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VENDAS E NEGOCIAÇÃO VIDEOAULA PROF. VINÍCIUS BASTOS www.acasadoconcurseiro.com.br http://www.acasadoconcurseiro.com.br VENDAS E NEGOCIAÇÃO 3 A Conquista de Mercados: Planejamento Estratégico orientado para o Mercado • Planejamento Estratégico Orientado para o Mercado: É o processo gerencial de desenvolver e manter um ajuste viável entre objetivos, habilidades e recursos de uma organização e as oportunidades de um mercado em contínua mudança. O objetivo do Planejamento Estratégico é dar forma aos negócios e produtos de uma empresa, de modo que eles possibilitem os lucros e o crescimento almejados. • Planejamento Estratégico exige ações em três áreas-chave: 1) Primeira área chave - A primeira área chave é gerenciar os negócios da empresa como uma carteira de investimentos. 2) Segunda área chave - A segunda área-chave envolve a avaliação dos pontos fortes de cada negócio, considerando a taxa de crescimento de mercado e a posição competitiva da empresa nesse mercado. 3) Terceira área chave - A terceira área-chave é a estratégia. A empresa deve desenvolver um plano de ação para cada um de seus negócios, a fim de atingir seus objetivos de longo prazo. Cada empresa deve determinar o que tem mais sentido à luz de sua posição no setor, de seus objetivos, de suas oportunidades, de suas habilidades e de seus recursos. Processo de Marketing – O Processo de Marketing começa antes da existência do produto e continua enquanto ele é desenvolvido e depois que se torna disponível. O Processo de Marketing consiste em analisar oportunidades de marketing, pesquisando e selecionando mercados-alvo, delineando estratégias, planejando programas e organizando, implementando e controlando o esforço de marketing. O Planejamento nos Níveis Corporativo, de Divisão e de Negócios é parte integrante do processo de Marketing. • Planejamento Estratégico e Administração de Marketing É preciso entender o Planejamento Estratégico para entender a Administração de Marketing. Para entender o planejamento estratégico, precisamos reconhecer que as maiores empresas organizam-se em quatro níveis, que são: • Nível Corporativo; • Nível da Divisão; • Nível de Unidade de Negócios; e o • Nível de Produto. • Quatro Níveis Organizacionais e seus planejamentos: 4 1) Nível Corporativo – É o nível da cúpula da empresa. O nível corporativo está na matriz da empresa e é responsável pelo projeto de um Plano Estratégico Corporativo para orientar toda a empresa; toma decisões quanto à quantidade de recursos a alocar para cada divisão, assim como sobre que negócios iniciar ou eliminar. 2) Nível Divisão – Neste nível, cada Divisão estabelece um Plano de Divisão cobrindo a alocação dos recursos para cada unidade de negócios, dentro da divisão. 3) Nível de Unidade de Negócios - Cada Unidade de Negócios desenvolve um Plano Estratégico da Unidade de Negócios que a leve a um futuro lucrativo. 4) Nível de Produto - Por fim, cada nível de produto (linha de produtos, marca) dentro de uma unidade de negócios desenvolve um Plano de Marketing para atingir seus objetivos no Mercado de Produto. • Dois níveis do Plano de Marketing (Nível de Produto): - Plano de Marketing Estratégico - O Plano de Marketing Estratégico estabelece os objetivos gerais e a estratégia de marketing com base em uma análise da situação e das oportunidades de mercado atuais. - Plano de Marketing Tático - O Plano de Marketing Tático delineia táticas específicas de marketing, incluindo táticas de propaganda, formas de comercialização, preços, canais e serviços. • Desenvolvimento do Plano de Marketing O plano de marketing é o instrumento central para direcionar e coordenar o esforço de marketing. Nas organizações modernas o departamento de marketing não estabelece, sozinho, o plano de marketing. Os planos são desenvolvidos por equipes, com contribuições e a aprovação de cada departamento importante, e então implementados em níveis apropriados da organização. Há monitoração de resultados e, quando necessário, efetuam-se ações corretivas. VENDAS E NEGOCIAÇÃO | VINÍCIUS BASTOS 5 1) Nível Corporativo – É o nível da cúpula da empresa. O nível corporativo está na matriz da empresa e é responsável pelo projeto de um Plano Estratégico Corporativo para orientar toda a empresa; toma decisões quanto à quantidade de recursos a alocar para cada divisão, assim como sobre que negócios iniciar ou eliminar. 2) Nível Divisão – Neste nível, cada Divisão estabelece um Plano de Divisão cobrindo a alocação dos recursos para cada unidade de negócios, dentro da divisão. 3) Nível de Unidade de Negócios - Cada Unidade de Negócios desenvolve um Plano Estratégico da Unidade de Negócios que a leve a um futuro lucrativo. 4) Nível de Produto - Por fim, cada nível de produto (linha de produtos, marca) dentro de uma unidade de negócios desenvolve um Plano de Marketing para atingir seus objetivos no Mercado de Produto. • Dois níveis do Plano de Marketing (Nível de Produto): - Plano de Marketing Estratégico - O Plano de Marketing Estratégico estabelece os objetivos gerais e a estratégia de marketing com base em uma análise da situação e das oportunidades de mercado atuais. - Plano de Marketing Tático - O Plano de Marketing Tático delineia táticas específicas de marketing, incluindo táticas de propaganda, formas de comercialização, preços, canais e serviços. • Desenvolvimento do Plano de Marketing O plano de marketing é o instrumento central para direcionar e coordenar o esforço de marketing. Nas organizações modernas o departamento de marketing não estabelece, sozinho, o plano de marketing. Os planos são desenvolvidos por equipes, com contribuições e a aprovação de cada departamento importante, e então implementados em níveis apropriados da organização. Há monitoração de resultados e, quando necessário, efetuam-se ações corretivas. • Quatro atividades de planejamento realizadas em Nível Corporativo: 1) Definição da Missão corporativa: É a definição da razão de existir da empresa. Uma declaração de missão bem formulada dá aos funcionários um senso compartilhado de propósito, direção e oportunidade. As melhores declarações de missão são aquelas guiadas por uma visão, uma espécie de “sonho impossível” que fornece à empresa direcionamento para os 10 a 20 anos seguintes. 2) Estabelecimento da Unidades Estratégicas de Negócios (UENs): A maioria das empresas opera vários negócios e frequentemente os definem em termos de produtos: estão no “negócio de automóveis” ou no “negócio de réguas de cálculo”. Levitt, no entanto, demonstrou que definir um negócio pelo mercado em que ele atua é melhor que defini-lo pelos seus produtos. Um negócio precisa ser visto como um processo de satisfação do cliente, não como um processo de produção de mercadorias. Os produtos são transitórios, mas as necessidades básicas e os grupos de clientes são eternos. Levitt incentivou empresas a redefinirem seus negócios em relação a necessidades, não a produtos. • Três Dimensões em que um Negócio pode ser definido: • (1) Grupos de clientes; • (2) Necessidades de clientes; e • (3) Tecnologia. • Alocação de recursos de cada UEN – O objetivo da identificação das unidades estratégicas de negócios da empresa é o desenvolvimento de estratégias separadas e a alocação adequada de recursos. A alta administração sabe que sua carteira de negócios costuma incluir alguns “antigos sucessos” assim como as “promessas para o amanhã”. Ela não pode, no entanto, basear-se apenas em impressões; precisa de ferramentas analíticas, para classificar seus negócios de acordo com o potencial de lucros. Dois dos melhores modelos de avaliação de carteiras são o modelo do Boston Consulting Group (Matriz BCG) e o modelo da General Eléctric (Matriz Multifator GE). 