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Comentários à prova do ISS/SP de 2007

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Prévia do material em texto

Curso de Provas Comentadas da FCC 
Prof. Fabiano Sales – Aula 02 
 
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AULA 02 
 
 
 Olá, vitoriosos alunos! Muito ânimo, porque a CLASSIFICAÇÃO é 
de vocês! 
 
 
 Nesta aula, apresentarei os comentários à prova do ISS/SP, 
organizada pela Fundação Carlos Chagas no ano de 2007. 
 
 Inicialmente apresentarei as questões, a fim de que vocês tentem 
resolvê-las. Ao final do encontro, vocês encontrarão o gabarito 
comentado. 
 
 Vamos lá ?! 
 
 
 
Para refletir: 
 
 “A distância entre o sonho e a realidade chama-se disciplina.” 
 
(Bernardinho) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso de Provas Comentadas da FCC 
Prof. Fabiano Sales – Aula 02 
 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
 
Atenção: As questões de números 1 a 20 referem-se ao texto seguinte. 
 
Da impunidade 
 
 O homem ainda não encontrou uma forma de organização social que 
dispense regras de conduta, princípios de valor, discriminação objetiva de direitos e 
deveres comuns. Todos nós reconhecemos que, em qualquer atividade humana, a 
inexistência de parâmetros normativos implica o estado de barbárie, no qual 
prevalece a mais dura e irracional das justificativas: a lei do mais forte, também 
conhecida, não por acaso, como “a lei da selva”. É nessa condição que vivem os 
animais, relacionando-se sob o exclusivo impulso dos instintos. Mas o homo 
sapiens afirmou-se como tal exatamente quando estabeleceu critérios de controle 
dos impulsos primitivos. 
 Variando de cultura para cultura, as regras de convívio existem para dar base 
e estabilidade às relações entre os homens. Não decorrem, aliás, apenas de 
iniciativas reconhecidas simplesmente como humanas: podem apresentar-se como 
manifestações da vontade divina, como valores supremos, por vezes apresentados 
como eternos. Os dez mandamentos ditados por Deus a Moisés são um exemplo 
claro de que a religião toma para si a tarefa de orientar a conduta humana por meio 
de princípios fundamentais. No caso da lei mosaica, um desses princípios é o da 
interdição: “Não matarás”, “Não cobiçarás a mulher do próximo” etc. Ou seja: está 
suposto nesses mandamentos que o ponto de partida para a boa conduta é o 
reconhecimento daquilo que não pode ser permitido, daquilo que representa o 
limite de nossa vontade e de nossas ações. 
 Nas sociedades modernas, os textos constitucionais e os regulamentos de 
todo tipo multiplicam-se e sofisticam-se, mas permanece como sustentação delas a 
idéia de que os direitos e os deveres dizem respeito a todos e têm por finalidade o 
bem comum. Para garantia do cumprimento dos princípios, instituem-se as sanções 
para quem os ignore. A penalidade aplicada ao indivíduo transgressor é a garantia 
da validade social da norma transgredida. Por isso, a impunidade, uma vez 
manifesta, quebra inteiramente a relação de equilíbrio entre direitos e deveres 
comuns, e passa a constituir um exemplo de delito vantajoso: aquele em que o 
sujeito pode tirar proveito pessoal de uma regra exatamente por tê-la infringido. 
Abuso de poder, corrupção, tráfico de influências, quando não seguidos de punição 
exemplar, tornam-se estímulos para uma prática delituosa generalizada. Um dos 
maiores desafios da nossa sociedade é o de não permitir a proliferação desses 
casos. Se o ideal da civilização é permitir que todos os indivíduos vivam e 
convivam sob os mesmos princípios éticos acordados, a quebra desse acordo é a 
negação mesma desse ideal da humanidade. 
(Inácio Leal Pontes) 
 
 
Curso de Provas Comentadas da FCC 
Prof. Fabiano Sales – Aula 02 
 
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1. Regras de convívio e parâmetros normativos das atividades humanas são 
considerados, no texto, 
 
(A) valores inerentes aos sistemas políticos cuja autoridade se manifesta pelo 
emprego indiscriminado da força. 
(B) elementos indispensáveis à conduta civilizada e a toda organização social 
orientada pelo princípio do bem comum. 
(C) qualidades naturais de todo indivíduo que se preocupa em conviver com os 
demais segundo sua própria índole. 
(D) elementos definidores de toda e qualquer forma de organização social 
comandada pelo princípio da repressão. 
(E) valores prioritários das relações sociais cuja base ética se manifesta consoante 
os impulsos da ordem natural. 
 
2. São contraditórias entre si as duas situações representadas em: 
 
(A) obediência aos ditames da lei mosaica / acatamento do princípio da interdição. 
(B) elaboração de textos constitucionais / instituição de sanções inibitórias para os 
delitos. 
(C) estabilização das relações entre os homens / aplicação de princípios éticos 
comuns. 
(D) valorização de princípios socialmente acordados / exaltação dos impulsos 
individuais. 
(E) manifestações da vontade divina / eleição de valores acolhidos como eternos. 
 
3. Considere as seguintes afirmações: 
 
I. Quando o homem se compara aos demais seres da natureza, deve concluir 
que a condição humana tornou-o imune à ação dos instintos. 
 
II. A multiplicação e a sofisticação dos códigos e regulamentações que regem 
nossa vida vêm tendo como efeito a expansão da impunidade. 
 
III. O sentido social de uma norma já instituída é reforçado quando se pune 
exemplarmente o indivíduo que a violentou. 
 
Em relação ao que diz o texto, ou ao que dele pode-se depreender, está 
correto o que se afirma em: 
 
(A) I, II e III. 
(B) I e II, apenas. 
(C) I e III, apenas. 
(D) II e III, apenas. 
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(E) III, apenas. 
 
4. Considerando-se o contexto, traduz-se corretamente o sentido de uma 
expressão do texto em: 
 
(A) discriminação objetiva (1º parágrafo) = especificação tendenciosa. 
(B) implica o estado de barbárie (1º parágrafo) = provém de uma constituição 
anômala. 
(C) toma para si a tarefa de orientar (2º parágrafo) = investe-se da missão de 
nortear. 
(D) instituem-se as sanções (2º parágrafo) = prescrevem-se as prerrogativas. 
(E) seguidos de punição exemplar (3º parágrafo) = advindos de exemplificações 
punitivas. 
 
5. A concordância verbal estabelece-se plena e adequadamente em: 
 
(A) Para que o cumprimento de todos os princípios fundamentais seja garantido, 
devem especificar-se as sanções. 
(B) No caso de que se infrinja as normas e os princípios, hão de se lançar mão das 
sanções correspondentes. 
(C) Constituem um dos exemplos de delitos vantajosos o caso em que o detentor 
de um poder abuse de sua autoridade. 
(D) Não houvesse sido criadas quaisquer regras de convívio, estaríamos todos 
vivendo sob o comando de nossos instintos mais primitivos. 
(E) O que nos mandamentos de Moisés se impõem como um dos princípios 
fundamentais é a necessidade de reconhecimento dos nossos limites. 
 
