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Ornitopatologia ADRIANI MENDONÇA 1 ASPECTOS ECONÔMICOS DA AVICULTURA NO BRASIL E NO MUNDO INSTALAÇÕES PARA GALINHAS POEDEIRAS E BEM-ESTAR ANIMAL Mundialmente, a produção de ovos está em grande evidência devido às questões oriundas dos consumidores, das Organizações Não Governamentais, dos próprios produtores e da sociedade em geral. Os grandes questionamentos referem-se aos alojamentos dos animais, nas diferentes tipologias existentes em relação ao espaço de criação, e ao comprometimento dos comportamentos naturais das espécies. Além de todas as questões, existem as questões mercadológicas envolvendo toda cadeia produtiva do ovo, sendo que este processo requer uma reflexão sobre os possíveis modelos que mais se adequam à realidade de cada país, considerando suas condições edafoclimáticas, suas características territoriais, seu mercado internacional e, consequentemente, a escala de produção. SISTEMA DE PRODUÇÃO DE OVOS EM GAIOLAS SISTEMA DE PRODUÇÃO CONVENCIONAL: sistema que utiliza gaiolas em bateria para alojamento das aves, cujo espaço mínimo indicado por ave é igual ou superior a 350 cm2, ela só consegue abrir e fechar o braço. SISTEMA DE PRODUÇÃO EM GAIOLAS MOBILIADAS: sistemas que utiliza gaiolas mobiliadas com poleiro, ninho, tapete e lixa para desgaste de unhas cujo espaço livre individual por ave não seja inferior a 750 cm2. (um pouco melhor que a convencional que tem só a gaiola. 1570cm quadrado por animal, sendo ainda muito pouco) SISTEMA DE PRODUÇÃO LIVRE DE GAIOLA: sistema que utiliza aviários sem gaiolas para alojamento das aves, onde elas dispõem minimamente de piso de cama, poleiros e ninhos. Estes podem ser em nível único ou níveis múltiplos. (ficam solta num alojamento e tem quartos para descansarem, Vantagem: consegue se expressar muito mais) SISTEMA DE PRODUÇÃO CAIPIRA OU COLONIAL: aves mantidas em galpões com acesso a área externa (piquete) para pastejo, respeitando as densidades de alojamento de 7 (sete) aves por metro quadrado no ambiente do aviário e 2 (duas) aves por metro quadrado na área externa. (Consegue sair para uma área livre) (Desvantagem: Raposas e gaviões, outros animais podem caçar as galinhas, outras aves podem ter acesso ali e trazer doenças. Durante a noite elas não ficam soltas, por segurança) Ornitopatologia ADRIANI MENDONÇA 2 A produção brasileira de carne de frango cresceu 4,5% em 2020, no comparativo com o ano anterior, fechando com um volume total de 13,845 milhões de toneladas. Nas exportações, o país embarcou 4,231 milhões de toneladas no ano passado, obtendo uma receita de US$ 6,097 milhões. O relatório mostra o Paraná como líder nacional em produção, com 35,47%, seguido por Santa Catarina (14,88%) e Rio Grande do Sul (14,02%). Os três Estados do Sul também lideram nas exportações, respectivamente, Paraná (40,19%), Santa Catarina (23,39%) e Rio Grande do Sul (16,45%). A produção de carne de frango no Brasil cresceu, quase 8%. Abates são feitos nas cooperativas, animais só vão ali para fazer o abate e depois são transportados para outros locais conforme o produto. Cooperativa: Você dá a mão de obra, veterinário faz a vigilância, uma vez ou duas vezes no mês o veterinário vai lá e faz a vigilância para ver se está seguindo as regras. NOÇÕES DE ANATOMIA E FISIOLOGIA DAS AVES A orofaringe é uma cavidade em comum para o sistema digestivo e respiratório, que vai do bico até a entrada do esôfago. As aves não possuem palato mole... O estômago de aves que se alimentam de peixes (piscívoras) e de carne (corujas, gaviões, águias, abutres) é um órgão de estocagem para a digestão química de uma dieta macia. Já as aves herbívoras (galinhas, gansos) possuem um estômago adaptado à redução mecânica, com uma musculatura poderosa, devido ao consumo de uma dieta que é mais resistente (DYCE et al., 2010) O estômago é dividido por uma constrição (istmo) em um estômago glandular denominado de pro ventrículo e um estômago muscular, chamado de moela. BIOSSEGURIDADE NA AVICULTURA BIOSSEGURANÇA: Indica normas e procedimentos relacionados a saúde humana, estes são permanentes e normalmente inflexíveis, a não ser para se tornarem ainda mais restritivos. BIOSSEGURIDADE: Conjunto de procedimentos técnicos imprescindíveis que visa de forma direta e, indireta prevenir, diminuir ou controlar os desafios gerados na produção de animais frente aos agentes patogênicos que possam ter impacto na produtividade destes rebanhos e/ou na saúde dos consumidores. (Saúde animal. Aqui são normas flexíveis, quando se