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NOTA FINAL CURSO DE MEDICINA AFYA Aluno: Componente Curricular: Integração Ensino Serviço Comunidade III Professor (es): Período: 202401 Turma: Data: N1_ESPECIFICA_IESC3_16ABRIL2024 RELATÓRIO DE DEVOLUTIVA DE PROVA PROVA 11567 CADERNO 001 1ª QUESTÃO Enunciado: A equipe de saúde da família está reunida na unidade de saúde para discutir e construir um PTS para um paciente, Sr. João, que é acompanhado pela equipe há alguns meses devido a uma condição crônica de diabetes tipo 2 e hipertensão arterial. Sr. João tem sido um desafio no manejo de sua saúde devido à falta de adesão ao tratamento e às recomendações médicas. Durante a última consulta, ele expressou dificuldades em aderir ao plano de tratamento devido a restrições financeiras e falta de compreensão sobre a importância de manter uma dieta saudável e fazer exercícios regularmente. Além disso, foi observado que o Sr. João mora sozinho, não tem suporte familiar próximo e enfrenta dificuldades de locomoção devido a problemas de mobilidade causados pela sua condição de saúde. Enfim, após o levantamento inicial de todas as condições clinicas, psíquicas e sociais, a equipe reitera que é preciso a participação de Sr. João na reunião para o próximo momento do projeto terapêutico singular. Dessa forma, analise o texto e com base nos momentos do PTS, marque a alternativa que apresenta a próxima etapa do projeto terapêutico singular que Sr. João irá participar. Alternativas: (alternativa B) (CORRETA) Definição de metas. Pgina de 15Resposta comentada: texto deixa claro que a equipe levantou todas as questões que elegem Sr. João para participar do PTS, além disso no próprio texto diz que Enfim, após levantamento inicial de todas as condições clinicas, psíquicas e sociais... ou seja, a fase de diagnostico foi realizada, dessa forma, a próxima etapa é a definição de metas. 1) Diagnóstico: além do diagnóstico formal, é imprescindível que a equipe tenha um compartilhamento e discussão entre si dos diferentes modos como cada profissional percebe sujeito. É necessário realizar uma avaliação de vulnerabilidades, compreensão dos desejos, dos modos de trabalho, da cultura, da família, da rede social e da rede de apoio. 2) Definição de metas: pactuação de metas a serem desenvolvidas em curto, médio e longo prazo. Será importante, para isso, reconhecer as prioridades que o sujeito elenca (o que para ele é mais importante e/ou viável) e que do ponto de vista da equipe é mais urgente e/ou viável. Importante considerar outros atores, como familiares e cuidadores 3) Divisão de responsabilidades: seguimento do PTS pode ser mais ou menos complexo, de acordo com as metas pactuadas e com as possibilidades do sujeito. Neste sentido, é importante que tenha um profissional com quem o sujeito ou família tenha vínculo e que conheça seu Projeto para que possa, quando tiver necessidade, solicitar apoio. Este será o profissional de referência, aquele a quem a pessoa vai contatar com facilidade (não deve depender de agendamentos a médio ou longo prazo). Pode-se considerar que seja um profissional mediador: não é necessariamente quem vai resolver a demanda do sujeito, mas quem vai buscar meios para. 4) Reavaliação: Projeto Terapêutico Singular deve acompanhar a vida do sujeito e, portanto, estará sempre passível a ser revisto. A reavaliação deve ocorrer em discussões feitas pela equipe e com sujeito/família e pode ser conduzida pelo profissional de referência (aquele com quem tem mais vínculo), mas não necessariamente. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. Clínica ampliada, equipe de referência e projeto terapêutico singular. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. 2. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2007. 60 p.: il. color. Série B. Textos Básicos de Saúde. QUESTÃO Enunciado: Um agente comunitário de saúde (ACS), ao realizar visita de rotina para acompanhamento de paciente hipertenso e cardiopata, colheu relatos do paciente que o preocuparam. Ao retornar à UBS, reportou as informações ao médico de sua equipe, que programou uma visita domiciliar. No dia seguinte, ao realizar a visita, médico constatou que o paciente em questão, é divorciado e casou-se novamente. Da primeira união teve 3 filhos que moram com a mãe. Do novo casamento, teve mais dois filhos que não se relacionam com os demais irmãos paternos, situação que sempre gerou profundo conflito na família e, como consequência, "desgosto" e stress, conforme relato do paciente. Frente ao exposto, assinale a alternativa correta, em relação à tipologia dessa família. 