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Ornitopatologia 
ADRIANI MENDONÇA 1 
 
ASPECTOS ECONÔMICOS DA AVICULTURA NO 
BRASIL E NO MUNDO 
INSTALAÇÕES PARA GALINHAS POEDEIRAS E 
BEM-ESTAR ANIMAL 
Mundialmente, a produção de ovos está em grande 
evidência devido às questões oriundas dos 
consumidores, das Organizações Não Governamentais, 
dos próprios produtores e da sociedade em geral. 
Os grandes questionamentos referem-se aos 
alojamentos dos animais, nas diferentes tipologias 
existentes em relação ao espaço de criação, e ao 
comprometimento dos comportamentos naturais das 
espécies. 
Além de todas as questões, existem as questões 
mercadológicas envolvendo toda cadeia produtiva do 
ovo, sendo que este processo requer uma reflexão 
sobre os possíveis modelos que mais se adequam à 
realidade de cada país, considerando suas condições 
edafoclimáticas, suas características territoriais, seu 
mercado internacional e, consequentemente, a escala 
de produção. 
SISTEMA DE PRODUÇÃO DE OVOS EM 
GAIOLAS 
SISTEMA DE PRODUÇÃO CONVENCIONAL: sistema 
que utiliza gaiolas em bateria para alojamento das 
aves, cujo espaço mínimo indicado por ave é igual ou 
superior a 350 cm2, ela só consegue abrir e fechar o 
braço. 
SISTEMA DE PRODUÇÃO EM GAIOLAS MOBILIADAS: 
sistemas que utiliza gaiolas mobiliadas com poleiro, 
ninho, tapete e lixa para desgaste de unhas cujo espaço 
livre individual por ave não seja inferior a 750 cm2. 
(um pouco melhor que a convencional que tem só a 
gaiola. 1570cm quadrado por animal, sendo ainda 
muito pouco) 
SISTEMA DE PRODUÇÃO LIVRE DE GAIOLA: sistema 
que utiliza aviários sem gaiolas para alojamento das 
aves, onde elas dispõem minimamente de piso de 
cama, poleiros e ninhos. Estes podem ser em nível 
único ou níveis múltiplos. 
(ficam solta num alojamento e tem quartos para 
descansarem, 
Vantagem: consegue se expressar muito mais) 
SISTEMA DE PRODUÇÃO CAIPIRA OU COLONIAL: aves 
mantidas em galpões com acesso a área externa 
(piquete) para pastejo, respeitando as densidades de 
alojamento de 7 (sete) aves por metro quadrado no 
ambiente do aviário e 2 (duas) aves por metro 
quadrado na área externa. 
(Consegue sair para uma área livre) 
(Desvantagem: Raposas e gaviões, outros animais 
podem caçar as galinhas, outras aves podem ter acesso 
ali e trazer doenças. Durante a noite elas não ficam 
soltas, por segurança) 
 
 
Ornitopatologia 
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A produção brasileira de carne de frango cresceu 4,5% 
em 2020, no comparativo com o ano anterior, 
fechando com um volume total de 13,845 milhões de 
toneladas. Nas exportações, o país embarcou 4,231 
milhões de toneladas no ano passado, obtendo uma 
receita de US$ 6,097 milhões. 
O relatório mostra o Paraná como líder nacional em 
produção, com 35,47%, seguido por Santa Catarina 
(14,88%) e Rio Grande do Sul (14,02%). 
Os três Estados do Sul também lideram nas 
exportações, respectivamente, Paraná (40,19%), Santa 
Catarina (23,39%) e Rio Grande do Sul (16,45%). 
A produção de carne de frango no Brasil cresceu, 
quase 8%. 
Abates são feitos nas cooperativas, animais só vão ali 
para fazer o abate e depois são transportados para 
outros locais conforme o produto. 
Cooperativa: Você dá a mão de obra, veterinário faz a 
vigilância, uma vez ou duas vezes no mês o veterinário 
vai lá e faz a vigilância para ver se está seguindo as 
regras. 
NOÇÕES DE ANATOMIA E FISIOLOGIA DAS AVES 
A orofaringe é uma cavidade em comum para o sistema 
digestivo e respiratório, que vai do bico até a entrada 
do esôfago. As aves não possuem palato mole... 
O estômago de aves que se alimentam de peixes 
(piscívoras) e de carne (corujas, gaviões, águias, 
abutres) é um órgão de estocagem para a digestão 
química de uma dieta macia. Já as aves herbívoras 
(galinhas, gansos) possuem um estômago adaptado à 
redução mecânica, com uma musculatura poderosa, 
devido ao consumo de uma dieta que é mais resistente 
(DYCE et al., 2010) 
O estômago é dividido por uma constrição (istmo) em 
um estômago glandular denominado de pro ventrículo 
e um estômago muscular, chamado de moela. 
 