3) Planejamento de novos negócios e a reduçãode negócios superados – Os planos da empresa para seus negócios lhe permitem projetar as vendas totais e os lucros. Frequentemente, as vendas e o lucro projetados são inferiores ao que a gerência corporativa gostaria que fossem. Se há uma lacuna de planejamento estratégico entre as vendas desejadas futuras e as vendas projetadas, a administração corporativa terá que desenvolver ou adquirir novos negócios para preenchê-la. • Planejamento Estratégico de Unidades de Negócio O Planejamento Estratégico de Unidades de Negócio consiste nas etapas representadas na Figura: 6 Examinaremos cada uma delas. • Missão do negócio Cada unidade de negócio precisa definir sua missão específica dentro do escopo mais amplo da missão corporativa. Assim, um fabricante de equipamentos para iluminação de estúdios de televisão poderia definir sua missão como: “Ter como alvo os principais estúdios de televisão e ser seu fornecedor preferencial de tecnologias de iluminação que representem as soluções mais avançadas e confiáveis de iluminação de estúdios”. Observe que essa missão não prevê negócios com pequenos estúdios, nem a oferta de menores preços ou de produtos que não sejam de iluminação. • Análise SWOT A avaliação global das forças, fraquezas, oportunidades e ameaças de uma empresa é denominada análise SWOT (dos termos em inglês: strengths, weaknesses, opportunities, threats). • Análise do Ambiente Externo (Oportunidades E Ameaças): Uma unidade de negócio deve monitorar importantes forças macroambientais e significativos fatores microambientais que afetam sua capacidade de obter lucros. Ela deve estabelecer um sistema de inteligência de marketing para acompanhar tendencias e mudanças relevantes, além de identificar as oportunidades e ameaças associadas a elas. • Oportunidade de Marketing: Uma oportunidade de marketing existe quando a empresa pode lucrar ao atender às necessidades dos consumidores de um determinado segmento. VENDAS E NEGOCIAÇÃO | VINÍCIUS BASTOS 7 Examinaremos cada uma delas. • Missão do negócio Cada unidade de negócio precisa definir sua missão específica dentro do escopo mais amplo da missão corporativa. Assim, um fabricante de equipamentos para iluminação de estúdios de televisão poderia definir sua missão como: “Ter como alvo os principais estúdios de televisão e ser seu fornecedor preferencial de tecnologias de iluminação que representem as soluções mais avançadas e confiáveis de iluminação de estúdios”. Observe que essa missão não prevê negócios com pequenos estúdios, nem a oferta de menores preços ou de produtos que não sejam de iluminação. • Análise SWOT A avaliação global das forças, fraquezas, oportunidades e ameaças de uma empresa é denominada análise SWOT (dos termos em inglês: strengths, weaknesses, opportunities, threats). • Análise do Ambiente Externo (Oportunidades E Ameaças): Uma unidade de negócio deve monitorar importantes forças macroambientais e significativos fatores microambientais que afetam sua capacidade de obter lucros. Ela deve estabelecer um sistema de inteligência de marketing para acompanhar tendencias e mudanças relevantes, além de identificar as oportunidades e ameaças associadas a elas. • Oportunidade de Marketing: Uma oportunidade de marketing existe quando a empresa pode lucrar ao atender às necessidades dos consumidores de um determinado segmento. • Ameaça ambiental – é um desafio imposto por uma tendência ou desenvolvimento desfavorável que levaria, na ausência de uma ação de marketing defensiva, à deterioração das vendas ou dos lucros. O marketing eficaz é a arte de encontrar, desenvolver e lucrar a partir dessas oportunidades. Uma oportunidade de marketing consiste em uma área de necessidade e interesse do comprador a qual é muito provável que uma empresa seja capaz de atender. Existem três fontes principais de oportunidades de mercado. 1) A primeira é oferecer algo cuja oferta seja escassa: Isso requer pouco talento em marketing, visto que a necessidade é bastante óbvia. 2) A segunda é oferecer um bem ou serviço existente de uma maneira nova ou superior. Como? - O Método de Detecção de Problemas: Pede sugestões aos consumidores, - O Método Ideal: Pede que eles imaginem uma versão ideal do bem ou serviço e - O Método da Cadeia de Consumo: Pede-lhes que descrevam como adquirem, usam e descartam um produto. 3) A terceira e última fonte costuma levar a criação de um bem ou serviço totalmente novo. • Análise Do Ambiente Interno (Forças E Fraquezas): Uma coisa é perceber oportunidades atraentes, outra é ter capacidade de tirar o melhor proveito delas. Cada negócio precisa avaliar periodicamente suas forças e fraquezas internas. • Estabelecimento de Metas Depois de realizar uma análise SWOT, a empresa pode se dedicar ao estabelecimento de metas, especificando-as para o período de planejamento. Metas são objetivos específicos no que se refere a proporção e prazo. A maioria das unidades de negócio busca um conjunto de objetivos que incluem lucratividade, crescimento das vendas, aumento na participação de mercado, contenção de riscos, inovação e reputação. A unidade de negócio estabelece esses objetivos e então pratica a administração por objetivos (APO). Para que um sistema APO funcione, os vários objetivos da unidade devem atender quatro critérios: • Os objetivos devem ser organizados hierarquicamente, do mais importante para o menos importante; • Sempre que possível, os objetivos devem ser estabelecidos quantitativamente; • As metas devem ser realistas; • Os objetivos devem ser consistentes. 8 • Formulação de Estratégias As metas indicam aquilo que a unidade de negócio deseja alcançar; a estratégia é um plano de ação para chegar lá. Todo negócio deve elaborar uma estratégia para alcançar seus objetivos, que consiste em uma estratégia de marketing compatível com uma estratégia de tecnologia e uma estratégia de busca de recursos. VENDAS E NEGOCIAÇÃO | VINÍCIUS BASTOS 9 • Formulação de Estratégias As metas indicam aquilo que a unidade de negócio deseja alcançar; a estratégia é um plano de ação para chegar lá. Todo negócio deve elaborar uma estratégia para alcançar seus objetivos, que consiste em uma estratégia de marketing compatível com uma estratégia de tecnologia e uma estratégia de busca de recursos. • Conteúdo do Plano de Marketing: 1) Resumo Executivo e sumário: Apresenta rápida visão geral do plano proposto; 2) Situação atual de marketing: Apresenta antecedentes relevantes sobre vendas, custos, lucros, mercado, concorrentes, distribuição e macroambiente; 3) Análise de Oportunidades e questões: Identifica as principais oportunidades/ameaças, forças/fraquezas e questões relacionadas à linha de produtos; 4) Objetivos: Define as metas financeiras e de marketing do plano em relação a volume de vendas, participação de mercado e lucros; 5) Estratégia de Marketing: Apresenta a abordagem geral de marketing que será utilizada para alcançar os objetivos do plano; 6) Programas de Ação: Apresenta os programas especiais de marketing projetados para atingir os objetivos do negócio; 7) Demonstrativos de resultados projetados: Projeta os resultados financeiros esperados do plano; 8) Controles: Indica como o plano será monitorado. • Estratégias Competitivas de Porter Michael Porter propôs três estratégias genéricas que fornecem um bom ponto de partida para o pensamento estratégico: • Liderança Total em Custos; • Diferenciação; e • Foco. 1) Liderança total em custos: A empresa esforça-se para produzir e distribuir a custos menores, de modo a oferecer preços mais baixos que os da 10 concorrência e conquistar participação de mercado. As empresas que seguem essa estratégia não precisam de muita habilidade em marketing. O problema é queoutros concorrentes surgirão, com custos menores, e prejudicarão aquela que fundamentou todo o seu futuro em baixos custos. 2) Diferenciação: A empresa concentra-se em atingir desempenho superior em uma área importante de benefícios ao cliente, valorizada por grande parte do mercado. As empresas que buscam liderança em qualidade, por exemplo, devem utilizar os melhores componentes, montá-los com habilidade, inspecioná-los com cuidado e comunicar efetivamente sua qualidade. 