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Aula 09 (8)

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DIREITO PROCESSUAL PENAL - TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
 
Professor: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 1
DIREITO PROCESSUAL PENAL – TEORIA E EXERCÍCIOS – TJDFT 
ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA 
PROFESSOR PEDRO IVO 
 
AULA 09 – RECURSOS 
 
Futuros Aprovados, 
 
Hoje chegamos à nossa nona aula e trataremos de um tema que deve ser 
estudado com a maior objetividade possível. 
É um assunto extremamente amplo, mas com alguns pontos que não merecem 
grande atenção, pois nunca apareceram em concursos públicos, sejam estes 
da área policial, jurídica, tribunais, ou qualquer outro. 
É um tema que vai exigir o conhecimento de diversos pontos que vimos no 
decorrer do curso. Sendo assim, se ainda há pendências, minha recomendação 
é a seguinte: Releia os tópicos anteriores, estude e, somente após, inicie esta 
aula. 
Agora, vamos começar a subir mais um degrau da nossa escada do processo 
penal... Rumo ao TJDFT!!! 
 
Bons estudos! 
*********************************************************** 
 
9.1 – RECURSOS – NOÇÕES GERAIS 
 
 9.1.1 CONCEITO 
 
Segundo o ilustre E. Magalhães Noronha, recurso “é a providência legal 
imposta ao juiz ou concedida à parte interessada, objetivando nova 
apreciação da decisão ou situação processual, com o objetivo de corrigi-la, 
modificá-la ou confirmá-la.” 
Podemos, em resumo, dizer que são os meios processuais que as partes 
dispõem para pedir a reforma, modificação ou esclarecimento de uma 
decisão judicial. 
 
 9.1.1 FINALIDADE 
 
O recurso tem por finalidade propiciar o reexame de uma decisão por órgão 
jurisdicional de superior instância ou pelo mesmo órgão que a prolatou. 
Justifica-se, primordialmente na Constituição Federal que instituiu o princípio 
do duplo grau de jurisdição. 
 
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PROFESSOR PEDRO IVO 
 
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PROFESSOR PEDRO IVO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 9.1.2 CLASSIFICAÇÕES 
 
Existem diversas classificações cabíveis para os recursos. Vamos verificar 
aquelas que são importantes para sua PROVA: 
 
a) Quanto à obrigatoriedade: 
 
I) Recurso voluntário: é aquele em que a interposição depende 
unicamente da vontade das partes. Trata-se de regra no processo penal 
brasileiro, pois, segundo o art. 574, caput, os recursos serão 
voluntários, excetuando-se os casos em que deverão ser interpostos de 
ofício pelo juiz. 
Exemplo: a apelação contra sentença condenatória. 
 
Art. 574. Os recursos serão voluntários, excetuando-se os 
seguintes casos, em que deverão ser interpostos, de ofício, pelo 
juiz 
 
OBSERVAÇÃO 
A DOUTRINA DIVERGE EM CONSIDERAR O DUPLO GRAU DE 
JURISDIÇÃO COMO UM PRINCÍPIO DE PROCESSO INSERIDO NA 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL, JÁ QUE INEXISTE A SUA PREVISÃO 
EXPRESSA NO TEXTO CONSTITUCIONAL. DENTRE OS AUTORES 
QUE NÃO A ADMITEM, PODE-SE MENCIONAR MANOEL ANTONIO 
TEIXEIRA FILHO, ARRUDA ALVIM, TUCCI E CRUZ E TUCCI, 
DENTRE OUTROS. 
DE OUTRO LADO EXISTEM AUTORES TAIS COMO HUMBERTO 
THEODORO JUNIOR E NELSON NERY JUNIOR QUE ADMITEM O 
DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO, COMO PRINCÍPIO DE PROCESSO 
INSERIDO NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. 
AQUELES QUE ACREDITAM QUE O DUPLO GRAU DE 
JURISDIÇÃO É UM PRINCÍPIO PROCESSUAL CONSTITUCIONAL, 
INCLUSIVE DE PROCESSO CIVIL, FUNDAMENTAM A SUA 
POSIÇÃO, NA COMPETÊNCIA RECURSAL ESTABELECIDA NA 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL. 
AS BANCAS TEM SE POSICIONADO NO SENTIDO DE QUE O 
DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO É UM PRINCÍPIO 
CONSTITUCIONAL E, PORTANTO, ESTE DEVE SER O 
ENTENDIMENTO QUE VOCÊ DEVE LEVAR PARA SUA PROVA. 
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ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA 
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II) Reexame necessário: é aquele decorrente de obrigação legal, 
ou seja, a própria lei obriga à revisão como condição de eficácia para 
o trânsito em julgado (STF, Súmula 423). 
Não se trata propriamente de um recurso, devido ao não interesse 
recursal por parte do magistrado. 
Exemplos: concessão de habeas corpus (art. 574, I), reexame 
necessário em relação à absolvição sumária do acusado no 
procedimento dos crimes dolosos contra a vida (art. 574, II) e quanto à 
decisão que concede reabilitação criminal (art. 746). 
 
Art. 574. Os recursos serão voluntários, excetuando-se os 
seguintes casos, em que deverão ser interpostos, de ofício, pelo 
juiz: 
I - da sentença que conceder habeas corpus; 
II - da que absolver desde logo o réu com fundamento na 
existência de circunstância que exclua o crime ou isente o réu de 
pena, nos termos do art. 411. 
 
b) Quanto às fontes: 
 
I) Constitucionais: são os recursos previstos no texto da 
Constituição Federal, tais como os recursos: extraordinário (CF/1988, 
art. 102, III), especial (CF/1988, art. 105, III) e ordinário (CF/1988, 
arts. 102, II e 105, II). 
 
II) Legais: são os recursos previstos no CPP ou em leis especiais. É 
o caso, por exemplo, da apelação (art. 593) e do recurso de agravo em 
execução (Lei de Execução Penal, art. 197). 
 
c) Quanto à motivação: 
 
I) Recursos ordinários: são os recursos que não exigem o 
cumprimento de requisitos específicos para sua interposição, bastando 
apenas os pressupostos normais atinentes a qualquer recurso. Baseiam-
se no mero inconformismo da parte. Exemplo: a apelação interposta 
contra sentença condenatória. 
II) Recursos extraordinários: são aqueles que possuem requisitos 
específicos para sua interposição. Exemplo: os embargos infringentes, 
que são oponíveis apenas contra acórdãos não unânimes e 
desfavoráveis ao réu. 
 
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9.1.3 JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE 
 
Um recurso só é viável quando presentes os chamados pressupostos 
objetivos e subjetivos. 
Para a verificação de tais pressupostos, deve ser realizado o chamado juízo 
de admissibilidade. 
Como, em regra, os recursos são interpostos perante o juízo de primeira 
instância, logo que o mesmo é interposto deve ser submetido a tal juízo de 
admissibilidade, feito pelo órgão que prolatou a decisão. É o chamado juízo 
de admissibilidade pelo juiz a quo. 
Se o juiz a quo, verificando o cumprimento dos pressupostos recursais, 
receber o recurso, deve remetê-lo ao Tribunal competente para analisá-lo. 
Tal Tribunal deverá realizar um novo juízo de admissibilidade e será 
denominado de Tribunal ad quem. 
 
Vamos conhecer agora os pressupostos recursais objetivos e subjetivos: 
 
 9.1.3.1 PRESSUPOSTOS RECURSAIS OBJETIVOS 
 
São considerados pressupostos recursais objetivos: 
 
a) Cabimento: o recurso deve estar previsto em lei. 
b) Adequação: o recurso deve ser adequado à decisão que se pretende 
impugnar. 
Todavia, tal regra não se apresenta como absoluta, pois, por força do 
princípio da fungibilidade dos recursos, também chamado de teoria do 
recurso indiferente, salvo a hipótese de má-fé, a parte não será 
prejudicada pela interposição de um recurso por outro (art. 579). 
 
Art. 579. Salvo a hipótese de má-fé, a parte não será 
prejudicada pela interposição de um recurso por outro. 
 
Observação: se o juiz, desde logo, reconhecer a impropriedade do 
recursointerposto pela parte, mandará processá-lo de acordo com o rito 
do recurso cabível (art. 579, parágrafo único). 
 
Art. 579 
[...] 
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Parágrafo único. Se o juiz, desde logo, reconhecer a 
impropriedade do recurso interposto pela parte, mandará 
processá-lo de acordo com o rito do recurso cabível. 
 
c) Tempestividade: o recurso deve ser interposto dentro do prazo 
previsto em lei. 
Os prazos recursais são fatais, contínuos e peremptórios, não se 
interrompendo por férias, domingo ou feriado (art. 798). 
 
Art. 798. Todos os prazos correrão em cartório e serão 
contínuos e peremptórios, não se interrompendo por férias, 
domingo ou dia feriado. 
 
No processo penal, em regra, o prazo é de 05 (cinco) dias, embora 
existam variações, como, por exemplo: embargos de declaração (02 dias), 
carta testemunhável (48 horas), embargos infringentes (10 dias), recurso 
extraordinário e especial (15 dias). 
 