 
BIOSSEGURIDADE NA AVICULTURA 
BIOSSEGURANÇA: Indica normas e procedimentos 
relacionados a saúde humana, estes são permanentes 
e normalmente inflexíveis, a não ser para se tornarem 
ainda mais restritivos. 
BIOSSEGURIDADE: Conjunto de procedimentos 
técnicos imprescindíveis que visa de forma direta e, 
indireta prevenir, diminuir ou controlar os desafios 
gerados na produção de animais frente aos agentes 
patogênicos que possam ter impacto na produtividade 
destes rebanhos e/ou na saúde dos consumidores. 
(Saúde animal. Aqui são normas flexíveis, quando se dá 
muita abertura, a chance de dar errada aumenta, então 
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assumimos riscos. Não tem prevenção de 100%, só faz 
a biosseguridade para o animal não ficar doente. 
Normas de fazer visita técnica, do produtor não entrar 
ali, da inspeção) PROVA 
BIOSSEGURANÇA: Saúde Humana, normas 
permanentes, 0% de riscos, 100% de proteção, 
princípios de precaução. 
(Relacionado com o ser humano, normas para todo 
mundo igual) 
BIOSSEGURIDADE: Saúde animal, normas flexíveis, 
riscos assumidos, prevenção e seguridade, medicina 
veterinária preventiva. 
(Relacionado a saúde do anima, tem normas flexíveis) 
 
 
NA PRÁTICA DA PRODUÇÃO 
Significa a implantação e desenvolvimento de um 
conjunto de políticas e normas operacionais rígidas 
que terão a função de proteger os rebanhos de 
quaisquer tipos de agentes infecciosos. (Moretti, 2007) 
É um conjunto de medidas e procedimentos de 
cuidados com a saúde do plantel, aplicados em todas 
as etapas da criação, interagindo com os diversos 
setores que compõe o sistema produtivo (Jaenisch, 
2004). 
Afinal, o que precisamos? 
• Viabilizar uma produção rentável; 
• De alta qualidade; 
• Protegendo a saúde humana 
TENHAM EM MENTE: As medidas de biosseguridade 
funcionam integradas, requer muita disciplina e são 
caras. É um investimento que preserva a saúde do 
rebanho, prioridade de um sistema de produção. 
Prevenir sempre foi e sempre será mais viável do que 
qualquer tipo de perdas causadas por enfermidades. 
Um programa planejado permite uma cultura de 
higiene dentro do setor de produção animal, cujos 
benefícios obtidos se evidenciam na melhor conversão 
alimentar, melhor ganho de peso diário, redução do 
uso de vacinas e medicamentos e, consequentemente, 
redução da mortalidade e garantindo assim, bem-estar 
animal. 
As boas práticas contempladas no programa 
biosseguridade devem ser revisadas rotineiramente e 
modificadas de acordo com mudanças nos objetivos e 
econômicos, legais e de produtividade do sistema de 
produção animal em questão. 
 
Desde o começo da instalação devemos seguir isso 
OITO PONTOS CRÍTICOS: 
 
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1. Isolamento (não pode ser muito longe do 
abatedouro pois vamos ter muito estresse) 
2. Higienização (pensar em como vamos realizar 
a limpeza, da granja, pessoas que entra) 
3. Controle de tráfego/fluxo (controlar quem 
entra e quem sai) 
4. Quarentena, vacinação e medicação (local 
afastado onde vamos fazer a introdução na 
granja) 
5. Monitoramento 
6. Erradicação de doenças (tem que ser 100% 
livre de doenças) 
7. Auditoria e atualização (temos que ter 
fiscalização MAPA) 
8. Educação continuada (como médicos 
veterinários devemos orientar as pessoas) 
Localização e isolamento das granjas: 
• Local tranquilo 
• Distante de outras propriedades do mesmo 
setor 
• Distante de frigoríficos e abatedouros 
• Protegida por barreiras naturais e físicas 
• Obedecida a direção do vento 
Local tranquilo, sem barulho, distante de outras 
propriedades do mesmo setor, se tiver galinhas 
poedeiras, precisa ficar distante de outros setores que 
também tenham galinhas poedeiras, por conta das 
doenças, pode contaminar a granja por culpa do 
vizinho,pois não sabe se o vizinho também faz o 
controle. 
Pensar em distância de frigorifico e de abatedouros, 
se ficar muito distante elas chegam nos locais mortas, 
então precisa ser o mais próximo. 
Protegidas por barreiras naturais e físicas: Barreiras 
naturais são arvores, a arvore protege do vento, 
dependendo do local o vento é muito alto. Controle 
de temperatura, as arvores ajudam também no 
controle de temperatura. Granja heterogênea, 
galinhas separadas, temperatura boa. Se elas ficarem 
juntas, é porque tem algo ruim, frio ou alimentação. 
Elas precisam ficar totalmente separadas. 
Tomar cuidado com o tipo de arvore, arvores 
frutíferas atraem outros animais principalmente 
morcegos. 
Sol nasce no Leste e acaba em oeste, então piscina 
desejamos que ela fique aquecida no final do dia.. o 
Sol estando em cima dela, então tem que pensar nisso 
na hora de construir uma granja. Ao 12h o sol precisa 
estar em cima da granja. 
Direção do vento: Se agradável, manter assim, mas se 
for mt intenso, precisa colocar obstáculo, o vento bate 
e volta em menor velocidade. Barreiras naturais, 
como arvores. 
Na portaria consta o livro de entrada de veículos com 
as informações cedidas pelo motorista. 
Pédiluvio: Solução desinfectante, saiu do banheiro, 
pisa ali. 
Óculos de proteção: Agua e sabão e depois o Álcool. 
Pois o álcool serve para fixação, então tem que lavar 
primeiro, dps jogar álcool. Clorex e dps álcool, ou iodo 
e dps álcool. 
Lavar as mãos de cima pra baixo. 
O Ministério da Agricultura (MAPA), determinou na 
Instrução Normativa nº 4/1998 as distancias mínimas a 
serem observadas entre a granja de matriz e outros 
estabelecimentos, sendo definidas as seguintes 
medidas: 
• Distância entre Granja e Abatedouro: 5.000m 
• Distância entre Bisavozeiro e Avozeiro: 
5.000m 
• Distância entre Matrizeiros: 3.000m 
• Distância entre Núcleos e Limites Periféricos 
da Propriedade: 100m 
• Distância entre Núcleo e Estrada Vicinal: 
500m 
• Distância entre Núcleos de Diferentes Idades: 
500m 
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• Distância entre Recria e Produção: 500m 
A distância mínima entre aviários do mesmo núcleo, é 
o dobro da largura dos aviários. 
 