000115.670018.457fd1.b6c087.76cbd4.c2b461.790991.2f099 Pgina 2 de 15Alternativas: (alternativa C) (CORRETA) Reconstituída. Resposta comentada: A família reconstituída é uma família composta por membros de uma família que em algum momento, teve outra configuração, sofreu uma ruptura e passou a ter novo formato. Referência: DUNCAN, BRUCE, et al. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências. Disponível em: Minha Biblioteca, (5th edição). Grupo A, 2022. (cap. 20). DIAS, L.C. Abordagem familiar. In: GUSSO G.; LOPES, J. M. C. (Org.). Tratado de medicina de família e comunidade: princípios, formação e prática. Porto Alegre: Artmed, 2019. Cap. 35. QUESTÃO Enunciado: Mulher, 50 anos, foi diagnosticada com esclerose lateral amiotrófica (ELA) em estágio avançado. Apresenta fraqueza muscular progressiva e perda de controle sobre os músculos respiratórios, o que a levou a depender de suporte ventilatório (ventilação mecânica). Diante das circunstâncias, a família procurou a unidade de saúde do bairro para buscar informações sobre os cuidados no ambiente domiciliar. Assinale a alternativa correta sobre tipo de Atenção Domiciliar (AD) indicado para o caso acima apresentado. 000115.670018.457fd1.b6c087.76cbd4.c2b461.790991.2f099 Pgina 3 de 15Alternativas: (alternativa A) (CORRETA) A mulher necessita de assistência no nível AD3, pois precisa de acompanhamento o contínuo da equipe, devido ao suporte ventilatório e de outras necessidades. Resposta comentada: A mulher necessita de assistência no nível AD3, pois precisa de acompanhamento contínuo da equipe, devido ao suporte ventilatório e de outras necessidades. É de responsabilidade do serviço de Atenção Domiciliar (SAD) por meio da EMAD e EMAP. Referência: MAHMUD, S.J. et al. Abordagem comunitária: cuidado domiciliar. In: GUSSO, Gustavo, et al. Tratado de Medicina de Família e Comunidade: Princípios, Formação e Prática. 2ª ed. Grupo A, 2018, cap. 39. pág. 312 324. QUESTÃO Enunciado: Mulher de 25 anos de idade, realiza acompanhamento com o médico de família devido ao transtorno de ansiedade generalizada. Já está na 2ª consulta e médico decide tentar entender funcionamento de sua família utilizando a ferramenta APGAR. A paciente relata se sentir muito desamparado pelos pais, pois nunca recebe apoio quando quer iniciar mudanças ou novos projetos de vida. Lamenta que tem pouquíssimos momentos satisfatórios em família e sempre que seu irmão está presente, ela prefere se ausentar, pois os dois romperam a relação no último natal, quando tiveram uma briga motivada pela não-aceitação de sua orientação sexual. Se emociona ao dizer que sente pena de sua mãe, que vive em função de fazer as tarefas domésticas e está sempre sendo criticada por seu pai. pai é muito rude e nunca acolhe as emoções e sentimentos de ninguém da família. Com base nas informações fornecidas pelo paciente, é possível classificar a sua família de acordo com APGAR em: 000115.670018.457fd1.b6c087.76cbd4.c2b461.790991.2f099 Pgina 4 de 15Alternativas: (alternativa D) (CORRETA) Família com disfunção acentuada. Resposta comentada: APGAR familiar é um instrumento de avaliação destinado a refletir a satisfação de cada membro da família, possibilitando reconhecimento da disfunção familiar, permitindo a elaboração de intervenção adequada. Ele classifica com base na pontuação obtida nas respostas do questionário em: família altamente funcional, família com disfunção moderada e família com disfunção acentuada. No caso acima nota-se que é uma família com disfunção acentuada, pois há ruptura de relações, não há respeito e aceitação das individualidades, existem poucos momentos bons juntos, não há acolhimento das emoções e sentimentos. Família altamente funcional sistema familiar funciona de forma satisfatória, as dificuldades ocorridas ao longo do tempo se resolvem com satisfação de todos os membros. Família com disfunção moderada sistema familiar funciona com algum grau de insatisfação. São resolvidas muitas situações, mas não todas. Alguns conflitos permanecem sem resolução, mas não geram perturbação nas relações. Família com disfunção acentuada o sistema familiar é altamente disfuncional, e raramente tem momentos satisfatórios em família. Há grande dificuldade de contato e de relacionamento. Existem poucas ou raras rotinas. Não há aceitação e respeito às individualidades, limites e responsabilidades. Referência: DIAS, L.C. Abordagem familiar. In: GUSSO G.; LOPES, J. M.C. (Org.). Tratado de medicina de família e comunidade: princípios, formação e prática. Porto Alegre: Artmed, 2019. Cap. 35. DUNCAN, BRUCE, et al. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências. Disponível em: Minha Biblioteca, (5th edição). Grupo A, 2022. (cap. 20). CHAPADEIRO, et al. A família como foco da atenção primária à Saúde. Belo Horizonte: Nescon/UFMG, 2011 QUESTÃO 000115.670018.457fd1.b6c087.76cbd4.c2b461.790991.2f099 Pgina 5 de 15Enunciado: Sineas, 80 anos, casado com Lauriza, 70 anos, aposentados. Sineas é portador de hipertensão arterial sistêmica (HAS) de longa data; sempre teve dificuldade para se tratar, era caminhoneiro. Lauriza, dona de casa, viveu toda sua vida em função dos filhos, nunca trabalhou fora. Cuida dos netos para que suas filhas possam trabalhar. São três filhas, foram casadas, mas todas se divorciaram. A filha mais velha, Senalva, mora em uma casa, que conseguiu comprar, com o filho de 12 anos. As outras filhas do casal, Monalisa e Suclene, residem em outro lar, alugado, com seus filhos três meninos: um de nove, um de sete e outro de quatro anos. Assinale a alternativa que indica as fases do ciclo de vida que se apresentam nessas famílias. Alternativas: (alternativa A) (CORRETA) Sineas e Lauriza família no estágio tardio de vida; Senalva e filho de 12 anos - família com adolescente; Monalisa e filho de 9 anos e Suclene e seus filhos de 7 e 4 anos - família com filhos pequenos. Resposta comentada: Os estágios do ciclo de vida familiar são: 1 Saindo de casa: jovens solteiros 2. novo casal 3. Famílias com filhos pequenos 4. Famílias com adolescentes. 5. Encaminhando filhos e seguindo em frente 6. Famílias no estágio tardio de vida. Referência: DIAS, L.C. Abordagem familiar. In: GUSSO G.; LOPES, J. M.C. (Org.). Tratado de medicina de família e comunidade: princípios, formação e prática. Porto Alegre: Artmed, 2019. Cap. 35. QUESTÃO 000115.670018.457fd1.b6c087.76cbd4.c2b461.790991.2f099 Pgina 6 de 15Enunciado: O genograma a seguir corresponde a uma família residente na área de abrangência de uma Clínica da Família, situada no Bairro da Luz, no município Esperança do Sul e foi elaborado pela equipe de saúde da família responsável, sendo uma ferramenta muito útil na abordagem familiar. Jonas Rosa Helena Bruno Luiza Rafael Igor Lucas Juliana Mateus Mauro Descreva a interpretação das relações familiares e informações presentes no genograma acima. Alternativas: Resposta comentada: Os membros englobados no genograma e que residem na mesma casa são: Rosa, Bruno, Luiza, Igor, Lucas, Juliana, Mateus e Mauro Bruno e Luiza são casados e possuem três filhos (Juliana, Mateus e Mauro), um do sexo feminino e dois do sexo masculino. Bruno tem uma relação conflituosa com a sogra (Rosa). Luiza, Igor e Lucas são irmãos. Mauro, filho mais novo de Luiza e Bruno, tem uma relação de proximidade com a avó materna (Rosa). E também faz uso abusivo de álcool ou drogas. Referência: DUNCAN, BRUCE, B. et al. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências. Disponível em: Minha Biblioteca, (5th edição). Grupo A, 2022. (cap. 20). QUESTÃO 000115.670018.457fd1.b6c087.76cbd4.c2b461.790991.2f099 Pgina de 15Enunciado: Uma equipe de saúde da família ao realizar visita domiciliar, precisou orientar usuário sobre os cuidados com o pé diabético. Porém, a enfermeira observou certa dificuldade da equipe para atuar em tal situação. Como a mesma é muito interessada em aprender, matriculou-se numa pós-graduação em feridas e propôs uma capacitação para a equipe sobre assunto. Considerando a situação exposta, analise as afirmações abaixo e, em seguida, marque a alternativa correta. A ação de capacitar a equipe trata-se de educação continuada. - A ação de capacitar a equipe trata-se de educação permanente. III A pós-graduação da enfermeira trata-se de educação continuada. IV A pós-graduação da enfermeira trata-se de educação permanente. Alternativas: (alternativa C) (CORRETA) As afirmativas e III são corretas. 