6. Está bem observada a correlação entre os tempos e modos verbais na 
construção do período: 
 
(A) Se não variassem de cultura para cultura, as regras de convívio terão 
alcançado, efetivamente, a chamada validade universal. 
(B) Tendo cabido ao homo sapiens discriminar critérios de convívio, conseguiu ele 
criar uma organização social que, até hoje, não abdica de punir quem os 
desrespeite. 
(C) A relação de equilíbrio entre direitos e deveres comuns estava sendo 
prejudicada caso se viesse a permitir a existência de privilégios. 
(D) Para que não se consagrasse o péssimo exemplo da impunidade, faz-se 
necessária a sanção dos que vierem a cometerdelitos. 
(E) Enquanto os animais continuam regulando-se pela “lei da selva”, os homens 
estariam sempre se esforçando para tê-la superado. 
 
 
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7. Expressa uma finalidade a oração subordinada adverbial sublinhada em: 
 
(A) (...) a religião toma para si a tarefa de orientar a conduta humana. 
(B) (...) o sujeito pode tirar proveito pessoal de uma regra por tê-la infringido. 
(C) (...) o ponto de partida para a boa conduta é o reconhecimento daquilo que não 
pode ser permitido. 
(D) (...) as regras de convívio existem para dar base e estabilidade às relações 
entre os homens. 
(E) (...) o ideal da civilização é permitir que todos os indivíduos vivam sob os 
mesmos princípios éticos acordados. 
 
8. Considerando-se o contexto, deve-se entender que o sentido do elemento 
sublinhado em: 
 
(A) (...) mas o homo sapiens afirmou-se como tal (1º parágrafo) é equivalente ao 
de do mesmo modo. 
(B) Não decorrem, aliás, apenas de iniciativas reconhecidas simplesmente como 
humanas (2º parágrafo) é equivalente ao de por conseguinte. 
(C) (...) a impunidade, uma vez manifesta, quebra inteiramente a relação de 
equilíbrio (3º parágrafo) é equivalente ao de quando. 
(D) (...) um exemplo de delito vantajoso: aquele em que o sujeito pode tirar proveito 
pessoal (3º parágrafo) é equivalente ao de aonde. 
(E) (...) a quebra desse acordo é a negação mesma desse ideal da humanidade 
(3º parágrafo) é equivalente ao de idêntica. 
 
9. Transpondo-se para a voz passiva a construção O homo sapiens 
estabeleceu critérios de controle dos impulsos primitivos, a forma verbal 
resultante será: 
 
(A) foi estabelecido. 
(B) são estabelecidos. 
(C) tem estabelecido. 
(D) têm sido estabelecidos. 
(E) foram estabelecidos. 
 
10. O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma do 
singular para preencher corretamente a lacuna da frase: 
 
(A) Nunca ________ (haver) de prosperar as sociedades cujos princípios sejam 
frágeis. 
(B) ________ (caber) aos animais viver segundo os impulsos de seus instintos 
primários. 
 
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(C) ________ -se (estipular) na lei mosaica, como se sabe, princípios de 
interdição. 
(D) Pela lei mosaica, ________ (cuidar) os homens de observar rígidos ditames. 
(E) A nenhum de nós ________ (deixar) de afetar os rigores das sanções 
previstas. 
 
11. Não decorrem, aliás, apenas de iniciativas reconhecidas simplesmente 
como humanas (...). 
O elemento sublinhado na frase acima poderá permanecer o mesmo, caso 
substituamos Não decorrem por: 
 
(A) Não advêm. 
(B) Não implicam. 
(C) Não têm origem. 
(D) Não se devem. 
(E) Não se atribuem. 
 
12. O termo sublinhado constitui o sujeito da seguinte construção: 
 
(A) Não se encontrou uma forma definitiva de organização social. 
(B) É nessa condição que vivem os animais. 
(C) Tais delitos acabam tornando-se estímulos para a banalização das 
transgressões. 
(D) Ocorre isso por conta das reiteradas situações de impunidade. 
(E) Deve-se reconhecer na interdição um princípio da lei mosaica. 
 
13. Está correta a grafia de todas as palavras na frase: 
 
(A) Não constitui uma primasia dos animais a satisfação dos impulsos instintivos: 
também o homem regozijase em atender a muitos deles. 
(B) As situações de impunidade infligem sérios danos à organização das 
sociedades que tenham a pretenção da exemplaridade. 
(C) É difícil atingir uma relação de complementaridade entre a premênsia dos 
instintos naturais e a força da razão. 
(D) Se é impossível chegarmos à abstensão completa da satisfação dos instintos, 
devemos, ao menos, procurar constringir seu poder sobre nós. 
(E) A dissuasão dos contraventores se faz pela exemplaridade das sanções, de 
modo que a cada delito corresponda uma justa punição. 
 
 
 
 
 
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14. Está inteiramente adequada a pontuação do seguinte período: 
 
(A) Embora sejamos tentados, freqüentemente, a qualificar como cruel ou maldoso 
o comportamento de certos animais, o fato é que, para eles, só há os instintos. 
(B) Por mais que difiram entre si, as constituições, nenhuma delas deixa-se reger, 
por princípios que desfavoreçam, ou impeçam algum equilíbrio nas relações 
sociais. 
(C) Via de regra o abuso de poder constitui um caso difícil de ser apurado, uma vez 
que, o próprio agente do delito, costuma exercer forte influência, na investigação 
dos fatos. 
(D) É muito comum nas conversas mais informais, os indivíduos se referirem a 
casos públicos de impunidade, tomando-os como justificativas, de seus delitos 
pessoais. 
(E) Não é fácil, submeter-se ao equilíbrio entre o direito e o dever, pois, a tendência 
é de um lado, valorizar o direito, e de outro minimizar o dever que lhe corresponde. 
 
15. No caso das leis mosaicas, um desses princípios é o da interdição: “Não 
matarás”. 
O pronome sublinhado na frase acima reaparece, conservando a mesma 
função sintática que nela exerce, nesta outra frase: 
 
(A) Para se garantir o cumprimento de um princípio, institui-se uma sanção para 
quem o ignore. 
(B) Quanto ao abuso de poder, só rigorosas diligências e isenta apuração o evitam. 
(C) Dos desafios da nossa sociedade, talvez o maior seja o de não se permitir a 
impunidade. 
(D) O homo sapiens, que tem o dom da racionalidade criativa, nem sempre o 
aproveita em seu benefício. 
(E) Se o indivíduo responsável pela aplicação da justiça transgride um princípio, 
que ninguém o acoberte. 
 