 
 
 
 
 
DESINECÇÕES 
• Cerca periférica com entrada única 
• Sistema de desinfecção de pessoas e veículos 
• Embarcadouro junto à cerca periférica 
Na portaria consta o livro de entrada de veículos com 
as seguintes informações, assim cedidas pelo 
motorista: 
• Nome do motorista 
• Empresa 
• Local de origem 
• Cidade 
• Data 
• Processo de desinfecção na origem 
 
Caso a propriedade não tenha o arco de desinfecção, 
deverá um funcionário realizar a aspersão do produto 
desinfetante em todo o veículo, e aguardar alguns 
minutos para o 
Dispor de um sistema de desinfecção para a introdução 
de materiais e equipamentos na granja. 
Mediante ao agendamento da visita o responsável pela 
granja deve verificar a real necessidade da visita 
técnica que realmente seja necessário para agregar 
valores que comprometem a produção, deve ser 
comunicado com antecedência sobre o histórico do 
período de vazio sanitário a ser cumprido. 
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Logo na saída do banho deverá haver um pedilúvio com 
solução desinfetante, onde os mesmos devem ser 
repostos de acordo com a utilização. 
Óculos devem ser lavados com água e sabão, e em 
seguida deverá ser passado uma solução de álcool 70% 
para desinfecção. 
O processo de limpeza e desinfecção das instalações 
confere uma vez executado a diminuição de 
microorganismos no ambiente e sanidade dos 
próximos lotes a entrar nas baias. Uma vez que o 
ambiente está contaminado, a percentagem da 
contaminação dos novos animais é muito grande 
 
 
Limpeza do local: 
Check-list para lavagem do local. Usou veneno e 
encontrou pragas mortas, precisa anotar para 
entender que está entrando as pragas de algum local, 
investigar da onde veio o local. A granja é toda 
fechada, se ele entrou é pq tem um local aberto, 
barata a mesma coisa. 
Programa de vacinação, as vacinas são feitas na asa 
do animal, IM no peito ou aspersão, jogar vacina 
diluída. 
PROGRAMA DE VACINAÇÃO 
Deve ter foco no controle dos desafios sanitários 
intercorrentes na região e basear-se em resultados 
técnicos e laboratoriais. 
(As vacinas podem ser colocadas na água, vaporizar, ou 
no peito delas) 
 
