2 . d) Como o gra´fico de C e´ uma para´bola, com concavidade voltada para cima pois o coeficiente de x2 e´ positivo, segue que o valor do custo m´ınimo ocorre em y = yv onde yv e´ a segunda coordenada do ve´rtice VC da para´bola. Assim, y = yv = −∆ 4a = − [0 2 − 4(1)(2)] 4(1) = −(−8) 4 = 8 4 = 2. Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ Exerc�cios/EP10-2015-1gabarito.pdf Fundac¸a˜o Centro de Cieˆncias e Educac¸a˜o Superior a Distaˆncia do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educac¸a˜o Superior a Distaˆncia do Estado do Rio de Janeiro EP10 – Gabarito – Me´todos Determin´ısticos I – 2015-1 Neste EP vamos trabalhar o conteu´do estudado na Aula 12, pa´ginas 149 a 155, do Caderno Dida´tico. Exerc´ıcio 1 Resolva as equac¸o˜es do segundo grau: a) x2 − 6x+ 5 = 0 b) 3x2 − 12x+ 6 = 0 c) x2 − 4x = 0 d) x2 − 49 = 0 Soluc¸a˜o: a) Para resolver a equac¸a˜o do segundo grau, vamos usar a fo´rmula de Bhaskara, com a = 1, b = −6 e c = 5. Temos que: ∆ = b2 − 4ac = 36− 20 = 16. Como ∆ > 0, a equac¸a˜o do segundo grau tem duas ra´ızes reais. Ou seja, x = −b±√∆ 2a = 6±√16 2 = 6± 4 2 . Logo, o conjunto soluc¸a˜o da equac¸a˜o dada e´ formado por x = 10 2 = 5 ou x = 2 2 = 1. Isto e´: S = {1, 5}. b) Observe que na equac¸a˜o dada os coeficientes sa˜o mult´ıplos de 3. Assim, multiplicando os dois membros da igualdade por 1 3 obtemos a equac¸a˜o x2 − 4x+ 2 = 0, cujo conjunto soluc¸a˜o e´ o mesmo da equac¸a˜o dada. Portanto, o conjunto soluc¸a˜o de 3x2 − 12x+ 6 = 0 e x2 − 4x+ 2 = 0 sa˜o iguais. Isso, so´ foi poss´ıvel porque temos uma igualdade. Isoladamente a expressa˜o 3x2 − 12x+ 6 e´ diferente da expressa˜o x2 − 4x+ 2. Agora, usando Bhaskara para resolver a equac¸a˜o simplificada, com a = 1, b = −4 e c = 2, temos ∆ = b2 − 4ac = 16− 8 = 8, assim, x = −b±√∆ 2a = 4±√8 2 = 4± 2√2 2 = 2± √ 2. Logo, x = 2 + √ 2, ou x = 2− √ 2. Portanto, S = {2−√2, 2 +√2}. Sugesta˜o:: Resolva este exerc´ıcio usando Bhaskara na equac¸a˜o inicial 3x2 − 12x+ 6 = 0, ou seja, com a = 3, b = −12 e c = 6. Veja que, de fato, esta equac¸a˜o tem o mesmo conjunto soluc¸a˜o da equac¸a˜o simplificada. Me´todos Determin´ısticos I EP10 2 c) Esta equac¸a˜o na˜o tem termo independente de x, ou seja, c = 0, o que torna mais simples sua soluc¸a˜o. Assim, x2 − 4x = 0 ⇔ x(x− 4) = 0 ⇔ x = 0 ou x− 4 = 0 ⇔ x = 0 ou x = 4 Portanto, S = {0, 4}. d) Nesta equac¸a˜o, veja que b = 0. Logo, x2 − 49 = 0 ⇔ x2 = 49 ⇔ x = 7 ou x = −7. Portanto, S = {−7, 7}. Exerc´ıcio 2 Resolva as inequac¸o˜es a seguir: a) − ( x+ 1 2 ) (x− 3) + 1 2 (29− 5x) ≤ 0 b) −1 5 (10x2 − 60x+ 30)− 12 > 0 c) (x− 1)2 ≥ −x+ 3 d) 2x2 − 2x+ 10 > 0 e) 2x2 − 2x+ 10 < 0 f) x2 ≥ |5x+ 6| Soluc¸a˜o: a) Notemos que − ( x+ 1 2 ) (x− 3) + 1 2 (29− 5x) ≤ 0 ⇐⇒ − ( x2 − 3x+ x 2 − 3 2 ) + 29 2 − 5x 2 ≤ 0 ⇐⇒ −x2 + 3x− x 2 + 3 2 + 29 2 − 5x 2 ≤ 0 ⇐⇒ −x2 + 6x− x− 5x 2 + 3 + 29 2 ≤ 0 ⇐⇒ −x2 + 16 ≤ 0. Agora, observe que a forma mais pra´tica de resolver inequac¸o˜es do tipo acima e´ fatorando−x2+16 e fazendo uma ana´lise de sinais de cada um dos fatores de −x2 + 16. Para fazer a fatorac¸a˜o, lembramos que se uma expressa˜o do segundo grau ax2+ bx+ c tem ra´ızes x1 e x2, enta˜o ele e´ fatorado como a(x− x1)(x− x2), ou seja, ax2 + bx+ c = a(x− x1)(x− x2) . Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ Me´todos Determin´ısticos I EP10 3 Assim, como a = −1, temos −x2 + 16 = −(x+ 4)(x− 4). Logo, −x2 + 16 ≤ 0 ⇐⇒ −(x+ 4)(x− 4) ≤ 0 ⇐⇒ (x+ 4)(x− 4) ≥ 0. Vamos fazer a ana´lise de sinal para a u´ltima inequac¸a˜o acima. Para isso, vamos estudar o sinal de x+ 4 e de x− 4; Estudo do sinal de x+ 4 • x+ 4 = 0⇐⇒ x = −4 • x+ 4 > 0⇐⇒ x > −4 • x+ 4 < 0⇐⇒ x < −4 Estudo do sinal de x− 4 • x− 4 = 0⇐⇒ x = 4 • x− 4 > 0⇐⇒ x > 4 • x− 4 < 0⇐⇒ x < 4 Tomando as ra´ızes das equac¸o˜es x + 4 = 0 e x− 4 = 0 como pontos de refereˆncia constru´ımos a tabela a seguir para determinar os valores de x que satisfazem a inequac¸a˜o dada. (−∞,−4) (−4, 4) (4,∞) (x+ 4) − + + (x− 4) − − + (x+ 4)(x− 4) + − + Como vemos na tabela acima, (x+ 4)(x− 4) > 0 ⇐⇒ x < −4 ou x > 4. E, lembrando que (x+ 4)(x− 4) = 0⇐⇒ x = −4 ou x = 4. Temos que, (x+ 4)(x− 4) ≥ 0⇐⇒ x ≤ −4 ou x ≥ 4. Portanto, x ∈ (−∞,−4] ∪ [4,∞), ou seja, S = (−∞,−4] ∪ [4,∞). b) Em primeiro lugar, observe que −1 5 ( 10x2 − 60x+ 30)− 12 > 0 ⇐⇒ −10x2 5 + 60x 5 − 30 5 − 12 > 0 ⇐⇒ −2x2 + 12x− 18 > 0. Simplificando a equac¸a˜o (dividindo por -2) obtemos: −2x2 + 12x− 18 > 0 ⇐⇒ x2 − 6x+ 9 < 0 Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ Me´todos Determin´ısticos I EP10 4 E´ fa´cil fatorar x2 − 6x+ 9 pois trata-se de um produto nota´vel: x2 − 6x+ 9 = (x− 3)2 Portanto, x2 − 6x+ 9 < 0 ⇐⇒ (x− 3)2 < 0 Observe que, como o quadrado de qualquer nu´mero real e´ sempre maior ou igual a zero, na˜o ha´ valor de x que satisfaz a inequac¸a˜o. Portanto, o conjunto soluc¸a˜o e´ o conjunto vazio. Ou seja, S = ∅. c) Para determinar os valores de x que satisfazem (x− 1)2 ≥ −x+ 3 transformamos esta inequac¸a˜o em uma forma equivalente Expressa˜o em x ≥ 0. Assim, (x− 1)2 ≥ −x+ 3 ⇐⇒ (x− 1)2 + x− 3 ≥ 0 ⇐⇒ x2 − 2x+ 1 + x− 3 ≥ 0 ⇐⇒ x2 − x− 2 ≥ 0. Agora podemos resolver essa u´ltima inequac¸a˜o pelo processo de fatorac¸a˜o e ana´lise de sinal. Por Bhaskara determinamos as ra´ızes da equac¸a˜o do segundo grau x2 − x− 2 = 0, que sa˜o x1 = 2 e x2 = −1. Da´ı, segue a fatorac¸a˜o: x2 − x− 2 = (x− 2)(x+ 1) Portanto, x2 − x− 2 ≥ 0 ⇐⇒ (x− 2)(x+ 1) ≥ 0. Fazendo a ana´lise de sinal para a inequac¸a˜o (x− 2)(x+ 1) > 0, segue a tabela: (−∞,−1) (−1, 2) (2,∞) (x− 2) − − + (x+ 1) − + + (x− 2)(x+ 1) + − + Como vemos na tabela acima, (x− 2)(x+ 1) > 0 ⇐⇒ x < −1 ou x > 2. E, como (x− 2)(x+ 1) = 0⇐⇒ x = 2 ou x = −1, temos que, (x− 2)(x+ 1) ≥ 0⇐⇒ x ≤ −1 ou x ≥ 2. Portanto, x ∈ (−∞,−1] ∪ [2,∞). Ou seja, S = (−∞,−1] ∪ [2,∞). Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ Me´todos Determin´ısticos I EP10 5 d) Simplificando a equac¸a˜o (dividindo por 2) obtemos: 2x2 − 2x+ 10 > 0 ⇐⇒ x2 − x+ 5 > 0 Ao tentar resolver a equac¸a˜o x2−x+5 = 0 por Bhaskara, percebemos que a equac¸a˜o na˜o possui ra´ızes reais, pois ∆ < 0. Isso significa que na˜o existe valor de x que faz com que x2− x+5 = 0, isto e´, x2 − x+ 5 nunca se anula, sendo enta˜o, ou sempre positivo ou sempre negativo. Para descobrir qual e´ o caso em questa˜o, vamos substituir x por um real qualquer na expressc¸a˜o x2 − x+ 5. Por exemplo, substituindo x = 0, temos que 02 − 0 + 5 = 5 > 0. Por causa disso, a expressa˜o x2 − x+ 5 e´ sempre maior que zero para qualquer valor de x. Portanto, o conjunto soluc¸a˜o e´ o conjunto dos nu´meros reais. Ou seja, S = R. e) Como foi visto no item anterior, na˜o ha´ nenhum valor de