 
 
 
 
 
 
Observação 01 
Os defensores públicos gozam de prazo em dobro para interpor 
recurso (Lei nº 1.060/1950, art. 5º, § 5º, e LC nº 80/1994, art. 44). 
Observação 02 
A Lei nº 9.800/1999 passou a permitir que as partes utilizem o 
sistema de transmissão de dados e imagens do tipo fac-símile para a 
prática de atos processuais que dependam de petição. O que deve ser 
considerado na aferição da tempestividade do recurso é a data de 
envio do fax. Os originais podem ser protocolados até cinco dias 
depois do término do prazo para recorrer. 
STF, HC 94.528/ES, DJ 27.03.2009, Informativo 536 
Não se tem por válida a interposição de recurso pelo sistema fac-símile, ainda 
que, no prazo legal, quando a transmissão se dá fora do horário de atendimento 
ao público e por meio de equipamento não destinado a esse fim. 
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d) Regularidade: o recurso deve ser interposto com a observância das 
formalidades legais. 
O recurso será interposto por petição ou por termo nos autos, assinado 
pelo recorrente ou por seu representante. Não sabendo ou não podendo o 
réu assinar o nome, o termo será assinado por alguém, a seu rogo, na 
presença de duas testemunhas. 
 
Art. 578. O recurso será interposto por petição ou por termo nos 
autos, assinado pelo recorrente ou por seu representante. 
§ 1o Não sabendo ou não podendo o réu assinar o nome, o termo 
será assinado por alguém, a seu rogo, na presença de duas 
testemunhas. 
 
 
 
 
 
 
 
e) Preparo: a falta do pagamento das custas, nos prazos fixados em lei 
ou marcados pelo juiz, importará deserção do recurso interposto (art. 
806, § 2º). 
Tal regra aplica-se apenas aos casos de ação penal privada, pois, nas 
ações penais públicas, o Ministério Público não está sujeito ao pagamento 
de custas. 
 
 
 
 
 
 
 
9.1.3.2 PRESSUPOSTOS RECURSAIS SUBJETIVOS 
 
 São considerados pressupostos recursais objetivos: 
 
a) Legitimidade para recorrer: segundo o art. 577 do código de 
Processo Penal, são legitimados para recorrer: 
DICIONÁRIO DO CONCURSEIRO 
Petição � É a manifestação escrita quanto à vontade de recorrer, ou 
seja, aquela realizada sob a forma de um requerimento. 
Termo �É a manifestação oral de inconformidade, reduzida a escrito 
por quem tenha fé pública (Escrivão, por exemplo). 
STJ, HC 91.097/MA, DJ 06.04.2009 
No que diz respeito ao recurso da defesa, em face dos princípios 
constitucionais da presunção de inocência e da ampla defesa, a 
interposição de recurso nas ações penais públicas não está sujeita 
à deserção por falta de preparo. 
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I) Em relação à acusação: 
• O Ministério Público; e 
• O querelante; 
 
II) Em relação à defesa: 
• O réu (pessoalmente); 
• O procurador do réu (advogado munido de procuração); e 
• O defensor (nomeado pelo juízo) 
 
b) Interesse: não se admitirá recurso da parte que não tiver interesse na 
reforma ou modificação da decisão (art. 577, parágrafo único). 
 
Art. 577. O recurso poderá ser interposto pelo Ministério 
Público, ou pelo querelante, ou pelo réu, seu procurador ou seu 
defensor. 
Observação 
Apesar de já havermos tratado do assistente do Ministério 
Público na nossa aula sobre sujeitos processuais, cabe 
relembrar que: 
Quanto ao assistente do Ministério Público, cabe a chamada 
legitimidade restrita e subsidiária, segundo a qual o assistente só 
poderá recorrer nos casos expressamente previstos em lei ou definidos 
pela jurisprudência. 
Exemplos: 
• RECURSO EM SENTIDO ESTRITO CONTRA EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE 
(ART. 584, § 1º); 
• APELAÇÃO CONTRA A IMPRONÚNCIA (ARTS. 416 E 598); 
• APELAÇÃO DA SENTENÇA CONDENATÓRIA OU ABSOLUTÓRIA (ART. 
598); 
• RECURSOS EXTRAORDINÁRIO E ESPECIAL CONTRA ACÓRDÃO QUE 
DECLARAR OU RATIFICAR A EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE (STF, 
SÚMULA 210 E ART. 584, § 1º); 
• RECURSOS EXTRAORDINÁRIO E ESPECIAL CONTRA ACÓRDÃO QUE 
DESPRONUNCIAR OU RATIFICAR A IMPRONÚNCIA DO ACUSADO (STF, 
SÚMULA 210). 
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Parágrafo único. Não se admitirá, entretanto, recurso da parte 
que não tiver interesse na reforma ou modificação da decisão. 
 
Do exposto, podemos resumir: 
 
PRESSUPOSTOS 
OBJETIVOS 
PRESSUPOSTOS 
SUBJETIVOS 
CCAABBIIMMEENNTTOO LLEEGGIITTIIMMIIDDAADDEE PPAARRAA 
RREECCOORRRREERR 
AADDEEQQUUAAÇÇÃÃOO IINNTTEERREESSSSEE 
TTEEMMPPEESSTTIIVVIIDDAADDEE 
RREEGGUULLAARRIIDDAADDEE 
PPRREEPPAARROO 
 
9.1.5 EXTINÇÃO DOS RECURSOS 
 
A extinção normal de um recurso ocorre após a análise e o julgamento de 
mérito do Tribunal ad quem. Entretanto, a extinção pode ocorrer através de: 
 
• Desistência: é o ato pelo qual o recorrente manifesta formalmente, 
após a interposição e o recebimento do recurso pelo juízo a quo, o 
desinteresse no seguimento, processamento e julgamento do recurso. 
Essa desistência só é cabível para o querelante, para o assistente de 
acusação e para a defesa, uma vez que o Ministério Público não 
poderá desistir de recurso que haja interposto (art. 576). Classifica-se 
como um fato extintivo. 
 
Art. 576. O Ministério Público não poderá desistir de recurso que 
haja interposto 
 
• Renúncia: consiste na manifestação da vontade da parte no sentido 
de demonstrar que não ingressará com o recurso. 
Classifica-se como um fato impeditivo do direito de recorrer e tem 
como efeito antecipar o trânsito em julgado da decisão judicial. 
 
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Assim: 
 
a) Desistência: é cabível do recurso já interposto;b) Renúncia: ocorre antes da interposição do recurso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9.1.5 EFEITOS DOS RECURSOS 
 
São quatro os possíveis efeitos recursais: 
 
a) Devolutivo: é comum a todos os recursos. Significa que a interposição 
reabre a possibilidade de análise da questão combatida no recurso, por 
meio de um novo julgamento. A extensão dessa devolução, porém, é 
questão que depende de quem seja o recorrente: 
 
I) Recurso da acusação: possui limitado efeito devolutivo, uma 
vez que visa agravar a situação do réu. 
Assim, por exemplo, é nulo o acórdão que reconhece contra o réu 
nulidade não arguida no recurso da acusação, excetuados os casos de 
reexame necessário (STF, Súmula 160). 
II) Recurso da defesa: como visa melhorar a situação do réu, regra 
geral, possui efeito integral, ou seja, temas que não estiverem 
expressos na impugnação poderão ser analisados. 
Tal regra não é absoluta, pois o efeito devolutivo da apelação contra 
decisões do júri é adstrito aos fundamentos da sua interposição (STF, 
Súmula 713). 
 
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b) Suspensivo: significa que a interposição do recurso suspende a 
aplicabilidade da decisão recorrida. Apesar de tal efeito ser exceção no 
processo penal, encontra hipóteses de cabimento, tais como (apenas a 
título de conhecimento !!! Não é necessário “decorar”): 
 
I) Recurso em sentido estrito da decisão que julgar perdido o valor 
da fiança e daquela que denegar a apelação ou julgá-la deserta (art. 
584, caput). 
II) Recurso em sentido estrito contra a decisão que julgar quebrada a 
fiança no que diz respeito à perda da metade de seu valor (art. 584, 
§ 3º). 
 
c) Regressivo: esse efeito faz com que o próprio órgão julgador possa 
reapreciar a matéria, mantendo-a ou reformando-a, total ou parcialmente, 
antes do encaminhamento ao juízo ad quem. 
São exemplos de recurso com este efeito o recurso em sentido estrito 
(art. 589) e a carta testemunhável (art. 643). 
 
d) Extensivo: esse efeito está presente no caso de concurso de agentes, 
pois a decisão do recurso interposto por um dos réus, se fundado em 
motivos que não sejam de caráter exclusivamente pessoal, aproveitará 
aos outros. 
Exemplo: Tício e Mévio são condenados em primeira instância pelo crime 
de roubo. 
Tício ingressa com recurso alegando atipicidade do fato. 
Caso o juízo ad quem julgue atípico o fato, tal decisão será extensível a 
Mévio, não sendo aplicada somente a quem ingressou com o recurso. 
Do exposto podemos resumir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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9.1.5 REFORMATIO IN PEJUS / IN MELLIUS 
 
Mesmo sem conhecer, ainda, as espécies de recursos, você já pôde perceber 
que existem recursos interpostos pela acusação (contra o réu) e aqueles 
apresentados pela defesa. 
Quando o réu tem a sua situação jurídica agravada, diz-se que ocorreu a 
reformatio in pejus (que se divide em direta e indireta). 
Diferentemente, se a situação do acusado é abrandada, tem-se a 
reformatio in mellius. 
Mas será que na hipótese de recurso exclusivo da defesa, o réu pode ter sua 
situação agravada? E no caso de recurso da acusação, poderá ter sua pena 
abrandada? Vamos analisar: 
 
• Reformatio in pejus direta: ocorre quando o juízo ad quem, 
apreciando recurso exclusivo da defesa, confere tratamento mais 
rígido ao réu. 
Tal situação não encontra cabimento no processo penal brasileiro, pois 
o Tribunal não pode proferir decisão que torne mais gravosa a situação 
do réu, ainda que haja erro evidente na sentença (art. 617). 
 
