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G EN ÉT IC A A PL IC AD A À P SI CO LO G IA CURSO DE PSICOLOGIA Me. DANIELLA MACHADO RIBEIRO GOEDERT PROFESSORA: Ma. DANIELLA MACHADO RIBEIRO GOEDERT Email: daniella.goedert@uniavan.edu.br AULA 11 GENÉTICA E COMPORTAMENTO GENÉTICA APLICADA À PSICOLOGIA A genética inclui diferentes estratégias de pesquisa, como os estudos de gêmeos e de adoção (chamados de genética quantitativa), que investigam a influência dos fatores genéticos e ambientais, como também as estratégias para identificar genes específicos (chamada de genética molecular). GENÉTICA APLICADA À PSICOLOGIA As ideias e pesquisas evoluíram, com os geneticistas quantitativos focados nas variações genéticas naturais e nos traços quantitativos complexos; e com os geneticistas moleculares analisando as mutações de genes únicos. A genética quantitativa e a molecular se aproximaram para identificar genes de traços quantitativos complexos. GENÉTICA APLICADA À PSICOLOGIA A genética fornece evidências da sua influência, pois “quando um gene é identificado, é possível explorar os caminhos entre os genes e o comportamento”. (Plomin et al, 2011, p. 95) Tanto a genética quantitativa como a genética molecular, iniciaram por volta do início do século XX. GENÉTICA APLICADA À PSICOLOGIA De acordo com o British Medical Journal, a definição de doença é: “Resultante de uma resposta fisiopatológica a fatores externos ou internos”. “Atualmente, os médicos diagnosticam e definem uma doença com base nas alterações das funções sistêmicas, como exemplo a doença cardíaca. As alterações, normalmente, causam sintomas e sinais, que são tanto físicos quanto emocionais. Ex.: a dor, a angústia, a disfunção, entre outros”. (INPA) GENÉTICA APLICADA À PSICOLOGIA Síndrome: Conjunto de sintomas e de sinais que coexistem em determinada doença e que a definem clinicamente. GENÉTICA APLICADA À PSICOLOGIA É comum se denominar síndrome, para as condições que ainda não possuem uma causa bem definida. GENÉTICA APLICADA À PSICOLOGIA “A síndrome se caracteriza por ser um termo que se refere a uma doença ou um transtorno que possui mais de um recurso ou sintoma de identificação”. (INPA) Assim, a síndrome é definida por ser uma coleção ou um conjunto de sinais e sintomas que caracterizam ou sugerem uma doença específica. Ex.: Síndrome de Down, Síndrome de Guillain-Barré. GENÉTICA APLICADA À PSICOLOGIA Distúrbio: Os distúrbios causam problemas ou atrasam a maturação das funções do Sistema Nervoso Central (SNC). É uma perturbação no funcionamento normal; pode ser causado por uma variedade de fatores. Geralmente são identificados na infância e persistem na vida adulta comprometendo a habilidade intelectual. Outros podem surgir posteriormente e causar “perturbação” na capacidade de condução das atividades do dia a dia do indivíduo. GENÉTICA APLICADA À PSICOLOGIA Transtorno: “referente a um estado de alteração psicológica”. GENÉTICA APLICADA À PSICOLOGIA De maneira literal, o transtorno é o efeito de transtornar, ou seja, de perturbar a ordem regular e comportamental, de algo ou de alguém. Portanto... A definição de transtorno compreende: “condições de ordem psicológica e/ou mental que comprometem a vida comum de um indivíduo”. (INPA) GENÉTICA APLICADA À PSICOLOGIA “Um transtorno mental faz referência a uma desorganização do estado psicológico de uma pessoa. Normalmente, indivíduos que sofrem desses transtornos procuram especialistas, como o psicólogo clínico e o psiquiatra, para realizarem o tratamento adequado”. (INPA) Fatores que contribuem para o desenvolvimento dos transtornos: mental; comportamental; emocional; genético. GENÉTICA APLICADA À PSICOLOGIA Muitos transtornos mentais possuem uma base genética e podem ser hereditários, mas a maioria é influenciada por uma combinação de fatores genéticos e ambientais. Como a genética influencia? GENÉTICA APLICADA À PSICOLOGIA Vulnerabilidade: fatores genéticos podem tornar uma pessoa mais vulnerável a desenvolver um transtorno mental. Neurotransmissores: a genética pode afetar a forma como o cérebro produz e