3) Foco: A empresa concentra-se em um ou mais segmentos estreitos de mercado, passa a conhecê-los intimamente e busca a liderança em custos ou a diferenciação dentro do segmento-alvo. Algumas empresas usam uma abordagem híbrida. De acordo com Porter, as organizações que adotam a mesma estratégia, direcionada para o mesmo mercado- alvo, constituem um grupo estratégico. Aquela que executar melhor a estratégia adotada obterá os maiores lucros. Porter traçou uma distinção entre eficácia operacional e estratégia. A concorrência é capaz de copiar em pouco tempo a empresa operacionalmente eficaz mediante a utilização de benchmark e outras ferramentas, minimizando, assim, a vantagem da eficácia operacional. Porter define estratégia como “a criação de uma posição única e valiosa que envolve um diferente conjunto de atividades”. Uma organização pode alegar que possui uma estratégia quando “realiza atividades diferentes das de suas rivais ou realiza atividades similares de maneiras diferentes”. • Elaboração e Implementação de Programas Até mesmo a melhor estratégia de marketing pode ser arruinada por uma implementação ineficiente. Se a empresa decidiu obter liderança tecnológica, deve planejar programas para reforçar o departamento de P&D, reunir dados tecnológicos, desenvolver produtos de ponta, treinar a força de vendas técnicas e comunicar essa liderança. VENDAS E NEGOCIAÇÃO | VINÍCIUS BASTOS 11 concorrência e conquistar participação de mercado. As empresas que seguem essa estratégia não precisam de muita habilidade em marketing. O problema é que outros concorrentes surgirão, com custos menores, e prejudicarão aquela que fundamentou todo o seu futuro em baixos custos. 2) Diferenciação: A empresa concentra-se em atingir desempenho superior em uma área importante de benefícios ao cliente, valorizada por grande parte do mercado. As empresas que buscam liderança em qualidade, por exemplo, devem utilizar os melhores componentes, montá-los com habilidade, inspecioná-los com cuidado e comunicar efetivamente sua qualidade. 3) Foco: A empresa concentra-se em um ou mais segmentos estreitos de mercado, passa a conhecê-los intimamente e busca a liderança em custos ou a diferenciação dentro do segmento-alvo. Algumas empresas usam uma abordagem híbrida. De acordo com Porter, as organizações que adotam a mesma estratégia, direcionada para o mesmo mercado- alvo, constituem um grupo estratégico. Aquela que executar melhor a estratégia adotada obterá os maiores lucros. Porter traçou uma distinção entre eficácia operacional e estratégia. A concorrência é capaz de copiar em pouco tempo a empresa operacionalmente eficaz mediante a utilização de benchmark e outras ferramentas, minimizando, assim, a vantagem da eficácia operacional. Porter define estratégia como “a criação de uma posição única e valiosa que envolve um diferente conjunto de atividades”. Uma organização pode alegar que possui uma estratégia quando “realiza atividades diferentes das de suas rivais ou realiza atividades similares de maneiras diferentes”. • Elaboração e Implementação de Programas Até mesmo a melhor estratégia de marketing pode ser arruinada por uma implementação ineficiente. Se a empresa decidiu obter liderança tecnológica, deve planejar programas para reforçar o departamento de P&D, reunir dados tecnológicos, desenvolver produtos de ponta, treinar a força de vendas técnicas e comunicar essa liderança. Uma vez elaborados os programas, a equipe de marketing deve estimar seus custos. Vale a pena participar de determinada feira de negócios? A contratação de outro vendedor contribuirá para os resultados? O programa de custeio baseado em atividades (ABC, do inglês activity-based cost) deve ser aplicado a cada programa de marketing com vistas a determinar a probabilidade de produzir resultados bons o suficiente para justificar o custo. As empresas modernas sabem que, se não derem atenção aos demais stakeholders — clientes, funcionários, fornecedores, distribuidores —, jamais obterão lucros suficientes para os acionistas. Uma empresa pode ter como meta encantar seus clientes, tratar bem seus funcionários e entregar um nível mínimo de satisfação a seus fornecedores. Os stakeholders não devem se sentir injustiçados quanto ao tratamento que recebem, quando comparados uns aos outros. Existe um relacionamento dinâmico que liga os grupos de stakeholders. Uma empresa inteligente cria um alto nível de satisfação para os funcionários, o que leva a um esforço maior, que por sua vez conduz a bens e serviços de melhor qualidade, que resulta em maior satisfação do cliente, que acarreta negócios mais frequentes, que levam a maiores taxas de crescimento e lucros, que geram alto nível de satisfação dos acionistas, que leva a mais investimentos, e assim por diante. Esse é o ciclo virtuoso que gera lucros e crescimento. De acordo com a McKinsey & Company, a estratégia é apenas um dos sete elementos — os quais, em inglês, começam com a letra s — de uma prática bem- sucedida de negócio. Os três primeiros elementos: • Estratégia (strategy); • Estrutura (structure); e • Sistemas (systems). São considerados o ‘hardware’ do sucesso. Os quatro seguintes: • Estilo (style); • Habilidades (skills); • Equipe (staff); e • Valores compartilhados (shared values). São o ‘software’. O primeiro elemento do ‘software’, o estilo, significa que os funcionários da empresa compartilham um modo de pensar e de se comportar. O segundo, habilidades, significa que os funcionários possuem as habilidades necessárias para conduzir a estratégia da empresa. Equipe indica que a empresa contratou pessoas capazes, treinou-as bem e designou-as para os postos certos. O quarto elemento, valores compartilhados, revela que os funcionários se orientam pelos mesmos valores. Quando esses elementos estão presentes, as organizações costumam se sair melhor na implementação de estratégias. 12 • Feedback e controle A adequação estratégica entre uma empresa e o ambiente sofre desgastes inevitáveis porque o mercado muda mais rapidamente do que os 7Ss. Assim, uma organização pode permanecer eficiente enquanto perde a eficácia. Peter Drucker destacou que é mais importante “fazer as coisas certas” (eficácia) do que “fazer as coisas da maneira certa” (eficiência). Todavia, as empresas mais bem-sucedidas fazem as duas coisas muito bem. Quando uma organização deixa de reagir a uma transformação ambiental, fica cada vez mais difícil reaver a posição perdida. As organizações, em especial as de grande porte, estão sujeitas a inércia. É difícil mudar uma parte sem ajustar todo o resto, no entanto, as organizações podem ser transformadas por uma liderança forte, de preferência antes de uma crise. A chave para a saúde organizacional é a disposição para examinar o ambiente em transformação e adotar novos objetivos e comportamentos. Três opções de Crescimento (Desenvolver ou adquirir novos negócios): • Primeira: Oportunidades de Crescimento Intensivo: Identificar oportunidades de crescimento adicional dentro dos negócios atuais, através de estratégias de: • Penetração de Mercado; de • Desenvolvimento de Mercado; de • Desenvolvimento de Novos Produtos; e de • Diversificação. 1) Estratégia de Penetração de Mercado: É o primeiro passo para o crescimento intensivo. Verifica-se a possibilidade de ter maior participaçãode mercado com seus produtos atuais e em seus mercados atuais. 2) Estratégia de Desenvolvimento de Mercados: Examina se pode encontrar ou desenvolver novos mercados para seus produtos atuais. 3) Estratégia de Desenvolvimento de Produtos: Avalia se pode desenvolver novos produtos de interesse potencial para seus mercados atuais. Caso não seja suficiente o Crescimento Intensivo, a empresa pode partir para o Crescimento Integrativo. • Segunda: Oportunidades de Crescimento Integrativo: Identificar oportunidades de construir ou adquirir negócios relacionados aos atuais, através de estratégias de: • Integração Retrógrada; • À Frente; e • Horizontal. VENDAS E NEGOCIAÇÃO | VINÍCIUS BASTOS 13 • Feedback e controle A adequação estratégica entre uma empresa e o ambiente sofre desgastes inevitáveis porque o mercado muda mais rapidamente do que os 7Ss. Assim, uma organização pode permanecer eficiente enquanto perde a eficácia. Peter Drucker destacou que é mais importante “fazer as coisas certas” (eficácia) do que “fazer as coisas da maneira certa” (eficiência). Todavia, as empresas mais bem-sucedidas fazem as duas coisas muito bem. Quando uma organização deixa de reagir a uma transformação ambiental, fica cada vez mais difícil reaver a posição perdida. As organizações, em especial as de grande porte, estão sujeitas a inércia. É difícil mudar uma parte sem ajustar todo o resto, no entanto, as organizações podem ser transformadas por uma liderança forte, de preferência antes de uma crise. A chave para a saúde organizacional é a disposição para examinar o ambiente em transformação e adotar novos objetivos e comportamentos. Três opções de Crescimento (Desenvolver ou adquirir novos negócios): • Primeira: Oportunidades de Crescimento Intensivo: Identificar oportunidades de crescimento adicional dentro dos negócios atuais, através de estratégias de: • Penetração de Mercado; de • Desenvolvimento de Mercado; de • Desenvolvimento de Novos Produtos; e de • Diversificação. 