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1ª UNIDADE 3 Sistema de Informação em Saúde 2015 OK

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UNIDADE I
3. Sistema de Informação em SaúdeA informação é um instrumento essencial para a tomada de decisões
3.1. Introdução
A informação é instrumento essencial para a tomada de decisões. Nesta perspectiva, representa imprescindível ferramenta à vigilância epidemiológica, por constituir fator desencadeador do processo “informação-decisão-ação”, tríade que sintetiza a dinâmica de suas atividades que, como se sabe, devem ser iniciadas a partir da informação de um indício ou suspeita de caso de alguma doença ou agravo.
Dado - é definido como “um valor quantitativo referente a um fato ou circunstância” ou “o número bruto que ainda não sofreu qualquer espécie de tratamento estatístico”, ou ainda, “a matéria-prima da produção de informação”.
Informação - é entendida como “o conhecimento obtido a partir dos dados”, “o dado trabalhado”, ou “o resultado da análise e combinação de vários dados”, o que implica em interpretação, por parte do usuário. É “uma descrição de uma situação real, associada a um referencial explicativo sistemático”.
Um Sistema de Informação (SI) pode ser definido como um conjunto de procedimentos organizados que, quando executados, provêem informação de suporte à organização. Um SI em geral processa dados, de maneira informatizada ou não, e os apresenta para os usuários, individuais ou grupos, que são os responsáveis pela sua interpretação. A forma como se processa essa interpretação, uma atividade inerentemente humana, é extremamente importante para a compreensão da reação da organização às saídas do sistema.
Não se deve perder de vista que a informação em saúde é o esteio para a gestão dos serviços, pois orienta a implantação, acompanhamento e avaliação dos modelos de atenção à saúde e das ações de prevenção e controle de doenças. São também de interesse dados/informações produzidos extra-setorialmente, cabendo aos gestores do Sistema à articulação com os diversos órgãos que os produzem, de modo a complementar e estabelecer um fluxo regular de informação em cada nível do setor saúde.
 Oportunidade, atualidade, disponibilidade e cobertura são características que determinam a qualidade da informação, fundamentais para que todo o Sistema de Vigilância Epidemiológica apresente bom desempenho. Dependem da concepção apresentada pelo Sistema de Informação em Saúde (SIS), e sua sensibilidade para captar o mais precocemente possível as alterações que podem ocorrer no perfil de morbimortalidade de uma área, e também da organização e cobertura das atividades desenvolvidas pela vigilância epidemiológica.
3.2. Conceito
Entende-se sistema como o “conjunto integrado de partes que se articulam para uma finalidade comum ou podendo ainda ser definido, como um conjunto de procedimentos organizados que, quando executados, proveem a informação e dá suporte à organização”.
 Para sistema de informação existem várias definições, tais como:
“conjunto de unidades de produção, análise e divulgação de dados que atuam integradas e articuladamente com o propósito de atender às demandas para o qual foi concebido”;
“reunião de pessoas e máquinas, com vistas à obtenção e processamento de dados que atendam à necessidade de informação da instituição que o implementa”;
“conjunto de estruturas administrativas e unidades de produção, perfeitamente articuladas, com vistas à obtenção de dados mediante o seu registro, coleta, processamento, análise, transformação em informação e oportuna divulgação”.
Gerenciar um serviço de saúde significa cuidar dos aspectos organizacionais e funcionais, tal como em qualquer empresa. Isso quer dizer que gerenciar sistemas de saúde requer lidar com aspectos administrativos como controlar estoques de materiais, equipamentos, gerir finanças, recursos humanos, etc., isto é, controlar aspectos que representam as condições de organização e funcionamento dos serviços de saúde. Em saúde, além disso, há os aspectos gerados pela prática de saúde, isto é, aqueles decorrentes do atendimento prestado, do ato clínico, ao indivíduo ou à coletividade. Compõem obrigatoriamente os sistemas de gerência em saúde os sistemas informativos da condição do doente, de sua vida, do meio ambiente e de outros fatores que interferem no processo saúde-doença e que constituem os Sistemas de Informação em Saúde (SIS e Tecnologia da Informação (TI). Essa especificidade exige para o desenho e implementação dos SIS uma clara fundamentação clínica e epidemiológica em planejamento, programação e avaliação em saúde, além dos conhecimentos em SI e TI. Isso porque esses sistemas deverão informar sobre a doença dos indivíduos e seu perfil na comunidade, sobre as causas e condições que propiciam o aparecimento delas, sobre a atividade clínica, condutas, normas técnicas, tecnologias em saúde utilizadas, ações programáticas e resultados, como extensão e impacto das ações na população ou grupos de risco. Assim, a construção de Sistemas de Informação em saúde requer equipe multiprofissional, para onde confluam os vários saberes técnicos para essa confecção, sendo fundamental a opinião dos profissionais usuários.