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ENFERMIDADES 
• Salmonelose aviária 
• Pasteurelose 
• Micoplasmose 
• Coriza aviária 
• Estafilococose 
ENFERMIDADES VIRAIS 
• Bouba aviária 
• Bronquite infecciosa 
• Laringotraqueíte infecciosa 
• Anemia infecciosa das galinhas 
• Síndrome da queda de postura 
• Influenza aviária 
• Doença de Gumboro 
• Doença de Newcastle 
• Doença de Marek 
• Artrite aviária 
ENFERMIDADES PARASITÁRIAS 
• Coccidiose aviária 
• Histomonose 
• Ascaridiose 
• Heterakis 
• Taenias 
• Ectoparasitoses 
Colibacilose 
A Escherichia coli é uma bactéria que habita 
naturalmente o intestino das aves. (porém não são 
todas as E.Colli que são patogênicas) 
Amplamente disseminada na pele e penas. Na 
verdade, em todo o ambiente do aviário: fezes, cama, 
poeira, alimentos, água, ácaros, insetos… 
É uma velha conhecida, presente em toda a história da 
avicultura brasileira — e mundial. 
(Qualquer fator de estresse ou imunológica as 
bactérias podem proliferar e o animal pode ficar 
totalmente doente. 
Ela pode se proliferar para todo o ambiente também) 
As aves já têm essa bactéria presente no organismo, 
qualquer fator de estresse ou imune, essas bactérias se 
proliferam, e então temos um animal doente. Por isso, 
temos muitos relatos de Colibacilose, um problema 
atual na avicultura Brasileiras, porque essa bactéria 
habita naturalmente no intestino dessas aves. Ela 
consegue disseminar por todo o ambiente. 
Amplamente disseminada na pele e penas, e também 
na água. 
Diarreia intestinal por E.colli, ingestão de água, água 
contaminada. Essa bactéria fica em cama, poeira, 
ácaros, insetos. 
10 a 15% dos colif0ormes das aves normais, podem ser 
sorotipos potencialmente patogênicos, ou seja, a flora 
intestinal da ave, 10 a 15% pode ser presente de E.colli 
patogênico, por isso, devemos tomar cuidado com o 
probiótico que vamos introduzir naquele animal, o 
correto é dar o próprio da espécie, para não modificar 
a flora intestinal. 
Qualquer que interfere nesse fator que leva essa ave 
diminuir a imunidade, ela prolifera. 
Fator Produção de aves: Aumento na mortalidade e 
morbidade das galinhas, menor ganho de peso (fator 
de absorção, não consegue absorver nutriente 
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suficiente não ganha peso), e então apresente muitos 
sintomas, dificuldade respiratório, diarreia e perda de 
peso. Aumento da conversão alimentar: ganho de 
massa muscular. Começa lesionar o intestino, baixa 
absorção, então precisa dar mt mais alimento pra 
galinha, pra no futuro ela chegue no peso ideal para 
abate, por isso precisamos do aumento da conversão 
alimentar. Além disso, falta de uniformidade do lote, 
galinha der todos os tamanhos, galinhas grandes e 
pequenas, e então olhamos o lote e vemos vários 
tamanho, isso é ruim pois demonstra para o 
comprador que os animais não estar sadios. Precisa de 
lote padronizado de tamanho. Aumento no custo de 
medicações, precisa gastar mt mais de medicação para 
tratar as galinhas, e por consequência, elas não vao 
para abate, tendo prejuízo economicamente. Por 
precisar abater todas, por conta de não estarem sadias, 
compensa abater do que tratar. 
O produto não vale a pena, então não compensa tratar 
e sim abater, e não por ser uma doença zoonótica. 
Compensa abater e iniciar um novo lote. 
Se é MATRIZ, não abatemos, para não perder a 
genética do lote. Ai tentamos tratar porque 
financeiramenteela tem uma melhora genética, então 
precisamos tratar e não abater. 
MORBIDADE: 1 a 75% 
MORTALIDADE: 10%, chegando a 50% 
SALPINGITE: Processo inflamatório do oviduto. 
Jovens de 4 a 9 semanas de idade temos quadros 
respiratórios 
Segundo Disease of Poultry (2020), de 10 a 15% dos 
coliformes intestinais de aves normais podem 
pertencer a sorotipos potencialmente patogênicos 
• Diferença entre as amostras patogênicas e 
aquelas não patogênicas. 
As APECs (do inglês Avian Pathogenic E. coli) estão 
associadas à colibacilose e têm sido um grande 
problema para a produção de frangos de corte. 
• No aumento da mortalidade e morbidade (é a 
taxa de portadores de determinada doença em 
relação à população total estudada) 
• No menor ganho de peso; 
• No aumento da conversão alimentar; 
• Na falta de uniformidade do lote; 
• No aumento dos custos com medicações; 
• No aumento da condenação no abatedouro 
EPIDEMIOLOGIA 
A morbidade e mortalidade são bastante variáveis. 
Brasil variações: Da morbidade de 1 a 75% Mortalidade 
média de 10%, podendo chegar a 50% 
Aves de qualquer idade. 
+ frequente entre a 6ª e a 10ª semanas de vida. 
Aves adultas: salpingite 
Jovens, entre 4 e 9 semanas de idade: quadros 
respiratórios 
Alguns fatores são predisponentes para o 
surgimento da Colibacilose: 
 
• Nutricionais: Avitaminoses Alimentação 
deficiente em nutrientes específicos 
(formulação) 
• Infecciosos: envolvendo vírus respiratórios ou 
outros agentes bacterianos. 
• Parasitários: especialmente a eimeriose 
subclínica, a criptosporidiose respiratória e 
verminoses em geral. 
Manejo incorreto: 
• Insuficiente de bebedouros e comedouros. 
• Ventilação. 
• Temperatura ambiente inadequadas. 
• Cama úmida. 
• Alta densidade 
 
 
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ETIOLOGIA 
Escherichia Coli 
Gram negativa 
Anaeróbica facultativa (as vezes ela precisa de não 
oxigênio) 
Móvel ou imóvel (consegue se locomover ou não) 
Habitante normal dos intestinos 
Em diversas espécies 
Roedores e Aves Silvestres 
Podem reservatório da bactéria. 
Os sorotipos mais importantes para as aves são: 
• 01 
• 02 
• 05 
• 011 
• 078 
Em Galinhas é o 078: k80 
PATOGENIA 
A principal porta de entrada é o trato respiratório 
superior, onde as fímbrias se aderem às células ciliadas 
do epitélio da faringe e traqueia e se multiplicam, 
passando para a corrente sanguínea e se disseminando 
para os sacos aéreos e outros tecidos como fígado, 
coração, pulmão. 
O agente se adere na célula hospedeira através do 
antígeno fimbrial (F), enquanto o antígeno capsular (K) 
promove a resistência ao Sistema Complemento. 
SINAIS CLÍNICOS 
Pode se apresentar de várias formas: 
 
• Síndrome da cabeça inchada 
 
• Doença crônica respiratória 
 
• Onfalite 
Dificuldade respiratória, espirros, ronqueira, 
prostração, diminuição do consumo de ração, 
inapetência, diarreia e desuniformidade no lote. 
 
