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FISIOLOGIA Treino de Força, adap. fisiológicas 05

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R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 13, n. 2, p. 43-60, 2005 43
ARTIGO
ADAPTAÇÕES FISIOLÓGICAS DO TREINO DE FORÇA EM
ATLETAS DE DESPORTOS DE POTÊNCIA
Nelson Kautzner Marques Júnior1
Resumo
O objetivo desta revisão foi explicar as principais adaptações
fisiológicas decorrentes do treino de força máxima e/ou potência e da
sessão de salto em profundidade, com o intuito de facilitar a prescrição
e avaliação do treino de força para atletas de potência. Existem poucos
estudos sobre as adaptações fisiológicas ocorridas em competidores
de potência, uma vez que a maioria das investigações são não-atletas.
Palavras-chave: treino de força, adaptação fisiológica, desportos de
potência.
INTRODUÇÃO
O treinamento de força é uma das disciplinas da Educação Física
mais estudadas na atualidade, sendo muito importante, visto ser ela
uma das capacidades físicas imprescindíveis para os desportos
(VERKHOSHANSKI; GOMES, 2000).
Para as modalidades de potência, considera-se a preparação
física através das sessões de força como a mais importante para o
atleta, ao lado do treino técnico e tático. Entretanto, não observamos
muitas revisões que expliquem as adaptações fisiológicas do treino de
força em competidores de desportos de potência (em nossa coleta,
não encontramos nenhuma referência).
Segundo Kraemer e Hakkinen (2004), o técnico desportivo deve
dispor de um profundo conhecimento sobre as adaptações fisiológicas
do treinamento de força nos atletas de potência, a fim de elaborar e
prescrever as sessões com mais precisão. Verkhoshanski (1995) afirma
que o treino de força merece ser bem elaborado na periodização e de
1
 Especialista em Fisiologia do Exercício e Avaliação Morfofuncional e em Musculação e
Treinamento de Força pela UGF- RJ. Especializando em Treinamento Desportivo pela UGF do
RJ.
R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 13, n. 2, p. 43-60, 200544
acordo com as necessidades da modalidade. Além de ser bem
elaborado, o conhecimento fisiológico é a chave para os responsáveis
pela sessão conseguirem sucesso na sessão de força (FLECK;
KRAEMER, 1999).
Esta revisão tem o intuito de explicar as principais adaptações
fisiológicas do treinamento de força máxima, força de potência e na
sessão de salto em profundidade em atletas de desportos de potência,
porque vai facilitar para o profissional do desporto a prescrição e
avaliação do treinamento.
PRINCIPAIS ADAPTAÇÕES NEUROMUSCULARES PROVOCADAS
PELO TREINAMENTO DE FORÇA
Características fisiológicas do treino de força para desportos
de potência
O treino de força praticado por atletas de modalidades de potência
consiste de musculação para exercitar as capacidades físicas de força
máxima e/ou potência, sendo realizado de preferência pelo treino
balístico na segunda valência física (KRAEMER; HÄKKINEN, 2004).
Outro treinamento bastante difundido para propiciar elevação do centro
de gravidade e maximizar a corrida de velocidade, recomendado por
Gauffin et al. (1988), são as sessões de salto em profundidade.
Sessões de musculação de força máxima possuem uma a seis
repetições (BRANDENBURG; DOCHERTY, 2002), com velocidade
lenta e carga entre 85 e 100% (MARQUES JUNIOR, 2001). O
metabolismo mais atuante nessa sessão é o creatinofosfato (COSTILL
et al., 1979) e a força predominante é a neural (HÄKKINEN, 1989; DOAN
et al., 2002), com maior solicitação das fibras IIb (EWING JUNIOR et
al., 1990) e tendo a hipertrofia miofibrilar como a mais abundante
(CLAASSEN et al., 1989). O objetivo dessa sessão é maximizar a força
máxima (McDOUGALL, 1986) do desportista, embora ela cause uma
fadiga neural mais acentuada do que o trabalho de força de potência
na musculação (LINNAMO et al., 2000), merecendo uma pausa entre
as séries mais duradouras.
A força máxima atinge seu ápice entre 16 e 20 semanas nos
homens e 4 e 8 semanas nas mulheres (BADILLO; AYESTARÁN, 2001),
sendo proveniente da sessão de musculação.
