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POLO NOVA FRIBURGO
CAPA 
CURSO DE: LETRAS
TIPO DE AVALIAÇÃO: (Obs. Assinalar o tipo de avaliação)
( X ) AD1
( ) AD2 
( ) AP1 
( ) AP2 
( ) RELATÓRIO: ___________________________
NOME DO ALUNO: Gabriela Martins de Salvo
MATRÍCULA: 14213120202
DISCIPLINA: Literatura Portuguesa I
TUTOR(a): Adriana Goncalves Da Silva
Fundação Centro de Ciências e Educação a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Universidade Federal Fluminense
Curso de Licenciatura em Letras- UFF / CEDERJ
Disciplina: Literatura Portuguesa I
Coordenadora: Maria Lúcia Wiltshire de Oliveira
 
AD1 – 2015 / 2
Aluno(a): 
 
 
Seja bem-vindo à 1ª avaliação da disciplina Literatura Portuguesa I. Esta é uma forma de estudar a matéria  e produzir seu próprio texto sobre alguns tópicos.
Avisos:
A AD1  se  refere aos conteúdos das Aulas 1, 2, 3, 4, 5 e 6 do seu Caderno Didático; 
A  AD1 está  disponibilizada na plataforma a partir das 7 h do dia 15 de agosto, sábado;
As respostas devem ser postadas somente na plataforma, em arquivo WORD ou PDF, até as 7 h do  dia 25 de agosto, terça-feira; 
Não são permitidas  AD1 entregues no  pólo;
Não são permitidas postagens fora do prazo;
Não são aceitas postagens inadequadas na plataforma. Caso não haja confirmação da postagem feita, peça ajuda. Por isso não deixe para última hora.
 
Critérios:
As questões valem cada uma 2,5 pontos;
Para receber o ponto completo, a resposta deve usar exemplos do texto literário ou crítico e apresentar expressão adequada (coerência, coesão, correção);
As respostas devem ter  entre  100 e 150 palavras (aproximadamente  10 a 15 linhas);
 
Boa avaliação 
QUESTÕES
 
1. Por que as línguas humanas não são instrumentos neutros de comunicação? Para compor a sua resposta, releia a Aula 1 no Caderno e consulte o texto fundamental Aula de Barthes, disponível na sala virtual 1 (Introdução) da plataforma (20 p.).
A língua não pode ser considerada apenas um instrumento neutro de comunicação, ela traz consigo, além de suas regras e formas, toda história da sua origem.
Existe em sua natureza uma forma implícita e intrínseca das marcas políticas, que subordinam quem a usa às suas regras que estão incrustadas muito fundo para serem percebidas pelos seus falantes.
Toda língua traz consigo muitos significados culturais e políticos em seus vocábulos e estruturas, não sendo percebidas a ''olho nu''.
Aprendemos em linguística sobre um estudo chamado hipótese Sapir-Whorf, na qual se aprendeu que é a representação por meio dos signos linguísticos do mundo de cada falante.
Ela é um objeto do meio social que permeia, e as pessoas que se utilizam dela, acabam se utilizando da cultura que está arraigada nela sem perceberem.
 
