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IBIMM - Apostila do Curso de Biologia Marinha e Identifcação

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INSTITUTO DE BIOLOGIA MARINHA E MEIO AMBIENTE 
 
® 
 
 
 
 
Curso de Identificação de Seres Marinhos 
 
Objetivos: Identificação de Seres Marinhos e Ecossistema Marinho 
 
Esse curso visa dar aos alunos características para identificar rapidamente os 
seres marinhos mais comuns, dando noções de como reconhecer a que classe 
pertence, além de, fornecer informações sobre animais perigosos, como evitá-
los e como tratar possíveis ferimentos. 
 
Material didático fornecido: 
Manual de Identificação de Seres Marinhos, animais conservados, pranchas, 
cartazes, animais taxidermizados, animais vivos, animais em formol. 
 
Programa teórico: 
Carga horária mínima de oito (8) horas. 
 
Tópicos: 
 
Noções básicas de classificação: 
- Sistemática; 
- Filogênia; 
- Reino animal: 
- Apresentação: 
- Poríferos: 
- Características das esponjas: 
- Tipos de esponjas; 
- Possíveis acidentes; 
- Exercício interativo; 
 
Celenterados: 
- Estrutura e ciclo de vida; 
- Diferenciação de cnidários e ctenóforos; 
- Característica dos cnidários; 
- Tipos de cnidários (classes); 
- Recifes de coral; 
- Possíveis acidentes e tratamento; 
- Exercício interativo; 
- Vermes: 
- Característica dos poliquetas; 
- Possíveis acidentes e tratamento. 
 
 
 
 
 INSTITUTO DE BIOLOGIA MARINHA E MEIO AMBIENTE 
 
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- Artrópodes: 
- Característica dos crustáceos marinhos; 
- Tipos de crustáceos; 
- Decápodes; 
- Exercício interativo; 
 
- Moluscos: 
- Característica dos moluscos marinhos; 
- Tipos de moluscos; 
- Possíveis acidentes e tratamento; 
- Exercício interativo; 
- Equinodermos: 
- Característica dos equinodermos; 
- Tipos de equinodermos; 
- Possíveis acidentes e tratamento; 
- Exercício interativo; 
- Revisão de invertebrados. 
 
Protocordados: 
- Característica dos protocordados; 
- Tipos de protocordados marinhos; 
 
Vertebrados: 
- Característica dos vertebrados; 
 
Peixes: 
- Característica dos Peixes: 
- Tipos de peixes: ósseos e cartilaginosos; 
- Noções de classes; 
- Possíveis acidentes e tratamento; 
- Exercício interativo; 
 
Répteis: 
- Característica dos répteis; 
- Tipos de répteis marinhos; 
- Possíveis acidentes e tratamento; 
 
Aves: 
- Característica das aves marinhas; 
- Tipos de aves marinhas; 
- Exercício interativo; 
 
 
 INSTITUTO DE BIOLOGIA MARINHA E MEIO AMBIENTE 
 
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Mamíferos: 
- Característica dos mamíferos marinhos; 
- Tipos de mamíferos marinhos; 
- Possíveis acidentes e tratamento. 
 
BIOLOGIA MARINHA é o estudo dos organismos que vivem em ecossistemas 
de água salgada e das relações entre eles e com o ambiente. 
Os oceanos cobrem mais de 71% da superfície da Terra e, assim como o 
ambiente terrestre é diverso, os oceanos também o são. Por isso encontramos 
as mais diferentes formas de vida no mar, desde o plâncton microscópico, 
incluindo o fitoplâncton, de enorme importância para a produção primária no 
ambiente marinho, aos gigantes cetáceos como as baleias. 
Classificação dos organismos marinhos 
Geralmente se agrupam os organismos marinhos em função do seu tamanho e 
hábito de vida, como segue (resumidamente): 
 Plâncton (organismos geralmente pequenos que ficam à deriva dos 
movimentos oceânicos) 
o Bacterioplâncton (bactérias) 
o Fitoplâncton (microalgas e sargaços) 
o Zooplâncton (animais, com preponderância para os 
microscópicos, mas incluindo algumas espécies de grandes 
dimensões, como as salpas que são urochordata "anfioxos"s que 
podem formar cadeias com mais de um metro de comprimento) 
Os menores organismos são denominados nanoplâncton com dimensões 
máximas entre 2 e 63 ìm (de acordo com o tamanho dos orifícios da malha das 
redes utilizadas para os capturar). O picoplâncton inclui componentes ainda 
menores, como as bactérias (só retidas por filtros). 
 Bentos (organismos que vivem no substrato, fixos ou não) 
o Fitobentos (incluindo as macroalgas, algumas microalgas e as 
ervas marinhas) 
o Zoobentos 
 Macrofauna (animais visíveis a olho nú, como a maior parte 
dos caranguejos, os equinodermes, algumas espécies de 
peixes, etc.) 
 