x para o qual tenhamos 2x2−2x+10 < 0. Portanto, o conjunto soluc¸a˜o e´ o conjunto vazio. f) Para resolver a inequac¸a˜o x2 ≥ |5x+6|, precisamos encontrar |5x+6|. Aplicando a definic¸a˜o de mo´dulo, temos que |5x+ 6| = 5x+ 6, se 5x+ 6 ≥ 0⇐⇒ x ≥ −6 5 , −(5x+ 6), se 5x− 6 < 0⇐⇒ x < −6 5 . Tomando como refereˆncia o nu´mero real −6 5 , escrevemos a reta real como a unia˜o dos intervalos (−∞,−6/5) e [−6/5,∞). Ou seja, R = (−∞,−6/5) ∪ [−6/5,∞). Assim, para x ∈ (−∞,−6/5), temos que |5x + 6| = −(5x + 6), de modo que a inequac¸a˜o x2 ≥ |5x+ 6| pode ser escrita como x2 ≥ −(5x+ 6). E, para x ∈ [−6/5,∞), temos que |5x + 6| = 5x + 6, de modo que a inequac¸a˜o x2 ≥ |5x + 6| pode ser escrita como x2 ≥ 5x+ 6. Colocando estas informac¸o˜es numa tabela, temos: (−∞,−6/5) [6/5,∞) |5x+ 6| −(5x+ 6) 5x+ 6 x2 ≥ |5x+ 6| x2 ≥ −(5x+ 6) x2 ≥ 5x+ 6 De acordo com a subdivisa˜o da reta real, vemos que a resoluc¸a˜o da inequac¸a˜o x2 ≥ |5x + 6| equivale a` resoluc¸a˜o de duas diferentes inequac¸o˜es dependendo da localizac¸a˜o de x em R. Va- mos, portanto, dividir em casos e resolver cada uma das inequac¸o˜es encontradas dentro de seus respectivos intervalos. Caso 1: x < −6/5. Conforme verificado, neste intervalo, a inequac¸a˜o x2 ≥ |5x + 6| equivale a` inequac¸a˜o x2 ≥ −(5x+ 6). De modo que x2 ≥ −(5x+ 6)⇐⇒ x2 + 5x+ 6 ≥ 0. Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ Me´todos Determin´ısticos I EP10 6 Para resolver a inequac¸a˜o acima, vamos primeiro encontrar as ra´ızes de x2 + 5x + 6 = 0. Utili- zando a fo´rmula de Bhaskara, com a = 1, b = 5 e c = 6, temos que: ∆ = b2 − 4ac = 25− 24 = 1, e x = −b±√∆ 2a = −5±√1 2 = −5± 1 2 . Logo, as soluc¸o˜es de x2 + 5x+ 6 = 0 sa˜o x = −2, x = −3. Desta forma, podemos escrever que x2 + 5x+ 6 = (x+ 2) (x+ 3). Portanto, x2 + 5x+ 6 ≥ 0 ⇔ (x+ 2) (x+ 3) ≥ 0. Vamos utilizar uma tabela para fazer a ana´lise de sinal para essa u´ltima inequac¸a˜o: (−∞,−3) (−3,−2) (−2,∞) (x+ 2) − − + (x+ 3) − + + (x+ 2) (x+ 3) + − + Como vemos na tabela acima, (x+ 2) (x+ 3) > 0 ⇐⇒ x < −3 ou x > −2. E, como (x+ 2) (x+ 3) = 0⇐⇒ x = −2 ou x = −3, temos que, (x+ 2) (x+ 3) ≥ 0 ⇔ x ≤ −3 ou x ≥ −2⇐⇒ x ∈ (−∞,−3] ∪ [−2,∞). Observe, agora, que so´ devemos tomar os valores de x, soluc¸a˜o da inequac¸a˜o x2 + 5x + 6 ≥ 0, que estiverem no intervalo do caso considerado, que e´ o intervalo (−∞,−6/5). Desta forma, devemos fazer a intersec¸a˜o da unia˜o de intervalos (−∞,−3] ∪ [−2,∞) com o intervalo (−∞,−6/5). Temos assim, que o conjunto soluc¸a˜o do Caso 1, o qual chamaremos de S1, e´ dado por S1 = ((−∞,−3] ∪ [−2,∞)) ∩ (−∞,−6/5) = (−∞,−3] ∪ [−2,−6/5). Caso 2: x ≥ −6/5. Conforme verificado, neste intervalo, a inequac¸a˜o x2 ≥ |5x+6| equivale a inequac¸a˜o x2 ≥ 5x+6. Dessa forma, x2 ≥ 5x+ 6⇐⇒ x2 − 5x− 6 ≥ 0. Para resolver a inequac¸a˜o acima, vamos primeiro encontrar as ra´ızes de x2 − 5x − 6 = 0. Pela fo´rmula de Bhaskara, com a = 1, b = −5 e c = 6, temos que ∆ = b2 − 4ac = 25 + 24 = 49, Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ Me´todos Determin´ısticos I EP10 7 e, x = −b±√∆ 2a = 5±√7 2 = 5± 7 2 . Logo, o conjunto soluc¸a˜o de x2 − 5x− 6 = 0 e´ formado pelos nu´meros x = 6, x = −1. Desta forma, temos que x2 − 5x− 6 = (x+ 1) (x− 6) . Portanto, x2 − 5x− 6 ≥ 0 ⇐⇒ (x+ 1) (x− 6) ≥ 0. Vamos utilizar uma tabela para fazer a ana´lise de sinal para