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Resumo Livro Contabilidade em ação

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CAPITULO 01 – Aspectos contábeis iniciais
No âmbito das ciências sociais aplicadas, a contabilidade vai se desenvolvendo, confira alguns períodos de destaque e influência: Europa: A época das navegações, os fidalgos em Portugal estavam investindo nas expedições para ter retorno das riquezas que os navegantes traziam. Feudalismo: Usavam o escambo, os vassalos que trabalhavam na terra para sobreviver, repassavam uma parte do que produziam para o senhor feudal. Mediterrâneo: Surgiram as especiarias (canela, açúcar, cravo etc.), bastante requisitadas pelos países frios. A Igreja Católica, interessada no produto, ao entrar nesse comércio, consegue dinheiro para comprar as especiarias e no comercio dessas especiarias tem acesso a dobrões de ouro, introduzidos na Europa. Mercantilismo: A Itália se destaca nesse período – passa por uma grande mudança social, política e cultural – pode-se dizer que ela é o berço da contabilidade. Surge frei Luca Pacioli que fica muito interessado nas transações comerciais, chegando a criar o conhecido método das partidas dobradas: para todo debito há um credito de igual valor ou para todo credito há um debito de igual valor. Posteriormente, ele publica um livro de matemática com um capitulo voltado para contabilidade, em 1489.
A época da Revolução Industrial, as ciências contábeis têm maior desenvolvimento. Antes, o que era apenas contabilidade financeira, após a revolução, as produções na sociedade se tornaram em larga escala. Assim, a contabilidade financeira é deixada de lado por não suprir essas necessidades e surge a contabilidade gerencial e de custos, pois foi preciso tomar decisões acerca do controle da produção.
Depois da Revolução Industrial, a visão que se tem sobre a contabilidade muda, a qual pode ser classificada em duas escolas: Italiana: antes da Revolução Industrial, tudo o que se aprende na contabilidade refere-se ao modo dessa escola italiana, aos modos europeus. Porém as teorias aqui não são testadas, por isso a escola entra em declínio, não dava ênfase na pratica da contabilidade. Americana: depois da Revolução Industrial, a contabilidade precisa conhecer desde que o “chão” da fabrica precisa ate a alta diretoria. O principal objetivo da contabilidade é o PATRIMONIO DAS ENTIDADES. Esse patrimônio cuida de pessoas físicas e jurídicas, sendo que o patrimônio se refere aos bens, direitos e obrigações do individuo ou empresa. A ciência contábil é também regida por normas, conheça: - Municipal: Tributos ISS - Estadual: ICMS - Federal: Gama gigante de tributos, tanto física quanto jurídica – Fornecedores.
1.1 Origem e conceitos
Linda do tempo da contabilidade: Empirismo ou mundo antigo – Nessa época, a contabilidade utilizava desenhos e imagens para identificar a posse, ou seja, era sistematizada de forma rudimentar. Renascimento ou sistematização – A expansão marítima e a consolidação da burguesia houve maior necessidade de controle, principalmente da informação o que culminou na Revolução Industrial. Um dos grandes acontecimentos desse período foi a efetiva consolidação da contabilidade com ciência. Racionalismo ou literatura – nessa fase, surgiram grandes empresas no mundo, as quais eram formadas por vários sócios; com isso, consolidaram novas áreas contábeis, com destaque para auditoria externa. Contigencialismo ou cientifico: Analisa a informação contábil por meio do passado, do presente e do futuro, preocupando-se com as questões estratégicas e competitivas. O resultado da empresa teve destaque exigindo a associação com a tecnologia da informação criando assim o sistema de informação gerencial.
A contabilidade é a ciência social que estuda e pratica as funções de controle e de registro relativos aos atos e aos fatos da administração e da economia.
Tendo como base essas conceituações iniciais, é mais fácil entender as ações que devem ser realizadas pela contabilidade, as quais são separadas em cinco grupos: 1. Organizar; 2. Registrar; 3. Demonstrar; 4. Analisar; 5. Acompanhar.
1.2 Finalidade básica da contabilidade
É fornecer informações sobre o patrimônio, informações essas de ordem econômica e financeira, que facilitam as tomada de decisões, tanto da parte dos administradores ou proprietários como também por parte daqueles que pretendem investir na empresa. Atualmente não existe uniformidade quanto às técnicas contábeis. Uma técnica contábil é o conjunto de determinados processos que devem ser adotados pela contabilidade para execução do seu objetivo principal, ou seja, mensurar o patrimônio de uma empresa.
Técnicas contábeis: Escrituração – nada mais é do que o efetivo registro, formalizado, dos fatos contábeis em determinados livros específicos com objetivo final de elaborar as demonstrações contábeis. Demonstrações contábeis – São documentos, obrigatórios ou não, que retratam uma determinada situação dentro da contabilidade. Auditoria – É a analise apurada da veracidade e da exatidão de todos os lançamentos constantes nas demonstrações contábeis. Analise das demonstrações: É o exame detalhado das demonstrações; tem como finalidade produzir certas informações que são diferenciadas, principalmente, pela utilização de índices e indicadores.
1.3 Objeto principal da contabilidade
O objeto da contabilidade é o estudo e o controle do patrimônio de uma empresa.
1.4 Campos de atuação e aplicação da contabilidade
Abrange todas a entidades econômico-administrativas, até mesmo as pessoas de direito publico, como a União os Estados e os Municípios, as Autarquias etc.
Aplicação da contabilidade:
Entidades econômico-administrativas – Instituições / empresas / pessoas físicas
Entidades econômico-administrativas são classificadas como organizações que reúnem na forma de elementos constitutivos pessoas, patrimônios e uma finalidade. Analisadas de duas formas: Instituições: apresentam finalidades sociais e socioeconômicas. Empresas: têm finalidade econômica, com a expectativa de geração de lucro, e atuam em vários ramos de atividades.
Natureza do capital – Públicas / Mistas / Privadas
Públicas: têm capital do governo. Privadas: o capital é particular. Mistas: têm uma parcela de capital próprio e outra governamental.
Usuários das informações contábeis: Internos – se relacionam diretamente com a empresa: Gerentes, funcionários, Diretoria. Externos: são aqueles que não têm acesso direto as informações: Bancos, Clientes, Concorrentes, Fornecedores.
A contabilidade pode ser aplicada em várias áreas:
Contabilidade comercial e de serviços: mensura o patrimônio de empresas comerciais e de serviços.
Contabilidade industrial: apura os custos de uma empresa industrial e de todo o seu processo produtivo.
Contabilidade bancária: aplica, estuda, registra e controla as operações contábeis em instituições financeiras e assemelhadas.
Contabilidade hospitalar: identifica a situação econômica do patrimônio de empresas que realizam serviços de saúde.
Contabilidade pública: demonstra a execução orçamentária e os atos patrimoniais da Fazenda Pública (municipal, estadual e federal)
Contabilidade agropecuária: estuda as variações do patrimônio das empresas que realizas atividades rurais.
Contabilidade securitária: estuda as variações do patrimônio das empresas que realizam atividades de seguros e assemelhadas.
Contabilidade de transporte: Mensura o patrimônio de empresas que realizam transporte, as quais têm de atender a uma legislação especifica quando da apuração de seu resultado contábil.
Contabilidade de autônomos: Analisa o patrimônio das pessoas físicas que exercem determinadas atividades sem ter uma empresa constituída efetivamente.
1.5 Marcos legais da contabilidade no Brasil
Os principais são: a sanção da lei n 6.404 de 15 de dezembro de 1976 chamada Lei das Sociedades por Ações e depois a sanção da lei 11.638 de 28 de dezembro de 2007 essa lei marcou a chamada “padronização” das normas contábeis brasileiras em relação às normas internacionais.