 
 INSTITUTO DE BIOLOGIA MARINHA E MEIO AMBIENTE 
 
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Meiofauna (animais que vivem permanentemente enterrados no sedimento, 
quer livres, quer dentro de estruturas por eles construídas) 
Microfauna (animais microscópicos que se desenvolvem sobre o substrato) 
Nécton (organismos com boa capacidade natatória, como a maior parte dos 
peixes e dos mamíferos marinhos) 
Um conceito relacionado, embora não formado por organismos vivos é o 
séston que é o conjunto das partículas, orgânicas ou não, que se encontram 
dispersas na coluna de água e que, para além de poderem constituir alimento 
para alguns organismos, têm um papel importante na difusão da luz na água 
e, portanto, na produção primária. 
A microbiota marinha é importantíssima para a decomposição de matéria 
orgânica e para a produção primária em ecossistemas sem luz. A maior parte 
dos micróbios marinhos são bactérias e algas azuis (cianobactérias ou 
cianofíceas). As bactérias estão dispersas por todos os oceanos, suportando 
condições extremas. Há bactérias quimiossintéticas e decompositoras.Sabe,os 
seres decompositores são uns bichinhos minúsculos,tem pele vermelha e 
comem carne de humanos. 
O fitoplâncton é formado por plantas microscópicas que se encontram na 
coluna de água. Os organismos do fitoplâncton são a base da teia alimentar 
aquática, servindo de alimento ao zooplâncton, ictioplâncton e outros 
organismos. São produtores primários (seres autotróficos), que usam a 
clorofila para converter a energia solar, sais minerais e dióxido de carbono em 
compostos orgânicos. Por necessitar da energia solar para o seu 
desenvolvimento, o fitoplâncton vive na zona mais superficial da coluna de 
água, na zona eufótica. O fitoplâncton engloba vários grupos distintos de 
organismos. 
As diatomáceas são provavelmente o maior e o mais conhecido grupo de 
microalgas (existem mais de 20,000 espécies conhecidas). A característica 
principal deste grupo é a frústula siliciosa (semelhante a uma caixa de Petri) e 
a simetria biradial. 
As cianobactérias, algas azuis-verdes ou cianofíceas, são organismos mais 
relacionados com as bactérias, apesar da sua função fotossintética. Como as 
bactérias, são seres procariontes. 
As macroalgas são algas multicelulares, com órgãos diferenciados, como as 
algas vermelhas e as algas pardas e algumas clorofíceas, como as Ulvas. Elas 
 
 
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constitutem a maior parte do que as pessoas chamam algas marinhas (muitas 
vezes, as pessoas chamam algas às ervas marinhas). 
As macroalgas são uma parte importante da cadeia trófica do bentos, 
fornecendo ainda refúgio a muitos animais. No entanto há algumas espécies 
que ´podem ocorrer ao plâncton, como os sargaços enconttrados no mar dos 
Sargassos. 
Algumas espécies de algas marinhas são utilizadas na alimentação, 
principalmente no extremo oriente e também nas indústrias alimentar e 
farmacêutica. 
As ervas marinhas são plantas que produzem flor adaptadas à vida na água do 
mar. Estas plantas encontram-se em muitas praias e pertencem às famílias 
Posidoniaceae, Zosteraceae, Hydrocharitaceae e Cymodoceaceae. Têm um 
importante papel nos ecossistemas costeiros, não só pela sua produtividade, 
mas também por servirem de refúgio a muitos animais bentónicos. 
O nome vulgar provémdo fato das suas folhas se assemelharem, embora 
superficialmente, com as ervas terrestres da família Poaceae. Por vezes são 
confundidas com algas. 
 Invertebrados marinhos 
Os animais que não possuem notocorda nem coluna vertebral são conhecidos 
como invertebrados. Esse grupo é muito grande e inclui animais que 
apresentam formas e comportamentos bem diferentes. Eles podem ser 
encontrados nos mais diversos ambientes (aquáticos ou terrestres) e podem 
ser parasitas de plantas ou de outros animais. Os principais filos de 
invertebrados são: poríferos, celenterados, platelmintes, nematódeos, 
anelídeos, artrópodes, moluscos e equinodermes e todos estes filos possuem 
representantes no mar. 
 
Zooplâncton 
São animais plantônicos não clorofilados, em sua grande maioria, sendo 
conhecidos sob o ponto de vista de produtividade marinha como heterótrofos. 
Compreendem uma infinidade de formas, tamanhos e cores. Quase todos os 
grupos animais estão representados no zooplâncton, desde formas unicelulares 
(protozoários), até animais mais complexas, tais como os crustáceos e os 
peixes (ovos e larvas - ictioplâncton). O zooplâncton é importante por 
desempenhar um papel crucial na transferência da energia sintetizada pelos 
 
