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Módulo 203 – Processo de envelhecimento PROCESSO DE ENVELHECIMENTO Módulo 203 Manual do estudante GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL Ibanes Rocha Barros Junior SECRETÁRIO DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL - SES/DF E PRESIDENTE DA FUNDAÇÃO DE ENSINO E PESQUISA EM CIÊNCIAS DA SAÚDE - FEPECS Juracy Cavalcante Lacerda Júnior DIRETORA-EXECUTIVA DA FUNDAÇÃO DE ENSINO E PESQUISA EM CIÊNCIAS DA SAÚDE - FEPECS Inocência Rocha da Cunha Fernandes DIRETORA DA ESCOLA SUPERIOR EM CIÊNCIAS DA SAÚDE - ESCS Viviane Cristina Uliana Peterle COORDENADORA DO CURSO DE MEDICINA – CCM Marcia Cardoso Rodrigues Módulo 203 – Processo de envelhecimento Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde - FEPECS Escola Superior de Ciências da Saúde - ESCS PROCESSO DE ENVELHECIMENTO Módulo 203 Manual do Estudante Grupo de planejamento: Coordenação: Leonardo Santos Rocha Pitta Colaboração: Lia Nogueira Lima Brasília - DF FEPECS/ESCS 2025 Copyright©2025 - Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde - FEPECS Curso de Medicina - 2ª Série Módulo 203: Processo de envelhecimento Período: 15/09/2025 a 31/10/2025 A reprodução do todo ou parte deste documento é permitida somente com autorização formal da FEPECS/ESCS. Impresso no Brasil Tiragem: 10 exemplares Capa: Gerência de Recursos Audiovisuais – GERAV/UAG/FEPECS Editoração gráfica: Gerência de Educação Medica/GEM/CCM/ESCS Normalização Bibliográfica: NAU/BCE/FEPECS Coordenador do Curso de Medicina: Marcia Cardoso Rodrigues Coordenadora da 1ª Série: Mirna Gabriela Barbosa De Queiroz Coordenador da 2ª Série: Getúlio Bernardo Morato Filho Coordenador da 3ª série: José Ricardo Fontes Laranjeiras Coordenadora da 4ª série: Adriana Domingues Graziano Coordenadora da 5ª série: Flávia Kanitz Coordenadora da 6ª série: Camila Viana Costa Lueneberg Grupo de Planejamento Coordenador: Leonardo Santos Rocha Pitta Colaboradores: Lia Nogueira Lima Tutores: Adriana Ferreira Barros Areal Alécio de Oliveira e Silva Alessandra de Cássia Gonçalves Moreira Cinthya Gonçalves Getúlio Bernardo Morato Filho Gisele Maria Araujo Felix Adjuto Gustavo Vieira Ávila Juliana Ascenção de Souza Leonardo Santos Rocha Pitta Lia Nogueira Lima Patricia Aparecida Cardoso Vasconcelos Dados Internacionais de catalogação na Publicação (CIP) NAU/BCE/FEPECS SMHN – Quadra 03 – Conjunto A - Bloco I – Brasília-DF CEP: 70707-700 Tel/Fax: 55 61 3349-7909 Endereço eletrônico: http://www.escs.edu.br E-mail: ccm@escs.edu.br Escola Superior de Ciências da Saúde. Processo de envelhecimento: módulo 203: manual do estudante. / Grupo de planejamento : Leonardo Santos Rocha Pitta, Lia Nogueira Lima - Brasília: Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde, 2025. 34 p. (Curso de Medicina, módulo 203, 2025). 2ª série do Curso de Medicina 1.Envelhecimento. 2. Geriatria. 3. Terceira idade. 4. Tratamento I. Pitta, Leonardo Santos Rocha. II. Lima, Lia Nogueira III. Escola Superior de Ciências da Saúde - ESCS. CDU 616-053.9 Módulo 203 – Processo de envelhecimento SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 6 2 ÁRVORE TEMÁTICA ......................................................................................................... 7 3 OBJETIVOS .......................................................................................................................... 8 3.1 Objetivo geral ..................................................................................................................... 8 3.2 Objetivos específicos .......................................................................................................... 8 4 DINÂMICA DOS TUTORIAIS ........................................................................................... 9 4.1 “Os sete passos” .................................................................................................................. 9 4.2 Papel do tutor ..................................................................................................................... 9 4.3 Papel do coordenador ...................................................................................................... 10 4.4 Papel do secretário ........................................................................................................... 10 4.5 Papel do consultor ............................................................................................................ 10 5 AVALIAÇÃO DO MÓDULO ............................................................................................ 10 5.1 Profissionalismo – Módulo Temático (PMT) ................................................................. 10 5.2 Exercício de Avaliação Cognitiva - ................................................................................. 11 5.3 Data do EAC: 30/10/2025 (quinta-feira) de 14 as 18 hs ................................................ 11 5.4 Frequência ......................................................................................................................... 11 5.5 Critérios para APROVAÇÃO ......................................................................................... 11 6 ATIVIDADES DE ENSINO-APRENDIZAGEM ............................................................ 11 6.1 Semana padrão ................................................................................................................. 12 6.2 Palestras ............................................................................................................................ 