1.6 Princípios da contabilidade
O principio representa a causa da qual algo procede. Essencialmente,os princípios contábeis são considerados os preceitos fundamentais que dão base a doutrina contábil.
Principio da Entidade determina que o patrimônio é o objeto da contabilidade e que este pertence à empresa, ou seja o patrimônio da empresa não é o mesmo patrimônio de seus sócios.
Principio da Prudência determina a adoção, por parte da empresa, do menor valor para os seus bens e direitos (ativos) e do maior valor para suas obrigações (passivos), ou seja, os ativos não podem ser superestimados; com isso, atribui-se maior confiança à mensuração e à apresentação dos componentes do patrimônio.
Principio da Competência todas as receitas (entradas de recursos financeiros no caixa da empresa) e despesas (saídas de recursos financeiros do caixa da empresa) devem ser apuradas ou levantadas no período em que acontecerem, sempre de forma simultânea, independentemente do seu respectivo recebimento ou pagamento.
Principio da Continuidade a empresa se assemelha a um organismo vivo e deverá operar por um período de tempo indeterminado, a não ser que fatores ocorram para provocar o contrario.
Principio da Oportunidade refere-se ao registro tempestivo e integral do patrimônio da empresa, assim como de suas alterações (mutações), como o objetivo de deixar claro o que pode ser feito no memento atual e da forma correta, independente das causas que originem essas alterações.
Principio do Registro pelo Valor Original todos os componentes do patrimônio de uma empresa devem ser contabilizados de acordo com o seu valor original, que deverá ser expresso obrigatoriamente na moeda corrente vigente no país.
Os princípios da contabilidade, então, permearão toda analise contábil realizada em toda e qualquer empresa, atuando como direcionadores às ações e ás reações relativos às decisões fundamentadas na contabilidade em tal empresa. São como normas que não podem ser, em nenhum momento, ignoradas ou deixadas de lado.
1.6.1 Características da informação contábil
Características qualitativas da informação contábil
Compreensibilidade – A informação apresentada em demonstrações contábeis deve ser apresentada de modo a torná-la compreensível por usuários que tem conhecimento razoável de negócios e de atividades econômicas e de contabilidade, e a disposição de estudar a informação com razoável diligência.
Relevância – A informação tem a qualidade de relevância quando é capaz de influenciar as decisões econômicas de usuários, ajudando-os a avaliar acontecimentos passados, presentes e futuros ou confirmando, ou corrigindo, suas avaliações passadas.
Materialidade – A informação é material. A materialidade depende do tamanho do item ou imprecisão julgada nas circunstâncias de sua omissão ou erro. Entretanto, é inapropriado fazer, ou deixar sem corrigir fazer, ou deixar sem corrigir, desvios insignificantes das práticas contábeis para se atingir determinada apresentação da posição patrimonial e financeira (BP) da entidade, seu desempenho (resultado e resultado abrangente) ou fluxos de caixa.
Confiabilidade – A informação é confiável quando está livre de desvio substancial e viés, e representa adequadamente aquilo que tem a pretensão de representar ou seria razoável de se esperar que representasse.
Primazia da essência sobre a forma – Transações e outros eventos e condições devem ser contabilizados e apresentados de acordo com sua essência e não meramente sob sua forma legal. Isso aumenta a confiabilidade das demonstrações contábeis.
Prudência – Prudência é a inclusão de certo grau de precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas exigidas de acordo com as condições de incerteza, no sentido de que ativos ou receitas não seja superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados. A prudência não permite viés.
Integralidade – Para ser confiável, a informação constante das demonstrações contábeis deve ser completa, dentro do limites da materialidade de custo. Uma omissão pode tornar a informação falsa ou torná-la enganosa e, portanto, não confiável e deficiente em termos de sua relevância.
Comparabilidade – Os usuários devem ser capazes de comparar as demonstrações contábeis da entidade ao longo do tempo, a fim de identificar tendências em sua posição patrimonial e financeira e no seu desempenho. Os usuários devem ser informados das políticas contábeis empregadas na sua elaboração das demonstrações contábeis, e de quaisquer mudanças nessas políticas e dos efeitos dessas mudanças.
Tempestividade – Envolve oferecer a informação dentro do tempo de execução da decisão. Para ser relevante, a informação contábil deve ser capaz de influenciar decisões econômicas dos usuários.
Equilíbrio entre custo e beneficio – Os benefícios derivados da informação devem exceder o custo de produzi-la. A avaliação dos custos e benefícios é, em essência, um processo de julgamento. Os benefícios também podem incluir melhoria no processo de tomada de decisões da administração.
Essas características qualitativas da informação contábil devem sempre estar fundamentadas e amparadas nas convenções da contabilidade; alem disso, servirão de base para essas próprias convenções.
1.6.2 Convenções da contabilidade
Convenção da Consistência ou da Uniformidade – afirma que, depois que a empresa resolve adotar um critério de contabilização, não poderá alterar constantemente esse critério.
Convenção do Conservadorismo ou da Prudência – quando surgirem duvidas em relação ao valor de um lançamento contábil, ou quando esse mesmo lançamento tiver dois valores deve-se sempre optar pelo valor mais baixo para o lançamento do Ativo pelo mais alto para o Passivo.
Convenção da Materialidade ou Relevância – na contabilidade, deve-se registrar somente os valores que representam a realidade e que são considerados dignos de lançamento.
Convenção da Objetividade – entre duas opções de lançamento, o contador deve optar sempre pelo lançamento objetivo.
Convenção da Periodicidade – os lançamentos e a divulgação das demonstrações contábeis devem ter sempre a mesma periodicidade, permitindo, com isso, uma avaliação melhor e mais constante.
As convenções contábeis, ao contrario dos princípios da contabilidade, são mais objetivas e de visualização mais pratica no cotidiano da contabilidade, pois indica qual deve ser a postura correta a ser adotada no pleno exercício da contabilidade de uma empresa.
Capítulo 02 – Estudo do Patrimônio
O patrimônio é composto pelo conjunto de bens, direitos e obrigações de uma pessoa, seja ela física ou jurídica, avaliada sempre em moeda corrente. O patrimônio pode ter varias definições 1. O patrimônio de uma organização é demonstrado pelo Balanço patrimonial. A definição do patrimônio esta ligada ao conceito de bem. 2. Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações da entidade. 3. O patrimônio inicial de uma empresa é, normalmente, o capital social. É o dinheiro ou bens materiais que os sócios colocam a disposição da entidade para que posso funcionar.
Principais características do patrimônio: 
Personalidade – Pessoa física ou pessoa jurídica.
Componentes – Bens e direitos. Obrigações.
Função – Externa o grau de riqueza do proprietário.
Mensuração – Par efeito contábil, um item somente será componente do patrimônio se for mensurável em dinheiro.
Mutações – É normal o patrimônio estar em constante mutação, sofrendo acréscimos ou decréscimos, conforme a qualidade de sua administração.
2.1 Aspectos qualitativos e quantitativos do patrimônio
Aspecto qualitativo – considera a nomenclatura, que deve expressar com clareza a natureza dos registros de todos os elementos que compõem o patrimônio, como bens numerários ou disponibilidades, bens de venda ou estoques, bens de renda ou investimentos, bens de uso ou imobilizados, e bens incorpóreos ou intangíveis.