16. Estão corretos o emprego e a flexão de todas as formas verbais na frase: 
 
(A) Se os homens dessem ouvido à consciência e contessem seus instintos, as 
relações sociais seriam mais harmoniosas. 
(B) Aos homens nunca aprouve respeitar os princípios coletivos quando não 
prescrita uma punição para quem viesse a menosprezá-los. 
(C) Se os cidadãos elegerem princípios e convirem que estes são justos, só os 
infligirá quem se valer de má fé. 
(D) No caso de evidente erro judiciário, deve-se ratificar a sanção aplicada para 
que a punição injusta não constitue um argumento a favor da impunidade. 
(E) Quando todos revirmos o papel social que nos cabe e nos dispormos a exercê- 
-lo de fato, nenhum caso de impunidade será tolerado. 
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17. Não é preciso amar os princípios de convivência, como também não se 
deve ignorar esses princípios, pois quem não dá fé a esses princípios impede 
que os contraventores levem a sério esses princípios. 
Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os 
segmentos sublinhados por, respectivamente, 
 
(A) ignorá-los − lhes dá fé − os levem a sério 
(B) ignorar-lhes − dá-lhes fé − levem-lhes a sério 
(C) lhes ignorar − lhes dá fé − os levem a sério 
(D) ignorá-los − dar fé a eles − levem-lhes a sério 
(E) os ignorar − os dá fé − levem-nos a sério 
 
18. Está clara, coerente e correta a redação da seguinte frase: 
 
(A) Conquanto seja impossível a adesão de todos em que se cumpra os princípios 
de convívio social, ainda assim há aqueles que relutam em aceitar tais esforços. 
(B) À medida em que desceu Moisés com os mandamentos do monte Sinai, seus 
seguidores deram-se conta de que alguns deles paltavam-se pelo princípio da 
interdição. 
(C)Para que se mantenha um mínimo equilíbrio nas relações sociais, desde que 
não se pode permitir casos de impunidade, onde os infratores ainda pousam de 
vitoriosos. 
(D) Não é mau auferir benefícios pessoais quando estes não acarretam, de forma 
alguma, qualquer tipo de prejuízo ou restrição ao pleno exercício dos direitos 
alheios. 
(E) Embora nem sempre seja de fácil aceitação, nem sempre as sanções deixam 
de ser necessárias, já que sem as mesmas correria-se o risco de se voltar ao 
estado da barbárie. 
 
19. NÃO se justificam as ocorrências do sinal de crase em: 
 
(A) Não me reporto à impunidade de um caso particular, mas àquela que se 
generaliza e dissemina a descrença na justiça dos homens. 
(B) É difícil admitir que vivem à solta tantos delinqüentes, sobretudo quando se 
sabe que pessoas inocentes são levadas à barra dos tribunais. 
(C) O autor do texto faz menção à uma série de princípios de interdição, à qual teria 
proveniência na vontade divina. 
(D) Assiste-se hoje à multiplicação de casos de impunidade, à descabida 
proliferação de maus exemplos de conduta social. 
(E) Quem dá crédito à ação da justiça não pode deixar de trabalhar para que não 
se furtem às sanções os mais poderosos. 
 
 
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20. Está correto o uso do segmento sublinhado na frase: 
 
(A) Trata-se de um texto em cuja tese poucos devem mostrar-se contrários. 
(B) A natureza também tem seus princípios de violência, a cujos os homens 
precisam superar. 
(C) Nos ditames da lei mosaica, cujo o rigor é indiscutível, prevalece o princípio da 
interdição. 
(D) As normas da ética, de cujas ninguém devia se afastar, não são exatamente as 
mesmas ao longo do tempo. 
(E) Os braços da justiça, a cujo alcance deveriam estar todos, tornam-se inócuos 
quando desprestigiados. 
 
 
GABARITO COMENTADO 
 
Atenção: As questões de números 1 a 20 referem-se ao texto seguinte. 
 
Da impunidade 
 
 O homem ainda não encontrou uma forma de organização social que 
dispense regras de conduta, princípios de valor, discriminação objetiva de direitos e 
deveres comuns. Todos nós reconhecemos que, em qualquer atividade humana, a 
inexistência de parâmetros normativos implica o estado de barbárie, no qual 
prevalece a mais dura e irracional das justificativas: a lei do mais forte, também 
conhecida, não por acaso, como “a lei da selva”. É nessa condição que vivem os 
animais, relacionando-se sob o exclusivo impulso dos instintos. Mas o homo 
sapiens afirmou-se como tal exatamente quando estabeleceu critérios de controle 
dos impulsos primitivos. 
 Variando de cultura para cultura, as regras de convívio existem para dar base 
e estabilidade às relações entre os homens. Não decorrem, aliás, apenas de 
iniciativas reconhecidas simplesmente como humanas: podem apresentar-se como 
manifestações da vontade divina, como valores supremos, por vezes apresentados 
como eternos. Os dez mandamentos ditados por Deus a Moisés são um exemplo 
claro de que a religião toma para si a tarefa de orientar a conduta humana por meio 
de princípios fundamentais. No caso da lei mosaica, um desses princípios é o da 
interdição: “Não matarás”, “Não cobiçarás a mulher do próximo” etc. Ou seja: está 
suposto nesses mandamentos que o ponto de partida para a boa conduta é o 
reconhecimento daquilo que não pode ser permitido, daquilo que representa o 
limite de nossa vontade e de nossas ações. 
 Nas sociedades modernas, os textos constitucionais e os regulamentos de 
todo tipo multiplicam-se e sofisticam-se, mas permanece como sustentação delas a 
idéia de que os direitos e os deveres dizem respeito a todos e têm por finalidade o 
bem comum. Para garantia do cumprimento dos princípios, instituem-se as sanções 
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para quem os ignore. A penalidade aplicada ao indivíduo transgressor é a garantia 
da validade social da norma transgredida. Por isso, a impunidade, uma vez 
manifesta, quebra inteiramente a relação de equilíbrio entre direitos e deveres 
comuns, e passa a constituir um exemplo de delito vantajoso: aquele em que o 
sujeito pode tirar proveito pessoal de uma regra exatamente por tê-la infringido. 
Abuso de poder, corrupção, tráfico de influências, quando não seguidos de punição 
exemplar, tornam-se estímulos para uma prática delituosa generalizada. Um dos 
maiores desafios da nossa sociedade é o de não permitir a proliferação desses 
casos. Se o ideal da civilização é permitir que todos os indivíduos vivam e 
convivam sob os mesmos princípios éticos acordados, a quebra desse acordo é a 
negação mesma desse ideal da humanidade. 
(Inácio Leal Pontes) 
 
1. Regras de convívio e parâmetros normativos das atividades humanas são 
considerados, no texto, 
 
(A) valores inerentes aos sistemas políticos cuja autoridade se manifesta pelo 
emprego indiscriminado da força. 
(B) elementos indispensáveis à conduta civilizada e a toda organização social 
orientada pelo princípio do bem comum. 
(C) qualidades naturais de todo indivíduo que se preocupa em conviver com os 
demais segundo sua própria índole. 
(D) elementos definidores de toda e qualquer forma de organização social 
comandada pelo princípio da repressão. 
(E) valores prioritários das relações sociais cuja base ética se manifesta consoante 
os impulsos da ordem natural. 
 
Comentário: No início do 1º parágrafo (linhas 1 a 3), o autor menciona que “o 
homem ainda não encontrou uma forma de organização social que dispense regras 
de conduta, princípios de valor, discriminação objetiva de direitos e deveres 
comuns. Todos nós reconhecemos que, em qualquer atividade humana, a 
inexistência de parâmetros normativos implica o estado de barbárie”. Os trechos 
em destaque evidenciam a apresentação de elementos indispensáveis à conduta, 
baseados em parâmetros (regras) essenciais e orientados pelo bem comum. 
 
