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Alterações Celulares

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Alterações Celulares
Patologia
José Valter Ferreira dos Santos
Respostas celulares ao estresse e 
estímulos nocivos
 Programação genética  Metabolismo, 
diferenciação e especialização; 
Homeostasia 
 Estresses fisiológicos e estímulos nocivos 
podem desencadear adaptações celulares 
funcionais e morfológicas
Respostas celulares ao estresse e 
estímulos nocivos
“Se os limites da resposta de adaptação 
celular são excedidos entra-se no estágio 
de lesão celular que inicialmente é 
reversível, basta remover o estímulo 
nocivo que a célula volta ao normal, mas 
se o estímulo persistir ou for severo a 
célula atinge um “ponto de não-retorno” e 
sofre lesão celular irreversível que vai 
culminar em morte celular” 
Estágios da resposta celular
CÉLULA NORMAL
(Homeostasia)
ADAPTAÇÃO
LESÃO 
REVERSÍVEL
LESÃO 
CELULAR
LESÃO 
IRREVERSÍVEL
NECROSE APOPTOSEMorte
Celular
Adaptação celular ao crescimento e 
à diferenciação
Crescimento celular: é um mecanismo 
baseado na multiplicação e reposição das 
células resultante da ação coordenada de 
agentes estimuladores e inibidores da 
divisão celular (fatores de crescimento) 
Divisão Celular
Ciclo Celular
Adaptação celular ao crescimento e 
à diferenciação
Diferenciação celular:
É a especialização morfológica e 
funcional das células resultante de controle 
genético durante a embriogênese.
Respostas de 
adaptação Celular 
1.ATROFIA
A. Conceito: Redução no volume de uma 
célula pela perda de alguns de seus 
componentes estruturais o que 
conseqüentemente vai diminuir sua função 
e o tamanho do órgão como um todo 
1.ATROFIA
B. Tipos: 
1.Fisiológica: ocorre por exemplo na atrofia do 
ducto tireoglosso e da notocorda no período 
embrionário ou atrofia do útero pós-parto
2.Patológica: depende da causa e pode ser 
localizada ou generalizada) 
1.ATROFIA
C. Causas: 
1.Diminuição da carga / Atrofia por desuso: Rápida 
diminuição do tamanho das células musculares quando 
um membro é imobilizado, o que volta ao normal com 
o fim da imobilização 
2.Perda da inervação / Atrofia por desnervação: 
Atrofia das fibras musculares inervadas por um 
conjunto de nervos que perderam sua função como 
por exemplo na poliomielite 
3.Diminuição do suprimento sanguíneo 
(Isquemia): Em idosos pela formação de placas de 
ateroma nos vasos sanguíneos da base do encéfalo 
ocorre redução do suprimento sanguíneo para o 
cérebro resultando em atrofia de suas células
1.ATROFIA
4. Nutrição inadequada: no marasmo (desnutrição protéico-
calórica acentuada) ocorre uso das proteínas musculares 
como fonte de energia já que as demais reservas foram 
esgotadas causando atrofia muscular (caquexia) e na 
anorexia nervosa 
5.Perda da estimulação endócrina: perda estimulação 
estrogênica na menopausa resulta em atrofia fisiológica do 
endométrio, epitélio vaginal e seios 
6.Envelhecimento/Atrofia senil: bem visível em tecidos 
com células permanentes como cérebro e coração 
7.Atrofia por compressão: um tumor benigno ao crescer 
pode causar atrofia dos tecidos circundantes devido a 
isquemia induzida por essa massa em expansão nesses 
tecidos 
1.ATROFIA
D. Mecanismo: Pelo aumento acentuado de 
vacúolos autofágicos (degradam 
componentes celulares através de enzimas 
lisossomais, mas os fragmentos celulares 
que resistem à digestão permanecem como 
vacúolos residuais dentro da célula como 
os grânulos de lipofuscina que dão ao 
tecido uma coloração acastanhada e são 
indicativos de atrofia) 
2.HIPERPLASIA 
A. Conceito: Aumento do número de células 
pelo aumento dos processos de divisão 
celular 
2.HIPERPLASIA 
B. Tipos:
1. Hiperplasia fisiológica:
*Hormonal  Aumenta a capacidade funcional 
de um tecido quando é necessário
Ex: Aumento das mamas e úteros na gestação 
*Compensatória  aumento da massa tecidual 
após um dano ou ressecção parcial, 
Ex: Fígado após hepatectomia parcial, rim após 
nefrectomia unilateral ou testículo após 
orquiectomia unilateral) 
2.HIPERPLASIA 
2.Hiperplasia patológica: Causada pela estimulação 
excessiva das células-alvo por hormônios ou fatores de 
crescimento. Apesar de ser um processo anormal 
permanece sob controle, pois basta o estímulo 
hormonal ser eliminado que tudo volta ao normal. 
