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Profa. Daniela Menezes UNIDADE II Fundamentos de Marketing Antes de criarmos estratégias, de vencermos concorrentes ou de cravarmos nossa marca na mente do consumidor, é preciso identificar a filosofia que a organização pretende estabelecer e apresentar ao mercado. São as orientações de marketing que vão nortear os projetos estratégicos como um todo. Vamos entender as orientações de marketing? Orientação de produto. Orientação de produção. Orientação de vendas. Orientação de marketing – surgiu em meados da década de 1950, período em que as empresas mudaram sua filosofia. Orientações das empresas Orientação de marketing holístico. A última orientação Fonte: adaptado de Kotler e Keller (2006). Departamento de marketing Gerência Sênior Outros departamentos Ética Meio ambiente Legalidade Comunidade Clientes Canal Parceiros Produtos e serviços Comunicações Canais Marketing interno Marketing integrado Marketing socialmente responsável Marketing de relacionamento Marketing holístico O marketing integrado cria programas que visam a integrar a empresa como um todo a fim de criar, comunicar e entregar valor para os clientes. Tudo isso é feito por meio do Mix de Marketing, composto pelas variáveis: Preço. Produto. Praça. Promoção. Estamos falando fundamentalmente de um produto ou serviço que a empresa tem, que deverá ser comunicado eficientemente para o cliente, vendido por um preço estrategicamente definido e distribuído para o mercado a fim de disponibilizá-lo para esse mesmo cliente. O marketing integrado Marketing interno: o objetivo do marketing interno é garantir, por meio da contratação, treinamento e estímulos, que todos os envolvidos com a organização estejam alinhados com os objetivos estratégicos e mercadológicos dela. É preciso entender que o cliente interno é tão ou mais importante do que qualquer outro cliente. Isso tem a ver com o que a organização oferece para o cliente e o que de fato ela consegue entregar. Precisamos disseminar a ideia de que a responsabilidade de atender bem o cliente não é de um ou outro departamento, pelo contrário, é de todos os membros da organização. Um exemplo é a Disney. O marketing interno Atualmente, as empresas começam a pensar no seu papel diante da sociedade e não somente como produtoras de bens e serviços. A partir disso, elas avaliam questões como a utilização correta e sustentável de insumos, o papel que o marketing desempenha ou poderia desempenhar em termos de bem-estar social, o cuidado com o ser humano, isso porque é preciso ver o cliente como um ser humano, não apenas como um consumidor. Marketing socialmente responsável Analise a frase abaixo e em seguida assinale a alternativa que complete adequadamente a lacuna: _________ visa garantir, por meio da contratação, treinamento e estímulos, que todos os envolvidos com a organização estejam alinhados com os objetivos estratégicos e mercadológicos dela. a) Marketing Holístico. b) Marketing Integrado. c) Marketing Interno. d) Marketing de Produção. e) Marketing de Relacionamento. Interatividade Analise a frase abaixo e em seguida assinale a alternativa que complete adequadamente a lacuna: _________ visa garantir, por meio da contratação, treinamento e estímulos, que todos os envolvidos com a organização estejam alinhados com os objetivos estratégicos e mercadológicos dela. a) Marketing Holístico. b) Marketing Integrado. c) Marketing Interno. d) Marketing de Produção. e) Marketing de Relacionamento. Resposta Para Palmer (2006, p. 37): Os concorrentes diretos satisfazem as necessidades dos clientes de maneira similar. Os concorrentes indiretos podem parecer diferentes no modo de agir, mas satisfazem necessidades semelhantes. Pela abordagem de mercado, concorrentes são empresas que atendem às mesmas necessidades dos clientes. Por exemplo, um cliente que compra um processador de textos na verdade quer algo que lhe possibilite escrever – uma necessidade pode ser atendida por lápis, caneta ou um computador. Para Kotler (2006, p. 72), os profissionais de marketing precisam superar a “miopia do marketing” e parar de definir a concorrência em termos de categorias tradicionais. Análise da