Art. 617. O tribunal, câmara ou turma atenderá nas suas 
decisões ao disposto nos arts. 383, 386 e 387, no que for 
aplicável, não podendo, porém, ser agravada a pena, quando 
somente o réu houver apelado da sentença. 
 
• Reformatio in pejus indireta: caso seja anulada decisão devido a 
recurso exclusivo da defesa, novo julgamento não poderá tornar a 
situação do acusado mais gravosa do que a proferida no julgamento 
anterior (STJ, HC 108.333/SP, DJ 08.09.2009). 
Ainda, agora segundo o STF: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
STF, HC 89.544/RN, DJ 15.05.2009, Informativos 542 e 546 
 
Anulado o julgamento pelo tribunal do júri e a correspondente 
sentença condenatória, transitada em julgado para a acusação, 
não pode o acusado, na renovação do julgamento, vir a ser 
condenado a pena maior do que a imposta na sentença 
anulada, ainda que com base em circunstância não ventilada 
no julgamento anterior. 
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• Reformatio in melius: ocorre quando o juízo ad quem, apreciando 
recurso exclusivo da acusação, confere tratamento mais benéfico ao 
réu. Segundo o STJ: 
 
 
 
 
 
 
 
*************************************************************** 
Caro(a) aluno(a), 
 
Após estes conceitos iniciais, passaremos agora ao estudo dos recursos em 
espécie. 
 
Vamos começar! 
*************************************************************** 
 
9.2 – DOS RECURSOS EM ESPÉCIE 
 
9.2.1 RECURSO EM SENTIDO ESTRITO (arts. 581 a 592). 
 
O recurso em sentido estrito, normalmente chamado de RESE, destina-se a 
impugnar decisões interlocutórias. Segundo pacífico entendimento 
jurisprudencial e doutrinário, limita-se o seu cabimento aos casos 
expressamente previstos em lei. 
É importante ressaltar que, apesar de a lista de casos ser taxativa, a 
legislação processual penal não é estranha à interpretação extensiva. Assim, 
os casos de cabimento apresentados no art. 581 (veremos abaixo), podem 
ser interpretados extensivamente. 
Assim, admite-se a utilização do recurso em sentido estrito em face de uma 
decisão interlocutória que se enquadre nas hipóteses do art. 581, a despeito 
da linguagem restrita do rol não elencar explicitamente o caso (STJ, HC 
60.624/MS, DJ 07.04.2008). 
 
STJ, AgRg no REsp 666.732/RS, DJ 23.11.2009 
 
No processo penal, inexiste óbice legal à reformatio in mellius em recurso 
exclusivo da acusação. 
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Vamos, a partir de agora, analisar as hipóteses de cabimento previstas em 
lei: 
 
9.2.1.1 HIPÓTESES DE CABIMENTO 
 
Hipóteses de cabimento (art. 581): caberá recurso, no sentido estrito, 
da decisão, despacho ou sentença: 
 
A) QUE NÃO RECEBER A DENÚNCIA OU A QUEIXA; 
B) QUE CONCLUIR PELA INCOMPETÊNCIA DO JUÍZO; 
C) QUE JULGAR PROCEDENTES AS EXCEÇÕES, SALVO A DE SUSPEIÇÃO; 
D) QUE PRONUNCIAR O RÉU; 
E) QUE CONCEDER, NEGAR, ARBITRAR, CASSAR OU JULGAR INIDÔNEA A 
FIANÇA, INDEFERIR REQUERIMENTO DE PRISÃO PREVENTIVA OU 
REVOGÁ-LA, CONCEDER LIBERDADE PROVISÓRIA OU RELAXAR A 
PRISÃO EM FLAGRANTE; 
F) QUE JULGAR QUEBRADA A FIANÇA OU PERDIDO O SEU VALOR; 
G) QUEDECRETAR A PRESCRIÇÃO OU JULGAR, POR OUTRO MODO, 
EXTINTA A PUNIBILIDADE; 
H) QUE INDEFERIR O PEDIDO DE RECONHECIMENTO DA PRESCRIÇÃO OU 
DE OUTRA CAUSA EXTINTIVA DA PUNIBILIDADE; 
I) QUE CONCEDER OU NEGAR A ORDEM DE HABEAS CORPUS; 
J) QUE ANULAR O PROCESSO DA INSTRUÇÃO CRIMINAL, NO TODO OU 
EM PARTE; 
K) QUE INCLUIR JURADO NA LISTA GERAL OU DESTA O EXCLUIR; 
DICIONÁRIO DO CONCURSEIRO 
 
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA 
É O ATO PELO QUAL O JUIZ DECIDE QUESTÃO INCIDENTAL COM O 
PROCESSO AINDA EM CURSO. NOTE-SE QUE A DECISÃO INTERLOCUTÓRIA 
NÃO PÕE FIM AO PROCESSO, DIFERENTE DA SENTENÇA. 
 
INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA 
A INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA SE TRADUZ NO ALARGAMENTO DA LETRA 
DA LEI, DE MODO A CONFERIR-LHE UM ALCANCE CONFORME AO 
PENSAMENTO LEGISLATIVO. 
 
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L) QUE DENEGAR A APELAÇÃO OU A JULGAR DESERTA; 
M) QUE ORDENAR A SUSPENSÃO DO PROCESSO, EM VIRTUDE DE 
QUESTÃO PREJUDICIAL; 
N) QUE DECIDIR SOBRE A UNIFICAÇÃO DE PENAS; 
O) QUE DECIDIR O INCIDENTE DE FALSIDADE. 
 
9.2.1.2 PRAZO 
 
O prazo geral para a interposição de recurso em sentido estrito é de 05 
(cinco) dias a contar da intimação da decisão (art. 586). 
Por sua vez, é de 20 (vinte) dias para interposição do recurso contra decisão 
que incluir jurado na lista geral ou desta excluir (arts. 581, XIV e 586, 
parágrafo único). 
 
Observe: 
 
Art. 586. O recurso voluntário poderá ser interposto no prazo de 
cinco dias. 
Parágrafo único. No caso do art. 581, XIV, o prazo será de vinte 
dias, contado da data da publicação definitiva da lista de jurados. 
 
9.2.1.3 TRAMITAÇÃO 
 
O recurso em sentido estrito, regra geral, deverá ser processado e subir ao 
Tribunal competente por instrumento ou translado, instruído dos 
documentos pertinentes (art. 587), permanecendo os autos principais em 1º 
Grau. 
Ocorre, todavia, que, em casos excepcionais, o recurso em sentido estrito 
poderá ser encaminhado ao juízo ad quem nos próprios autos em que se 
encontra a decisão sob a qual recai o recurso. Isto ocorre quando se tratar 
de (art. 583): 
 
 
OBSERVAÇÃO 
ESTA ÚLTIMA SITUAÇÃO DIZ RESPEITO AO RITO PROCEDIMENTAL DO 
TRIBUNAL DO JÚRI, CABÍVEL NO CASO DE CRIMES DOLOSOS CONTRA A 
VIDA. 
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a) Recurso em sentido estrito interposto de ofício pelo magistrado; 
b) Decisão que não receber a denúncia; 
c) Decisão que julgar procedente a exceção; 
d) Decisão que julgar extinta a punibilidade; 
e) Sentença que julgar o pedido de habeas corpus; 
f) Caso em que o recurso não prejudicar o andamento do processo. 
 
9.2.1.4 PROCESSAMENTO 
 
Vamos analisar agora qual o trâmite de processamento definido pelo CPP 
para o RESE: 
 
a) Após a interposição do recurso em sentido estrito, no prazo de cinco 
dias, os autos serão conclusos para que seja verificado o juízo de 
admissibilidade pelo juiz a quo; 
b) Caso os pressupostos sejam preenchidos, o recurso será recebido e as 
partes serão notificadas para a apresentação das razões (pelo recorrente) 
e das contrarrazões (art. 588); 
c) Com a resposta do recorrido ou sem ela, será o recurso concluso ao 
juiz, que, dentro de dois dias, reformará ou sustentará o seu despacho, 
mandando instruir o recurso com os traslados que Ihe parecerem 
necessários (art. 589); 
d) Se o juiz reformar o despacho recorrido, a parte contrária, por simples 
petição, poderá recorrer da nova decisão, se couber recurso, não sendo 
mais lícito ao juiz modificá-la. Neste caso, independentemente de novos 
arrazoados, subirá o recurso nos próprios autos ou em traslado (art. 589, 
parágrafo único). 
e) Se o juiz não se retratar, deverá encaminhar o recurso ao juízo ad 
quem para julgamento. 
 
9.2.1.5 EFEITOS 
 
O recurso em sentido estrito provoca efeito devolutivo e efeito regressivo. 
 