Ex: Hiperplasia endometrial = Onde há endométrio 
espessado com estruturas polipóides por excesso de 
estímulo estrogênico.
Ex: Hiperplasia nodular da próstata = Onde há aumento 
de maneira nodular do parênquima prostático por 
excesso de estímulo androgênico.
2.HIPERPLASIA 
C. Mecanismos:
- ↑ produção local de fatores de crescimento
- ↑ receptores para esses fatores de 
crescimento nas células
- ↑ ativação de vias de sinalização 
intracelular
- ↑ produção de fatores de transcrição
- ↑ ativação de genes celulares 
- ↑ proliferação celular 
3.HIPERTROFIA:
A.Conceito: Aumento do volume das células sem 
que ocorra divisão celular devido ao aumento da 
síntese protéica. Se deve a um aumento na 
demanda funcional ou por estímulos hormonais e 
que, consequentemente, aumenta também o 
tamanho do órgão.
3.HIPERTROFIA:
B. Tipos:
1. Hipertrofia fisiológica:
Ex: Fisiculturismo  Hipertrofia muscular onde ocorre o 
aumento no tamanho de cada fibra, de forma que a 
carga seja distribuída por um número maior de 
componentes celulares e assim não corra o risco de ser 
lesada. 
Ex: Aumento do útero e seios na gravidez  O hormônio 
estrógeno estimula aumento da síntese protéica e leva 
ao aumento das células do útero durante a gravidez; 
enquanto que a prolactina combinada com o estrógeno, 
causam o mesmo processo nos seios durante a 
amamentação
3.HIPERTROFIA:
2. Hipertrofia patológica:
Ex: O Músculo cardíaco se hipertrofia devido a 
uma sobrecarga hemodinâmica crônica 
causada pela hipertensão arterial ou por 
válvulas defeituosas.
3.HIPERTROFIA:
C. Mecanismos:
1. Ativação de genes que codificam fatores de 
transcrição, fatores de crescimento, a agentes 
vasoativos; 
2. Mudança das proteínas contráteis da forma 
adulta para a forma fetal ou neonatal (A 
isoforma α da cadeia pesada da miosina é 
substituída pela isoforma β); levando assim a 
uma contração mais lenta, o que resulta em 
economia de energia.
3.HIPERTROFIA:
3. Alguns genes que só se expressam durante
as fases iniciais do desenvolvimento, voltam a
se expressar nas células hipertróficas e seus
produtos participam da resposta celular ao
estresse, como por exemplo o gene para o
hormônio FNA (Fator Natriurétrico Atrial), que
se expressa nos átrios e ventrículos do feto.
Com o nascimento ele passa a expressar
apenas nos átrios, mas na hipertrofia ele
volta a se expressar nos ventrículos,
reduzindo assim a carga hemodinâmica.
3.HIPERTROFIA:
D. Desencadeadores da hipertrofia:
1.Desencadeadores mecânicos: estiramento 
2.Desencadeadores tróficos: fatores de 
crescimento e agentes vasoativos que 
estimulam a expressão de vários genes 
levando a hipertrofia celular 
3.HIPERTROFIA:
E. Fatores limitantes da perpetuação da 
hipertrofia: 
*Suprimento vascular limitado para as células 
hipertofiadas 
*Diminuição da capacidade oxidativa da 
mitocôndria 
*Alterações na síntese e degradação de 
proteínas 
*Alterações do citoesqueleto 
4.METAPLASIA: 
A- Conceito: 
É uma alteração reversível 
na qual um tipo de tecido 
maduro é substituído por outro 
mais resistente mas da mesma 
linhagem embrionária devido a 
uma agressão crônica e a mais 
comum é a do epitélio colunar 
para o escamoso 
4- Metaplasias
B- Exemplos
1. Fumantes de longa data: traquéias e brônquios 
possuem epitélio cilíndrico que com as agressões vai 
sendo substituídopor um epitélio pavimentoso 
resistente mas que perde a capacidade de secreção de 
muco.