1) Estratégia de Penetração de Mercado: É o primeiro passo para o crescimento intensivo. Verifica-se a possibilidade de ter maior participação de mercado com seus produtos atuais e em seus mercados atuais. 2) Estratégia de Desenvolvimento de Mercados: Examina se pode encontrar ou desenvolver novos mercados para seus produtos atuais. 3) Estratégia de Desenvolvimento de Produtos: Avalia se pode desenvolver novos produtos de interesse potencial para seus mercados atuais. Caso não seja suficiente o Crescimento Intensivo, a empresa pode partir para o Crescimento Integrativo. • Segunda: Oportunidades de Crescimento Integrativo: Identificar oportunidades de construir ou adquirir negócios relacionados aos atuais, através de estratégias de: • Integração Retrógrada; • À Frente; e • Horizontal. 1) Integração Retrógrada – Quando se adquire um ou mais fornecedores para obter maior controle ou gerar mais lucros. 2) Integração à Frente – Quando a empresa adquire alguns atacadistas ou revendedores, especialmente se altamente lucrativos. 3) Integração Horizontal – Por último seria possível comprar um ou mais concorrentes, desde que o governo não impeça esse tipo de negócio. Caso não seja suficiente para crescer ao volume desejado a empresa poderá partir para a Diversificação. • Terceira: Oportunidades de Crescimento por Diversificação: Identificar oportunidades para agregar negócios atraentes não-relacionados aos atuais, através de Estratégias de: • Diversificação Concêntrica; • Diversificação Horizontal; e • Diversificação Conglomerada. • Diversificação Concêntrica: É o primeiro tipo de diversificação, quando é possível procurar novos produtos, com semelhanças tecnológicas e /ou de mercado com as linhas existentes, mesmo que esses novos produtos interessem a um grupo diferente de clientes. Exp.: Empresa de fitas cassete expande para a produção de fitas de vídeo porque sabe fazer fitas cassete. • Diversificação Horizontal: Nesse segundo tipo de diversificação a empresa pode procurar novos produtos que interessem aos clientes, mesmo que não tenham relação tecnológica com a atual linha. Exp.: A empresa pode produzir estojos para fitas cassete, mesmo que isso exija processo de fabricação diferente. • Diversificação Conglomerada: Por último a empresa pode procurar novos negócios sem relação com a tecnologia, com os produtos ou com os mercados atuais. Exp.: Produção de aplicativos ou agendas. Conceito de Oportunidade de Marketing: Uma oportunidade de marketing existe quando a empresa pode lucrar ao atender às necessidades dos consumidores de um determinado segmento. Exercícios: 1) Ano: 2018 Banca: CESGRANRIO Órgão: Transpetro Prova: CESGRANRIO - 2018 - Transpetro - Analista de Comercialização e Logística Júnior - Comércio e Suprimento As empresas atuam em um ambiente de forças e tendências que geram oportunidades e impõem ameaças. Um elemento que se destaca nesse cenário de atuação organizacional é a crescente 14 a) Diminuição da população mundial b) Estratégia de foco na produção c) Formação de alianças empresariais d) Preferência por mercados de massa e) Restrição à presença de multinacionais Gabarito: Letra C Muitas são as vantagens da realização de alianças empresariais, independente dos níveis de desenvolvimento, mas de modo ainda mais benéfico às pequenas empresas. Vale destacar que a colaboração pode ser tão importante e até mais rentável que a competição. De acordo com Daft (2002): As empresas podem, ao mesmo tempo, competir e colaborar sem que isso lhes cause perdas. A adoção da estratégia que parte da formação de alianças permite que pequenos empresários ampliem de modo significativo sua rede de parceiros, o que naturalmente abre caminho para novos clientes, fornecedores de maior qualidade, melhor conhecimento dos concorrentes, etc. Letra B: A estratégia de produção consiste num padrão global de decisões operacionais, buscando aumentar a competitividade da empresa organizando seus recursos, criando e projetando competências com um olhar no futuro. No entanto, a projeção pautada pela estratégia de produção não terá resultados se não houver a inserção e a permanência da empresa em seu mercado, ou seja, sem condições de direcionamento da produção. Letra D:’’Preferência por mercados de massa’’ Os "mercados de massa" são mercados abrangentes de clientes parecidos, nos quais o mesmo produto atende uma parcela considerável do público. O erro dessa afirmativa está no fato de que tal estratégia não é inovadora. A produção com foco em mercados de massa já é aplicada desde os tempos pós-revolução industrial, quando a produção em massa se tornou possível graças aos avanços da época, equalizando a produção e garantindo atendimento de demandas. 2) Ano: 2018 Banca: CESGRANRIO Órgão: LIQUIGÁS Prova: CESGRANRIO - 2018 - LIQUIGÁS - Profissional Júnior - Comunicação Social Com a utilização da matriz de SWOT, no planejamento estratégico para o próximo exercício, os diretores de uma empresa de energia consideram como uma força a a) Ampliação da demanda por energia pelos clientes empresariais b) Capacidade própria para geração e distribuição de energia c) Melhora nos indicadores econômicos do país d) Expectativa por novas fontes energéticas menos poluentes e) Exigência de investimentos na área de energia por parte das agências reguladoras Gabarito: Letra B • Forças: Ambiente interno; VENDAS E NEGOCIAÇÃO | VINÍCIUS BASTOS 15 a) Diminuição da população mundial b) Estratégia de foco na produção c) Formação de alianças empresariais d) Preferência por mercados de massa e) Restrição à presença de multinacionais Gabarito: Letra C Muitas são as vantagens da realização de alianças empresariais, independente dos níveis de desenvolvimento, mas de modo ainda mais benéfico às pequenasempresas. Vale destacar que a colaboração pode ser tão importante e até mais rentável que a competição. De acordo com Daft (2002): As empresas podem, ao mesmo tempo, competir e colaborar sem que isso lhes cause perdas. A adoção da estratégia que parte da formação de alianças permite que pequenos empresários ampliem de modo significativo sua rede de parceiros, o que naturalmente abre caminho para novos clientes, fornecedores de maior qualidade, melhor conhecimento dos concorrentes, etc. Letra B: A estratégia de produção consiste num padrão global de decisões operacionais, buscando aumentar a competitividade da empresa organizando seus recursos, criando e projetando competências com um olhar no futuro. No entanto, a projeção pautada pela estratégia de produção não terá resultados se não houver a inserção e a permanência da empresa em seu mercado, ou seja, sem condições de direcionamento da produção. Letra D:’’Preferência por mercados de massa’’ Os "mercados de massa" são mercados abrangentes de clientes parecidos, nos quais o mesmo produto atende uma parcela considerável do público. O erro dessa afirmativa está no fato de que tal estratégia não é inovadora. A produção com foco em mercados de massa já é aplicada desde os tempos pós-revolução industrial, quando a produção em massa se tornou possível graças aos avanços da época, equalizando a produção e garantindo atendimento de demandas. 