Aspecto quantitativo – leva em conta os componentes patrimoniais quando expressos única e exclusivamente em valores monetários.
Imobilizações técnicas: São bens que vão sendo lentamente consumidos pelo uso. Exemplo: maquinas, veículos, prédios, utensílios,moveis, ferramentas e instalações aplicadas na produção. *Bens de venda: representa este grupo os valores que se destinam a ser vendidos, quer no estado em que existem, quer transformados ou adaptados. Exemplo: Mercadorias, matérias-primas, materiais auxiliares, retalhos, resíduos de fabricação. -> Bens de credito: representa esse grupo os valores que se destinam a produzir resultados, pela própria natureza da aplicação. Exemplo: apólices, ações, imóveis alugados e arrendados etc. *Créditos de funcionamento: representa este grupo os valores a receber, oriundos das operações normais e técnicas dos negócios, geralmente de vendas a credito a pequenos prazos. Exemplo: duplicatas a receber, letras de cambio a receber, valores em conta corrente etc. -> Créditos de financiamento: representa este grupo os valores a receber, oriundos de empréstimos de dinheiro feitos a terceiros, geralmente a longo prazo. Exemplo: notas promissórias a receber, valores em conta corrente a receber etc. -> Bens numerários: representam o dinheiro e os títulos que diretamente expressam a moeda. Exemplo: dinheiro em caixa em banco, cheques, ordem de pagamento a vista etc. Rateios e antecipações ativas: representam os valores antecipados em pagamento ou créditos em formação. Exemplo: antecipações a fornecedores, dividendos a pagar em outras empresas etc. Débitos de funcionamento: representam este grupo os valores a pagar, ou seja, as dividas ou capital de terceiros que financiaram aplicações normais ou técnicas, oriundas geralmente de compras a prazo. Exemplo: Duplicatas a pagar, letras de cambio a pagar, valores em conta a pagar etc. Débitos de financiamento: representam este grupo os valores de dividas oriundos de empréstimos de dinheiro feitos por terceiros, geralmente a maior prazo. Exemplo: notas promissórias a pagar, hipotecas, penhores, valores em conta a pagar etc. Rateios e antecipações passivas: representam os valores recebidos como antecipações de dividas em formação. Exemplo: antecipação de clientes, dividendos a pagar etc.
Componentes patrimoniais
Bens é tudo aquilo que seja capaz de satisfazer as necessidades, se são passiveis de uma avaliação econômica ou financeira. Bens de uso: Balcões, prateleiras, mesas e cadeiras, maquinas etc. Bens de troca: dinheiro para troco. Bens de consumo: Matérias-primas, embalagens diversas, material de limpeza etc. Podem ser classificados como materiais e imateriais.
Direitos são praticamente todos os valores que a empresa tem para receber, e que estão, em um determinado momento, nas mãos de terceiros. Duplicata: é um titulo de credito comercial, usado em vendas a prazo. Recebe esse nome por possuir os mesmos dados principais da fatura. Nota promissória: é um titulo de credito comercial representativo de uma promessa de pagamento, ou seja, o devedor de compromete a pagar o credor determinada quantia. Contas a receber: conta representativa de valores a receber de terceiros, os quais não se encontram em títulos de credito. Adiantamento a fornecedores: conta representativa de um credito do cliente contra o fornecedor, tendo em vista o pagamento antecipado para o recebimento futuro de bens. Adiantamento a empregados: representa um direito da empresa em relação ao empregado. Imposto a recuperar: alguns tributos são compensados em cada operação com o montante cobrado nas anteriores.
Obrigações são valores que empresa tem de pagar a terceiros em determinado momento. Da mesma forma que os direitos, as obrigações se originam não somente de compras efetuadas a prazo, mas também de outras transações, como alugueis e empréstimos, entre outros. Contas a pagar: conta representativa de obrigações com terceiros que não se encontram representadas por títulos de credito. Provisões do Passivo: são as obrigações de caráter duvidoso, pois são determinadas por estimativas. Provisões do Ativo: tais provisões não são obrigações, e sim contas redutoras (ou retificadoras), que são contas negativas do grupo ao qual pertençam. Imposto de renda a pagar: representa o imposto de renda efetivamente a ser pago pela empresa ao Governo Federal, com base na declaração de rendimentos. Encargos sociais a recolher: engloba a parte dos empregados e a parte do empregador. Débitos de funcionamento: são dividas normais originarias do próprio funcionamento da entidade, tais como salários a pagar, duplicatas a pagar, imposto a recolher. Débitos de financiamento: são dividas eventuais originários de empréstimos bancários, financiamentos para aquisição de bens do ativo imobilizado etc. Créditos de funcionamento: são créditos normais originários do funcionamento da empresa, tal como é o caso das duplicatas a receber, as quais representam créditos contra clientes em função de vendas a prazo. Créditos de financiamento: são créditos eventuais da empresa, tais como empréstimos concedidos a coligadas, controladas, acionistas, diretores etc.
As obrigações, de maneira bem pratica, podem ser analisadas como dividas da empresa, ou valores que ela tem de pagar, ainda que para terceiros.
2.2 Componentes do patrimônio
O Ativo, segmentado em bens e direitos, representa o aspecto patrimonial positivo. Por outro lado, as obrigações (passivo) representam o aspecto patrimonial negativo. Pode ser analisado por dois ponto de vista, estático e dinâmico. No dinâmico, ela estuda, controla, expõe e analisa as modificações ocorridas no patrimônio.
Elementos do patrimônio
 Elementos positivos - ATIVO Elementos negativos - PASSIVO
 Bens Caixa/ Estoque de mercadorias. Obrigações
 Direitos Duplicatas a receber / Duplicatas a pagar/ Alugueis a pagar/
 Promissórias a receber. Impostos a pagar/ Salários a pagar.
O lado esquerdo representa o Ativo (bens e direitos) e o lado direito o Passivo (obrigações). 
2.2.1 Características do ativo
1. O recurso tem de ser controlado e rastreado facilmente. 2.O recurso deve ter condições de gerar algum resultado econômico para a empresa. 3. O controle deve remeter a uma operação do passado, e nunca a uma operação futura (que ainda não tenha acontecido).
2.2.2 Características do Passivo
 1. Indica uma obrigação da empresa 2. O recurso deve ser decorrente de uma transação passada 3. É uma obrigação que irá consumir algum beneficio econômico da empresa.
2.2.3 Patrimônio Líquido
 O Patrimônio Líquido é a diferença entre o Ativo e o Passivo de uma entidade
São três formas de classificarmos a origem do Patrimônio Liquido:
Integralização de capital: é o capital cedido pelos sócios para o inicio das atividades ou para suprir uma eventual necessidade de capital para o pagamento de dividas ou para novos investimentos.
Lucro: é o resultado econômico positivo obtido pelas operações da empresa, quando as receitas são maiores do que os custos e as despesas.
Doações ou subvenções: são recursos recebidos de terceiros, geralmente poder publico, na forma de incentivo à atividade da empresa e com possibilidade de contraprestação de serviços.
2.2.3.1 Receitas e ganhos
Podemos entender que, as receitas são os aumentos do Patrimônio líquido de uma empresa, decorrendo diretamente das suas atividades, que sempre devem visar o ganho, expresso na forma do lucro. Receita, então, é praticamente todo o dinheiro que a empresa consegue captar com a venda de seus produtos ou prestações de serviços. Por outro lado, o ganho é a remuneração que ela terá ao longo do período, não como conseqüência direta da receita, mas sim da evolução patrimonial.
2.2.3.2 Despesas e perdas
As despesas, na maioria das vezes, são os desembolsos ou reduções de ativos; assim como as perdas, surgem no decorrer das atividades da empresa, provocando a redução do seu Patrimônio líquido.
2.3 Representação gráfica do patrimônio
	