 
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vegetais planctônicos - também conhecido como fitoplâncton -, para animais 
superiores na teia trófica (ou teia alimentar). Considerando estes últimos 
animais, destacam-se os peixes (por exemplo, atuns e sardinhas) e algumas 
baleias, denominadas pelos biólogos planctófagas (comedores de plâncton). 
Além disso, o zooplâncton pode ser utilizado como indicadores da qualidade da 
água, já que esses pequenos organismos respondem rapidamente às 
modificações do ambiente, tais como ocorrem quando existe emissão de 
poluentes químicos e despejo de esgoto. Resumindo, quando um ambiente 
recebe uma descarga de óleo ou matéria orgânica, algumas espécies do 
zooplâncton perdem boa parte dos indivíduos, reduzindo, desta forma, suas 
populações. Em contrapartida, outras espécies são mais resistentes, ocorrendo 
nestes casos um aumento de suas populações. Assim, os organismos do 
zooplâncton podem ser considerado como excelentes bioindicadores da 
condição ambiental de um dado ecossistema. Porém, vale ressaltar cada 
espécie do zooplâncton responde diferentemente às alterações do meio, 
cabendo aos biólogos e demais pesquisadores correlacionados identificarem 
quais espécies são as melhores indicadoras para dado parâmetro (por 
exemplo: poluição orgânica, produtos químicos, elevada salinidade, aumento 
ou redução da acidez da água e outros). 
bentônicos 
Os invertebrados bentônicos são grupos de organismos que habitam diferentes 
tipos de substratos de habitats aquáticos. Estes podem ser compostos de 
fragmentos de vegetais, sedimentos diversos, macrófitas, algas filamentosas, 
entre outros. Dentre os diversos grupos existentes, podemos destacar os 
moluscos, insetos, nematódeos e os oligoquetos. Os organismos bentônicos 
têm sido utilizados como bioindicadores na avaliação de impactos ambientais 
provocados pelo mau uso dos recursos naturais do ambiente. Os animais, 
plantas, microrganismos e suas complexas interações com o meio ambiente 
respondem de maneira diferenciada às modificações da paisagem, produzindo 
informações, que não só indicam a presença de poluentes, mas proporcionam 
também uma melhor indicação de seu impacto na qualidade dos ecossistemas 
(Souza, 2001). 
Normalmente considera-se zona costeira, também chamada zona nerítica a 
que se encontra sob influência das marés e onde a luz pode penetrar até ao 
fundo, promovendo a fotossíntese. 
Existem organismos aquáticos, não só na zona que está permanentemente 
coberta de água - também conhecida por zona infratidal, ou seja, a que é 
mais profunda que a maior maré baixa - mas também na zona intertidal, que 
pode ficar a descoberto durante as marés baixas, e na supratidal que nunca é 
 
 
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inundada pelas marés, mas que recebe humidade da água do mar, através das 
ondas e por penetração da água através da areia. 
Os organismos que habitam nesta região estão adaptados a estas variações, 
tanto do nível de água, como da sua falta durante determinados períodos. Por 
exemplo, muitos crustáceos e moluscos que vivem nesta zona são capazes de 
armazenar água junto das brânquias, fechando a sua abertura. 
Nesta zona, encontram-se vários ecossistemas diferentes, que são descritos 
abaixo. 
Uma praia é uma formação geológica consistindo de partículas soltas de rocha 
tais como areia, lascas de pedra, ou cobble ao longo da margem de um corpo 
de água. 
Um estuário é a parte de um rio que se encontra em contato com o mar. Por 
esta razão, um estuário sofre a influência das marés e possui tipicamente água 
salobra. 
Costões rochosos 
Costão rochoso é o nome dado ao ambiente costeiro formado por rochas, 
situado na transição entre os meios terrestre e aquático. É considerado muito 
mais uma extensão do ambiente marinho que do terrestre, uma vez que a 
maioria dos organismos que o habitam, estão relacionados ao mar. 
No Brasil, suas rochas possuem origem vulcânica e são estruturadas de 
diversas maneiras. É um ambiente extremamente heterogêneo: pode ser 
formado por paredões verticais bastante uniformes, que estendem-se muitos 
metros acima e abaixo da superfície da água (ex. a Ilha de Trindade) ou por 
matacões de rocha fragmentada de pequena inclinação (ex. a costa de 
Ubatuba/SP). No Brasil, pode-se encontrar costões rochosos por quase toda a 
costa. Seu limite de ocorrência ao Sul se dá em Torres (RS) e ao Norte, na 
Baía de São Marcos (MA) sendo que a maior concentração deste ambiente está 
na região Sudeste, onde a costa é bastante recortada. 
A partir da observação da fisiografia da costa do Brasil, pode-se estabelecer 
uma relação entre a ocorrência de costões rochosos e a proximidade das 
serras em relação ao Oceano Atlântico. Tomando como exemplo o Estado de 
São Paulo, observa-se que em locais onde a Serra do Mar se elevou próxima 
ao oceano, ocorre um predomínio de costões rochosos na interface da terra 
com o mar (ex. Ubatuba), já em locais onde a Serra do Mar está muito 
distante da costa, ocorre o predomínio de manguezal e restinga (ex. 
 