Gabarito: B. 
 
2. São contraditórias entre si as duas situações representadas em: 
 
(A) obediência aos ditames da lei mosaica / acatamento do princípio da interdição. 
(B) elaboração de textos constitucionais / instituição de sanções inibitórias para os 
delitos. 
 
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(C) estabilização das relações entre os homens / aplicação de princípios éticos 
comuns. 
(D) valorização de princípios socialmente acordados / exaltação dos impulsos 
individuais. 
(E) manifestações da vontade divina / eleição de valores acolhidos como eternos. 
 
Comentário: O enunciado da questão exige a marcação da assertiva que 
apresente situações contrárias, ou seja, sentidos opostos. Isso ocorre somente na 
alternativa D, pois, nas expressões “valorização de princípios socialmente 
acordados” e “exaltação dos impulsos individuais”, os termos em destaque contêm 
a ideia de contraste (oposição) – social versus individual. Nas demais opções, há 
somente termos antonímicos, equivalentes, portanto. 
 
Gabarito: D. 
 
3. Considere as seguintes afirmações: 
 
I. Quando o homem se compara aos demais seres da natureza, deve concluir 
que a condição humana tornou-o imune à ação dos instintos. 
 
II. A multiplicação e a sofisticação dos códigos e regulamentações que regem 
nossa vida vêm tendo como efeito a expansão da impunidade. 
 
III. O sentido social de uma norma já instituída é reforçado quando se pune 
exemplarmente o indivíduo que a violentou. 
 
Em relação ao que diz o texto, ou ao que dele pode-sedepreender, está 
correto o que se afirma em: 
 
(A) I, II e III. 
(B) I e II, apenas. 
(C) I e III, apenas. 
(D) II e III, apenas. 
(E) III, apenas. 
 
Comentário: Vamos analisar as afirmações. 
 
Afirmação I. Por meio do contexto “(...) a lei do mais forte, também conhecida, não 
por acaso, como “a lei da selva”. É nessa condição que vivem os animais, 
relacionando-se sob o exclusivo impulso dos instintos. Mas o homo sapiens 
afirmou-se como tal exatamente quando estabeleceu critérios de controle dos 
impulsos primitivos”, não podemos concluir que o homem esteja imune à ação dos 
instintos. Controlá-los não significa estar imune. O item está incorreto. 
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Afirmação II: O contexto afirma que delitos como “abuso de poder, corrupção, 
tráfico de influências” tornam-se estímulos para a impunidade somente “quando 
não seguidos de punição exemplar”. Portanto, a multiplicação e a sofisticação dos 
textos constitucionais e dos regulamentos impõem sanções para quem os ignora, 
tendo por finalidade o bem comum. O item está incorreto. 
Afirmação III: Segundo o texto, “a penalidade aplicada ao indivíduo transgressor é a 
garantia da validade social da norma transgredida”. Logo, o item está correto. 
 
Gabarito: E. 
 
4. Considerando-se o contexto, traduz-se corretamente o sentido de uma 
expressão do texto em: 
 
(A) discriminação objetiva (1º parágrafo) = especificação tendenciosa. 
(B) implica o estado de barbárie (1º parágrafo) = provém de uma constituição 
anômala. 
(C) toma para si a tarefa de orientar (2º parágrafo) = investe-se da missão de 
nortear. 
(D) instituem-se as sanções (2º parágrafo) = prescrevem-se as prerrogativas. 
(E) seguidos de punição exemplar (3º parágrafo) = advindos de exemplificações 
punitivas. 
 
Comentário: Ao mencionar a tradução correta do sentido de uma expressão, o 
examinador exigiu que o candidato encontrasse termos de mesmo valor, 
equivalente, ou seja, sinônimos. Isso ocorre na assertiva C. Notem que os 
vocábulos “tarefa” e “missão” apresentam significações semelhantes nos contextos 
em que estão inseridos. O mesmo se dá com as palavras “orientar” e “nortear”. 
 
Gabarito: C. 
 
5. A concordância verbal estabelece-se plena e adequadamente em: 
 
(A) Para que o cumprimento de todos os princípios fundamentais seja garantido, 
devem especificar-se as sanções. 
(B) No caso de que se infrinja as normas e os princípios, hão de se lançar mão das 
sanções correspondentes. 
(C) Constituem um dos exemplos de delitos vantajosos o caso em que o detentor 
de um poder abuse de sua autoridade. 
(D) Não houvesse sido criadas quaisquer regras de convívio, estaríamos todos 
vivendo sob o comando de nossos instintos mais primitivos. 
(E) O que nos mandamentos de Moisés se impõem como um dos princípios 
fundamentais é a necessidade de reconhecimento dos nossos limites. 
 
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Comentário: Na assertiva A, o verbo auxiliar da locução “seja garantido” está 
corretamente no singular, concordando com o núcleo do sujeito “cumprimento”. Por 
sua vez, na construção “devem especificar-se as sanções”, temos uma estrutura de 
voz passiva sintética (VTD + SE + sujeito), em que o termo “as sanções” 
desempenha a função de sujeito. Por estar no plural, o verbo auxiliar da locução 
“devem especificar-se” foi corretamente empregado. 
 
Gabarito: A. 
 
6. Está bem observada a correlação entre os tempos e modos verbais na 
construção do período: 
 
(A) Se não variassem de cultura para cultura, as regras de convívio terão 
alcançado, efetivamente, a chamada validade universal. 
(B) Tendo cabido ao homo sapiens discriminar critérios de convívio, conseguiu ele 
criar uma organização social que, até hoje, não abdica de punir quem os 
desrespeite. 
(C) A relação de equilíbrio entre direitos e deveres comuns estava sendo 
prejudicada caso se viesse a permitir a existência de privilégios. 
(D) Para que não se consagrasse o péssimo exemplo da impunidade, faz-se 
necessária a sanção dos que vierem a cometer delitos. 
(E) Enquanto os animais continuam regulando-se pela “lei da selva”, os homens 
estariam sempre se esforçando para tê-la superado. 
 
Comentário: Vamos analisar as opções. 
 