 ATIVO
	 PASSIVO
	
	 PATRIMÔNIO LÍQUIDO
2.4 Equação básica do patrimônio
	 ATIVO = PASSIVO + PL
2.5 Situações líquidas patrimoniais
	 Bens + direitos – obrigações = Situaçãolíquida patrimonial
A situação liquida do patrimônio é representada simplesmente pela diferença entre Ativo e o Passivo.
Capítulo 03 – Variações patrimoniais
Esses acontecimentos são ponto-chave para o processo de escrituração, sendo divididos em dois grupos: os atos administrativos e os fatos contábeis.
Atos administrativos – São os acontecimentos que não alteram o patrimônio da empresa.
Fatos contábeis – São todos os acontecimentos que provocam alterações no patrimônio das empresas.
3.1 Atos administrativos e fatos contábeis
Os fatos contábeis são decorrência dos atos administrativos, pois os fatos nada mais são do que os registros efetuados com base nos atos.
3.1.1 Atos administrativos
Os atos administrativos são, basicamente, os negócios que a empresa realiza e que não alteram o seu patrimônio. Como por exemplo: admissão de empregados, assinaturas de contratos de compra e venda, o aval de títulos, as fianças em favor de terceiros, a hipoteca e o penhor. Alguns desses atos administrativos, de acordo com as classificações e o comportamento, poderão sim, alterar de alguma forma o patrimônio da empresa.
Aval de títulos – Ocorre quando a empresa avaliza títulos para terceiros. Esse ato põe em risco o patrimônio da empresa, que se compromete a pagar a divida, caso o devedor não o faça.
Fianças em favor de terceiros – Ocorre quando a empresa se torna fiadora de um terceiro, prática comum nos contratos de locação de imóveis. Esse ato põe em risco o patrimônio da empresa, que se compromete a efetuar o pagamento do aluguel, caso o devedor não o faça.
Contratação de seguros – Ocorre quando a empresa contrata, junto a uma companhia seguradora, cobertura de riscos contra incêndio, roubo etc. Trata-se de ato relevante, uma vez que, ocorrendo o sinistro, a empresa será ressarcida do valor do prejuízo.
As empresas, para serem capazes de controlar os atos administrativos relevantes, devem criar e manter em sua contabilidade uma conta especifica chamada conta de compensação. É importante entender que uma conta de compensação não é uma conta de resultado ou patrimonial – ela é somente um lançamento especifico para identificar os atos administrativos.
3.1.2 Fatos contábeis
Um fato de gestão de qualquer negocio realizado pela administração que modifique o patrimônio da empresa, em termos de qualidade ou quantidade. Como os fatos contábeis alteram o patrimônio da empresa, obrigatoriamente devem ser registrados na forma de contas de resultado ou patrimoniais, podendo ser analisados de três maneiras diferentes.
Fatos contábeis permutativos: São aqueles que não alteram diretamente o valor do Patrimônio Líquido da empresa, pois representam somente uma alteração qualitativa. São cinco modalidades dos fatos permutativos:
Aumento do Ativo e aumento simultâneo do Passivo (ex: compra de mercadoria a prazo)
Aumento e redução simultâneos do Ativo (ex: compra de mercadorias à vista)
Redução do Passivo e redução simultânea do Ativo (ex: pagamento de duplicatas)
Redução e aumento simultâneo da situação líquida (ex: aumento do capital social com a utilização de reservas)
Redução e aumento simultâneos do Passivo (ex: retenção do Imposto de Renda dos funcionários)
 *Envolvem apenas contas patrimoniais.
Fatos contábeis modificativos: São aqueles que aumentam ou reduzem o Patrimônio Líquido da empresa de forma quantitativa. Basicamente são duas modalidades de fatos modificativos:
Aumentativo ou positivo: o aumento do Ativo ou a redução do passivo ocorrem simultaneamente a um aumento do patrimônio líquido (ex: recebimentos de juros, recebimentos de alugueis, prestação remunerada de serviços)
Diminutivo ou negativo: a redução do Ativo ou o aumento do Passivo ocorrem simultaneamente a uma redução do Patrimônio Líquido (ex: pagamentos de alugueis, despesas com juros, pagamento de salários e encargos)
*Envolvem apenas uma conta patrimonial (que representa um bem, um direito ou uma obrigação) e uma ou mais contas de resultado ou do PL.
Fatos contábeis mistos: São aqueles que acarretam uma permuta e uma modificação patrimonial, por meio do aumento ou da redução do Ativo ou do Passivo. Basicamente são duas modalidades
Aumentativo ou positivo: a permuta é simultânea ao aumento do Patrimônio Líquido, por meio de um aumento ou de uma redução do Ativo ou Passivo (ex: recebimento de duplicatas com juros, pagamentos de títulos com desconto, venda de mercadorias com lucro)
Diminutivo ou negativo: a permuta é simultânea à redução do Patrimônio Líquido, por meio de um aumento ou de uma redução do Ativo ou do Passivo (ex: pagamento de duplicatas com juros, recebimento de um titulo com desconto, venda de mercadorias com prejuízo)
*Envolvem mais de uma conta patrimonial e uma ou mais contas de resultado ou do PL.
Os fatos contábeis, portanto, são todos os eventos demonstrados diretamente por meio de um valor monetário, que alteram diretamente, qualitativa ou quantitativamente, o patrimônio de uma empresa.
3.1.2.1 Registro dos fatos contábeis
Os fatos contábeis são registrados basicamente por meio de quatro passos.
Identificação das contas envolvidas – é importante salientar que ao menos duas contas devem ser envolvidas;
Identificar do grupo ao qual a conta pertence – uma conta somente pode pertencer a um determinado grupo,ou seja, Ativo, Passivo, Patrimônio líquido, Receita ou Despesa;
Identificação do efeito que o fato produz sobre cada uma das contas envolvidas, ou seja, que elemento contábil aumenta ou reduz devido a esse fato;
Efetivação do lançamento, atendendo ao mecanismo de debito e credito.
Esses passos são primordiais para a identificação da origem e das aplicações de recursos.
3.2 Origem e aplicação de recursos
Todo e qualquer tipo de empresa necessita de recursos materiais e de recursos financeiros para poder aplicar em suas atividades, operacionais ou não. Uma empresa pode buscar esses recursos basicamente de duas formas: Por meio de fontes interna e de fontes externas.
As fontes internas são representadas basicamente pelo capital dos sócios da empresa. As fontes externas são representadas pelos recursos de terceiros, ou por meio de obrigações que a empresa assume perante terceiros.
Capital – Aplicação de Recursos – Bens e Direitos – Ativo