3.3. Podemos classificar os sistemas de informações em saúde, conforme sua natureza, em:
Sistemas de Informações Estatístico-Epidemiológicas;
Sistemas de Informações Clínicas;
Sistemas de informações Administrativas.
3.3.1. Sistemas de informações estatístico-epidemiológicas
São aqueles que incluem o conhecimento da morbidade e suas causas determinantes, do padrão de morbidade da população ou da demanda atendida pelos serviços de saúde, dos aspectos demográficos, sociais e econômicos e suas relações com a saúde da população. 
3.3.2. Sistemas de informações clínicas
As Informações Clínicas referem-se aos dados clínicos sobre os pacientes, desde sua identificação, problemas de saúde relatados, diagnóstico médico, até exames clínicos, laboratoriais, radiológicos, gráficos, procedimentos cirúrgicos realizados ou medicamentos prescritos, dentre outros. Em Saúde Pública, embora não precisamos de certa parcela de dados experimentais, as informações consistem, fundamentalmente, em dados de levantamentos estatísticos (de observação) relativos a:
População e Dados Vitais;
Doenças;
Serviços de Saúde.
O ponto de partida para qualquer informação de saúde é um bom conhecimento da população do município e o número total de pessoas que estão sob risco de necessitar um atendimento. Por exemplo:
Quantas gestações ocorrem a cada ano no distrito;
E que percentagem dos partos são atendidos por um trabalhador de saúde adequadamente treinado?
Que proporção das crianças pequenas tem cobertura vacinal completa contra o sarampo e a tuberculose?
Que percentual dos domicílios dispõem de uma fonte adequada de água ou de uma privada?
Para responder essas questões a equipe de saúde necessita dispor de informações epidemiológicas sobre:
A população do município, sua estrutura por idade e sexo, taxas de migração e estatísticas vitais;
As principais causas de morbi-mortalidade;
A organização dos serviços de saúde no município, particularmente no que diz respeito ao seu acesso, à sua cobertura e à sua efetividade.
A forma através da qual informação de saúde é coletada num município varia consideravelmente de país para país. 
3.3.3. Informações administrativas
Não são específicas do setor saúde; são as de controle de estoques, materiais, equipamentos, gastos financeiros, etc.
Todos os países têm algum tipo de sistema de coleta de dados no nível de unidade de saúde, que são agregados ao nível da secretaria de saúde e encaminhados ao Ministério da Saúde. 
Este sistema rotineiro de informações em saúde é mais desenvolvido e fidedigno em alguns locais do que em outros.
A informação também pode ser obtida através de um sistema de vigilância organizado pelas secretarias de saúde para algumas doenças ou problemas específicos de saúde, ou através do registro e análise de epidemias, ou ainda através de investigações ou levantamentos especiais.
A principal fonte de informações a respeito dapopulação é o Recenseamento, entretanto, outros métodos são comumente utilizados, tanto pelo Estado como pelos Sanitaristas e Pesquisadores.
3.4. Levantamento de dados estatísticos
É o conjunto que permite a coleta de dados e possibilita o conhecimento das características de um determinado fato ou evento, necessários à programação, avaliação ou simples conhecimento de situações. Os levantamentos podem ser: 
Levantamento utilizando dados normalmente registrados: O exemplo típico desse levantamento é o que utiliza os dados do Registro Civil. De maneira geral, todas as Unidades de saúde registram, isto é, anotam, contínua e permanentemente, dados sobre as diferentes atividades que estão sendo executadas, tais como número de consultas, matrículas, retornos, vacinas aplicadas, visitações domiciliares, inspeções sanitárias. Em qualquer momento é possível conhecer esses dados, para qualquer tipo de uso que se desejar.
Levantamento utilizando dados existentes, porém não registrados: Frequentemente, o profissional de Saúde Pública tem necessidade de informações que poderão contribuir à administração ou à interpretação epidemiológica de um fato. Os dados necessários para as informações desejadas existem, porém não estão registrados. Outras vezes, o registro existente não está completo, isto é, nem todas as características de um determinado fenômeno foram registradas. Nesse tipo de levantamento, o que se faz, habitualmente, é realizar um inquérito, baseado no uso de um instrumento - questionário -, onde são anotados os dados com as especificações desejadas ou necessárias para determinado tipo de análise.