000115.670018.457fd1.b6c087.76cbd4.c2b461.790991.2f099 Pgina 8 de 15Resposta comentada: As alternativas e III estão corretas, uma vez que a reunião de equipe para capacitação, caracteriza uma Educação permanente, que tem por conceito: ações educativas embasadas na problematização do processo de trabalho em saúde e tem como objetivo a transformação das práticas profissionais e da própria organização de trabalho, tomando como referência as necessidades de saúde das pessoas e das populações. E ainda o fato da enfermeira procurar uma pós-graduação para aprimoramento de conhecimentos, caracteriza-se por Educação continuada, que tem por conceito: reunião das atividades que seguem á formação inicial, após o curso de graduação, com objetivos restritos de atualização, aquisição de novas informações e ou atividades de duração definida e através de metodologias tradicionais. Referências: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação na Saúde. Política Nacional de Educação Permanente em Saúde: o que se tem produzido para o seu fortalecimento? Ministério da Saúde, Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Departamento de Gestão da Educação na Saúde. 1. ed. rev. Brasília: Ministério da Saúde, 2018. MENDES, G.N. et al. Educação continuada e permanente na Atenção Primária de Saúde: uma necessidade multiprofissional. Cenas Educacionais. v.4, p1-13, 2021. QUESTÃO 000115.670018.457fd1.b6c087.76cbd4.c2b461.790991.2f099 Pgina 9 de 15Enunciado: Fluxograma de acolhimento utilizado pelas equipes de saúde da Unidade de Saúde da Família (USF) de Parque Felicidade, situada em Duque de Caxias, Rio de Janeiro. Usuário chega à UBS Não Usuário tem atividade Sim Encaminhar usuário para agendada atividade agendada Não Precisa de atendimento Sim Encaminhar usuário para específico da rotina da setor requerido unidade? Coleta exame Sala de vacina Encaminhar ou conduzir usuário a um espaço adequado para escuta Sala de Farmácia procedimento Escuta da demanda do usuário; Avaliação do risco biológico da vulnerabilidade subjetivo-social; Discussão com equipe, se necessário; Inalação / Definição da(s) oferta(s) de cuidado com base nas Nebulização necessidades do usuário e no tempo adequado. Fonte: adaptado de Acolhimento à demanda espontânea Cadernos de Atenção Básica; n. 28, V. 1, p. 28, 2013. O acolhimento é uma diretriz da Política Nacional de Humanização (PNH), que não tem local, nem hora certa para acontecer, nem um profissional específico para fazê-lo. Esta diretriz implica na escuta do usuário em suas queixas, no reconhecimento do seu protagonismo no processo de saúde e adoecimento, e na responsabilização pela resolução, com ativação de redes de compartilhamento de saberes (BRASIL, 2008). Marque a alternativa que relaciona fluxograma com texto acima e que analisa se a equipe de saúde utiliza o acolhimento, conforme a PNH, para a reorganização do seu processo de trabalho. 000115.670018.457fd1.b6c087.76cbd4.c2b461.790991.2f099 Pgina 10 de 15Alternativas: (alternativa A) (CORRETA) Sim, acolhimento realizado pela equipe de saúde da USF de Parque Felicidade demonstra o compromisso de resposta às necessidades de saúde dos cidadãos que procuram os serviços ofertados pelos profissionais da USF. Resposta comentada: O acolhimento como dispositivo de (re)organização do processo de trabalho em equipe pode ocorrer com a implantação de acolhimento da demanda espontânea que "pede" e provoca mudanças nos modos de organização das equipes, nas relações entre os trabalhadores e nos modos de cuidar. Para acolher a demanda espontânea com equidade e qualidade, não basta distribuir senhas em número limitado (fazendo com que os usuários formem filas na madrugada), nem é possível (nem necessário) encaminhar todas as pessoas ao médico (o acolhimento não deve se restringir a uma triagem para atendimento médico). Organizar-se a partir do acolhimento dos usuários exige que a equipe reflita sobre conjunto de ofertas que ela tem apresentado para lidar com as necessidades de saúde da população, pois são todas as ofertas que devem estar à disposição para serem agenciadas, quando necessário, na realização da escuta qualificada da demanda. É importante, por exemplo, que as equipes discutam e definam (mesmo que provisoriamente) modo como os diferentes profissionais participarão do acolhimento. Quem vai receber o usuário que chega; como avaliar risco e a vulnerabilidade desse usuário; o que fazer de imediato; quando encaminhar/agendar uma consulta médica; como organizar a agenda dos profissionais; que outras ofertas de cuidado (além da consulta) podem ser necessárias etc. Como se pode ver, é fundamental ampliar a capacidade clínica da equipe de saúde, para escutar de forma ampliada, reconhecer riscos e vulnerabilidades e realizar/acionar intervenções. (p. 22). Referências: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Acolhimento à demanda espontânea / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. 