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Legislação Específica da PF-simplificado-48b0

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Legislação Aplicada à PF p/ Polícia Federal (Agente Administrativo) 2021 Pré-Edital
Professor: Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos
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Sumário 
Considerações Iniciais ......................................................................................................................................... 2 
Estatuto do Desarmamento (Lei n. 10.826/03)................................................................................................... 2 
1 - Sistema Nacional de Armas (Sinarm) ........................................................................................................ 2 
2 - Do Registro ................................................................................................................................................ 5 
3 - Do Porte .................................................................................................................................................... 7 
4 - Dos Crimes e das Penas .......................................................................................................................... 11 
5 - Disposições Gerais .................................................................................................................................. 16 
Questões Comentadas ...................................................................................................................................... 19 
Lista de Questões .............................................................................................................................................. 35 
Gabarito ........................................................................................................................................................... 43 
Resumo .............................................................................................................................................................. 44 
 
 
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CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
Olá, caro amigo! 
Hoje estudaremos a lei 10.826 de 2003, que é o Estatuto do Desarmamento. 
Força! Bons estudos! 
 
ESTATUTO DO DESARMAMENTO (LEI N. 10.826/03) 
O Estatuto do Desarmamento regulamenta o registro, a posse, o porte e a comercialização de 
armas de fogo e munição no Brasil. Com o Estatuto, o País passou a ter critérios mais rigorosos 
para o controle das armas. 
1 - Sistema Nacional de Armas (Sinarm) 
 
Art. 1o O Sistema Nacional de Armas – Sinarm, instituído no Ministério da Justiça, no âmbito da 
Polícia Federal, tem circunscrição em todo o território nacional. 
 
O Sistema Nacional de Armas – Sinarm foi instituído pelo Estatuto do 
Desarmamento no âmbito da Polícia Federal , com circunscrição em todo o 
território nacional . 
 
Art. 2o Ao Sinarm compete: 
I – identificar as características e a propriedade de armas de fogo, mediante cadastro; 
II – cadastrar as armas de fogo produzidas, importadas e vendidas no País; 
III – cadastrar as autorizações de porte de arma de fogo e as renovações expedidas pela Polícia 
Federal; 
IV – cadastrar as transferências de propriedade, extravio, furto, roubo e outras ocorrências 
suscetíveis de alterar os dados cadastrais, inclusive as decorrentes de fechamento de empresas de 
segurança privada e de transporte de valores; 
V – identificar as modificações que alterem as características ou o funcionamento de arma de fogo; 
VI – integrar no cadastro os acervos policiais já existentes; 
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VII – cadastrar as apreensões de armas de fogo, inclusive as vinculadas a procedimentos policiais 
e judiciais; 
VIII – cadastrar os armeiros em atividade no País, bem como conceder licença para exercer a 
atividade; 
IX – cadastrar mediante registro os produtores, atacadistas, varejistas, exportadores e 
importadores autorizados de armas de fogo, acessórios e munições; 
X – cadastrar a identificação do cano da arma, as características das impressões de raiamento e 
de microestriamento de projétil disparado, conforme marcação e testes obrigatoriamente realizados 
pelo fabricante; 
XI – informar às Secretarias de Segurança Pública dos Estados e do Distrito Federal os registros e 
autorizações de porte de armas de fogo nos respectivos territórios, bem como manter o cadastro 
atualizado para consulta. 
 
Perceba que as atribuições do Sinarm estão predominantemente relacionadas ao registro e 
controle de informações acerca das armas de fogo presentes no país. Abaixo apresento as 
atribuições de uma forma um pouco mais palatável, com os meus comentários. 
 
COMPETÊNCIA DO SINARM 
DISPOSITIVO COMENTÁRIOS 
Identificar 
As características e a 
propriedade de armas de fogo, 
mediante cadastro; 
Geralmente as alterações nas 
características das armas de fogo são 
feitas para dificultar sua identificação 
e rastreamento. Algumas vezes os 
criminosos operam verdadeiros 
“desmanches”, que permitem que as 
armas sejam montadas a partir de 
peças extraídas de outras. 
As modificações que alterem as 
características ou o 
funcionamento de arma de fogo; 
Informar 
As Secretarias de Segurança 
Pública dos Estados e do 
Distrito Federal os registros e 
autorizações de porte de armas 
de fogo nos respectivos 
territórios, bem como manter o 
cadastro atualizado para 
consulta; 
As polícias dos Estados não têm 
competência para emitir autorizações 
de porte e registar armas de fogo, 
mas a Polícia Federal deve sempre 
informar aos órgãos estaduais de 
segurança acerca dos registros e 
autorizações emitidos. Algumas vezes 
essas secretarias têm outros nomes, 
ok? Em Pernambuco, por exemplo, 
existe a Secretaria de Defesa Social. 
Cadastrar As armas de fogo produzidas, 
importadas e vendidas no País; 
Tanto as armas fabricadas no Brasil 
quanto as importadas devem ser 
cadastradas no Sinarm. A atividade 
de cadastramento é atribuída à 
Polícia Federal. 
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As autorizações de porte de 
arma de fogo e as renovações 
expedidas pela Polícia Federal; 
O Sinarm dispõe das informações não 
só acerca das armas que existem no 
país, mas também de seus 
proprietários e pessoas que 
detenham autorização para porte. 
As transferências de 
propriedade, extravio , furto, 
roubo e outras ocorrências 
suscetíveis de alterar os dados 
cadastrais, inclusive as 
decorrentes de fechamento de 
empresas de segurança privada 
e de transporte de valores; 
Sempre que uma arma for da posse 
de uma pessoa para outra, mesmo de 
forma ilegítima, a autoridade policial 
deve ser imediatamente comunicada. 
As empresas de segurança privada e 
transporte de valores que encerrem 
suas atividades não podem manter 
em seu poder as armas utilizadas. 
As apreensões de armas de 
fogo, inclusive as vinculadas a 
procedimentos policiais e 
judiciais; 
 
As delegacias e os órgãos do Poder 
Judiciário devem informar o Sinarm 
acerca de apreensões. 
 
Os armeiros em atividade no 
País, bem como conceder 
licença para exercer a atividade; 
Armeiro é o profissional responsável 
pela manutenção de armas de fogo. 
O exercício dessa atividade depende 
de licenciamento da Polícia Federal. 
Se você quiser, pode consultar o 
cadastro de armeiros de todo o país 
no site da Polícia Federal. 
Mediante registro os 
produtores , atacadistas , 
varejistas , exportadores e 
importadores autorizados de 
armas de fogo, acessórios e 
munições; 
O exercício dessas atividades 
dependeobteve o Certificado de Registro de Arma de 
Fogo (CRAF), com validade em todo o território nacional. Nesse sentido o CRAF engloba 
autorização para manter a arma de fogo, exclusivamente no 
a) interior (ou dependências) de sua residência ou domicílio, mas não, no seu local de trabalho, apesar de ser 
o titular e responsável legal pelo estabelecimento. 
b) interior (ou dependências) de sua residência ou domicílio, ou, ainda, no seu local de trabalho, já que é o 
titular ou o responsável legal pelo estabelecimento. 
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c) interior de sua residência ou domicílio, ou na dependência desses e levá-la consigo nos deslocamentos dentro 
do Estado em que reside e, também no seu local de trabalho. 
d) interior (ou dependência) de sua residência ou domicílio, e também em seu veículo nos deslocamentos, 
considerado este como extensão do domicílio, mas não no local de trabalho, independentemente da função 
que exerça. 
e) seu local de trabalho, já que é o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento, sendo vedado mantê-
la no interior de sua residência ou domicílio, ou dependência desses. 
Comentários 
Art. 10-O certificado de Registro de Arma de Fogo, com validade em todo o território nacional, autoriza 
o seu proprietário a manter a arma de fogo exclusivamente no interior de sua residência ou domicílio, ou 
dependência desses, ou, ainda, no seu local de trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsável legal 
pelo estabelecimento ou empresa. 
Gabarito: Letra B 
 
16. (TJ-SC - Analista Jurídico – 2018 – FGV) Em cumprimento de mandado de busca e apreensão 
no local de trabalho de João, que era um estabelecimento comercial de sua propriedade e de 
sociedade em que figurava como administrador e principal sócio, foram apreendidas duas 
armas de fogo, de calibre permitido, com numeração aparente, devidamente municiadas. 
João esclareceu que tinha as armas para defesa pessoal, apesar de não possuir autorização e 
nem registro das mesmas. 
 Diante disso, foi denunciado pela prática de dois crimes de porte de arma de fogo de uso 
permitido (art. 14 da Lei nº 10.826/03), em concurso material. 
 No momento de aplicar a sentença, o juiz deverá reconhecer que: 
a) ocorreram dois crimes de posse de arma de fogo de uso permitido (art. 12 da Lei nº 10.826/03) em 
concurso material; 
b) ocorreram dois crimes de posse de arma de fogo de uso permitido (art. 12 da Lei nº 10.826/03) em 
concurso formal; 
c) ocorreram dois crimes de porte de arma de fogo de uso permitido em concurso formal; 
d) ocorreu crime único de porte de arma de fogo de uso permitido, afastando-se o concurso de delitos; 
e) ocorreu crime único de posse de arma de fogo de uso permitido (art. 12, Lei nº 10.826/03), afastando-se 
o concurso de delitos. 
Comentários 
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Para o STF e para Doutrina majoritária: Posse ou porte de arma de USO PERMITIDO e de USO RESTRITO 
é CRIME ÚNICO! O crime de uso restrito absorve o de uso permitido por ser crime mais grave! NÃO HÁ 
CONCURSO DE CRIMES. O bem jurídico é o mesmo (incolumidade pública) Se eu tenho uma arma de fogo de 
calibre restrito e outras de calibre permitido, o crime mais grave vai absorver o crime menos grave, pouco 
importando se são 2 ou 10 armas. O juiz vai considerar essa situação na dosimetria da pena. 
Para o STJ: Quando há porte ou posse de arma de fogo de uso restrito e uso permito há CONCURSO DE 
CRIMES, pelo fato de existir lesão a dois bens jurídicos (incolumidade pública e a lisura dos cadastros nacionais 
de arma de fogo) (RE 1598810), pois, se a nossa legislação diz que, determinada arma é restrito a 
determinado tipo de pessoa, esse indivíduo que possui ou porta uma arma dessa classificação viola não só a 
incolumidade publica como a seriedade dos cadastros. Essa concepção é muito criticada pela doutrina. 
Arma de fogo de uso PERMITIDO + arma de fogo de uso RESTRITO = CONCURSO FORMAL. 
Arma de fogo de uso PERMITIDO + arma de fogo de uso PERMITIDO = CRIME ÚNICO ou seja apenas 1 crime. 
Gabarito: Letra E 
 
17. (TJ-SC - Oficial de Justiça e Avaliador – 2018 – FGV) Jorge recebeu mandado de citação em 
ação penal para cumprimento em localidade violenta da cidade em que atuava. Temendo por 
sua integridade física, compareceu ao local para cumprimento da diligência em seu próprio 
carro, levando escondido no porta-luvas duas armas de fogo diferentes de uso permitido. 
Ocorre que Jorge foi abordado por policiais militares, sendo as armas de fogo encontradas e 
apreendidas, além de ser verificado que ele não possuía autorização para portar aquele 
material bélico. 
De acordo com a jurisprudência majoritária do Superior Tribunal de Justiça, a conduta de 
Jorge: 
a) configura dois crimes de porte de arma de fogo de uso permitido em concurso formal; 
b) configura dois crimes de porte de arma de fogo de uso permitido em concurso material; 
c) está amparada pela causa de exclusão da culpabilidade de inexigibilidade de conduta diversa; 
d) está amparada pela causa de exclusão da ilicitude de legítima defesa; 
e) configura crime único de porte de arma de fogo de uso permitido. 
 
