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 Função Renal 
 Distúrbio Hidroeletrolítico 
 Equilíbrio Ácido Básico 
 *Tema 6; Módulo 1,2 e 3 - SAVA 
Profa. Ma. Vanessa Ferreira 
Introdução à função renal 
• Os rins, órgãos em forma de feijão, pesam cerca de 130g e medem 
aproximadamente 6x11x3cm. 
 
• Localizam-se abaixo do diafragma no espaço retroperitoneal, um pouco mais 
baixo à direita. 
 
• Têm um lado convexo e outro côncavo, onde se encontra o hilo renal, com 
vasos sanguíneos e linfáticos. 
Introdução à função renal 
Esquema mostrando as divisões macroscópicas do rim. 
Introdução à função renal 
Córtex renal 
Parte externa do rim, onde 
estão localizados os glomérulos 
e túbulos contorcidos. 
Medula 
Parte mais interna do rim, 
constituída pelas alças de 
Henle e pirâmides de Malpighi. 
Introdução à função renal 
1 Remoção de resíduos 
2 Manutenção do equilíbrio de eletrólitos 
3 Manutenção do equilíbrio acidobásico 
Funções: 
Introdução à função renal 
4 Regulação da pressão arterial 
5 Função endócrina importante 
6 Convertem a vitamina D 
Funções: 
Corte transversal do rim. 
Introdução à função renal 
Néfron 
• Unidade funcional do rim 
composto por: 
 
• Glomérulo - vários capilares 
sanguíneos recobertos por 
células epiteliais. 
 
• Complexo sistema tubular - 
desempenham a maioria das 
funções renais. 
Introdução à função renal 
Néfron 
Revestido pela cápsula de Bowman, contendo um polo vascular para 
entrada de vasos sanguíneos e um polo urinário, onde o líquido filtrado 
passa para o sistema tubular, transformando-se em urina. 
Glomérulo 
As células tubulares renais têm microvilosidades chamadas de borda em 
escova, com mitocôndrias alongadas no polo basal e vesículas que auxiliam 
no transporte; essas células circundam os capilares peritubulares vitais para 
o processo de excreção. 
Túbulo contorcido proximal 
Introdução à função renal 
Néfron 
Ramo descendente: células menores, poucas mitocôndrias e 
microvilosidades curtas, sem absorção. Ramo ascendente: células com 
muitas microvilosidades, abundantes mitocôndrias e dobras extensas na 
membrana basolateral, reabsorção significativa de íons e água. 
Alça de Henle 
Células similares ao ramo ascendente da alça de Henle e 
consequentemente um potencial de absorção parecido. Já o túbulo coletor 
é responsável pelo ajuste final da urina. 
Túbulo contorcido distal e túbulo coletor 
Introdução à função renal 
Néfron 
Néfron: corpúsculo renal e túbulos renais. 
Introdução à função renal 
Fisiologia Renal 
• A formação da urina depende: 
 
• Fluxo sanguíneo renal. 
• Filtração glomerular. 
• Reabsorção tubular. 
Avaliação da função glomerular 
• As doenças renais variam com a 
extensão e localização da lesão, e a 
alta quantidade de proteínas na 
urina sugere lesão glomerular. 
 
• Manifestações podem ser agudas ou 
crônicas e exames de imagem 
confirmam presença da lesão renal. 
 
• Função do glomérulo depende do 
fluxo sanguíneo e pressão; lesões 
glomerulares comprometem 
formação do ultrafiltrado. 
 
• Redução do suprimento sanguíneo 
afetam retenção de metabólitos e 
perda de substâncias pela urina. 
Glomérulo normal e outro com lesão 
glomerular. 
Avaliação da função glomerular 
• O teste de filtração glomerular (FG) mede a capacidade de filtração usando 
a fórmula da depuração, que calcula a quantidade de uma substância 
excretada na urina (u) multiplicada pelo volume urinário (v) em um 
intervalo de tempo (minutos), dividida pela concentração plasmática da 
substância (P). 
• A velocidade de filtração glomerular (VFG) pode ser ajustada pela superfície 
corporal do paciente através do fator de correção 1,73/A, onde 1,73 é a 
altura média do adulto e A é a superfície corporal do indivíduo avaliado. 
Avaliação da função glomerular 
Idosos, crianças e mulheres normalmente apresentam FG 
menor do que um homem adulto. Além disso, ocorrem 
variações também em relação a etnia. 
• A avaliação da função renal usa medições de creatinina urinária e sérica ou 
inulina, porém a coleta de urina por 24 horas é inconveniente. 
 