 
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Cananéia/SP). Os costões são, portanto, na maioria das vezes, extensões das 
serras rochosas que atingem o fundo do mar. 
O costão rochoso pode ser modelado por aspectos físicos, químicos e 
biológicos. Em relação aos aspectos físicos, a erosão por batimento de ondas, 
ventos e chuvas é o principal deles, mas a temperatura também possui papel 
importante na de composição das rochas, a longo prazo, através da expansão 
e contração dos minerais. O fatores químicos envolvidos dependem do tipo de 
rocha que forma o costão, uma vez que minerais reagem quimicamente com a 
água do mar (ex. ferro), sendo que estas relações são reguladas 
principalmente pelos fatores climáticos. Além destes, temos o desgaste das 
rochas que pode ser causado por organismos habitantes ou visitantes do 
costão, como ouriços, esponjas e moluscos. 
O ecossistema costão rochoso pode ser muito complexo e, normalmente, 
quanto maior a complexidade, maior a diversidade de organismos em um 
determinado ambiente. Para entendermos tal relação, podemos tomar como 
modelos dois tipos de costão, um costão exposto e um costão protegido. 
Plataforma continental 
Em oceanografia, chama-se plataformacontinental à porção dos fundos 
marinhos que começa na linha de costa e desce com um declive suave até ao 
talude continental (onde o declive é muito mais pronunciado). Em média, a 
plataforma continental desce até uma profundidade de 200 metros. 
Recifes 
 recife 
 Coral 
Talude continental 
Em oceanografia, chama-se talude continental à porção dos fundos marinhos 
com declive muito pronunciado que fica entre a plataforma continental e a 
margem continental, onde começam as planícies abissais. 
Zona profunda ou abissal 
Em geral, consideram-se "águas profundas" aquelas onde já não penetra a luz, 
mas a Zona Abissal para os oceanógrafos começa no fundo do talude 
continental, no que é considerado como o limite dos continentes. Esta zona é 
formada por planícies abissais, fossas abissais e canhões, mas nela se 
 
 
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encontram montes submarinos que podem atingir a profundidade da zona 
eufótica. 
O oceano tem uma profundidade média de cerca de 5 km, o que significa que 
esta zona abissal é muito extensa, apesar de ter sido pouco estudada. A 
pressão hidrostática aumenta em uma atmosfera a cada 10 metros de 
profundidade, o que torna o estudo desta zona muito difícil, sendo necessário o 
uso de batiscafos, que são submarinos protegidos especialmente para pressões 
elevadas. Com estes submarinos e também com a ajuda de instrumentos 
acústicos, as ecossondas foram feitas algumas pesquisas que levaram ao 
conhecimento de alguns detalhes do fundo dos mares. 
O ponto mais profundo dos oceanos foi encontrado na Fossa das Marianas, a 
leste do arquipélago das Filipinas, no Oceano Pacífico, com 10.924 m. Outros 
pontos especialmente profundos são o Canhão de Monterrey, ao largo da 
Califórnia, com cerca de 10.000 m, a Fossa de Porto Rico, com 8.605 m, a 
Fossa de Java, com 7.450 m e a de South Sandwich, com 7.235 m. 
A estas profundidades, para além da pressão elevada, não penetra a luz e, por 
isso, não pode haver fotossíntese. No entanto, existem muitos animais 
adaptados a estes fundos, entre peixes, crustáceos e vermes, muitos deles 
com órgãos luminosos. 
Regiões especiais, que parecem ser "oasis" no meio dum deserto, são as 
fontes termais submarinas e o seu oposto, as geleiras submarinas, onde uma 
série de compostos químicos são libertados do interior da terra, possibilitando 
a vida de numerosos organismos, num ecossistema que se acredita basear-se 
em bactérias capazes de metabolizar essas substâncias. 
Fatores de distribuição de organismos marinhos 
Um dos temas de pesquisa mais activos na biologia marinha é a descoberta e o 
mapeamento dos ciclos de vida das várias espécies, as zonas onde os seus 
membros passam a vida, o modo como as correntes oceânicas os afectam e os 
efeitos da miríade de outros factores oceânicos no seu crescimento e bem-
estar. Só recentemente foi possível desenvolver este tipo de trabalho com a 
ajuda de tecnologia de GPS e de câmaras subaquáticas. 
A maior parte dos organismos marinhos reproduz-se em locais específicos, põe 
os ovos noutros locais, passa o seu tempo de juvenil ainda em outros locais e 
a maturidade noutros locais ainda. Durante bastante tempo, os cientistas não 
fizeram qualquer ideia sobre a localização de muitas espécies durante certos 
 
 
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períodos dos seus ciclos de vida. De facto, as zonas por onde as tartarugas 
marinhas viajam ainda são bastante desconhecidas. Instrumentos de 
seguimento não funcionam para algumas formas de vida e os rigores do 
oceano não são amigos da tecnologia. Mas em muitos casos, estes factores 
limitativos estão a ser ultrapassados. 
Sub-áreas da Biologia marinha 
O estudo da biologia marinha reserva obviamente uma boa parte da sua 
atenção para os efeitos físicos das continuas imersões no mar e nos oceanos 
em geral, acaba por uma variação nas propriedades oceanicas afetando a vida 
marinha. 
A recente biotecnologia marinha vem focando largamente nas biomoléculas 
marinhas, especialmente proteínas, onde possa ser usada na medicina ou na 
engenharia. 
Uma parte interesante da biologia marinha é a aquacultura. 
História da Biologia Marinha 
Ultimamente, biólogos marinhos estão tentando completar o mapeamento das 
criaturas aquáticas com ajuda de modernas técnicas, que ajudam a exploração 
do fundo do oceano, mais precisamente nas depressões aquáticas, onde 
acreditam encontrar novas espécies, eventualmente um potencial de grande 
interesse nas teorias da evolução. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Invertebrados Marinhos – Classe crustacea 
Copépode 
 
Copepoda 
 
E.Haeckel: Kunstformen der Natur 
Classificação científica 
Reino: Animalia 
Filo: Arthropoda 
Classe: Maxillopoda 
Subclasse: Copepoda 
 
Ordens 
Ver texto. 
Os copépodes (sub-classe Copepoda) são um grupo de crustáceos muito 
importantes na composição da fauna de invertebrados aquáticos. Há cerca de 
12000 espécies conhecidas, destas, 7500 são de vida livre sendo 1200 
próprias de águas continentais. 
 