2) Ano: 2018 Banca: CESGRANRIO Órgão: LIQUIGÁS Prova: CESGRANRIO - 2018 - LIQUIGÁS - Profissional Júnior - Comunicação Social Com a utilização da matriz de SWOT, no planejamento estratégico para o próximo exercício, os diretores de uma empresa de energia consideram como uma força a a) Ampliação da demanda por energia pelos clientes empresariais b) Capacidade própria para geração e distribuição de energia c) Melhora nos indicadores econômicos do país d) Expectativa por novas fontes energéticas menos poluentes e) Exigência de investimentos na área de energia por parte das agências reguladoras Gabarito: Letra B • Forças: Ambiente interno; • Fraquezas: Ambiente interno; • Oportunidades: Ambiente externo; • Ameaças: Ambiente externo; 16 Análise SWOT (Matriz): Conceito e aplicação • O que é a Matriz de análise SWOT? Nos dias de hoje uma palavra é fundamental em praticamente todo tipo de negócio: Planejamento. É justamente disso que a Análise SWOT trata. O termo "SWOT" é um acrônimo das palavras strengths, weaknesses, opportunities e threats que significam respectivamente: forças, fraquezas, oportunidades e ameaças, mas é bastante comum aqui no Brasil algumas pessoas usarem a sigla FOFA, ao invés da tradicional. Conceitualmente falando, a Análise SWOT se trata de uma ferramenta estrutural da administração, que possui como principal finalidade avaliar os ambientes internos e externos, formulando estratégias de negócios para a empresa com a finalidade de otimizar seu desempenho no mercado. A Análise SWOT também é utilizada para identificar os pontos fortes e fracos de uma organização, assim como as oportunidades e ameaças das quais a mesma está exposta. Essa ferramenta é geralmente aplicada durante o planejamento estratégico, promovendo uma análise do cenário interno e externo, com o objetivo de compilar tudo em uma matriz e assim facilitar a visualização das características que fazem parte da sigla. Sabe-se que a técnica foi fundamentada por Kenneth Andrews e Roland Christensen, e tinha por objetivo auxiliar e aprimorar o planejamento estratégico empresarial, que já vinha sendo bastante estimulado nas escolas tradicionais americanas ao longo das décadas de 60 e 70. • Características da Análise SWOT Em seu desenvolvimento a Análise SWOT divide-se em dois ambientes: o interno e o externo. - O primeiro ambiente (interno) se refere basicamente a própria organização e conta com as forças e fraquezas que a mesma possui. -Já o segundo ambiente refere-se às questões externas, ou seja, questões de força maior, que estão fora do controle da empresa. VENDAS E NEGOCIAÇÃO | VINÍCIUS BASTOS 17 Análise SWOT (Matriz): Conceito e aplicação • O que é a Matriz de análise SWOT? Nos dias de hoje uma palavra é fundamental em praticamente todo tipo de negócio: Planejamento. É justamente disso que a Análise SWOT trata. O termo "SWOT" é um acrônimo das palavras strengths, weaknesses, opportunities e threats que significam respectivamente: forças, fraquezas, oportunidades e ameaças, mas é bastante comum aqui no Brasil algumas pessoas usarem a sigla FOFA, ao invés da tradicional. Conceitualmente falando, a Análise SWOT se trata de uma ferramenta estrutural da administração, que possui como principal finalidade avaliar os ambientes internos e externos, formulando estratégias de negócios para a empresa com a finalidade de otimizar seu desempenho no mercado. A Análise SWOT também é utilizada para identificar os pontos fortes e fracos de uma organização, assim como as oportunidades e ameaças das quais a mesma está exposta. Essa ferramenta é geralmente aplicada durante o planejamento estratégico, promovendo uma análise do cenário interno e externo, com o objetivo de compilar tudo em uma matriz e assim facilitar a visualização das características que fazem parte da sigla. Sabe-se que a técnica foi fundamentada por Kenneth Andrews e Roland Christensen, e tinha por objetivo auxiliar e aprimorar o planejamento estratégico empresarial, que já vinha sendo bastante estimulado nas escolas tradicionais americanas ao longo das décadas de 60 e 70. • Características da Análise SWOT Em seu desenvolvimento a Análise SWOT divide-se em dois ambientes: o interno e o externo. - O primeiro ambiente (interno) se refere basicamente a própria organização e conta com as forças e fraquezas que a mesma possui. -Já o segundo ambiente refere-se às questões externas, ou seja, questões de força maior, que estão fora do controle da empresa. As forças e fraquezas são avaliadas a partir do momento atual da organização. Elas serão seus pontos fracos, recursos, experiências, conhecimentos e habilidades. As oportunidades e ameaças serão as previsões de futuro que estão ligadas direto ou indiretamente aos fatores externos. Segue abaixo uma análise detalhada de cada uma das características da Análise SWOT. • Forças: Está relacionado as vantagens que sua empresa possui em relação aos concorrentes. Podemos dizer que são as aptidões mais fortes de sua empresa. Para ajudar a defini-las, é possível fazer uso de algumas perguntas: - Quais as suas melhores atividades? - Quais seus melhores recursos? - Qual sua maior vantagem competitiva? - Qual o nível de engajamento dos clientes? O principal aspecto é a vantagem competitiva que tais forças podem trazer para o negócio. Quanto mais vantagem em relação à concorrência ela trouxer, mais relevante ela será para a Análise SWOT. 18 • Fraquezas: As fraquezas são as aptidões que interferem ou prejudicam de algum modo o andamento do negócio. É muito importante haver sinceridade nesta etapa da análise. Pode-se encontrar as fraquezas de acordo com as seguintes perguntas: - A mão-de-obra é capacitada? - Existem lacunas de treinamento? - Por quê a concorrência foi escolhida? - Por quê meu engajamento não funciona? As fraquezas encontradas precisam ser examinadas e observadas de forma isolada, para que assim, seja possível nulificar os problemas que ocasionam. Se não for possível corrigir as fraquezas a curto prazo, o ideal é que sejam estudados métodos para minimizar seus efeitos ou tentar contorná-los de modo que se tornem forças relevantes para o negócio. • Ameaças: Ao contrário das oportunidades, as ameaças são forças externas que influenciam e atacam negativamente a empresa. Elas devem ser tratadas com bastante cautela, pois podem prejudicar não somente o planejamentoestratégico e o funcionamento da companhia, como também, diretamente em seus objetivos e resultados. • Oportunidades: São forças externas que influenciam positivamente a empresa. Não existe controle sobre essas forças, pois elas podem ocorrer de diversas formas, como por exemplo - mudanças na política econômica do governo, alterações em algum tributo, investimentos externos, ampliação do crédito ao consumidor, etc. Porém, podem ser feitas pesquisas ou planejamentos que preveem o acontecimento desses fatos. VENDAS E NEGOCIAÇÃO | VINÍCIUS BASTOS 19 • Fraquezas: As fraquezas são as aptidões que interferem ou prejudicam de algum modo o andamento do negócio. É muito importante haver sinceridade nesta etapa da análise. Pode-se encontrar as fraquezas de acordo com as seguintes perguntas: - A mão-de-obra é capacitada? - Existem lacunas de treinamento? - Por quê a concorrência foi escolhida? - Por quê meu engajamento não funciona? As fraquezas encontradas precisam ser examinadas e observadas de forma isolada, para que assim, seja possível nulificar os problemas que ocasionam. Se não for possível corrigir as fraquezas a curto prazo, o ideal é que sejam estudados métodos para minimizar seus efeitos ou tentar contorná-los de modo que se tornem forças relevantes para o negócio. • Ameaças: Ao contrário das oportunidades, as ameaças são forças externas que influenciam e atacam negativamente a empresa. Elas devem ser tratadas com bastante cautela, pois podem prejudicar não somente o planejamento estratégico e o funcionamento da companhia, como também, diretamente em seus objetivos e resultados. • Oportunidades: São forças externas que influenciam positivamente a empresa. Não existe controle sobre essas forças, pois elas podem ocorrer de diversas formas, como por exemplo - mudanças na política econômica do governo, alterações em algum tributo, investimentos externos, ampliação do crédito ao consumidor, etc. Porém, podem ser feitas pesquisas