Comentários 
Para o STJ: Quando há porte ou posse de arma de fogo de uso restrito e uso permito há CONCURSO DE 
CRIMES, pelo fato de existir lesão a dois bens jurídicos (incolumidade pública e a lisura dos cadastros nacionais 
de arma de fogo) (RE 1598810), pois, se a nossa legislação diz que, determinada arma é restrito a 
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determinado tipo de pessoa, esse indivíduo que possui ou porta uma arma dessa classificação viola não só a 
incolumidade publica como a seriedade dos cadastros. Essa concepção é muito criticada pela doutrina. 
Arma de fogo de uso PERMITIDO + arma de fogo de uso RESTRITO = CONCURSO FORMAL. 
Arma de fogo de uso PERMITIDO + arma de fogo de uso PERMITIDO = CRIME ÚNICO ou seja apenas 1 crime. 
Gabarito: Letra E 
 
18. (TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário – Segurança – 2018 - INSTITUTO AOCP) Um Técnico 
Judiciário Especialidade Segurança do Tribunal Regional do Trabalho está portando uma arma 
de fogo durante o seu serviço e reclama com um amigo da periculosidade criminal de seu 
bairro, dizendo estar propenso a manter-se com a arma mesmo após o cumprimento de sua 
escala, a fim de se deslocar até a sua residência com segurança. Nessa situação, é correto 
afirmar que 
a) ele pode se manter com a arma, já que possui documento de porte funcional. 
b) ele poderá se deslocar com a arma da instituição porque seu bairro é perigoso. 
c) ele deverá entregar a arma na seção responsável do Tribunal após o serviço, já que não possui autorização 
expressa para carregá-la consigo para além das atividades funcionais. 
d) mesmo entregando a arma, ele poderá ficar com o porte funcional para poder usar sua arma particular no 
deslocamento. 
e) ele poderá deixar de dar saída formal de seu turno de serviço, justificando o deslocamento à sua residência 
armado. 
 
Comentários 
Quem pode ter porte de arma: (Art. 6º). 
Fora de serviço e em território nacional: 
- Integrantes das Forças Armadas; 
- Integrante da: PF + PRF + PFF + PC + PM + CBM; 
- Integrantes da ABIN e "Seguranças do Gabinete da Presidência"; 
- Policiais Legislativos. 
Fora de serviço, mas não em território nacional: 
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- Guardas municipais (Municípios com mais de 500.000 habitantes); 
- Guardas Prisionais (se regime de dedicação exclusiva). 
Somente em serviço: 
- Guardas municipais (Municípios com 50.000 a 500.000 habitantes); 
- Guardas prisionais (não estando em regime de dedicação exclusiva); 
- Servidores da segurança do Poder Judiciário (no máximo 50% dos servidores da segurança terão porte 
de arma); 
- Auditores (Fiscais e da Receita) e Analistas Tributários; Parte superior do formulário 
Gabarito: Letra C 
19. (TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário - Segurança – 2018 - INSTITUTO AOCP) A autorização 
para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o território nacional e após prévia 
autorização do SINARM (Sistema Nacional de Amas), é de competência de qual entidade? 
a) Polícia Federal. 
b) Polícia Rodoviária Federal. 
c) Agência Brasileira de Inteligência. 
d) Polícia Militar dos Estados-Federados. 
e) Forças Armadas. 
 
Comentários 
Art 10 - A autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo território nacional, é de 
competência da Policia Federal e somente será concedida após autorização do Sinarm. 
Polícia Federal - autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o território nacional. 
Concedida após autorização do Sinarm. 
Ministério da Justiça - autorização do porte de arma para os responsáveis pela segurança de cidadãos 
estrangeiros em visita ou sediados no Brasil. 
Comando do Exército - registro e a concessão de porte de trânsito de arma de fogo para colecionadores, 
atiradores e caçadores e de representantes estrangeiros em competição internacional oficial de tiro realizada 
no território nacional. E autorizar, excepcionalmente, a aquisição de armas de fogo de uso restrito. 
Gabarito: Letra A 
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20. (INSTITUTO AOCP - 2018 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário – Segurança) Segundo o 
Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/2003), é proibido o porte de arma de fogo em todo 
o território nacional, salvo para os casos previstos em legislação própria e para 
a) Analistas do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro. 
b) Deputados federais e Senadores da República. 
c) Procuradores-Gerais dos Estados Federados. 
d) Médicos legistas do Instituto Médico Legal. 
e) Integrantes da Carreira de Auditoria-Fiscal do Trabalho. 
 
Comentários 
 Art. 6º É proibido o porte de arma de fogo em todo o território nacional, salvo para os casos previstos em 
legislação própria e para: 
(...) 
 X - integrantes das Carreiras de Auditoria da Receita Federal do Brasil e de Auditoria-Fiscal do Trabalho, 
cargos de Auditor-Fiscal e Analista Tributário. 
Gabarito: Letra E 
LISTA DE QUESTÕES 
 
1. (PF – Perito – 2018 – Cespe) Samuel disparou, sem querer, sua arma de fogo em via pública. 
Nessa situação, ainda que o disparo tenha sido de forma acidental, culposamente, Samuel 
responderá pelo crime de disparo de arma de fogo, previsto no Estatuto do Desarmamento. 
Certo 
Errado 
2. (PC-ES - Escrivão de Polícia - 2019 - INSTITUTO AOCP) De acordo com a Lei n° 10.826/03 
(estatuto do desarmamento), o sujeito que for preso em via pública portando arma de fogo, 
que não contém mecanismo de acionamento, terá sua conduta considerada como atípica em 
razão do instituto 
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a) da legítima defesa. 
b) do crime impossível. 
c) do erro sobre elementos do tipo. 
d) da discriminante putativa. 
e) da relação de causalidade. 
3. (Prefeitura de Teresina - PI - Guarda Civil Municipal – 2019 – NUCEPE) Com base no Estatuto 
do Desarmamento (Lei nº 10.826/2003), assinale a alternativa CORRETA. 
a) Para adquirir arma de fogo de uso restrito, o interessado deverá, além de declarar a efetiva necessidade, 
atender, dentre outros requisitos, a comprovação de idoneidade, com a apresentação de certidões negativas 
de antecedentes criminais fornecidas pela Justiça Federal, Estadual, Militar e Eleitoral e de não estar 
respondendo a inquérito policial ou a processo criminal, que poderão ser fornecidas por meios eletrônicos. 
b) O Ministério da Justiça disciplinará a forma e as condições do credenciamento de profissionais pela Polícia 
Civil de cada Estado para comprovação da aptidão psicológica e da capacidade técnica para o manuseio 
de arma de fogo. 
c) A Posse irregular de arma de fogo de uso permitido e o Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido são 
crimes que apresentam as mesmas penas, tanto que constituem o mesmo tipo penal. 
d) Em relação ao crime de Comércio ilegal de arma de fogo, equipara-se à atividade comercial ou industrial, 
para efeito deste artigo, qualquer forma de prestação de serviços, fabricação ou comércio irregular ou 
clandestino, inclusive o exercido em residência. 
e) Possuir apenas munição, de uso permitido, em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no 
interior de sua residência ou dependência desta, não configura crime. 
4. (PRF - Policial Rodoviário Federal – 2019 – CESPE) No item a seguir é apresentada uma situação 
hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada considerando-se o Estatuto do 
Desarmamento, o Estatuto da Criança e do Adolescente e o Sistema Nacional de Políticas 
Públicas sobre Drogas. 
Em uma operação da PRF, foram encontradas, no veículo de Sandro, munições de arma de 
fogo de uso permitido e, no veículo de Eurípedes, munições de uso restrito. Nenhum deles 
tinha autorização para o transporte desses artefatos. Nessa situação, considerando-se o 
previsto no Estatuto de Desarmamento, Sandro responderá por infração administrativa e 
Eurípedes responderá por crime. 
Certo 
Errado 
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5. (PC-PR - Escrivão de Polícia – 2018 - COPS-UEL) Sobre o certificado de registro de arma de fogo, 
considere as afirmativas a seguir. 
I. Tem validade em todo o território nacional. 
II. Autoriza o seu proprietário a manter a arma de fogo no interior de sua residência. 
III. Autoriza o porte de arma de fogo na unidade federativa que expediu o respectivo registro. 
IV. Possibilita a todo cidadão o porte de arma de fogo mediante avaliação psicológica prévia. 
Assinale a alternativa correta. 
 (A) Somente as afirmativas I e II são corretas. 
 (B) Somente as afirmativas I e IV são corretas. 
 (C) Somente as afirmativas III e IV são corretas. 
(D) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. 
(E) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. 
6. (SEAP-MG - Agente de Segurança Penitenciário – 2018 – IBFC) Assinale a alternativa correta 
quanto ao comportamento visto como crime de conduta omissiva presente no Estatuto do 
Desarmamento: 
 a) vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição ou explosivo a 
criança ou adolescente 
b) disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou 
em direção a ela, desde que essa conduta não tenha como finalidade a prática de outro crime 
c) portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numeração, marca ou qualquer outro 
sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado 
d) deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa 
portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua 
propriedade 
e) produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou adulterar, de qualquerforma, munição ou 
explosivo 
7. (SEAP-MG - Agente de Segurança Penitenciário – 2018 – IBFC) Conforme dispõe o Estatuto do 
Desarmamento, relativamente às armas de fogo, assinale a alternativa correta: 
a) a classificação técnica, bem como a definição das armas de fogo deve ser disciplinada em ato do Comando 
do Exército, mediante proposta do Chefe do Poder Executivo 
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b) são vedadas a fabricação, a venda, a comercialização e a importação de brinquedos, réplicas e simulacros 
de armas de fogo, que com estas se possam confundir 
c) todas as armas de fogo comercializadas no exterior devem estar acondicionadas em embalagens com 
sistema de código de barras, gravado na caixa, visando possibilitar a identificação do alienante 
d) cabe ao Comando da Polícia Militar autorizar, excepcionalmente, nos estados, a aquisição de armas de 
fogo de uso restrito 
e) armas de fogo apreendidas devem ser, após elaboração do laudo, encaminhadas pelo juiz, quando não 
mais interessarem à persecução penal, à Superintendência da Polícia Federal, para destruição, no prazo 
máximo de 48 (quarenta e oito) horas. 
8. (TJ-MG - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Provimento – 2018 – CONSULPLAN) “O 
titular do cartório de Registro de Imóveis de certa localidade mantinha em seu local de 
trabalho, mais especificamente escondido entre documentos e livros antigos do acervo do 
estabelecimento extrajudicial, um revólver calibre 22, municiado com apenas um cartucho, 
com a intenção de se defender, caso surgisse algum cidadão agressivo, por insatisfação com a 
qualidade do atendimento no cartório. Até porque no cartório só trabalhavam o titular, Oficial 
Substituto (que coincidentemente era o seu próprio pai) e uma faxineira. A arma de fogo, 
herdada de seu avô, era antiga, mas o titular do cartório periodicamente realizava sua 
manutenção (limpeza e lubrificação de seus mecanismos). O titular do cartório nunca retirava 
a arma do interior do estabelecimento, mas nunca se preocupou, também, em registrá-la, 
porque não tinha autorização para portar arma de fogo e acreditava que, por isso, não 
conseguiria mesmo registrá-la.” Quanto à conduta do titular do cartório, é correto afirmar que 
constitui 
a) um indiferente penal, porque se trata de legítima defesa preordenada. 
b) crime de porte ilegal de arma de fogo, porque se trata de arma de uso proibido. 
c) crime de posse irregular de arma de fogo de uso permitido, sendo irrelevante, no caso, a ausência de 
autorização para o porte de arma de fogo. 
d) crime de omissão de cautela na guarda de arma de fogo; porque a arma está custodiada em local acessível 
a outras pessoas, diversas do responsável legal do estabelecimento. 
9. (PC-SE - Delegado de Polícia – 2018 - CESPE) Julgue o item seguinte, referente a crimes de 
trânsito e a posse e porte de armas de fogo, de acordo com a jurisprudência e legislação 
pertinentes. 
Situação hipotética: Um policial militar reformado foi preso em flagrante delito por portar 
arma de fogo de uso permitido, sem autorização legal e sem o devido registro do armamento. 
Assertiva: Nessa situação, a autoridade policial não poderá conceder fiança, porquanto o 
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Estatuto do Desarmamento prevê que o fato de a arma não estar registrada no nome do 
agente torna inafiançável o delito. 
Certo 
Errado 
10. (PC-SE – Delegado de Polícia – 2018 – CESPE) Julgue o item seguinte, referente a crimes de 
trânsito e a posse e porte de armas de fogo, de acordo com a jurisprudência e legislação 
pertinentes. 
O porte de arma de fogo de uso permitido sem autorização, mas desmuniciada, não configura 
o delito de porte ilegal previsto no Estatuto do Desarmamento, tendo em vista ser um crime 
de perigo concreto cujo objeto jurídico tutelado é a incolumidade física. 
 
