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Essa é uma situação bastante comum na prática fonoaudiológica, especialmente na faixa etária de 6 anos, quando a criança está em processo de alfabetização.
Diante dessa queixa, as primeiras ações da(o) fonoaudióloga(o) seriam as seguintes:
1. Realizar uma anamnese detalhada
Coletar informações com os pais ou responsáveis sobre:
· Histórico do desenvolvimento da linguagem oral (quando começou a falar, se houve trocas desde cedo);
· Histórico familiar (se há casos de dificuldades de fala ou aprendizagem);
· Aspectos médicos e auditivos (otites, perda auditiva, uso de chupeta, respiração oral etc.);
· Rotina escolar (como é o desempenho em sala de aula, relação com colegas e professores);
· Queixa principal com exemplos concretos das trocas.
2. Avaliar a linguagem oral
Aplicar testes e observar:
· Produção fonética e fonológica: identificar se as trocas são articulatórias (problemas de fala) ou fonológicas (problemas de linguagem);
· Consciência fonológica: verificar se a criança reconhece sons das palavras, rimas, sílabas e fonemas;
· Discriminação auditiva: se a criança percebe diferenças entre sons semelhantes;
· Aspectos motores orais: avaliar tônus, mobilidade e coordenação dos órgãos fonoarticulatórios (língua, lábios, bochechas etc.).
 3. Avaliar a linguagem escrita (pré-alfabetização ou alfabetização)
· Observar se os erros na escrita correspondem às trocas orais (por exemplo: fala “tato” em vez de “gato” e escreve “tato”);
· Avaliar consciência fonêmica e correspondência fonema-grafema;
· Verificar se há dificuldades mais amplas de leitura e escrita.
4. Estabelecer o diagnóstico fonoaudiológico
Após as avaliações, o profissional determinará se:
· Há um atraso ou transtorno fonológico (dificuldade na organização dos sons da fala);
· Ou se trata apenas de um processo típico de desenvolvimento, ainda esperado para a idade.
 5. Planejar a intervenção
De acordo com o diagnóstico:
· Se houver transtorno fonológico, iniciar terapia para trabalhar percepção auditiva, discriminação de fonemas e produção correta dos sons;
· Orientar a família e a escola sobre a importância de não reforçar os erros, mas de corrigir de forma natural e positiva;
· Estimular a consciência fonológica (brincadeiras com sons, rimas, sílabas etc.), fundamental para o avanço da alfabetização.
 6. Encaminhamentos complementares (se necessário)
Se houver suspeita de comprometimentos auditivos, neurológicos ou pedagógicos mais amplos, encaminhar para:
· Avaliação auditiva;
· Psicopedagogo;
· Neuropediatra, se houver outros atrasos associados.

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