dá muita abertura, a chance de dar errada aumenta, então Ornitopatologia ADRIANI MENDONÇA 3 assumimos riscos. Não tem prevenção de 100%, só faz a biosseguridade para o animal não ficar doente. Normas de fazer visita técnica, do produtor não entrar ali, da inspeção) PROVA BIOSSEGURANÇA: Saúde Humana, normas permanentes, 0% de riscos, 100% de proteção, princípios de precaução. (Relacionado com o ser humano, normas para todo mundo igual) BIOSSEGURIDADE: Saúde animal, normas flexíveis, riscos assumidos, prevenção e seguridade, medicina veterinária preventiva. (Relacionado a saúde do anima, tem normas flexíveis) NA PRÁTICA DA PRODUÇÃO Significa a implantação e desenvolvimento de um conjunto de políticas e normas operacionais rígidas que terão a função de proteger os rebanhos de quaisquer tipos de agentes infecciosos. (Moretti, 2007) É um conjunto de medidas e procedimentos de cuidados com a saúde do plantel, aplicados em todas as etapas da criação, interagindo com os diversos setores que compõe o sistema produtivo (Jaenisch, 2004). Afinal, o que precisamos? • Viabilizar uma produção rentável; • De alta qualidade; • Protegendo a saúde humana TENHAM EM MENTE: As medidas de biosseguridade funcionam integradas, requer muita disciplina e são caras. É um investimento que preserva a saúde do rebanho, prioridade de um sistema de produção. Prevenir sempre foi e sempre será mais viável do que qualquer tipo de perdas causadas por enfermidades. Um programa planejado permite uma cultura de higiene dentro do setor de produção animal, cujos benefícios obtidos se evidenciam na melhor conversão alimentar, melhor ganho de peso diário, redução do uso de vacinas e medicamentos e, consequentemente, redução da mortalidade e garantindo assim, bem-estar animal. As boas práticas contempladas no programa biosseguridade devem ser revisadas rotineiramente e modificadas de acordo com mudanças nos objetivos e econômicos, legais e de produtividade do sistema de produção animal em questão. Desde o começo da instalação devemos seguir isso OITO PONTOS CRÍTICOS: Ornitopatologia ADRIANI MENDONÇA 4 1. Isolamento (não pode ser muito longe do abatedouro pois vamos ter muito estresse) 2. Higienização (pensar em como vamos realizar a limpeza, da granja, pessoas que entra) 3. Controle de tráfego/fluxo (controlar quem entra e quem sai) 4. Quarentena, vacinação e medicação (local afastado onde vamos fazer a introdução na granja) 5. Monitoramento 6. Erradicação de doenças (tem que ser 100% livre de doenças) 7. Auditoria e atualização (temos que ter fiscalização MAPA) 8. Educação continuada (como médicos veterinários devemos orientar as pessoas) Localização e isolamento das granjas: • Local tranquilo • Distante de outras propriedades do mesmo setor • Distante de frigoríficos e abatedouros • Protegida por barreiras naturais e físicas • Obedecida a direção do vento Local tranquilo, sem barulho, distante de outras propriedades do mesmo setor, se tiver galinhas poedeiras, precisa ficar distante de outros setores que também tenham galinhas poedeiras, por conta das doenças, pode contaminar a granja por culpa do vizinho,pois não sabe se o vizinho também faz o controle. Pensar em distância de frigorifico e de abatedouros, se ficar muito distante elas chegam nos locais mortas, então precisa ser o mais próximo. Protegidas por barreiras naturais e físicas: Barreiras naturais são arvores, a arvore protege do vento, dependendo do local o vento é muito alto. Controle de temperatura, as arvores ajudam também no controle de temperatura. Granja heterogênea, galinhas separadas, temperatura boa. Se elas ficarem juntas, é porque tem algo ruim, frio ou alimentação. Elas precisam ficar totalmente separadas. Tomar cuidado com o tipo de arvore, arvores frutíferas atraem outros animais principalmente morcegos. Sol nasce no Leste e acaba em oeste, então piscina desejamos que ela fique aquecida no final do dia.. o Sol estando em cima dela, então tem que pensar nisso na hora de construir uma granja. Ao 12h o sol precisa estar em cima da granja. Direção do vento: Se agradável, manter assim, mas se for mt intenso, precisa colocar obstáculo, o vento bate e volta em menor velocidade. Barreiras naturais, como arvores. Na portaria consta o livro de entrada de veículos com as informações cedidas pelo motorista. Pédiluvio: Solução desinfectante, saiu do banheiro, pisa ali. Óculos de proteção: Agua e sabão e depois o Álcool. Pois o álcool serve para fixação, então tem que lavar primeiro, dps jogar álcool. Clorex e dps álcool, ou iodo e dps álcool. Lavar