R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 13, n. 2, p. 43-60, 2005 45
O treinamento de musculação de força de potência é praticado
com 6 a 10 repetições (MARQUES JUNIOR, 2001), em alta velocidade
(SILVA; GONÇALVES, 2000) e tendo a carga como uma incógnita
(SIMÃO, 2003), porque os pesquisadores sugerem um porcentagem
de carga de acordo com os resultados do seu estudo (DeRENNE et
al., 2001; SIMÃO et al., 2001a; McBRIDE et al., 2002). SIMÃO et al.
(2001b) recomendam o uso do tensiômetro Fitrodyne para estabelecer
a carga da sessão.
O sistema energético mais solicitado no treino de força de potência
é a via dos fosfagênios (TESCH et al., 1989), sendo a força neural a
predominante (BAKER et al., 2001), com maior participação das fibras
IIb (EWING et al., 1990) e maior abundância da sarcoplasmática
(BRASIL et al., 2001). Essa sessão tem o intuito de otimizar a força de
potência do atleta (KRAEMER; HÄKKINEN, 2004), atingindo seu ápice
em 8 semanas para mulheres e em 16 a 20 semanas para homens
(BADILLO; AYESTARÁN, 2001).
Para Dantas (1995), as sessões de salto em profundidade
possuem um número de 5 a 10 repetições, sendo praticadas em
máxima velocidade (VERKHOSHANSKI, 1973) e tendo a altura de queda
de 20 a 110 cm (BOBBERT, 1990).
A via energética mais atuante é a ATP-CP no salto em profundidade
(UGRINOWITSCH ; BARBANTI, 1998), e a força predominante é neural
(DELECLUSE et al., 1995), possuindo mais atuação das fibras IIb
(MASAMOTO et al., 2003) e com hipertrofia sarcoplasmática em maior
quantidade (BARBANTI, 2000). O salto em profundidade visa à melhora
da força reativa, e o auge dessa capacidade física não é encontrado na
literatura.
Fatores que influenciam o aumento da força
Para Bacurau et al. (2001), o treino de musculação deve ser
praticado no fim da tarde ou no começo da noite, porque o pico do
hormônio do crescimento e o da testosterona são mais altos e
proporcionam aumento e força mais significativos. Um dos principais
motivos para se praticar a musculação é aumentar a força (CARVALHO
et al., 2003; FAIGENBAUM et al., 1999; VICENT et al., 2002), porque
otimiza o salto vertical (KETTUNEN et al., 1999), auxilia no remate do
jogador (SANTOS; SILVA, 2004), melhora a corrida de velocidade
(DELECLUSE et al., 1995), entre outros.
R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 13, n. 2, p. 43-60, 200546
Outro fator que melhora a força é a prática da musculação por
três vezes na semana, quando comparada com uma vez (McLESTER
JUNIOR et al., 2000). A modificação da ordem dos exercícios também
influencia o aumento da força, ou seja, o professor deve descobrir qual
seqüência de exercícios otimiza mais a força do praticante, o que pode
ser aferido pelo teste de 8RM (SFORZO; TOUEY, 1996). Múltiplas séries
otimizam mais a força em atletas ou pessoas treinadas do que uma
série (RHEA et al., 2002; SCHLUMBERGER et al., 2001), e o ângulo
em que é executado o exercício de musculação obtém maior
maximização da força do que os demais (FIRMINO, 1992). Por esse
motivo, devemos realizar o trabalho de musculação similarmente à
técnica desportiva, a fim de conseguir a transferência da força para o
movimento competitivo da modalidade (FLECK; KRAEMER, 1999).
A forma de execução do exercício contra-resistência influencia a
otimização da força; no trabalho de puxada no pulley, a realizada pela
frente gera um maior pico de força do que a por trás (SIGNORILE et al.,
2002). Também, a puxada pela frente no pulley tem menos probabilidade
de lesar o praticante (CRATE, 1997).
Nas sessões de j um dos objetivos é otimizar a força reativa
(mencionado anteriormente) dos membros inferiores
(VERKHOSHANSKI, 1996), podendo esta ser melhorada se a sessão
for praticada em alta velocidade (YOUNG et al., 1999), com altura de
queda adequada aos atletas (VIITASALO et al., 1998), com longa pausa
entre as séries (BOMPA, 2004), e outros fatores, que merecem
pesquisas.
