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ESCOLA DE COMUNICAÇÃO DA UFRJ Linguagem Gráfica Andréia Resende andreia.resende@eco.ufrj.br Cor A cor não tem existência material. É a sensação provocada pela ação da luz sobre o órgão da visão. Israel Pedrosa ESCOLA DE COMUNICAÇÃO DA UFRJ Linguagem Gráfica Andréia Resende Referências bibliográficas DONDIS, Donis A. Sintaxe da linguagem visual. São Paulo: Martins Fontes, 1991. ALBERS, Josef. A interação da cor. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2009. FRASER, Tom; BANKS, Adam. O guia completo da cor. São Paulo: Senac, 2007. PEDROSA, Israel. Da cor à cor inexistente. 10ª edição. São Paulo: Senac, 2009. Se alguém disser “vermelho” e houver cinquenta pessoas escutando, pode-se esperar que cada uma pense em um vermelho – e todos esses vermelhos serão muito diferentes. As cores são percebidas em um fluxo contínuo, constantemente relacionadas a cores adjacentes e a condições variáveis. Josef Albers PERCEPÇÃO A cor não é uma coisa fixada a um objeto ou superfície. É uma experiência e, como tal, não se dá de forma igual para todos. Uma vez que nossos olhos nos permitem experienciar uma cor, é todo o resto de nós que determina o significado que lhe emprestamos. CONTEXTO Cultura, tecnologia, localização influenciam na interpretação das cores. A natureza contribui para a atribuição de significados às cores a partir de experiências. Simbolismo e história estão relacionados ao processo de interpretação das cores. Imagens são criadas a partir dessas influências. LINGUAGEM Teorias da cor são teorias da linguagem, pois nos expressamos através da cor. Sistema de signos: arbitrário em determinada cultura (ex: sinais de trânsito). Interpretação relativa ao contexto: podemos dizer que combinar cores é combinar signos para sugerir e provocar associações simbólicas. Um pouco de história: Em 1665, Isaac Newton fez experimentos refratando luz através do prisma e concluiu que este não “coloria a luz”, como se pensava, mas a decompunha nas cores do arco-íris: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, índigo e violeta. Paralelamente, o físico Christian Huygens desenvolvia a ideia de que a luz existe em ondas. Comprimentos de onda: Vermelho = 570 nanômetros Verde = 535 nm Azul = 425 nm O prisma provou que a cor é um fenômeno real e subjetivo, pois a impressão de cor é criada na mente. Dentro da retina, um arranjo complexo de células especializadas processa as informações dos fotorreceptores (bastonetes e cones). As cores verde, vermelho e azul estimulam esses receptores. No início do século XIX, o físico inglês Thomas Young postulou que o olho devia conter receptores sensíveis a um número limitado de cores. Todas as outras cores seriam criadas pela combinação daquelas. Surge a teoria tricromática, inicialmente identificando as três cores como vermelho, amarelo e azul, sendo o amarelo substituído pelo verde mais tarde. Confirmada nos anos 1960, a combinação das três cores primárias da luz para recriar todo o espectro é chamada, então, MISTURA ADITIVA (ou síntese aditiva). Exemplos de mistura aditiva estão presentes nas telas do computador, da televisão ou do cinema. MISTURA ADITIVA Cores-luz primárias MATIZ Propriedade da cor relacionada ao comprimento de onda. SATURAÇÃO Grau de pureza da cor. As cores não saturadas são acinzentadas. BRILHO Valor de uma cor, adição de preto ou branco a um matiz. DIMENSÕES DA COR Quando vemos as cores impressas, não estamos olhando diretamente para uma fonte luminosa, mas para a luz refletida por uma superfície pigmentada. Ao misturar tintas ou pigmentos, estamos, indiretamente, manipulando a luz. Os comprimentos de onda refletidos determinam a cor que vemos. Por exemplo: a tinta vermelha absorve azul e verde da luz branca, refletindo o que sobra do espectro: vermelho. Esse processo de composição da cor é denominado MISTURA SUBTRATIVA (ou síntese subtrativa). MISTURA SUBTRATIVA Cores-pigmento transparentes (impressão) CMYK pigmento / impressão RGB luz / meio digital Cores primárias na impressão mecânica colorida: ciano, magenta, amarelo e preto (escala CMYK). Cores-pigmento transparentes. Cores primárias na arte: vermelho, amarelo e azul. Cores-pigmento opacas. Os diferentes métodos de mistura (RGB, CMY e RYB) produzem cores secundárias, formadas pela mistura de duas primárias. HARMONIA CROMÁTICA Os círculos cromáticos ajudam a identificar matizes que funcionam bem juntos e produzem determinados efeitos. A harmonia numa composição reflete a relação de equilíbrio entre as cores. O olho/cérebro busca a neutralidade. Johann Goethe Johannes Itten PIGMENTO Círculos cromáticos / relação entre as cores Esquemas cromáticos / combinação das cores numa composição Esquemas cromáticos / combinação das cores numa composição Esquemas cromáticos / combinação das cores numa composição Monocromia / Policromia Policromia / Triádico Policromia / Triádico Policromia / Triádico Monocromia Análogas Análogas Análogas Análogas Complementares Complementares Complementares Complementares / Análogas Complementares / Análogas Complementares / Análogas Quente / Frio Quente / Frio Tons pastéis Claro / Escuro Baixa saturação Qual o esquema cromático predominante?
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