as mãos de cima pra baixo. O Ministério da Agricultura (MAPA), determinou na Instrução Normativa nº 4/1998 as distancias mínimas a serem observadas entre a granja de matriz e outros estabelecimentos, sendo definidas as seguintes medidas: • Distância entre Granja e Abatedouro: 5.000m • Distância entre Bisavozeiro e Avozeiro: 5.000m • Distância entre Matrizeiros: 3.000m • Distância entre Núcleos e Limites Periféricos da Propriedade: 100m • Distância entre Núcleo e Estrada Vicinal: 500m • Distância entre Núcleos de Diferentes Idades: 500m Ornitopatologia ADRIANI MENDONÇA 5 • Distância entre Recria e Produção: 500m A distância mínima entre aviários do mesmo núcleo, é o dobro da largura dos aviários. DESINECÇÕES • Cerca periférica com entrada única • Sistema de desinfecção de pessoas e veículos • Embarcadouro junto à cerca periférica Na portaria consta o livro de entrada de veículos com as seguintes informações, assim cedidas pelo motorista: • Nome do motorista • Empresa • Local de origem • Cidade • Data • Processo de desinfecção na origem Caso a propriedade não tenha o arco de desinfecção, deverá um funcionário realizar a aspersão do produto desinfetante em todo o veículo, e aguardar alguns minutos para o Dispor de um sistema de desinfecção para a introdução de materiais e equipamentos na granja. Mediante ao agendamento da visita o responsável pela granja deve verificar a real necessidade da visita técnica que realmente seja necessário para agregar valores que comprometem a produção, deve ser comunicado com antecedência sobre o histórico do período de vazio sanitário a ser cumprido. Ornitopatologia ADRIANI MENDONÇA 6 Logo na saída do banho deverá haver um pedilúvio com solução desinfetante, onde os mesmos devem ser repostos de acordo com a utilização. Óculos devem ser lavados com água e sabão, e em seguida deverá ser passado uma solução de álcool 70% para desinfecção. O processo de limpeza e desinfecção das instalações confere uma vez executado a diminuição de microorganismos no ambiente e sanidade dos próximos lotes a entrar nas baias. Uma vez que o ambiente está contaminado, a percentagem da contaminação dos novos animais é muito grande Limpeza do local: Check-list para lavagem do local. Usou veneno e encontrou pragas mortas, precisa anotar para entender que está entrando as pragas de algum local, investigar da onde veio o local. A granja é toda fechada, se ele entrou é pq tem um local aberto, barata a mesma coisa. Programa de vacinação, as vacinas são feitas na asa do animal, IM no peito ou aspersão, jogar vacina diluída. PROGRAMA DE VACINAÇÃO Deve ter foco no controle dos desafios sanitários intercorrentes na região e basear-se em resultados técnicos e laboratoriais. (As vacinas podem ser colocadas na água, vaporizar, ou no peito delas) Ornitopatologia ADRIANI MENDONÇA 7 ENFERMIDADES • Salmonelose aviária • Pasteurelose • Micoplasmose • Coriza aviária • Estafilococose ENFERMIDADES VIRAIS • Bouba aviária • Bronquite infecciosa • Laringotraqueíte infecciosa • Anemia infecciosa das galinhas • Síndrome da queda de postura • Influenza aviária • Doença de Gumboro • Doença de Newcastle • Doença de Marek • Artrite aviária ENFERMIDADES PARASITÁRIAS • Coccidiose aviária • Histomonose • Ascaridiose • Heterakis • Taenias • Ectoparasitoses Colibacilose A Escherichia coli é uma bactéria que habita naturalmente o intestino das aves. (porém não são todas as E.Colli que são patogênicas) Amplamente disseminada na pele e penas. Na verdade, em todo o ambiente do aviário: fezes, cama, poeira, alimentos, água, ácaros, insetos… É uma velha conhecida, presente em toda a história da avicultura brasileira — e mundial. (Qualquer fator de estresse ou imunológica as bactérias podem proliferar e o animal pode ficar totalmente doente. Ela pode se proliferar para todo o ambiente também) As aves já têm essa bactéria presente no organismo, qualquer fator de estresse ou imune, essas bactérias se proliferam, e então temos um animal doente. Por isso, temos muitos relatos de Colibacilose, um problema atual na avicultura Brasileiras, porque essa bactéria habita naturalmente no intestino dessas aves. Ela consegue disseminar por todo o ambiente. Amplamente disseminada na pele e penas, e também na água. Diarreia intestinal por E.colli, ingestão de água, água contaminada. Essa bactéria fica em cama, poeira, ácaros, insetos. 