• Salpingite – É um processo inflamatório do 
oviduto 
 
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• Celulite – É um processo infeccioso, 
inflamatório purulento, que, através de 
bactérias, invade o tecido subcutâneo devido 
ao rompimento da integridade da pele 
(cortes, arranhões ou outras abrasões. 
DIAGNÓSTICO 
Isolamento de uma cultura Técnicas moleculares 
(PCR) 
Observação: Doença de Notificação Mensal de 
qualquer caso confirmado. 
PREVENÇÃO E CONTROLE 
Deve-se corrigir: 
• Manejo. 
• Nutrição. 
• Higiene com um correto programa de 
desinfecção do galpão e equipamentos. 
Os programas de vacinação incluem duas doses de 
vacinas inativadas, com intervalos médios de 5 
semanas. 
TRATAMENTO 
• 90% das cepas são sensíveis ao danofloxacin e 
enrofloxacina 
• 80% a apramicina 
• 60% ao lincospectin 
• 57% ao cloranfenicol 
• menos de 50%: a tetraciclinas, 
sulfa/trimetropim e ácido oxolínico 
NECROPSIA 
• Aerossaculite, 
• Traqueíte, 
• Pericardite, 
• Hepatomegalia, 
• Esplenomegalia, 
• Peritonite, 
• Artrites e Celulite. 
• Salpingite Onfalite. 
Coriza Aviária 
INTRODUÇÃO 
O impacto econômico causado por doenças 
respiratórias é de grande importância na criação de 
frangos de corte. A busca constante de melhorias tem 
estimulado as empresas a investirem em programas 
vacinais, biosseguridade e manejos preventivos. 
Uma doença que até o pouco tempo era considerada 
apenas de propriedades com baixa biosseguridade tem 
preocupado criações de alta tecnologia: Coriza 
Infecciosa (CI) 
EPIDEMIOLOGIA 
Distribuição Mundial 
Regiões de clima temperado e tropical 
No Brasil, sua ocorrência é maior nas regiões sul e 
sudeste 
 
O período de incubação é de 24 a 48horas 
A transmissão ocorre pelo contato com doentes e 
portadores 
Aerossóis, fômites e através da água 
A morbidade é alta 
A mortalidade na coriza infecciosa é baixa 
Aumenta quando associada com bronquite infecciosa, 
larigotraqueíte, micoplasmose, colibacilose e cólera 
aviária. 
Acompanhado de outras doenças respiratórias, que 
formam a chamada Síndrome Respiratória. 
Aves adultas 
Período frio 
Problemas de manejo como ventilação inadequada, ar 
frio e umidade. 
O período de incubação é de 24 a 72 horas. 
Quando não há infecção secundária, o curso da 
doença em surtos de campo ocorre de 2 a 3 semanas 
 
Ornitopatologia 
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ETIOLOGIA 
Avibacterium paragallinarum 
Gram-negativo 
Imóvel 
Pouca resistência no meio ambiente. 
Apresenta três sorotipos: A (Brasil), B e C. 
SINAIS CLÍNICOS 
Pode se apresentar de várias formas: 
 
Corrimento nasal com odor desagradável, sinusite, 
conjuntivite e edema da face e barbelas, dispneia, 
espirros, anorexia, lacrimejamento abundante e 
diminuição na produção de ovos. 
Além dos sinais clínicos clássicos: 
Pode apresentar sinal clínico neurológico: 
• Desorientação 
• Opistótono 
• Torcicolo. 
Isso se deve principalmente a: otite média, otite 
interna e meningoencefalite. 
 
• Opistótono 
 
• Torcicolo 
Esse sinal clínico NEUROLÓGICO pode causar espanto 
para muitos, por assemelhar-se à doença de 
Newcastle 
DIAGNÓSTICO 
Diagnóstico Presuntivo. 
Baseia-se nos achados clínicos característicos da 
doença 
 Isolamento é difícil 
Sensível fora do hospedeiro e crescimento lento. 
Sorológico e Molecular (PCR): +++ 
Observação: Doença de Notificação Mensal de 
qualquer caso confirmado. 
Salmonelose 
ETIOLOGIA 
• Família Enterobacteriaceae 
• Gênero Salmonella 
• Gram negativos 
• Aeróbios e Anaeróbios facultativos 
Móveis por flagelos - Exceção da sorovariedade 
Gallinarum - Pullorum 
Pullorum (S. Pullorum), 
S.e.e. sorovariedade Gallinarum (S. Gallinarum), 
S.e.e. Typhimurium (S. Typhimurium) 
Ornitopatologia 
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• 2.500 sorovariedades foram caracterizadas, e 
o número continua crescendo 
Seres humanos ao consumirem alimentos 
provenientes de aves contaminadas por S. Gallinarum 
e/ou S. Pullorum não adoecem, ou seja, estes 
sorovares não afetam a saúde humana, são 
considerados de importância para a saúde animal. 
Os seres humanos podem adoecer ao consumirem 
alimentos contaminados por outros sorovares como, 
por exemplo, Salmonella Enteritidis e Salmonella 
Typhimurium, que são os principais sorovares de 
impacto em saúde pública. 
TRANSMISSÃO E DOENÇA 
1. Pulorose: causada pela Salmonella enterica 
subespécie enterica sorovar Gallinarum biovar 
Pullorum. 
2. Tifo aviário: causada pela Salmonella enterica 
subespécie enterica sorovar Gallinarum biovar 
Gallinarum 
PULOROSE – AGENTE ETIOLÓGICO 
• Salmonella entérica subsp. Enterica sorovar 
Gallinarum biovar Pullorum 
• Aves nas 2-3 primeiras semana de vida 
• Transmissão vertical transovariana e durante 
o nascimento e primeiros dias de vida. 
SINAIS CLÍNICOS 
• Tristeza 
• Respiração dificultada 
• Penas eriçadas 
• Amontoamento 
• Asas caídas 
• cabeça pesada 
• sonolência• falta de apetite 
• Fezes esbranquiçadas aderidas ao redor da 
cloaca, crescimento retardado (PROVA) 
• A aves adultas não apresentam sintomas 
externos visíveis da doença 
ATENÇÃO 
• As aves que sucumbem no nascimento ou nos 
primeiros dias de vida tornam-se FONTES DE 
INFECÇÃO para as demais, que podem se 
tornar portadora da bacteriária e, quando 
adultas (reprodutoras), produzirem ovos 
contaminados via ovário. 
TIFO – AGENTE ETIOLÓGICO 
• Salmonella entérica subsp. Enterica sorovar 
Gallinarum biovar Gallinarum 
• Aves de qualquer idade – mas é mais comum em 
aves adultas 
• Transmissão pela bicagem de carcaça de aves que 
sucumbiram ao tifo aviário. 
SINAIS CLÍNICOS 
• Prostração 
• Sonolência 
• Inapetência 
• Diarreia esverdeada aderida as penas e cloaca 
• Queda na postura e mortalidade de até 80% 
do lote em algumas aves adultas em produção 
PARATIFO 
• Qualquer outra salmonela que não sejam os 
biovares Gallinarum e Pullorum 
• Aves de qualquer idade 
• Transmissão vertical: via ovário ou via 
contaminação fecal do ovo ao passar pela 
cloaca (o ovo é poroso e a chance de 
contaminar é mais alta) 
• Consumo de alimentos contaminados 
SINAIS CLÍNICOS 
• Os principais sinais apresentados em 
pintinhos são sonolência, desidratação, penas 
arrepiadas, asas caídas, amontoamento e 
diarreia. 
• Em aves adultas ocorre a inapetência, queda 
de postura e diarreia. 
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DIAGNÓSTICO 
• Para o diagnóstico sorológico, as aves são 
testadas por soroaglutinação rápida (SRP; 
anticorpos no soro) 
 