ou planejamentos que preveem o acontecimento desses fatos. • Conclusão Resumindo, nós conseguimos perceber que a Análise SWOT se trata de uma ferramenta para uma ampla análise ambiental corporativa, que atua como um pilar de sustentação da gestão e do planejamento estratégico de uma organização. É válido ressaltarmos que devido a sua simplicidade a Matriz pode ser usada em empresas de qualquer porte ou tamanho, não sendo exclusiva de grandes corporações ou multinacionais. • Exercícios 1) Ano: 2018 Banca: CESGRANRIO Órgão: Banco da Amazônia Prova: CESGRANRIO - 2018 - Banco da Amazônia - Técnico Bancário A matriz de SWOT é uma ferramenta eficaz para o planejamento de vendas no setor bancário. Em relação aos fatores externos, essa matriz analisa a(s) a) forças e fraquezas dos bancos b) oportunidades e ameaças de mercado c) campanhas de comunicação e marketing utilizadas d) promoção e os produtos para os clientes e) distribuição e os canais de acesso aos correntistas Gabarito: Letra B 2) Ano: 2014 Banca: CESGRANRIO Órgão: LIQUIGÁS Prova: CESGRANRIO - 2014 - LIQUIGÁS - Profissional Júnior - Administração O termo SWOT resulta da junção das iniciais das palavras inglesas Strengths (forças), Weaknesses (fraquezas), Opportunities (oportunidades) 20 e Threats (ameaças). Para uma empresa que opera um estacionamento particular no centro de uma cidade, o aumento da fiscalização do poder público contra o estacionamento irregular será considerado um(a) a) Fator interno b) Ameaça c) Força d) Fraqueza e) Oportunidade Gabarito: Letra E VENDAS E NEGOCIAÇÃO | VINÍCIUS BASTOS 21 e Threats (ameaças). Para uma empresa que opera um estacionamento particular no centro de uma cidade, o aumento da fiscalização do poder público contra o estacionamento irregular será considerado um(a) a) Fator interno b) Ameaça c) Força d) Fraqueza e) Oportunidade Gabarito: Letra E As 5 Forças Competitivas de Michael Porter 1) Rivalidade entre concorrentes - Esta força é considerada como a mais significativa das cinco forças (Serra, Torres & Torres, 2004). Nesta dimensão, deve-se considerar a atividade e agressividade dos concorrentes diretos. Aqueles que vendem um mesmo produto num mesmo mercado que a organização em questão. 2) Barreiras à entrada de concorrentes - Além de ser necessário observar as atividades das empresas concorrentes, a ameaça da 22 entrada de novos participantes depende das barreiras existentes contra sua entrada, além do poder de reação das organizações já constituídas (Serra, Torres & Torres, 2004). Estas barreiras são os fatores que atrapalham o aparecimento de novas empresas para concorrerem em determinado setor. Algumas das principais barreiras são: Economia de Escala; Capital Necessário; Acesso aos canais de distribuição. 3) Poder de barganha dos compradores - Pode ser traduzido como a capacidade de barganha dos clientes para com as empresas do setor. Esta força competitiva tem a ver com o poder de decisão dos compradores sobre os atributos do produto, principalmente quanto a preço e qualidade. Assim, os compradores têm poderes quando: As compras do setor são de grande volume; os produtos a serem comprados são padronizados, e sem grande diferenciação; as margens de lucro do setor são estreitas; A opção de o próprio comprador fabricar o produto é financeiramente viável. Estas são apenas algumas características a serem observadas quando se analisa esta força. 4) Poder de barganha dos fornecedores - Já os fornecedores têm poder de barganha quando: O setor é dominado por poucas empresas fornecedoras; os produtos são exclusivos, diferenciados, e o custo para trocar de fornecedor é muito alto; O setor de negócios em questão não tem representatividade no faturamento deste fornecedor. Neste caso cabe a organização identificar a atual relação da empresa com seus principais fornecedores. 5) Ameaça de Produtos ou bens substitutos - São aqueles que não são os mesmos produtos que o seu, mas atendem à mesma necessidade. É prudente avaliar este tipo de produto. Geralmente surgem em mercados situados nos extremos e após certo tempo este se estabiliza em toda a região. - Um bom exemplo de concorrência: MCDonald's e Burger King. OBS: Quanto MAIOR a rivalidade, MAIOR a influência das demais forças. • Exercícios VENDAS E NEGOCIAÇÃO | VINÍCIUS BASTOS 23 entrada de novos participantes depende das barreiras existentes contra sua entrada, além do poder de reação das organizações já constituídas (Serra, Torres & Torres, 2004). Estas barreiras são os fatores que atrapalham o aparecimento de novas empresas para concorrerem em determinado setor. Algumas das principais barreiras são: Economia de Escala; Capital Necessário; Acesso aos canais de distribuição. 3) Poder de barganha dos compradores - Pode ser traduzido como a capacidade de barganha dos clientes para com as empresas do setor. Esta força competitiva tem a ver com o poder de decisão dos compradores sobre os atributos do produto, principalmente quanto a preço e qualidade. Assim, os compradores têm poderes quando: As compras do setor são de grande volume; os produtos a serem comprados são padronizados, e sem grande diferenciação; as margens de lucro do setor são estreitas; A opção de o próprio comprador fabricar o produto é financeiramente viável. Estas são apenas algumas características a serem observadas quando se analisa esta força. 4) Poder de barganha dos fornecedores - Já os fornecedores têm poder de barganha quando: O setor é dominado por poucas empresas fornecedoras; os produtos são exclusivos, diferenciados, e o custo para trocar de fornecedor é muito alto; O setor de negócios em questão nãotem representatividade no faturamento deste fornecedor. Neste caso cabe a organização identificar a atual relação da empresa com seus principais fornecedores. 5) Ameaça de Produtos ou bens substitutos - São aqueles que não são os mesmos produtos que o seu, mas atendem à mesma necessidade. É prudente avaliar este tipo de produto. Geralmente surgem em mercados situados nos extremos e após certo tempo este se estabiliza em toda a região. - Um bom exemplo de concorrência: MCDonald's e Burger King. OBS: Quanto MAIOR a rivalidade, MAIOR a influência das demais forças. • Exercícios 1) Ano: 2014 Banca: CESGRANRIO Órgão: LIQUIGÁS Prova: CESGRANRIO - 2014 - LIQUIGÁS - Profissional Júnior - Administração As barreiras de saída e de entrada são conceitualmente distintas, no entanto seu nível de interação é um conhecimento importante para a análise de uma indústria. O melhor caso, no que concerne aos lucros da indústria, é aquele em que as barreiras de entrada são a) altas, mas as de saída são baixas. b) altas, assim como as de saída. c) baixas, mas as de saída são altas. d) baixas, assim como as de saída e) baixas, mas as de saída são intransponíveis. Gabarito: Letra A O melhor cenário para a lucratividade de um setor é a existência de altas barreiras para entrada de concorrentes e baixas barreiras para a saída de competidores malsucedidos. Assim, quem não está conseguindo bons retornos sobre o investimento abandona o setor ao invés de baixar preços ou partir para táticas de vendas extremas. No caso de haver baixas barreiras para entrada e saída, o setor é considerado desestimulante, pois sempre haverá novos competidores entrando. Em setores onde as barreiras de entrada e saída são altas o potencial de lucro é alto, mas o risco também, pois os malsucedidos permanecerão lutando. O pior cenário é o que tem baixas barreiras de entrada e altas barreiras de saída. Aqui as oscilações do mercado induzem novos competidores a entrar no setor e as altas barreiras de saída impedem os malsucedidos de sair. 24 Matriz BCG A Matriz BCG é uma metodologia criada na década de 70, por Bruce Henderson, que permite analisar graficamente os produtos de uma marca em relação ao seu desempenho no mercado. O nome BCG vem da empresa de consultoria onde Bruce trabalhava quando desenvolveu esse conceito, a Boston Consulting Group. O método é todo aplicado com base no portfólio de produtos da empresa, analisando o ciclo de vida de cada um, seu desempenho no mercado e o potencial de crescimento desse mercado no qual está inserido. Seu