Levantamento de dados não existentes: Esses levantamentos são caracterizados por situações nas quais os dados, antes de serem “levantados”, necessitam ser “provocados”. Nas últimas décadas, surgiram vacinas que possibilitam prevenir os indivíduos contra alguma doença (Sarampo, Rubéola, Tétano etc.). Quando essas vacinas passam a ser empregada rotineiramente na população, é preciso se certificar que produzem resultados positivos, isto é, que protegem contra doenças e ao mesmo tempo não provocam efeitos adversos no indivíduo vacinado. 
Para finalidade didática, os levantamentos podem ser agrupados de outro modo:
Levantamentos periódicos - São aqueles realizados em intervalos de tempo iguais. O exemplo mais destacado, pela importância, é o censo ou recenseamento da população. 
Levantamentos contínuos - Os levantamentos contínuos são os registros, que consistem numa anotação contínua e permanente de um determinado evento. Como exemplo, pode-se citar o Registro Civil (onde são registrados os eventos vitais), os registros de doentes hospitalizados, o registro de doenças crônicas (Registro de Câncer), etc.
Levantamentos ocasionais - Os levantamentos ocasionais são representados pelos experimentos, ou por pesquisas ou investigações realizadas sem a preocupação de periodicidade ou continuidade.
3.5. Origem de produção e finalidade
As informações podem ainda ser reconhecidas segundo sua origem de produção, por tipo de instituição de saúde ou espaços coletivos, ou finalidade, tais como grupos populacionais de risco, ações programáticas, especialidades, etc.
Em síntese, um sistema de informação deve disponibilizar o suporte necessário para que o planejamento, decisões e ações dos gestores, em determinado nível decisório (municipal, estadual e federal), não se baseie em dados subjetivos, conhecimentos ultrapassados ou conjecturas.
O SIS é parte dos sistemas de saúde; como tal, integra suas estruturas organizacionais e contribui para sua missão. É constituído por vários sub-sistemas e tem como propósito geral facilitar a formulação e avaliação das políticas, planos e programas de saúde, subsidiando o processo de tomada de decisões. Para tanto, deve contar com os requisitos técnicos e profissionais necessários ao planejamento, coordenação e supervisão das atividades relativas à coleta, registro, processamento, análise, apresentação e difusão de dados e geração de informações. Um de seus objetivos básicos, na concepção do Sistema Único de Saúde (SUS), é possibilitar a análise da situação de saúde no nível local tomando como referencial microrregiões homogêneas e considerando, necessariamente, as condições de vida da população na determinação do processo saúde-doença. O nível local tem, então, responsabilidade não apenas com a alimentação do sistema de informação em saúde, mas também com sua organização e gestão. Deste modo, outro aspecto de particular importância é a concepção do sistema de informação, que deve ser hierarquizado e cujo fluxo ascendente dos dados ocorra de modo inversamente proporcional à agregação geográfica, ou seja, no nível local faz-se necessário dispor, para as análises epidemiológicas, de maior número de variáveis. Felizmente, os atuais recursos do processamento eletrônico estão sendo amplamente utilizados pelos sistemas de informação em saúde, aumentando sua eficiência na medida em que possibilitam a obtenção e processamento de um volume de dados cada vez maior, além de permitirem a articulação entre diferentes subsistemas.
Entre os sistemas nacionais de informação em saúde existentes, alguns se destacam em razão de sua maior relevância para a vigilância epidemiológica:
3.6. Principais fontes de informações dos sistemas em saúde nacional
As principais fontes de informações e de Sistemas de Informação em saúde, de âmbito nacional, muitos dos quais já estão disponíveis através da Internet. Em alguns desses sistemas, a coleta tem sido feita pelo próprio município, sendo os dados enviados para o nível regional e estadual do SUS e posteriormente para os órgãos responsáveis pelo processamento em todo o país. Os municípios, ao implementarem seus Sistemas de Informação, podem recorrer aos respectivos níveis regionais e estaduais, e a outros municípios, para conhecer as outras alternativas, que, se eficientes em seus objetivos, poderão ser adotadas, se estiverem consoantes com as necessidades de saúde e prioridades definidas. Relacionar os sistemas disponíveis na Internet tem como objetivo mostrar a importância de uma rede de comunicação, de fácil acesso e baixo custo, que permite a obtenção rápida de dados importantes para o gerenciamento em saúde. Sem dúvida, é uma fonte de informações, de artigos científicos, de experiências e de comunicação com vários órgãos de saúde, estaduais, nacionais e de diversos países, que permite obter várias respostas em tempo oportuno. Um instrumento bastante valioso para subsidiar a gerência. O processo de inserção de informações nas páginas da Internet é bastante dinâmico, e muito do que se comenta aqui poderá modificar-se em pouco tempo, tais como endereços, páginas de apresentação, produtos disponíveis, etc. 
