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TRABALHO PARA AV1 Aluna: Sabrina Braga Castanheira Matrícula: 201501061968 Disciplina: Fundamentos de Neuroanatomia Professor: Jorge Newton Curso: Psicologia Período: 2º Pesquisa sobre Neurotransmissores Neurotransmissores são substâncias químicas liberadas pelos neurônios e que permitem a comunicação entre eles (sinapse). Para uma substância ser considera neurotransmissora, precisa ter as seguintes características: Deve ser sintetizada no neurônio; Deve ser encontrada na terminação pré-sináptica e secretada em quantidades suficientes para agir no neurônio pós-sináptico ou no órgão efetor; Deve imitar a ação do transmissor endógeno, quando for aplicada exogenamente; Deve apresentar mecanismo específico para sua remoção. Os neurotransmissores podem ser excitatórios (que resultam em um novo impulso) ou inibitórios (que impedem a passagem de impulsos subsequentes). Existem 3 tipos de neurotransmissores: aminoácidos, aminas e peptídeos. Os dois primeiros são produzidos no terminal do axônio e os peptídeos no reticulo endoplasmático rugoso do corpo celular do neurônio. Aminas: Acetilcolina: No sistema cardiovascular, ela é responsável pela vasodilatação, redução da frequência cardíaca, diminuição da força de contração cardíaca e queda da condução nervosa no nodo sinoatrial e nodo atrioventricular. Na mente, ela desempenha um importante papel nas funções cognitivas, como, por exemplo, a aprendizagem. Dopamina: Neurotransmissor inibitório que produz sensações de satisfação e prazer. Pode ser dividido em 3 subgrupos com diferentes funções. O primeiro grupo regula os movimentos (deficiência de dopamina neste sistema provoca o Mal de Parkinson). O segundo grupo, o mesolímbico, regula o comportamento emocional. O terceiro grupo, o mesocortical, projeta-se para o córtex pré-frontal (cognição, memória, pensamento abstrato, aspectos emocionais, stress, etc). Distúrbios nos dois últimos estão associados com a esquizofrenia. Noradrenalina (Norepinefrina): É encontrado no SNC (tronco cerebral e hipotálamo) e possui ação depressora sobre a atividade neuronal do córtex cerebral. Adrenalina (Epinefrina): Neurotransmissor do SNC. Tem efeito sobre o sistema nervoso simpático: coração, pulmões, vasos sanguíneos, órgãos genitais, etc. É liberado em resposta ao stress físico ou emocional. Seus principais efeitos são: aumento dos batimentos cardíacos, dilatação dos brônquios e pupilas, vasoconstricção, suor, entre outros. A Adrenalina está presente em muitas formulações farmacêuticas intravenosas, como para o tratamento da asma e hemorragias internas. Serotonina: Relacionada aos transtornos do humor, transtornos afetivos e a maioria dos medicamentos chamados antidepressivos agem produzindo um aumento da disponibilidade dessa substância no espaço entre um neurônio e outro. Encontra-se no SNC, principalmente no tronco cerebral, amígdala, mesencéfalo, núcleos talâmicos e no hipotálamo. Histamina: Age no receptor H2 do coração aumentando a frequência cardíaca e o débito cardíaco, com risco de arritmias. Ambos os receptores H1 e H2 agem sobre os vasos sanguíneos causando vasodilatação generalizada, com diminuição da pressão arterial, rubor cutâneo e cefaléia. Aminoácidos: Glutamato: Neurotransmissor excitatório, armazenado em vesículas nas sinapses. Pensa-se que o glutamato esteja envolvido em funções cognitivas no cérebro, como a aprendizagem e a memória. O glutamato é precursor na síntese de GABA em neurônios produtores de GABA. GABA (ácido gama-aminobutirico): Principal neurotransmissor inibitório do SNC. Presente em quase todas as regiões do cérebro, embora sua concentração varie em cada região. Está envolvido com os processos de ansiedade. Ele induz a inibição do SNC, causando a sedação. A inibição da síntese do GABA ou o bloqueio de seus neurotransmissores no SNC, resultam em estimulação intensa, manifestada através de convulsões generalizadas. Ácido aspártico (aspartato): Um dos componentes das proteínas dos seres vivos. É um aminoácido não essencial em mamíferos, tendo uma possível função de neurotransmissor excitatório no cérebro. Existem indicações que ele possa conferir resistência à fadiga. Glicina: Principal neurotransmissor inibidor do tronco cerebral e medula espinhal. Tem também propriedades excitatórias. Déficit de glicina provoca um aumento da rigidez muscular e morte por paralisia dos músculos respiratórios. É precisamente o que acontece na intoxicação por estricnina e o tétano. Peptídeos: Existem algumas famílias de peptídeos: Opióide: Opiocortinas, encefalinas, dinorfina, FMRFamida. Neuro-hipofisária: Vasopressina, ocitocina, neurofisinas. Taquicininas: Substância P, Fisalaemia, cassinina, uperoleína, eleidoisina, bombesina neuroquinina A. Secretinas: Secretinas, glucagon, peptídeo inibidor gástrico. Insulinas: Insulina, fatores I e II de crescimento semelhantes à insulina. Somatostatinas: Somastostatinas, polipeptídeo pancreático. Gastrinas: Gastrina, colecitocinina. A Ocitocina é um peptídeo produzido na neurohipófise. É chamada vulgarmente de hormônio do amor. Entre suas funções está promover as contrações musculares uterinas, reduzir o sangramento durante o parto, estimular a libertação do leite materno, desenvolver apego e empatia entre as pessoas, produzir parte do prazer do orgasmo, etc. O Glucagon é produzido no pâncreas e também nas células espalhadas pelo tracto gastrointestinal. O seu papel mais conhecido é aumentar a glicemia (nível de glicose no sangue), contrapondo-se aos efeitos da insulina. A Insulina é responsável pela redução da glicemia (taxa de glicose no sangue), ao promover o ingresso de glicose nas células. Esta é também essencial no consumo de carboidratos, na síntese de proteínas e no armazenamento de lipídios (gorduras). Quando a produção de insulina é deficiente, a glicose acumula-se no sangue e na urina, destruindo as células por falta de abastecimento: diabetes mellitus. Para pacientes nessa condição, a insulina é providenciada através de injeções, ou bombas de insulina.
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