objetivo é ajudar na tomada de decisões importantes. A ferramenta permite identificar, através da análise gráfica, quais produtos tiveram bom desempenho e devem ser mantidos e quais estão requerendo muito esforço, mas não estão gerando os resultados esperados. Trata-se de uma excelente maneira de se fazer análise de portfólio de produtos (ou serviços), fornecendo uma análise clara sobre o ciclo de vida deles. Essa ferramenta auxilia na otimização da carteira de produtos e serviços da empresa, priorizando aqueles que apresentam maior potencial de lucro para a companhia. A representação gráfica da Matriz BCG favorece de maneira ampla a compreensão sobre os produtos, ajudando na definição de estratégias elaboradas e específicas para cada um deles. • Ponto de interrogação (também conhecido como "criança- problema" ou "dilema" ou "oportunidade"): Tem a pior característica quanto a fluxo de caixa, pois exige VENDAS E NEGOCIAÇÃO | VINÍCIUS BASTOS 25 Matriz BCG A Matriz BCG é uma metodologia criada na década de 70, por Bruce Henderson, que permite analisar graficamente os produtos de uma marca em relação ao seu desempenho no mercado. O nome BCG vem da empresa de consultoria onde Bruce trabalhava quando desenvolveu esse conceito, a Boston Consulting Group. O método é todo aplicado com base no portfólio de produtos da empresa, analisando o ciclo de vida de cada um, seu desempenho no mercado e o potencial de crescimento desse mercado no qual está inserido. Seu objetivo é ajudar na tomada de decisões importantes. A ferramenta permite identificar, através da análise gráfica, quais produtos tiveram bom desempenho e devem ser mantidos e quais estão requerendo muito esforço, mas não estão gerando os resultados esperados. Trata-se de uma excelente maneira de se fazer análise de portfólio de produtos (ou serviços), fornecendo uma análise clara sobre o ciclo de vida deles. Essa ferramenta auxilia na otimização da carteira de produtos e serviços da empresa, priorizando aqueles que apresentam maior potencial de lucro para a companhia. A representação gráfica da Matriz BCG favorece de maneira ampla a compreensão sobre os produtos, ajudando na definição de estratégias elaboradas e específicas para cada um deles. • Ponto de interrogação (também conhecido como "criança- problema" ou "dilema" ou "oportunidade"): Tem a pior característica quanto a fluxo de caixa, pois exige altos investimentos e apresenta baixo retorno sobre ativos e tem baixa participação de mercado. Se nada é feito para mudar a participação de mercado, pode absorver diversos investimentos e depois se tornar um "abacaxi". Por outro lado, por estar em um mercado de alto crescimento pode-se tornar um produto "estrela". • Estrela: Exige grandes investimentos e é referência no mercado, gerando receitas e desfrutando de taxas de crescimento potencialmente elevadas. Fica frequentemente em equilíbrio quanto ao fluxo de caixa. Entretanto, a participação de mercado deve ser mantida, pois pode-se tornar numa "vaca leiteira" se não houver perda de mercado. • Vaca leiteira: Os lucros e a geração de caixa são altos. Como o crescimento do mercado é baixo, não são necessários grandes investimentos. Pode ser a base de uma empresa, já que a empresa detém uma quota de mercado considerável. • Abacaxi (também conhecido como "cão" ou "vira-lata", expressões que não traduzem bem o conceito em português): Os "abacaxis" devem ser evitados e minimizados numa empresa. Cuidado com os caros planos de recuperação. Invista se for possível na recuperação, senão desista do produto. A baixa participação de mercado gera poucos lucros, mas estes estão associados a um baixo investimento devido ao crescimento do mercado praticamente nulo. A avaliação destes produtos deve ser feita de maneira a conseguir posicioná-los de maneira mais atrativa e rentável para a empresa, ou mesmo abandoná-los, quando a rentabilidade não seja de todo possível. Exemplos de Produtos aplicados à Matriz BCG: • Estrelas • Apple: iPhone • Mc Donald’s: Milk Shake • Coca-Cola: Coca Zero • Interrogação • Coca-Cola: isotônico Powerade • Mc Donald’s: combo café da manhã • Samsung: eletrodomésticos 26 • Vaca Leiteira • Mc Donalds: Big Mac • Facebook: Instagram • Coca-cola: Coca comum • Abacaxi • Apple: iPod Shuffle • Coca Cola: Sucos Roo, • Google: Picasa • Sony: PlayStation Vita • Ciclo de Vida dos Produtos Os quadrantes também facilitam identificar o Ciclo de Vida de um produto e onde ele se enquadra em cada etapa. Por exemplo, se a sua empresa pretende colocar um produto novo no portfólio, ele será classificado como "Em questionamento", pois pouco se sabe sobre sua participação de mercado. A baixa demanda por produtos que já estão à venda também é razão de questionamentos. Se, além dessa baixa demanda, o produto nunca foi líder ou esteve perto do topo dentro de seu nicho, ele é um Abacaxi. É aí que precisa ser feita uma análise, se continua ou não a produção. As Estrelas são geralmente a segunda fase dos produtos que estavam “Em questionamento”, com a diferença de que você já se conhece mais da VENDAS E NEGOCIAÇÃO | VINÍCIUS BASTOS 27 • Vaca Leiteira • Mc Donalds: Big Mac• Facebook: Instagram • Coca-cola: Coca comum • Abacaxi • Apple: iPod Shuffle • Coca Cola: Sucos Roo, • Google: Picasa • Sony: PlayStation Vita • Ciclo de Vida dos Produtos Os quadrantes também facilitam identificar o Ciclo de Vida de um produto e onde ele se enquadra em cada etapa. Por exemplo, se a sua empresa pretende colocar um produto novo no portfólio, ele será classificado como "Em questionamento", pois pouco se sabe sobre sua participação de mercado. A baixa demanda por produtos que já estão à venda também é razão de questionamentos. Se, além dessa baixa demanda, o produto nunca foi líder ou esteve perto do topo dentro de seu nicho, ele é um Abacaxi. É aí que precisa ser feita uma análise, se continua ou não a produção. As Estrelas são geralmente a segunda fase dos produtos que estavam “Em questionamento”, com a diferença de que você já se conhece mais da participação de mercado e consegue colocar o item na posição certa dentro da Matriz BCG. Para que a Estrela alcance os líderes do mercado é preciso investir trabalho, tempo e dinheiro. Só assim, quando completam o ciclo, os produtos viram Vacas Leiteiras. Mas eles podem nunca chegar lá, pois tudo depende do crescimento do mercado e do quanto ele é fatiado entre concorrentes. • Vantagens - Com a Matriz BCG, você consegue perceber quais produtos estão crescendo e quais estão com um fraco desempenho; - A partir daí, é possível alinhar as estratégias e tomar decisões mais assertivas, de acordo com a necessidade de cada um. - Outro ponto positivo da Matriz BCG é que, através da sua análise, você tem noção da sua participação no mercado. Ou seja, identifica quais produtos estão gerando mais vendas e quais estão parados no estoque. - Além disso, você também tem uma noção sobre a performance dos seus concorrentes no mercado. Com isso, consegue criar estratégias para superá-los e conquistar os consumidores de forma eficaz. • Desvantagens - A principal desvantagem dessa metodologia é que ela considera apenas a participação no mercado como fator de sucesso ou fracasso do produto. O mercado é muito dinâmico e, com o tempo, talvez um abacaxi se torne mais lucrativo que uma estrela, por exemplo. - É comum a inversão de papéis conforme o tempo passa e as preferências do consumidor se alterem. Por isso, esse método é mais bem aproveitado quando utilizado por empresas com um certo tempo de mercado, possuindo um histórico mais completo em relação à performance e ao volume de vendas de cada produto. Mas isso também não quer dizer que negócios em fase inicial também não podem ser beneficiados pela Matriz BCG. • Exercícios: 1) Ano: 2010 Banca: CESGRANRIO Órgão: Petrobras Prova: CESGRANRIO - 2010 - BR Distribuidora - Profissional Júnior - Administração Utilizando o modelo de Matriz BCG, que permite classificar os produtos de uma empresa a partir dos fatores de participação no mercado e as perspectivas de crescimento desse mercado, um gerente percebeu que a unidade estratégica de negócio de distribuição