A) Resposta incorreta. A correlação correta seria “variassem” (pretérito imperfeito 
do subjuntivo) e “teriam” (futuro do pretérito do indicativo) para manter a ideia de 
hipótese. 
B) Resposta correta. A correlação do período está bem observada. 
Primeiramente, foi empregada a forma nominal de gerúndio composto “tendo 
cabido”. Entretanto, o cerne da questão reside no emprego da forma “conseguiu” 
(pretérito perfeito do indicativo). A flexão nesse tempo ocorreu perfeitamente, haja 
vista um fato passado, concluído totalmente. 
C) Resposta incorreta. Novamente, há uma relação hipotética, razão por que o 
emprego da forma verbal “estava” foi inadequado. O correto é “estaria”, mantendo 
uma correlação com a forma “viesse”, empregada no pretérito imperfeito do 
subjuntivo. 
D) Resposta incorreta. Percebam que a FCC adora explorar a correlação 
hipotética (futuro do pretérito do indicativo + pretérito imperfeito do subjuntivo). 
Para manter a correlação verbal, o período deveria ser escrito da seguinte forma: 
“Para que não se consagrasse o péssimo exemplo da impunidade, fazer-se-ia 
necessária a sanção dos que viessem a cometer delitos”. As formas “consagrasse” 
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e “viessem” estão no pretérito imperfeito do subjuntivo. Para manter a relação 
hipotética, o verbo “fazer” foi empregado no futuro do pretérito do subjuntivo “faria”. 
No contexto, porém, ocorreu um caso de mesóclise, pois não se iniciam frases com 
pronome átono. 
E) Resposta incorreta. O erro do trecho deve-se ao emprego da forma verbal 
“estariam”. Para manter a correlação com a forma “continuam” (presente do 
indicativo), o verbo “estar” também deveria ser conjugado nesse tempo verbal: 
“estão”. 
 
Gabarito: B. 
 
7. Expressa uma finalidade a oração subordinada adverbial sublinhada em: 
 
(A) (...) a religião toma para si a tarefa de orientar a conduta humana. 
(B) (...) o sujeito pode tirar proveito pessoal de uma regra por tê-la infringido. 
(C) (...) o ponto de partida para a boa conduta é o reconhecimento daquilo que não 
pode ser permitido. 
(D) (...) as regras de convívio existem para dar base e estabilidade às relações 
entre os homens. 
(E) (...) o ideal da civilização é permitir que todos os indivíduos vivam sob os 
mesmos princípios éticos acordados. 
 
Comentário: A oração que apresenta uma relação semântica de finalidade em 
relação à oração principal é classificada como subordinada adverbial final. Esse 
tipo de oração pode ser introduzido pelos conectivos “para”, “a fim de”, que (= para 
que), porque (= para que). Exemplos: 
 
Fez-lhe sinal porque (= para que) se calasse. 
Estudou muito a fim de que passasse no concurso. 
 
Essa relação ocorre na assertiva D, em que há uma oração subordinada adverbial 
final reduzida de infinitivo: 
 
“(...) as regras de convívio existem PARA dar base e estabilidade às relações entre 
os homens. 
 
Gabarito: D. 
 
8. Considerando-se o contexto, deve-se entender que o sentido do elemento 
sublinhado em: 
 
(A) (...) mas o homo sapiens afirmou-se como tal (1º parágrafo) é equivalente ao 
de do mesmo modo. 
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(B) Não decorrem, aliás, apenas de iniciativas reconhecidas simplesmente como 
humanas (2º parágrafo) é equivalente ao de por conseguinte. 
(C) (...) a impunidade, uma vez manifesta, quebra inteiramente a relação de 
equilíbrio (3º parágrafo) é equivalente ao de quando. 
(D) (...) um exemplo de delito vantajoso: aquele em que o sujeito pode tirar proveito 
pessoal (3º parágrafo) é equivalente ao de aonde. 
(E) (...) a quebra desse acordo é a negação mesma desse ideal da humanidade 
(3º parágrafo) é equivalente ao de idêntica. 
 
Comentário: Vamos analisar as opções. 
 
A) Resposta incorreta. Vejam que, segundo o contexto, os animais relacionam-se 
“sob o exclusivo impulso dos instintos. Mas o homo sapiens afirmou-se como tal 
exatamente quando estabeleceu critérios de controle dos impulsos primitivos”. O 
conectivo “mas” denota que o homem não se afirmou do mesmo modo que os 
animais. 
B) Resposta incorreta. Segundo o contexto, “aliás” é uma palavra denotativa de 
retificação, não tendo, portanto, o valor de conclusão apresentado pelo conectivo 
“por conseguinte”. 
C) Resposta correta. A expressão “uma vez”, apresenta, conforme o contexto, 
valor temporal. Por essa razão, pode ser substituída por “quando”. Muitos bons 
candidatos caíram nessa “pegadinha”, confundindo a expressão “uma vez” com a 
locução conjuntiva causal “uma vez que”. Fiquem atentos a isso. 
D) Resposta incorreta. A forma “aonde” é obtida por meio da junção da 
preposição “a” com o advérbio de lugar “onde”. Entretanto, o conectivo “onde” só 
deve ser empregado quando houver referência a lugar. Quando não houver essa 
referência, empreguem a expressão “em que”. 
E) Resposta incorreta. No contexto, a forma “mesma” equivale ao pronome 
“próprio(a)”: “(...) a quebra desse acordo é a negação própria (ou a própria 
negação)...”. Não é equivalente a “idêntica”, portanto. 
 
Gabarito: C. 
 
9. Transpondo-se para a voz passiva a construção O homo sapiens 
estabeleceu critérios de controle dos impulsos primitivos, a forma verbal 
resultante será: 
 
(A) foi estabelecido. 
(B) são estabelecidos. 
(C) tem estabelecido. 
(D) têm sido estabelecidos. 
(E) foram estabelecidos. 
 
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Comentário: Conforme nos ensinam as lições sobre vozes verbais, a transposição 
da voz ativa para a passiva ocorre da seguinte forma: 
 
1º) o objeto direto da ativa (critérios de controle dos impulsos primitivos) torna-se 
sujeito da passiva; 
2º) o tempo verbal da voz ativa (estabeleceu) permanece inalterado, formando a 
locução verbal de voz passiva (foram estabelecidos); 
3º) o sujeito da ativa (O homo sapiens) torna-se agente da passiva (pelo homo 
sapiens). 
 
Logo, o período que representa a voz passiva é “Critérios de controle dos impulsos 
primitivos foram estabelecidos pelo homo sapiens. 
 
Gabarito: E. 
 
10. O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma do 
singular para preencher corretamente a lacuna da frase: 
 
(A) Nunca ________ (haver) de prosperar as sociedades cujos princípios sejam 
frágeis. 
(B) ________ (caber) aos animais viver segundo os impulsos de seus instintos 
primários. 
(C) ________ -se (estipular) na lei mosaica, como se sabe, princípios de 
interdição. 
(D) Pela lei mosaica, ________ (cuidar) os homens de observar rígidos ditames. 
(E) A nenhum de nós ________ (deixar) de afetar os rigores das sanções 
previstas. 
 
Comentário: Vamos analisar as opções. 
 
A) Resposta incorreta. O verbo “haver” é auxiliar da locução “haverão de 
prosperar”, concordando no plural com o sujeito “as sociedades”. 
B) Resposta correta. No período, temos um caso de sujeito oracional (“viver 
segundo os impulsos de seus instintos primários”), o qual leva o verbo, 
obrigatoriamente, à terceira pessoa do singular. Para facilitar a identificação desse 
tipo de sujeito, substituam-no pelo pronome ISSO: “Isso cabe aos animais”. 
C) Resposta incorreta. No período, temos uma estrutura de voz passiva sintética 
(VTD + SE + sujeito). Por essa razão, o verbo “estipular” deve, obrigatoriamente, 
concordar no plural com o núcleo do sujeito “princípios de interdição”. 
D) Resposta incorreta. O verbo “cuidar”, auxiliar da locução verbal “cuidar de 
observar”, deve concordar no plural com o sujeito “os homens”. 
 