13 6.3 Cronograma de atividades de ensino-aprendizagem .................................................... 13 6.4 Cronograma das avaliações ............................................................................................. 16 6.5 Atividades Práticas ........................................................................................................... 17 7 PROBLEMAS ...................................................................................................................... 18 7.1Problema 1 ......................................................................................................................... 18 7.2 Problema 2 ........................................................................................................................ 19 7.3 Problema 3 ........................................................................................................................ 20 7.4 Problema 4 ........................................................................................................................ 21 7.5 Problema 5 ........................................................................................................................ 22 7.6 Problema 6 ........................................................................................................................ 23 7.7 Problema 7 ........................................................................................................................ 24 7.8 Problema 8 ........................................................................................................................ 25 7.9 Problema 9 ........................................................................................................................ 26 7.10 Problema 10 .................................................................................................................... 27 7.11 Problema 11 ....................................................................................................................28 7.12 Problema 12 .................................................................................................................... 29 REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 30 Módulo 203 – Processo de envelhecimento EPÍGRAFE O fato de as pessoas estarem vivendo mais, não significa que elas estão vivendo com melhor saúde e tendo suas necessidades atendidas. Compreender as implicações das mudanças demográficas atuais, bem como a transição epidemiológica, é crucial para que as sociedades estejam preparadas para atender uma população envelhecida. Na região das Américas, isso é ainda mais importante, pois o envelhecimento populacional ocorre rapidamente e com muitos conceitos inadequados. Em resposta, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu diferentes diretrizes para apoiar ações de construção de uma sociedade para todas as idades. A Década do Envelhecimento Saudável 2020- 2030 é a principal estratégia para alcançar esse objetivo, com base na Estratégia Global da OMS sobre Envelhecimento e Saúde, no Plano de Ação Internacional das Nações Unidas para o Envelhecimento e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda das Nações Unidas 2030. A Década do Envelhecimento Saudável, 2020-2030, foi proclamada em dezembro de 2020 pela Organização Mundial da Saúde. A Década é a principal estratégia atual para alcançar e apoiar ações para enfrentar os desafios do envelhecimento da população e garantir o desenvolvimento sustentável em todo o mundo e nas Américas. À medida que a expectativa de vida e a proporção de pessoas idosas aumenta, muitos adultos idosos nas Américas não conseguem ter acesso aos recursos básicos necessários para uma vida com sentido e dignidade, e experimentam barreiras para uma boa saúde, apoio social e bem-estar. Tais barreiras são exacerbadas para pessoas idosas em ambientes vulneráveis e em emergências, como demonstrou a pandemia da COVID-19. A Década do Envelhecimento Saudável é uma oportunidade única para fortalecer os esforços na Região e para reunir líderes, organizações e diferentes partes interessadas para trabalharem juntos pelo objetivo principal da Década, que é melhorar a vida das pessoas idosas, de suas famílias e de suas comunidades. Ela se apoia na construção de novas realidades por meio da ação sobre 4 grandes áreas: Área de Ação I: Mudar a forma como pensamos, sentimos e agimos com relação à idade e ao envelhecimento. Área de Ação II: Garantir que as comunidades promovam as capacidades das pessoas idosas. Áreas de Ação III: Entregar serviços de cuidados integrados e de atenção primária à saúde centrados na pessoa e adequados à pessoa idosa. Áreas de Ação IV: Propiciar o acesso a cuidados de longo prazo às pessoas idosas que necessitem. A implantação de serviços orientados à manutenção e melhoria da capacidade funcional é essencial para alcançar o envelhecimento saudável. É essencial apoiar os cuidadores, para que eles possam prestar cuidados adequados e também cuidar de sua própria saúde. “ Não apenas adicionar anos à vida, mas também vida a estes anos”. Acesso em 14/10/2021: https://brasil.un.org/pt-br/105264-assembleia-geral-da-onu-declara-2021-2030-como-decada-do-envelhecimento-saudavel https://www.paho.org/pt/decada-do-envelhecimento-saudavel-2020-2030 https://brasil.un.org/pt-br/105264-assembleia-geral-da-onu-declara-2021-2030-como-decada-do-envelhecimento-saudavel ESCS - Escola Superior em Ciências da Saúde 6 1 INTRODUÇÃO O envelhecimento é um privilégio e uma conquista da sociedade. No