2. Cálculos nos ductos excretores das glândulas 
salivares, pâncreas ou ductos biliares: podem 
levar à substituição do epitélio colunar secretório 
normal pelo epitélio escamoso estratificado não-
secretor 
3. Esôfago de Barret: o epitélio escamoso esofágico é 
substituído por células colunares semelhantes a células 
intestinais devido ao refluxo do suco gástrico. 
4- Metaplasias
C. MECANISMO:
1.É resultado de uma reprogramação de células
tronco teciduais ou de células
mesenquimatosas indiferenciadas presentes
no tecido conjuntivo
2.Ocorre por meio de sinais gerados por
citocinas, fatores de crescimento e
componentes da matriz extracelular
Causas das lesões 
celulares 
1.Ausência de oxigênio:
 Hipóxia Deficiência de O2 causando lesão celular pela 
redução da respiração aeróbica oxidativa; pode ser 
decorrente de anemia, envenenamento por cianeto, 
insuficiência cardio-respiratória,etc.
 Anóxia Ausência de suprimento de O2 para as células em 
virtude de afogamento ou pré-parto .
 Isquemia Perda do suprimento sanguíneo em virtude da 
obstrução do fluxo arterial por trombos, êmbolos, 
aterosclerose, e também por compressão ou redução da 
drenagem de um tecido, resultando na deficiência de O2 e 
de demais nutrientes para o tecido, como é o caso da 
glicose; logo a lesão celular é mais severa nesse caso.
2.Agentes físicos: 
MecânicosTraumatismos 
 TemperaturaFrio ou calor excessivos 
Variações repentinas da pressão 
atmosférica
Radiações ionizantes
Corrente elétrica
3. Agentes químicos: 
Venenostetracloreto de carbono e 
arsênio 
Drogas terapêuticas 
Drogas não-terapêuticas (álcool e 
narcóticos) 
Poluição (tabaco) 
 Inseticidas
4.Agentes biológicos: 
Vírus e prions Efeito citopático e 
oncogênico 
Bactérias 
Protozoários
5.Mecanismos imunológicos:
Reação anafilática 
Doenças auto-imunes 
Repostas imunes humoral e celular 
normais também causam lesão celular
6.Distúrbios genéticos: 
Alterações gênicas, genômicas e 
cromossomiais 
 Erros inatos do metabolismo
7. Distúrbios nutricionais:
Avitaminoses
escorbuto e 
xeroftalmia 
Anorexia nervosa 
Dislipidemias
Má nutrição 
protéica não 
calóricamarasmo e 
kwashiokor 
8.Envelhecimento: 
Relação com as doenças circulatórias
(O depósito de placas de ateroma é 
gradativo ao longo da idade) 
Determinantes das 
lesões celulares
Determinantes das lesões 
celulares
1. A resposta celular a estímulos nocivos 
depende do tipo de lesão, de sua duração e 
da gravidade 
2. As consequências da lesão celular 
dependem do tipo, do estado e do grau de 
adaptação da célula danificada 
Determinantes das lesões 
celulares
3. As lesões celulares resultam de anormalidades 
funcionais e bioquímicas em um ou mais 
componentes celulares, assim, os alvos mais 
visados são:
(1)Fosforilação oxidativa
(2) Integridade das membranas celulares
(3)Síntese protéica
(4)Citoesqueleto
(5)Núcleo 
Mecanismos das 
lesões celulares 
1. Diminuição do ATP
A- CausasLesões hipóxicas e químicas
B- Produção de ATPAtravés da via 
aeróbia baseada na fosforilação oxidativa 
do ADP, por meio da transferência de 
elétrons na mitocôndria; ou através da via 
glicolítica anaeróbica, que gera ATP a partir 
da glicose derivada dos fluidos corporais ou 
do glicogênio.
1. Diminuição do ATP
C- Consequências da diminuição de ATP:
a. Redução da atividade da bomba de Na+/K+ 
e consequente entrada de água dentro da 
célula.
b. Alteração do metabolismo de energia: Desvio 
para a via glicolítica anaeróbica; com isso os 
depósitos de glicogênio são consumidos 
rapidamente ocorrendo produção de ácido 
lático, que abaixa o PH e diminui a atividade 
de várias enzimas celulares.