concorrência Para identificarmos a concorrência, podemos analisá-la sob o ponto de vista setorial ou de mercado. Vamos entender o que é um setor? “Setor é um grupo de empresas que oferecem um produto ou uma categoria de produtos que são substitutos próximos uns dos outros. Os setores são classificados de acordo com a quantidade de fornecedores e os níveis de diferenciação do produto; a presença ou não de barreiras à entrada, à mobilidade e à saída; às estruturas de custo; o grau de integração vertical e o grau de globalização. O ponto de partida para descrever um setor é especificar a quantidade de fornecedores, ou empresas vendedoras, que atuam nele e definir se o produto é homogêneo ou altamente diferenciado” (KOTLER, 2006, p. 37). Identificando a concorrência Monopólio puro: uma única empresa oferece determinado produto em uma região. Ela pode atuar sob regulamentação ou não. Oligopólio: uma pequena quantidade de empresas fabrica produtos que tanto podem ser padronizados ou altamente diferenciados. O oligopólio puro é composto por empresas que produzem a mesma commodity (petróleo, aço), sendo que uma das únicas formas de estabelecer uma vantagem competitiva é tendo preços mais baixos. O oligopólio diferenciado é composto por algumas empresas que produzem produtos parcialmente diferenciados, como carros. As quatro classificações de estruturas setoriais Concorrência monopolista: é quando são produzidos produtos distintos, porém com substitutos próximos; como diferenciação, utilizam o atendimento superior, cobrando por isso preços premium. Concorrência pura: aqui não há base para a diferenciação, inclusive os preços são praticamente os mesmos. Nesse caso, a empresa oferece o mesmo produto ou serviço, e a diferenciação se dá no conceito criado pelo produto, que pode ser apresentado a seu cliente de forma a persuadi-lo na decisão de compra. A estrutura de um setor não é engessada e pode sofrer alterações com o tempo. As quatro classificações de estruturas setoriais Porter identificou cinco forças competitivas que determinam as forças que envolvem a concorrência: Ameaças de novos entrantes: se não há muitas barreiras para a entrada de novas empresas no mercado, existe a possibilidade do aumento da concorrência. Isso pode ocorrer quando empresas fortes em determinados locais decidem atuar em novas regiões ou ainda quando empresas bem estruturadas em determinado setor decidem diversificar seus negócios. Exemplo: BIC desafiando a Gillette. Análise da indústria de Michael Porter Fonte: https://www.bicworld. com/pt/nossos-produtos/ o-que-fazemos Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Gillet te_Mach3_razor_from_Indonesia,_2015-08- 03.jpg Ameaça de produtos substitutos: as modernas tecnologias possibilitam alternativas de produção e de criação de novos produtos que entram nos mercados para substituir os existentes. É preciso antever as tendências a fim de se adequar às novas tecnologias e necessidades de mercado. Intensidade de disputa entre os concorrentes: uma empresa precisa se estabelecer antes que um setor amadureça. Entrar nele mais tarde exige um investimento muito maior. Mercados maduros não são atraentes porque, normalmente, já possuem concorrentes poderosos, agressivos ou numerosos. É ainda menos atraente se já for estável ou estiver em declínio, pois as guerras de preços, o lançamento de produtos e ainda os gastos com propaganda concorrerão para a redução dos lucros. Análise da indústria de Michael Porter O poder de barganha dos fornecedores: quanto menor for a oferta de um determinadoproduto, quanto mais concentrados e organizados forem os fornecedores, com poucas opções de substituição, maior será o poder de barganha deles. O poder de barganha dos compradores: quando existem poucos compradores, o poder de barganha deles tende a ser alto como no varejo. Produto fora da prateleira é produto fora do mercado. Análise da indústria de Michael Porter Liderança total em custos: é quando uma empresa estabelece deliberadamente uma política de redução de custos com o objetivo de liderar o mercado a partir de preço baixo (roupas). Diferenciação: é quando uma empresa identifica uma diferença significativa em relação à concorrência, seja