entanto, é também um grande desafio, cujo enfrentamento ou não, terá um enorme impacto sobre todos os setores da sociedade no século XXI. O Módulo 203 - Processo de Envelhecimento - tem como base temas relativos à senescência e à senilidade, bem como aspectos psicossociais, cuidados e assistência ao idoso. A compreensão e integração desses conhecimentos para o médico egresso da ESCS contribuirão para a melhora da qualidade de vida e resgate da cidadania no envelhecimento, sob uma perspectiva global e interativa. O envelhecimento brasileiro fez-se de forma muito rápida a partir dos anos 70. Em 20 anos, a população de idosos passou de 7% para 14% do total da população. Outras mudanças ocorreram em relação à expectativa de vida: em 1945 a expectativa de vida era de 43 anos, hoje, é de 74 anos. O último censo do IBGE, de 2010, revelou que temos cerca de 21 milhões de idosos no país, sendo este fenômeno predominantemente feminino. Estes dados estariam associados mais à diminuição das taxas de mortalidade do que ao aumento das taxas de natalidade, o que modifica o perfil de planejamento e de investimento do estado para promover uma melhor qualidade de vida e melhores cuidados para esta parcela da população. Do ponto de vista biológico, o envelhecimento é um processo complexo e multifatorial e os avanços obtidos através das pesquisas têm permitido conhecer a importância de fatores diretamente ligados ao envelhecimento, como os genéticos, as alterações na fisiologia celular, as modificações no metabolismo das proteínas e nos sistemas de proteção contra a oxidação. O conhecimento e compreensão desses processos têm facilitado a aplicação de estratégias para atenuar ou prevenir alguns efeitos do envelhecimento, mas alguns exageros têm ocorrido na contramão do enfoque da saúde. Sob outra ótica, a psicossocial, esse ciclo da vida se associa à solidão, insegurança, vulnerabilidade, dependência, falta de reconhecimento, estigma social, falta de opções profissionais e de atividades de lazer, o que gera sofrimento. Muitos idosos se vêem em situações de falta de assistência, aposentadoria e pensões insuficientes ou inexistentes. Estas questões parecem ser mais graves em países onde a transição demográfica está ocorrendo de modo acelerado, como no Brasil. Isso implica em despreparo e desconhecimento para lidar com essa nova realidade populacional, muitas vezes alvo de ideias preconceituosas, sendo fundamental ressaltar a importância da atitude médica, da sociedade e do estado frente às pessoas que envelhecem. O desafio nesse Módulo, nas próximas semanas, será identificar, compreender, discutir, correlacionar e analisar os múltiplos aspectos inerentes ao processo de envelhecimento, partindo da premissa de que o idoso sadio é um indivíduo com alterações biológicas, morfológicas e funcionais no limite entre o normal e o patológico. Esse limite, às vezes tão tênue, torna o processo do envelhecer fascinante quando observado sob o ângulo das hipóteses científicas, justificando o elevado interesse dos meios acadêmicos e da própria sociedade sobre o tema. Deseja-se que, ao final desse módulo, todos vejam no idoso a sua própria imagem de amanhã e compreendam que aqueles que envelhecem merecem acrescentar vida aos anos que estão por vir, buscando descobrir seu sentido e a razão de sua existência. Concretamente, ter qualidade de vida a fim de transpor esse estágio evolutivo com a sabedoria necessária para um mundo melhor para todos, sem exceções! Sejam bem-vindos! Módulo 203 – Processo de envelhecimento 7 2 ÁRVORE TEMÁTICA ESCS - Escola Superior em Ciências da Saúde 8 3 OBJETIVOS 3.1 Objetivo geral Compreender o processo de envelhecimento quanto aos aspectos biológicos, psíquicos, epidemiológicos e sociais. Entender o ambiente e as relações pessoais, visando a promoção da saúde e a prevenção de agravos inerentes ao processo de envelhecimento. 3.2 Objetivos específicos a) Discutir as transformações fisiológicas verificadas nos diversos órgãos e sistemas, identificando as alterações estruturais e funcionais que acontecem com o envelhecimento; b) Identificar os principais agravos à saúde do idoso, a partir de uma visão geraldos mais frequentes: hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus,, aterosclerose, incontinência urinária com destaque para as medidas preventivas; c) Discutir os mecanismos de insuficiência cerebral mais frequentes que acometem os idosos, realçando as medidas preventivas para evitar os processos que levam às alterações de memória e às síndromes demenciais; d) Discutir sobre a apresentação atípica no envelhecimento correlacionando com as mudanças na fisiologia. Relacionar as perdas visuais e auditivas como fatores relacionados às quedas acidentais. e) Discutir o papel da adoção de hábitos saudáveis na prevenção das doenças e na promoção da saúde do idoso (alimentação, saúde bucal e atividade física). f) Discutir os princípios básicos de farmacocinética e farmacodinâmica para explicar as alterações destes parâmetros na população idosa. g) Conhecer a definição de cuidados paliativos e sua importância frente a abordagem multidisciplinar e multiprofissional do paciente idoso. h) Discutir sobre envelhecimento vascular – aterosclerose. Módulo 203 – Processo de envelhecimento 9 4 DINÂMICA DOS TUTORIAIS 4.1 “Os sete passos” 1. Esclarecer termos e conceitos desconhecidos; 2. Identificar no problema as questões de aprendizagem; 3. Oferecer explicações para estas questões com base no conhecimento prévio; 4. Resumir estas explicações identificando as lacunas de