 
 
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Certos copépodos de águas continentais podem formar agregações 
com densidades superiores há 11000 indivíduos por litro. Os 
copépodos podem parasitar peixes e invertebrados aquáticos. 
A classe Copepoda é a maior e mais diversificada dos crustáceos. Além disso, é 
considerado o grupo de organismos pluricelulares mais abundante no planeta, 
superando em número de indivíduos até os insetos. Esses microcrustáceos 
habitam os diversos ambientes aquáticos, incluindo terras úmidas. Os 
crustáceos de vida livre podem ser planctônicos, bentônicos, viver em águas 
subterrâneas, entre outros ambientes. Os copépodos de águas continentais 
não são tão diversos como os de água salgada, sendo que o plâncton é 
composto principalmente por Calanoida e Cyclopoida. 
A maioria dos copépodos possuem de 1 a 5 mm de comprimento. Seu corpo é 
composto de cabeça, tórax e abdômen, sendo sua extremidade anterior 
arredondada ou pontiaguda. A cabeça está fundida com o primeiro e às vezes 
o segundo segmento torácico. Não possuem olhos compostos, porém há um 
olho naupliano mediano típico na maioria. As primeiras antenas são unirremes 
e longas. O tórax possui seis segmentos. O primeiro par de apêndices é 
modificado formando maxilípedes para alimentação. Os outros cinco pares de 
apêndices são semelhantes e simetricamente birremes. Entretanto, em 
algumas espécies os apêndices do último par, conhecido como P5, podem vir 
modificados para a cópula, assimétricos ou, até mesmo, unirremes. O 
abdômen possui cinco segmentos que são mais estreitos que o do tórax e não 
possui apêndices, exceto um par de ramos caudais no télson. 
Ordens de copépodes: 
 Calanoida 
 Cyclopoida 
 Gelyelloida 
 Harpacticoida 
 Misophrioida 
 Monstrilloida 
 Mormonilloida 
 Platycopioida 
 Poecilostomatoida 
 Siphonostomatoida 
 
 
 
 
 
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Os Répteis Marinhos 
 
 
Os Répteis Marinhos formam um grande grupo de répteis que retornaram à 
água, enquanto os dinossauros dominavam a terra ( alguns já havia retornado 
bem antes do surgimento dos dinossauros), mas essa transição exigiu 
adaptações ao novo meio, suas extremidades se transformaram em 
barbatanas que os tornava mais ágeis na água, se arrastavam por praias para 
porem seus ovos e todos eleseram obrigados a retornar a superfície para 
respirar. 
 Eles não tinham competição com os dinossauros mais foram obrigados a 
competir com os peixes que naquela época já haviam quase terminado sua 
evolução e existiam em muitas formas e tamanhos. Os principais adversários 
dos Répteis Marinhos foram os tubarões que na época já tinham se tornado 
grandes predadores. Alguns Répteis Marinhos contornaram esses problemas e 
se tornaram umas das maiores e mais temíveis criaturas que já existiram no 
planeta. 
 
 
 
 
 
 
 
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Classe mamalia 
Um mamífero marinho é um mamífero que habita primariamente o oceano 
ou depende do oceano para alimentar-se. Os mamíferos evoluíram 
originariamente do mar para a terra, porém mais tarde os mamíferos marinhos 
evoluíram para viver novamente no oceano. 
Existem cinco grupos de mamíferos marinhos: 
1. Ordem Sirenia: peixe-boi, dugongo. 
2. Ordem Carnivora, família Ursidae: urso-polar 
3. Ordem Carnivora, superfamília Pinnipedia: pinípedes, leão-marinho e 
morsa 
4. Ordem Carnivora, família Mustelidae: lontra-marinha e lontra-felina 
5. Ordem Cetacea: baleia, golfinho e marsuíno 
Quando grupos diferentes de mamíferos marinhos originam-se de diferentes 
ancestrais, este é um caso de convergência evolutiva. 
Como os mamíferos desenvolveram-se originariamente na terra, sua espinha 
dorsal é otimizada para correr, permitindo movimentos verticais, mas 
pequenos movimentos laterais. Além disso, os mamíferos marinhos nadam 
tipicamente movendo sua espinha para cima e para baixo. Por contraste, os 
peixes normalmente nada movendo sua espinha para os lados. Por esta razão, 
a maioria dos peixes têm uma nadadeira vertical na cauda, enquanto os 
mamíferos marinhos possuem nadadeira horizontal na cauda. 
Algumas das diferenças principais entre os mamíferos marinhos e outros 
habitantes marinhos são: 
 Mamíferos marinhos respiram ar, enquanto a maioria dos outros animais 
marinhos extraem o oxigênio da água. 
 Mamíferos marinhos possuem cabelo. Cetáceos possuem pouco ou 
nenhum cabelo, geralmente algumas poucas cerdas ao redor da cabeça 
ou boca. Todos os membros da ordem Carnivora têm uma camada de 
pele ou cabelo, mas são mais espessos e importantes para a 
termoregulação em lontras marinhas e ursos polares do que em focas ou 
leões marinhos. As densas camadas de pele contribuem para arrastar-se 
enquanto nada, tornando os mamíferos lentos, o que causa uma 
desvantagem na velocidade do nado. 
 Mamíferos marinhos possuem grossas camadas de gordura, usadas para 
isolar seus corpos e prevenir a perda de calor. Lontras marinhas e ursos 
polares são exceção, dependendo mais da pele pala se afastar da 
hipotermia. 
 