Capital – Origem de recursos: Externas – Capital de terceiros – Passivo Exigível
 Internas – Capital próprio – Patrimônio Líquido
3.2.1 Passivo: Origem de recursos
No lado do Passivo (direito), são representados dois grupos de elementos patrimoniais, as obrigações e o Patrimônio Líquido.
3.2.2 Ativo: Aplicação de recursos
No lado do Ativo (esquerdo), são representados os bens e os direitos, que são decorrência das origens demonstradas no Passivo, sendo aplicados na operação da empresa.
3.3 Formação do capital
O capital inicial pode ser composto somente por: dinheiro; uma parte em dinheiro e outra parte em bens; ou uma parte em dinheiro, uma parte em outros bens e uma parte em direitos.
É importante que fique clara a diferença entre o capital e o patrimônio. O capital é o conjunto dos elementos que os proprietários possuem para inicias as atividade de uma empresa, enquanto o patrimônio é o conjunto dos bens e dos direitos da empresa.
Tipos de capital:
Capital social – é a obrigação que a empresa tem para com os seus sócios; na maioria das vezes, é originado por meio da entrega de recursos (bens e Direitos) para a composição do capital da empresa.
Capital próprio – são os recursos originados diretamente dos sócios da empresa, que são utilizados para a aquisição de ativos (bens e direitos), compondo o Passivo exigível da empresa.
Capital realizado – corresponde ao total dos recursos que já foram entregues pelos sócios no ato da abertura da empresa.
Capital a realizar – é o capital com que a empresa foi registrada, mas que ainda não foi colocado a integralmente a disposição para que esta o utilize em suas operações.
Capital total à disposição da Empresa – corresponde à soma do capitalpróprio com o capital de terceiros, sendo igual ao total do Ativo da empresa.
CAPITULO 04 – Plano de Contas
O plano de contas nada mais é do que o elenco das contas necessárias para a efetivação dos registros contábeis de uma empresa. O plano de contas tem a finalidade de estabelecer determinadas normas de conduta para o registro das operações contábeis, considerando três objetivos:
Adaptar-se as exigências dos agentes externos, principalmente as regras da legislação do Imposto de Renda.
Observar um formato que seja totalmente compatível com os princípios contábeis e com a legislação.
Atender as necessidades informacionais da empresa.
4.1 Teoria das contas
Teoria Materialista , as contas representam valores materiais.
 Integrais: Bens, direitos e obrigações.
Diferenciais: Receitas, Despesas e Situação líquida
Teoria Personalistica, as contas são associadas a pessoas.
Contas dos agentes consignatários: Caixas
Contas do proprietário: Receitas e Despesas
Contas de correspondentes: Direitos e obrigações
	Item
	Teoria Materialista
	Teoria Personalista
	Bens
	Contas integrais
	Agentes consignatários
	Direitos
	Contas integrais
	Agentes correspondentes
	Obrigações
	Contas integrais
	Agentes correspondentes
	Patrimônio Líquido
	Contas diferenciais
	Contas dos proprietários
	Receitas
	Contas diferenciais
	Contas dos proprietários
	Despesas
	Contas diferenciais
	Contas dos proprietários
Teoria Patrimonialista, o objetivo principal é a administração do patrimônio.
Contas Patrimoniais: Ativo e Passivo
Contas de resultado: Receitas e Despesas
4.1.1 Teoria Patrimonialista
É a mais utilizada no mundo. Ela divide contas em dois grupos: Patrimoniais e de Resultado.
Contas Patrimoniais: São as contas que compõem o Balanço Patrimonial, isto é, formam Ativo e Passivo (inclusive situação líquida)
Contas de Resultado: São as contas cuja movimentação produz alteração na Situação líquida patrimonial. São conhecidas como contas de Receitas e Despesas.
4.2.1 Circulante e Não circulante
Contas classificadas no chamado Circulante são aquelas que representam lançamentos dentro do ano de análise ou dentro dos próximos 365 dias. Esse critério se aplica ao Ativo e Passivo. Os bens vendidos dentro do período são classificados no Ativo circulante. Da mesma forma para o passivo, as dividas que serão pagas dentro desse período são classificadas no Passivo circulante.
4.2.2 Ordenamento das contas
O ordenamento das contas deve considerar duas questões de extrema relevância: grau de liquides no Ativo e grau de exigibilidade no Passivo. Dessa forma, se analisarmos as contas do Ativo, os ativos que se apresentam mais rapidamente em dinheiro aparecem em primeiro lugar por isso a primeira conta no Ativo é a conta Caixa.
	Circulante:
É o grupo no qual estão representados todos os valores da empresa de alta liquidez
	Não Circulante:
Realizável a longo prazo, Investimentos, Imobilizados, Intangiveis.
4.2.3 Agrupamentos essenciais
Agrupamento do Ativo 
	Circulante:
É o grupo que se refere às dividas que vencerão num prazo inferior a um ano
	Não Circulante:
Engloba as dividas da empresa que vencerão em um prazo superior a um ano
	Patrimônio Líquido
Compreende os recursos próprios da entidade, e seu valor é a diferença entre o valor do Ativo e do valor do Passivo.
Agrupamento do Passivo 
4.3 Estruturação do Plano de Contas
A função do plano de contas é prover o registro das transações de modo a criar condições de classificação e de acumulação dos dados contábeis. Para tal devemos determinar alguns parâmetros.
Atender as necessidades especificas da empresa e também as necessidades de informação do principais usuários dos relatórios.
A classificação deve partir do geral para o particular.
Deve ser codificado por meio de numeração.
Os agrupamentos devem seguir considerando os relatórios de origem.
Os títulos devem refletir imediatamente os elementos patrimoniais que representam, sendo claro e sucinto.
O plano deve ter flexibilidade e operacionalidade.
4.3.1 Codificação do Plano de contas
Ao apresentarmos um plano de contas, ele deve ser codificado ou graduado com a finalidade de criar um sistema classificatório das conta contábeis.
4.3.1.1 Contas patrimoniais
Contas patrimoniais são aquela que representam a situação do patrimônio da empresa, sendo divididas em dois grupos: Ativo e Passivo
	Ativo
	Passivo 
	1.1 Ativo circulante
	2.1 Passivo Circulante
	1.1.01 Caixa
	2.1.01 Fornecedores
	1.1.02 Bancos – conta movimento
	2.1.02 Duplicatas a pagar
	1.1.03 Clientes
	2.1.03 Promissórias a pagar
	1.1.04 Duplicata a receber
	2.1.04 Salários a pagar
	1.1.05 Promissórias a receber
	2.1.05 Impostos e taxas a recolher
	1.1.06 Estoque de Mercadorias
	