 
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E) Resposta incorreta. O verbo “deixar”, auxiliar da locução verbal “deixar de 
afetar”, deve concordar no plural com o núcleo do sujeito “os rigores das sanções 
previstas”. 
 
Gabarito: B. 
 
11. Não decorrem, aliás, apenas de iniciativas reconhecidas simplesmente 
como humanas (...). 
O elemento sublinhado na frase acima poderá permanecer o mesmo, caso 
substituamos Não decorrem por: 
 
(A) Não advêm. 
(B) Não implicam. 
(C) Não têm origem. 
(D) Não se devem. 
(E) Não se atribuem. 
 
Comentário: Segundo o contexto, “as regras de convívio (...) não decorrem, aliás, 
apenas de iniciativas reconhecidas simplesmente como humanas”. Vejam que o 
verbo “decorrer” (suceder) exige o complemento indireto “de iniciativas”. Entre as 
assertivas apresentadas, a única forma verbal que mantém o sentido e que rege 
emprego da preposição “de” é “advêm” (as regras advêm de iniciativas). 
Empregando as formas verbais das outras alternativas, teríamos as seguintes 
construções: 
 
“as regras de convívio (...) não implicam, aliás, apenas iniciativas reconhecidas 
simplesmente como humanas”. – o verbo “implicar” é transitivo direto. Portanto, não 
rege emprego de preposição, e o termo “iniciativas” desempenharia a função de 
objeto direto. 
 
“as regras de convívio (...) não têm origem, aliás, apenas nas iniciativas 
reconhecidas simplesmente como humanas”. – a expressão “têm origem” rege 
emprego da preposição “em”, e o termo “nas iniciativas” desempenharia a função 
de adjunto adverbial. 
 
“as regras de convívio (...) não se devem, aliás, apenas a iniciativas reconhecidas 
simplesmente como humanas”. – o verbo “dever” rege emprego da preposição “a”, 
e o termo “a iniciativas” desempenharia a função de objeto indireto. 
 
“as regras de convívio (...) não se atribuem, aliás, apenas a iniciativas reconhecidas 
simplesmente como humanas”. – a forma verbal “se atribuem” rege emprego da 
preposição “a”, e o termo “a iniciativas” desempenharia a função de objeto indireto. 
 
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Gabarito: A. 
 
12. O termo sublinhado constitui o sujeito da seguinte construção: 
 
(A) Não se encontrou uma forma definitiva de organização social. 
(B) É nessa condição que vivem os animais. 
(C) Tais delitos acabam tornando-se estímulos para a banalização das 
transgressões. 
(D) Ocorre isso por conta das reiteradas situações de impunidade. 
(E) Deve-se reconhecer na interdição um princípio da lei mosaica. 
 
Comentário: Encontramos um termo que desempenha a função de sujeito na 
assertiva D. Para facilitar a análise, vamos transcrever o período na ordem direta: 
 
Isso ocorre por conta das reiteradas situações de impunidade. 
 
 Assim, percebemos que “Isso” é o sujeito da forma verbal “ocorre”, a qual, no 
contexto em análise, é intransitiva. O trecho “por conta das reiteradas situações de 
impunidade” é um adjunto adverbial de causa. 
 
 Vejamos asdemais opções: 
 
A) Resposta incorreta. A partícula SE é pronome apassivador, formando uma 
estrutura de voz passiva sintética (VTD + SE). Na frase, porém, ocorreu a 
colocação proclítica (antes do verbo) do pronome devido à presença do advérbio 
“não”. O trecho “uma forma definitiva de organização social” desempenha a função 
de sujeito da voz passiva. 
B) Resposta incorreta. No excerto “É nessa condição que vivem os animais.”, o 
sujeito está posposto à forma verbal “vivem”, que, no contexto, é intransitiva. Logo, 
“os animais (sujeito) vivem nessa condição”. 
C) Resposta incorreta. Em “Tais delitos acabam tornando-se estímulos para a 
banalização das transgressões.”, o sujeito é “Tais delitos”, razão por que a forma 
verbal “acabam” concorda com esse termo. “Estímulos” desempenha a função de 
objeto direto. 
E) Resposta incorreta. Em “Deve-se reconhecer na interdição um princípio da lei 
mosaica.”, temos uma estrutura de voz passiva sintética (VTD + SE), em que o 
sujeito paciente é “um princípio da lei mosaica”. 
 
Gabarito: D. 
 
 
 
 
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13. Está correta a grafia de todas as palavras na frase: 
 
(A) Não constitui uma primasia dos animais a satisfação dos impulsos instintivos: 
também o homem regozijase em atender a muitos deles. 
(B) As situações de impunidade infligem sérios danos à organização das 
sociedades que tenham a pretenção da exemplaridade. 
(C) É difícil atingir uma relação de complementaridade entre a premênsia dos 
instintos naturais e a força da razão. 
(D) Se é impossível chegarmos à abstensão completa da satisfação dos instintos, 
devemos, ao menos, procurar constringir seu poder sobre nós. 
(E) A dissuasão dos contraventores se faz pela exemplaridade das sanções, de 
modo que a cada delito corresponda uma justa punição. 
 
Comentário: Vamos analisar as opções. 
 
A) Resposta incorreta. O vocábulo “primazia” deve ser grafado com “z”. Por sua 
vez, a forma verbal “regozijasse” deve ser grafada com “SS”. 
B) Resposta incorreta. O vocábulo “pretensão” é derivado do verbo “pretender” 
(possui ND no radical). Por essa razão, deve ser grafada com “s”. 
C) Resposta incorreta. O vocábulo “premência” (característica do que é premente, 
urgente) deve ser grafado com “c”. 
D) Resposta incorreta. O substantivo “abstenção” é derivado do verbo “TER”. 
Sendo assim, deve ser grafado com “ç”. 
E) Resposta correta. A palavra “dissuasão” (ato ou efeito de dissuadir) está 
corretamente grafada. 
 
Gabarito: E. 
 
14. Está inteiramente adequada a pontuação do seguinte período: 
 
(A) Embora sejamos tentados, freqüentemente, a qualificar como cruel ou maldoso 
o comportamento de certos animais, o fato é que, para eles, só há os instintos. 
(B) Por mais que difiram entre si, as constituições, nenhuma delas deixa-se reger, 
por princípios que desfavoreçam, ou impeçam algum equilíbrio nas relações 
sociais. 
(C) Via de regra o abuso de poder constitui um caso difícil de ser apurado, uma vez 
que, o próprio agente do delito, costuma exercer forte influência, na investigação 
dos fatos. 
(D) É muito comum nas conversas mais informais, os indivíduos se referirem a 
casos públicos de impunidade, tomando-os como justificativas, de seus delitos 
pessoais. 
(E) Não é fácil, submeter-se ao equilíbrio entre o direito e o dever, pois, a tendência 
é de um lado, valorizar o direito, e de outro minimizar o dever que lhe corresponde. 
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Comentário: Vamos analisar as opções. 
 