 
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A maioria dos mamíferos marinhos dão à luz um filhote por vez, e não são 
capazes de parir gêmeos ou ninhadas maiores. 
 
AVES MARINHAS 
 As aves oceânicas ou aves marinhas são aves adaptadas ao meio 
ambiente marinho, como os albatrozes, não se devendo confundir com 
as aves costeiras já que, ao contrário destas, apenas vêm a terra com a 
intenção de nidificar. Apesar da variedade de estilos de vida, 
comportamento e fisiologia, as aves marinhas exibem muitas vezes uma 
marcada convergência evolutiva, já que os mesmos problemas de 
adaptação ao seu ambiente e os mesmos nichos ecológicos alimentares 
resultaram em adaptações semelhantes. As primeiras aves marinhas 
evoluiram no Cretácico e as modernas famílias de aves marinhas 
emergiram no Paleogénico. 
 
Campos relacionados 
A biologia marinha está estreitamente relacionada com a oceanografia, com a 
biologia, com a zoologia, com a botânica (por causa das algas) e 
principalmente com a ecologia. 
A biologia pesqueira também está relacionada com a biologia marinha, no que 
diz respeito às pescarias marinhas, mas pode também ser considerada um 
ramo das ciências pesqueiras. 
Fonte: wikipédia. 2009 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Árvore Filogenética 
 
 
 
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Classificação dos invertebrados marinhos 
 
 
 
 
 
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 MINI CURSO TEÓRICO PRÁTICO DE IDENTIFICAÇÃO DE SERES MARINHOS 
 E BIODIVERSIDADE MARINHA 
 
 
Palestrante: 
Prof. Mst. Edris Queiroz – Biólogo Marinho 
Diretor e Pesquisador do IBIMM – Especialista em Biologia 
Marinha pelo IOC e Cebimar – USP 
 
 
Horas aulas: 08 horas 
Certificado, apostila, possibilidades de estágio no IBIMM 
 
Curso Teórico: Introdução de Biologia Marinha, Conceitos 
classificação dos organismos marinhos, Sistemática, fauna, micro 
fauna, macro fauna, invertebrados, vertebrados, equipamentos, 
geomorfologia. 
 
Curso Prático: Identificação de animais marinhos, caracterização 
das espécies por filo e classe, visualização microscópica de 
invertebrados, algas e crustáceos, identificação de conchas e 
moluscos. 
 
 
 
 
 
 
 
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Referências bibliográficas: 
 
 
Szpilman, Marcelo, 1961- 
Seres marinhos perigosos: guia prático de identificação, prevenção e tratamento, 
168p, 
Instituto Ecológico Aqualung – Rio de Janeiro – 1998. 
 
Carvalho, José Candido de Melo, 1914-1989 
Atlas da Fauna Brasileira. 3ª Ed. Ed. Atual – Cia. Melhoramentos: Brasília - DF 
 
Fotos de animais marinhos: Créditos: Cebimar – USP – www.cebimar.usp.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Classe Crustácea 
 
 Os crustáceos incluem as cracas, lagostins, camarões, caranguejos e seus 
afins. A maioria é marinha, mas muitos vivem em água doce ou salobra e 
poucos, como o tatuzinho-de-quintal, encontram-se em lugares úmidos na 
terra. Espécies aquáticas habitam diversamente a praia, rochas, plantas 
submersas ou mares abertos; muitas larvas e alguns adultos cavam, outros 
são pelágicos e poucos vivem em mar profundo. A grande maioria é de vida 
livre e algumas espécies gregárias ocorrem em grandes grupos. Os cirripédios 
são sésseis ou parasitas e certos outros crustáceos são comensais ou parasitas 
de vários animais aquáticos, de Hidróides até baleias. Algumas espécies 
parasitas são de tal forma modificada que sua posição de crustáceo é mostrada 
somente em seus estágios larvais. 
 Relações com o homem: A carne de certos crustáceos é muito apreciada 
como alimento humano. Camarões são capturados com arrastões, mas 
caranguejos, lagostas e lagostins são presos em armadilhas de arame, 
madeira ou rede, com iscas. O siri da costa atlântica é capturado e mantido em 
cativeiro até que mude e então é vendido na condição de casca mole. Os 
pequenos crustáceos que abundam na água salgada e doce são importantes 
elos no ciclo alimentar de muitos peixes e outros animais aquáticos úteis. 
Alguns Copépodos são hospedeiros intermediários de vermes parasitas do 
homem e de vários vertebrados. 
 