 Adaptações neurais do treinamento de força
O aumento da força máxima (HÄKKINEN et al., 1985), a melhorada força de potência (PAAVOLAINEN et al., 1991) e a otimização da
força reativa (PAAVOLAINEN et al., 1999) estão relacionados com fatores
neurais e hipertróficos (HÄKKINEN et al., 1985; PAAVOLAINEN et al.,
1991, 1999).
Na fase inicial do treinamento de musculação, (cerca de 6 a 10
semanas) o ganho de força é predominantemente neural; após esse
período os fatores hipertróficos são os mais responsáveis pela
maximização da força (BACURAU et al., 2001). Por esse motivo, na
fase inicial do treino de musculação acontece uma hipertrofia
R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 13, n. 2, p. 43-60, 2005 47
insignificante (FLECK; KRAEMER, 1999). Quanto às sessões de salto
em profundidade, não observamos estudos que expliquem o predomínio
da força neural ou hipertrófica.
O incremento da força neural desencadeia uma freqüência de
estímulos mais acentuada para cada unidade motora (UM), que
ocasiona maior recrutamento destas (SIMÃO, 2003; MORITANI; MURO,
1987). Geralmente, no trabalho de força máxima, força de potência e
salto em profundidade, as UMs mais potentes são ativadas
imediatamente (ZATSIORSKY, 1999).
A freqüência dos estímulos pode variar de 8 a 60 Hz (COMETTI,
2001). Na atividade de força máxima a freqüência situa entre 50 e 60
Hz (BADILLO; AYESTARÁN, 2001); no exercício de potência, com ou
sem carga (por exemplo, no salto em profundidade), os tempos são
breves (100 ms) e a freqüência atinge 150 Hz (COMETTI, 2001).
Badillo e Ayestarán (2001) concluem: O treino de força máxima
ou de potência são interessantes para melhorarmos a freqüência de
estímulos e o recrutamento das UM no desportista (p. 170).
O outro mecanismo fisiológico pertencente à coordenação
intramuscular é o aumento da sincronização das UMs (GABRIEL et al.,
2001; MOREIRA; SOUZA, 2000), sendo melhorado através do treino
de musculação de força máxima e/ou potência, por sessões de salto
em profundidade (BADILLO; AYESTARÁN, 2001).
A sincronização das UMs permite uma geração de força mais
rápida e coordenada, ou seja, um maior número de UM se contrai ao
mesmo tempo, com menor freqüência de estímulos. Isso acontece
porque os órgãos tendinosos de Golgi (OTG) realizam inibição ou
facilitação, para propiciar a ação neuromuscular (BADILLO;
AYESTARÁN, 2001). Portanto, a sincronização otimizada refletirá em
maiores níveis de força (SALE, 1988).
A coordenação intermuscular é outro meio de o atleta conseguir
maximizar a força através do treino de musculação e/ou de salto em
profundidade. A melhora dessa coordenação facilita a interação de
diferentes grupos musculares – por exemplo, a relação entre agonista
e sinergista. Também observamos uma otimização na relação entre
agonista e antagonista: a co-contração, que consiste na contração
simultânea de dois ou mais músculos ao redor de uma articulação,
propiciando melhor estabilização articular dinâmica, ou para reduzir a
dificuldade do aprendizado motor (FONSECA et al., 2001).
R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 13, n. 2, p. 43-60, 200548
A co-contração é a ação simultânea de agonista e antagonista;
no agachamento, o agonista é o quadríceps na extensão do joelho e
seu antagonista é o isquitibial. Ela é comum nas ações musculares
fortes e rápidas dos agonistas, quando a atividade necessita de precisão
ou quando o indivíduo é destreinado na tarefa (SALE, 1988).
A co-contração dos antagonistas acarreta uma ação
contraprodutiva, porque os antagonistas realizam um torque oposto
em relação à direção pretendida pelos agonistas (KOMI, 1992). Essa
co-contração dos antagonistas pode desencadear uma inibição no
agonista, com o intuito de proteger a estrutura anatômica contra ações
fortes e rápidas desempenhadas pelos músculos (SALE, 1988; SIMÃO,
2003). Entretanto, Gabriel et al. (2001) não observaram inibição dos
agonistas na co-contração. Talvez isso tenha ocorrido pelo fato de a
musculatura ter aumentado a força e o endurance.