1. ed.; 1. reimpr. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. BRASIL. Ministério da Saúde. Biblioteca Virtual em Saúde. Acolhimento. Brasília: Ed. Ministério da Saúde, 2008. Disponível em: Acesso em: 04 fev. 2023. 000115.670018.457fd1.b6c087.76cbd4.c2b461.790991.2f099 Pgina 11 de 15QUESTÃO Enunciado: Durante uma visita domiciliar a uma família composta por quatro membros: pai, mãe e dois filhos adolescentes. pai, de 45 anos, é hipertenso, tabagista e sobrepeso, sofreu infarto há um mês, relata episódios de estresse crônico devido à sua rotina de trabalho. A mãe, de 40 anos, diabética, tem histórico de depressão e ansiedade, além de estar enfrentando dificuldades financeiras após a perda do emprego. filho mais velho, de 17 anos, está com baixo rendimento escolar e tem apresentado comportamento agressivo em casa. filho mais novo, de 14 anos, tem asma crônica e frequentemente falta às aulas devido às crises respiratórias. O médico de família propõe realizar um Projeto Terapêutico Singular (PTS) para a situação observada. Assim, elabore pelo menos duas metas a curto (até 30 dias), médio (30-180 dias) e longo (mais de 180 dias) prazos para a família visitada. Alternativas: Resposta comentada: As ações devem promover a saúde física e mental de cada membro, bem como fortalecimento dos vínculos familiares e a melhoria da qualidade de vida como um todo. Além disso, a importância de cada medida proposta e como elas podem contribuir para alcance de uma abordagem integral e efetiva no cuidado à saúde dessa família. Dentre outras metas para até 30 dias Avaliar os medicamentos prescritos para hipertensão e diabetes. Articular consulta com o psicólogo e nutricionista da equipe multiprofissional Articular avaliação do assistente social e secretaria de educação para possibilidade de acompanhamento com os filhos. Avaliação e controle da pressão arterial do pai: Encaminhar o pai para uma consulta médica com acompanhamento regular para monitorar e controlar a hipertensão. Estabelecer metas para redução do peso corporal por meio de orientações nutricionais e incentivo à prática de atividade física leve, como caminhadas diárias. Apoio psicológico para a mãe: Encaminhar a mãe para acompanhamento psicológico individual para tratar a depressão e a ansiedade. Introduzir técnicas de manejo do estresse e estratégias para lidar com as dificuldades financeiras, como orientação profissional para busca de emprego e acesso a programas de assistência social. Avaliação e tratamento da agressividade do filho mais velho: Encaminhar o filho mais velho para avaliação psicológica e, se necessário, terapia comportamental para lidar com a agressividade e melhorar o rendimento escolar. Implementar estratégias de comunicação não violenta e mediação de conflitos intrafamiliares. Controle das crises de asma do filho mais novo: Realizar uma avaliação médica detalhada do filho mais novo para ajustar tratamento da asma. Fornecer orientações sobre o uso adequado dos medicamentos e desenvolver um plano de ação para lidar com as crises, incluindo medidas preventivas e manejo de emergências. Dentre outras metas para 30-180 dias Realizar visitas a cada mês da equipe de saúde para acompanhar a evolução do pai e mãe. Articular com a equipe multiprofissional para cuidado sempre que necessário. Pgina 12 de 15Acompanhamento multidisciplinar da família: Estabelecer um plano de acompanhamento multidisciplinar envolvendo médico, psicólogo, assistente social e nutricionista para monitorar a saúde e o bem-estar de todos os membros da família. Realizar visitas domiciliares periódicas para avaliação e ajuste das intervenções conforme necessário. Promoção de atividades de lazer e integração familiar: Incentivar