Certo 
Errado 
11. (PC-SE - Delegado de Polícia – 2018 – CESPE) Julgue o item que se segue, relativos a execução 
penal, desarmamento, abuso de autoridade e evasão de dívidas. 
O registro de arma de fogo na PF, mesmo após prévia autorização do SINARM, não assegura 
ao seu proprietário o direito de portá-la. 
Certo 
Errado 
12. (Polícia Federal - Perito Criminal Federal – 2018 – CESPE) Em cada item que segue, é 
apresentada uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada. 
Samuel disparou, sem querer, sua arma de fogo em via pública. Nessa situação, ainda que o 
disparo tenha sido de forma acidental, culposamente, Samuel responderá pelo crime de 
disparo de arma de fogo, previsto no Estatuto do Desarmamento. 
Certo 
Errado 
13. (MPE-PB - Promotor de Justiça Substituto – 2018 – FCC) Nos termos do Estatuto do 
Desarmamento (Lei nº 10.826/2003), a conduta de emprestar a terceiro arma de fogo, sem 
autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar, configura o crime de 
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a) empréstimo ilegal de arma de fogo. 
b) omissão de cautela. 
c) porte ilegal de arma de fogo. 
d) comércio ilegal de arma de fogo. 
e) posse irregular de arma de fogo. 
14. (PC-SP - Delegado de Polícia – 2018 – VUNESP) É correto afirmar a respeito do crime de disparo 
de arma de fogo, previsto na Lei no 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento), que 
a) é inafiançável, de perigo abstrato e que não admite a suspensão condicional do processo. 
b) se trata de crime comum, de perigo abstrato e que não admite a suspensão condicional do processo. 
c) se trata de crime próprio, afiançável e que admite a suspensão condicional do processo. 
d) não admite a suspensão condicional do processo, é afiançável e trata-se de crime de mão-própria. 
e) é inafiançável, de perigo concreto e que admite a suspensão condicional do processo. 
 
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15. (TRT - 15ª Região (SP) - Técnico Judiciário - Segurança – 2018 - FCC) Josildo, titular e 
responsável legal de estabelecimento comercial, obteve o Certificado de Registro de Arma de 
Fogo (CRAF), com validade em todo o território nacional. Nesse sentido o CRAF engloba 
autorização para manter a arma de fogo, exclusivamente no 
a) interior (ou dependências) de sua residência ou domicílio, mas não, no seu local de trabalho, apesar de ser 
o titular e responsável legal pelo estabelecimento. 
b) interior (ou dependências) de sua residência ou domicílio, ou, ainda, no seu local de trabalho, já que é o 
titular ou o responsável legal pelo estabelecimento. 
c) interior de sua residência ou domicílio, ou na dependência desses e levá-la consigo nos deslocamentos dentro 
do Estado em que reside e, também no seu local de trabalho. 
d) interior (ou dependência) de sua residência ou domicílio, e também em seu veículo nos deslocamentos, 
considerado este como extensão do domicílio, mas não no local de trabalho, independentemente da função 
que exerça. 
e) seu local de trabalho, já que é o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento, sendo vedado mantê-
la no interior de sua residência ou domicílio, ou dependência desses. 
16. (TJ-SC - Analista Jurídico – 2018 – FGV) Em cumprimento de mandado de busca e apreensão 
no local de trabalho de João, que era um estabelecimento comercial de sua propriedade e de 
sociedade em que figurava como administrador e principal sócio, foram apreendidas duas 
armas de fogo, de calibrepermitido, com numeração aparente, devidamente municiadas. 
João esclareceu que tinha as armas para defesa pessoal, apesar de não possuir autorização e 
nem registro das mesmas. 
 Diante disso, foi denunciado pela prática de dois crimes de porte de arma de fogo de uso 
permitido (art. 14 da Lei nº 10.826/03), em concurso material. 
 No momento de aplicar a sentença, o juiz deverá reconhecer que: 
a) ocorreram dois crimes de posse de arma de fogo de uso permitido (art. 12 da Lei nº 10.826/03) em 
concurso material; 
b) ocorreram dois crimes de posse de arma de fogo de uso permitido (art. 12 da Lei nº 10.826/03) em 
concurso formal; 
c) ocorreram dois crimes de porte de arma de fogo de uso permitido em concurso formal; 
d) ocorreu crime único de porte de arma de fogo de uso permitido, afastando-se o concurso de delitos; 
e) ocorreu crime único de posse de arma de fogo de uso permitido (art. 12, Lei nº 10.826/03), afastando-se 
o concurso de delitos. 
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17. (TJ-SC - Oficial de Justiça e Avaliador – 2018 – FGV) Jorge recebeu mandado de citação em 
ação penal para cumprimento em localidade violenta da cidade em que atuava. Temendo por 
sua integridade física, compareceu ao local para cumprimento da diligência em seu próprio 
carro, levando escondido no porta-luvas duas armas de fogo diferentes de uso permitido. 
Ocorre que Jorge foi abordado por policiais militares, sendo as armas de fogo encontradas e 
apreendidas, além de ser verificado que ele não possuía autorização para portar aquele 
material bélico. 
De acordo com a jurisprudência majoritária do Superior Tribunal de Justiça, a conduta de 
Jorge: 
a) configura dois crimes de porte de arma de fogo de uso permitido em concurso formal; 
b) configura dois crimes de porte de arma de fogo de uso permitido em concurso material; 
c) está amparada pela causa de exclusão da culpabilidade de inexigibilidade de conduta diversa; 
d) está amparada pela causa de exclusão da ilicitude de legítima defesa; 
e) configura crime único de porte de arma de fogo de uso permitido. 
18. (TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário – Segurança – 2018 - INSTITUTO AOCP) Um Técnico 
Judiciário Especialidade Segurança do Tribunal Regional do Trabalho está portando uma arma 
de fogo durante o seu serviço e reclama com um amigo da periculosidade criminal de seu 
bairro, dizendo estar propenso a manter-se com a arma mesmo após o cumprimento de sua 
escala, a fim de se deslocar até a sua residência com segurança. Nessa situação, é correto 
afirmar que 
a) ele pode se manter com a arma, já que possui documento de porte funcional. 
b) ele poderá se deslocar com a arma da instituição porque seu bairro é perigoso. 
c) ele deverá entregar a arma na seção responsável do Tribunal após o serviço, já que não possui autorização 
expressa para carregá-la consigo para além das atividades funcionais. 
d) mesmo entregando a arma, ele poderá ficar com o porte funcional para poder usar sua arma particular no 
deslocamento. 
e) ele poderá deixar de dar saída formal de seu turno de serviço, justificando o deslocamento à sua residência 
armado. 
19. (TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário - Segurança – 2018 - INSTITUTO AOCP) A autorização 
para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o território nacional e após prévia 
autorização do SINARM (Sistema Nacional de Amas), é de competência de qual entidade? 
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a) Polícia Federal. 
b) Polícia Rodoviária Federal. 
c) Agência Brasileira de Inteligência. 
d) Polícia Militar dos Estados-Federados. 
e) Forças Armadas. 
20. (INSTITUTO AOCP - 2018 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário – Segurança) Segundo o 
Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/2003), é proibido o porte de arma de fogo em todo 
o território nacional, salvo para os casos previstos em legislação própria e para 
a) Analistas do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro. 
b) Deputados federais e Senadores da República. 
c) Procuradores-Gerais dos Estados Federados. 
d) Médicos legistas do Instituto Médico Legal. 
e) Integrantes da Carreira de Auditoria-Fiscal do Trabalho. 
 
GABARITO 
 
1. ERRADO 
2. B 
3. D 
4. ERRADO 
5. A 
6. D 
7. B 
8. C 
9. ERRADO 
10. ERRADO 
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1 
11. CERTO 
12. ERRADO 
13. C 
14. B 
15. B 
16. E 
17. E 
18. C 
19. A 
20. E 
 
RESUMO 
O Sistema Nacional de Armas – Sinarm foi instituído pelo Estatuto do 
Desarmamento no âmbito da Polícia Federal , com circunscrição em todo o 
território nacional . 
 
COMPETÊNCIA DO SINARM 
DISPOSITIVO COMENTÁRIOS 
Identificar 
As características e a 
propriedade de armas de fogo, 
mediante cadastro; 
Geralmente as alterações nas 
características das armas de fogo são 
feitas para dificultar sua identificação 
e rastreamento. Algumas vezes os 
criminosos operam verdadeiros 
“desmanches”, que permitem que as 
armas sejam montadas a partir de 
peças extraídas de outras. 
As modificações que alterem as 
características ou o 
funcionamento de arma de fogo; 
Informar 
As Secretarias de Segurança 
Pública dos Estados e do 
Distrito Federal os registros e 
autorizações de porte de armas 
de fogo nos respectivos 
territórios, bem como manter o 
cadastro atualizado para 
consulta; 
As polícias dos Estados não têm 
competência para emitir autorizações 
de porte e registar armas de fogo, 
mas a Polícia Federal deve sempre 
informar aos órgãos estaduais de 
segurança acerca dos registros e 
autorizações emitidos. Algumas vezes 
essas secretarias têm outros nomes, 
ok? Em Pernambuco, por exemplo, 
existe a Secretaria de Defesa Social. 
Cadastrar 
As armas de fogo produzidas, 
importadas e vendidas no País; 
Tanto as armas fabricadas no Brasil 
quanto as importadas devem ser 
cadastradas no Sinarm. A atividade 
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de cadastramento é atribuída à 
Polícia Federal. 
As autorizações de porte de 
arma de fogo e as renovações 
expedidas pela Polícia Federal; 
O Sinarm dispõe das informações não 
só acerca das armas que existem no 
país, mas também de seus 
proprietários e pessoas que 
detenham autorização para porte. 
As transferências de 
propriedade, extravio , furto, 
roubo e outras ocorrências 
suscetíveis de alterar os dados 
cadastrais, inclusive as 
decorrentes de fechamento de 
empresas de segurança privada 
e de transporte de valores; 
Sempre que uma arma for da posse 
de uma pessoa para outra, mesmo de 
forma ilegítima, a autoridade policial 
deve ser imediatamente comunicada. 
As empresas de segurança privada e 
transporte de valores que encerrem 
suas atividades não podem manter 
em seu poder as armas utilizadas. 
As apreensões de armas de 
fogo, inclusive as vinculadas a 
procedimentos policiais e 
judiciais; 
 
As delegacias e os órgãos do Poder 
Judiciário devem informar o Sinarm 
acerca de apreensões. 
 
Os armeiros em atividade no 
País, bem como conceder 
licença para exercer a atividade; 
Armeiro é o profissional responsável 
pela manutenção de armas de fogo. 
O exercício dessa atividade depende 
de licenciamento da Polícia Federal. 
Se você quiser, pode consultar o 
cadastro de armeiros de todo o país 
no site da Polícia Federal. 
Mediante registro os 
produtores , atacadistas , 
varejistas , exportadorese 
importadores autorizados de 
armas de fogo, acessórios e 
munições; 
O exercício dessas atividades 
depende de alvará específico 
expedido pela Polícia Federal. 
A identificação do cano da arma, 
as características das impressões 
de raiamento e de 
microestriamento de projétil 
disparado, conforme marcação e 
testes obrigatoriamente 
realizados pelo fabricante; 
As informações do cano da arma são 
importantes porque cada arma 
produz um padrão de marcas na 
munição disparada. Essas marcas 
permitem ao perito saber se 
determinado projétil foi atirado por 
determinada arma. 
Integrar No cadastro os acervos policiais 
já existentes 
Esses acervos não dizem respeito às 
armas utilizadas pelas polícias, mas 
sim àquelas apreendidas no curso da 
atividade policial. 
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O certificado de Registro de Arma de Fogo legitima a propriedade da arma de 
fogo, mas autoriza o seu proprietário a mantê-la exclusivamente no interior de sua 
residência ou domicílio ou no seu local de trabalho , desde que seja ele o titular 
ou o responsável legal pelo estabelecimento ou empresa. O órgão responsável 
pela expedição do certificado de registro de arma de fogo é Polícia Federal , com 
autorização do Sinarm. 
 