Nessa co-contração, quando o agonista atinge o fim da contração
muscular, desencadeia uma resposta proprioceptiva do fuso muscular
para contrair a musculatura antagonista ao movimento e acarretar uma
resistência a este (RASCH et al., 1991). Imediatamente acontece uma
resposta reflexa do OTG para propiciar uma inibição em destreinados
(prejudica a força) ou facilitação em treinados (otimiza a força), no
antagonista, acontecendo relaxamento da musculatura (TOUMI et al.,
2001). O controle realizado pelo OTG é denominado de inibição
autogênica; o treinamento de musculação de força máxima e/ou
potência ou sessão de salto em profundidade podem reduzir essa
inibição através do aumento da força, resultando em movimentos mais
econômicos e coordenados (WILMORE; COSTILL, 2001).
O déficit bilateral pertence à coordenação intermuscular, sendo
definido como uma redução do impulso nervoso do sistema nervoso
central (SNC) para as UMs, durante a atividade de força que envolva o
uso de dois membros superiores e/ou inferiores (VANDERVOORT et
al., 1984). Em alguns casos, o déficit bilateral pode não acontecer; a
força gerada é idêntica à atividade unilateral (SIMÃO, 2003). Um dos
motivos desse acontecimento é a baixa sensibilidade da eletromiografia
na avaliação dos músculos com elevada hipetrofia (SIMÃO et al., 2001b).
Fatores como a complexidade do impulso nervoso do SNC
(VANDERVOORT et al., 1987), a contração concêntrica de alta
velocidade (SALE, 1988), o aprendizado na coordenação, a redução
da ação do antagonista (SIMÃO et al., 2001b), a motivação e o tipo de
R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 13, n. 2, p. 43-60, 2005 49
fibra muscular de cada membro (SIMÃO, 2003) podem ocasionar o
déficit bilateral.
O fim ou a diminuição do déficit bilateral é conseguido através do
treino de força por longo prazo nos dois braços e/ou em ambos os
membros inferiores (NEWTON; KRAEMER, 1994; SALE, 1988). Em
atividades em que acontecem movimentos simultâneos de ambos os
braços – o caso do remo – não observamos o déficit bilateral na atividade
de força (KOMI, 1992).
Contudo, o déficit bilateral ainda pode acontecer pela maior
solicitação de um membro no exercício ou na diferença do recrutamento
neural pelo efeito cruzado, merecendo mais estudos, porque seus
mecanismos neurais ainda são desconhecidos (SIMÃO et al., 2001b).
A educação cruzada é uma adaptação neural observada no membro
contralateral, ou seja, o braço ou perna que não realiza o trabalho também
aumenta a força (HOTOBÁGYI et al., 1997). Essa atividade tem sido
muito utilizada na reabilitação de lesões (KRAEMER; HÄKKINEN, 2004).
Foram apresentadas ao leitor as principais adaptações neurais
do treino de força, embora mais estudos sejam necessários para
descobrir esses mecanismos fisiológicos.
Por exemplo, escrevemos que a força neural é a mais atuante
nas 6 a 10 semanas (equivale a 1 mês e 14 dias a 2 meses e 14 dias);
depois desse tempo, a força hipertrófica é a predominante. Em recente
pesquisa de Deschenes e Kraemer (2002), publicada no American
Journal of Physiology Medicine and Rehabilitation (v. 81, n. 11,
suplemento), foi demonstrado que o predomínio da força neural e
hipertrófica oscila ao longo da temporada (explicação na Pós-Graduação
Lato Sensu de Musculação da UGF pelo Professor Mestre Djalma
Rabelo Ricardo, em 13 de setembro de 2003). Inicialmente a força
neural é a mais atuante e, após algumas semanas, os fatores
hipertróficos são dominantes, vindo ocorrer uma ondulação mais
significativa da força mais atuante a partir da 22a semana.
Essa evidência científica não é o “estado da arte”, apresentando-
nos o quanto é necessário descobrir sobre as adaptações fisiológicas
do treino de força.
 Adaptações hipertróficas do treinamento de força
O aumento da força também acontece por fatores hipertróficos
(como mencionado anteriormente), sendo um acontecimento fisiológico
R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 13, n. 2, p. 43-60, 200550
marcante nos atletas que treinam musculação (COLLIANDER;TESCH,
1990; KOMI; HÄKKINEN, 1988), embora em modalidades de potência
– o caso de futebol, voleibol, lutas – seja prejudicial uma demasiada
hipertrofia para o atleta desempenhar sua atividade (KOMI, 1992). No
entanto, no trabalho de musculação de força máxima e/ou potência, a
hipertrofia que ocorre não atrapalha o desempenho competitivo do
jogador, porque não é demasiada.