conhecimento; 5. Estabelecer objetivos de aprendizagem; 6. Auto-aprendizado; 7. Sintetizar conhecimentos e revisar hipóteses iniciais para o problema; 4.2 Papel do tutor Conhecer os objetivos e a estrutura do módulo temático. Ter sempre em mente que a metodologia de ensino-aprendizagem adotada pela escola é centrada no aluno e não no professor. Assumir a responsabilidade pedagógica no processo de aprendizagem. Orientar na escolha do aluno líder (coordenador) e do secretário em cada grupo tutorial. Estimular a participação ativa de todos os estudantes do grupo. Estimular uma cuidadosa e minuciosa análise do problema. Estimular os estudantes a distinguir as questões principais das questões secundárias do problema. Inspirar confiança nos alunos e facilitar o relacionamento entre os membros do grupo. Não ensinar o aluno, ajudar o aluno a aprender. Orientar o grupo preferencialmente através da formulação de questões apropriadas e não do fornecimento de explicações, a menos que seja solicitado explicitamente pelo grupo. Nesses casos, estas explicações deverão ser bem avaliadas e nunca consistir de aula teórica abrangente. Não intimidar os alunos com demonstração de conhecimentos. Ativar os conhecimentos prévios dos alunos e estimular o uso destes conhecimentos. Contribuir para uma melhor compreensão das questões levantadas. Sumarizar a discussão somente quando necessário. Estimular a geração de metas específicas para a autoaprendizagem (estudo individual). Avaliar o processo (participação, interesse) e o conteúdo (resultados alcançados). Conhecer a estrutura da escola e os recursos disponíveis para facilitar a aprendizagem. Orientar o aluno para o acesso a estes recursos. Estar alerta para problemas individuais dos alunos e disponível para discuti-los quando interferirem no processo de aprendizagem. Oferecer retroalimentação da experiência vivenciada nos grupos tutoriais para as comissões apropriadas e sugestões para aprimoramento do currículo, quando pertinente. ESCS - Escola Superior em Ciências da Saúde 10 4.3 Papel do coordenador Orientar os colegas na discussão do problema, segundo a metodologia dos 7 passos e mantendo o foco das discussões no problema. Favorecer a participação de todos, desestimulando a monopolização ou a polarização das discussões entre poucos membros do grupo. Apoiar as atividades do secretário. Estimular a apresentação de hipóteses e o aprofundamento das discussões pelos colegas. Respeitar posições individuais e garantir que estas sejam discutidas pelo grupo com seriedade e que tenham representação nos objetivos de aprendizagem, sempre que o grupo não conseguir refutá-las adequadamente. Resumir as discussões quando pertinente. Exigir que os objetivos de aprendizagem sejam apresentados pelo grupo de forma clara, objetiva e compreensível para todos e que sejam específicos e não amplos e generalizados. Solicitar auxílio do tutor quando pertinente. Estar atento às orientações do tutor, quando estas forem oferecidas espontaneamente. 4.4 Papel do secretário Anotar no quadro, de forma legível e compreensível, as discussões e os eventos ocorridos no grupo tutorial de modo a facilitar uma boa visão dos trabalhos por parte de todos os envolvidos. Ser fiel às discussões ocorridas, claro e conciso em suas anotações–para isso solicitar a ajuda do coordenador e do tutor. Respeitar as opiniões do grupo e evitar privilegiar suas próprias opiniões ou aquelas com as quais concorde. Anotar com rigor os objetivos de aprendizagem apontados pelo grupo. 4.5 Papel do consultor Criar oportunidades para esclarecimentos das dúvidas oriundas dos estudos individuais e das discussões em grupos. 5 AVALIAÇÃO DO MÓDULO 5.1 Profissionalismo – Módulo Temático (PMT) O estudante será avaliado mediante observação direta de sua participação feita pelo tutor, considerando os elementos: responsabilidade, atuação na dinâmica tutorial, colaboração com a construção do conhecimento, comunicação e relacionamento interpessoal. Em cada sessão de tutoria, receberá, por parte do tutor responsável, um escore de 0 (Sem rendimento), 1 (Insuficiente), 2 (Suficiente) ou 3 (Pleno), com critérios estabelecidos no Manual de Avaliação da ESCS – 2019 (página 33). Módulo 203 – Processo de envelhecimento 11 5.2 Exercício de Avaliação Cognitiva - Módulo Temático (EAC MT) O EAC-MT será discursivo, baseado em problemas, abrangendo os conteúdos abordados no módulo durante as sessões de tutoria e as palestras. A resposta do estudante será avaliada com base nos critérios de qualidade de resposta, descritos no Manual de Avaliação da ESCS – 2019. Conforme a completude e relevância da resposta, o desempenho do estudante, em cada questão, será classificado como: Pleno (3), Suficiente (2), Insuficiente (1) e Sem Rendimento (0). Os critérios usados para a avaliação do desempenho na questão podem ser encontrados no Manual de Avaliação (página 30). O Escore Médio do EAC (EME) será calculado mediante divisão da pontuação final obtida pelo número de questões. Com base no EME, o desempenho cognitivo do estudante durante o módulo 203 será classificado em: ÓTIMO (AO) - Escores 2,55 - 3,00 BOM (AB) - Escores 2,00 - 2,54 RESTRITO (AR) – Escores 1,00 - 1,99 INCONSISTENTE (AI) – Escores 0,00 – 0,99 5.3 Data do EAC: 30/10/2025 (quinta-feira) de 14 as 18 hs 5.4 Frequência O estudante que tiver frequência menor que 75% das atividades do módulo 203, incluindo sessões de tutoria e palestras, será considerado reprovado. 