PODEM PORTAR ARMAS DE FOGO NO TERRITÓRIO NACIONAL 
Integrantes das Forças Armadas ; 
Poderão portar, em âmbito nacional, arma de 
fogo de propriedade particular ou fornecida pela 
respectiva corporação ou instituição, mesmo fora 
de serviço. 
Os integrantes de órgãos referidos nos 
incisos I, II, III, IV e V do caput do art. 144 
da Constituição Federal e os da Força 
Nacional de Segurança Pública (FNSP). 
Esses órgãos são a Polícia Federal ; a Polícia 
Rodoviária Federal ; a Polícia Ferroviária 
Federal ; as Polícias Civis ; as Polícias Militares e 
Corpos de Bombeiros Militares . Agora também 
consta no rol a Força Nacional de Segurança 
Pública . 
Poderão portar, em âmbito nacional, arma de 
fogo de propriedade particular ou fornecida pela 
respectiva corporação ou instituição, mesmo fora 
de serviço. 
Integrantes das guardas municipais das 
capitais dos Estados e dos Municípios 
com mais de 500.000 (quinhentos mil) 
habitantes ; 
Poderão portar arma de fogo de propriedade 
particular ou fornecida pela respectiva 
corporação ou instituição, mesmo fora de serviço. 
Cuidado aqui! Por decisão liminar do Min. 
Alexandre de Morais, a população do município 
não é mais relevante. Guardas de Município de 
qualquer porte podem portar arma de fogo, 
inclusive fora de serviço, desde que cumpridos os 
demais requisitos. 
Integrantes das guardas municipais dos 
Municípios com mais de 50.000 (cinquenta 
mil) e menos de 500.000 (quinhentos mil) 
habitantes, bem como dos Municípios que 
integrem regiões metropolitanas (§7º). 
Poderão portar arma de fogo de propriedade 
particular ou fornecida pela respectiva 
corporação ou instituição quando em serviço . 
Cuidado aqui! Há uma importante decisão do STF 
que você precisa conhecer! 
Agentes operacionais da Agência 
Brasileira de Inteligência e os agentes do 
Departamento de Segurança do 
Poderão portar, em âmbito nacional, arma de 
fogo de propriedade particular ou fornecida pela 
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1 
Gabinete de Segurança Institucional da 
Presidência da República . 
respectiva corporação ou instituição, mesmo fora 
de serviço. 
Devem comprovar capacidade técnica e aptidão 
psicológica . 
Integrantes dos órgãos policiais referidos 
no art. 51, IV, e no art. 52, XIII, da 
Constituição Federal 
Os órgãos mencionados são a Polícia do Senado 
Federal e a Polícia da Câmara dos Deputados . 
Poderão portar, em âmbito nacional, arma de 
fogo de propriedade particular ou fornecida pela 
respectiva corporação ou instituição, mesmo fora 
de serviço. 
Devem comprovar capacidade técnica e aptidão 
psicológica . 
Integrantes do quadro efetivo dos agentes 
e guardas prisionais , os integrantes das 
escoltas de presos e as guardas 
portuárias . 
Devem comprovar capacidade técnica e aptidão 
psicológica . 
Empresas de segurança privada e de 
transporte de valores constituídas. 
As armas utilizadas por essas empresas são 
apenas para o serviço , e devem pertencer 
exclusivamente às empresas . O extravio e a 
perda de arma devem ser comunicados pela 
diretoria ou gerência da empresa à Polícia 
Federal, que enviará as informações ao Sinarm a 
fim de que sejam tomadas as providências 
cabíveis. A omissão na comunicação acarretará 
responsabilidade penal. 
Integrantes das entidades de desporto 
legalmente constituídas, cujas atividades 
esportivas demandem o uso de armas de 
fogo, observando-se, no que couber, a 
legislação ambiental. 
É o caso dos clubes de tiro. Atenção aqui, pois o 
porte somente é autorizado no momento em que 
a competição é realizada (RHC 34.579-RS, julgado 
em 24/04/2014). 
Integrantes das Carreiras de Auditoria da 
Receita Federal do Brasil e de Auditoria-
Fiscal do Trabalho, cargos de Auditor-
Fiscal e Analista Tributário . 
Aqui estão incluídos os ocupantes dos cargos de 
Auditor-Fiscal da Receita Federal , Analista 
Tributário da Receita Federal e Auditor-Fiscal 
do Trabalho . Essas carreiras algumas vezes 
exercem atividades fiscalizatórias potencialmente 
perigosas, e por isso podem precisar de proteção 
adicional. 
Devem comprovar capacidade técnica e aptidão 
psicológica . 
Tribunais do Poder Judiciário descritos no 
art. 92 da Constituição Federal e os 
Ministérios Públicos da União e dos 
O Ministério Público e o Poder Judiciário 
podem ter servidores de seu quadro efetivo que 
exerçam funções de segurança, e nesse caso eles 
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1 
Estados, para uso exclusivo de servidores 
de seus quadros pessoais que 
efetivamente estejam no exercício de 
funções de segurança , na forma de 
regulamento a ser emitido pelo Conselho 
Nacional de Justiça - CNJ e pelo Conselho 
Nacional do Ministério Público – CNMP 
também podem portar arma de fogo, de acordo 
com regulamento próprio. 
As armas de fogo utilizadas pelos servidores 
serão de propriedade, responsabilidade e guarda 
das respectivas instituições, somente podendo 
ser utilizadas quando em serviço, devendo estas 
observar as condições de uso e de armazenagem 
estabelecidas pelo órgão competente, sendo o 
certificado de registro e a autorização de porte 
expedidos pela Polícia Federal em nome da 
instituição. 
Integrantes do quadro efetivo de agentes 
e guardas prisionais poderão portar arma 
de fogo de propriedade particular ou 
fornecida pela respectiva corporação ou 
instituição, mesmo fora de serviço, desde 
que estejam: 
d) submetidos a regime de dedicação 
exclusiva; 
e) sujeitos à formação funcional, nos 
termos do regulamento; e 
f) subordinados a mecanismos de 
fiscalização e de controle interno. 
Depois de muitas negociações, os agentes e 
guardas prisionais conseguiram ser incluídos na 
relação de servidores que podem ter porte de 
arma. Chamo sua atenção para essa categoria, 
que somente foi incluída no Estatuto do 
Desarmamento em junho de 2014. 
Preste atenção aos requisitos também, ok?! 
 
O porte de arma de integrantes de guardas municipais é permitido nas seguintes 
condições: 
- O porte do município não é mais relevante, uma vez que a decisão do Ministro 
Alexandre de Morais desfez as regras concernentes à população; 
- Deve haver formação funcional de seus integrantes em estabelecimentos de 
ensino de atividade policial; 
- Devemexistir mecanismos de controle interno , observada a supervisão do 
Ministério da Justiça. 
 
Hoje os Tribunais Superiores entendem que o crime de porte de arma de fogo se 
consuma independentemente de a arma estar municiada . 
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O STJ entende que, se laudo pericial reconhecer a total ineficácia da arma de fogo 
e das munições, deve ser reconhecida a atipicidade da conduta . 
 
CABE AO COMANDO DO EXÉRCITO 
Propor ao Presidente da República a edição de ato normativo acerca da 
classificação legal, técnica e geral bem como da definição das armas de fogo e 
demais produtos controlados, de usos proibidos, restritos, permitidos ou obsoletos 
e de valor histórico. 
Autorizar e fiscalizar a produção, exportação, importação, desembaraço 
alfandegário e o comércio de armas de fogo e demais produtos controlados, 
inclusive o registro e o porte de trânsito de arma de fogo de colecionadores, 
atiradores e caçadores, com exceção das atribuições conferidas ao Sinarm pelo art. 
2º. 
Estabelecer condições para a utilização de réplicas e simulacros de armas, 
destinados à instrução, ao adestramento, ou à coleção de usuário autorizado. 
Autorizar, excepcionalmente, a aquisição de armas de fogo de uso restrito . Os 
Comandos Militares, em geral, não estão sujeitos a essa autorização. 
 
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0Aula Demonstrativade alvará específico 
expedido pela Polícia Federal. 
A identificação do cano da arma, 
as características das impressões 
de raiamento e de 
microestriamento de projétil 
disparado, conforme marcação e 
testes obrigatoriamente 
realizados pelo fabricante; 
As informações do cano da arma são 
importantes porque cada arma 
produz um padrão de marcas na 
munição disparada. Essas marcas 
permitem ao perito saber se 
determinado projétil foi atirado por 
determinada arma. 
Integrar 
No cadastro os acervos policiais 
já existentes 
Esses acervos não dizem respeito às 
armas utilizadas pelas polícias, mas 
sim àquelas apreendidas no curso da 
atividade policial. 
 
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Parágrafo único. As disposições deste artigo não alcançam as armas de fogo das Forças Armadas 
e Auxiliares, bem como as demais que constem dos seus registros próprios. 
 
As armas de fogo utilizadas pelas Forças Armadas e Auxiliares e pelas Forças Auxiliares são 
sujeitas a regramento próprio, relacionado ao Sistema de Gerenciamento Militar de Armas – 
Sigma. Forças Auxiliares é o nome pelo qual costumavam ser conhecidas as Polícias Militares e os 
Corpos de Bombeiros Militares. Hoje os integrantes dessas forças são considerados militares para 
todos os efeitos. 
No Sinarm, por outro lado, serão cadastradas as armas de fogo da Polícia Federal, Polícia 
Rodoviária Federal, Polícias Civis, órgãos policiais da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, 
integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardas prisionais, integrantes das escolas de presos, 
das Guardas Portuárias, das Guardas Municipais e dos órgãos públicos cujos servidores tenham 
autorização legal para portar arma de fogo em serviço. 
 
2 - Do Registro 
 
Art. 3o É obrigatório o registro de arma de fogo no órgão competente. 
Parágrafo único. As armas de fogo de uso restrito serão registradas no Comando do Exército, na 
forma do regulamento desta Lei. 
 
Fica fácil para você lembrar em que órgãos devem ser registradas as armas de fogo. A regra geral, 
aplicável às armas de fogo de uso permitido , é de que o registro seja feito no Sinarm, gerido pela 
Polícia Federal . As armas de uso restrito , por outro lado, são aquelas que somente podem ser 
utilizadas pelas Forças Armadas, instituições de segurança pública e pessoas físicas e jurídicas 
habilitadas, devidamente autorizadas pelo Comando do Exército , órgão responsável pela gestão 
do Sigma. 
 
Art. 5o O certificado de Registro de Arma de Fogo, com validade em todo o território nacional, 
autoriza o seu proprietário a manter a arma de fogo exclusivamente no interior de sua residência 
ou domicílio, ou dependência desses, ou, ainda, no seu local de trabalho, desde que seja ele o 
titular ou o responsável legal pelo estabelecimento ou empresa. 
§ 1o O certificado de registro de arma de fogo será expedido pela Polícia Federal e será precedido 
de autorização do Sinarm. 
 
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Atenção! O certificado de Registro não autoriza o proprietário da arma a portá-la no dia a dia. Ele 
apenas dá legitimidade à propriedade, mas limita o manuseio da arma à residência ou ao local de 
trabalho do proprietário. 
Por fim, vale mencionar que em 2019 foi incluído um novo dispositivo na lei, que determina que, 
aos residentes na zona rural, considera-se residência ou domicílio toda a extensão do respectivo 
imóvel rural. 
O certificado de Registro de Arma de Fogo legitima a propriedade da arma de 
fogo, mas autoriza o seu proprietário a mantê-la exclusivamente no interior de sua 
residência ou domicílio ou no seu local de trabalho , desde que seja ele o titular 
ou o responsável legal pelo estabelecimento ou empresa. O órgão responsável 
pela expedição do certificado de registro de arma de fogo é Polícia Federal , com 
autorização do Sinarm. 
 
Vejamos agora os procedimentos para aquisição de arma de fogo de uso permitido. 
 
Art. 4o Para adquirir arma de fogo de uso permitido o interessado deverá, além de declarar a 
efetiva necessidade, atender aos seguintes requisitos: 
I - comprovação de idoneidade, com a apresentação de certidões negativas de antecedentes 
criminais fornecidas pela Justiça Federal, Estadual, Militar e Eleitoral e de não estar respondendo a 
inquérito policial ou a processo criminal, que poderão ser fornecidas por meios eletrônicos; 
II – apresentação de documento comprobatório de ocupação lícita e de residência certa; 
III – comprovação de capacidade técnica e de aptidão psicológica para o manuseio de arma de 
fogo, atestadas na forma disposta no regulamento desta Lei. 
 