Nos estudos de salto em profundidade não observamos pesquisas
com o intuito de identificar os mecanismos fisiológicos da hipertrofia
dos membros inferiores do futebolista (DIALLO et al., 2001; GAUFFIN
et al., 1988). As investigações de salto em profundidade estão voltadas
para evidenciar a elevação do centro de gravidade (BOSCO; KOMI,
1980; HÄKKINEN; KOMI, 1983) e a fadiga do atleta nessa sessão (NICOL
et al., 1996; HORITA et al., 1999). A única hipertrofia estudada é dos
ossos dos membros inferiores, ou seja, o aumento da massa óssea e
da densidade óssea (UNEMURA et al., 1995, 2002). VERKHOSHANSKI
e GOMES (2000) afirmam que a hipertrofia nos membros inferiores do
desportista praticante de salto em profundidade é mínima. Cometti
(2001), com base em constatações empíricas, também considera uma
mínima hipertrofia do executante de salto em profundidade.
Então, não conhecemos os mecanismos fisiológicos exatos da
hipertrofia ocasionada pelo treino de salto em profundidade.
Acreditamos que devem ser similares aos da sessão de musculação.
A hipertrofia acontece por causa dos seguintes componentes
(BADILLO; AYESTARÁN, 2001): aumento da quantidade e do tamanho
das miofibrilas, aumento do tamanho do tecido conjuntivo, aumento da
capilarização, mais quantidade de fibras musculares e, provavelmente,
aumento do número de fibras musculares.
O aumento no tamanho das miofibrilas está relacionado com o
acréscimo dos filamentos de actina e miosina à periferia das miofibrilas
(SIMÃO, 2003).
O aumento no número de miofibrilas acontece através de um
desequilíbrio entre a banda A e I, provavelmente da dilatação, e obriga
os filamentos de actina a tracionar a linha Z (COMETTI, 2001). Com as
contrações musculares sucessivas, essa tração desencadeia uma
ruptura longitudinal nos discos Z e resulta em duas ou mais miofibrilas
com o mesmo comprimento do sarcômero (KOMI, 1992).
O aumento da proteína contrátil durante a hipertrofia ocasiona
redução da densidade do volume da mitocôndria (ANTONIO; GONYEA,
R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 13, n. 2, p. 43-60, 2005 51
1993), enquanto o retículo sarcoplasmático e a densidade do volume
do túbulo T aumentam de acordo com o volume da miofibrila
(GOLDBERG et al., 1975).
O colágeno, as células de elastina e fibras pertencem ao tecido
conjuntivo. O colágeno é o componente mais importante do tecido
conjuntivo.
O tecido conjuntivo cobre os músculos, tendões e ligamentos,
tendo participação na força condutora do músculo com o sistema osso-
alavanca (SIMÃO, 2003).
Para alguns pesquisadores, o aumento do tecido conjuntivo pouco
contribui para o aumento da força, mas é importante para a hipertrofia
(BADILLO; AYESTARÁN, 2001).
O aumento da capilarização ou vascularização está associado
com o maior tamanho da musculatura, acontecendo nas fibras tipo I
ou tipo II (HATHER et al., 1991). Em exercícios de musculação de força
máxima, a quantidade de capilares diminui, enquanto nos trabalhos de
musculação visando hipertrofia máxima ocorre acréscimo no número
de capilares (COMETTI, 2001). Parece que essa diferença de capilares
em ambos os trabalhos está relacionada com o número de repetições.
O aumento no tamanho das fibras musculares acontece em fibras
tipo I e tipo II no atleta que pratica musculação (McDONAGH; DAVIES,
1984). Geralmente, nas fibras tipo II acontece em maior quantidade o
aumento do tamanho, quando comparamos com as fibras musculares
tipo I (BADILLO; AYESTARÁN, 2001; HÄKKINEN et al., 1985).
O aumento no tamanho das fibras está relacionado com a
genética do praticante (KOMI, 1992). Outro fator que influencia o
aumento no tamanho das fibras musculares está relacionado com o
volume, a intensidade e a duração do treinamento (ABERNETHY et al.,
1994). O tipo de capacidade física praticada na sessão de força também
influencia o aumento na dimensão da fibra muscular (GOLDSPINK,
1991).