DATASUS
http://www.datasus.gov.br
As informações de saúde disponíveis no DATASUS estão agrupadas como informações estratégicas, informações epidemiológicas, informações de mortalidade, informações hospitalares, informações ambulatoriais e informações administrativas.
3.6.1. Sistema de informação de agravos de notificação (sinan)
O mais importante sistema para a vigilância epidemiológica foi desenvolvido entre 1990 e 1993, visando sanar as dificuldades do Sistema de Notificação Compulsória de Doenças (SNCD) e substituí-lo, tendo em vista o razoável grau de informatização disponível no país. O Sinan foi concebido pelo Centro Nacional de Epidemiologia, com o apoio técnico do Datasus e da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte para ser operado a partir das unidades de saúde, considerando o objetivo de coletar e processar dados sobre agravos de notificação em todo o território nacional, desde o nível local. Mesmo que o município não disponha de microcomputadores em suas unidades, os instrumentos deste sistema são preenchidos neste nível e o processamento eletrônico é feito nos níveis centrais das secretarias municipais de saúde (SMS), regional ou secretarias estaduais (SES). É alimentado, principalmente, pela notificação e investigaçãode casos de doenças e agravos constantes da lista nacional de doenças de notificação compulsória, mas é facultado a estados e municípios incluir outros problemas de saúde regionalmente importantes. Por isso, o número de doenças e agravos contemplados pelo Sinan, vem aumentando progressivamente desde seu processo de implementação em 1993, sem relação direta com a compulsoriedade nacional da notificação, expressando as diferenças regionais de perfis de morbidade registradas no Sistema.
No Sinan, a entrada de dados ocorre pela utilização de alguns formulários padronizados: Ficha Individual de Notificação (FIN) - é preenchida para cada paciente, quando da suspeita de problema de saúde de notificação compulsória (PORTARIA Nº 1.271, DE 6 DE JUNHO DE 2014) ou de interesse nacional, estadual ou municipal, e encaminhada pelas unidades assistenciais aos serviços responsáveis pela informação e/ou vigilância epidemiológica. É também utilizada para a notificação negativa.
Notificação negativa - é a notificação da não-ocorrência de doenças de notificação compulsória na área de abrangência da unidade de saúde. Indica que os profissionais e o sistema de vigilância da área estão alerta para a ocorrência de tais eventos.
A notificação de surtos também deve ser feita por esse instrumento, obedecendo os seguintes critérios:
• casos epidemiologicamente vinculados de agravos inusitados. Sua notificação deve estar consoante com a abordagem sindrômica, de acordo com as seguintes categorias: síndrome diarréica aguda, síndrome ictérica aguda, síndrome hemorrágica febril aguda, síndrome respiratória aguda, síndrome neurológica aguda e síndrome da insuficiência renal aguda, dentre outras;
• casos agregados, constituindo uma situação epidêmica de doenças não constantes da lista de notificação compulsória;
• casos agregados das doenças constantes da lista de notificação compulsória, mas cujo volume de notificações operacionalmente inviabiliza o seu registro individualizado.
Ficha Individual de Investigação (FII) - na maioria das vezes, configura-se como roteiro de investigação, distinto para cada tipo de agravo, devendo ser utilizado, preferencialmente, pelos serviços municipais de vigilância ou unidades de saúde capacitadas para a realização da investigação epidemiológica. Esta ficha, como referido no tópico sobre investigação de surtos e epidemias, permite obter dados que possibilitam a identificação da fonte de infecção e mecanismos de transmissão da doença. Os dados, gerados nas áreas de abrangência dos respectivos estados e municípios, devem ser consolidados e analisados considerando aspectos relativos à organização, sensibilidade e cobertura do próprio sistema de notificação, bem como os das atividades de vigilância epidemiológica. Além dessas fichas, o sistema também possui planilha e boletim de acompanhamento de surtos, reproduzidos pelos municípios, e os boletins de acompanhamento de hanseníase e tuberculose, emitidos pelo próprio sistema. A impressão, distribuição e numeração desses formulários é de responsabilidade do estado ou município. O sistema conta, ainda, com módulos para cadastramento de unidades notificadoras, população e logradouros, dentre outros.