• Equações estimativas da taxa de filtração glomerular (TFG) substituem essa 
abordagem direta, usando dados demográficos e biomarcadores como 
creatinina plasmática. 
 
• Essas estimativas auxiliam os médicos a entender a função renal e 
determinar o estágio da doença, guiando o tratamento. 
Avaliação da função glomerular 
Valores de referência e estadiamento para indivíduos adultos. Adaptado de: Kanaan, 2019, p. 84 
Creatinina é toda excretada na urina. 
Avaliação da função glomerular 
Creatinina 
• A creatinina é o biomarcador funcional renal 
mais utilizado, refletindo a função renal e 
relacionando-se proporcionalmente à taxa de 
filtração glomerular (TFG). 
 
• Essa substância é produzida pelo corpo e é 
facilmente mensurada no plasma e na urina. 
 
• Completamente excretada pelos rins, a 
creatinina não é reabsorvida e tem uma 
concentração relativamente estável no 
sangue, ligada à massa muscular do indivíduo. 
Avaliação da função glomerular 
Creatinina 
• A concentração plasmática de creatinina sofre influências importantes, nos 
casos de: 
 
• Uso de medicamentos. 
• Rabdomiólise. 
• Secreção tubular alterada. 
• Excreção extrarrenal. 
• Exercício físico. 
• Alimentação. 
• Suplementação de creatinina. 
Avaliação da função glomerular 
Creatinina sérica 
• A dosagem da creatinina sérica é um indicador crucial da função renal, e um aumento na 
sua concentração sanguínea indica falência renal. 
 
• Esta avaliação é amplamente disponível globalmente, de baixo custo e permite estimar a 
depuração renal sem a necessidade de uma coleta de urina de 24 horas. 
 
• Valores de referência da creatina sérica: 
Homem 
0,6 a 1,2mg/dL 
Mulher 
0,5 a 1,1mg/dL 
Criança 
0,3 a 0,7mg/dL 
Avaliação da função glomerular 
Creatinina sérica 
• A fórmula de Cockcroft & Gault calcula o Clearance de creatinina, usando 
como parâmetros o sexo, a idade (anos), creatinina plasmática (mg/dL) e o 
peso (kg). 
Avaliação da função glomerular 
Uréia 
Alta concentração 
sérica de ureia 
Pode significar a necessidade de 
diálise, além de outros possíveis 
fatores como depleção de água. 
Baixa concentração 
sérica de ureia 
Associada à gravidez, desnutrição, 
dieta inadequada de proteínas ou 
ao abuso de álcool. 
A ureia é produzida pelo fígado a partir da metabolização de proteínas, passando pelo 
ciclo da ornitina, e é eliminada pelos rins e outros fluidos corporais. 
Avaliação da função glomerular 
Uréia 
• Em pacientes com disfunção hepática grave, a produção de ureia é afetada, 
levando a baixos níveis sanguíneos, o que dificulta sua utilização isolada na 
avaliação da função renal. 
 
• Por outro lado, pacientes com disfunção renal têm altos níveis de ureia no sangue, 
pois não conseguem excretá-la adequadamente. 
 