• O diagnóstico de Salmonella pode ser feito 
pela detecção do DNA bacteriano. (PCR) 
• Suabe cloacal, fezes, material de cama, órgãos 
(fígado, baço, gema), cecos, traqueia 
• Observação: Notificação imediata de 
qualquer caso confirmado de Salmonella 
Gallinarum, S. Enteritidis, S. Pullorum e S. 
Typhimurium. As outras salmoneloses são de 
notificação mensal de qualquer caso 
confirmado. 
(tem notificação obrigatória porque acaba 
causando alteração nossa) 
TRATAMENTO 
• Nenhum tratamento é 100% efetivo. Em 
geral, reduzem a mortalidade, mas 
permanecem aves portadoras. É importante 
realizar antibiograma antes da escolha do 
medicamento 
PROGRAMA NACIONAL DE SANIDADE AVÍCOLA 
• Programa Nacional de Sanidade Avícola 
(PNSA) determina a erradicação das quatro 
principais sorovariedades (S. gallinarum, S. 
pullorum, S. typhimurium e S. enteritidis) dos 
plantéis reprodutores da avicultura 
tecnificada, por seu impacto econômico e em 
saúde pública. 
• Em ocasiões especiais, poderá ser utilizada a 
vacina contra S. enteritidis em matrizes, sob a 
coordenação do Mapa. 
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº - 20, DE 21 DE 
OUTUBRO DE 2016 
• Art. 3º Os estabelecimentos avícolas 
comerciais de frangos e perus de corte 
deverão implementar um programa de 
controle e monitoramento para Salmonella 
spp. nos seus plantéis avícolas. 
• Art. 4º Para fins de controle de Salmonella 
spp., de que trata o art. 3º desta Instrução 
Normativa, todos os lotes de frangos e perus 
de corte dos estabelecimentos avícolas 
comerciais serão submetidos a coletas de 
amostras para a realização de ensaios 
laboratoriais para detecção de salmonelas, 
segundo metodologia oficial utilizada pela 
Coordenação-Geral de Laboratórios 
Agropecuários, da 
• Art. 5º As coletas de amostras de que trata o 
art. 4º desta Instrução Normativa serão 
realizadas o mais próximo possível da data do 
abate do lote das aves, de tal maneira que os 
resultados sejam conhecidos antes do seu 
envio para o abate. 
• Art. 50. Após serem coletadas, as amostras 
serão acondicionadas e enviadas o mais breve 
possível ao laboratório, mantendo a 
temperatura entre zero grau centígrado e oito 
graus centígrados, aceitando uma variação de 
um grau centígrado a mais ou a menos. 
 
 
 