A Figura abaixo traz o fluxo de informação definido pelo Ministério da Saúde. Após o preenchimento dos referidos formulários, as fontes notificadoras deverão encaminhá-los para o primeiro nível informatizado. A partir daí, os dados serão enviados para os níveis hierárquicos superiores por meio magnético (arquivos de transferência gerados pelo Sistema).
*Agravo inusitado e a ocorrência de casos ou óbitos de doença de origem desconhecida ou alteração no padrão epidemiológico de doença conhecida, independente de constar na Lista Nacional de Doenças e Agravos de Notificação compulsória
Propõe-se, de maneira geral, que as fichas individuais de notificação sejam preenchidas pelos profissionais de saúde nas unidades assistenciais, as quais deve manter uma segunda via arquivada pois a original é remetida para o serviço de vigilância epidemiológica responsável pelo desencadeamento das medidas de controle necessárias. Este, por sua vez, Sistemas de Informação em Saúde e Vigilância Epidemiológica além dessa incumbência, deve encaminhar os formulários para o setor de digitação das secretarias municipais, para que posteriormente os arquivos de transferência sejam enviados por meio magnético às secretarias estaduais e, em seguida, ao Ministério da Saúde, conforme periodicidade 
Periodicidade para envio dos arquivos de transferência do Sinan
Secretaria Municipal de Saúde
Secretaria de Estado da Saúde
Ministério da Saúde
Secretaria de Estado da Saúde
1º ao 3º dia útil
15º ao 18º dia útil
Semanal
Casos de hanseníase e tuberculose, além do preenchimento da ficha de notificação/investigação, devem constar do boletim de acompanhamento, visando à atualização de seu acompanhamento até o encerramento para avaliação da efetividade do tratamento, de acordo com as seguintes orientações:
• o primeiro nível informatizado deve emitir o Boletim de Acompanhamento de Hanseníase e Tuberculose, encaminhando-o às unidades para complementação dos dados;
• os meses propostos para a alimentação da informação são, no mínimo: janeiro, abril, julho e outubro, para a tuberculose; janeiro e julho, para a hanseníase;
• cabe ao 1º nível informatizado emitir o boletim de acompanhamento para os municípios não-informatizados;
• após retornar das unidades os boletins devem ser analisados criticamente e as correções devem ser solicitadas de imediato à unidade de saúde;
• a digitação das informações na tela de acompanhamento e arquivamento dos boletins deve ser realizada no 1º nível informatizado.
O encerramento das investigações referentes aos casos notificados como suspeitos e/ ou confirmados deve ocorrer até o prazo máximo de 60 dias da data de notificação, exceto:
	Sarampo e rubéola
	30 dias da data de notificação
	Gestante HIV+ e criança exposta
	540 dias da data do parto/nascimento da criança exposta
	Leishmaniose tegumentar americana
e leishmaniose visceral
	180 dias da data de notificação
	Hepatites virais 
	240 dias da data de notificação
	Hanseníase
	A partir da data do diagnóstico, 270 dias para os casos paucibacilares (PB) e 540 dias para os casos multibacilares (MB)
Para os casos que abandonam o tratamento:
PB - 2 anos após a data do diagnóstico
MB - 4 anos após a data do diagnóstico
	Tuberculose
	270 dias para os casos em tratamento de esquema I e IR
360 dias para os casos em tratamento de esquema II e 540 dias para os casos em tratamento de esquema III, após a data do diagnóstico, conforme normas do Manual Técnico para Controle da Tuberculose
Preconiza-se que em todas as instâncias os dados aportados pelo Sinan sejam consolidados e analisados e que haja uma retroalimentação dos níveis que o precederam, além de sua redistribuição, segundo local de residência dos pacientes objetos das notificações. No nível federal, os dados do Sinan são processados, analisados juntamente com aqueles que chegam por outras vias e divulgados pelo Boletim Epidemiológico do SUS e informes epidemiológicos eletrônicos, disponibilizados no site www.saude.gov.br. Ao contrário dos demais sistemas, em que as críticas de consistência são realizadas antes do seu envio a qualquer outra esfera de governo, a necessidade de desencadeamento imediato de uma ação faz com que, nesse caso, os dados sejam remetidos o mais rapidamente possível, ficando a sua crítica para um segundo momento - quando do encerramento do caso e, posteriormente, o da análise das informações para divulgação. No entanto, apesar desta peculiaridade, esta análise é fundamental para que se possa garantir uma base de dados com qualidade, não podendo ser relegada a segundo plano, tendo em vista que os dados já foram encaminhados para os níveis hierárquicos superiores.