	1.1.07 Estoque de material de expediente
	
	 1.2 Ativo não circulante
	 2.2 Passivo não circulante
	1.2.01 Duplicatas a receber
	2.2.01 Duplicatas a pagar
	1.2.02 Promissórias a receber
	2.2.02 Promissórias a pagar
	1.2.03 Computadores
	
	1.2.04 Imóveis
	 2.3 Patrimônio Líquido
	1.2.05 Instalações
	2.3.01 Capital
	1.2.06 Móveis e utensílios
	2.3.02 Reservas
	1.2.07 Veículos
	2.3.03 (-) Prejuízos Acumulados
	1.2.08 Fundo de comércio
	
4.3.1.2 Contas de Resultado
As contas de resultado são divididas em dois grandes grupos: as Receitas e as Despesas. Essas contas apresentam o resultado da empresa, revelando o lucro ou prejuízo. Para apurarmos os resultados, são necessárias três operações básicas: 1) somam-se as receitas 2) somam-se as despesas e 3) confrontam-se os totais das despesas e receitas.
	Despesas
	Receitas
	Despesas Operacionais
	 4.1 Receitas Operacionais
	3.1.01 Água e esgoto
	4.1.01 Alugueis ativos
	3.1.02 Alugueis passivos
	4.1.02 Descontos obtidos
	3.1.03 Café e lanches
	4.1.03 Juros ativos
	3.1.04 Combustíveis
	4.1.04 Receitas eventuais
	3.1.05 Descontos concedidos
	4.1.05 Receitas de serviços
	3.1.06 Despesas bancárias
	