10 a 15% dos colif0ormes das aves normais, podem ser sorotipos potencialmente patogênicos, ou seja, a flora intestinal da ave, 10 a 15% pode ser presente de E.colli patogênico, por isso, devemos tomar cuidado com o probiótico que vamos introduzir naquele animal, o correto é dar o próprio da espécie, para não modificar a flora intestinal. Qualquer que interfere nesse fator que leva essa ave diminuir a imunidade, ela prolifera. Fator Produção de aves: Aumento na mortalidade e morbidade das galinhas, menor ganho de peso (fator de absorção, não consegue absorver nutriente Ornitopatologia ADRIANI MENDONÇA 8 suficiente não ganha peso), e então apresente muitos sintomas, dificuldade respiratório, diarreia e perda de peso. Aumento da conversão alimentar: ganho de massa muscular. Começa lesionar o intestino, baixa absorção, então precisa dar mt mais alimento pra galinha, pra no futuro ela chegue no peso ideal para abate, por isso precisamos do aumento da conversão alimentar. Além disso, falta de uniformidade do lote, galinha der todos os tamanhos, galinhas grandes e pequenas, e então olhamos o lote e vemos vários tamanho, isso é ruim pois demonstra para o comprador que os animais não estar sadios. Precisa de lote padronizado de tamanho. Aumento no custo de medicações, precisa gastar mt mais de medicação para tratar as galinhas, e por consequência, elas não vao para abate, tendo prejuízo economicamente. Por precisar abater todas, por conta de não estarem sadias, compensa abater do que tratar. O produto não vale a pena, então não compensa tratar e sim abater, e não por ser uma doença zoonótica. Compensa abater e iniciar um novo lote. Se é MATRIZ, não abatemos, para não perder a genética do lote. Ai tentamos tratar porque financeiramenteela tem uma melhora genética, então precisamos tratar e não abater. MORBIDADE: 1 a 75% MORTALIDADE: 10%, chegando a 50% SALPINGITE: Processo inflamatório do oviduto. Jovens de 4 a 9 semanas de idade temos quadros respiratórios Segundo Disease of Poultry (2020), de 10 a 15% dos coliformes intestinais de aves normais podem pertencer a sorotipos potencialmente patogênicos • Diferença entre as amostras patogênicas e aquelas não patogênicas. As APECs (do inglês Avian Pathogenic E. coli) estão associadas à colibacilose e têm sido um grande problema para a produção de frangos de corte. • No aumento da mortalidade e morbidade (é a taxa de portadores de determinada doença em relação à população total estudada) • No menor ganho de peso; • No aumento da conversão alimentar; • Na falta de uniformidade do lote; • No aumento dos custos com medicações; • No aumento da condenação no abatedouro EPIDEMIOLOGIA A morbidade e mortalidade são bastante variáveis. Brasil variações: Da morbidade de 1 a 75% Mortalidade média de 10%, podendo chegar a 50% Aves de qualquer idade. + frequente entre a 6ª e a 10ª semanas de vida. Aves adultas: salpingite Jovens, entre 4 e 9 semanas de idade: quadros respiratórios Alguns fatores são predisponentes para o surgimento da Colibacilose: • Nutricionais: Avitaminoses Alimentação deficiente em nutrientes específicos (formulação) • Infecciosos: envolvendo vírus respiratórios ou outros agentes bacterianos. • Parasitários: especialmente a eimeriose subclínica, a criptosporidiose respiratória e verminoses em geral. Manejo incorreto: • Insuficiente de bebedouros e comedouros. • Ventilação. • Temperatura ambiente inadequadas. • Cama úmida. • Alta densidade Ornitopatologia ADRIANI MENDONÇA 9 ETIOLOGIA Escherichia Coli Gram negativa Anaeróbica facultativa (as vezes ela precisa de não oxigênio) Móvel ou imóvel (consegue se locomover ou não) Habitante normal dos intestinos Em diversas espécies Roedores e Aves Silvestres Podem reservatório da bactéria. Os sorotipos mais importantes para as aves são: • 01 • 02 • 05 • 011 • 078 Em Galinhas é o 078: k80 PATOGENIA A principal porta de entrada é o trato respiratório superior, onde as fímbrias se aderem às células ciliadas do epitélio da faringe e traqueia e se multiplicam, passando para a corrente sanguínea e se disseminando para os sacos aéreos e outros tecidos como fígado, coração, pulmão. O agente se adere na célula hospedeira através do antígeno fimbrial (F), enquanto o antígeno capsular (K) promove a resistência ao Sistema Complemento. SINAIS CLÍNICOS Pode se apresentar de várias formas: • Síndrome da cabeça inchada • Doença crônica respiratória • Onfalite Dificuldade respiratória, espirros, ronqueira, prostração, diminuição do consumo de ração, inapetência, diarreia e desuniformidade no lote. • Salpingite – É um processo inflamatório do oviduto Ornitopatologia ADRIANI MENDONÇA 10 • Celulite – É um processo infeccioso, inflamatório purulento, que, através de bactérias, invade o tecido