1. Diminuição do ATP
c. Problemas na bomba de Ca+2 resultando na 
entrada excessiva desse íon, que se torna 
nocivo para a célula .
d. Descolamento dos ribossomos do RER, 
resultando em queda na síntese protéica e 
deposição de lipídeos dentro da célula .
e. Resposta das proteínas não-dobradas que 
pode acarretar em morte celular.
2.Dano mitocondrial: 
A- CausasAumento de cálcio no citosol em 
decorrência do estresse oxidativo, ocasionado pela 
degradação de fosfolipídios pela via das 
fosfolipases e da esfingomielina.
B- ConseqüênciasFormação de um canal de alta 
condutância chamado de poro de transição da 
permeabilidade mitocondrial, impedindo o potencial 
de membrana da mitocôndria. Pode ocorrer 
também o extravasamento do citocromo C e das 
caspases no citosol, o que pode iniciar a via da 
apoptose.
3.Aumento do cálcio 
intracelular
A- CausasToxinas e isquemia provocam 
influxo de cálcio pela membrana e 
liberação do cálcio retido na mitocôndria e 
no REL 
B- ConseqüênciasAumento na 
permeabilidade não-específica da 
membrana e ativação de enzimas 
potencialmente deletérias como ATPases, 
fosfolipases, proteases e endonucleases 
4.Estresse oxidativo:
 As células produzem energia reduzindo o 
O2 em H2O mas durante esse processo são 
produzidas espécies reativas do oxigênio, 
que são radicais livres bastante instáveis 
lesionando os lipídeos, as proteínas e os 
ácidos nucléicos 
O estresse oxidativo se deve a um 
desequilíbrio entre a síntese e a eliminação 
de radicas livres 
4.Estresse oxidativo
A- Mecanismos de criação de radicais livres dentro 
da célula: 
a. A absorção de radiação ionizante: a água ao absorver 
essa radiação pode produzir radicais hidroxila (OH) e 
hidrogênio (H) 
b. Metabolismo enzimático de substâncias químicas 
exógenas ou drogas (CCl4 gerando CCl3) 
c. Reações de oxi-redução normais da célula: produção 
de intermediários tóxicos como o superóxido, peróxido 
de hidrogênio e os íons hidroxila 
d. Reações intracelulares com metais de transição (Ferro 
e Cobre)
e. Óxido nítrico produzido por várias células pode atuar 
como radical livre
B- Efeito dos radicais livres na lesão celular:
a. Peroxidação lipídica das membranas plasmática e de 
organelas: radical livre (OH) ataca as duplas ligações 
dos lipídeos e com isso são produzidos peróxidos 
instáveis e reativos gerando uma reação em cadeia ou 
de propagação 
b. Modificação oxidativa das proteínas: os radicais livres 
promovem a oxidação da cadeia lateral dos aa, a 
formação de ligações cruzadas entre proteínas e a 
oxidação da estrutura principal da proteína 
c. Lesões no DNA nuclear e lesões mitocondriais
4.Estresse oxidativo
C- Mecanismos celulares de remoção dos 
radicais livres:
a. Antioxidantes: bloqueiam a formação dos radicais 
ou os inativam. Como exemplo temos as vitaminas 
A e E, o ácido ascórbico e a glutationa
b. Ligação dos radiais derivados de FE/Cu a proteínas 
de transporte e armazenamento (lactoferrina, 
transferrina, ferritina e ceruloplasmina) 
c. Enzimas eliminadoras de radicais livres (catalase, 
superóxido dismutases e glutatião peroxidase)
4.Estresse oxidativo
5. Danos às membranas celulares: 
a. Disfunção mitocondrial: resulta na redução da síntese de 
fosfolipídios e acúmulo de ácidos graxos livres promovendo 
alterações na permeabilidade celular 
b. Perda dos fosfolipídios da membrana: pela ativação de 
fosfolipases endógenas em virtude de níveis aumentados de 
cálcio no citosol 
c. Danos ao citoesqueleto onde se ancoram as proteínas 
de membrana: pela ativação de proteases pelos níveis 
aumentado de cálcio no citosol 
d. Através de radicais livres: por meio da peroxidação 
lipídica
e. Através de produtos da degradação de lipídeos: ácidos 
graxos livres não estereficados, acil-carnitina, 
lisofosfolipídios(possuem efeito detergente nas membranas) 
Tipos de lesão 
celular
1. Degeneração hidrópica ou 
tumefação turva celular 
a) Definição: É o acúmulo de água no 