de combustíveis no Brasil já possui uma elevada participação 28 em um mercado com alta taxa de crescimento. Dessa forma, a unidade de negócio é classificada como a) Ponto de Interrogação. b) Estrela. c) Vaca Leiteira. d) Animal de Estimação e) Abacaxi. Gabarito: Letra B VENDAS E NEGOCIAÇÃO | VINÍCIUS BASTOS 29 em um mercado com alta taxa de crescimento. Dessa forma, a unidade de negócio é classificada como a) Ponto de Interrogação. b) Estrela. c) Vaca Leiteira. d) Animal de Estimação e) Abacaxi. Gabarito: Letra B Matriz GE ou Matriz McKinsey Desde o século passado, é inegável o aumento acelerado do número de empresas com múltiplas unidades. Com esse crescimento, as organizações acabam também tendo que lidar com novas dores, como a dificuldade de administrar a lucratividade de cada uma das unidades (Business Units). E, como é de se esperar, novas dores requerem também novas soluções. Foi assim que surgiram, na década de 1970, algumas ferramentas capazes de resolver a nova complexidade, como a Matriz BCG. Pouco tempo depois (ainda na década de 70), a empresa de consultoria empresarial concorrente, a McKinsey, desenvolveu um modelo ainda mais avançado para ajudar a multinacional General Electric. Por esse motivo, ela passou a ser chamada Matriz GE ou Matriz GE-McKinsey. Hoje, essa matriz é nada menos do que uma das técnicas mais amplamente utilizadas por empresas descentralizadas no mundo todo para priorizar os investimentos nas unidades de negócio. Finalidade da Matriz GE A Matriz GE é uma ferramenta de gerenciamento voltada para o portfólio de unidades de negócios de uma empresa. Ela torna possível identificar o melhor portfólio de produtos e os mercados mais atrativos. Ela facilitar a alocação de investimentos entre as unidades de negócio empresariais, possibilitando uma abordagem sistemática para aumentar o retorno dos investimentos nas unidades da empresa. Assim, a Matriz GE facilita a avaliação dos portfólios de unidades de negócio para que as empresas desenvolvam estratégias de crescimento pela introdução de novos produtos ou negócios nesses portfólios. Com essa análise gráfica, o decisor passa a entender em quais unidades de negócio investir e quais não valem tanto a pena. 30 • Estrutura da Matriz GE Primeiramente, é preciso entender o que cada um dos dois eixos da Matriz GE- McKinsey significa: VENDAS E NEGOCIAÇÃO | VINÍCIUS BASTOS 31 • Estrutura da Matriz GE Primeiramente, é preciso entender o que cada um dos dois eixos da Matriz GE- McKinsey significa: • Atratividade: como está o desempenho do mercado em geral e as expectativas para o longo prazo; • Força Competitiva: qual a vantagem competitiva de cada unidade de negócio e qual será seu desempenho em relação ao mercado em geral. As unidades de negócio a serem analisadas são então divididas entre dois critérios por grau, o que indicará o seu posicionamento na matriz. Isto é: as unidades podem ter graus baixo, médio ou alto no quesito Força Competitiva, assim como o setor do mercado pode ter baixa, média ou alta Atratividade. A caracterização dentre esses critérios, em graus variados, é que definirá as três decisões principais que a empresa pode tomar em relação a seus investimentos de unidades de negócios: • Investir ou crescer; • Ganhos seletivos; • Sair ou colher. • Investir ou crescer Se a unidade de negócio está em um setor do mercado bastante promissor, mas não tem força suficiente, é hora de receber investimentos! Isso porque elas têm potencial de trazer os maiores retornos para a empresa e, assim, devem manter ou aumentar sua participação no mercado. Esses investimentos podem ser, por exemplo, em Marketing, Pesquisa & Desenvolvimento ou em aquisições e para aumentar a capacidade de produção. • Investimento Cauteloso Ele ocorre quando os negócios apresentam: • atratividade alta e força baixa; • atratividade e força baixas; • e atratividade baixa e força alta. • Ganhos seletivos Essa implicação demanda mais do decisor, que deve saber discernir em quais situações investir nas unidades de negócios nesse grupo, que têm atratividade e força competitiva mediana. O investimento deve ser liberado apenas se os recursos não estiverem no limite e se as projeções prometerem retornos satisfatórios. No geral, indica-se investir nas unidades de negócios em mercados grandes e fragmentados, para que os investimentos possibilitem um aumento na participação de mercado. 32 • Sair ou colher Se a força da unidade é grande, mas o setor daquele mercado não é atrativo, só valerá a pena manter os investimentos se eles não excederem o caixa gerado, o que a Matriz GE chama de “colher”. Caso contrário, essas unidades de negócio que geram prejuízos devem serdescontinuadas, já que são insustentáveis para a empresa. VENDAS E NEGOCIAÇÃO | VINÍCIUS BASTOS 33 • Sair ou colher Se a força da unidade é grande, mas o setor daquele mercado não é atrativo, só valerá a pena manter os investimentos se eles não excederem o caixa gerado, o que a Matriz GE chama de “colher”. Caso contrário, essas unidades de negócio que geram prejuízos devem ser descontinuadas, já que são insustentáveis para a empresa. • Vantagens da Matriz GE As maiores vantagens da Matriz GE para a organização e os decisores são: • Simplifica a análise pela apresentação visual; • Facilita as decisões em empresas descentralizadas; • O modelo é mais sofisticado do que a Matriz BCG; • Organiza as prioridades sobre alocar os recursos limitados; • Supera a dificuldade de comparação entre as unidades de negócio, analisando-as conjuntamente com base em dois critérios únicos. • Exercícios 1) Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: MPE-SC Prova: FGV - 2022 - MPE-SC - Analista em Administração Um gerente de uma empresa de grande porte e diversificada está participando do processo de planejamento estratégico da organização em que trabalha. O gerente recebeu a incumbência de realizar uma análise do portfólio de negócios da empresa, a fim de subsidiar as decisões sobre as estratégias de nível corporativo. Para tal, uma ferramenta gerencial adequada seria: a) modelo das cinco forças competitivas de Porter; b) análise PEST; c) matriz de Ansoff; d) análise SWOT; e) matriz GE/McKinsey. Gabarito: Letra E Matriz GE é uma ferramenta para facilitar a alocação de investimentos entre as unidades de negócio empresariais. Ela possibilita uma abordagem sistemática para aumentar o retorno dos investimentos nas unidades da empresa. 34 Assim, a Matriz GE facilita a avaliação dos portfólios de unidades de negócio para que as empresas desenvolvam estratégias de crescimento pela introdução de novos produtos ou negócios nesses portfólios. Com essa análise gráfica, o decisor passa a entender em quais unidades de negócio investir e quais não valem tanto a pena. A caracterização dentre esses critérios, em graus variados, é que definirá as três decisões principais que a empresa pode tomar em relação a seus investimentos de unidades de negócios: • Investir ou crescer; • Ganhos seletivos; • Sair ou colher. 2) Ano: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: STJ Prova: CESPE - 2015 - STJ - Técnico Judiciário - Administrativa Julgue o próximo item, relativo a ferramentas de análise de cenário interno e externo. A matriz McKinsey-GE é utilizada para análise de portfólio com o objetivo, entre outros, de se decidir quanto uma unidade estratégica de negócios (UEN) deve receber de investimentos ou quais UENs devem parar de receber investimentos. ( ) Certo ( ) Errado Gabarito: Certo. A matriz GE (ou Matriz McKinsey) é um modelo para desenvolver uma análise de portfólio de negócios das Unidades Estratégicas de Negócio de uma empresa. Podemos definir um portfólio de negócios como o conjunto das Unidades Estratégicas de Negócio que constituem uma empresa. O objetivo da análise do portfólio é: Analisar o atual portfólio empresarial e decidir que UEN (Unidade estratégica de negócio) deverá receber mais ou menos investimento; desenvolver estratégias de crescimento para acrescentar novos produtos e negócios ao portfólio; decidir que negócios e produtos não deverão ser continuados.
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