5.5 Critérios para APROVAÇÃO O escore final do programa de MT (EFMT) é produto da média ponderada das 2 modalidades de avaliação incluídas no programa: Escore Médio do EAC (EME) e Escore Médio de Profissionalismo do Módulo Temático (PMTM). A ponderação a ser adotada é de peso 9 para o EME e peso 1 para o PMTM. Será aprovado o estudante que obtiver a média igual ou acima de 2,00. Ao estudante que obtiver desempenho RESTRITO (AR) e realizar o EAC de Recuperação, serão somados o EME e o desempenho do EAC de Recuperação. O desempenho cognitivo final será composto da média aritmética das duas avaliações. Esta média será somada com o PMTM, com a ponderação de 9 para a média dos dois EACs e 1 para o PMTC. Para a aprovação, será necessário a obtenção de média igual ou acima de 2,00.6 ATIVIDADES DE ENSINO-APRENDIZAGEM Início: 15/09/2025 Término: 30/10/2025 Duração: 7 semanas, carga horária: Feriados: 14/10/2024 (recesso), 15/10/2024 (dia do Professor), 28/10/2024 (dia do Servidor Público). ESCS - Escola Superior em Ciências da Saúde 12 6.1 Semana padrão 2 a feira 3 a feira 4 a feira 5 a feira 6 a feira Manhã 08:00 - 12:00 Horário protegido para estudo Habilidades e Atitudes IESC Horário protegido para estudo Horário protegido para estudo Tarde 14:00 - 18:00 Sessão de tutoria Palestra e Horário protegido para estudo Horário protegido para estudo Palestra (13h as 14:30h) Sessão de tutoria Habilidades e atitudes Módulo 203 – Processo de envelhecimento 13 6.2 Palestras Local: Auditório da ESCS Abertura do Módulo. Palestra 1. Data: 18/09/2025 – 13h as 14:30h – Quinta-feira – Pequeno Auditório Dr. Leonardo Pitta – Teorias do envelhecimento, Envelhecimento normal x Fragilidades. Palestra 2. Data: 25/09/2025 –13h às 14:30h – Quinta-feira –Grande Auditório. Dr. Leonardo Pitta – Envelhecimento cerebral e Demências. Palestra 3. Data: 29/09/2025 – 13:30h às 14:30h – Segunda-feira – Grande Auditório Dra Vanessa Rocha- Envelhecimento Cardiovascular e Aterosclerose. Palestra 4. Data: 09/10/2025 – 13h às 14:30h – Quinta-feira –Pequeno Auditório Dra Sabrina Nascimento do Carmo – Polifarmácia e Iatrogenia. Palestra 5. Data: 16/10/2025– 13h às 14:30h – Quinta-feira –Grande Auditório Dra. Lia Lima- Incontinência Urinária Palestra 6. Data: 23/10/2025– 13h às 14:30h – Quinta-feira –Grande Auditório Dra. Lia Lima – Cuidados paliativos. 6.3 Cronograma de atividades de ensino-aprendizagem 1* semana dia 15/09/2025 a 19/09/2025 Dia Horário Atividade Local 15/9/2025 14h-14:30h Abertura do módulo Auditório 14:30h-18h Abertura P 1 Salas 16/9/2025 8h-12h Habilidades e Atitudes 14h-18h Horário Protegido para estudo 17/9/2025 8h-12h IESC 14h-18h Horário Protegido para estudo 18/9/2025 8h-12h Horário Protegido para estudo 13-14:30h Palestra 1 Pequeno auditório 14h-18h Fechamento P1 abertura P2 Salas 19/9/2025 8h-12h Horário Protegido para estudo 14h-18h Habilidades e Atitudes em Semiologia ESCS - Escola Superior em Ciências da Saúde 14 2* semana dia 22/09/2025 a 26/09/2025 Dia Horário Atividade Local 22/9/2025 8h-12h Horário Protegido para estudo 14h-18h Fechamento P2 e abertura P3 Salas 23/9/2025 8h-12h Habilidades e Atitudes em Semiologia 14h-18h Horário Protegido para estudo 24/9/2025 8h-12h IESC 14h-18h Horário Protegido para estudo 25/9/2025 8h-12h Horário Protegido para estudo 13h-14:30h Palestra 2 Auditório 14h-18h Fechamento P3 e abertura P4 Salas 26/9/2025 8h-12h Horário Protegido para estudo 14h-18h Habilidades e Atitudes em Semiologia 3* semana dia 29/09/2025 a 03/10/2025 Dia Horário Atividade Local 29/9/2025 8h-12h Horário Protegido para estudo 13h-14:30h Palestra 3 Auditório 14:30h-18h Fechamento P4 e abertura P5 Salas 30/9/2025 8h-12h Horário Protegido para estudo 14h-18h Horário Protegido para estudo 1/10/2025 8h-12h IESC 14h-18h Horário Protegido para estudo 2/10/2025 8h-12h Horário Protegido para estudo 14h-18h Fechamento P5 e abertura P6 Salas 3/10/2025 8h-12h Horário Protegido para estudo 14h-18h Habilidades e Atitudes em Semiologia Módulo 203 – Processo de envelhecimento 15 4* semana dia 06/10/2025 a 10/10/2025 Dia Horário Atividade Local 6/10/2025 8h-12h Horário Protegido para estudo 14h-18h Fechamento P6 e abertura P7 Salas 7/10/2025 8h-12h Habilidades e Atitudes em Semiologia 14h-18h Horário Protegido para estudo 8/10/2025 8h-12h IESC 14h-18h Horário Protegido para estudo 9/10/2025 8h-12h Horário Protegido para estudo 13h-14:30h Palestra 4 Auditório 14h-18h Fechamento P7 e abertura P8 Salas 10/10/2025 8h-12h Horário Protegido para estudo 14h-18h Habilidades e Atitudes em Semiologia 5* semana dia 13/10/2025 a 17/10/2025 Dia Horário Atividade Local 13/10/2025 8h-12h Horário Protegido para estudo 14h-18h Fechamento P8 e abertura P9 Salas 14/10/2025 8h-12h Habilidades e Atitudes em Semiologia 14h-18h Horário Protegido para estudo 15/10/2025 FERIADO 16/10/2025 8h-12h Horário Protegido para estudo 13h-14:30h Palestra 5 Auditório 17/10/2025 8h-12h Horário Protegido para estudo 14h-18h Habilidades e Atitudes em Semiologia ESCS - Escola Superior em Ciências da Saúde 16 6* semana dia 20/10/2025 a 24/10/2025 Dia Horário Atividade Local 20/10/2025 8h-12h Horário Protegido para estudo 14h-18h Fechamento P10 e abertura P11 Salas 21/10/2025 8h-12h Habilidades e Atitudes em Semiologia 14h-18h Horário Protegido para estudo 22/10/2025 8h-12h IESC 14h-18h Horário Protegido para estudo 23/10/2025 8h-12h Horário Protegido para estudo 13h-14:30h Palestra 6 Auditório 14h-18h Fechamento P11 e abertura P12 Salas 24/10/2025 8h-12h Horário Protegido para estudo 14h-18h Habilidades e Atitudes em Semiologia 7* semana dia 27/10/2025 a 31/10/2025 Dia Horário Atividade Local 27/10/2025 8h-12h Horário Protegido para