essa u´ltima inequac¸a˜o: (−∞,−1) (−1, 6) (6,∞) (x+ 1) − + + (x− 6) − − + (x+ 1) (x− 6) + − + Como vemos na tabela acima, (x+ 1) (x− 6) ≥ 0 ⇔ x < −1 ou x > 6. E, como (x+ 1) (x− 6) = 0⇐⇒ x = −1 ou x = 6, temos que, (x+ 1) (x− 6) ≥ 0 ⇐⇒ x ≤ −1 ou x ≥ 6⇐⇒ x ∈ (−∞,−1] ∪ [6,∞). Observe, agora, que so´ devemos tomar os valores de x, soluc¸a˜o da inequac¸a˜o x2 − 5x − 6 ≥ 0, que estiverem no intervalo do caso considerado, que e´ o intervalo [−6/5,∞). Desta forma, devemos interceptar a unia˜o de intervalos (−∞,−1] ∪ [6,∞) com o intervalo [−6/5,∞). Temos assim, que o conjunto soluc¸a˜o do Caso 2, o qual chamaremos de S2, e´ dado por S2 = ((−∞,−1] ∪ [6,∞)) ∩ [−6/5,∞) = [−6/5,−1] ∪ [6,∞). Unindo as respostas obtidas em cada um dos dois casos, temos que x2 ≥ |5x+ 6| ⇐⇒ x ∈ S1 ∪ S2 ⇐⇒ x ∈ ((−∞,−3] ∪ [−2,−6/5)) ∪ ([−6/5,−1] ∪ [6,∞)) ⇐⇒ x ∈ (−∞,−3] ∪ [−2,−1] ∪ [6,∞) ⇐⇒ x ≤ −3 ou − 2 ≤ x ≤ −1 ou x ≥ 6 . Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ Me´todos Determin´ısticos I EP10 8 Exerc´ıcio 3 Numa situac¸a˜o idealizada de um certo come´rcio foi estabelecido dois grupos de vende- dores, A e B, para a venda de x unidades de um produto. Sabendo-se que os lucros dos grupos A e B sa˜o medidos, respectivamente, por LA = 5x 2 ( 4x 5 − 38 5 ) + 75 e LB = −(x+ 2)(x− 10) + 13, onde as unidades x do produto pertencem ao conjunto {x ∈ Z | 0 ≤ x ≤ 11}. a) Determine a quantidade vendida pelo grupo A quando o lucro deste grupo e´ de 30 reais. b) Determine para quais quantidades vendidas, o lucro do grupo A e´ igual ao do grupo B. c) Determine para quais quantidades, o lucro do grupo A e´ menor que o do grupo B. Soluc¸a˜o: a) A fim de determinar a quantidade x vendida pelo grupo A, quando LA e´ igual a 30 reais, temos de resolver a equac¸a˜o 30 = 5x 2 ( 4x 5 − 38 5 ) + 75 ⇐⇒ 30 = 5x 2 · 4x 5 − 5x 2 · 38 5 + 75 ⇐⇒ 30 = 2x2 − 19x+ 75 ⇐⇒ 2x2 − 19x+ 75− 30 = 0 ⇐⇒ 2x2 − 19x+ 45 = 0 ⇐⇒ x = 19± √ 192 − 4 · 2 · 45 4 ⇐⇒ x = 19± √ 361− 360 4 ⇐⇒ x = 19± √ 1 4 ⇐⇒ x = 19± 1 4 ⇐⇒ x = 5 ou x = 18 4 = 9 2 . Como x e´ um elemento do conjunto {x ∈ Z | 0 ≤ x ≤ 11}, temos que , o grupo A vende uma quantidade de 5 unidades do produto, quando o lucro deste grupo e´ de 30 reais. Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ Me´todos Determin´ısticos I EP10 9 b) Para determinar a quantidade vendida x, para que o LA seja igual a LB, temos de resolver a equac¸a˜o LA = LB ⇐⇒ 5x 2 ( 4x 5 − 38 5 ) + 75 = −(x+ 2)(x− 10) + 13 ⇐⇒ 2x2 − 19x+ 75 = −(x2 − 10x+ 2x− 20)+ 13 ⇐⇒ 2x2 − 19x+ 75 = −(x2 − 8x− 20)+ 13 ⇐⇒ 2x2 − 19x+ 75 = −x2 + 8x+ 20 + 13 ⇐⇒ 2x2 − 19x+ 75 = −x2 + 8x+ 33 ⇐⇒ 3x2 − 27x+ 42 = 0 ⇐⇒ 3(x2 − 9x+ 14) = 0 ⇐⇒ x2 − 9x+ 14 = 0 ⇐⇒ x = 9± √ 92 − 4 · 14 2 ⇐⇒ x = 9± √ 81− 56 2 ⇐⇒ x = 9± √ 25 2 ⇐⇒ x = 9± 5 2 ⇐⇒ x = 2 ou x = 7. Portanto, o lucro do grupo A e´ igual ao do grupo B quando forem vendidos 2 ou 7 unidades do produto. c) Para determinar para quais quantidades, LA e´ menor que LB, temos de resolver a desigualdade Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ Me´todos Determin´ısticos I EP10 10 LA < LB ⇐⇒ 5x 2 ( 4x 5 − 38 5 ) + 75 < −(x+ 2)(x− 10) + 13 ⇐⇒ 2x2 − 19x+ 75 < −x2 + 8x+ 33 ⇐⇒ 3x2 − 27x+ 42 < 0 ⇐⇒ 3(x2 − 9x+ 14) < 0 ⇐⇒ x2 − 9x+ 14 < 0 ⇐⇒ (x− 2) (x− 7) < 0. Vamos utilizar uma tabela para fazer a ana´lise de sinal para essa u´ltima inequac¸a˜o: (−∞, 2) (2, 7) (7,∞) (x− 2) − + + (x− 7) − − + (x− 2) (x− 7) + − + Da tabela acima, temos que (x− 2) (x− 7) < 0 ⇐⇒ 2 < x < 7. Como x e´ um elemento do conjunto {x ∈ Z | 0 ≤ x ≤ 11}, temos que o lucro do grupo A e´ menor que o do grupo B para as quantidades 3, 4, 5 ou 6 unidades do produto. Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ Exerc�cios/EP10-2015-1questoes.pdf Fundac¸a˜o Centro de Cieˆncias e Educac¸a˜o Superior a Distaˆncia do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educac¸a˜o Superior a Distaˆncia do Estado do Rio de Janeiro EP10 – Me´todos Determin´ısticos I – 2015-1 Neste EP vamos trabalhar o conteu´do estudado na Aula 12, pa´ginas 149 a 155, do Caderno Dida´tico. Exerc´ıcio 1 Resolva as equac¸o˜es do segundo grau: a) x2 − 6x+ 5 = 0 b) 3x2 − 12x+ 6 = 0 c) x2 − 4x = 0 d) x2 − 49 = 0 Exerc´ıcio 2 Resolva as inequac¸o˜es a seguir: a) − ( x+ 1 2 ) (x− 3) + 1 2 (29− 5x) ≤ 0 b) − 1 5 (10x2 − 60x+ 30)− 12 > 0 c) (x− 1)2 ≥ −x+ 3 d) 2x2 − 2x+ 10 > 0 e) 2x2 − 2x+ 10 < 0 f) x2 ≥ |5x+ 6| Exerc´ıcio 3 Numa situac¸a˜o idealizada de um certo come´rcio foi estabelecido dois grupos de vende- dores, A e B, para a venda de x unidades de um produto. Sabendo-se que os lucros dos grupos A e B sa˜o medidos, respectivamente, por LA = 5 2 x ( 4 5 x− 38 5 ) + 75 e LB = −(x+ 2)(x− 10) + 13, onde as unidades x do produto pertencem ao conjunto {x ∈ Z | 0 ≤ x ≤ 11}. a) Determine a quantidade vendida pelo grupo A quando o lucro deste grupo e´ de 30 reais. b) Determine para quais quantidades vendidas, o lucro do grupo A e´ igual ao do grupo B. c) Determine para quais quantidades, o lucro do grupo A e´ menor que o do grupo B. Exerc�cios/EP11-2015-1gabarito.pdf Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro EP11 – Gabarito – Métodos Determinísticos I – 2015-1 Neste EP vamos trabalhar o conteúdo estudado nas Aula 10 e 11 do Caderno Didático. Exercício 1 Em cada um dos itens abaixo, represente, no plano cartesiano R2, os pontos A e B e calcule a distância entre eles usando o Teorema de Pitágoras. a) A = (−1, 3) e B = (2, 4) b) A = (3, 1) e B = (2, 2) c) A = (2,−1) e B = (−2, 2) Solução: a) b) c) 1 unid 3 unid A B -2 -1 1 2 3 4 5 x -2 -1 1 2 3 4 5 y 1 unid 1 unid A B -2 -1 1 2 3 4 5 x -2 -1 1 2 3 4 5 y 3 unid 4 unid A B -2 -1 1 2 3 4 5 x -2 -1 1 2 3 4 5 y Figura 1: Exercício 1 a) No gráfico da Figura 1 - a) estão marcados os pontos A e B. Aplicando o Teorema de Pitágoras ao triângulo retângulo desenhado na Figura mencionada, obtemos: d(A,B)2 = 32 + 12 = 9 + 1 = 10 Daí, deduzimos que d(A,B) = √ 10. b) No gráfico da Figura 1 - b) estão marcados os pontos A e B. Aplicando o Teorema de Pitágoras ao triângulo retângulo desenhado na Figura mencionada, obtemos: d(A,B)2 = 12 + 12 = 1 + 1 = 2 Daí, deduzimos que d(A,B) = √ 2. c) No gráfico da Figura 1 - c) estão marcados os pontos A e B. Aplicando o Teorema de Pitágoras ao triângulo retângulo desenhado na Figura mencionada, obtemos: d(A,B)2 = 42 + 32 = 16 + 9 = 25 Daí, deduzimos que d(A,B) = √ 25 = 5. Métodos Determinísticos I EP11 2 Exercício 2 Represente geometricamente os conjuntos abaixo: a) {(x, y) ∈ R2; y = 4 e − 2 ≤ x ≤ 2} b) {(x, y) ∈ R2; x = 3 e y ∈ (0, 5]} c) {(x, y) ∈ R2;−1 < x ≤ 2} d) {(x, y) ∈ R2; x ∈ [−1, 1] e y ∈ (1, 2)} Solução: A solução está plotada na Figura 