• Valores de referência da uréia sérica: 
Adultos 
10 a 20mg/dL 
Crianças 
5 a 18mg/dL 
Avaliação da função glomerular 
Uréia 
Na uremia pré-renal, o rim reabsorve mais ureia em situações de desidratação 
ou hipovolemia, o que pode aumentar sua concentração mais que a creatinina, 
e uma relação ureia/creatinina acima de 40 indica uremia pré-renal. 
Atenção! 
Ureia e creatinina são biomarcadores fundamentais para monitorar a 
função renal, ajudando a distinguir entre hiperuremia pré-renal, renal 
e pós-renal. 
Avaliação da função glomerular 
Uréia 
Uremia renal, pré-renal ou pós-renal levando em conta a relação U/C. Adaptado de: Barcelos; Aquino, 2018, p. 
105 
Avaliação da função glomerular 
Hematúria Glomerular 
Hematúria 
macroscópica 
Hematúria 
microscópica 
É identificada por 3 a 5 hemácias por campo microscópico em urina 
centrifugada, podendo ser microscópica ou macroscópica, dependendo da 
intensidade. 
Avaliação da função glomerular 
Hematúria Glomerular 
É comum em várias doenças renais, como glomerulonefrites, e é reconhecida 
pela presença de hemácias com dimorfismo ou fragmentadas nosedimento, 
associada à proteinúria e cilindros hemáticos. 
Hemácias dimórficas (esquerda) e cilindro hemático (direita). 
Avaliação da função glomerular 
Hematúria Glomerular 
Atenção! 
A presença de hemácias na urina pode ser normal quando inferior a 
500 mil eritrócitos em 12 horas ou até 3 por campo, podendo ser 
observada após exercícios intensos, atividade sexual, traumas ou, em 
mulheres, devido a resíduos menstruais. 
Avaliação da função glomerular 
Proteinúria 
• É a presença de grande quantidade de 
proteínas na urina (maior que 150mg 
em 24 horas), incluindo albumina e 
outras proteínas fisiológicas. 
 
• Encontramos alterações na excreção 
de proteínas em: 
 
• Estados patológicos: Lúpus 
Eritematoso Sistêmico (LES); 
neoplasias; infecções bacterianas, 
fúngicas e virais; entre outros. 
 
• Estados fisiológicos: gravidez, 
exercícios intensos, dietas ricas 
em proteínas, entre outros. 
Proteína de Uromodulina. 
Avaliação da função glomerular 
Proteinúria 
Síndrome nefrótica 
Perda excessiva de proteínas na 
urina (mais de 3g em 24 horas), 
levando a baixos níveis de albumina 
e inchaço por todo o corpo. 
Síndrome nefrítica 
Presença de diferentes níveis de 
proteínas na urina junto com 
sangramento (hematúria) e 
cilindros formados por sangue ao 
ser examinada microscopicamente. 
Avaliação da função tubular 
Densidade Urinária 
• É a concentração de solutos na urina, 
importante para avaliar a concentração 
urinária e a função renal. 
 
• Pode ser medida com refratômetro 
manual ou tiras reagentes; estas 
mudam de cor com base na 
concentração iônica. 
 
• Coletar a primeira urina da manhã 
após privação de líquidos, mas fatores 
como pH, proteínas, glicose e corpos 
cetônicos podem influenciar o 
resultado. 
 
• Valores de referência para adultos: 
1005 a 1030. 
Tiras reagentes utilizadas para exames de 
urina. 
Avaliação da função tubular 
Glicosúria 
• Ocorre em diabetes mellitus, gravidez, 
síndrome de Fanconi e intoxicação por 
metais pesados. 
 
• Na urina normal, a glicose é 
reabsorvida, mas níveis altos no 
sangue podem levá-la a aparecer na 
urina. 
 
• Análise de glicose na urina usa tiras 
reagentes e mostrando cores de azul a 
marrom-escuro em reações positivas. 
Avaliação da função tubular 
pH urinário 
• O pH da urina reflete o equilíbrio ácido-base no corpo, controlado pelos 
túbulos renais. 
 
• Alterações no pH urinário podem indicar lesões nessa parte do néfron. 
 
• Medido por tiras reagentes, o sistema usa vermelho de metila e azul de 
bromotimol, exibindo cores de laranja a azul para indicar diferentes níveis de 
pH. 
 
• Valores de referência do pH urinário: 4,6 a 8. 
Avaliação da função tubular 
pH urinário 
Valores elevados do pH 
urinário 
Ocorrem devido a alcalose por dieta 
vegetariana, infecções urinárias, 
amostra expirada ou contaminada 
Valores diminuídos do pH 
urinário 
Pode ocorrer em doenças como 
diabetes mellitus, pneumonia e uso 
de certos medicamentos. 
Resposta 
1. Qual fórmula utilizar? 
2. Qual diagnóstico do paciente? 
3. Qual estágio e comprometimento da função renal? 
Paciente J. P. V, 81 anos, 78 kg, internado em unidade hospitalar com 
quadro de pneumonia bacteriana, apresentando resultado de creatinina 
sérica de 2,0 mg/dL e ureia de 43 mg/dL. 
Calcule o Clearance de creatinina: 
 Caso Clínico Aula 7

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