estudo 14h-18h Fechamento P12 28/10/2025 FERIADO 29/10/2025 8h-12h IESC 14h-18h Horário Protegido para estudo 30/10/2025 8h-12h Horário Protegido para estudo 14h-18h EAC Auditório 31/10/2025 8h-12h Horário Protegido para estudo 14h-18h Habilidades e Atitudes em Semiologia 6.4 Cronograma das avaliações DIA HORÁRIO ATIVIDADE LOCAL 30/10/2025 5ª feira 14 – 18 h EAC Grande Auditório. Módulo 203 – Processo de envelhecimento 17 6.5 Atividades Práticas DIA HORÁRIO ATIVIDADE* LOCAL NÚMERO DE ALUNOS 22/09/2025 2ª feira 8h – 10 h Turma A Morfofuncional 12 alunos 22/09/2025 2ª feira 10 – 12 h Turma B 06/10/2025 2ª feira 8h – 10 h Turma C 06/10/2025 2ª feira 10 – 12 h Turma D 13/10/2025 2ª feira 8h – 10 h Turma E 13/10/2025 2ª feira 10 – 12 h Turma F 20/10/2025 6ª feira 8h – 10 h Turma G 20/10/2025 6ª feira 10 – 12 h Turma H * Obs: as mesmas turmas da tutoria ESCS - Escola Superior em Ciências da Saúde 18 7 PROBLEMAS 7.1Problema 1 Abertura dia: 15 /09/2025 – segunda-feira Sr. Carlos, com 80 anos, em um momento recordatório se deparou com uma questão: Por que envelhecemos ? Observando pessoas em diversos cenários percebeu algumas diferenças entre idosos e jovens. Considerou a possibilidade da existência de processos de envelhecimento naturais e patológicos, e teorias sobre o envelhecimento. Pesquisou processos relacionados ao Prêmio Nobel de Medicina em 2009 no qual a Dra. Elizabeth H. Blackburn estudou a relação do DNA no envelhecimento com destaque às modificações dos telômeros e da telomerase. Refletiu que no ser humano o envelhecimento é resultado de diversas modificações como as neuro-endócrinas. E se surpreendeu ao ler sobre um encontro científico ocorrido em outubro de 2013 na cidade de Bethesda, EUA. Nesse encontro foi destaque a necessidade de novas pesquisas para melhor compreensão da influência do processo inflamatório no envelhecimento, o denominado “inflammaging”. Por fim, ponderou que apesar da multifatorialidade do envelhecimento alguns processos têm papel preponderante. Módulo 203 – Processo de envelhecimento 19 7.2 Problema 2 Abertura: 18/09/2025– quinta-feira A Sra Eva com 86 anos foi levada a uma consulta médica pela sua neta. A Sra Eva, muito lúcida, queixou-se de uma perda de força e dificuldade para caminhar que vem piorando de forma lenta e progressiva com o passar dos anos. O geriatra que a atendia observou uma perda de força e trofismo muscular, sem causas patológicas e relacionou ao envelhecimento. O médicoalertou que o agravamento dessa condição de sarcopenia poderia ocasionar uma fragilidade da marcha, instabilidade postural, aumento do risco de quedas e imobilidade. Explicou os aspectos diagnósticos e de tratamento para a perda de força e massa muscular. A Sra Eva apresentava risco para uma das cinco Grandes Síndromes Geriátricas clássicas, e com o agravamento da sarcopenia poderá vir a ter a Síndrome de Fragilidade ou mesmo a Síndrome de Imobilidade. ESCS - Escola Superior em Ciências da Saúde 20 7.3 Problema 3 Abertura: 22/09/2025 – segunda-feira Com a temporada de frio em algumas regiões do Brasil aumentam as ocorrências sazonais de doenças respiratórias principalmente em idosos. A imunossenescência é o processo que pode tornar o sistema respiratório mais vulnerável a infecções respiratórias. A imunossenescência modifica as respostas inatas e adaptativas do sistema imune, compreendendo essas mudanças encontram-se explicações para a vulnerabilidade dos idosos a infecções aguda, processos inflamatórios crônicos e resposta a vacinas. A imunização ativa representa um importante método de estímulo imunológico, indução de defesa e diminuição de vulnerabilidade orgânica. A pandemia do SARS-CoV 2 trouxe questionamentos sobre o efeito da imunossenescência quanto a resposta vacinal dos idosos em forma semelhante ao que já se discutia para o vírus da Influenza. É de grande importância conhecer o calendário vacinal dos idosos com vistas às indicações, tipos de vacinas e efeitos colaterais. Módulo 203 – Processo de envelhecimento 21 7.4 Problema 4 Abertura 25/09/2025 – quinta-feira Sra Maria com 84 anos levou sua irmã, a Sra Antônia de 80 anos, para uma consulta de Geriatria por causa do esquecimento. A Sra Maria gerencia a casa em que moram. Ela queixa que a Sra Antônia não consegue utilizar o controle remoto da televisão nem o aparelho de telefone celular que foram comprados recentemente. A Sra Antônia está ficando períodos sentada no sofá olhando a televisão desligada. Ela não está conseguindo fazer compras na padaria pois se confunde ao manusear o dinheiro. Gabriel, médico residente, ao exame percebeu que a irmã mais velha lembrava, mesmo que com alguma lentidão, de diversos detalhes da rotina como, por exemplo, toda a lista de medicamentos que ela e a irmã utilizavam. Com isso, definiu que a Sra Antônia estava perdendo capacidades de Atividades Instrumentais de Vida Diária mas ainda preservava as capacidades para as Atividades Básicas de Vida Diária. O geriatra explicou que o envelhecimento cerebral tem algumas características morfo anatômicas e funcionais, e Gabriel ponderou por um limite para que uma modificação cognitiva associada ao envelhecimento possa ser considerada o início de uma doença. Decidiu estudar como a insuficiência cognitiva pode ser amenizada. ESCS - Escola Superior em Ciências da Saúde 22 7.5 Problema 5 Abertura: 29/09/2025 – Segunda-feira A Sra Amélia com 77 anos foi à UBS com quadro de cefaleia em região de nuca, tontura e falta de ar aos moderados esforços, de frequência intermitente, com início há cerca de 3 meses. Acrescenta