2. a) b) -2 -1 1 2 3 4 5 x -2 -1 1 2 3 4 5 y -2 -1 1 2 3 4 5 x -2 -1 1 2 3 4 5 y c) d) -2 -1 1 2 3 4 5 x -2 -1 1 2 3 4 5 y -2 -1 1 2 3 4 5 x -2 -1 1 2 3 4 5 y Figura 2: Exercício 2 Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Métodos Determinísticos I EP11 3 Exercício 3 Represente algebricamente os conjuntos A, B, C e D representados na Figura 3 - a), b), c), d). a) b) A -2 -1 1 2 3 4 5 x -2 -1 1 2 3 4 5 y B -2 -1 1 2 3 4 5 x -2 -1 1 2 3 4 5 y c) d) C -2 -1 1 2 3 4 5 x -2 -1 1 2 3 4 5 y D -2 -1 1 2 3 4 5 x -2 -1 1 2 3 4 5 y Figura 3: Exercício 3 Solução: a) {(x, y) ∈ R2; x = 2 e 1 ≤ y < 3}. b) {(x, y) ∈ R2; y = 1 e 1 ≤ x < 5}. c) {(x, y) ∈ R2; x ∈ [1, 5) e y ∈ [2, 4]}. d) {(x, y) ∈ R2; x ∈ [−2,−1] e y ∈ (1, 3]}. Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Métodos Determinísticos I EP11 4 Exercício 4 Determine a equação da circunferência de centro C e raio R em cada um dos itens a seguir. a) C = (1, 1) e R = 5 b) C = (0,−1) e R = 3 c) C = (0, 0) e R = 2 Solução: a) O círculo é caracterizado pelos pontos que distam 5 de C. Esses pontos satisfazem √ (x− 1)2 + (y − 1)2 = 5. Desenvolvendo esta expressão, segue que√ (x− 1)2 + (y − 1)2 = 5 ⇐⇒ (x− 1)2 + (y − 1)2 = 25 ⇐⇒ x2 − 2x+ 1 + y2 − 2y + 1 = 25 ⇐⇒ x2 + y2 − 2x− 2y = 23 b) O círculo é caracterizado pelos pontos que distam 3 de C. Esses pontos satisfazem √ (x− 0)2 + (y − (−1))2 = 3. Desenvolvendo esta expressão, segue que√ (x− 0)2 + (y + 1)2 = 3 ⇐⇒ x2 + (y + 1)2 = 9 ⇐⇒ x2 + y2 + 2y + 1 = 9 ⇐⇒ x2 + y2 + 2y = 8 c) O cículo é caracterizado pelos pontos que distam 2 de C. Esses pontos satisfazem √ (x− 0)2 + (y − 0)2 = 2. Desenvolvendo esta expressão: √ (x− 0)2 + (y − 0)2 = 2 ⇐⇒ x2 + y2 = 4 Exercício 5 Construa o gráfico de: a) y = −2 b) y = 0 c) x = −3/2 d) −x+ 2y = 4 e) y = 3x+ 1 2 Solução: Para determinar o gráfico de cada uma das retas deste exercício, temos de determinar dois pontos pelos quais a reta passa. a) Sendo (x, y) um ponto da reta y = −2, temos que a segunda coordenada deste ponto deve ser −2. Quanto a primeira coordenada, que é x, ela pode assumir qualquer valor real. Em particular, para x = 0 temos que o par ordenado (0,−2) é um ponto da reta. E, para x = 2, temos o par ordenado (2,−2) da reta. Unindo estes dois pontos temos a reta desenhada na Figura 4-a) que é paralela ao eixo x. Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Métodos Determinísticos I EP11 5 a) b) c) 1 2 x -2 -1 y 1 x 1 y 1 3 2 2 x 1 y d) e) -4 -3 -2 -1 x 1 2 y -1 x 1 2 1 y Figura 4: Exercício 5 b) A reta deste item está sobre o eixo x, já que a segunda coordenada do ponto (x, y) desta reta é y = 0 para qualquer valor da primeira coordenada x. Ela está plotada na Figura 4-b). c) Note que nos pares ordenados (x, y) da reta dada, a primeira coordenada x é igual a 3/2 e a segunda coordenada y pode assumir qualquer valor real. Assim, essa reta é paralela ao eixo y. Veja que, em particular, ela passa pelos pontos (3/2, 0) e (3/2, 1). Ela está plotada na Figura 4-c). d) Vamos determinar dois pontos da reta −x+ 2y = 4. • para x = 0, temos −(0) + 2y = 4⇐⇒ y = 2. Logo, a reta passa pelo ponto (0, 2). • para y = 0, temos −x+ 2(0) = 4⇐⇒ x = −4. Logo, a reta passa pelo ponto (−4, 0). Note que os pontos encontrados são os pontos de interseção da reta com os eixos coordenados. Unindo os dois pontos encontrados acima, determinamos a reta plotada na Figura 4-d). e) Vamos determinar dois pontos da reta −x+ 2y = 4. • para x = 0, temos y = 3(0) + 1 2 ⇐⇒ y = 1 2 . Logo, a reta passa pelo ponto ( 0, 1 2 ) . • para y = 0, temos 0 = 3x+ 1 2 ⇐⇒ x = −1 6 . Logo, a reta passa pelo ponto ( −1 6 , 0 ) . Note que os pontos encontrados são os pontos de interseção da reta com os eixos coordenados. Unindo os dois pontos encontrados acima, determinamos a reta plotada na Figura 4-e). Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Métodos Determinísticos I EP11 6 Exercício 6 Um operário tem seu salário representado pela equação da reta y = 2000 + 15x 4 onde y representa o valor do salário e x representa o tempo de horas extras realizadas em um mês. a) Represente o gráfico desta reta. b) Quando o salário é igual a R$ 2030 qual a quantidade de horas extras trabalhadas naquele mês? c) Quando a quantidade de horas extras trabalhadas é igual a 12 h, qual o valor do salário? Solução: a) Para determinar o gráfico desta reta, temos de determinar dois pontos pelos quais a reta passa. Temos que: • para x = 0, y = 2000 + 15(0) 4 = 2000. Logo, a reta passa pelo ponto (0, 2000). • para y = 0, 2000 + 15x 4 = 0. Ou seja, 15x 4 = −2000⇐⇒ x = −2000 · 4 15 ⇐⇒ x = −1600 3 . Logo, a reta passa pelo ponto ( −1600 3 , 0 ) . Unindo os dois pontos encontrados acima, determinamos a reta plotada na Figura 5. - 1600 3 x HhorasL 2000 y HreaisL Figura 5: Gráfico de y = 2000 + 15 4 x b) Quando y = 2030 temos que 2000 + 15x 4 = 2030. Ou seja, 2000 + 15x 4 = 2030⇐⇒ 15x 4 = 2030− 2000⇐⇒ 15x 4 = 30⇐⇒ x = 30 · 4 15 ⇐⇒ x = 8. Portanto, quando o sálario é igual R$ 2030, a quantidade de horas extras trabalhadas naquele mês é igual a 8 h. Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Métodos Determinísticos I EP11 7 c) Quando x = 12, temos que y = 2000 + 15(12) 4 = 2045. Portanto, quando a quantidade de horas extras trabalhadas é igual a 12 h, o valor do salário é igual a R$ 2045. Exercício 7 Construa o gráfico, em R2, de cada equação a seguir e, quando possível, fatore-a. a) y = x2 − 2x− 3 b) y = −3x2 + 6x− 3 c) y = 3x2 − 4x+ 2 d) y = −x 2 2 − x− 3 2 Solução: Para construir o gráfico da parábola y = ax2 + bx+ c, vamos seguir o seguinte roteiro: • determinar onde a parábola intercepta o eixo x, o que equivale a dizer que y = 0. Ou seja, devemos resolver a equação ax2 + bx+ c = 0. • determinar onde a parábola intercepta o eixo y, o que equivale a dizer que x = 0. Ou seja, devemos substituir x = 0 na equação y = ax2 + bx+ c para determinar o valor de y. • determinar o vértice (xv, yv) da parábola, a partir da fórmula (xv, yv) = ( − b 2a ,−∆ 4a ) . E, finalmente, lembramos a fatoração ax2 + bx+ c = a(x− x1)(x− x2), onde x1 e x2 são soluções de ax2 + bx+ c = 0. a) Temos que • y = 0⇐⇒ x2 − 2x− 3 = 0. Usando a fórmula de Baskara para determinar a solução da equação acima, com a = 1, b = −2 e c = −3, temos ∆ = b2 − 4ac = (−2)2 − 4(1)(−3) = 4 + 12 = 16 > 0, e x = −b±√∆ 2a = −(−2)±√16 2 = 2± 4 2 . Logo, os valores que satisfazem x2 − 2x− 3 = 0, são x1 = 2 + 4 2 = 3, x2 = 2− 4 2 = −1. E, portanto a parábola intercepta o eixo x nos pontos (−1, 0) e (3, 0). • x = 0 ⇐⇒ y = (0)2 − 2(0)− 3 = −3. Portanto a parábola intercepta o eixo y no ponto (0,−3). • (xv, yv) = ( − b 