utiliza substâncias químicas como neurotransmissores, que são essenciais para a regulação do humor e outras funções. Interação gene-ambiente: o ambiente e as experiências de vida podem influenciar como os genes são ativados ou desativados (epigenética), desempenhando um papel crucial no desenvolvimento do transtorno. GENÉTICA APLICADA À PSICOLOGIA Segundo o DSM-V GENÉTICA APLICADA À PSICOLOGIA “Um transtorno mental é uma síndrome caracterizada por perturbação clinicamente significativa na cognição, na regulação emocional ou no comportamento de um indivíduo que reflete uma disfunção nos processos psicológicos, biológicos ou de desenvolvimento subjacentes ao funcionamento mental. Transtornos mentais estão frequentemente associados a sofrimento ou incapacidade significativos que afetam atividades sociais, profissionais ou outras atividades importantes”. (DSM-V, 2014, p. 20) GENÉTICA APLICADA À PSICOLOGIA GENÉTICA APLICADA À PSICOLOGIA “O diagnóstico de transtorno mental deve ter utilidade clínica: deve ajudar os clínicos a determinar o prognóstico, os planos de tratamento e os possíveis resultados do tratamento para seus pacientes. Contudo, o diagnóstico de um transtorno mental não é equivalente à necessidade de tratamento. A necessidade de tratamento é uma decisão clínica complexa que leva em consideração a gravidade dos sintomas, a importância dos sintomas (p. ex., presença de ideação suicida), o sofrimento do paciente (dor mental) associado ao(s) sintoma(s), deficiência ou incapacidade relacionada aos sintomas do paciente, riscos e benefícios dos tratamentos disponíveis e outros fatores (p. ex., sintomas psiquiátricos complicadores de outras doenças)”. (DSM-V, 2014, p. 20) GENÉTICA APLICADA À PSICOLOGIA “Abordagens à validação dos critérios diagnósticos para transtornos mentais categóricos distintos incluíram os seguintes tipos de evidências: validadores de antecedentes (marcadores genéticos semelhantes, traços familiares, temperamento e exposição ambiental), validadores concorrentes (substratos neurais semelhantes, biomarcadores, processamento emocional e cognitivo e similaridade de sintomas) e validadores preditivos (curso clínico e resposta ao tratamento semelhantes)”. (DSM-V, 2014, p.20) GENÉTICA APLICADA À PSICOLOGIA GENÉTICA APLICADA À PSICOLOGIA “Os transtornos do neurodesenvolvimento são um grupo de condições com início no período do desenvolvimento. Os transtornos tipicamente se manifestam cedo no desenvolvimento, em geral antes de a criança ingressar na escola, sendo caracterizados por déficits no desenvolvimento que acarretam prejuízos no funcionamento pessoal, social, acadêmico ou profissional. Os déficits de desenvolvimento variam desde limitações muito específicas na aprendizagem ou no controle de funções executivas até prejuízos globais em habilidades sociais ou inteligência. É frequente a ocorrência de mais de um transtorno do neurodesenvolvimento; [...]”. (DSM-V, 2014, p. 31) GENÉTICA APLICADA À PSICOLOGIA Diagnósticos de transtornos do neurodesenvolvimento: curso clínico e sintomatologia atual do indivíduo, além de especificadores descritores da apresentação clínica, como idade de início ou classificações da gravidade; os transtornos do neurodesenvolvimento podem incluir o especificador “associado a alguma condição médica ou genética conhecida ou a fator ambiental”. (DSM-V, 2014, p. 33) GENÉTICA APLICADA À PSICOLOGIA Transtornos do neurodesenvolvimento: Deficiência intelectual Transtorno específico de aprendizagem Transtornos motores Distúrbios de comunicação Transtorno do espectro autista Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade Transtornos de tiques GENÉTICA APLICADA ÀPSICOLOGIA REFERÊNCIAS INPA – Instituto de Psicologia Aplicada. Disponível em: https://www.inpapsicologia.com.br/ MANUAL DIAGNÓSTICO E ESTATÍSTICO DE TRANSTORNOS MENTAIS: DSM-V. Porto Alegre: Artmed, 2014. PLOMIN, Robert, et al. Genética do Comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2011. SCHAEFER, G. B.; THOMPSON, J. N. Genética médica: uma abordagem integrada. [Recurso Eletrônico]. Porto Alegre: AMGH, 2015.