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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES 
FACULDADE DE EDUCAÇÃO 
 Curso de Licenciatura em Pedagogia – modalidade EAD 
Disciplina: Currículo 
 
 
GABARITO REVISÃO AP2 2024.2 
 
Questão 1) No texto "Um currículo entre formas e forças", Marlucy Paraíso argumenta que "(...) As 
formas dos currículos imprimem rotinas, demandam repetições do mesmo, exigem organizações e 
ordenamentos, priorizam o ensino. As formas dos currículos prescrevem, enquadram, formatam, 
generalizam, repetem o mesmo, limitam". 
A autora, então, defende: 
Sabemos que não é fácil vivenciarmos um currículo tão abertos/as aos encontros. Temos dificuldade de 
praticar a docência sem um caminho que nos pareça seguro e sem sabermos antecipadamente no que 
vai dar os encontros que vamos articular no território curricular. Tudo isso requer soltura, 
desprendimento, planejamento diário e constante, postura aberta para a vida! Até mesmo Spinoza 
reconhecia que construir uma vida assim, aberta aos encontros, é uma tarefa árdua. Contudo, como o 
próprio filósofo argumentava – e esta é a frase com que termina a sua Ética e que eu uso para finalizar 
este artigo –, “tudo o que é precioso é tão difícil como raro” (SPINOZA, 2007, p. 411). 
 
Questão 2) Na discussão sobre o ciclo de políticas, de Stephen Ball, é correto afirmar: Resposta: 
verdadeiro 
O autor propõe um ciclo contínuo constituído por três contextos principais, que são o contexto de 
influência, o contexto da produção de texto e o contexto da prática. Ao avançar dos estudos, Ball 
acrescenta outros dois contextos: contexto de resultados e contexto de estratégias. Ressalta que esses 
contextos estão inter-relacionados, não têm uma dimensão temporal ou sequencial e não são etapas 
lineares. Cada um desses contextos apresenta arenas, lugares e grupos de interesse e cada um deles 
envolve disputas e embates. 
 
Questão 3) Marque a opção INCORRETA: Resposta: letra A 
a) Os diferentes contextos do ciclo de política visam marcar ações e atores que participam dos 
contextos específicos. 
b) A abordagem do ciclo de políticas traz várias contribuições para a análise de políticas, uma vez que o 
processo político é entendido como multifacetado e dialético, necessitando articular as perspectivas 
macro e micro. 
c) O ciclo de políticas adota uma perspectiva pós-estruturalista cujas características incluem a 
desconstrução de conceitos e certezas do presente, engajamento crítico, busca de novas perspectivas e 
novos princípios explicativos, focalização de práticas cotidianas (micropolíticas), heterogeneidade e 
pluralismo e articulação entre macro e microcontextos. 
d) A utilização do ciclo de política envolve uma diversidade de procedimentos para coleta de dados. 
 
Stephen Ball propôs uma ideia chamada "ciclo de políticas", que ajuda a entender como as políticas educacionais são criadas e aplicadas nas escolas. Ele divide esse processo em cinco "contextos" ou partes importantes, que não seguem uma ordem fixa, pois estão sempre interligados e acontecendo ao mesmo tempo.
Ela critica o currículo escolar por ser rígido e repetitivo, priorizando um ensino controlado e padronizado, o que limita novas possibilidades. Ela sugere que o currículo deveria ser mais flexível e aberto para novas experiências e interações entre professores e alunos. No entanto, reconhece que isso é difícil, pois muitos preferem um plano fixo que ofereça segurança. Citando Spinoza, Paraíso lembra que construir uma educação aberta e flexível é difícil, mas vale o esforço, pois torna o aprendizado mais rico e significativo.
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES 
FACULDADE DE EDUCAÇÃO 
 Curso de Licenciatura em Pedagogia – modalidade EAD 
Disciplina: Currículo 
 
Questão 4) Complete a afirmativa abaixo com as palavras adequadas (texto base: “Currículo, 
conhecimento e cultura”, de Antonio Flávio Barbosa Moreira e Vera Maria Candau, indicado no Tema 
4). 
Pode-se dizer que no currículo se evidenciam esforços tanto por consolidar as situações de opressão e 
discriminação a que certos grupos sociais têm sido submetidos, quanto por questionar os arranjos 
sociais em que essas situações se sustentam. Isso se torna claro ao nos lembrarmos dos inúmeros e 
expressivos relatos de práticas, em salas de aulas, que contribuem para cristalizar preconceitos e 
discriminações, representações estereotipadas e desrespeitosas de certos comportamentos, certos 
estudantes e certos grupos sociais. Em Conselhos de Classe, algumas dessas visões, lamentavelmente, 
se refletem em frases como: “vindo de onde vem, ele não podia mesmo dar certo na escola!”. 
Ao mesmo tempo, há inúmeros e expressivos relatos de práticas alternativas em que professores(as) 
desafiam as relações de poder que têm justificado e preservado privilégios e marginalizações, 
procurando contribuir para elevar a auto-estima de estudantes associados a grupos subalternizados. Ou 
seja, no processo curricular, distintas e complexas têm sido as respostas dadas à diversidade e à 
pluralidade que marcam de modo tão agudo o panorama cultural contemporâneo. 
(...) 
Como temos considerado, no currículo, essa pluralidade, esse caráter multicultural de nossa 
sociedade? Como articular currículo e multiculturalismo? Que estratégias pedagógicas podem ser 
selecionadas? Temos, professores e gestores, reservado tempo e espaço suficientes para que essas 
discussões aconteçam nas escolas? Como nossos projetos político-pedagógicos têm incorporado tais 
preocupações? Como temos atendido ao que determina a Lei nº 10639/2003, que torna obrigatório, nos 
estabelecimentos de ensino fundamental e médio, o ensino sobre História e Cultura afro-brasileira? De 
que modo os professores se têm inteirado das lutas e conquistas dos negros, das mulheres, dos 
homossexuais e de outros grupos minoritários oprimidos? 
(...) 
Ou seja, trata-se de desafiar a ótica do dominante e de promover o atrito de diferentes abordagens, 
diferentes obras literárias, diferentes interpretações de eventos históricos, para que se favoreça ao(à) 
aluno(a) entender como o conhecimento socialmente valorizado tem sido escrito de uma dada forma e 
como pode, então, ser reescrito. Não se espera, cabe reiterar, substituir um conhecimento por outro, 
mas sim propiciar aos(às) estudantes a compreensão das relações de poder envolvidas na 
hierarquização das manifestações culturais e dos saberes, assim como nas diversas imagens e leituras 
que resultam quando certos olhares são privilegiados em detrimento de outros. 
 
Bons estudos!

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