2a ,−∆ 4a ) = ( −−2 2 ,−16 4 ) = (1,−4) Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Métodos Determinísticos I EP11 8 a) b) V -4 -3 -2 -1 1 2 3 x -4 -3 -2 -1 1 2 3 y V -4 -3 -2 -1 1 2 3 x -4 -3 -2 -1 1 2 3 y c) d) V -4 -3 -2 -1 1 2 3 x -4 -3 -2 -1 1 2 3 y V -4 -3 -2 -1 1 2 3 x -4 -3 -2 -1 1 2 3 y Figura 6: Exercício 7 Como a > 0, a parábola tem a concavidade voltada para cima. Seu gráfico está plotado na Figura 6-a). Além disso, temos que y = x2 − 2x− 3 = (x− 3)(x+ 1). b) Temos que • y = 0⇐⇒ −3x2 + 6x− 3 = 0. Notemos que esta equação é equivalente a equação −x2 + 2x − 1 = 0, cujas raízes deter- minamos usando a fórmula de Baskara, com a = −1, b = 2 e c = −1, temos ∆ = b2 − 4ac = (2)2 − 4(−1)(−1) = 4− 4 = 0, e x = −b±√∆ 2a = −(2)±√0 −2 = −2 −2 = 1. Logo, temos que x1 = x2 = 1 satisfazem a equação −x2+2x−1 = 0, bem como a equação −3x2 + 6x− 3 = 0. Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Métodos Determinísticos I EP11 9 Portanto a parábola dada por −3x2 + 6x− 3 = 0 intercepta o eixo x no ponto (1, 0). • x = 0⇐⇒ y = −3(0)2 + 6(0)− 3 = −3. Portanto a parábola intercepta o eixo y no ponto (0,−3). • (xv, yv) = ( − b 2a ,−∆ 4a ) = ( − 2−2 ,− 0 −4 ) = (1, 0) Como em y = −3x2 + 6x − 3, a = −3 < 0, a parábola tem a concavidade voltada para baixo. Seu gráfico está plotado na Figura 6-b). Além disso, temos que y = −3x2 + 6x− 3 = −3(x− 1)(x− 1) = −3(x− 1)2. Observe que o gráfico da parábola dada y = −3x2+6x−3 e o gráfico da parábola y = −x2+2x−1 são diferentes, apesar de interceptarem o eixo x nos mesmos pontos e terem o mesmo vértice. c) Temos que • y = 0⇐⇒ 3x2 − 4x+ 2 = 0. Usando a fórmula de Baskara, com a = 3, b = −4 e c = 2, temos ∆ = b2 − 4ac = (−4)2 − 4(3)(2) = 16− 24 = −8 < 0. Logo, a equação 3x2 − 4x+ 2 = 0 não tem raízes reais. Ou seja, a parábola não intercepta o eixo x. • x = 0⇐⇒ y = 3(0)2 − 4(0) + 2 = 2. Portanto a parábola intercepta o eixo y no ponto (0, 2). • (xv, yv) = ( − b 2a ,−∆ 4a ) = ( −(−4) 2(3) ,−(−8) 2(3) ) = ( 2 3 , 4 3 ) Como a > 0, a parábola tem a concavidade voltada para cima. Seu gráfico está plotado na Figura 6-c). Neste caso, não temos como fatorar y = 3x2 − 4x+ 2. d) Temos que • y = 0⇐⇒ −x 2 2 − x− 3 2 = 0. A última equação é equivalente a x2 + 2x+ 3 = 0. Usando a fórmula de Baskara nesta equação, com a = 1, b = 2 e c = 3, temos ∆ = b2 − 4ac = (2)2 − 4(1)(3) = 4− 12 = 8 < 0. Logo, temos que x2+2x+3 = 0 não tem raízes reais, assim como a equação−x 2 2 −x−3 2 = 0. Ou seja, a parábola y = −x 2 2 − x− 3 2 = 0 não intercepta o eixo x. Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Métodos Determinísticos I EP11 10 • x = 0⇐⇒ y = −(0) 2 2 − 0− 3 2 = −3 2 . Portanto a parábola intercepta o eixo y no ponto ( 0,−3 2 ) . • (xv, yv) ( − b 2a ,−∆ 4a ) = ( −(2) 2 ,−(−8) 4 ) = (−1,−2) Como em y = −x 2 2 − x − 3 2 , a = −1 2 < 0, a parábola tem a concavidade voltada para baixo. Seu gráfico está plotado na Figura 6-d). Observe que o gráfico da parábola dada y = −x 2 2 −x− 3 2 e o gráfico da parábola y = x2+2x+3 são diferentes, apesar de não interceptarem o eixo x e terem o mesmo vértice. Exercício 8 Em uma certa plantação, a produção, P, de tomate depende da quantidade, q, de fertilizante utilizada, e tal dependência pode ser expressa pela
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