A) Resposta correta. As vírgulas antes e após “frequentemente” foram 
corretamente empregadas, por se tratar de um adjunto adverbial deslocado. A 
vírgula antes da oração “o fato é que, para eles, só há os instintos.” foi 
corretamente empregada. A oração subordinada adverbial concessiva localiza-se 
antes da oração principal. As vírgulas antes e após também foram corretamente 
empregadas, em virtude de a expressão “para eles” estar intercalada na estrutura 
do objeto direto oracional “que só há os instintos”. 
B) Resposta incorreta. A vírgula antes de “as constituições” está incorreta, pois 
não se separam sujeito e verbo. Por fim, a vírgula após “reger” também está 
incorreta, pois não se emprega vírgula entre o termo regente e o termo regido. 
C) Resposta incorreta. Houve omissão da vírgula após a expressão explicativa 
“Via de regra”. A vírgula após a locução conjuntiva causal “uma vez que” está 
incorretamente empregada. Por fim, as vírgulas após “delito” e “influência” estão 
incorretas, pois não se separam sujeito e verbo e termo regente e termo regido, 
respectivamente. 
D) Resposta incorreta. Deveria haver uma vírgula antes da expressão deslocada 
“nas conversas informais”. A vírgula após “justificativas” foi incorretamente 
empregada, pois não se separam termo regente e termo regido (complemento). 
E) Resposta incorreta. A vírgula após “fácil” foi empregada equivocadamente. 
Erro no emprego da vírgula após o conectivo “pois”. A expressão explicativa “de um 
lado” deveria estar ente vírgulas. A vírgula antes do conectivo “e” foi incorretamente 
empregada. A expressão explicativa “de outro” deveria estar isolada por vírgulas. 
 
Gabarito: A. 
 
15. No caso das leis mosaicas, um desses princípios é o da interdição: “Não 
matarás”. 
O pronome sublinhado na frase acima reaparece, conservando a mesma 
função sintática que nela exerce, nesta outra frase: 
 
(A) Para se garantir o cumprimento de um princípio, institui-se uma sanção para 
quem o ignore. 
(B) Quanto ao abuso de poder, só rigorosas diligências e isenta apuração o evitam. 
(C) Dos desafios da nossa sociedade, talvez o maior seja o de não se permitir a 
impunidade. 
(D) O homo sapiens, que tem o dom da racionalidade criativa, nem sempre o 
aproveita em seu benefício. 
(E) Se o indivíduo responsável pela aplicação da justiça transgride um princípio, 
que ninguém o acoberte. 
 
 
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Comentário: No enunciado, a forma “o” é pertence à classe dos pronomes 
demonstrativos, equivalente a “aquele”. No período, a forma pronominal exerce a 
função de predicativo do sujeito, o qual é ligado à característica (predicativo) por 
meio de um verbo de ligação: “um desses princípios é o da interdição”. Construção 
semelhante é encontrada na assertiva C: “talvez o maior (desafio) seja o de não se 
permitir a impunidade”. Notem que há um predicativo do sujeito oracional, pois 
contém verbo na estrutura. Em todas as demais opções, o pronome oblíquo “o” 
exerce a função de objeto direto. 
 
Gabarito: C. 
 
16. Estão corretos o emprego e a flexão de todas as formas verbais na frase: 
 
(A) Se os homens dessem ouvido à consciência e contessem seus instintos, as 
relações sociais seriam mais harmoniosas. 
(B) Aos homens nunca aprouve respeitar os princípios coletivos quando não 
prescrita uma punição para quem viesse a menosprezá-los. 
(C) Se os cidadãos elegerem princípios e convirem que estes são justos, só os 
infligirá quem se valer de má fé. 
(D) No caso de evidente erro judiciário, deve-se ratificar a sanção aplicada para 
que a punição injusta não constitue um argumento a favor da impunidade. 
(E) Quando todos revirmos o papel social que nos cabe e nos dispormos a exercê- 
-lo de fato, nenhum caso de impunidade será tolerado. 
 
Comentário: Vamos analisar as opções. 
 
A) Resposta incorreta. O verbo “conter” é derivado de “ter”, seguindoo paradigma 
(modelo) deste último. Por essa razão, a flexão correta é “contivessem”. 
B) Resposta correta. O verbo “aprouver” (aprazer, agradar) foi corretamente 
flexionado na 3ª pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo. 
C) Resposta incorreta. O verbo “convir” deriva de “vir”, seguindo o paradigma 
deste último. Logo, a flexão correta é “convierem” (futuro do subjuntivo). 
D) Resposta incorreta. Conforme ensinam as lições verbais, os verbos terminados 
em -UIR, -AIR e -OER recebem, na 3ª pessoa do singular do presente do 
indicativo, a desinência “i”: 
 
Presente do Indicativo 
 
-UIR ���� ele constitui (de constituir) / atribui (de atribuir) / conclui (de concluir) 
-AIR ���� ele extrai (de extrair) / retrai (de retrair) / distrai (de distrair) 
-OER ���� ele rói (de roer) / mói (de moer) / remói (de remoer) 
 
 
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E) Resposta incorreta. O verbo “dispor” deriva de “pôr”, devendo seguir o 
paradigma deste último. Logo, a flexão correta é “dispusermos” (futuro do 
subjuntivo). 
 
Gabarito: B. 
 
17. Não é preciso amar os princípios de convivência, como também não se 
deve ignorar esses princípios, pois quem não dá fé a esses princípios impede 
que os contraventores levem a sério esses princípios. 
Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os 
segmentos sublinhados por, respectivamente, 
 
(A) ignorá-los − lhes dá fé − os levem a sério 
(B) ignorar-lhes − dá-lhes fé − levem-lhes a sério 
(C) lhes ignorar − lhes dá fé − os levem a sério 
(D) ignorá-los − dar fé a eles − levem-lhes a sério 
(E) os ignorar − os dá fé − levem-nos a sério 
 
Comentário: O verbo “ignorar” é terminado em –R e possui transitividade direta. 
Sendo assim, a expressão “esses princípios” deve ser substituída pela forma 
pronominal “los”: ignorá-los. A colocação do pronome é enclítica (após o verbo), por 
não haver obrigatoriedade de próclise. Assim, já eliminados as letras B, C e E. 
Agora ficou fácil! Na segunda possibilidade de substituição, o verbo “dar” termina 
em –R e possui transitividade direta e indireta. Portanto, o complemento indireto 
deverá ser representado por “lhes”. A observação necessária deve-se à colocação 
proclítica (antes do verbo) do pronome, pois, no trecho, há tanto o pronome 
indefinido “quem” quanto a palavra negativa “não”: Não é preciso amar os 
princípios de convivência, como também não se deve ignorá-los, pois quem 
não lhes dá fé impede que (...)”. Já sabemos que o gabarito é a assertiva A. 
Entretanto, vamos analisar o último trecho destacado no enunciado. No trecho 
“impede que os contraventores levem a sério esses princípios.”, o verbo “levar” 
é transitivo direto, ou seja, rege um complemento direto (sem preposição). Logo, a 
forma pronominal que substitui corretamente “esses princípios” é “os”. Como houve 
o emprego do pronome relativo “que”, a colocação pronominal deve ser proclítica 
(antes do verbo): “impede que os contraventores os levem a sério”. 
 