Merece atenção o fato de que o tipo de exercício prescrito na
sessão de musculação influencia o aumento da dimensão da fibra
muscular. Exercícios uniarticulares conseguem melhor hipertrofia do
que os multiarticulares (Sale, 1998, citado pelo Professor Mestre Djalma
Rabelo Ricardo - , explicação na Pós-Graduação Lato Sensu, 10 de
setembro de 2002), embora as chances de lesão sejam menores no
trabalho multiarticular (DELECLUSE et al., 1995).
R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 13, n. 2, p. 43-60, 200552
A célula satélite tem função de reconstruir o material contrátil
danificado e facilitar o crescimento e a manutenção da fibra muscular
(ANTONIO; GOYNEA, 1993). Elas localizam-se entre a lâmina basal
do músculo e o sarcolema das miofibrilas (ADAMS, 1998).
A célula satélite é distribuída de maneira uniforme na musculatura,
mas, se o tecido estiver com microlesões, elas migram e multiplicam-
se no local afetado (KADI, 2000), vindo fundir-se com a fibra muscular
e doar seu mionúcleo, com o intuito de restaurar a fibra (ADAMS, 1998;
KADI, 2000).
Vários estudos sugerem que a proliferação da célula satélite
proporciona regeneração da fibra e compensa com a hipertrofia
muscular, aumentando a quantidade de actina e miosina (ADAMS, 1998).
As células satélites são mais abundantes nos animais jovens e
diminuem à medida que a idade avança (SIMÃO, 2003). Elas são
predominantes nas fibras tipo I, talvez porque sejam mais usadas, e é
provável que a maior capilarização ajude nesse acontecimento.
A hiperplasia não é totalmente conhecida; parece que as células
satélites causam essa reação fisiológica proveniente do treino de
musculação (BADILLO; AYESTARÁN, 2001). Alguns pesquisadores
afirmam que a hiperplasia aparece a partir de novas fibras das células
satélites, que tentam restaurar a fibra muscular danificada, ou através
da divisão longitudinal de uma fibra hipertrofiada, dividindo-se em duas
ou mais (McARDLE et al., 1998). Apesar dessas explicações, mais
investigações precisam ser feitas para descobrirmos os mecanismos
fisiológicos da hiperplasia, sendo evidenciada apenas em animais
(ABERNETHY et al., 1994; KADI et al., 2000). Bacurau et al. (2001)
afirmam que, se a hiperplasia acontecer em humanos, pode não ser
maior do que 5%, embora existam controvérsias para tais afirmações.
Contudo, se alguma investigação evidenciar a hiperplasia, não é o
“estado da arte”, merecendo novas identificações desse fenômeno
fisiológico para corroborarmos a existência em humanos.
Segundo WIilmore e Costill (2001), poucos estudos identificaram
a hiperplasia em seres humanos, como é o caso da pesquisa de Kadi
et al. (1999), que observaram a hiperplasia no trapézio de 10
levantadores de peso de elite suecos.
Outro acontecimento fisiológico decorrente do treino de força é a
alta probabilidade de as fibras tipo I serem convertidas em tipo II (FLECK;
KRAEMER, 1999), principalmente se o trabalho for de alta intensidade
R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 13, n. 2, p. 43-60, 2005 53
(BACURAU et al., 2001) – caso ocorrido na sessão de musculação de
força máxima e/ou potência e no treino de salto em profundidade.
CONCLUSÃO
Esta revisão apresentou os principais mecanismos fisiológicos
decorrentes do treino de força máxima e/ou potência e da sessão de
salto em profundidade em atletas de desportos de potência. Entretanto,
são necessários mais estudos, porque a maioria das investigações
ocorre em não - atletas; talvez os resultados possam ser diferentes se
forem investigados em competidores de desportos de potência.
Esperamos que os cientistas tentem descobrir novas adaptações
fisiológicas sobre a sessão de forçaem atletas de desportos de
potência, com o intuito de auxiliar na prescrição e avaliação do
treinamento.
ABSTRACT
The objective of this review was to explain the main physiological
adaptations resulting from the maximum strength and/or potency training
and depth jumping sessions, in order to facilitate the prescription and
evaluation of strength training for strength athletes. There are few studies
on the physiological adaptations occurred in potent competitors once
most investigations are carried out with non-athletes.
Keywords: strength training, physiological adaptation, strength sports.
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