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RESUMO MASCARAMENTO AUDIOMETRIA TONAL Quando aplicar o mascaramento? Deve ser usado sempre que houver o risco de que a orelha melhor está respondendo pela orelha pior. Quando houver uma diferença de 40 dB ou mais na VO da orelha não testada e a VA da orelha testada (orelha que pesquiso o LA). Utilizar o mascaramento na orelha não testada (orelha que está “ajudando” a outra orelha). Técnica usada para mascaramento - Técnica de Hood (platô): Exemplo 1: É posto o ruído mascarante na VA da orelha não testada na intensidade de 10 dB acima do limiar. Pesquisa-se novamente o limiar da orelha testada. Se o limiar não mudou, insere-se três incrementos de 5 dB de ruído mascarante na VA da orelha não testada, sendo que a cada incremento é pesquisado novamente o limiar da orelha testada. Exemplo 2: Insere-se ruído mascarante na VA da orelha não testada em 10 dB acima do limiar. É pesquisado novamente o limiar da orelha testada. Se o limiar mudou, insere-se mais 10 dB de ruído mascarante na VA da orelha não testada e retesta o limiar da orelha testada. Continua a dar incrementos de 10 dB e retestando o limiar até o momento que o limiar não mude. Em seguida, inserir três incrementos de 5 dB retestando o limiar da orelha testada para termos o platô. Exemplo: Orelha Direita Limiar = 0 dB (ruído) Orelha Esquerda Limiar = 40 dB ( pesquisa do limiar) 1° 10 45 ( limiar mudou) 2° 20 45 ( aqui manteve) 3° 25 ( platô) 45 4° 30 45 5° 35 (ruído final) 45 (limiar encontrado) Mascaramento por Via Óssea Sempre que tiver presença de GAP (> 15dB) precisa retestar VO. Para isso você colocará o vibrador ósseo no lado que precisa retestar/pesquisar o limiar e o fone na orelha não-testada para emitir o ruído. Como na figura abaixo em que vamos retestar a óssea da esquerda, mascarando a direita, por exemplo. O valor de mascaramento inicial será 10 dB a mais que o limiar da VA da frequência que Ex: Na freq. de 1000 Hz, a VAOD=10dB; a VAOE=60dBB e a VOOE=10 dB. Será necessário mascarar a OD e retestar a VA e VO da OE. VO-VO Orelha direita Limiar=10 dB (ruído) Orelha squerda Limiar=10dB (pesquisa do limiar) 1° 20 20 (mudou de 10dB para 20dB) 2° 30 30( mudou de 20dB para 30dB) 3° 40 30 ( manteve) 4° 45 (platô) 30 5° 50 30 6° 55 ( ruído final) 30 (limiar encontrado) Mascaramento por Via Aérea Ao se testar a VA deve-se SEMPRE mascarar a melhor orelha quando houver diferença > 40 dB entre a resposta obtida da pior orelha e o limiar da VO da orelha melhor numa mesma frequências. Você irá colocar os dois fones e o mascaramento ira na orelha não testada. Vamos pegar o exemplo anterior: VO-VA Orelha direita) Limiar=10 dB (orelha do ruído ) Orelha esquerda Limiar=60dB (pesquisa do limiar) 1° 20 65 ( limiar mudou) 2° 30 70 ( limiar mudou) 3° 40 70 ( aqui manteve) 4° 45 ( platô) 70 5° 50 70 6° 55 (ruído final) 70 (limiar encontrado) OD OE Presença dos três platôs. Você encontrou o limiar real da OE, mascarando a OD em 45 dB. OD - 40 dB OE RESUMO MASCARAMENTO AUDIOMETRIA VOCAL Condição: sempre que a diferença entre o nível de apresentação dos estímulos na orelha não testada e a média tritonal (MT) por VO da orelha não testada for > 45 dB (atenuação interaural da fala). LRF – Primeiro é realizada a pesquisa do LRF sem mascaramento. Encontrado o limiar, é subtraído 45 dB (atenuação) e observado se a orelha contralateral está escutando. Caso esteja, você irá acrescentar no valor que está chegando na orelha contralateral acrescentendo 20dB (segurança) e, caso tenha GAP deve ser acrescentado a média do GAP (diferença da MT da VA com a MT da VO). MT= média tritonal. Como no exemplo abaixo: IPRF – A intensidade de estímulo será a MT da orelha testada + 40 dB. Para verificarmos se precisa mascarar iremos subtrair 45 dB da intensidade de estímulo, e observar se a outra orelha está escutando. Caso esteja, iremos acrescentar 20 dB de segurança , caso tenha GAP deve ser acrescentado a média do GAP (diferença da MT da VA com a MT da VO). MT= média tritonal. Como no exemplo abaixo: Valor do mascaramento no IPRF é FIXO. Toda vez que mascarar LRF tem que mascarar IPRF, mas nem sempre que mascarar IPRF tem que mascarar LRF. Referências: RUSSO, Iêda C. Pacheco; SANTOS, Teresa M. Momensohn dos. A Prática da Audiologia Clínica. 4. ed. São Paulo: Cortez, 1993. 253 p FROTA, Silvana. Fundamentos em Fonoaudiologia: Audiologia. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. 210 p. Manual Básico para os Estágios em Audiologia da Clinica Escola DE FONOAUDIOLOGIA - PROF. JURANDY GOMES DO ARAGÃO MATERIAL ELABORADO EM MONITORIA DE ENSINO DA DISCIPLINA “ESTÁGIO EM AUDIOLOGIA II” PELA MONITORA AGDA ALVES E SUPERVISORA PROFA DRA MARA RISSATTO MT OD VA=10 e V0=10 MT OE VA=60 e V0=10 LRF= 10 dB LRF= 60 dB 60 dB – 45 dB= 15 dB . Está chegando 15 dB na OD, como a média tritonal da via óssea é 10 dB, ela está “escutando”, sendo necessário mascará-la. Cálculo mascaramento na OD = 15 +20+0(GAP) = 35 dB Iremos retestar o LRF da OE com 60dB de intensidade e mascarando a OD com 35dB de intensidade MT OD VA=10 e V0=10 MT OE VA=60 e V0=10 Intensidade IPRF = 50 dB Intensidade IPRF = 100 dB 100 dB – 45 dB=55 dB. Está chegando 55 dB na OD, como a MTVO é 10 dB, ela está “escutando”, sendo necessário mascará-la. 50 dB – 45 dB= 5 dB. Está chegando 5 dB na OE, como a MTVO é 10 dB, ela NÃO está escutando, NÃO sendo necessário mascarar. Cálculo mascaramento na OD = 55 +20+0(GAP) = 75 dB Iremos testar o IPRF da OE com 100 dB de intensidade e mascarando a OD com 75dB de intensidade