A pessoa que comprar uma arma de fogo precisa estar bem decidida, não é mesmo? É necessário 
apresentar uma série de documentos, para comprovar idoneidade , ocupação lícita , residência 
certa, capacidade técnica e aptidão psicológica . 
Apenas uma observação quanto ao requisito de idade: há exceções para os membros das Forças 
Armadas, Polícias Federal, Rodoviária Federal, Ferroviária Federal, Civis, Polícias Militares, Corpos 
de Bombeiros Militares e Guardas Municipais. 
Atendidos os requisitos, o Sinarm expedirá autorização de compra de arma de fogo em nome 
do referente e para a arma indicada. Essa autorização é pessoal e intransferível! 
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3 - Do Porte 
O porte de arma de fogo é restrito, e é este documento que permite que o proprietário transporte 
a arma consigo fora de sua residência e local de trabalho. 
A regra geral é de que o porte de arma seja permitido apenas quando houver lei que trate do 
assunto. O próprio Estatuto do Desarmamento, contudo, autoriza o porte de arma de algumas 
pessoas em seu art. 6º. 
Da lista abaixo, é importante que você saiba que os policiais e os militares (incluindo PMs e CBMs) 
não precisam cumprir os requisitos do art. 4º para adquirir arma de fogo. 
 
PODEM PORTAR ARMAS DE FOGO NO TERRITÓRIO NACIONAL 
Integrantes das Forças Armadas ; 
Poderão portar, em âmbito nacional, arma de 
fogo de propriedade particular ou fornecida pela 
respectiva corporação ou instituição, mesmo fora 
de serviço. 
Os integrantes de órgãos referidos nos 
incisos I, II, III, IV e V do caput do art. 144 
da Constituição Federal e os da Força 
Nacional de Segurança Pública (FNSP). 
Esses órgãos são a Polícia Federal ; a Polícia 
Rodoviária Federal ; a Polícia Ferroviária 
Federal ; as Polícias Civis ; as Polícias Militares e 
Corpos de Bombeiros Militares . Agora também 
consta no rol a Força Nacional de Segurança 
Pública . 
Poderão portar, em âmbito nacional, arma de 
fogo de propriedade particular ou fornecida pela 
respectiva corporação ou instituição, mesmo fora 
de serviço. 
Integrantes das guardas municipais das 
capitais dos Estados e dos Municípios 
com mais de 500.000 (quinhentos mil) 
habitantes ; 
Poderão portar arma de fogo de propriedade 
particular ou fornecida pela respectiva 
corporação ou instituição, mesmo fora de serviço. 
Cuidado aqui! Há uma importante decisão do STF 
que você precisa conhecer! 
Integrantes das guardas municipais dos 
Municípios com mais de 50.000 (cinquenta 
mil) e menos de 500.000 (quinhentos mil) 
habitantes, bem como dos Municípios que 
integrem regiões metropolitanas (§7º). 
Poderão portar arma de fogo de propriedade 
particular ou fornecida pela respectiva 
corporação ou instituição quando em serviço . 
Cuidado aqui! Há uma importante decisão do STF 
que você precisa conhecer! 
Agentes operacionais da Agência 
Brasileira de Inteligênciae os agentes do 
Departamento de Segurança do 
Gabinete de Segurança Institucional da 
Presidência da República . 
Poderão portar, em âmbito nacional, arma de 
fogo de propriedade particular ou fornecida pela 
respectiva corporação ou instituição, mesmo fora 
de serviço. 
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Devem comprovar capacidade técnica e aptidão 
psicológica . 
Integrantes dos órgãos policiais referidos 
no art. 51, IV, e no art. 52, XIII, da 
Constituição Federal 
Os órgãos mencionados são a Polícia do Senado 
Federal e a Polícia da Câmara dos Deputados . 
Poderão portar, em âmbito nacional, arma de 
fogo de propriedade particular ou fornecida pela 
respectiva corporação ou instituição, mesmo fora 
de serviço. 
Devem comprovar capacidade técnica e aptidão 
psicológica . 
Integrantes do quadro efetivo dos agentes 
e guardas prisionais , os integrantes das 
escoltas de presos e as guardas 
portuárias . 
Devem comprovar capacidade técnica e aptidão 
psicológica . 
Empresas de segurança privada e de 
transporte de valores constituídas. 
As armas utilizadas por essas empresas são 
apenas para o serviço , e devem pertencer 
exclusivamente às empresas . O extravio e a 
perda de arma devem ser comunicados pela 
diretoria ou gerência da empresa à Polícia 
Federal, que enviará as informações ao Sinarm a 
fim de que sejam tomadas as providências 
cabíveis. A omissão na comunicação acarretará 
responsabilidade penal. 
Integrantes das entidades de desporto 
legalmente constituídas, cujas atividades 
esportivas demandem o uso de armas de 
fogo, observando-se, no que couber, a 
legislação ambiental. 
É o caso dos clubes de tiro. Atenção aqui, pois o 
porte somente é autorizado no momento em que 
a competição é realizada (RHC 34.579-RS, julgado 
em 24/04/2014). 
Integrantes das Carreiras de Auditoria da 
Receita Federal do Brasil e de Auditoria-
Fiscal do Trabalho, cargos de Auditor-
Fiscal e Analista Tributário . 
Aqui estão incluídos os ocupantes dos cargos de 
Auditor-Fiscal da Receita Federal , Analista 
Tributário da Receita Federal e Auditor-Fiscal 
do Trabalho . Essas carreiras algumas vezes 
exercem atividades fiscalizatórias potencialmente 
perigosas, e por isso podem precisar de proteção 
adicional. 
Devem comprovar capacidade técnica e aptidão 
psicológica . 
Tribunais do Poder Judiciário descritos no 
art. 92 da Constituição Federal e os 
Ministérios Públicos da União e dos 
Estados, para uso exclusivo de servidores 
de seus quadros pessoais que 
efetivamente estejam no exercício de 
funções de segurança , na forma de 
O Ministério Público e o Poder Judiciário 
podem ter servidores de seu quadro efetivo que 
exerçam funções de segurança, e nesse caso eles 
também podem portar arma de fogo, de acordo 
com regulamento próprio. 
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regulamento a ser emitido pelo Conselho 
Nacional de Justiça - CNJ e pelo Conselho 
Nacional do Ministério Público – CNMP 
As armas de fogo utilizadas pelos servidores 
serão de propriedade, responsabilidade e guarda 
das respectivas instituições, somente podendo 
ser utilizadas quando em serviço, devendo estas 
observar as condições de uso e de armazenagem 
estabelecidas pelo órgão competente, sendo o 
certificado de registro e a autorização de porte 
expedidos pela Polícia Federal em nome da 
instituição. 
Integrantes do quadro efetivo de agentes 
e guardas prisionais poderão portar arma 
de fogo de propriedade particular ou 
fornecida pela respectiva corporação ou 
instituição, mesmo fora de serviço, desde 
que estejam: 
a) submetidos a regime de dedicação 
exclusiva; 
b) sujeitos à formação funcional, nos 
termos do regulamento; e 
c) subordinados a mecanismos de 
fiscalização e de controle interno. 
Depois de muitas negociações, os agentes e 
guardas prisionais conseguiram ser incluídos na 
relação de servidores que podem ter porte de 
arma. Chamo sua atenção para essa categoria, 
que somente foi incluída no Estatuto do 
Desarmamento em junho de 2014. 
Preste atenção aos requisitos também, ok?! 
A autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o território nacional, é de 
competência da Polícia Federal e somente será concedida após autorização do Sinarm, conforme 
previsão do artigo 10, §§1º e 2º a seguir: 
 
§ 1o A autorização prevista neste artigo poderá ser concedida com eficácia temporária e 
territorial limitada, nos termos de atos regulamentares, e dependerá de o requerente: 
I – demonstrar a sua efetiva necessidade por exercício de atividade profissional de risco ou de 
ameaça à sua integridade física; 
II – atender às exigências previstas no art. 4o desta Lei; 
III – apresentar documentação de propriedade de arma de fogo, bem como o seu devido registro 
no órgão competente. 
§ 2o A autorização de porte de arma de fogo, prevista neste artigo, perderá automaticamente sua 
eficácia caso o portador dela seja detido ou abordado em estado de embriaguezou sob efeito de 
substâncias químicas ou alucinógenas. 
 
Antes de passarmos ao próximo assunto, quero chamar sua atenção para o conteúdo do artigo 
6º, §3º do Estatuto, que diz respeito ao porte de arma por parte dos integrantes das guardas 
municipais: 
 
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§ 3o A autorização para o porte de arma de fogo das guardas municipais está condicionada à 
formação funcional de seus integrantes em estabelecimentos de ensino de atividade policial, à 
existência de mecanismos de fiscalização e de controle interno, nas condições estabelecidas no 
regulamento desta Lei, observada a supervisão do Ministério da Justiça. 
 
 
O porte de arma de integrantes de guardas municipais é permitido nas seguintes 
condições: 
- O porte é permitido nas capitais dos Estados e nos Municípios com mais de 
500.000 habitantes; 
- Nos Municípios com mais de 50.000 (cinquenta mil) e menos de 500.000 
(quinhentos mil) habitantes, bem como dos Municípios que integrem regiões 
metropolitanas (§7º), apenas quando estiverem em serviço ; 
- Deve haver formação funcional de seus integrantes em estabelecimentos de 
ensino de atividade policial; 
- Devem existir mecanismos de controle interno , observada a supervisão do 
Ministério da Justiça. 
 
§ 5o Aos residentes em áreas rurais, maiores de 25(vinte e cinco) anos que comprovem 
depender do emprego de arma de fogo para prover sua subsistência alimentar familiar será 
concedido pela Polícia Federal o porte de arma de fogo, na categoria caçador para subsistência, 
de uma arma de uso permitido, de tiro simples, com 1 (um) ou 2 (dois) canos, de alma lisa e de 
calibre igual ou inferior a 16 (dezesseis), desde que o interessado comprove a efetiva necessidade 
em requerimento ao qual deverão ser anexados os seguintes documentos: 
I - documento de identificação pessoal; 
II - comprovante de residência em área rural; e 
III - atestado de bons antecedentes. 
§ 6o O caçador para subsistência que der outro uso à sua arma de fogo, independentemente de 
outras tipificações penais, responderá, conforme o caso, por porte ilegal ou por disparo de arma de 
fogo de uso permitido. 
 
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Este é o famoso caso do caçador de subsistência . Esta pessoa é aquela que mora em área rural , 
tem pelo menos 25anose depende da caça para sobreviver. Perceba que não estamos falando 
aquido caçador esportivo, mas sim daquele que caça para alimentar-se e à sua família. 
Art. 9o Compete ao Ministério da Justiça a autorização do porte de arma para os responsáveis 
pela segurança de cidadãos estrangeiros em visita ou sediados no Brasil e, ao Comando do Exército, 
nos termos do regulamento desta Lei, o registro e a concessão de porte de trânsito de arma de 
fogo para colecionadores, atiradores e caçadores e de representantes estrangeiros em competição 
internacional oficial de tiro realizada no território nacional. 
 
4 - Dos Crimes e das Penas 
 
POSSE IRREGULAR DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO 
Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso 
permitido, em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior de sua 
residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja o titular 
ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa: 
Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. 
 
Esse crime é cometido por quem possui ou mantém arma de uso permitido em sua residência 
ou local de trabalho de forma irregular. 
 
OMISSÃO DE CAUTELA 
Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito) 
anos ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob 
sua posse ou que seja de sua propriedade: 
Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa. 
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrem o proprietário ou diretor responsável de empresa 
de segurança e transporte de valores que deixarem de registrar ocorrência policial e de comunicar 
à Polícia Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de arma de fogo, acessório ou 
munição que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte quatro) horas depois de ocorrido o 
fato. 
 
Este tipo protege a sociedade contra acidentes decorrentes do manejo de arma de fogo por 
menor de idade ou pessoa com deficiência mental. 
É um crime culposo (negligência ou imprudência) que se consuma com o manejo da arma pelo 
menor ou deficiente. Caso o acidente efetivamente ocorra, poderá haver outros crimes. 
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PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO 
Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que 
gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, 
acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e em desacordo com determinação legal 
ou regulamentar: 
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. 
 
O agente deste crime é aquele que manipula a arma de fogo ilegalmente. Não confunda este 
crime com o de posse irregular, pois neste caso o agente apenas tem a posse ou guarda da arma 
em sua residência ou local de trabalho, enquanto naquele crime o agente manipula a arma, 
praticando uma das condutas previstas. 
Hoje os Tribunais Superiores entendem que o crime de porte de arma de fogo se 
consuma independentemente de a arma estar municiada , mas o STJ entende 
que, se laudo pericial reconhecer a total ineficácia da arma de fogo e das 
munições, deve ser reconhecida a atipicidade da conduta . 
 
O art. 14 contém ainda um parágrafo único, que foi declarado inconstitucional pelo STF. Cuidado! 
Este dispositivo já foi cobrado em prova! 
 