interior das células parenquimatosas 
(fígado, rim e coração) 
1. Degeneração hidrópica ou 
tumefação turva celular 
b) Causas: 
a. Hipóxia: 
b. Lesão química: *cloreto *cianeto: inibe o complexo 
citocromo oxidase diminuindo a produção de ATP *agentes 
alquilantes e antibióticos: efeito citotóxico direto levando a 
acúmulo de água 
c. Desnutrição: falta de glicose implica em falta de ATP que 
leva a acúmulo de água 
d. ATP sintetase diminuída: impede a ocorrência da 
fosforilação oxidativa diminuindo a produção de ATP levando 
a acúmulo de água
e. Enterotoxinas de estafilococos
1. Degeneração hidrópica ou 
tumefação turva celular 
c) Mecanismo: Isquemia  Hipóxia 
↓fosforilação oxidativa  ↓ ATP 
2.Degeneração gordurosa / 
esteatose: 
a) Definição: Acúmulo
anormal de lipídios
dentro das células
parenquimatosas
(fígado principalmente
por estar envolvido
com o metabolismo de
lipídios mas também
no coração, rins e
músculos)
2.Degeneração gordurosa 
ou esteatose
b) Causas:
a) Toxinas como o CCL4Redução da síntese de
apolipoproteínas
b) Desnutrição protéicaRedução da síntese de
apolipoproteínas e aumento na mobilização de AG dos
tecidos periféricos
c) Diabetes melittusAltera o metabolismo de lipídeos
d) Obesidade
e) HipóxiaInibe a oxidação de lipídeos
f) AlcoolismoAltera as funções mitocondriais e
microssomais
c) Metabolismo normal de lipídeos: Os
AG livres do tecido adiposo ou
provenientes da alimentação são
transportados aos hepatócitos. Em seguida
são esterificados à TG, e convertidos em
fosfolipídeos ou colesterol; ou então, serão
oxidados à corpos cetônicos.
2.Degeneração gordurosa 
ou esteatose
d) Mecanismos:
a. Entrada excessiva de AG livres:
Aumento da ingestão de gordura e de álcool
Kwashiokor ("mal do filho mais velho")
b. Decréssimo na síntese protéica
c. Diminuição da oxidação de AG
2.Degeneração gordurosa 
ou esteatose
d. Aumento na esterificação de AG:
Excesso de álcool que aumenta a 
esterificação de AG à TG, os quais se 
acumulam no organismo
e. Obstáculo na liberação das 
lipoproteínas: 
O Álcool impede a ligação do TG com as 
apoproteínas impedindo a formação de 
lipoproteínas 
2.Degeneração gordurosa 
ou esteatose
3. Degeneração glicogênica:
a) Definição: É o depósito 
de glicogênio intracelular 
b) Causas: 
a. Diabetes mellitus: 
*Acúmulo de glicogênio no TCD 
e na alça de Henle 
*Acúmulo de glicogênio nas 
células hepáticas 
b. Glicogenoses: 
 Definição: Síndromes genéticas com erros 
enzimáticos que interferem no metabolismo.
 Tipo I/Doença de Von Guierke: Falta da enzima glicose-
6-fosfatase que converte glicose em glicose-6-fosfato 
(hepatomegalia, nefromegalia e hipoglicemia)
 Tipo II/doença de Pompe: Falta enzima maltase ácida; 
acúmulo de glicogênio no músculos estriados cardíaco e 
esquelético (cardiomegalia, hipotonia muscular, insuficiência 
cardíaca e morte antes dos dois anos)
 Tipo V/síndrome de Mac Ardle: Falta da enzima 
fosforilase muscular (câimbras dolorosas pela não conversão 
de glicogênio em glicose limitando os exercícios físicos)
3. Degeneração glicogênica:
4. Degeneração hialina:
a) Definição: É o depósito de proteínas dentro da 
célula, conferindo a mesma um aspecto róseo.
b) Tipos: 
a. Degeneração hialina goticular: 
 Ocorre em doenças renais como a síndrome nefrótica 
nos rins, quando a pequena quantidade de proteínas 
filtradas pelos glomérulos é reabsorvida nos TCP por 
pinocitose celular 
 Nessas doenças há um extravasamento de proteínas 
através do glomérulo, levando a um aumento na 
reabsorção de proteínas em vesículas, e 
consequentemente a proteinúria 
4. Degeneração hialina:
b. Corpúsculos de Russell: 
 Devido ao aumento na síntese de proteínas secretoras 
normais que ocorre em plasmócitos produtores de Ig 
 O RER se distende produzindo vesículas 
c. Corpúsculos de Mallory: 
 Característico, mas não patognomônico, da cirrose 
hepática alcoólica
 Se deve a destruição de proteínas do citoesqueleto, da 
mitocôndria e da citoceratina, mas é reversível!!!