	3.1.07 Despesas de organização
	
	3.1.08 Energia elétrica
	
	3.1.09 Fretes e carretos
	
	3.1.10 Impostos e taxas
	
	3.1.11 Juros passivos
	
	3.1.12 Material de expediente
	
	3.1.13 Material de limpeza
	
	3.1.14 Serviços de terceiros
	
	3.1.15 Telefones
	
	3.1.16 Despesas eventuais
	
	Contas de apuração do Resultado
	
	 5.1 Resultado Líquido
	
	5.1.01 Resultado do Exercício
	
As contas de resultado são de extrema importância, pois o resultado da empresa será apurado por meio delas, além disso, estas demonstram a origem e a aplicação de certos lançamentos contábeis.
CAPITULO 05 – Procedimentos de Escrituração
A escrituração contábil é a principal técnica utilizada pela contabilidade para o registro de todas as operações que afetam os lançamentos contábeis. Como uma técnica, necessita da aplicação de alguns métodos para sua validação.
5.1 Métodos de escrituração
Método das partidas simples: É considerado um método unilateral, pois apenas um elemento patrimonial é utilizado.
Método das partidas simples: É considerado um método bilateral, pois o registro de um fato envolve, necessariamente, pelo menos dois elementos. O valor total dos débitos é sempre igual ao valor total dos créditos. O total dos saldos devedores é sempre igual ao total dos saldos credores. Como não há devedor sem credor por igual valor, o registro do valor de uma determinada operação é feito duas vezes, a débito e a crédito.
É importante salientarmos que a escrituração contábil deve ser realizada de acordo com todos os preceitos contábeis básicos, com a devida observação dos métodos e dos critérios contábeis no tempo, com o registro de todas as mutações que ocorrem no patrimônio da empresa e com o armazenamento desses registros em livros específicos.
Tipos de contas contábeis
Sintéticas – São aqueles que demonstram os elementos genéricos dos lançamentos como: bancoconta movimento, clientes, fornecedores, obrigações, contas a pagar etc.
Analíticas – São aqueles que representam os elementos específicos dos lançamentos como: Banco do Brasil (bancos) silva & silva (clientes)
 Titulo da conta
 Lado esquerdo ou débito Lado direito ou crédito
 Saldo devedor Saldo credor
Débito é um lançamento que aumenta um saldo devedor e Crédito é um lançamento que aumenta o saúdo devedor.
Devedor = Débito / Credor = Crédito
*Tudo que aumenta um saldo DEVEDOR é um débito
*Tudo que diminui um saldo DEVEDOR é um crédito
*Tudo que aumenta um saldo CREDOR é um crédito
*Tudo que diminui um saldo CREDOR é um débito
Ativo tem saldo devedor, portanto: todo aumento de saldo significa um lançamento a débito, e toda diminuição de saldo significa um lançamento a crédito.
Passivo te saldo credor, portanto: todo aumento de saldo significa um lançamento a crédito, e toda diminuição de saldo significa um lançamento a débito.
Despesas são redutoras de Patrimônio líquido e patrimônio liquido é do passivo, que tem saldo credor, portanto: toda despesa é debito, porque diminui um saldo credor(o patrimônio líquido)
Receitas são aumentativas do Patrimônio líquido, portanto: toda receita é crédito, porque aumenta um saldo credor (o patrimônio liquido)
Portanto, pode-se entender que qualquer valor positivo representa o recebimento de valores monetários e que qualquer valor negativo está diretamente relacionado com o pagamento em dinheiro. Outra análise é a de que os aumentos no caixa da empresa são débitos, e as reduções são créditos.
5.2 Processos de escrituração
Manual – A escrituração é realizada manualmente
Mecanizado – O registro é feito por meio de máquinas específicas, com somadores e saldadores
Maquinizado – Os registros são realizados por meio da utilização de máquinas de escrever, por meio de fichas.
Informatizado – Utiliza computadores para os registros de todos os lançamentos
5.2.1 Livros de escrituração
Todos os lançamentos contábeis, sejam qualitativos ou quantitativos, devem ser registrados nos chamados livros de escrituração.
Livros fiscais : São os livros que o fisco exige, nas esferas federal, municipal e estadual.
Municipal: Controla o ISS
Estadual: Controla o ICMS
Federal: Controla o IPI, IRPJ e CSLL
Livros sociais: Os livros sociais são obrigatórios, mais especificamente, somente para as empresas classificadas como sociedades anônimas, que também devem atender a outras obrigações acessórias.
Livros trabalhistas: São os livros sujeitos a fiscalização na esfera federal. São eles:
Livro de registro de empregados
Livro de inspeção do trabalho
Livros contábeis: São os que realmente interessam para a contabilidade, pois neles são registrados os fatos contábeis.
Livro diário: é um livro obrigatório no qual são registradas todas as transações contábeis, em ordem cronológica (dia, mês e ano)
Livro razão: Evidencia, em um mesmo documento, todas as informações relativas às transações contábeis, destacando o saldo das contas patrimoniais.
Livro-caixa: Neste livro, somente são registrados os fatos contábeis que envolvem movimentação (entrada e saída) de dinheiro, sempre em ordem cronológica.
5.2.2 Lançamentos
A escrituração contábil é processada por meio de lançamentos, de acordo com documentos que comprovam a veracidade da operação.
	Toda vez que aumentar o Ativo, debitar a respectiva conta.
	Toda vez que se reduzir o Ativo, creditar a respectiva conta.
	Toda vez que aumentar o Passivo, creditar a respectiva conta.
	Toda vez que se reduzir o Passivo, debitar a respectiva conta.
Para elementos patrimoniais:
	Toda vez que ocorrer uma Despesa, debitar a respectiva conta.
	Toda vez que se realizar uma Receita, creditar a respectiva conta.
Para elementos de resultado: 
5.3 Regimes contábeis
Regime de caixa: Sistemática de registro contábil que considera apenas os pagamentos e os recebimentos da empresa, somente no ato da movimentação financeira, ou seja, a receita é registrada na data de entrada do dinheiro no caixa da empresa e a despesa é registrada na data do seu efetivo pagamento. A aplicação do regime de caixa, de acordo com a legislação, é restrita e útil somente para entidades sem fins lucrativos.
Regime de competência: É a sistemática de registro contábil que considera os fatos contábeis no momento em que ocorrem e não no momento da efetiva movimentação financeira
Regime misto: O regime misto utiliza o regime de caixa para as receitas e o regime de competência para as despesas, com aplicabilidade em órgãos públicos.
5.4 Razonete
Mais conhecido como gráfico em T ou conta em T e corresponde diretamente a um tipo de redução das contas do livro-razão, um dos mais importantes do ponto de vista contábil, pois esse livro controla o lançamento de cada uma das outras contas.
5.5 Balancete
O balancete é uma relação de contas que são extraídas dos razonetes, com seus saldos devedores ou credores.
5.6 Apuração do Resultado