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável, salvo quando a arma de fogo estiver 
registrada em nome do agente. 
 
DISPARO DE ARMA DE FOGO 
Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, 
em via pública ou em direção a ela, desde que essa conduta não tenha como finalidade a prática 
de outro crime: 
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. 
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável. 
 
Este tipo penal tem o condão de proteger a integridade física das pessoas que estejam no local 
onde o disparo é efetuado. O crime se consuma com o disparo, e somente é punível se a conduta 
não se referia a outro crime . Caso essa tipificação não fosse considerada subsidiária, o crime em 
estudo seria praticado junto com outros crimes em várias ocasiões. 
 
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POSSE OU PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO RESTRITO 
Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, 
ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou 
ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso restrito, sem autorização e em desacordo 
com determinação legal ou regulamentar: 
Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. 
§ 1º. Nas mesmas penas incorre quem: 
I – suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de identificação de arma de fogo ou 
artefato; 
II – modificar as características de arma de fogo, de forma a torná-la equivalente a arma de 
fogo de uso proibido ou restrito ou para fins de dificultar ou de qualquer modo induzir a erro 
autoridade policial, perito ou juiz; 
III – possuir,detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário, sem 
autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar; 
IV – portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numeração, marca 
ou qualquer outro sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado; 
V – vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição 
ou explosivo a criança ou adolescente; e 
VI – produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou adulterar, de qualquer forma, 
munição ou explosivo. 
§ 2º Se as condutas descritas no caput e no § 1º deste artigo envolverem arma de fogo de uso 
proibido, a pena é de reclusão, de 4 (quatro) a 12 (doze) anos.” 
Este crime é mais grave que o previsto nos arts. 12 e 14. Isso é perfeitamente compreensível, pois 
as armas de fogo de uso restrito em geral têm um poder destrutivo muito maior que as de uso 
permitido. 
A conduta do inciso do parágrafo 1º I é praticada não só por aquele que raspa a numeração da 
arma, mas também por quem dificulta sua identificação de qualquer outra forma (raspando o 
emblema do fabricante, por exemplo). 
O inciso II trata do crime cometido, por exemplo, por armeiro que utiliza seus conhecimentos 
técnicos para operar modificação na arma, de forma a tornar a arma de uso permitido tão potente 
quanto a de uso restrito, ou, ainda, daquele que a modifica para enganar o policial, perito ou juiz. 
O artefato explosivo ou incendiário mencionado pelo inciso III precisa ser algo de considerável 
poder destrutivo. Não há problema em transportar rojões para soltar nas festas juninas, ok?  
Devemos lembrar também que, a partir da Lei n. 13.964/2019, os seguintes crimes passaram ser 
considerados hediondos: 
 o crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso PROIBIDO (§ 2º do Art. 16) 
 o crime de comércio ilegal de armas de fogo 
 o crime de tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição 
Por essa razão os estes crimes passaram a ser considerados inafiançáveis . 
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Por fim, chamo a atenção de vocês para as alterações do Pacote Anticrime que tivemos aqui no 
Art. 16. Criou-se um segundo parágrafo com penas mais severas (4 a 12 anos) para aqueles que 
cometerem crimes tipificados no Art. 16 e seu § 1º fazendo uso de arma de fogo de uso proibido. 
Mas professor, o que é uma arma de fogo de uso proibido? O Decreto 9845 estabelece o conceito:Art. 2º Para fins do disposto neste Decreto, considera-se: 
III - arma de fogo de uso proibido: 
a) as armas de fogo classificadas de uso proibido em acordos e tratados internacionais dos quais 
a República Federativa do Brasil seja signatária; ou 
b) as armas de fogo dissimuladas, com aparência de objetos inofensivos; 
Passaremos agora a tratar do Crime de Comércio Ilegal: 
COMÉRCIO ILEGAL DE ARMA DE FOGO 
Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, 
desmontar, montar, remontar, adulterar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma 
utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, 
arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização ou em desacordo com determinação legal 
ou regulamentar: 
Pena – reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, e multa.. 
§ 1º. Equipara-se à atividade comercial ou industrial, para efeito deste artigo, qualquer forma de 
prestação de serviços, fabricação ou comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercido em 
residência. 
§ 2º Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo, acessório ou munição, sem 
autorização ou em desacordo com a determinação legal ou regulamentar, a agente policial 
disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente. 
Este crime é próprio , pois somente pode ser cometido por quem pratica atividade comercial ou 
industrial. Perceba que o parágrafo primeiro equipara algumas atividades à atividade comercial 
ou industrial para essas finalidades. O armeiro que exerce a atividade irregularmente, por 
exemplo, incorre neste crime. 
O Pacote Anticrime trouxe um novo parágrafo ao dispositivo, o segundo, bem como aumentou a 
pena do Caput, para 6 a 12 anos, além de multa. A pena anterior era de 4 a 8 anos, e multa. 
O Parágrafo Segundo veio com o objetivo de facilitar o trabalho policial, sobretudo ao agente 
policial disfarçado, que obviamente omite sua condição de Agente Público para o potencial 
criminoso. 
Não se deve confundir o policial disfarçado com o policial infiltrado, previsto na Lei 12.850, aquela 
se trata de uma condição intermediária entre uma campana e a infiltração policial. A previsão legal 
também se presta para evitar alegações de flagrante preparado e de crime impossível. 
Para este crime, assim como para o TRÁFICO INTERNACIONAL DE ARMA DE FOGO, haverá 
aumento de pena da metade se a arma de fogo, acessório, ou munição for de uso proibido ou 
restrito . 
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TRÁFICO INTERNACIONAL DE ARMA DE FOGO 
Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do território nacional, a qualquer 
título, de arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização da autoridade competente: 
Pena – reclusão, de 8 (oito) a 16 (dezesseis) anos, e multa. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo, acessório ou 
munição, em operação de importação, sem autorização da autoridade competente, a agente policial 
disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente. 
 
A pena prevista para esse crime era de 4 a 8 anos, e multa, mas era objeto de muito 
questionamento, parecendo branda, pois o tráfico internacional é a atividade responsável por 
colocar armamento pesado nas mãos de bandidos perigosos. O Pacote Anticrime dobrou a pena, 
sendo agora de 8 a 16 anos, e multa. 
Houve ainda um acréscimo do parágrafo único, nos mesmos moldes do Art. 17, só que incluindo 
a operação de importação. 
Para este crime, assim como para o COMÉRCIO ILEGAL DE ARMA DE FOGO, haverá aumento 
de pena da metade se a arma de fogo, acessório, ou munição for de uso proibido ou restrito . 
 
Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena é aumentada da metade se: 
I - forem praticados por integrante dos órgãos e empresas referidas nos arts. 6º, 7º e 8º desta 
Lei; ou 
II - o agente for reincidente específico em crimes dessa natureza. 
 
Estes crimes são: 
a) Porte Ilegal de Arma de Fogo; 
b) Disparo de Arma de Fogo; 
c) Posse ou Porte Ilegal de Arma de Fogo de Uso Restrito; 
d) Comércio Ilegal de Arma de Fogo; e 
e) Tráfico Internacional de Arma de Fogo. 
As empresas mencionadas são aquelas que desenvolvem as atividades de segurança privada e 
transporte de valores . 
O Pacote Anticrime trouxe ainda a reincidência específica como forma de aumento de pena para 
os crimes citados. 
 
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Art. 21. Os crimes previstos nos arts. 16, 17 e 18 são insuscetíveis de liberdade provisória. 
Este dispositivo foi declarado inconstitucional pelo STF por meio da ADIN 3.112-1. 
5 - Disposições Gerais 
Os primeiros dispositivos desta parte dizem respeito a algumas obrigações em termos de 
fiscalização e de fabricação e comércio de armas, mas quero chamar sua atenção especialmente 
para as atribuições que são conferidas ao Comando do Exército. 
 
Art. 23. A classificação legal, técnica e geral bem como a definição das armas de fogo e demais 
produtos controlados, de usos proibidos, restritos, permitidos ou obsoletos e de valor histórico 
serão disciplinadas em ato do chefe do Poder Executivo Federal, mediante proposta do Comando 
do Exército. 
§ 1o Todas as munições comercializadas no País deverão estar acondicionadas em embalagens 
com sistema de código de barras, gravado na caixa, visando possibilitar a identificação do 
fabricante e do adquirente, entre outras informações definidas pelo regulamento desta Lei. 
§ 2o Para os órgãos referidos no art. 6o, somente serão expedidas autorizações de compra de 
munição com identificação do lote e do adquirente no culote dos projéteis, na forma do regulamento 
desta Lei. 
§ 3o As armas de fogo fabricadas a partir de 1 (um) ano da data de publicação desta Lei conterão 
dispositivo intrínseco de segurança e de identificação, gravado no corpo da arma, definido pelo 
regulamento desta Lei, exclusive para os órgãos previstos no art. 6o. 
§ 4o As instituições de ensino policial e as guardas municipais referidas nos incisos III e IV 
do caput do art. 6o desta Lei e no seu § 7o poderão adquirir insumos e máquinas de recarga de 
munição para o fim exclusivo de suprimento de suas atividades, mediante autorização concedida 
nos termos definidos em regulamento. 
Art. 24. Excetuadas as atribuições a que se refere o art. 2º desta Lei, compete ao Comando do 
Exército autorizar e fiscalizar a produção, exportação, importação, desembaraço alfandegário e o 
comércio de armas de fogo e demais produtos controlados, inclusive o registro e o porte de trânsito 
de arma de fogo de colecionadores, atiradores e caçadores. 
 
CABE AO COMANDO DO EXÉRCITO 
Propor ao Presidente da República a edição de ato normativo acerca da 
classificação legal, técnica e geral bem como da definição das armas de fogo e 
demais produtos controlados, de usos proibidos, restritos, permitidos ou obsoletos 
e de valor histórico. 
Autorizar e fiscalizar a produção, exportação, importação, desembaraço 
alfandegário e o comércio de armas de fogo e demais produtos controlados, 
inclusive o registro e o porte de trânsito de arma de fogo de colecionadores, 
atiradores e caçadores, com exceção das atribuições conferidas ao Sinarm pelo art. 
2º. 
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Estabelecer condições para a utilização de réplicas e simulacros de armas, 
destinados à instrução, ao adestramento, ou à coleção de usuário autorizado. 
Autorizar, excepcionalmente,a aquisição de armas de fogo de uso restrito . Os 
Comandos Militares, em geral, não estão sujeitos a essa autorização. 
 
Art. 26. São vedadas a fabricação, a venda, a comercialização e a importação de brinquedos, 
réplicas e simulacros de armas de fogo, que com estas se possam confundir. 
Parágrafo único. Excetuam-se da proibição as réplicas e os simulacros destinados à instrução, ao 
adestramento, ou à coleção de usuário autorizado, nas condições fixadas pelo Comando do 
Exército. 
 
Perceba que a fabricação, venda, comercialização e importação de armas de brinquedo é, em 
regra, proibida, mas o caput determina expressamente que a proibição alcança apenas os 
brinquedos que possam ser confundidos com armas de verdade . Penso logo naquelas armas de 
água em formatos estranhos e muito coloridas que as crianças (e alguns adultos, por que não?) 
usam para brincar. A proibição não alcança esses brinquedos e nem as pistolas de cola quente, 
ok?  
Mesmo as réplicas de armas de verdade podem ser manuseadas para adestramento, instrução, ou 
para coleção. Nesse caso, devem ser observadas as regras expedidas pelo Comando do Exército . 
 
Art. 31. Os possuidores e proprietários de armas de fogo adquiridas regularmente poderão, a 
qualquer tempo, entregá-las à Polícia Federal, mediante recibo e indenização, nos termos do 
regulamento desta Lei. 
Art. 32. Os possuidores e proprietários de arma de fogo poderão entregá-la, espontaneamente, 
mediante recibo, e, presumindo-se de boa-fé, serão indenizados, na forma do regulamento, 
ficando extinta a punibilidade de eventual posse irregular da referida arma. 
 
O art. 31 trata de quem possui arma regularmente registrada, mas ainda assim deseja entregá-la. 
O art. 32, por outro lado, trata de qualquer pessoa que desejar entregar a arma que possui, 
independentemente de esta estar registrada. Neste caso, para que a entrega seja efetuada, é 
necessário que a Polícia Federal expeça um documento chamado “guia de trânsito”. 
 