5. Degeneração mucóide
intracelular
a) Definição: Ocorre quando há acúmulo da 
proteína mucina (muco), dentro das células 
mucosas que a produzem, principalmente 
nas inflamações catarrais.
b) Causas: 
 Câncer de estômago e ovário
6. lipomatose:
a) Definição: é a infiltração de tecido 
adiposo dentro do órgão, sem que haja 
prejuízo para o mesmo 
b) Causas: 
 Obesidade
 Em órgãos atrofiados, onde o espaço que 
antes era ocupado pelo órgão passa ser 
preenchido por gordura 
Lesões Irreversíveis
1- Mecanismo
Tendo todos os efeitos nocivos persistido, a 
célula ultrapassa um “ponto de não retorno” e 
novos mecanismos surgem, fazendo-a evoluir até 
a morte celular: 
 Agressão às membranas
 Perda de fosfolipídeos 
 Degradação de lipídeos 
 Alterações do citoesqueleto 
 Formação de radicais livres
Morte celular
1- Definição: Perda irreversível das 
atividades normais da célula com 
conseqüente incapacidade de manter os 
mecanismos homeostáticos
2- Causas: 
1. Lesão hipóxica ou isquemia prolongada 
2. Lesão secundária à isquemia-reperfusão
Morte celular
Formação de radicais livres 
Aumento do poro de transição de 
permeabilidade mitocondrial impedindo a 
produção de ATP 
Inflamação com atração de células e produção 
de citocinas que lesam ainda mais o tecido 
Ativação do sistema complemento
Morte celular
3.Lesão química: 
 O CCL4 se converte no radical livre altamente tóxico e 
reativo CCL3 que causa auto-oxidação dos ácido graxos 
presentes nos fosfolipídeos das membranas 
 A decomposição dos lipídios é iniciada sendo formados 
peróxidos orgânicos após reagirem com o O2 (peroxidação 
lipídica) 
 Essa é uma reação auto-catalítica que libera produtos que 
lesam a MP e aumentam a permeabilidade de sódio, água e 
cálcio 
 Isso leva a edema celular e maior influxo de cálcio 
 Em seguida ocorre desativação das mitocôndrias, enzimas 
celulares e desnaturação das proteínas levando a morte 
celular 
Tipos de morte 
celular
Necrose
Definição: É o conjunto de alterações 
morfológicas que ocorrem na célula após a 
morte celular em um tecido vivo; 
resultando na desnaturação de proteínas 
intracelulares e da digestão enzimática da 
célula a partir de enzimas, há perda de 
integridade das membranas e ocorre uma 
reação inflamatória 
Tipos de necrose
1) Necrose coagulação 
A- Etiologia: Isquemia (no caso da maioria dos 
tecidos, exceto o cérebro), substâncias químicas, 
infecção fúngica,etc. As áreas necróticas liberam 
substâncias vasodilatadoras que aumentam o 
fluxo sanguíneo nos vasos próximos acentuado a 
coloração vermelha (halo periférico) 
Exemplo: Infarto do miocárdiocélulas acidófilas, 
coaguladas, núcleos piquinóticos, citoplasma 
eosinofílico, linfócitos removedores de fragmentos 
celulares, preservação da arquitetura geral do 
tecido 
2) Necrose de liquefação: 
A- Etiologia: Isquemia e hipóxia 
B- Tipos: Autolítica (no infarto cerebral por 
hipóxia em que as células gliais de 
sustentação neuronal se desintegram e se 
liquefazem por razões deconhecidas) e 
heterofágica (nas infecções bacterianas 
piogênicas que atraem neutrófilos que 
liberam seus grânulos líticos em processos 
inflamatórios que vão desintegrar tecidos 
como o pulmão, pele, fígado, etc) 
3) Necrose Caseosa: 
A- Etiologia: Processo inflamatório 
granulomatoso 
B- Exemplo: Tuberculoseem que há uma 
infecção bacteriana que gera uma resposta 
imunológica a partir de linfócitos T que é 
lenta e pouco eficaz e circunda o 
microorganismo formando um granuloma 
(blastomicose / paracoccidiose )