subcutâneo devido ao rompimento da integridade da pele (cortes, arranhões ou outras abrasões. DIAGNÓSTICO Isolamento de uma cultura Técnicas moleculares (PCR) Observação: Doença de Notificação Mensal de qualquer caso confirmado. PREVENÇÃO E CONTROLE Deve-se corrigir: • Manejo. • Nutrição. • Higiene com um correto programa de desinfecção do galpão e equipamentos. Os programas de vacinação incluem duas doses de vacinas inativadas, com intervalos médios de 5 semanas. TRATAMENTO • 90% das cepas são sensíveis ao danofloxacin e enrofloxacina • 80% a apramicina • 60% ao lincospectin • 57% ao cloranfenicol • menos de 50%: a tetraciclinas, sulfa/trimetropim e ácido oxolínico NECROPSIA • Aerossaculite, • Traqueíte, • Pericardite, • Hepatomegalia, • Esplenomegalia, • Peritonite, • Artrites e Celulite. • Salpingite Onfalite. Coriza Aviária INTRODUÇÃO O impacto econômico causado por doenças respiratórias é de grande importância na criação de frangos de corte. A busca constante de melhorias tem estimulado as empresas a investirem em programas vacinais, biosseguridade e manejos preventivos. Uma doença que até o pouco tempo era considerada apenas de propriedades com baixa biosseguridade tem preocupado criações de alta tecnologia: Coriza Infecciosa (CI) EPIDEMIOLOGIA Distribuição Mundial Regiões de clima temperado e tropical No Brasil, sua ocorrência é maior nas regiões sul e sudeste O período de incubação é de 24 a 48horas A transmissão ocorre pelo contato com doentes e portadores Aerossóis, fômites e através da água A morbidade é alta A mortalidade na coriza infecciosa é baixa Aumenta quando associada com bronquite infecciosa, larigotraqueíte, micoplasmose, colibacilose e cólera aviária. Acompanhado de outras doenças respiratórias, que formam a chamada Síndrome Respiratória. Aves adultas Período frio Problemas de manejo como ventilação inadequada, ar frio e umidade. O período de incubação é de 24 a 72 horas. Quando não há infecção secundária, o curso da doença em surtos de campo ocorre de 2 a 3 semanas Ornitopatologia ADRIANI MENDONÇA 11 ETIOLOGIA Avibacterium paragallinarum Gram-negativo Imóvel Pouca resistência no meio ambiente. Apresenta três sorotipos: A (Brasil), B e C. SINAIS CLÍNICOS Pode se apresentar de várias formas: Corrimento nasal com odor desagradável, sinusite, conjuntivite e edema da face e barbelas, dispneia, espirros, anorexia, lacrimejamento abundante e diminuição na produção de ovos. Além dos sinais clínicos clássicos: Pode apresentar sinal clínico neurológico: • Desorientação • Opistótono • Torcicolo. Isso se deve principalmente a: otite média, otite interna e meningoencefalite. • Opistótono • Torcicolo Esse sinal clínico NEUROLÓGICO pode causar espanto para muitos, por assemelhar-se à doença de Newcastle DIAGNÓSTICO Diagnóstico Presuntivo. Baseia-se nos achados clínicos característicos da doença Isolamento é difícil Sensível fora do hospedeiro e crescimento lento. Sorológico e Molecular (PCR): +++ Observação: Doença de Notificação Mensal de qualquer caso confirmado. Salmonelose ETIOLOGIA • Família Enterobacteriaceae • Gênero Salmonella • Gram negativos • Aeróbios e Anaeróbios facultativos Móveis por flagelos - Exceção da sorovariedade Gallinarum - Pullorum Pullorum (S. Pullorum), S.e.e. sorovariedade Gallinarum (S. Gallinarum), S.e.e. Typhimurium (S. Typhimurium) Ornitopatologia ADRIANI MENDONÇA 12 • 2.500 sorovariedades foram caracterizadas, e o número continua crescendo Seres humanos ao consumirem alimentos provenientes de aves contaminadas por S. Gallinarum e/ou S. Pullorum não adoecem, ou seja, estes sorovares não afetam a saúde humana, são considerados de importância para a saúde animal. Os seres humanos podem adoecer ao consumirem alimentos contaminados por outros sorovares como, por exemplo, Salmonella Enteritidis e Salmonella Typhimurium, que são os principais sorovares de impacto em saúde pública. TRANSMISSÃO E DOENÇA 1. Pulorose: causada pela Salmonella enterica subespécie enterica sorovar Gallinarum biovar Pullorum. 