Gabarito: A. 
 
18. Está clara, coerente e correta a redação da seguinte frase: 
 
(A) Conquanto seja impossível a adesão de todos em que se cumpra os princípios 
de convívio social, ainda assim há aqueles que relutam em aceitar tais esforços. 
 
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(B) À medida em que desceu Moisés com os mandamentos do monte Sinai, seus 
seguidores deram-se conta de que alguns deles paltavam-se pelo princípio da 
interdição. 
(C) Para que se mantenha um mínimo equilíbrio nas relações sociais, desde que 
não se pode permitir casos de impunidade, onde os infratores ainda pousam de 
vitoriosos. 
(D) Não é mau auferir benefícios pessoais quando estes não acarretam, de forma 
alguma, qualquer tipo de prejuízo ou restrição ao pleno exercício dos direitos 
alheios. 
(E) Embora nem sempre seja de fácil aceitação, nem sempre as sanções deixam 
de ser necessárias, já que sem as mesmas correria-se o risco de se voltar ao 
estado da barbárie. 
 
Comentário: Este tipo de questão aborda todo o conteúdo que estudamos durante 
o curso (ortografia oficial, acentuação gráfica, sintaxe de concordância, sintaxe de 
regência, ocorrência de crase, pontuação, entre outros assuntos). Sendo assim, ao 
encontrar um erro, passaremos para a análise da assertiva seguinte, a fim de que 
ganhemos tempo no momento da prova. 
 Vamos às opções. 
A) Resposta incorreta. O período apresenta erro de concordância verbal. Há uma 
estrutura de voz passiva sintética (VTD + SE + sujeito). Logo, a forma verbal 
“cumpra” deveria ser flexionada no plural para concordar com o núcleo do sujeito 
“os princípios do convívio social”. 
B) Resposta incorreta. A expressão “à medida em que” está incorreta. O correto é 
empregar a locução conjuntiva “à medida que”, com valor de proporcionalidade. Por 
fim, o verbo “pautar-se” é grafado com “u”, e não com “L”. 
C) Resposta incorreta. A redação do período está confusa e incoerente. Além 
disso, há erros: o verbo “poder”, auxiliar da locução verbal “pode permitir”, foi 
incorretamente conjugado no presente do indicativo e flexionado no singular. Como 
há uma estrutura de voz passiva sintética, o verbo auxiliar deve concordar com o 
sujeito “casos de impunidade”. Logo, o trecho correto é “não se possam permitir 
casos de impunidade (...)”. Por fim, o advérbio “onde” só deve ser empregado 
quando houver referência a lugar. Já que este não é o caso em tela, dever-se-ia ter 
empregado a expressão “em que”. 
D) Resposta correta. O adjetivo “mau” é antônimo de “bom”, razão por que foi 
corretamente empregado no contexto. 
E) Resposta incorreta. Na primeira ocorrência, a forma verbal “seja” deveria estar 
flexionada no plural, para concordar com o sujeito “as sanções”. A expressão 
explicativa “sem as mesmas” deveria estar ente vírgulas. Feita essa alteração, a 
forma “correria-se” deveria ser ajustada: como o verbo está no futuro do pretérito 
do indicativo, a colocação do pronome deve ser mesoclítica (no meio do verbo) – 
correr-se-ia. 
 
Gabarito: D. 
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19. NÃO se justificam as ocorrências do sinal de crase em: 
 
(A) Não me reporto à impunidade de um caso particular, mas àquela que se 
generaliza e dissemina a descrença na justiça dos homens. 
(B) É difícil admitir que vivem à solta tantos delinqüentes, sobretudo quando se 
sabe que pessoas inocentes são levadas à barra dos tribunais. 
(C) O autor do texto faz menção à uma série de princípios de interdição, à qual teria 
proveniência na vontade divina. 
(D) Assiste-se hoje à multiplicação de casos de impunidade, à descabida 
proliferação de maus exemplos de conduta social. 
(E) Quem dá crédito à ação da justiça não pode deixar de trabalhar para que não 
se furtem às sanções os mais poderosos. 
 
Comentário: O emprego do acento grave indicativo de crase está incorreto na 
assertiva C. Notem que, no trecho “menção a uma série”, o “a” representa apenas a 
preposição, regida pelo substantivo “menção”. Na expressão “a qual”, que inicia a 
oração subordinada adjetiva explicativa, o “a” é somente artigo definido, pois não 
há termo que exija emprego da preposição “a”. 
 
Gabarito: C. 
 
20. Está correto o uso do segmento sublinhado na frase: 
 
(A) Trata-se de um texto em cuja tese poucos devem mostrar-se contrários. 
(B) A natureza também tem seus princípios de violência, a cujos os homens 
precisam superar. 
(C) Nos ditames da leimosaica, cujo o rigor é indiscutível, prevalece o princípio da 
interdição. 
(D) As normas da ética, de cujas ninguém devia se afastar, não são exatamente as 
mesmas ao longo do tempo. 
(E) Os braços da justiça, a cujo alcance deveriam estar todos, tornam-se inócuos 
quando desprestigiados. 
 
Comentário: A questão mesclou conhecimentos sobre sintaxe de regência e 
emprego do pronome relativo “cujo(a)s”. O único período correto é o apresentado 
na assertiva E: o substantivo “alcance” rege emprego da preposição “a”, e o 
pronome relativo “cujo” denota uma relação de posse entre o termo antecedente e 
o consequente, concordando em gênero e número com este último. 
 Nas demais opções: 
A) Resposta incorreta. O adjetivo “contrários” rege emprego da preposição “a”, 
razão por que a expressão correta seria “a cuja”. 
 
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B) Resposta incorreta. O verbo “superar” é transitivo direto, ou seja, não rege 
emprego de preposição. Por sua vez, o pronome “cujos” não admite emprego de 
artigo, seja antes ou depois. Notem que o emprego desse relativo está inadequado, 
devendo ser substituído por “os quais” ou “que”. 
C) Resposta incorreta. Conforme vimos nas lições, o pronome relativo “cujo” não 
admite a anteposição ou a posposição de artigos. 
D) Resposta incorreta. A expressão “devia se afastar” rege emprego da 
preposição “de”. Entretanto, o pronome relativo “cujas” foi empregado 
incorretamente. Em seu lugar, deveria ter sido empregado o relativo “que”. 
 
Gabarito: E. 
 
 
 
 
POR HOJE É ISSO, PESSOAL! 
 
ATÉ A PRÓXIMA AULA! 
 
FORTE ABRAÇO! 
 
PROF. FABIANO SALES (fabianosales@estrategiaconcursos.com.br) 
 
 
"No que diz respeito ao desempenho, ao compromisso, ao esforço, 
à dedicação, não existe meio termo. Ou você faz uma coisa bem 
feita ou não faz." (Ayrton Senna)

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