Apurar o resultado do exercício é verificar os ocorridos por meio das contas de resultado (despesas e receitas) e da movimentação do patrimônio da empresa, de modo a apurar o lucro ou prejuízo que a empresa teve no período analisado.
5.6.1 Roteiro para apuração do resultado
Elaborar o balancete de verificação, que deve ser composto pelas contas cujos saldos são retirados do livro razão ou razonetes;
Transferir os saldos das contas de despesas para a conta transitória do Resultado do exercício;
Apurar o saldo da conta Resultado do exercício – essa conta recebera, na forma de debito, os saldos das contas de despesas e, a credito, os saldos da contas de Receitas; assim se o saldo for devedor = prejuízo e se o saldo for credor = lucro
Transferir o resultado da conta resultado do exercício, que é uma conta transitória, para conta de Reservas se o resultado for lucro e para conta Prejuízos acumulados se o resultado for prejuízos.
Levantar o balanço patrimonial
Transcrever o Balanço Patrimonial no livro diário.
O que é o saldo de uma conta? Como esse saldo é apurado?
O saldo de uma conta é a diferença entre soma dos valores lançados a débito e a soma dos valores lançados a crédito da referida conta. Para apurarmos o saldo de cada conta devemos proceder da seguinte forma: 1) somar os valores lançados no lado do débito 2)somar os valores lançados do lado do crédito 3) apurar o saldo da conta, ou seja, subtrair o débito do crédito, ou vice-versa.
CAPILTULO 06 – Demonstrações contábeis
As demonstrações contábeis também são chamadas de demonstrações financeiras - são os relatórios que a empresa elabora fundamentados nas informações contábeis de seus registros.
A principal função de todas as demonstrações contábeis é fornecer um “retrato” do patrimônio de uma empresa, com enfoques contábeis, financeiros e econômicos, de forma a mensurar seu desempenho ao longo do período analisado.
Usuários das demonstrações contábeis
Sócios – Tomam decisões sobre investimentos e captação de recursos.
Credores – Avaliam os riscos envolvidos na cessão de créditos.
Sociedade – Informações sobre o papel das empresas.
Fornecedores – Medir a capacidade de pagamento da empresa.
Governo – Regular os sistemas da economia.
Clientes – Medir a capacidade da empresa em entregar os produtos e serviços vendidos.
A contabilidade é a principal responsável por produzir e disponibilizar as informações contábeis, na forma de demonstrações obrigatórias, que sejam úteis a todos os responsáveis pelas tomadas de decisões que tenham consequências econômico-financeiras para a empresa.
Principais Demonstrações contábeis
Posição financeira e patrimonial:
- Demonstração das Mutações do PL (DMPL)
- Demonstração dos Lucros e prejuízos
- Balanço Patrimonial
Detalhamentos
- Notas explicativas
Desempenho
-Demonstração do resultado do exercício(DRE)
-Demonstração do resultado abrangente (DRA)
-Demonstração do fluxo de caixa (DFC)
-Demonstração do valor adicionado (DVA)
Devemos analisar em conjunto essas demonstrações, pois elas se complementam uma às outras
6.1 Conjunto das demonstrações contábeis
Balanço patrimonial: as contas contábeis são classificadas segundo os elementos do patrimônio e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a analise da situação financeira da companhia.
Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados
Demonstração das Mutações do Patrimônio líquido
Demonstração do Resultado do Exercício
Demonstração dos fluxos de caixa
Demonstração do valor adicionado
6.2 Balanço Patrimonial
É uma demonstração contábil obrigatória para qualquer tipo de empresa. É um relatório que demonstra a situação patrimonial de uma empresa e a sua configuração em termos de Ativos, Passivos e Patrimônio Líquido.
6.2.1 Ativo
Os ativos são os lançamentos que determinam a estrutura básica da empresa e seus respectivos potenciais, com vistas ao atendimento de um possível demanda de mercado. Dividido em dói grupos temos: de realização, ativos que se realizam integralmente em dinheiro, em menor e maior prazo; e de uso, ativos que proporcionam a estrutura básica de que a empresa necessita para exercer sua atividade. Apresentam alguns requisitos: devem ser bens ou direitos, de propriedade da empresa, mensuráveis monetariamente (ter um valor). Além disso, deve representar um beneficio presente que poderá ser expresso no futuro.
6.2.1.1 Ativo circulante
O ativo circulante, de acordo com a legislação, é composto por três subgrupos de contas: as Disponibilidades, os Direitos Realizáveis do Exercício social e as aplicações de Recursos e Despesas do Exercício seguinte.
6.2.1.2 Ativo não circulante
São classificados os direitos da empresa realizáveis a longo prazo, assim como seus bens corpóreos e incorpóreos de uso permanente – os quais, a maioria das vezes, são de propriedade da empresa.
6.2.2 Passivo
Os passivos são lançamentos decorrentes de uma obrigação presente da empresa; são derivados de eventos que já ocorreram, cujo o pagamento resulta na saída de recursos que sejam capazes de produzir algum tipo de beneficio econômico.
6.2.2.1 Passivo Circulante
As obrigações da empresa são classificadas no Passivo circulante somente quando os seus vencimentos ocorrerem no transcurso do exercício social seguinte, ou seja, nos 12 meses seguintes.
6.2.2.2 Passivo não circulante
Representa as dividas da empresa que serão pagas somente a partir de 365 dias após a data do balanço.
6.3 DRE
A demonstração do resultado do exercício é uma demonstração contábil que expõe, de forma ordenada, as receitas e as despesas do exercício. Todos os lançamentos devem atender, obrigatoriamente ao principio da competência.
6.4 DLPA
A demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados tem a finalidade principal de explicar todas as movimentações que ocorreram nessa conta especifica. Com isso, vemos que a DLPA evidencia o lucro ou prejuízo do período, por meio da analise do saldo inicial da contas e dos seus respectivos ajustes, alem das transferências necessárias para atender a legislação pertinente.
6.5 DMPL
A demonstração das mutações do Patrimônio liquido busca evidenciar todas as variações que ocorreram nas contas que compõem o PL da empresa no período de analise.
6.6 DFC
Uma das grandes modificações trazida pela lei 11.638/07 foi a introdução da obrigatoriedade da demonstração dos fluxos de caixa, que substituiu a DOAR demonstração de origens e aplicações de Recursos. A DFC busca sintetizar todos os fatos que envolvam o fluxo de recursos financeiros na forma de entradas (débitos) e saídas (crédito) da conta Caixa
6.7 DVA
A demonstração do valor adicionado busca evidenciar a riqueza produzida pela empresa ao longo do período por meio da utilização dos seus recursos de produção, assim como a distribuição dessa riqueza para empregados, governo, acionistas e financiadores. Ao final dela, também deve ficar evidenciada a riqueza que não foi distribuída no exercício fiscal.

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