a participação da família em atividades de lazer e recreação que promovam a integração e o fortalecimento dos vínculos familiares, como passeios ao ar livre, jogos em família e refeições compartilhadas. Dentre outras metas para mais de 180 dias Realizar acompanhamento semestral da equipe de saúde para avaliar a evolução da família. Articular com a equipe multiprofissional para cuidado sempre que necessário. Educação em saúde e prevenção de doenças crônicas: Implementar programas de educação em saúde voltados para a prevenção de doenças crônicas, como hipertensão, diabetes e obesidade, por meio de palestras educativas, workshops e material informativo. Incentivar a adoção de hábitos de vida saudáveis, como alimentação balanceada, atividade física regular e cessação do tabagismo. Apoio psicossocial contínuo: Garantir o acesso contínuo ao acompanhamento psicológico para a mãe e o filho mais velho, oferecendo suporte emocional e desenvolvendo estratégias de enfrentamento para lidar com os desafios do cotidiano. Estabelecer uma rede de apoio social e comunitário para fornecer suporte emocional e recursos práticos à família. Referências: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. Clínica ampliada, equipe de referência e projeto terapêutico singular. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. 2. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2007. 60 p.: il. color. Série Textos Básicos de Saúde. pts-1.pdf GUSSO, G. et al. Tratado de medicina de família e comunidade: princípios, formação e prática. 2. ed. Porto Alegre: Editora Grupo A, 2019. 2 V. Disponível em: Minha Biblioteca. QUESTÃO Enunciado: De acordo com a Medicina Centrada na Pessoa a consulta é composta por componentes: 1. Explorando a saúde, a doença e a experiência da doença; 2. Entendendo a pessoa como um todo; 3. Elaborando um Plano Conjunto de Manejo dos Problemas; 4. Intensificando a relação entre a Pessoa e o Médico. Dentro dessa temática, assinale a alternativa que exemplifica em frases ou ações cada componente, respectivamente, baseado no seguinte caso: Joana, paciente diabética insulinodependente descompensada, tem dois filhos, mora com os filhos (Marina e Mateus) e netos (Riqueli- 4 anos e Rian -6 anos). Não faz atividade física, pois cuida dos netos enquanto os filhos trabalham. Além disso, mantém alimentação inadequada e se queixa de dormência nos pés. 000115.670018.457fd1.b6c087.76cbd4.c2b461.790991.2f099 Pgina 13 de 15Alternativas: (alternativa A) (CORRETA) 1. "Alguém que a senhora conhece tem ou teve Diabetes? ";2. "Como a senhora se organiza para cuidar dos seus netos? "; 3. "Tem alguma atividade física em casa que a senhora possa fazer? E o que acha de aumentar a dose de insulina? 4. "Mais alguma pergunta, duvida, ou algo que queira dizer?" o 000115.670018.457fd1.b6c087.76cbd4.c2b461.790991.2f099 Pgina 14 de 15Resposta comentada: Os componentes propostos por Stewart e colaboradores são: 1) Explorando a doença e a experiência da pessoa com a doença: Avaliando a história, exame físico, exames complementares; Avaliando a dimensão da doença: sentimentos, ideias, efeitos sobre a funcionalidade e expectativas da pessoa. 2) Entendendo a pessoa como um todo, inteira: A pessoa: Sua história de vida, aspectos pessoais e de desenvolvimento; Contexto próximo: Sua família, comunidade, emprego, suporte social; Contexto distante: Sua comunidade, cultura, 3) Elaborando um projeto comum de manejo: Avaliando quais os problemas e prioridades; Estabelecendo os objetivos do tratamento e do manejo; Avaliando e estabelecendo os papéis da pessoa e do profissional de saúde. 4) Incorporando a prevenção e a promoção de saúde: Melhorias de saúde; Evitando ou reduzindo riscos; Identificando precocemente riscos ou doenças; Reduzindo complicações. Referências: DUNCAN, BRUCE, B. et al. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências. Disponível em: Minha Biblioteca, (5th edição). Grupo A, 2022. (cap. 11). STEWART, Moira. et al. Medicina centrada na pessoa: transformando o método clínico. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. e-PUB. PARTE 02 [recurso eletrônico]. GUSSO G.; LOPES, J. M. C. (Org.). Tratado de medicina de família e comunidade: princípios, formação e prática. Porto Alegre: Artmed, 2019. Cap. 15. 000115.670018.457fd1.b6c087.76cbd4.c2b461.790991.2f099 Pgina 15 de 15