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Pasteurella multocida – cólera 
aviária 
ETIOLOGIA 
• Bactéria: Pasteurella Multocida 
• Gram Negativa 
• Altamente Contagiosa, rapidamente pelo 
plantel 
• Anaeróbica e Aeróbicos Facultativa 
• Acomete aves domésticas - galinhas, patos, 
• Cinco sorotipos capsulares: A, B, D, E e F 
• Pasteurella gallinarum (Avibacterium), 
• P. haemolytica (Manhemia haemolytica), 
• Reimerella Anatipestifer (patos) 
• Morbidade: alta 
• Mortalidade alta 
• 0- 20% Galinhas 
• 20 a 70% Perus 
SINAIS CLÍNICOS 
• Forma aguda e geralmente é confundida com 
uma intoxicação. 
• Secreção nas fossas nasais – catarro 
• Hipertermia 
• Sede Intensa 
• Respiração Ofegante 
• Sonolência 
• Diarreia 
• Lesões Hepáticas 
• Lesões pulmonar 
• Inflamação das vias respiratórias 
• Inflamação das mucosas intestinais 
FATORES PREDISPONENTES 
• Manejo INADEQUADO 
• Restrição alimentar 
• Mudança alimentar 
• Temperatura 
• ESTRESSE IMUNODE 
TRANSMISSÃO 
• Fonte de infecção: Galinhas doentes e 
reservatórios (perus, patos, gansos, aves 
silvestres, gatos, ratos, camundongos, coelhos 
e suínos. 
• Portadores convalescentes: A principal porta 
de entrada é o trato respiratório superior, 
mucosa da faringe, conjuntiva e ferimentos na 
pele. 
• Via de eliminação: Excreções oronasais e 
conjutivais, fezes 
• Incubação é de poucas horas a 3 dias. 
• Vias de Transmissão: Água, Vetores, rações, 
instalações 
• Fômites e cadáveres 
NECROPSIA – AGUDA 
• Hemorragia petéquial nas serosas no coração, 
pulmão, gordura abdominal, mucosa 
intestinal duodeno e reto 
• Hiperplasia Hepática 
NECROPSIA – CRÔNICA 
• Edema facial – Material Caseoso 
• Cristas e Barbelas – inflamadas e endurecidas 
• Exsudato caseoso e fibrina – Ouvido, Osso do 
Crânio e Meninges 
TRATAMENTO 
• É indicado é a realização de antibiograma 
• O tratamento deve ser prolongado 
• Há possibilidade de permanência de 
portadores após tratamento 
Observação: Doença de notificação mensal de 
qualquer caso confirmado. 
Aspergilose 
Sinais respiratórios: com lesões nos sacos aéreos e 
pulmões, Encefalíticas, Digestivas e no aparelho 
reprodutor. 
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Inalação de esporos e hifas ou ingestão de água e 
alimentos contaminado. 
(Pode ser pelo ambiente e o animal pode inalar ou 
ingerir para se contaminar. 
Se ele inalar vai afetar o sistema respiratório 
Quando ingere afeta o sistema digestivo e o aparelho 
reprodutor) 
ETIOLOGIA 
• Aspergillus sp 
• A. flavus e A. fumigatus: organismo das aves 
saudáveis. (nos organismos das aves 
saudáveis eles estão presentes e vai 
prevalecer quando colocarmos as aves em 
cativeiro, ela vira patológico - Por conta do 
estresse que vai afetar a imunidade) 
• Principalmente em aves livres submetidas a 
cativeiro 
• Estresse; 
• Uso de Antibióticos; 
• Doenças crônicas; 
• Desnutrição (hipovitaminose A); 
• Lesões traumáticas; 
• Uso de corticosteroides; (vai levar a 
imunossupressão) 
• Aumento da exposição ambiental e Produção 
de toxinas. 
• A. fumigatus produz colônias brancas a verde 
azulada, lisas a rugosas (PROVA) 
(macroscopicamente e micro vamos visualizar 
isso) 
• A. flavus produz colônias esbranquiçadas, 
após tornam-se amarelo-escuras; conidióforos 
a partir de hifas submersas (PROVA) 
EPIDEMIOLOGIA 
• Distribuição mundial 
• Graves perdas econômicas 
• Surtos agudos (aumento da mortalidade) 
• Surtos crônicos (diminuição do rendimento de 
carcaças) 
• As principais fontes de infecção são o 
incubatório e a cama do aviário. 
• Galinhas, perus, pombos, patos, gansos, 
canários, codornas, como também em muitas 
espécies de aves silvestres, como emas e, 
recentemente, em avestruzes no Brasil 
Na granja os fatores são: 
• Manejo inadequado na desinfecção dos 
ninhos; 
• Ovos sujos ou de cama à incubação; 
• Má sanitização dos ovos; 
• Transporte e armazenagem inadequada dos 
ovos férteis 
• Locais com umidade alta pois pode se 
proliferar 
Noincubatório são: 
• Desinfecção inadequada das instalações; 
• Falha no programa de biossegurança; 
• Aproveitamento de ovos sujos; 
• Ausência ou má utilização de fungicidas e 
ausência de monitoria para fungos. 
DIAGNÓSTICO 
• Entre os métodos de diagnóstico destacam-se 
a microscopia direta, cultura e isolamento 
(Ágar Sabouraud dextrose, Ágar Czapek e Ágar 
batata dextrose, Ágar MRS com antibióticos) 
(Coletamos o material da cama da ave e 
principalmente da ave como secreção nasal ou fezes e 
leva para cultura. 
Dá para fazer microscópico direto ou cultura) 
PREVENÇÃO E CONTROLE 
• “Seguir em frente” – o ar deve percorrer o 
mesmo sentido que percorrem os ovos (não 
pode deixar o ar voltar para o incubatório, 
tem que deixar ir embora porque se volta a 
chance de contaminação é maior) 
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• Higiene e desinfecção. Dar atenção especial às 
entradas de ar do incubatório, às coletas dos 
ovos na granja e à desinfecção dos ninhos; 
• Exame de cama, casca dos ovos, câmara de ar 
e não eclodidos, de penugem, micológico do 
pulmão, traqueia e do resíduo de incubação 
TRATAMENTO 
• Em lesões é indicado o uso tópico de 
anfoterecina B, miconazol, clotrimazol, 
enilconazole. 
• O tratamento é indicado para pequenas 
criações de aves domésticas, pois para lotes 
industriais se torna difícil e inviável 
economicamente 
(se for animais de produção não tratamos pois o custo 
é muito alto então fazemos eutanásia) 
EFEITOS TÓXICOS DAS PRINCIPAIS 
MICOTOXINAS EM AVES 
• Micotoxinas são substâncias tóxicas 
resultantes do metabolismo secundário de 
diversas cepas de fungos filamentosos. 
• Fúngico é favorecido por fatores como 
excelentes condições de umidade e 
temperatura 
• Cereais, principalmente no amendoim, milho, 
trigo, cevada, sorgo e arroz. 
• Maturação, colheita, transporte, 
processamento ou armazenamento dos grãos 
(tem bastante micotoxinas por conta da alimentação, 
ou seja, é presente nas rações) 
(Para diminuir as micotoxinas adicionamos aditivos na 
ração) 
Aditivo mais usado é da YES 
 