9.2.2 APELAÇÃO (arts 593 a 606). 
 
A apelação destina-se a levar à segunda instância o julgamento de matéria 
decidida pelo juiz de primeiro grau, em regra, em sentenças definitivas ou 
com força de definitivas. 
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9.2.2.1 CARACTERÍSTICAS 
 
Pode-se dizer que a apelação é um recurso: 
 
a) Amplo: uma vez que pode devolver ao Tribunal o julgamento pleno da 
matéria objeto da decisão; 
 
b) Residual: uma vez que só pode ser interposto se não houver 
previsão expressa de cabimento de recurso em sentido estrito. 
 
c) Preferível: caso a lei apresente previsão do recurso em sentido estrito 
para parte da decisão e a apelação para o restante (em se tratando de 
uma mesma sentença), prevalecerá a apelação que funcionará como 
único recurso oponível contra toda a decisão. 
 
9.2.2.2 ESPÉCIES 
 
A doutrina divide a apelação nas seguintes espécies: 
 
a) Apelação plena: ocorre quando se devolve ao conhecimento do 
Tribunal ad quem toda a matéria decidida na primeira instância, ou seja, 
toda a matéria que gerou sucumbência; 
 
b) Apelação limitada: ocorre quando a sucumbência é parcial ou quando 
o recorrente apela de apenas parte da decisão. 
Nesse caso, vigora o princípio do tantum devolutum quantum appellatum, 
não podendo o juízo de 2ª instância julgar além dos limites do pedido do 
recurso. 
Vale ressaltar nesse ponto que, embora o Tribunal não possa julgar além 
do pedido do recorrente, ele está autorizado a rever todas as questões 
antecedentes que venham a influenciar esse pedido, ainda que não 
tenham sido examinadas na sentença recorrida. 
Tais limites devem ser fixados na petição ou termo do recurso e, na falta 
de limitação do pedido, presume-se que se trata de apelação plena. 
 
9.2.2.3 CABIMENTO 
 
Assim como fizemos no Recurso em Sentido Estrito, vamos agora analisar as 
hipóteses de cabimento previstas no Código de Processo Penal. 
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Para facilitar, vou separar as situações que tem relação com o processo do 
Tribunal do Júri, daquelas que estão relacionadas com o juízo singular, ok? 
Vamos começar: 
 
Hipóteses de cabimento nas decisões do juiz singular (art. 593): 
Cabe apelação: 
a) Das sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas por 
juiz singular; 
b) Das decisões definitivas ou com força de definitivas proferidas por juiz 
singular, desde que não cabível o recurso em sentido estrito; 
 
 
 
 
 
 
 
Hipóteses de cabimento nas decisões do Tribunal do Júri (art. 593, 
III): 
Cabe apelação: 
 
a) Quando ocorrer nulidade posterior à pronúncia; 
 
 
 
 
 
 
 
b) Quando a sentença do juiz-presidente for contrária à lei expressa ou à 
decisão dos jurados; 
c) Quando houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da 
medida de segurança; 
OBSERVAÇÃO 
HÁ PREVISÃO NA LEI Nº 9.099/1995 DE INTERPOSIÇÃO DE APELAÇÃO 
CONTRA SENTENÇASDEFINITIVAS DE CONDENAÇÃO OU ABSOLVIÇÃO E 
CONTRA DECISÕES QUE HOMOLOGAM OU NÃO A TRANSAÇÃO PENAL OU 
QUE REJEITAM A DENÚNCIA OU A QUEIXA. 
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PRONÚNCIA 
A PRONÚNCIA NÃO É SENTENÇA DE MÉRITO, MAS APENAS UMA DECISÃO 
QUE REMETE O RÉU AO TRIBUNAL DO JÚRI. OCORRE QUANDO HÁ INDÍCIOS 
DE AUTORIA E PROVA DA EXISTÊNCIA DO DELITO. 
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d) Quando for a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova 
dos autos. 
 
9.2.2.4 PRAZO E FORMA 
 
A apelação será julgada tempestiva se interposta no prazo de 05 (cinco) dias 
a partir da intimação da sentença (art. 593). Veja: 
 
Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias 
 
Poderá ser interposta tanto por meio de petição escrita quanto por termo 
nos autos. Trata-se de modalidade recursal em que as razões poderão ser 
apresentadas em momento posterior (art. 600 § 4º). 
 
Art. 600. Assinado o termo de apelação, o apelante e, depois 
dele, o apelado terão o prazo de oito dias cada um para oferecer 
razões, salvo nos processos de contravenção, em que o prazo 
será de três dias. 
[...] 
§ 4o Se o apelante declarar, na petição ou no termo, ao 
interpor a apelação, que deseja arrazoar na superior instância 
serão os autos remetidos ao tribunal ad quem onde será aberta 
vista às partes, observados os prazos legais, notificadas as 
partes pela publicação oficial.(grifei) 
 
OBSERVAÇÃO 
A LEI Nº 9.099/1995, AO DISPOR SOBRE OS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS, 
DEFINE QUE O PRAZO PARA A APELAÇÃO É DE 10 (DEZ) DIAS E QUE AS 
RAZÕES DEVERÃO SER APRESENTADAS NO PRÓPRIO ATO DE 
INTERPOSIÇÃO. 
OBSERVAÇÃO 
O EFEITO DEVOLUTIVO DA APELAÇÃO CONTRA DECISÕES DO JÚRI É 
ADSTRITO AOS FUNDAMENTOS DE SUA INTERPOSIÇÃO (STF, SÚMULA 713). 
ASSIM, POR EXEMPLO, CASO INTERPOSTA APELAÇÃO COM ALEGAÇÃO DE 
NULIDADE, O TRIBUNAL NÃO PODERÁ ENTENDER POR UM NOVO 
JULGAMENTO DEVIDO À DECISÃO DOS JURADOS HAVER SIDO CONTRÁRIA 
AOS AUTOS. 
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Nos crimes de competência do Tribunal do Júri ou do juiz singular, se da 
sentença não for interposta apelação pelo Ministério Público no prazo legal, o 
ofendido ou o sucessor (art. 31), ainda que não se tenha habilitado como 
assistente, poderá interpor apelação. 
O prazo para interposição desse recurso será de quinze dias e correrá do dia 
em que terminar o do Ministério Público (art. 598, parágrafo único). 
 
Art. 598. Nos crimes de competência do Tribunal do Júri, ou do 
juiz singular, se da sentença não for interposta apelação pelo 
Ministério Público no prazo legal, o ofendido ou qualquer das 
pessoas enumeradas no art. 31, ainda que não se tenha 
habilitado como assistente, poderá interpor apelação, que não 
terá, porém, efeito suspensivo. 
Parágrafo único. O prazo para interposição desse recurso será 
de quinze dias e correrá do dia em que terminar o do Ministério 
Público. 
 
9.2.2.5 PROCESSAMENTO 
 
a) Após a interposição da apelação, esta será encaminhada ao juiz a quo 
a fim de que seja procedido o controle de admissibilidade com base nos 
pressupostos recursais (subjetivos e objetivos). 
b) Caso denegada a apelação, terá cabimento o recurso em sentido 
estrito, a fim de contestar a denegação. 
c) Caso aceita a apelação, deverão ser notificados o apelante e o apelado 
para, no prazo de 08 (oito) dias, apresentarem suas razões e 
contrarrazões, respectivamente. Cabe ressaltar que, no caso de 
contravenção penal, o prazo será de 03 (três) dias (art. 600, caput). 
d) Se houver assistente, este arrazoará, no prazo de 03 (três) dias, após 
o Ministério Público (art. 600, § 1º). 
e) Se a ação penal for privada, o Ministério Público oferecerá suas razões 
após o querelante, no prazo de 03 (três) dias. 
f) Findos os prazos para razões, os autos serão remetidos à instância 
superior, com as razões ou sem elas, no prazo de 05 (cinco) dias, salvo as 
situações em que a comarca não é sede de Tribunal de apelação e, 
portanto, deve ficar traslado dos termos essenciais do processo em 
cartório por razão da distância. Nesses casos, o prazo será de 30 (trinta) 
dias. 
 
 
 
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9.2.2.6 EFEITOS 
 
A apelação tem sempre efeito devolutivo, não possui efeito regressivo e, 
regra geral, possui efeito suspensivo. 
 
 
 
 
 
 
 
9.2.3 EMBARGOS INFRINGENTES (art. 609, parágrafo único). 
 
9.2.3.1 CABIMENTO 
 
Os embargos infringentes são recursos oponíveis contra decisão não 
unânime de segunda instância, desde que desfavorável ao réu. Nesse 
contexto, caracterizam-se como recursos exclusivos da defesa. 
Seu cabimento ocorrerá somente quando se tratar de acórdão que se refira 
a julgamento de recurso em sentido estrito ou de apelação. 
 
9.2.3.2 PRAZO E PROCESSAMENTO 
 
Os embargos infringentes deverão ser opostos no prazo de 10 (dez) dias, 
contados da publicação do acórdão embargado, apenas por petição, não se 
admitindo termo. 
A petição, acompanhada das razões, será dirigida ao relator do acórdão 
embargado. Este analisará a admissibilidade com base no cumprimento dos 
pressupostos recursais. 
Caso tenham sido cumpridos os pressupostos legais, será definido novo 
relator, que não tenha tomado parte da decisão embargada, e novo revisor. 
Em seguida, será realizado o julgamento com o novo relator, o novo revisor 
e com os outros integrantes da câmara que haviam tomado parte no 
julgamento anterior, os quais poderão manter ou modificar seus votos. 
Da nova decisão, mesmo que não unânime, não caberão novos embargos 
infringentes. 
 