2. Segundo o crítico Antonio José Saraiva, o cronista português Fernão Lopes (séc. XV) concebeu “A existência do povo como sujeito da história, do povo que se sente senhor da terra onde nasce, vive, trabalha e morre e que ganha consciência colectiva contra os que querem senhoreá-lo.” (SARAIVA, 1988, p. 181-2). Releia atentamente a Aula 5 e comente a afirmação considerando a importância do cronista para a  consolidação da identidade territorial portuguesa.
O momento era de enfraquecimento da imagem de Portugal, que, então, necessitava de uma reafirmação de sua fama para com seu povo lusitano. Dessa forma, O Rei D.João deu uma responsabilidade à Fernão Lopes de um alto cargo diante do reino: Tornara-se guardião da torre do Tombo, ou seja, era responsável pelo registro oficial das crônicas dos Reis de Portugal.
Fernão era muito bom escritor, não contava apenas um registro histórico comum, como costumavam ser os daquele tempo. Escrevia em tom imparcial e com uma cronologia que passava realismo e veracidade ao conto, trazendo todo o passado lusitano de volta aos olhos do povo português e de outros países. Realizando o motivo pelo qual ocupou tal cargo: Reafirmação da história de Portugal.
Dentre suas crônicas, estão: Crônica de D. Pedro I, Crônica de D. Fernando e Crônica de D. João Ias. Que falavam da Dinastia Afonsina e da Dinastia de Avis, e, dessa última, sua crônica serviu para legitimar o partido de D. João I, Mestre de Avis.
Suas crônicas foram importantes para a consolidação da identidade lusitana, pois defendia a expansão do império e defendia também o direito do ''amor à terra'', se opondo paradoxalmente ao direito ''dinástico'' (sangue), que fez com que Portugal se tornasse o pioneiro no tocante a noção de nacionalidade.
3. Antes de Camões, o dramaturgo Gil Vicente (séc. XV e XVI) criticou a expansão marítima portuguesa em seu Auto da Índia por meio do riso. Releia a peça, escolha alguma passagem voltada para o contexto político e comente o(s)  recurso(s) utilizados nesta crítica (Aula 6), comparando-a com  a crítica de Camões (séc. XVI), anos mais tarde (1572)  através de Os Lusíadas (Aula 4)
Considerado um dos maiores escritores e dramaturgos de Portugal, teve sua vida antes de Camões, embora não menos importante para a construção da história do teatro e da escrita.
Escrevia comédias, farsas e modalidades, que eram gêneros profanos e religiosos, inspirando, por sua vez, diversos outros países europeus.
Ele, por sua vez, era muito crítico com as viagens expansionistas de Portugal e se valia do dom de dramaturgo para expressar em seus textos o que apontava como ''egoísmo e ambição'' do país com sátiras, enquanto Camões expressava pelo gênero épico, comparativamente.
Gil acreditava que quando os maridos iam para o mar descobrir e aumentar impérios, as esposas em terra, estariam aptas ao adultério e isso ele expressa com humor em sua farsa ''O Auto da Índia'', em que ironicamente fala das traições e da hipocrisia da Ama, retratando o aspecto e comportamento imoral das esposas, porém implicitamente revelando uma segunda verdade crítica que se dirigia aos efeitos negativos das expansões marítimas de Portugal. Por exemplo, na passagem, em que ela fala com sua amiga, sobre o medo do marido não partir à viagem para que ela pudesse se aventurar nas suas traições:
“AMA Por qual demo ou por qual gamo, (veado) Esse má hora, chorarei? Como me deixa saudosa! (Quando me ponho a pensar nele) Toda eu fico amargurada! 
MOÇA Pois porque estais enojada? Dizei-mo, por vida vossa. 
AMA Deixa-me, ora, eramá, (*1) Que dizem que não vai já”
(Gil Vicente, Auto da India)
E, Camões, por sua vez, nesse trecho de O Velho do Restelo, diz a mesma coisa (inclusive pondo em duvida aos historiadores se havia lido Gil Vicente e feito uma referência)
96
— "Dura inquietação d'alma e da vida,
Fonte de desamparos e adultérios,
Sagaz consumidora conhecida
De fazendas, de reinos e de impérios:
Chamam-te ilustre, chamam-te subida,
Sendo dina de infames vitupérios;
Chamam-te Fama e Glória soberana,
Nomes com quem se o povo néscio engana! 
(Camões, "Os Lusíadas")
Nos dois casos podemos perceber a crítica latente ao expansionismo Português pela forma como, pela ironia (Gil Vicente) e pela épica (Camões) retratavam em suas poesias o descontentamento pela ambição lusitana de alastrar o império.
4. Consulte na sala virtual da plataforma os poemas de Saramago (“Fala do Velho do Restelo ao Astronauta”) e de António Gedeão (“Pedra Filosofal”) que retomam de formas diferentes o tema do Deslocamento marítimo português. Leia cuidadosamente a Aula 3 para comentar esta diferença, acrescentando sua opinião pessoal à questão.   
O poema de Saramago faz uma crítica ao desejo do homem de querer conquistar outros lugares e conhecer outras formas de vida, deviando-se do foco do mundo no qual já vive e pertence: a fome ainda existe, a violência, a morte, a falta de perspectiva.
No poema ele expressa a tristeza de constatar que o mundo continua passando por todas essas misérias humanas, sem que o homem faça nada para diminuir ou melhorar tal realidade:
“Aqui, na Terra,a fome continua, 
A miséria, o luto, e outra vez a fome. 
[…]
Mas fizemos de ti a prova da riqueza, 
E também da pobreza, e da fome outra vez. 
E pusemos em ti sei lá bem que desejo 
De mais alto que nós, e melhor e mais puro”
Podemos fazer uma comparação com o poema de Camões, no canto do Velho do Restelo, pois a situação é a mesma, se não formos ludibriados pelo anacronismo: Era a modernidade do mundo antigo de Portugal. A busca do português pela expansão marítima era como se fosse a busca do astronauta pelo espaço, comparativamente.
Observamos nesse trecho:
“Oh! Maldito o primeiro que, no mundo,
Nas ondas vela pôs em seco lenho!
Digno da eterna pena do Profundo,
Se é justa a justa Lei que sigo e tenho!
Nunca juízo algum, alto e profundo,
Nem cítara sonora ou vivo engenho,
Te dê por isso fama nem memória,
Mas contigo se acabe o nome e a glória.”
(Camões, "Os Lusíadas")
Saramago usa de uma referência para dizer com suas palavras que também considerava a ''expansão espacial'', por assim dizer, ruim para a humanidade. Assim como o Velho do Restelo também opôs-se à expansão marítima de Portugal.
Bibliografia: 
http://professor.bio.br/portugues/provas_questoes.asp?section=literatura&curpage=136
http://www.baraodemaua.br/comunicacao/publicacoes/vocabulo/pdf/soraia_volumeII.pdf
http://professor.bio.br/portugues/provas_questoes.asp?section=literatura&curpage=136
http://www.infoescola.com/biografias/gil-vicente/
http://www.suapesquisa.com/quemfoi/gil_vicente.htm
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fern%C3%A3o_Lopes

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