 
 
AFLOTOXINAS 
• Muito importantes na agroindústria avícola. 
• B1, B2, G1 e G2. 
• B1: é a mais tóxica do grupo apresentando 
também a maior prevalência em alimentos 
contaminados 
• Má absorção: partículas de ração nas excretas 
das aves 
• Poedeiras que consomem dieta contendo 5 
mg/kg de aflatoxinas durante 4 semanas, 
podem apresentar redução na produção de 
ovos a partir do oitavo dia, atingindo queda 
na produção na ordem de 35%, mesmo depois 
de uma semana após a retirada da micotoxina 
da dieta. 
• Redução do tamanho dos ovos: síntese 
protéica e lipídica. 
• Aguda: Casca dos ovos por si só não é afetada 
• Crônica: Fragilidade da casca dos ovos. 
AFLOTOXINAS: AGUDA 
Sinais Clínicos: 
• 06 horas após alimentação 
• Depressão, Inapetência, presença de sangue 
nas fezes, Tremores musculares, 
Incoordenação motora com hipertermia 
• ÓBITO ocorrer nas 12-24 horas seguintes 
AFLOTOXINAS: SUB-AGUDA 
• Sinais clínicos é mais lenta. 
• Penas eriçadas, hiporexia, letargia e 
depressão. 
• Afecções no fígado: o principal órgão alvo. 
 
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Tem alteração no fígado por que faz a metabolização 
das micotoxinas 
AFLOTOXINAS: CRÔNICA 
• Diminuição no ganho de peso e redução da 
conversão alimentar (animal ingere muito 
alimento e tem uma conversão de peso baixa) 
• Inapetência, má aparência geral. 
• Convulsão e Icterícia (icterícia hepática) 
Tem acúmulo de bilirrubina indireta 
FUMONISINAS 
• 30 metabólitos tóxicos. 
• Mais importantes: B1, B2 e B3. 
• 70% dos lotes de alimentos destinados para 
aves estejam contaminados por essas 
micotoxinas 
AVES: 
• Aumento do consumo de água e ração 
• Diarreia escura e pegajosa (PROVA) 
• Diminuição no ganho de peso 
• Diminuição do desempenho produtivo 
• Diarreia 
• Inapetência 
• Lesões orais (micotoxinas afetam cavidade 
oral) 
• Degeneração e aumento de peso do fígado 
(acontece em todos os ciclos de micotoxinas 
pois é onde é metabolizado) 
A diminuição da conversão alimentar e desordens 
digestivas são relacionadas à diminuição da altura das 
vilosidades, da profundidade das criptas e da 
proliferação de células produtoras de muco no 
intestino delgado 
 
O aumento da susceptibilidade à Escherichia coli em 
diferentes espécies intoxicadas também já foi 
comprovada. 
TRICOTECENOS 
• T-2, deoxinivalenol (DON ou vomitoxina) e 
diacetoxiscirpenol (DAS) 
• Produzidas por fungos de diversos gêneros. 
Principalmente Fusarium 
• Redução no consumo de ração e no ganho de 
peso, lesões orais 
• Necrose dos tecidos linfóides, hematopoiético 
e mucosa oral. 
• Empenamento anormal e diminuição na 
espessura e qualidade da casca dos ovos 
(Alterações dos tecidos linfoides PROVA) 
 
 
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ZEARALENONA 
A zearalenona é um metabólito fúngico estrogênico 
não esteroide produzido por várias espécies de fungos 
do gênero Fusarium, incluindo F. culmorum, 
F.graminearum e F. crookwellense. 
Espessura da casca e a qualidade dos ovos. 
Entretanto, as diversas associações dessa fusariotoxina 
com outras micotoxinas podem resultar em graves 
perdas e por isso merecem maiores estudos 
(atrapalha a parte reprodutiva do estrógeno, alteração 
da espessura da casca e dos ovos, altera parte 
reprodutiva) 
OCRATOXINAS 
As ocratoxinas formam um grupo de sete metabólitos 
tóxicos produzidos por fungos dos gêneros Aspergillus 
e Penicillium. 
• Ocratoxina A possui importância toxicológica 
(é a mais importante) 
• Considerada um potente agente nefrotóxico, 
hepatotóxico e imunodepressor. 
 
A ocratoxina A somente é eliminada do organismo 3 a 
4 semanas após a retirada do alimento contaminado. 
(após a remoção dela da alimentação o animal vai 
acabar melhorando) 
 
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES 
• Nunca ultrapassar os limites sugeridos. 
• A limpeza dos silos e condições de 
armazenagem. 
• Lotes: Analisados por métodos confiáveis, a 
fim de tomar medidas preventivas 
(importante sempre coletar o material para fazer uma 
cultura) 
 
Na fase inicial o animal ainda tem 48 dias para fazer seu 
desenvolvimento na fase final acaba aumentando a 
quantidade de micotoxinas. 
Emprego de aditivos anti-micotoxinas nas dietas 
contaminadas pode ser uma boa alternativa para 
proteger os animais dos efeitos tóxicos das 
micotoxinas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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