 
OBSERVAÇÃO 
Fuga do réu e deserção da apelação 
O conhecimento de recurso de apelação do réu independe de sua 
prisão (STJ, Súmula 347). Por meio desta súmula, o STJ entendeu 
pela inconstitucionalidade do art. 595, revogando-o tacitamente. 
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9.2.3.3 EFEITOS 
 
Os embargos infringentes têm sempre efeito devolutivo. Não possuem efeito 
regressivo e, regra geral, não possuem efeito suspensivo. 
 
9.2.4 EMBARGOS DECLARATÓRIOS (arts. 619 e 620). 
 
9.2.4.1 CABIMENTO 
Aos acórdãos proferidos pelos Tribunais de Apelação, câmaras ou turmas, 
poderão ser opostos embargos de declaração, quando houver, na decisão, 
ambiguidade, obscuridade, contradição ou omissão. 
É pacífico o entendimento no sentido de que a possibilidade de atribuição de 
efeitos infringentes ou modificativos a embargos de declaração somente 
sobrevém como resultado da presença de omissão, obscuridade ou 
contradição a serem corrigidas no acórdão embargado (STJ, Pet 4.284/RJ, 
DJ 15.03.2010). 
 
9.2.4.2 PRAZO E PROCESSAMENTO 
 
Os embargos serão opostos no prazo de 02 (dois) dias, contados da 
publicação do acórdão embargado, apenas por petição, não se admitindo 
termo. 
A petição deverá apresentar, fundamentadamente,os pontos da decisão que 
necessitam de esclarecimento ou complemento. 
Caso tenham sido cumpridos os pressupostos recursais, os embargos serão 
julgados pelo próprio órgão prolator. 
Se providos, o Tribunal ou o juiz corrigirá ou completará a decisão 
embargada. 
 
9.2.4.3 EFEITOS 
 
Observação 
A Lei nº 9.099/1995, ao prever, em seu art. 83, os embargos de declaração, 
atribui a esta espécie de recurso um prazo de 05 (cinco) dias para seu 
ingresso e traz a possibilidade de serem opostos verbalmente (com 
redução a termo). 
 
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Os embargos declaratórios interrompem o prazo para o recurso cabível 
(STF, AI 301.187/MA, DJ 26.03.2010). 
 
9.2.5 REVISÃO CRIMINAL (arts. 621 a 631) 
 
A revisão criminal é o instrumento processual, exclusivo da defesa, que 
tem por objetivo a desconstituição da decisão judicial condenatória 
transitada em julgado. É considerada a ação rescisória do processo penal. 
Apesar de prevista no título destinado ao regramento de recursos no CPP, 
prevalece o entendimento segundo o qual tem ela a natureza de ação penal 
de conhecimento de caráter desconstitutivo e não de recurso. 
 
9.2.5.1 CABIMENTO 
 
A revisão criminal será cabível: 
 
a) Quando a sentença condenatória for contrária ao texto expresso da lei 
penal ou à evidência dos autos; 
b) Quando a sentença condenatória se fundar em depoimentos, exames 
ou documentos comprovadamente falsos; 
c) Quando, após a sentença, se descobrirem novas provas de inocência 
do condenado ou de circunstância que determine ou autorize diminuição 
especial da pena. 
 
9.2.5.2 PRAZO 
 
A revisão poderá ser requerida a qualquer tempo, antes ou depois da 
extinção da pena. Não será admissível a reiteração do pedido, salvo se 
fundado em novas provas. 
 
Art. 622. A revisão poderá ser requerida em qualquer tempo, 
antes da extinção da pena ou após. 
Parágrafo único. Não será admissível a reiteração do pedido, 
salvo se fundado em novas provas. 
 
9.2.5.3 PROCESSAMENTO 
 
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a) A revisão deverá ser endereçada ao presidente do Tribunal e poderá 
ser pedida pelo próprio réu ou por procurador legalmente habilitado ou, no 
caso de morte do réu, pelo cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. 
b) O requerimento será distribuído a um relator e a um revisor, devendo 
funcionar como relator um desembargador que não tenha pronunciado 
decisão em qualquer fase do processo. 
c) Se o relator julgar insuficientemente instruído o pedido e inconveniente 
ao interesse da justiça que se apensem os autos originais, deverá indeferir 
liminarmente o pedido, dando recurso para as câmaras reunidas ou para o 
Tribunal, conforme o caso. 
d) Se o requerimento não for indeferido in limine, abrir-se-á vista dos 
autos ao procurador-geral, que dará parecer no prazo de 10 (dez) dias. 
e) Em seguida, examinados os autos, sucessivamente, em igual prazo, 
pelo relator e revisor, julgar-se-á o pedido na sessão que o presidente 
designar. 
f) Por fim, a decisão será tomada pelo órgão competente. 
 
9.2.5.4 EFEITOS 
 
Julgando procedente a revisão, o Tribunal poderá alterar a classificação da 
infração, absolver o réu, modificar a pena ou anular o processo. Observe o 
texto legal. 
 
Art. 626. Julgando procedente a revisão, o tribunal poderá 
alterar a classificação da infração, absolver o réu, modificar a 
pena ou anular o processo. 
Parágrafo único. De qualquer maneira, não poderá ser agravada 
a pena imposta pela decisão revista. 
 
9.2.6 CARTA TESTEMUNHÁVEL (arts. 639 a 646). 
 
É o instrumento pelo qual a parte, a quem se denegue a interposição ou o 
seguimento de algum recurso, leva a questão ao conhecimento do juízo ad 
quem, para que este mande admitir ou subir o mesmo recurso ou dele 
conheça imediatamente, julgando o mérito. 
 
9.2.6.1 CARACTERÍSTICAS 
 
A carta testemunhável apresenta as seguintes características: 
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a) É modalidade de recurso residual, ou seja, só será cabível na ausência 
de qualquer outra via recursal; 
b) É cabível, unicamente, quando obstado ou negado seguimento a 
recursos cujos julgamentos sejam de competência da instância superior; 
c) É dirigida, na interposição, ao escrivão, diretor de secretaria ou 
secretário da presidência do Tribunal (art. 640); 
 
Art. 640. A carta testemunhável será requerida ao escrivão, ou 
ao secretário do tribunal, conforme o caso, nas quarenta e oito 
horas seguintes ao despacho que denegar o recurso, indicando o 
requerente as peças do processo que deverão ser trasladadas. 
 
d) Não possui efeito suspensivo. 
 
Art. 646. A carta testemunhável não terá efeito suspensivo. 
 
9.2.6.2 CABIMENTO 
 
Será cabível a carta testemunhável da decisão que: 
 
a) Não receber recurso na fase do juízo de admissibilidade; 
b) Admitindo o recurso, obstar a sua expedição ao juízo ad quem. 
 
9.2.6.3 PRAZO E PROCESSAMENTO 
 
A carta testemunhável será requerida ao escrivão ou ao secretário do 
Tribunal, conforme o caso, nas 48 (quarenta e oito) horas seguintes ao 
despacho que denegar o recurso. 
O escrivão ou o secretário do Tribunal dará recibo da petição à parte e, no 
prazo máximo de 05 (cinco) dias, no caso de recurso no sentido estrito, ou 
de 60 (sessenta) dias, no caso de recurso extraordinário, fará entrega da 
carta, devidamente conferida e concertada (art. 641). 
O escrivão ou o secretário do Tribunal que se negar a dar o recibo ou deixar 
de entregar, sob qualquer pretexto, o instrumento, será suspenso por 30 
(trinta) dias (art. 642). 
Extraída e autuada a carta, seguirá, no primeiro grau, o rito procedimental 
do recurso em sentido estrito, ou seja, caberá efeito regressivo. 
O processo da carta testemunhável na instância superior seguirá o processo 
do recurso denegado (art. 645). 
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9.2.6.4 EFEITOS 
 
A carta testemunhável tem efeito devolutivo e regressivo, não cabendo 
efeito suspensivo (art. 646). 
 
9.3 MANDADO DE SEGURANÇA EM MATÉRIA CRIMINAL 
 
 9.3.1 CONCEITOS 
 
O mandado de segurança tem caráter mandamental e índole constitucional; 
é uma ação de conhecimento que pode ter efeito meramente declaratório 
ou constitutivo. 
O Mandado de Segurança pode ser repressivo ou preventivo (assim como o 
habeas corpus) e, como toda ação, é necessário estabelecer as condições 
para o seu exercício e os pressupostos processuais. 
Para ser o possível, juridicamente, o Mandado de Segurança, é necessário 
que haja um ato jurisdicional eivado de ilegalidade, que tenha a 
possibilidade real, efetiva ou iminente de ferir um direito líquido e certo. 
Portanto, o ato tem que ser ilegal, contrário à lei ou praticado com abuso 
de poder. 
 