em termos de design, qualidade, tecnologia, serviços, entre outros. Foco: é quando uma empresa define um segmento-alvo de consumidores e se especializa no atendimento a esses clientes. Estratégias genéricas de Michael Porter Fonte: https://www.apple.com/ Segundo Kotler, “Setor é formado por um grupo de empresas que oferecem um produto ou uma categoria de produtos que são substitutos próximos uns dos outros” (KOTLER, 2006, p. 37). Quantas são as classificações das estruturas setoriais? a) Duas. b) Três. c) Quatro. d) Cinco. e) Não existe um número certo de classificações. Interatividade Segundo Kotler, “Setor é formado por um grupo de empresas que oferecem um produto ou uma categoria de produtos que são substitutos próximos uns dos outros” (KOTLER, 2006, p. 37). Quantas são as classificações das estruturas setoriais? a) Duas. b) Três. c) Quatro. d) Cinco. e) Não existe um número certo de classificações. Resposta A análise SWOT é uma ferramenta estratégica que serve para conhecermos tanto a empresa quanto o mercado. A partir dela, muitos empresários conseguem compreender melhor o seu negócio e encontrar os elementos-chave. SWOT = abreviatura das palavras strengths forças weaknesses fraquezas opportunities oportunidades threats ameaças FOFA = Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças. Análise SWOT Quando estamos falando de forças e fraquezas, estamos nos referindo aos aspectos internos à empresa, ao microambiente. Quando estamos falando de oportunidades e ameaças, estamos nos referindo aos aspectos externos às organizações, ao macroambiente. Análise SWOT Fonte: http://www.bethrive.com.br/seo/ como-fazer-um-planejamento-de- seo-atraves-da-uma-matriz-swot/ Pontos Fortes Pontos Fracos AmeaçasOportunidades A Matriz BCG foi desenvolvida nos anos 1970 pela empresa americana Boston Consulting Group, como uma metodologia que, a partir de uma representação gráfica, permite a análise dos produtos e/ou unidades negócios que se baseiam no conceito de ciclo de vida do produto. Matriz BCG Fonte: http://www.sobreadministra cao.com/o-que-e-e-como- funciona-a-matriz-bcg/ Ciclo de vida do produto Fonte: Livro-texto Tempo Introdução Crescimento Maturidade Saturação Declínio V o lu m e d e v e n d a s As empresas devem monitorar três variáveis ao analisar seus concorrentes: A participação de mercado – a fatia do mercado-alvo que o concorrente detém. Share-of-mind (fatia da mente) – o percentual de clientes que mencionam o nome do concorrente ao serem perguntados sobre a lembrança de uma marca de determinado produto. Participação de preferência (share-of-heart – fatia do coração) – o percentual de clientes que mencionam o nome do concorrente quando são questionados sobre a marca preferida de um determinado produto. Benchmarking. Variáveis de análise da concorrência Vimos que o Boston Consulting Group criou a matriz BCG para conseguir posicionar todos os produtos/unidades de negócio de uma organização. Quais são os tópicos que essa matriz aborda? a) Incógnita, estrela, vaca-leiteira e abacaxi. b) Incógnita, lua, leite e abacaxi. c) Estrela, vaca-leiteira, abacaxi e declínio. d) Estrela, abacaxi, declínio e crescimento. e) Incógnita, crescimento, declínio e abacaxi. Interatividade Vimos que o Boston Consulting Group criou a matriz BCG para conseguir posicionar todos os produtos/unidades de negócio de uma organização. Quais são os tópicos que essa matriz aborda? a) Incógnita, estrela, vaca-leiteira e abacaxi. b) Incógnita, lua, leite e abacaxi. c) Estrela, vaca-leiteira, abacaxi e declínio. d) Estrela, abacaxi, declínio e crescimento. e) Incógnita, crescimento, declínio e abacaxi. Resposta Plano de marketing é o documento escrito que advém do planejamento estratégico da organização, sendo esse um processo de intenso raciocínio e coordenação de pessoas, recursos financeiros e materiais, cujo foco central é a verdadeira satisfação do consumidor e a consequente lucratividade da organização. Existem três níveis fundamentais de um planejamento estratégico: Estratégico. Tático. Operacional. Plano de marketing Planejamento estratégico: tem a visão global do micro e do macroambiente e suas definições irão interferir na empresa como um todo. A