Art. 34-A. Os dados relacionados à coleta de registros balísticos serão armazenados no Banco 
Nacional de Perfis Balísticos. 
§ 1º O Banco Nacional de Perfis Balísticos tem como objetivo cadastrar armas de fogo e armazenar 
características de classe e individualizadoras de projéteis e de estojos de munição deflagrados por 
arma de fogo. 
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§ 2º O Banco Nacional de Perfis Balísticos será constituído pelos registros de elementos de munição 
deflagrados por armas de fogo relacionados a crimes, para subsidiar ações destinadas às apurações 
criminais federais, estaduais e distritais. 
§ 3º O Banco Nacional de Perfis Balísticos será gerido pela unidade oficial de perícia criminal. 
§ 4º Os dados constantes do Banco Nacional de Perfis Balísticos terão caráter sigiloso, e aquele 
que permitir ou promover sua utilização para fins diversos dos previstos nesta Lei ou em decisão 
judicial responderá civil, penal e administrativamente. 
§ 5º É vedada a comercialização, total ou parcial, da base de dados do Banco Nacional de Perfis 
Balísticos. 
§ 6º A formação, a gestão e o acesso ao Banco Nacional de Perfis Balísticos serão regulamentados 
em ato do Poder Executivo federal. 
 
Trata-se da última novidade trazida pelo Pacote Anticrime. Como é comum, a maioria dos Bancos 
de Dados de Segurança Pública são locais, mantidos pelos Estado. A integração ainda não é 
adequada, apesar de já existirem inúmeras iniciativas nesse sentido. 
Cada projétil de arma de fogo, ao ser expelido pelo cano, é marcado com características únicas, 
que permitem identificar se uma munição partiu de uma arma específica, através da comparação. 
A ideia aqui é ter um Banco de Dados completo, com o objetivo de facilitar a investigação criminal 
e a elucidação de crimes perpetrados por meio de arma de fogo. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Chegamos ao final da aula! Quaisquer dúvidas, sugestões ou críticas entrem em contato conosco. 
Estou disponível no fórum no Curso, por e-mail e nas minhas redes sociais. 
Aguardo vocês na próxima aula. Até lá! 
Paulo Guimarães 
E-mail : professorpauloguimaraes@gmail.com 
Instagram : @profpauloguimaraes 
 
 
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QUESTÕES COMENTADAS 
 
1. (PF – Perito – 2018 – Cespe) Samuel disparou, sem querer, sua arma de fogo em via pública. 
Nessa situação, ainda que o disparo tenha sido de forma acidental, culposamente, Samuel 
responderá pelo crime de disparo de arma de fogo, previsto no Estatuto do Desarmamento. 
Certo 
Errado 
Comentários 
A questão está errada. 
O crime de disparo de arma fogo está previsto no art. 15 da lei n° 10.826/2003. Tendo em vista que o tipo 
penal não prevê responsabilidade a título de culpa, não é punível o disparo acidental (culposo), logo, Samuel 
não responderá pelo ilícito análise. 
 
2. (PC-ES - Escrivão de Polícia - 2019 - INSTITUTO AOCP) De acordo com a Lei n° 10.826/03 
(estatuto do desarmamento), o sujeito que for preso em via pública portando arma de fogo, 
que não contém mecanismo de acionamento, terá sua conduta considerada como atípica em 
razão do instituto 
a) da legítima defesa. 
b) do crime impossível. 
c) do erro sobre elementos do tipo. 
d) da discriminante putativa. 
e) da relação de causalidade. 
 
Comentários 
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Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do 
objeto, é impossível consumar-se o crime. Também conhecido como quase crime ou crime oco. (Código Penal). 
 A teoria adotada no Brasil com relação ao crime impossível é teoria objetiva mitigada. 
Gabarito: Letra B 
 
3. (Prefeitura de Teresina - PI - Guarda Civil Municipal – 2019 – NUCEPE) Com base no Estatuto 
do Desarmamento (Lei nº 10.826/2003), assinale a alternativa CORRETA. 
a) Para adquirir arma de fogo de uso restrito, o interessado deverá, além de declarar a efetiva necessidade, 
atender, dentre outros requisitos, a comprovação de idoneidade, com a apresentação de certidões negativas 
de antecedentes criminais fornecidas pela Justiça Federal, Estadual, Militar e Eleitoral e de não estar 
respondendo a inquérito policial ou a processo criminal, que poderão ser fornecidas por meios eletrônicos. 
b) O Ministério da Justiça disciplinará a forma e as condições do credenciamento de profissionais pela Polícia 
Civil de cada Estado para comprovação da aptidão psicológica e da capacidade técnica para o manuseio 
de arma de fogo. 
c) A Posse irregular de arma de fogo de uso permitido e o Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido são 
crimes que apresentam as mesmas penas, tanto que constituem o mesmo tipo penal. 
d) Em relação ao crime de Comércio ilegal de arma de fogo, equipara-se à atividade comercial ou industrial, 
para efeito deste artigo, qualquer forma de prestação de serviços, fabricação ou comércio irregular ou 
clandestino, inclusive o exercido em residência. 
e) Possuir apenas munição, de uso permitido, em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no 
interior de sua residência ou dependência desta, não configura crime. 
 
Comentários 
A- Errado. 
Art. 4º Para adquirir arma de fogo de uso permitido o interessado deverá, além de declarar a efetiva necessidade, 
atender aos seguintes requisitos: 
 I - comprovação de idoneidade, com a apresentação de certidões negativas de antecedentes criminais 
fornecidas pela Justiça Federal, Estadual, Militar e Eleitoral e de não estar respondendo a inquéritopolicial ou a 
processo criminal, que poderão ser fornecidas por meios eletrônicos; (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008) 
 II – apresentação de documento comprobatório de ocupação lícita e de residência certa; 
 III – comprovação de capacidade técnica e de aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo, 
atestadas na forma disposta no regulamento desta Lei. 
B-Errado. 
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Art. 11-A. O Ministério da Justiça disciplinará a forma e as condições do credenciamento de profissionais pela 
Polícia Federal para comprovação da aptidão psicológica e da capacidade técnica para o manuseio de arma de 
fogo. 
C-Errado. 
Posse irregular de arma de fogo de uso permitido. Detenção de 1 a 3 anos + multa. (Art. 12) 
Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido Reclusão de 2 a 4 anos + multa. (Art. 14). 
D- Certo. 
Art. 17. Parágrafo primeiro. Equipara-se à atividade comercial ou industrial, para efeito deste artigo, qualquer 
forma de prestação de serviços, fabricação ou comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercido em 
residência. 
E- Errado. 
Posse irregular de arma de fogo de uso permitido 
 Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, em desacordo 
com determinação legal ou regulamentar, no interior de sua residência ou dependência desta, ou, ainda no seu 
local de trabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa: 
 Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. 
Gabarito: Letra D 
 
4. (PRF - Policial Rodoviário Federal – 2019 – CESPE) No item a seguir é apresentada uma situação 
hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada considerando-se o Estatuto do 
Desarmamento, o Estatuto da Criança e do Adolescente e o Sistema Nacional de Políticas 
Públicas sobre Drogas. 
Em uma operação da PRF, foram encontradas, no veículo de Sandro, munições de arma de 
fogo de uso permitido e, no veículo de Eurípedes, munições de uso restrito. Nenhum deles 
tinha autorização para o transporte desses artefatos. Nessa situação, considerando-se o 
previsto no Estatuto de Desarmamento, Sandro responderá por infração administrativa e 
Eurípedes responderá por crime. 
Certo 
Errado 
 
Comentários 
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Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido 
Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, 
emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso 
permitido, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar: 
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. 
Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito 
Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que 
gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou 
munição de uso proibido ou restrito, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar: 
Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. 
Ambos respondem por crimes. Sandro por crime de Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e Eurípedes 
por crime de Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito. 
5. (PC-PR - Escrivão de Polícia – 2018 - COPS-UEL) Sobre o certificado de registro de arma de fogo, 
considere as afirmativas a seguir. 
I. Tem validade em todo o território nacional. 
II. Autoriza o seu proprietário a manter a arma de fogo no interior de sua residência. 
III. Autoriza o porte de arma de fogo na unidade federativa que expediu o respectivo registro. 
IV. Possibilita a todo cidadão o porte de arma de fogo mediante avaliação psicológica prévia. 
Assinale a alternativa correta. 
 (A) Somente as afirmativas I e II são corretas. 
 (B) Somente as afirmativas I e IV são corretas. 
 (C) Somente as afirmativas III e IV são corretas. 
(D) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. 
(E) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. 
 
Comentários 
A questão trata apenas da POSSE, a qual é conquistada com o REGISTRO DE ARMA DE FOGO; entretanto, 
ela não autoriza o PORTE. Logo, 
CRAF (Certificado de Registro de Arma de Fogo) -> Autoriza a POSSE de arma; 
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PAF (Porte de Arma de Fogo) -> Autoriza o PORTE de arma. 
I. Certo. Tem validade em todo o território nacional. (Art. 5º, caput). 
II. Certo. Autoriza o seu proprietário a manter a arma de fogo no interior de sua residência. Também é 
permitido mantê-la em seu ambiente de trabalho, desde que seja o proprietário do estabelecimento. (Art. 5º, 
caput). 
Art. 5º O certificado de Registro de Arma de Fogo, com validade em todo o território nacional, autoriza o seu 
proprietário a manter a arma de fogo exclusivamente no interior de sua residência ou domicílio, ou dependência 
desses, ou, ainda, no seu local de trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento 
ou empresa. 
III. Errado. O registro não autoriza o porte. 
Art. 10. A autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o território nacional, é de 
competência da Polícia Federal e somente será concedida após autorização do Sinarm. 
IV. Errado. Não autoriza porte. 
Gabarito: Letra A 
 
6. (SEAP-MG - Agente de Segurança Penitenciário – 2018 – IBFC) Assinale a alternativa correta 
quanto ao comportamento visto como crime de conduta omissiva presente no Estatuto do 
Desarmamento: 
 a) vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição ou explosivo a 
criança ou adolescente 
b) disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou 
em direção a ela, desde que essa conduta não tenha como finalidade a prática de outro crime 
c) portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numeração, marca ou qualquer outro 
sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado 
d) deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa 
portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua 
propriedade 
e) produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou adulterar, de qualquer forma, munição ou 
explosivo 
Comentários 
A – Errada. Conduta punível com a mesma pena de porte/posse de arma restrita. (Art.16, pp, v). 
Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que 
gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou 
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munição de uso proibido ou restrito, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar: 
Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. 
§ 1º. Nas mesmas penas incorre quem: 
I – suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de identificação de arma de fogo ou artefato; 
II – modificar as características de arma de fogo, de forma a torná-la equivalente a arma de fogo de uso 
proibido ou restrito ou para fins de dificultar ou de qualquer modo induzir a erro autoridade policial, perito 
ou juiz; 
III – possuir,detiver,fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário, sem autorização ou em 
desacordo com determinação legal ou regulamentar; 
IV – portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numeração, marca ou qualquer outro 
sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado; 
V – vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição ou explosivo 
a criança ou adolescente; e 
VI – produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou adulterar, de qualquer forma, munição ou 
explosivo. 
§ 2º Se as condutas descritas no caput e no § 1º deste artigo envolverem arma de fogo de uso proibido, a 
pena é de reclusão, de 4 (quatro) a 12 (doze) anos.” 
 