Segundo Hely Lopes Meirelles, “direito líquido ecerto é o que se apresenta 
manifesto na sua existência, delimitado na sua extensão e apto a ser 
exercido no momento da impetração. Por outras palavras, o direito 
invocado, para ser amparável por mandado de segurança, há de vir 
expresso em norma legal e trazer em si todos os requisitos e condições de 
sua aplicação ao impetrante: se sua existência for duvidosa; se sua 
extensão ainda não estiver delimitada; se seu exercício depender de 
situações e fatos ainda indeterminados, não rende ensejo à segurança, 
embora possa ser defendido por outros meios judiciais." 
 
No mesmo sentido, Carlos Mário da Silva Velloso: 
 
“O conceito, portanto, de direito líquido e certo, ensina Celso Barbi, lição 
que é, também, de Lopes da Costa e Sálvio de Figueiredo Teixeira, é 
processual. Quando acontecer um fato que der origem a um direito 
subjetivo, esse direito, apesar de realmente existente, só será líquido e 
certo se o fato for indiscutível, isto é, provado documentalmente e de 
forma satisfatória. Se a demonstração da existência do fato depender de 
outros meios de prova, o direito subjetivo surgido dele existirá, mas não 
será líquido e certo, para efeito de mandado de segurança. Nesse caso, sua 
proteção só poderá ser obtida por outra via processual." 
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A segunda condição da ação é o interesse de agir. Nesse sentido, 
lembramos do trinômio: “necessidade, adequação e utilidade”. O Mandado 
de Segurança tem que ser um remédio adequado para combater um ato 
ilegal ou praticado com abuso de poder; e tem que ser necessário e útil 
para evitar um dano irreparável. Portanto, o interesse de agir está na 
probabilidade de um dano irreparável, porque não garantido por outro 
remédio não garantido pelo habeas corpus, pelo habeas data ou mesmo 
por recurso com efeito suspensivo. 
 
Por fim, como última condição da ação, tem-se a legitimidade das partes. 
Parte no Mandado de Segurança, no pólo ativo, é qualquer pessoa física ou 
jurídica que se sinta ameaçada ou violada em seu direito, e que possa 
comprovar, de plano, essa violação, ou esta ameaça. Sujeito passivo, como 
entende hodiernamente a doutrina, é o Estado (não exatamente a 
autoridade coatora). 
É importante observar que no pólo passivo, regra geral, haverá a 
necessidade de se estabelecer um litisconsórcio necessário, sob pena de 
nulidade do processo. Assim, por exemplo, em um Mandado de Segurança 
impetrado pelo Ministério Público, evidentemente que, ao ser notificada a 
autoridade dita coatora (o Juiz de Direito), é imprescindível que sejam 
citados os réus para contestar (não para prestar informações) a ação 
mandamental. 
Normalmente, em qualquer ataque ao direito do réu, a via correta será o 
habeas corpus. Portanto, o Mandado de Segurança é mais utilizado pela 
acusação do que pela defesa, pois esta certamente terá um remédio mais 
apropriado (até porque o mandado de segurança é admitido por exclusão). 
Quanto a forma de impetração, deve ocorrer por petição, incorporando os 
respectivos fundamentos e fazendo-os acompanhar da correspondente 
prova documental quanto aos fatos sustentados. Além disso, deverá ser 
subscrito por quem detenha capacidade postulatória, ou seja, advogado ou 
representante do Ministério Público. 
 
Art. 6o (Lei nº 12.016/2009) A petição inicial, que deverá 
preencher os requisitos estabelecidos pela lei processual, será 
apresentada em 2 (duas) vias com os documentos que 
instruírem a primeira reproduzidos na segunda e indicará, além 
da autoridade coatora, a pessoa jurídica que esta integra, à qual 
se acha vinculada ou da qual exerce atribuições. 
 
Nos termos do art. 23 da Lei nº 12.016/2009, o direito de requerer o 
mandado de segurança extingue-se caso decorridos 120 dias, contados da 
data da ciência, pelo interessado, do ato impugnado. Trata-se de um prazo 
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de natureza decadencial e, portanto, não está sujeito à interrupção ou 
suspensão. 
 
9.3.2 CABIMENTO DO MANDADO DE SEGURANÇA EM MATÉRIA 
CRIMINAL 
 
O ilustre Norberto Avena leciona que “o manejo do writ na esfera criminal 
depende muito da hipótese concreta e, sobretudo, do descabimento de 
uma via recursal própria para o insurgimento em relação ao ato a ser 
impugnado”. 
Neste sentido, temos a súmula 267 do STF que dispõe da seguinte forma: 
 
Não cabe mandado de segurança contra ato judicial passível de 
recurso ou correição. 
 
Apesar do disposto, a jurisprudência tem atenuado a aparente rigidez da 
citada súmula, aceitando o Mandado de Segurança em situações nas quais, 
apesar de existir previsão de defesa ou recurso próprio, há inequívoca 
violação a direito líquido e certo. Pode-se citar: 
 
� Decisão que determina o sequestro de bens do indivíduo à revelia 
dos requisitos legais; 
� Decisão que indefere a habilitação do assistente de acusação; 
� Decisão que indefere a restituição de bens apreendidos; 
� Impetração visando agregar efeito suspensivo a recurso em que 
não haja previsão de tal feito; 
� Exclusão do nome do impetrante dos registros externos de 
antecedentes criminais após o deferimento da reabilitação criminal; 
� Direito de acesso do advogado a autos de inquérito policial; 
� Direito de acesso do advogado a extração de cópias quando 
estabelecido pelo Delegado de Polícia sigilo nas investigações. 
 
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Parabéns por mais um passo dado rumo à aprovação. 
 
Como você deve ter percebido, a aula de hoje é bem teórica e repleta de 
detalhes. A jurisprudência é farta e os aspectos doutrinários são bem amplos. 
Trata-se de um tema que, apesar de estar presente em muitos editais, na 
maior parte das vezes não possui grande peso nas PROVAS. De qualquer 
forma, cada ponto é importante e é isso que fará a diferença no dia em que 
você estiver colocando todo seu conhecimento em prática. 
Na próxima aula, última do curso, estudaremos os ritos procedimentais. 
 
Abraços e bons estudos, 
 
Pedro Ivo 
*************************************************************** 
 
 
PPRRIINNCCIIPPAAIISS AARRTTIIGGOOSS TTRRAATTAADDOOSS NNAA AAUULLAA 
 
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DO RECURSO EM SENTIDO ESTRITO 
 Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou 
sentença: 
 I - que não receber a denúncia ou a queixa; 
 II - que concluir pela incompetência do juízo; 
 III - que julgar procedentes as exceções, salvo a de suspeição; 
 IV – que pronunciar o réu; 
 V - que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança, indeferir 
requerimento de prisão preventiva ou revogá-la, conceder liberdade provisória 
ou relaxar a prisão em flagrante; 
 VII - que julgar quebrada a fiança ou perdido o seu valor;VIII - que decretar a prescrição ou julgar, por outro modo, extinta a 
punibilidade; 
 IX - que indeferir o pedido de reconhecimento da prescrição ou de outra causa 
extintiva da punibilidade; 
 X - que conceder ou negar a ordem de habeas corpus; 
 XI - que conceder, negar ou revogar a suspensão condicional da pena; 
 XII - que conceder, negar ou revogar livramento condicional; 
 XIII - que anular o processo da instrução criminal, no todo ou em parte; 
 XIV - que incluir jurado na lista geral ou desta o excluir; 
 XV - que denegar a apelação ou a julgar deserta; 
 XVI - que ordenar a suspensão do processo, em virtude de questão 
prejudicial; 
 XVII - que decidir sobre a unificação de penas; 
 XVIII - que decidir o incidente de falsidade; 
 XIX - que decretar medida de segurança, depois de transitar a sentença em 
julgado; 
 XX - que impuser medida de segurança por transgressão de outra; 
 XXI - que mantiver ou substituir a medida de segurança, nos casos do 
art. 774; 
 XXII - que revogar a medida de segurança; 
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 XXIII - que deixar de revogar a medida de segurança, nos casos em que a lei 
admita a revogação; 
 XXIV - que converter a multa em detenção ou em prisão simples. 
Art. 583. Subirão nos próprios autos os recursos: 
 I - quando interpostos de oficio; 
 II - nos casos do art. 581, I, III, IV, VI, VIII e X; 
 III - quando o recurso não prejudicar o andamento do processo. 
Art. 584. Os recursos terão efeito suspensivo nos casos de perda da fiança, de 
concessão de livramento condicional e dos ns. XV, XVII e XXIV do art. 581. 
 § 1o Ao recurso interposto de sentença de impronúncia ou no caso do no VIII 
do art. 581, aplicar-se-á o disposto nos arts. 596 e 598. 
 § 2o O recurso da pronúncia suspenderá tão-somente o julgamento. 
 § 3o O recurso do despacho que julgar quebrada a fiança suspenderá 
unicamente o efeito de perda da metade do seu valor. 
Art. 586. O recurso voluntário poderá ser interposto no prazo de cinco dias. 
 Parágrafo único. No caso do art. 581, XIV, o prazo será de vinte dias, contado 
da data da publicação definitiva da lista de jurados. 
 Art. 587. Quando o recurso houver de subir por instrumento, a parte indicará, 
no respectivo termo, ou em requerimento avulso, as peças dos autos de que 
pretenda traslado. 
 Parágrafo único. O traslado será extraído, conferido e concertado no prazo de 
cinco dias, e dele constarão sempre a decisão recorrida, a certidão de sua 
intimação, se por outra forma não for possível verificar-se a oportunidade do 
recurso, e o termo de interposição. 
 Art. 588. Dentro de dois dias, contados da interposição do recurso, ou do dia 
em que o escrivão, extraído o traslado, o fizer com vista ao recorrente, este 
oferecerá as razões e, em seguida, será aberta vista ao recorrido por igual 
prazo. 
 Parágrafo único. Se o recorrido for o réu, será intimado do prazo na pessoa 
do defensor. 
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 Art. 589. Com a resposta do recorrido ou sem ela, será o recurso concluso ao 
juiz, que, dentro de dois dias, reformará ou sustentará o seu despacho, 
mandando instruir o recurso com os traslados que Ihe parecerem necessários. 
 Parágrafo único. Se o juiz reformar o despacho recorrido, a parte contrária, 
por simples petição, poderá recorrer da nova decisão, se couber recurso, não 
sendo mais lícito ao juiz modificá-la. Neste caso, independentemente de novos 
arrazoados, subirá o recurso nos próprios autos ou em traslado. 
 Art. 590. Quando for impossível ao escrivão extrair o traslado no prazo da lei, 
poderá o juiz prorrogá-lo até o dobro. 
 Art. 591. Os recursos serão apresentados ao juiz ou tribunal ad quem, dentro 
de cinco dias da publicação da resposta do juiz a quo, ou entregues ao Correio 
dentro do mesmo prazo. 
 Art. 592. Publicada a decisão do juiz ou do tribunal ad quem, deverão os 
autos ser devolvidos, dentro de cinco dias, ao juiz a quo. 
 