determinação dos objetivos, as estratégicas a serem adotadas, as fontes de recursos são questões abrangentes, globais e de longo prazo. Características específicas: Os objetivos são traçados para serem alcançados a longo prazo. Suas decisões interferem na empresa como um todo. Sua elaboração costuma ser feita pelo presidente e pelos diretores da empresa. São eleitos os objetivos que melhor atendam aos interesses da empresa. Níveis do planejamento estratégico da organização Planejamento tático: envolve uma unidade da empresa, que pode ser um departamento ou uma unidade de negócio. Existe aqui uma adaptação do planejamento estratégico, desmembrando-o a fim de aproximá-lo para a realidade de cada departamento. Surgem, então, o plano de marketing, o plano de recursos humanos, o plano financeiro, administrativo etc. Características específicas: É subordinado ao planejamento estratégico. Costuma se concentrar nos médios prazos. Sua elaboração, em geral, é de responsabilidade dos gerentes. Níveis do planejamento estratégico da organização Planejamento operacional: é criado a partir do plano tático, materializa-se em planos operacionais sob a forma de procedimentos, orçamentos, programas e regulamentos. Os planos operacionais ditam a rotina para assegurar que todas as pessoas executem as tarefas e as operações determinadas pela empresa. Características específicas: É subordinado ao planejamento tático. Tem em conta o curto prazo. Costuma ser elaborado pelos responsáveis pela coordenação e pela execução das ações. Níveis do planejamento estratégico da organização Existem diversas abordagens para um plano de marketing ou plano mercadológico. Os mais comuns são: Planos anuais de marketing que, como o próprio nome já diz, cobrem o período de um ano fiscal da organização, embora esse período possa variar. O plano anual faz parte do orçamento anual (budget) e abrange todos os produtos ofertados por ela. Os planos anuais trazem menos detalhes do que os que servem para o lançamento de produtos, que apresentam as estratégias e os orçamentos dos programas de marketing. Esses planos especiais para lançamentos de produtos mostram cinco anos de previsões e orçamentos e, depois de aprovados, fazem parte dos planos anuais. Elaboração do plano de marketing Para Ambrósio (1999) é essencial considerar que, apesar de existirem variações entre os modelos de planos de marketing, percebe-se que os implementados em empresas de sucesso orientadas para o marketing incluem alguns elementos básicos como: descrição da situação, objetivos, estratégias e resultados. Plano de marketing Fonte: http://www.vendedorautonomo.com.br/site/o-plano-de-marketing/ Nenhum plano de marketing é engessado, porém existem pontos fundamentais e essenciais, como apontou Palmer e também Kotler e Keller (2006), para que ele se torne funcional: Resumo executivo e sumário: ele deve conter asprincipais recomendações e metas a serem alcançadas. Análise da situação ou o diagnóstico da empresa e do mercado. Estratégia de marketing: aqui são apresentados todos os passos, de forma detalhada, para o conjunto de estratégias que serão aplicadas. Projeções financeiras. Controles. Informações para o plano de marketing Sabemos que existem diversas abordagens para os planos de marketing e que existe uma, principalmente, que é utilizada mais do que as outras. Assinale nas alternativas qual é essa abordagem. a) Abordagem do biênio. b) Abordagem do triênio. c) Abordagem anual. d) Abordagem efetiva. e) Abordagem específica. Interatividade Sabemos que existem diversas abordagens para os planos de marketing e que existe uma, principalmente, que é utilizada mais do que as outras. Assinale nas alternativas qual é essa abordagem. a) Abordagem do biênio. b) Abordagem do triênio. c) Abordagem anual. d) Abordagem efetiva. e) Abordagem específica. Resposta AMBRÓSIO, V. Plano de marketing passo a passo. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso Editores, 1999. KOTLER, P.; KELLER, K. L. Administração de marketing: a bíblia do marketing. 12. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2006. PALMER, A. Introdução ao marketing: teoria e prática. São Paulo: Ática, 2006. Referências ATÉ A PRÓXIMA!