2. Tifo aviário: causada pela Salmonella enterica subespécie enterica sorovar Gallinarum biovar Gallinarum PULOROSE – AGENTE ETIOLÓGICO • Salmonella entérica subsp. Enterica sorovar Gallinarum biovar Pullorum • Aves nas 2-3 primeiras semana de vida • Transmissão vertical transovariana e durante o nascimento e primeiros dias de vida. SINAIS CLÍNICOS • Tristeza • Respiração dificultada • Penas eriçadas • Amontoamento • Asas caídas • cabeça pesada • sonolência• falta de apetite • Fezes esbranquiçadas aderidas ao redor da cloaca, crescimento retardado (PROVA) • A aves adultas não apresentam sintomas externos visíveis da doença ATENÇÃO • As aves que sucumbem no nascimento ou nos primeiros dias de vida tornam-se FONTES DE INFECÇÃO para as demais, que podem se tornar portadora da bacteriária e, quando adultas (reprodutoras), produzirem ovos contaminados via ovário. TIFO – AGENTE ETIOLÓGICO • Salmonella entérica subsp. Enterica sorovar Gallinarum biovar Gallinarum • Aves de qualquer idade – mas é mais comum em aves adultas • Transmissão pela bicagem de carcaça de aves que sucumbiram ao tifo aviário. SINAIS CLÍNICOS • Prostração • Sonolência • Inapetência • Diarreia esverdeada aderida as penas e cloaca • Queda na postura e mortalidade de até 80% do lote em algumas aves adultas em produção PARATIFO • Qualquer outra salmonela que não sejam os biovares Gallinarum e Pullorum • Aves de qualquer idade • Transmissão vertical: via ovário ou via contaminação fecal do ovo ao passar pela cloaca (o ovo é poroso e a chance de contaminar é mais alta) • Consumo de alimentos contaminados SINAIS CLÍNICOS • Os principais sinais apresentados em pintinhos são sonolência, desidratação, penas arrepiadas, asas caídas, amontoamento e diarreia. • Em aves adultas ocorre a inapetência, queda de postura e diarreia. Ornitopatologia ADRIANI MENDONÇA 13 DIAGNÓSTICO • Para o diagnóstico sorológico, as aves são testadas por soroaglutinação rápida (SRP; anticorpos no soro) • O diagnóstico de Salmonella pode ser feito pela detecção do DNA bacteriano. (PCR) • Suabe cloacal, fezes, material de cama, órgãos (fígado, baço, gema), cecos, traqueia • Observação: Notificação imediata de qualquer caso confirmado de Salmonella Gallinarum, S. Enteritidis, S. Pullorum e S. Typhimurium. As outras salmoneloses são de notificação mensal de qualquer caso confirmado. (tem notificação obrigatória porque acaba causando alteração nossa) TRATAMENTO • Nenhum tratamento é 100% efetivo. Em geral, reduzem a mortalidade, mas permanecem aves portadoras. É importante realizar antibiograma antes da escolha do medicamento PROGRAMA NACIONAL DE SANIDADE AVÍCOLA • Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA) determina a erradicação das quatro principais sorovariedades (S. gallinarum, S. pullorum, S. typhimurium e S. enteritidis) dos plantéis reprodutores da avicultura tecnificada, por seu impacto econômico e em saúde pública. • Em ocasiões especiais, poderá ser utilizada a vacina contra S. enteritidis em matrizes, sob a coordenação do Mapa. INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº - 20, DE 21 DE OUTUBRO DE 2016 • Art. 3º Os estabelecimentos avícolas comerciais de frangos e perus de corte deverão implementar um programa de controle e monitoramento para Salmonella spp. nos seus plantéis avícolas. • Art. 4º Para fins de controle de Salmonella spp., de que trata o art. 3º desta Instrução Normativa, todos os lotes de frangos e perus de corte dos estabelecimentos avícolas comerciais serão submetidos a coletas de amostras para a realização de ensaios laboratoriais para detecção de salmonelas, segundo metodologia oficial utilizada pela Coordenação-Geral de Laboratórios Agropecuários, da • Art. 5º As coletas de amostras de que trata o art. 4º desta Instrução Normativa serão realizadas o mais próximo possível da data do abate do lote das aves, de tal maneira que os resultados sejam conhecidos antes do seu envio para o abate. • Art. 50. Após serem coletadas, as amostras serão acondicionadas e enviadas o mais breve possível ao laboratório, mantendo a temperatura entre zero grau centígrado e oito graus centígrados, aceitando uma variação de um grau centígrado a mais ou a menos. Ornitopatologia ADRIANI MENDONÇA 14 Pasteurella multocida – cólera aviária ETIOLOGIA • Bactéria: Pasteurella Multocida • Gram Negativa • Altamente Contagiosa, rapidamente pelo plantel • Anaeróbica e Aeróbicos Facultativa • Acomete aves domésticas - galinhas, patos, • Cinco sorotipos capsulares: A, B, D, E e F • Pasteurella gallinarum (Avibacterium), • P. haemolytica (Manhemia haemolytica), • Reimerella Anatipestifer (patos) • Morbidade: alta • Mortalidade alta • 0- 20% Galinhas • 20 a 70% Perus SINAIS CLÍNICOS • Forma aguda e geralmente é confundida com uma intoxicação. • Secreção nas fossas nasais – catarro • Hipertermia • Sede Intensa • Respiração Ofegante • Sonolência • Diarreia • Lesões Hepáticas • Lesões pulmonar • Inflamação das vias respiratórias • Inflamação das mucosas intestinais FATORES PREDISPONENTES • Manejo INADEQUADO • Restrição alimentar • Mudança alimentar • Temperatura • ESTRESSE IMUNODE TRANSMISSÃO • Fonte de infecção: Galinhas doentes e reservatórios (perus, patos, gansos, aves silvestres, gatos, ratos, camundongos, coelhos e suínos. • Portadores convalescentes: A principal porta de entrada é o trato respiratório superior, mucosa da faringe, conjuntiva e ferimentos na pele. • Via de eliminação: Excreções oronasais e conjutivais, fezes • Incubação é de poucas horas a 3 dias. • Vias de Transmissão: Água, Vetores, rações, instalações • Fômites e cadáveres NECROPSIA – AGUDA • Hemorragia petéquial nas serosas no coração, pulmão, gordura abdominal, mucosa intestinal duodeno e reto • Hiperplasia Hepática NECROPSIA – CRÔNICA • Edema facial – Material Caseoso • Cristas e Barbelas – inflamadas e endurecidas • Exsudato caseoso e fibrina – Ouvido, Osso do Crânio e Meninges TRATAMENTO • É indicado é a realização de antibiograma • O tratamento deve ser prolongado • Há possibilidade de permanência de portadores após tratamento Observação: Doença de notificação mensal de qualquer caso confirmado. Aspergilose Sinais respiratórios: com lesões nos sacos aéreos e pulmões, Encefalíticas, Digestivas e no aparelho reprodutor. Ornitopatologia ADRIANI MENDONÇA 15 Inalação de esporos e hifas ou ingestão de água e alimentos contaminado. (Pode ser pelo ambiente e o animal pode inalar ou ingerir para se contaminar. Se ele inalar vai afetar o sistema respiratório Quando ingere afeta o sistema digestivo e o aparelho reprodutor) ETIOLOGIA • Aspergillus sp • A. flavus e A. fumigatus: organismo das aves saudáveis. (nos organismos das aves saudáveis eles estão presentes e vai prevalecer quando colocarmos as aves em cativeiro, ela vira patológico - Por conta do estresse que vai afetar a imunidade) • Principalmente em aves livres submetidas a cativeiro • Estresse; • Uso de Antibióticos; • Doenças crônicas; • Desnutrição (hipovitaminose A); • Lesões traumáticas; • Uso de corticosteroides; (vai levar a imunossupressão) • Aumento da exposição ambiental e Produção de toxinas. • A. fumigatus produz colônias brancas a verde azulada, lisas a rugosas (PROVA) (macroscopicamente e micro vamos visualizar isso) • A. flavus produz colônias esbranquiçadas, após tornam-se amarelo-escuras; conidióforos a partir de hifas submersas (PROVA) EPIDEMIOLOGIA • Distribuição mundial • Graves perdas econômicas • Surtos agudos (aumento da mortalidade) • Surtos crônicos (diminuição do rendimento de carcaças) • As principais fontes de infecção são o incubatório e a cama do aviário. • Galinhas, perus, pombos, patos, gansos, canários, codornas, como também em muitas espécies de aves silvestres, como emas e, recentemente, em avestruzes no Brasil Na granja os fatores são: • Manejo inadequado na desinfecção dos ninhos; • Ovos sujos ou de cama à incubação; • Má sanitização dos ovos; • Transporte e armazenagem inadequada dos ovos férteis • Locais com umidade alta pois pode se proliferar Noincubatório são: • Desinfecção inadequada das instalações; • Falha no programa de biossegurança; • Aproveitamento de ovos sujos; • Ausência ou má utilização de fungicidas e ausência de monitoria para fungos. DIAGNÓSTICO • Entre os métodos de diagnóstico destacam-se a microscopia direta, cultura e isolamento (Ágar Sabouraud dextrose, Ágar Czapek e Ágar batata dextrose, Ágar MRS com antibióticos) (Coletamos o material da cama da ave e principalmente da ave como secreção nasal ou fezes e leva para cultura. Dá para fazer microscópico direto ou cultura) PREVENÇÃO E CONTROLE • “Seguir em frente” – o ar deve percorrer o mesmo sentido que percorrem os ovos (não pode deixar o ar voltar para o incubatório, tem que deixar ir embora porque se volta a chance de contaminação é maior) Ornitopatologia ADRIANI MENDONÇA 16 • Higiene e desinfecção. Dar atenção especial às entradas de ar do incubatório, às coletas dos ovos na granja e à desinfecção dos ninhos; • Exame de cama, casca dos ovos, câmara de ar e não eclodidos, de penugem, micológico do pulmão, traqueia e do resíduo de incubação TRATAMENTO • Em lesões é indicado o uso tópico de anfoterecina B, miconazol, clotrimazol, enilconazole. • O tratamento é indicado para pequenas criações de aves domésticas, pois para lotes industriais se torna difícil e inviável economicamente (se for animais de produção não tratamos pois o custo é muito alto então fazemos eutanásia) EFEITOS TÓXICOS DAS PRINCIPAIS MICOTOXINAS EM AVES • Micotoxinas são substâncias tóxicas resultantes do metabolismo secundário de diversas cepas de fungos filamentosos. • Fúngico é favorecido por fatores como excelentes