DA APELAÇÃO 
 Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias: 
 I - das sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas por juiz 
singular; 
 II - das decisões definitivas, ou com força de definitivas, proferidas por juiz 
singular nos casos não previstos no Capítulo anterior; 
 III - das decisões do Tribunal do Júri, quando: 
 a) ocorrer nulidade posterior à pronúncia; 
 b) for a sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa ou à decisão dos 
jurados; 
 c) houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da medida de 
segurança; 
 d) for a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos. 
Art. 594. (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008). 
Art. 597. A apelação de sentença condenatória terá efeito suspensivo, salvo o 
disposto no art. 393, a aplicação provisória de interdições de direitos e de 
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medidas de segurança (arts. 374 e 378), e o caso de suspensão condicional de 
pena. 
Art. 599. As apelações poderão ser interpostas quer em relação a todo o 
julgado, quer em relação a parte dele. 
 Art. 600. Assinado o termo de apelação, o apelante e, depois dele, o apelado 
terão o prazo de oito dias cada um para oferecer razões, salvo nos processos 
de contravenção, em que o prazo será de três dias. 
 § 1o Se houver assistente, este arrazoará, no prazo de três dias, após o 
Ministério Público. 
 § 2o Se a ação penal for movida pela parte ofendida, o Ministério Público terá 
vista dos autos, no prazo do parágrafo anterior. 
 § 3o Quando forem dois ou mais os apelantes ou apelados, os prazos serão 
comuns. 
 § 4o Se o apelante declarar, na petição ou no termo, ao interpor a apelação, 
que deseja arrazoar na superior instância serão os autos remetidos ao tribunal 
ad quem onde será aberta vista às partes, observados os prazos legais, 
notificadas as partes pela publicação oficial. 
 Art. 601. Findos os prazos para razões, os autos serão remetidos à instância 
superior, com as razões ou sem elas, no prazo de 5 (cinco) dias, salvo no caso 
do art. 603, segunda parte, em que o prazo será de trinta dias. 
 § 1o Se houver mais de um réu, e não houverem todos sido julgados, ou não 
tiverem todos apelado, caberá ao apelante promover extração do traslado dos 
autos, o qual deverá ser remetido à instância superior no prazo de trinta dias, 
contado da data da entrega das últimas razões de apelação, ou do vencimento 
do prazo para a apresentação das do apelado. 
 § 2o As despesas do traslado correrão por conta de quem o solicitar, salvo se 
o pedido for de réu pobre ou do Ministério Público. 
 Art. 602. Os autos serão, dentro dos prazos do artigo anterior, apresentados 
ao tribunal ad quem ou entregues ao Correio, sob registro. 
 Art. 603. A apelação subirá nos autos originais e, a não ser no Distrito 
Federal e nas comarcas que forem sede de Tribunal de Apelação, ficará em 
cartório traslado dos termos essenciais do processo referidos no art. 564, III. 
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DO PROCESSO E DO JULGAMENTO DOS RECURSOS EM SENTIDO 
ESTRITO 
E DAS APELAÇÕES, NOS TRIBUNAIS DE APELAÇÃO 
 Art. 609. Os recursos, apelações e embargos serão julgados pelos Tribunais 
de Justiça, câmaras ou turmas criminais, de acordo com a competência 
estabelecida nas leis de organização judiciária. 
 Parágrafo único. Quando não for unânime a decisão de segunda instância, 
desfavorável ao réu, admitem-se embargos infringentes e de nulidade, que 
poderão ser opostos dentro de 10 (dez) dias, a contar da publicação de 
acórdão, na forma do art. 613. Se o desacordo for parcial, os embargos serão 
restritos à matéria objeto de divergência. 
 Art. 610. Nos recursos em sentido estrito, com exceção do de habeas 
corpus, e nas apelações interpostas das sentenças em processo de 
contravenção ou de crime a que a lei comine pena de detenção, os autos irão 
imediatamente com vista ao procurador-geral pelo prazo de cinco dias, e, em 
seguida, passarão, por igual prazo, ao relator, que pedirá designação de dia 
para o julgamento. 
 Parágrafo único. Anunciado o julgamento pelo presidente, e apregoadas as 
partes, com a presença destas ou à sua revelia, o relator fará a exposição do 
feito e, em seguida, o presidente concederá, pelo prazo de 10 (dez) minutos, a 
palavra aos advogados ou às partes que a solicitarem e ao procurador-geral, 
quando o requerer, por igual prazo. 
 
DOS EMBARGOS 
 Art. 619. Aos acórdãos proferidos pelos Tribunais de Apelação, câmaras ou 
turmas, poderão ser opostos embargos de declaração, no prazo de dois dias 
contados da sua publicação, quando houver na sentença ambiguidade, 
obscuridade, contradição ou omissão. 
 Art. 620. Os embargos de declaração serão deduzidos em requerimento de 
que constem os pontos em que o acórdão é ambíguo, obscuro, contraditório ou 
omisso. 
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 § 1o O requerimento será apresentado pelo relator e julgado, 
independentemente de revisão, na primeira sessão. 
 § 2o Se não preenchidas as condições enumeradas neste artigo, o relator 
indeferirá desde logo o requerimento. 
 
DA REVISÃO 
 Art. 621. A revisão dos processos findos será admitida: 
 I - quando a sentença condenatória for contrária ao texto expresso da lei 
penal ou à evidência dos autos; 
 II - quando a sentença condenatória se fundar em depoimentos, exames ou 
documentos comprovadamente falsos; 
 III - quando, após a sentença, se descobrirem novas provas de inocência do 
condenado ou de circunstância que determine ou autorize diminuição especial 
da pena. 
 Art. 622. A revisão poderá ser requerida em qualquer tempo, antes da 
extinção da pena ou após. 
 Parágrafo único. Não será admissível a reiteração do pedido, salvo se fundado 
em novas provas. 
 Art. 623. A revisão poderá ser pedida pelo próprio réu ou por procurador 
legalmente habilitado ou, no caso de morte do réu, pelo cônjuge, ascendente, 
descendente ou irmão. 
 
DA CARTA TESTEMUNHÁVEL 
 Art. 639. Dar-se-á carta testemunhável: 
 I - da decisão que denegar o recurso; 
 II - da que, admitindo embora o recurso, obstar à sua expedição e 
seguimento para o juízo ad quem. 
 Art. 640. A carta testemunhável será requerida ao escrivão, ou ao secretário 
do tribunal, conforme o caso, nas quarenta e oito horas seguintes ao despacho 
que denegar o recurso, indicando o requerente as peças do processo que 
deverão ser trasladadas. 
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 Art. 641. O escrivão, ou o secretário do tribunal, dará recibo da petição à 
parte e, no prazo máximo de cinco dias, no caso de recurso no sentido estrito, 
ou de sessenta dias, no caso de recurso extraordinário, fará entrega da carta, 
devidamente conferida e concertada. 
 Art. 642. O escrivão, ou o secretário do tribunal, que se negar a dar o recibo, 
ou deixar de entregar, sob qualquer pretexto, o instrumento, será suspenso 
por trinta dias. O juiz, ou o presidente do Tribunal de Apelação, em face de 
representação do testemunhante, imporá a pena e mandará que seja extraído 
o instrumento, sob a mesma sanção, pelo substituto do escrivão ou do 
secretário do tribunal. Se o testemunhante não for atendido, poderá reclamar 
ao presidente do tribunal ad quem, que avocará os autos, para o efeito do 
julgamento do recurso e imposição da pena. 
 Art. 643. Extraído e autuado o instrumento, observar-se-á o disposto nos 
arts. 588 a 592, no caso de recurso em sentido estrito, ou o processo 
estabelecido para o recurso extraordinário, se deste se tratar. 
 Art. 644. O tribunal, câmara ou turma a que competir o julgamento da carta, 
se desta tomar conhecimento, mandará processar o recurso, ou, se estiver 
suficientemente instruída, decidirá logo, de meritis. 
 Art. 645. O processo da carta testemunhável na instância superior seguirá o 
processo do recurso denegado. 
 Art. 646. A carta testemunhável não terá efeito suspensivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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EEXXEERRCCÍÍCCIIOOSS 
 
1. (CESPE / Analista Judiciário - TJ-ES / 2011) Caberá recurso em 
sentido estrito contra a sentença que pronunciar o réu e recurso de 
apelação contra a sentença que o impronuncie. 
 