que percebe uma menor disposição para o esforço com o passar dos anos. Sedentária, nunca gostou de fazer atividade física. A pressão arterial era 200 x 90 mmHg em membro superior direito, a frequência de pulso era 90 bpm e apresentava um discreto sopro sistólico no Foco Aórtico. Dr. Carlos explicou para a Sra Amélia que apresentava algumas alterações comuns ao envelhecimento do coração e o diagnóstico de Hipertensão Arterial. Explicou os conceitos, e o que poderia contribuir do ponto de vista fisiopatológico para o quadro de Hipertensão Arterial. A Sra Amélia recebeu uma prescrição de anti-hipertensivos e foi orientada sobre a importância de cumprir as medidas de tratamento não farmacológico. O segundo paciente, Sr. João fez 72 anos e procurou o Dr. Carlos com queixa de pernas frequentemente frias com menos pelos e unhas dos pés quebradiças. Tabagista, nunca gostou de praticar esportes e sempre preferiu uma alimentação rica em gorduras e carboidratos. O seu índice de massa corpórea (IMC) era de 39 Kg/m2, a circunferência abdominal de 112 cm, a glicemia de jejum de 205 mg/dl e pressão arterial de 150 x 90 mmHg. Exames feitos mostraram triglicerídeos e LDL-colesterol elevados enquanto o HDL-colesterol estava baixo. Em sua radiografia de tórax visualizava-se calcificações no trajeto da aorta, característicos da Arterioesclerose, conforme orientou o Dr Carlos, que também explicou que a causa dos sintomas referidos nas pernas era em razão da Aterosclerose. Acrescentou que o Sr João apresentava a Síndrome Metabólica. Módulo 203 – Processo de envelhecimento 23 7.6 Problema 6 Data: 02/10/2025 – Quinta-feira Sr Antônio com 85 anos foi a uma consulta após alta hospitalar. A internação foi motivada para o tratamento cirúrgico de uma fratura de fêmur direito decorrente de uma queda em sua casa. A fratura foi adequadamente tratada. O Sr. Antônio se queixou do medo de cair novamente e que isso o estava deixando muito inseguro e para tentar caminhar novamente sem ajuda. O Dr Mário explicou que as quedas e o medo de cair são epidemiologicamente importantes dentro da abordagem de saúde de pessoas mais velhas em razão do risco de perda de funcionalidade. Ressaltou que todo idoso deve ser abordado sobre o risco de quedas. O Dr Mário mostrou a importância de investigar os fatores intrínsecos ou individuais, como a hipotensão postural e uso de medicamentos, e os fatores extrínsecos ou ambientais relacionados a queda do Sr Antônio. Com tal medida descobriu-se que o Sr Antônio usava diversos medicamentos e entre eles estava um Benzodiazepínico em dose alta. Dr Mário concluiu a explicação enumerando medidas de prevenção para que o Sr Antônio não apresentasse um novo episódio de Queda. ESCS - Escola Superior em Ciências da Saúde 24 7.7 Problema 7 Abertura: 06/10/2025 – segunda-feira Sra Joana tem 70 anos, mãe de 5 filhos sendo todos nascidos de parto normal. Lúcia, sua filha, levou-a à consulta no ambulatório de Geriatria ao perceber que a mãe estava desinteressada em sair, ir às festas da família e frequentar locais públicos. Segundo Lúcia, a Sra Joana não tem problemas de memória, está contente e feliz, gosta de receber os filhos e netos em sua casa, mas está ficando muito limitada em não participar das festas de família. Também percebeu um cheiro de urina mais exacerbado nas roupas da Sra Joana. Dr Renato após examinar a Sra Joana explicou que o quadro era de Incontinência Urinária. O envelhecimento do Sistema Renal e do aparelho geniturinário são motivos frequentes de consulta e a Incontinência Urinária é uma das cinco grandes Síndromes Geriátricas. O Dr Renato orientou sobre a senescência do Aparelho Renal e Urinário. Acrescentou que a Incontinência Urinária pode atingir tanto homens quanto mulheres com causas e manifestações diferentes. Ela traz grande impacto na qualidade de vida dos idosos e pode ser inicialmente tratada com medidas não farmacológicas. Módulo 203 – Processo de envelhecimento 25 7.8 Problema 8 Abertura : 09/10/2025 – quinta-feira Sr. João Rufino, 71 anos, faz uso de dois anti-hipertensivos, um diurético, um hipoglicemiante oral e um protetor de mucosa gástrica. Refere que tinha um bom controle da hipertensão e do diabetes. Ganhou do vizinho um complexo vitamínico há alguns meses e tem usado pela manhã. Conversando com o mesmo amigo sobre sua insônia e uma dor lombar, ele lhe ofereceu alguns comprimidos para dormir e um para a dor. O Sr. João Rufino passou a consumir os novos medicamentos indicados pelo vizinho há cerca de 15 dias. Há três dias, o Sr. João Rufino procurou a emergência por ter náuseas, tonteiras e edemade membros inferiores. Foi atendido pelo Dr. Pedro, residente de clínica médica, que perguntou sobre as medicações utilizadas, realizou minuciosa avaliação clínica e solicitou exames da função renal e hepática. Ao discutir o caso, o preceptor do Dr. Pedro explicou os efeitos da senescência sobre a farmacodinâmica e a farmacocinética, principalmente pela diminuição da reserva funcional do fígado e do rim. Abordou o que era a polifarmácia e a desprescrição. Explicou também a complexidade do manejo da polifarmácia, a vulnerabilidade do idoso à iatrogenia medicamentosa. Destacando a frequente ocorrência da Iatrogenia medicamentosa e a polifarmácia no idoso discutiu estratégias para uso adequado de medicamentos nesta faixa etária. ESCS - Escola Superior em Ciências da Saúde 26 7.9 Problema 9 Abertura: 13/10/2025 – Segunda-feira Sra. Olga com 86 anos foi levada para atendimento no ambulatório de Geriatria. Segundo sua filha, Sandra, o motivo da