Crustáceos são os artrópodes que possuem uma crosta protegendo o corpo. Os 
principais representantes dessa classe são os camarões, as lagostas, os 
caranguejos e os siris, todos com 5 pares de patas. São decápodes ( deca= 
dez; podes= patas, pés).Na maioria dos decápodes, as 2 patas dianteiras são modificadas e bem 
desenvolvidas como adaptação à preensão de alimentos. Inclui animais 
tipicamente aquáticos, sendo a maioria marinha, outros vivem em água doce e 
poucos, como os tatuzinhos de quintal (jardim) são encontrados em lugares 
úmidos porem em terra. 
A importância da maioria das espécies está no fato de servirem como 
alimentos para animais maiores, sendo assim um importante elo nas cadeias 
alimentares que conduzem à peixes e outros animais aquáticos maiores. 
 
 
 
 
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MORFOLOGIA EXTERNA 
Se usarmos o camarão ou a lagosta como exemplo, 
notaremos que seu corpo se divide em duas regiões: 
Cefalotórax: apresenta-se como uma rígida 
estrutura, não articulada, resultante da fusão da 
cabeça e tórax, sendo que a região cefálica é 
constituída de 5 ou 6 segmentos e a região torácica 
de 8. 
Na região da cabeça um par de olhos penduculados 
e móveis, dois pares de antenas, o par mais curto é 
chamado de antênulas birremes e o longo de 
antenas; ambos são receptores de estímulos do meio ambiente. Ocorre 
também um par de mandíbulas para mastigação e dois pares de maxilas. 
 
Na região torácica encontramos cinco pares de apêndices (pernas torácicas), 
denominados PERIÓPODOS, são usados para andar sobre o fundo. 
ABDOME: é formado por diversos segmentos distintos e articulado. Seus 
apêndices (pernas abdominais) são denominados PLEÓPODOS, ajudam na 
respiração e carregam os ovos das fêmeas. Os últimos segmentos são 
estruturas achatadas; os dois laterais são denominados urópodos e o central, 
telso. Em conjunto eles formam um remo para natação. 
Obs - cada segmento do corpo é formado como nos insetos por 4 peças: 
 Um tergo 
 Um esterno 
 Duas pleuras 
MORFOLOGIA INTERNA 
Aparelho digestivo - é formado pela boca, esôfago, estômago dividido em 
duas partes: 1º- anterior denominada câmara cardíaca e a 2º- posterior 
chamada de câmara pilórica; Intestino médio, intestino tubular e ânus. Na 
câmara cardíaca existem dentes calcificados formando um moinho gástrico que 
ajuda na trituração dos alimentos. 
Aparelho circulatório - formado por um coração dorsal curto e irregular de 
onde saem seis artérias que se distribuem por todo o corpo. O sangue 
(hemolinfa) possui coloração azulada devido ao pigmento hemocianina, e volta 
ao coração pelos ostíolos. Este sistema circulatório é denominado aberto ou 
 
 
 
Lagosta:exemplo de 
Crustáceos 
 
 
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lacunar, porque o sangue não está sempre no interior dos vasos. 
Aparelho excretor - formado por um par de glândulas verdes, situadas na 
face ventral da cabeça, que se abre no meio exterior de um orifício próximo a 
base das antenas. As glândulas retiram restos orgânicos e sais da hemolinfa. 
São os únicos órgãos excretores dos crustáceos. Invertebrados aquáticos 
eliminam o nitrogênio como amônia, composto este altamente tóxico, porém 
rapidamente eliminado porque há sempre excesso de água. 
Aparelho respiratório - formado por vários pares de brânquias situadas nos 
dois lados de todos os segmentos torácicos. 
Sistema nervoso - consta de gânglios supraesofágico (cérebro, gânglio 
subesofágico e cordão nervoso ventral duplo. O gânglio subesofágico é 
resultante de fusão de 5 ou 6 pares de gânglios. 
Órgãos sensitivos - são estruturas que colocam o animal em contacto com o 
meio ambiente, são sensíveis ao tato, gosto, olfato e visão. 
A visão e dada pelos olhos compostos que são pedunculados e móveis. O tato 
é percebido pelos pêlos tácteis que se distribuem pelo corpo. O sentido 
químico, gosto mais olfato, reside em pêlos localizados nas extremidades das 
antenas, peças bucais e extremidade daquelas. 
Equilíbrio e orientação à gravidade são dados pelo estatocisto que é uma 
estrutura em forma de saco que se abre dorsalmente sob pêlos finos, no 
artículo basal de cada antênula. 
Muda - como o esqueleto é rígido, deve ser mudado periodicamente para 
permitir o crescimento do tamanho do corpo. 
órgão X, uma pequena glândula, produz hormônios que inibe a muda, 
enquanto que os hormônios do órgão Y induz a muda. 
Antes da muda um novo esqueleto mole cresce embaixo e separe-se do mais 
velho, músculo e outras estruturas dentro das extremidades amolecem e 
diminuem de volume. A velha cutícula então se abre dorsalmente, e o animal 
lentamente se retira deixando o revestimento aumentando o volume do corpo 
e distendendo a nova cutícula. 
Em camarão, por exemplo, ocorrem várias mudas que determina estágios 
larvais, onde os jovens são muito diferentes dos animais adultos. Estágios 
larvais do camarão: Nauplius, Protozoea, Zoea, Mysis e Adulto. 
 