GABARITO: CERTA 
COMENTÁRIOS: Está em conformidade com o CPP. Veja: 
 
Art. 581, I CPP - Caberá recurso no sentido estrito, da decisão, 
despacho ou sentença: I - que pronunciar o réu. 
Art. 416 CPP - Contra a sentença de impronúncia ou de 
absolvição sumária caberá apelação. 
 
Para não esquecer mais, lembre-se: 
Se pronunciar o Réu: RESA. Se impronunciar: o Promotor APELA. 
 
2. (CESPE / Defensor - DPE-BA / 2010) O prazo para interposição do 
recurso em sentido estrito, em qualquer das hipóteses taxativas 
previstas, será de cinco dias, contado da intimação pessoal, e em 
dobro quando o recorrente for defensor público. 
 
GABARITO: ERRADA 
COMENTÁRIOS: Muito cuidado com questões que aplicam uma regra para 
TODAS as situações. 
De fato, cinco dias é a regra. Art. 591, CPP: 
 
Art. 591. Os recursos serão apresentados ao juiz ou tribunal ad quem, dentro 
de cinco dias da publicação da resposta do juiz a quo, ou entregues ao Correio 
dentro do mesmo prazo. 
Entretanto, há a exceção do parágrafo único do art. 586 do CPP: 
 
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Art. 586. O recurso voluntário poderá ser interposto no prazo de 
cinco dias. 
Parágrafo único. No caso do art. 581, XIV, o prazo será de vinte 
dias, contado da data da publicaçãodefinitiva da lista de jurados. 
 Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, 
despacho ou sentença: 
(...) 
XIV - que incluir jurado na lista geral ou desta o excluir; 
 
3. (CESPE / TJ-PA / 2009) O princípio da fungibilidade autoriza o juízo 
a receber o recurso equivocadamente interposto como se fosse o 
adequado. 
 
GABARITO: CERTA 
COMENTÁRIOS: Por força do princípio da fungibilidade dos recursos, também 
chamado de teoria do recurso indiferente, salvo a hipótese de má-fé, a parte 
não será prejudicada pela interposição de um recurso por outro. 
 
4. (CESPE / MPE-RN/ 2009) Aos Defensores Públicos é concedido 
prazo em dobro para a interposição dos recursos criminais. 
 
GABARITO: CERTA 
COMENTÁRIOS: Os defensores públicos gozam de prazo em dobro para 
interpor recurso (Lei nº 1.060/1950, art. 5º, § 5º, e LC nº 80/1994, art. 44). 
 
5. (CESPE / Promotor / 2009) Caberá recurso em sentido estrito 
contra a decisão que receber a denúncia ou queixa. 
 
GABARITO: ERRADA 
COMENTÁRIOS: Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou 
sentença que não receber a denúncia ou a queixa. 
 
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6. (CESPE / Promotor / 2008) Da decisão judicial que determina o 
arquivamento de autos de inquérito policial, a pedido do Ministério 
Público, cabe recurso em sentido estrito. 
 
GABARITO: ERRADA 
COMENTÁRIOS: Da decisão judicial que, acolhendo manifestação do 
Ministério Público, ordena o arquivamento de inquérito policial, não cabe 
recurso (STJ, RMS 24.328/PR, DJ 10.03.2008). 
 
7. (CESPE / Promotor / 2008) Cabe recurso em sentido estrito da 
decisão que nega a fiança e da que indefere pedido de revogação da 
prisão preventiva. 
 
GABARITO: ERRADA 
COMENTÁRIOS: O art. 581, V, dispõe: 
 
Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, 
despacho ou sentença: 
[...] 
V - que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a 
fiança, indeferir requerimento de prisão preventiva ou revogá-la, 
conceder liberdade provisória ou relaxar a prisão em flagrante; 
 
Assim, como a lista apresentada no art. 581 é taxativa, não cabe recurso da 
decisão que decretar a prisão preventiva ou indeferir o pedido de liberdade 
provisória ou relaxamento da prisão. A decisão que revoga a prisão preventiva 
por excesso de prazo, não equivale à concessão da liberdade provisória; logo 
também é irrecorrível. 
 
8. (CESPE / Promotor / 2008) Não cabe recurso em sentido estrito da 
decisão que admitir ou não admitir o assistente de acusação. 
 
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GABARITO: CERTA 
COMENTÁRIOS: A questão exige o conhecimento do art. 273 do CPP. Observe 
o texto legal: 
 
Art. 273. Do despacho que admitir, ou não, o assistente, não 
caberá recurso, devendo, entretanto, constar dos autos o pedido 
e a decisão. 
 
9. (CESPE / TJ-PA / 2009) O recurso de embargos infringentes é 
cabível quando for unânime a decisão de segunda instância, 
desfavorável ao réu. 
 
GABARITO: CERTA 
COMENTÁRIOS: Os embargos infringentes são recursos oponíveis contra 
decisão não unânime de segunda instância, desde que desfavorável ao réu. 
Nesse contexto, caracterizam-se como recursos exclusivos da defesa. 
Seu cabimento ocorrerá somente quando se tratar de acórdão que se refira a 
julgamento de recurso em sentido estrito ou de apelação. 
 
10. (CESPE / Juiz Substituto / 2007) Os embargos infringentes 
deverão ser opostos no prazo de 05 (cinco) dias, contados da 
publicação do acórdão embargado, apenas por petição, não se 
admitindo termo. 
 
GABARITO: ERRADA 
COMENTÁRIOS: Nos termos do parágrafo único do art. 609, os embargos 
infringentes deverão ser opostos no prazo de 10 (dez) dias, contados da 
publicação do acórdão embargado, apenas por petição, não se admitindo 
termo. 
 
11. (CESPE / TJ-PA / 2009) A decisão que deixa de receber a 
denúncia, ofertada por crime de roubo, pode ser atacada por apelação. 
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GABARITO: ERRADA 
COMENTÁRIOS: A questão está incorreta, pois, nos termos do art. 581, I, 
para a decisão que deixa de receber a denúncia cabe RECURSO EM SENTIDO 
ESTRITO. 
A apelação destina-se a levar à segunda instância o julgamento de matéria 
decidida pelo juiz de primeiro grau, em regra, em sentenças definitivas ou com 
força de definitivas. 
As hipóteses de cabimento da apelação encontram-se no art. 593 do CPP nos 
seguintes termos: 
 
Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias: 
I - das sentenças definitivas de condenação ou absolvição 
proferidas por juiz singular; 
II - das decisões definitivas, ou com força de definitivas, 
proferidas por juiz singular nos casos não previstos no Capítulo 
anterior; 
III - das decisões do Tribunal do Júri, quando: 
a) ocorrer nulidade posterior à pronúncia; 
b) for a sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa ou à 
decisão dos jurados; 
c) houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da 
medida de segurança; 
d) for a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova 
dos autos. 
 
12. (CESPE / MPE-SE / 2009) Contra a decisão de impronúncia cabe o 
recurso de apelação. 
 
GABARITO: CERTA 
COMENTÁRIOS: Nos crimes afetos ao Tribunal do Juri, ao final da instrução 
preliminar, abrem-se ao juiz as seguintes alternativas: 
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PROFESSOR PEDRO IVO 
 
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DIREITO PROCESSUAL PENAL – TEORIA E EXERCÍCIOS – TJDFT 
ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA 
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(a) pronúncia; 
(b) impronúncia; 
(c) absolvição sumária; e 
(d) desclassificação. 
Entretanto, com o advento da nova lei, quando o juiz impronuncia o réu (não 
está convencido da materialidade do fato ou da existência de indícios 
suficientes de autoria), o recurso cabível contra essa decisão é a apelação. 
Antes da entrada em vigor da Lei 11.689/08, o recurso adequado era o recurso 
em sentido estrito. 
 
13. (CESPE / TJ-PA / 2009) O recurso de apelação deve ser interposto 
somente por petição. 
 
GABARITO: ERRADA 
COMENTÁRIOS: O recurso de apelação pode ser interposto por petição ou por 
termo nos autos. 
 
14. (CESPE / Promotor – MPE-CE / 2008) Dar-se-á carta 
testemunhável da decisão que denegar o recurso ou obstar o seu 
seguimento. 
 
GABARITO: CERTA 
COMENTÁRIOS: A questão está correta, pois a carta testemunhável é o 
instrumento pelo qual a parte, a quem se denegue a interposição ou o 
seguimento de algum recurso, leva a questão ao conhecimento do juízo ad 
quem, para que este mande admitir ou subir o mesmo recurso ou dele conheça 
imediatamente, julgando o mérito. 
 
15. (CESPE / Promotor – MPE-CE / 2008) Não poderá o acusado apelar 
sem recolher-se à prisão, ou prestar fiança, salvo se for primário e de 
bons antecedentes, assim reconhecido

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