consulta era o isolamento progressivo da Sra Olga. Ela não participava mais das rodas de conversas que aconteciam nas reuniões de família aos domingos, ficando na maioria das vezes calada e com dificuldade em compreender as conversas. O volume do som da televisão sempre estava muito alto. Notou também um maior desinteresse pelas revistas e livros que antes lhe eram prazerosos. Sandra estava preocupada que sua mãe pudesse estar deprimida ou com alguma alteração de memória. O médico sentiu alguma dificuldade em conversar com a Sra Olga, precisou falar em tom de voz mais grave e de forma mais lenta para que pudesse ser compreendido. Também percebeu dificuldade da Sra Olga em realizar uma leitura durante a avaliação. O médico explicou que após as testagens de humor e memória a Sra Olga não apresentava déficit cognitivo nem transtorno de humor. Explicou que a senescência afeta os órgãos sensoriais podendo levar a presbiopia e presbiacusia. Acrescentou que algumas doenças oculares mais frequentes nos mais velhos podem agravar a presbiopia. E que a presbiacusia tem características próprias que a diferenciam das doenças da audição. A presbiopia e a presbiacusia podem se apresentar com prejuízos para a qualidade de vida do idoso e simular outras doenças como a depressão e as demências sendo importante as suas repercussões. Módulo 203 – Processo de envelhecimento 27 7.10 Problema 10 Abertura 16/10/2025- Quinta-feira O Sr. Antônio, com 80 anos, foi levado ao Pronto Socorro por um quadro de intensa agitação e confusão mental com início há 1 dia. Previamente lúcido. Não consegue ficar parado, mostra-se agressivo, olhando insetos que diz estar caindo do teto. Está há mais de 15 dias sem evacuar. Lucia, sua filha, para tentar acalmá-lo deu, por conta própria, um comprimido sedativo benzodiazepínico (diazepam) o qual piorou muito a sua agitação. No pronto socorro, Dr. Carlos explicou que o diagnóstico era de Delirium e que os fatores predisponentes e precipitantes precisavam ser resolvidos. Dr. Carlos explicou a epidemiologia do Delirium, os impactos na saúde e as complicações associadas como custos e aumento do risco para diagnóstico de demências. Por fim, o Dr. Carlos explicou as medidas de prevenção e estratégias de tratamento não farmacológico para o controle do Delirium no Idoso. ESCS - Escola Superior em Ciências da Saúde 28 7.11 Problema 11 Abertura 20/10/2025- Segunda-feira O Sr. Carlos, 81 anos, foi levado ao pronto socorro por um quadro de apatia, sonolência, parada de aceitação alimentar e confusão leve, com início há 3 dias. A filha relata que ele “não está sendo ele mesmo”. Sem febre, sem referência de dor localizada, tosse ou sintomas urinários percebidos. Ele tem história de hipertensão arterial, diabetes mellitus tipo 2 bem controlada, osteoartrose e neoplasia de próstata. No exame físico: responde quando chamado, mas está sonolento e algo confuso; FC 92 bpm, PA 108x68 mmHg, temperatura 36,8°C. O exame físico cardiológico, respiratório, neurológico e abdominal são normais. O exame laboratorial de urina revela piúria e bacteriúria significativa. Diagnóstico: infecção do trato urinário (ITU) com apresentação atípica. O médico orientou que Sr. Carlos, por ser idoso, pode ter apresentação atípica de doenças, explicando os sinais e sintomas atípicos de infecções. Explicou que sinais e sintomas atípicos também podem ocorrer em outras situações, com destaque às doenças cardiovasculares,e considerou recomendações práticas para a abordagem clínica do idoso. Módulo 203 – Processo de envelhecimento 29 7.12 Problema 12 Abertura 23/10/2025- Quinta-feira Lucas passa agora por uma situação nova, sua avó com 89 anos, diagnosticada com Demência por Doença de Alzheimer, está totalmente dependente de cuidadores para as atividades básicas de vida diária. Ela já não se alimenta mais sozinha e tem ficado a todo o tempo deitada na cama em um processo de finitude, quadro que tem algumas semelhanças com a terminalidade. Lucas está triste porque lembra-se da avó com grande carinho e de como em outras épocas ela foi lúcida, cheia de vitalidade e sempre afirmava que não gostaria de morrer sozinha em uma UTI, também dizia que não desejava ao fim da vida ter o corpo invadido por tubos e sondas. Em uma tarde de domingo a sua avó começou a apresentar febre e maior sonolência, a família de Lucas decidiu levá-la para o Pronto Socorro. Após avaliação inicial o médico informou que se tratava de uma pneumonia e que a internação era necessária. O médico perguntou a Lucas e a família se haviam discutido com o médico assistente deles as expectativas de tratamento para aquela fase, apoiando-se no conceito de futilidade terapêutica e se existia uma manifestação de Diretriz Antecipada de Vontade. O médico no pronto socorro explicou que aquela situação demandaria uma compreensão mais ampliada sobre o processo de doença e poderia ser entendida dentro dos critérios de Cuidados Paliativos com seus critérios e conceitos associados, solicitou que a família refletisse sobre as expectativas pelos próximos passos, e assim foi feito. ESCS - Escola Superior em Ciências da Saúde 30 REFERÊNCIAS ● Clínica Médica FAUCY, A. S. (Ed.). Harrison: medicina interna. 18. ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2014. ● Farmacologia HARDMAN, J. G.; LIMBIRD, L. E. Goodman & Gilman: as bases farmacológicas da terapêutica. 12. ed. México: McGraw Hill, 2012. RANG, H. P.; DALE, M. M.; RITTER, J. M. Farmacologia. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. 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