 
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Regeneração- os crustáceos como os artrópodes em geral tem boa 
capacidade de regenerar partes perdidas. Quando se perde uma parte ela 
começa a ser regenerada na muda seguinte e cresce a cada muda, até ficar 
completa. 
Se arrancarmos o pedúnculo todo do olho, a regeneração pode ser defeituosa e 
não originar um novo olho, e sim um apêndice em forma de antena. 
Regeneração de uma parte diferente daquela que foi removida é chamada 
heteromorfose. A regeneração é tanto maior quanto mais jovem for o animal. 
CLASSIFICAÇÃO DOS CRUSTÁCEOS 
O número de patas é um bom critério, que permite dividir a classe dos 
crustáceos em duas ordens: 
 Decápodes, Isópodes 
Os decápodes são crustáceos de dez patas. 
Os Isópodes são crustáceos que possuem numerosas patas, todas 
semelhantes. O exemplo mais conhecido é um Isópodes encontrado em toda a 
costa litorânea do Brasil, conhecido por Tatuí, tatuíra ou tatuzinho de praia. 
 
Revestimento do corpo dos crustáceos: 
O esqueleto é um sistema encarregado da sustentação do corpo, tanto em 
vertebrados como em invertebrados; nos vertebrados, o esqueleto fica dentro 
do corpo, e nos invertebrados fica fora, revestindo o corpo. Dizemos, então, 
que os vertebrados têm endoesqueleto (esqueleto interno) e que os 
invertebrados têm exoesqueleto (esqueleto externo). 
 Dentre os artrópodes, os crustáceos são os que possuem exoesqueleto mais 
volumoso e mais desenvolvido; Ele forma a crosta, que deu nome aos 
crustáceos, e que reveste e protege o corpo desses animais. Essa crosta é 
constituída por quitina e carbonato de cálcio. 
 Externamente, podemos reconhecer duas partes no corpo dos crustáceos: o 
cefalotórax e abdômen (comentário acima). 
Subclasse Branchiopoda 
 
Ordem Cladocera - são conhecidos como pulgas d"água, devido a 
semelhança com aqueles insetos. Locomovem-se através das antenas 
transformadas em vigorosos órgãos de propulsão. 
Podemos encontrá-las em concentrações que variam de 100 a 100.000 por 
metros cúbicos de água. São de suma importância sob o aspecto ecológico, 
uma vez que representam a dieta principal dos peixes de água doce. 
 
 
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Ex. Daphnia pulex. 
 
Subclasse Ostracoda - 
Pequenos crustáceos muito comuns na água doce e do mar possuem o corpo 
não segmentado, completamente protegido por uma concha, constituído por 
duas valvas. Ex. Strandesia. 
Subclasse Copépoda 
Ordem Cyclopoidea - 
Pequenos crustáceos encontrados em freqüência nos lagos, riachos ou mares, 
onde servem de alimentos para outros animais. As fêmeas são reconhecidas 
facilmente quando estão com os sacos ovígeros. Alguns podem ser vistos a 
olho nu e reconhecidos pela maneira de locomoção que efetua por pequenos 
saltos. Ex. Cyclops. 
 
 
Subclasse Cirripédia 
Ordem Thoracica - São animais sésseis que se apresentam bem diferentesde 
outros crustáceos, sendo dificilmente reconhecidos como tais. Eles fixam-se 
pela região pré-oral, e tem seu corpo protegido por uma carapaça constituída 
por várias placas às vezes fundidas umas às outras. Dois tipos são encontrados 
nas águas litorâneas: as que possuem pedúnculo, conhecidas como Lepas, e as 
que não possuem conhecidas como Balanus (cracas).são vivíparas. 
 
 
Subclasse Malacóstraca 
Ordem Isopoda: - São representados pelos tatuzinhos de jardim (Porcellio e 
Armadillidium) e as baratinhas da praia (Ligia exotica).São crustáceos 
terrestres que apresentam sete segmentos torácicos distintos, cada um com 
um par de pernas.A respiração nos isópodos é feita através de apêndices 
abdominais modificados para esse fim. 
 
 
 
 
 
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Ordem Decapoda 
Caracterizam-se por apresentarem 5 pares de extremidades locomotoras. 
Nesta ordem estão os principais crustáceos, os mais evoluídos que entram na 
alimentação humana. 
 
Ex. camarões, lagostas, siris, caranguejos, etc. 
Interessante é uma espécie denominada Clibanarius 
vittatus também conhecido como paguro, caranguejo 
ou Bernardo-o-ermitão. Vive dentro de uma concha 
vazia de molusco. 
 
O siri é um dos animais dessa ordem mais 
consumido pelos seres humanos a maior diferença 
entre eles e os caranguejos estão nas patas 
traseiras. Nos siris tem a forma de remo, nos 
caranguejos, forma de garra. 
Basicamente podemos diferenciar nos adultos o 
desenvolvimento do apêndice abdominal, nas 
fêmeas é bem mais largo com relação ao dos 
machos. 
 
 
 
 
Caranguejo-branco-de-
areia 
exemplo de Crustáceo 
 
 
 
Siri-puã

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