condições de umidade e temperatura • Cereais, principalmente no amendoim, milho, trigo, cevada, sorgo e arroz. • Maturação, colheita, transporte, processamento ou armazenamento dos grãos (tem bastante micotoxinas por conta da alimentação, ou seja, é presente nas rações) (Para diminuir as micotoxinas adicionamos aditivos na ração) Aditivo mais usado é da YES AFLOTOXINAS • Muito importantes na agroindústria avícola. • B1, B2, G1 e G2. • B1: é a mais tóxica do grupo apresentando também a maior prevalência em alimentos contaminados • Má absorção: partículas de ração nas excretas das aves • Poedeiras que consomem dieta contendo 5 mg/kg de aflatoxinas durante 4 semanas, podem apresentar redução na produção de ovos a partir do oitavo dia, atingindo queda na produção na ordem de 35%, mesmo depois de uma semana após a retirada da micotoxina da dieta. • Redução do tamanho dos ovos: síntese protéica e lipídica. • Aguda: Casca dos ovos por si só não é afetada • Crônica: Fragilidade da casca dos ovos. AFLOTOXINAS: AGUDA Sinais Clínicos: • 06 horas após alimentação • Depressão, Inapetência, presença de sangue nas fezes, Tremores musculares, Incoordenação motora com hipertermia • ÓBITO ocorrer nas 12-24 horas seguintes AFLOTOXINAS: SUB-AGUDA • Sinais clínicos é mais lenta. • Penas eriçadas, hiporexia, letargia e depressão. • Afecções no fígado: o principal órgão alvo. Ornitopatologia ADRIANI MENDONÇA 17 Tem alteração no fígado por que faz a metabolização das micotoxinas AFLOTOXINAS: CRÔNICA • Diminuição no ganho de peso e redução da conversão alimentar (animal ingere muito alimento e tem uma conversão de peso baixa) • Inapetência, má aparência geral. • Convulsão e Icterícia (icterícia hepática) Tem acúmulo de bilirrubina indireta FUMONISINAS • 30 metabólitos tóxicos. • Mais importantes: B1, B2 e B3. • 70% dos lotes de alimentos destinados para aves estejam contaminados por essas micotoxinas AVES: • Aumento do consumo de água e ração • Diarreia escura e pegajosa (PROVA) • Diminuição no ganho de peso • Diminuição do desempenho produtivo • Diarreia • Inapetência • Lesões orais (micotoxinas afetam cavidade oral) • Degeneração e aumento de peso do fígado (acontece em todos os ciclos de micotoxinas pois é onde é metabolizado) A diminuição da conversão alimentar e desordens digestivas são relacionadas à diminuição da altura das vilosidades, da profundidade das criptas e da proliferação de células produtoras de muco no intestino delgado O aumento da susceptibilidade à Escherichia coli em diferentes espécies intoxicadas também já foi comprovada. TRICOTECENOS • T-2, deoxinivalenol (DON ou vomitoxina) e diacetoxiscirpenol (DAS) • Produzidas por fungos de diversos gêneros. Principalmente Fusarium • Redução no consumo de ração e no ganho de peso, lesões orais • Necrose dos tecidos linfóides, hematopoiético e mucosa oral. • Empenamento anormal e diminuição na espessura e qualidade da casca dos ovos (Alterações dos tecidos linfoides PROVA) Ornitopatologia ADRIANI MENDONÇA 18 ZEARALENONA A zearalenona é um metabólito fúngico estrogênico não esteroide produzido por várias espécies de fungos do gênero Fusarium, incluindo F. culmorum, F.graminearum e F. crookwellense. Espessura da casca e a qualidade dos ovos. Entretanto, as diversas associações dessa fusariotoxina com outras micotoxinas podem resultar em graves perdas e por isso merecem maiores estudos (atrapalha a parte reprodutiva do estrógeno, alteração da espessura da casca e dos ovos, altera parte reprodutiva) OCRATOXINAS As ocratoxinas formam um grupo de sete metabólitos tóxicos produzidos por fungos dos gêneros Aspergillus e Penicillium. • Ocratoxina A possui importância toxicológica (é a mais importante) • Considerada um potente agente nefrotóxico, hepatotóxico e imunodepressor. A ocratoxina A somente é eliminada do organismo 3 a 4 semanas após a retirada do alimento contaminado. (após a remoção dela da alimentação o animal vai acabar melhorando) CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES • Nunca ultrapassar os limites sugeridos. • A limpeza dos silos e condições de armazenagem. • Lotes: Analisados por métodos confiáveis, a fim de tomar medidas preventivas (importante sempre coletar o material para fazer uma cultura) Na fase inicial o animal ainda tem 48 dias para fazer seu desenvolvimento na fase final acaba aumentando a quantidade de micotoxinas. Emprego de aditivos anti-micotoxinas nas dietas contaminadas pode ser uma boa alternativa para proteger os animais dos efeitos tóxicos das micotoxinas. Ornitopatologia ADRIANI MENDONÇA 19