 Há destruição da arquitetura tecidual 
4) Gordurosa ou esteatonecrose
A- Etiologia: Liberação de lipases pancreáticas 
ativadas no parênquima pancreática e na 
cavidade peritonial 
B- Exemplo: Pancreatite agudaÉ uma inflamação 
que estimula a liberação de proteases e lipases, as 
quais vão digerir seu próprio tecido gorduroso e 
do parênquima 
 Nessa necrose os AG liberados se combinam com 
o cálcio e produzem áreas brancas visíveis 
(saponificação ou sabões de cálcio) 
5) Necrose gomosa: 
A- Etiologia: Necrose de um tecido com a 
ocorrência de uma reação inflamatória que 
leva a formação de estruturas resistentes 
(em goma) 
6) Necrose hemorrágica: 
A- Etiologia: Obstrução da artéria pulmonar 
e da artéria brônquica; ocorre a tentativa 
de suprir a área, mas acaba lançando 
sangue no tecido necrosado e provocando 
hemorragia 
B- Exemplos: AVE ou derrame (necrose por 
ruptura de um vaso cerebral que faz o 
sangue extravasar para o tecido e matar as 
células), infarto no pulmão e no intestino 
7)Necrose fibrinóide: 
A- Etiologia: Quando proteínas circulantes 
como fibrinogênio adentram na parede das 
artérias promovendo um aspecto de fibrina 
na parede que ocasiona necrose 
 Ex: Hipertensão maligna 
8) Necrose gangrenosa: 
Para os 
patologistas é uma 
necrose de 
coagulação, em que 
há infecção secundária 
podendo ser úmida 
(exsudatos) ou gasosa 
(gases bacterianos) 
Apoptose:
A- Definição: É a via de morte celular 
induzida por um programa intracelular 
regulado, que ativa enzimas para degradar 
o DNA nuclear e as proteínas 
citoplasmáticas; mas a célula morta é 
fagocitada antes que seu conteúdo 
extravase, e com isso não é desencadeada 
uma reação inflamatória 
Causas fisiológicas: 
a. Destruição programada de células durante a 
embriogênese 
b. Involução dependente de hormônios nos adultos 
(colapso endometrial, atresia folicular ovariana, 
regressão da mama lactante) 
c. Eliminação celular em populações celulares em 
proliferação (cripta intestinal) 
d. Morte de células de defesa que já atuaram, como 
é o caso dos neutrófilos na resposta inflamatória 
aguda 
e. Eliminação de linfócitos auto-reativos 
f. Morte celular induzida pelas células TCD8+ 
Causas patológicas: 
a. Morte celular por estímulos nocivos 
(radiação, drogas, calor, hipóxia) 
b. Morte celular em doenças virais (hepatite) 
c. Atrofia patológica de órgãos após 
obstrução ductal (rins, pâncreas e 
parótida) 
d. Morte celular nos tumores 
Morfologia:
 Encolhimento celular  O Citoplasma se torna 
denso pela destruição de proteínas e organelas 
agrupadas 
 Condensação da cromatina  Se agrega na 
periferia sob a membrana nuclear 
 Formação de bolhas citoplasmáticas, e em seguida 
corpos apoptóticos contendo as organelas 
 Fagocitose das células por macrófagos através de 
suas enzimas lisossomais 
 O tecido é substituído por outro normal 
 Fase de ativação: Na qual as enzimas 
caspases se tornam cataliticamente ativas, 
e seguem duas vias distintas; uma 
extrínseca, iniciada por receptores; e uma 
intrínseca, iniciada na mitocôndria 
 Fase efetora: Enzimas atuam provocando 
a morte celular 
Mecanismos da apoptose:
 Ausência de fatores de crescimento ou de 
hormônios 
 Ação específica de receptores do fator de 
necrose tumoral 
 Ação de agentes nocivos como radiação ou 
quimioterápicos que atuam a nível nuclear 
 Via atuação de linfócitos T CD8+ na 
resposta imune celular 
Sinais indutores de 
apoptose:

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