B – Errada. Crime de disparo de arma de fogo somente na modalidade dolosa. 
Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou 
em direção a ela, desde que essa conduta não tenha como finalidade a prática de outro crime: 
 Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. 
C – Errada. Conduta punível com a mesma pena do crime de porte/posse de arma restrita. (Art.16, pú, IV). 
D- Certa. Crime de omissão de cautela, praticado na modalidade culposa - conduta negligente. 
Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa 
portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua 
propriedade: 
 Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa. 
E – Errada. Conduta punível com a mesma pena do crime de posse/porte de arma restrita. (Art.16, pú, VI). 
Gabarito: Letra D 
 
7. (SEAP-MG - Agente de Segurança Penitenciário – 2018 – IBFC) Conforme dispõe o Estatuto do 
Desarmamento, relativamente às armas de fogo, assinale a alternativa correta: 
a) a classificação técnica, bem como a definição das armas de fogo deve ser disciplinada em ato do Comando 
do Exército, mediante proposta do Chefe do Poder Executivo 
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b) são vedadas a fabricação, a venda, a comercialização e a importação de brinquedos, réplicas e simulacros 
de armas de fogo, que com estas se possam confundir 
c) todas as armas de fogo comercializadas no exterior devem estar acondicionadas em embalagens com 
sistema de código de barras, gravado na caixa, visando possibilitar a identificação do alienante 
d) cabe ao Comando da Polícia Militar autorizar, excepcionalmente, nos estados, a aquisição de armas de 
fogo de uso restrito 
e) armas de fogo apreendidas devem ser, após elaboração do laudo, encaminhadas pelo juiz, quando não 
mais interessarem à persecução penal, à Superintendência da Polícia Federal, para destruição, no prazo 
máximo de 48 (quarenta e oito) horas. 
Comentários 
A- Errado. 
Art. 23. A classificação legal, técnica e geral bem como a definição das armas de fogo e demais produtos 
controlados, de usos proibidos, restritos, permitidos ou obsoletos e de valor histórico serão disciplinadas em ato 
do chefe do Poder Executivo Federal, mediante proposta do Comando do Exército. 
B- Certo. (Art. 26, pú). 
Art. 26. São vedadas a fabricação, a venda, a comercialização e a importação de brinquedos, réplicas e 
simulacros de armas de fogo, que com estas se possam confundir. 
 Parágrafo único. Excetuam-se da proibição as réplicas e os simulacros destinados à instrução, ao 
adestramento, ou à coleção de usuário autorizado, nas condições fixadas pelo Comando do Exército. 
C- Errado. 
 Art. 23, § 1º Todas as munições comercializadas no País deverão estar acondicionadas em embalagens com sistema 
de código de barras, gravado na caixa, visando possibilitar a identificação do fabricante e do adquirente, entre 
outras informações definidas pelo regulamento desta Lei. 
D- Errado. 
 Art. 27. Caberá ao Comando do Exército autorizar, excepcionalmente, a aquisição de armas de fogo de uso 
restrito. 
 Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica às aquisições dos Comandos Militares. 
E- Errado. 
 Art. 25. As armas de fogo apreendidas, após a elaboração do laudo pericial e sua juntada aos autos, quando 
não mais interessarem à persecução penal serão encaminhadas pelo juiz competente ao Comando do Exército, no 
prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas, para destruição ou doação aos órgãos de segurança pública ou às 
Forças Armadas, na forma do regulamento desta Lei. 
Gabarito: Letra B 
 
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8. (TJ-MG - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Provimento – 2018 – CONSULPLAN) “O 
titular do cartório de Registro de Imóveis de certa localidade mantinha em seu local de 
trabalho, mais especificamente escondido entre documentos e livros antigos do acervo do 
estabelecimento extrajudicial, um revólver calibre 22, municiado com apenas um cartucho, 
com a intenção de se defender, caso surgisse algum cidadão agressivo, por insatisfação com a 
qualidade do atendimento no cartório. Até porque no cartório só trabalhavam o titular, Oficial 
Substituto (que coincidentemente era o seu próprio pai) e uma faxineira. A arma de fogo, 
herdada de seu avô, era antiga, mas o titular do cartório periodicamente realizava sua 
manutenção (limpeza e lubrificação de seus mecanismos). O titular do cartório nunca retirava 
a arma do interior do estabelecimento, mas nunca se preocupou, também, em registrá-la, 
porque não tinha autorização para portar arma de fogo e acreditava que, por isso, não 
conseguiria mesmo registrá-la.” Quanto à conduta do titular do cartório, é correto afirmar que 
constitui 
a) um indiferente penal, porque se trata de legítima defesa preordenada. 
b) crime de porte ilegal de arma de fogo, porque se trata de arma de uso proibido. 
c) crime de posse irregular de arma de fogo de uso permitido, sendo irrelevante, no caso, a ausência de 
autorização para o porte de arma de fogo. 
d) crime de omissão de cautela na guarda de arma de fogo; porque a arma está custodiada em local acessível 
a outras pessoas, diversas do responsável legal do estabelecimento. 
 
Comentários 
Posse irregular de arma de fogo de uso permitido. 
Art. 12. (Estatuto do Desarmamento) "Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, 
de uso permitido, em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior de sua residência ou 
dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal do 
estabelecimento ou empresa" (...) 
Gabarito: Letra C 
9. (PC-SE - Delegado de Polícia – 2018 - CESPE) Julgue o item seguinte, referente a crimes de 
trânsito e a posse e porte de armas de fogo, de acordo com a jurisprudência e legislação 
pertinentes. 
Situação hipotética: Um policial militar reformado foi preso em flagrante delito por portar 
arma de fogo de uso permitido, sem autorização legal e sem o devido registro do armamento. 
Assertiva: Nessa situação, a autoridade policial não poderá conceder fiança, porquanto o 
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Estatuto do Desarmamento prevê que o fato de a arma não estar registrada no nome do 
agente torna inafiançável o delito. 
Certo 
Errado 
 
Comentários 
A assertiva está errada. 
Versa a melhor doutrina que somente serão inafiançáveis os crimes que a Constituição Federal assim atribui. 
Desse modo, em que pese o Art. 14, §único, do Estatuto do Desarmamento, aduzir quanto a 
inafiançabilidade do delito, essa norma já foi declarada inconstitucional(Vide Adin 3.112-1). Restando 
somente como inafiançável o Art. 16 do mesmo dispositivo normativo. Mas não por previsão no Estatuto 
mas pelo fato de, pela Lei 13.497, ter sido incluído no rol dos crimes hediondos e por consequência, em respeito 
ao previsto no Art. 5º, XLIII, da CF, ser crime inafiançável. 
 
10. (PC-SE – Delegado de Polícia – 2018 – CESPE) Julgue o item seguinte, referente a crimes de 
trânsito e a posse e porte de armas de fogo, de acordo com a jurisprudência e legislação 
pertinentes. 
O porte de arma de fogo de uso permitido sem autorização, mas desmuniciada, não configura 
o delito de porte ilegal previsto no Estatuto do Desarmamento, tendo em vista ser um crime 
de perigo concreto cujo objeto jurídico tutelado é a incolumidade física. 
 
Certo 
Errado 
 
Comentários 
A questão está incorreta. 
O crime de porte ilegal de arma de fogo, acessório ou munição de uso permitido (art. 14 da Lei n. 
10.826/2003) é de perigo abstrato e de mera conduta, bastando para sua caracterização a prática de um 
dos núcleos do tipo penal, sendo desnecessária a realização de perícia. STJ, ,Rel. Ministro FELIX FISCHER, 
QUINTA TURMA, Julgado em 20/02/2018, DJE 28/02/2018. 
 
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11. (PC-SE - Delegado de Polícia – 2018 – CESPE) Julgue o item que se segue, relativos a execução 
penal, desarmamento, abuso de autoridade e evasão de dívidas. 
O registro de arma de fogo na PF, mesmo após prévia autorização do SINARM, não assegura 
ao seu proprietário o direito de portá-la. 
Certo 
Errado 
Comentários 
A assertiva está correta. 
I - Autorizações: 
a - Autorização para compra de Arma de fogo > SINARM; após preenchidos os requisitos do Art.4; 
b – Certificado de Registro de Arma de fogo > Expedido pela Polícia Federal, APÓS autorização do SINARM. 
c - Autorização p/ o Porte > Art. 10. A autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em 
todo o território nacional, é de competência da Polícia Federal e somente será concedida após autorização 
do Sinarm. 
 
12. (Polícia Federal - Perito Criminal Federal – 2018 – CESPE) Em cada item que segue, é 
apresentada uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada. 
Samuel disparou, sem querer, sua arma de fogo em via pública. Nessa situação, ainda que o 
disparo tenha sido de forma acidental, culposamente, Samuel responderá pelo crime de 
disparo de arma de fogo, previsto no Estatuto do Desarmamento. 
Certo 
Errado 
 
Comentários 
O crime de disparo de arma fogo está previsto no art. 15 da Lei n° 10.826/2003. Tendo em vista que o tipo 
penal não prevê responsabilidade a título de culpa, não é punível o disparo acidental (culposo), logo, Samuel 
não responderá pelo ilícito em análise. 
 
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13. (MPE-PB - Promotor de Justiça Substituto – 2018 – FCC) Nos termos do Estatuto do 
Desarmamento (Lei nº 10.826/2003), a conduta de emprestar a terceiro arma de fogo, sem 
autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar, configura o crime de 
a) empréstimo ilegal de arma de fogo. 
b) omissão de cautela. 
c) porte ilegal de arma de fogo. 
d) comércio ilegal de arma de fogo. 
e) posse irregular de arma de fogo. 
 
Comentários 
Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, 
emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso 
permitido, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar. 
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. 
Gabarito: Letra C 
14. (PC-SP - Delegado de Polícia – 2018 – VUNESP) É correto afirmar a respeito do crime de disparo 
de arma de fogo, previsto na Lei no 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento), que 
a) é inafiançável, de perigo abstrato e que não admite a suspensão condicional do processo. 
b) se trata de crime comum, de perigo abstrato e que não admite a suspensão condicional do processo. 
c) se trata de crime próprio, afiançável e que admite a suspensão condicional do processo. 
d) não admite a suspensão condicional do processo, é afiançável e trata-se de crime de mão-própria. 
e) é inafiançável, de perigo concreto e que admite a suspensão condicional do processo. 
Comentários 
Art. 15 Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou 
em direção a ela, desde que essa conduta não tenha como finalidade a prática de outro crime. 
Pena: reclusão de 2 a 4 anos, e multa. 
Não é cabível a suspensão condicional do processo, uma vez que a pena mínima cominada foi de 2 (dois) 
anos, e para ser cabível a suspensão condicional do processo, seria necessário que a pena mínima cominada 
fosse de 1 (um) ano, nos exatos termos do artigo 89 da lei 9.099/95 
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Legislação Aplicada à PF p/ Polícia Federal (Agente Administrativo) 2021 Pré-Edital
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0Aula Demonstrativa
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 "Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não por 
esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a 
quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, 
presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena ()." 
INFORMATIVO 844, STF 
ESTATUTO DO DESARMAMENTO Posse ou porte apenas da munição configura crime . 
A posse (art. 12 da Lei nº 10.826/2003) ou o porte (art. 14) de arma de fogo configura crime mesmo que 
ela esteja desmuniciada. Da mesma forma, a posse ou o porte apenas da munição (ou seja, desacompanhada 
da arma) configura crime. Isso porque tal conduta consiste em crime de perigo abstrato, para cuja 
caracterização não importa o resultado concreto da ação. STF. 1ª Turma. HC 131771/RJ, Rel. Min. Marco 
Aurélio, julgado em 18/10/2016 (Info 844). 
O crime é afiançável, conforme já decidiu o STF (ADIN 3.112), declarando o parágrafo único do Art. 15 da 
Lei 10.826/2003 como inconstitucional. 
INFORMATIVO 570, STJ 
ESTATUTO DO DESARMAMENTO 
Atipicidade da conduta de porte ilegal de arma de fogo ineficaz. Importante!!! Para que haja condenação 
pelo crime de posse ou porte NÃO é necessário que a arma de fogo tenha sido apreendida e periciada. 
Assim, é irrelevante a realização de exame pericial para a comprovação da potencialidade lesiva do artefato. 
Isso porque os crimes previstos no arts. 12, 14 e 16 da Lei 10.826/2003 são de mera conduta ou de perigo 
abstrato, cujo objeto jurídico imediato é a segurança coletiva. No entanto, se a perícia for realizada na arma 
e o laudo constatar que a arma não tem nenhuma condição de efetuar disparos não haverá crime. Para o STJ, 
não está caracterizado o crime de porte ilegal de arma de fogo quando o instrumento apreendido sequer 
pode ser enquadrado no conceito técnico de arma de fogo, por estar quebrado e, de acordo com laudo 
pericial, totalmente inapto para realizar disparos. Assim, demonstrada por laudo pericial a total ineficácia da 
arma de fogo e das munições apreendidas, deve ser reconhecida a atipicidade da conduta do agente que 
detinha a posse do referido artefato e das aludidas munições de uso proibido, sem autorização e em 
desacordo com a determinação legal/regulamentar. STJ. 6ª Turma. REsp 1.451.397-MG, Rel. Min. Maria 
Thereza de Assis Moura, julgado em 15/9/2015 (Info 570). 
Gabarito: Letra B 
 
15. (TRT - 15ª Região (SP) - Técnico Judiciário - Segurança – 2018 - FCC) Josildo, titular e 
responsável legal de estabelecimento comercial,

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