A partir da alimentação do banco de dados do Sinan, pode-se calcular a incidência, prevalência, letalidadee mortalidade, bem como realizar análises de acordo com as características de pessoa, tempo e lugar, particularmente no que tange às doenças transmissíveis de notificação obrigatória, além de outros indicadores epidemiológicos e operacionais utilizados para as avaliações local, municipal, estadual e nacional.
As informações da ficha de investigação possibilitam maior conhecimento acerca da situação epidemiológica do agravo investigado, fontes de infecção, modo de transmissão e identificação de áreas de risco, dentre outros importantes dados para o desencadeamento das atividades de controle. A manutenção periódica da atualização da base de dados do Sinan é fundamental para o acompanhamento da situação epidemiológica dos agravos incluídos no Sistema. Dados de má qualidade, oriundos de fichas de notificação ou investigação com a maioria dos campos em branco, inconsistências nas informações (casos com diagnóstico laboratorial positivo, porém encerrado como critério clínico) e duplicidade de registros, entre outros problemas frequentemente identificados nos níveis estadual ou federal, apontam para a necessidade de uma avaliação sistemática da qualidade da informação coletada e digitada no primeiro nível hierárquico de entrada de dados no Sistema, que torna possível a obtenção de dados confiáveis, indispensáveis para o cálculo de indicadores extremamente úteis, tais como as taxas de incidência, letalidade, mortalidade e coeficiente de prevalência, entre outros.
Para que o Sinan se consolide como a principal fonte de informação de morbidade para as doenças de notificação compulsória, faz-se necessário garantir tanto a cobertura Sistemas de Informação em Saúde e Vigilância Epidemiológica como a qualidade das informações. Sua utilização plena, em todo o território nacional, possivelmente possibilitará a obtenção dos dados indispensáveis ao cálculo dos principais indicadores necessários para o monitoramento dessas doenças, gerando instrumentos para a formulação e avaliação das políticas, planos e programas de saúde, subsidiando o processo de tomada de decisões e contribuindo para a melhoria da situação de saúde da população.
PORTARIA Nº 1.271, DE 6 DE JUNHO DE 2014
Define a Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional, nos termos do anexo, e dá outras providências.
O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso das atribuições que lhe conferem os incisos I e II do parágrafo único do art. 87 da Constituição, e
Considerando a Lei nº 6.259, de 30 de outubro de 1975, que dispõe sobre a organização das ações de Vigilância Epidemiológica, sobre o Programa Nacional de Imunizações, estabelece normas relativas à notificação compulsória de doenças, e dá outras providências;
Considerando o art. 10, incisos VI a IX, da Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977, que configura infrações à legislação sanitária federal, estabelece as sanções respectivas, e dá outras providências;
Considerando a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente;
Considerando a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências;
Considerando a Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, que dispõe sobre o Estatuto do Idoso, alterada pela Lei nº 12.461, de 26 de julho de 2011, que determina a notificação compulsória dos atos de violência praticados contra o idoso atendido em estabelecimentos de saúde públicos ou privados;
Considerando a Lei nº 10.778, de 24 de novembro de 2003, que estabelece a notificação compulsória, no território nacional, do caso de violência contra a mulher que for atendida em serviços de saúde, públicos ou privados;
Considerando a Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, que regula o acesso às informações previsto no inciso XXXIII do art. 5º, no inciso II do § 3º do art. 37 e no § 2º do art. 216 da Constituição Federal; altera a Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990; revoga a Lei nº 11.111, de 5 de maio de 2005, e dispositivos da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991; e dá outras providências;
Considerando o Decreto Legislativo nº 395, publicado no Diário do Senado Federal em 13 de março de 2009, que aprova o texto revisado do Regulamento Sanitário Internacional, acordado na 58ª Assembleia Geral da Organização Mundial de Saúde, em 23 de maio de 2005;
Considerando o Decreto nº 7.616, de 17 de novembro de 2011, que dispõe sobre a declaração de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN) e institui a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (FN-SUS); e
Considerando a necessidade de padronizar os procedimentos normativos relacionados à notificação compulsória no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), resolve:
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS
Art. 1º Esta Portaria define a Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional, nos termos do anexo.
Art. 2º Para fins de notificação compulsória de importância nacional, serão considerados os seguintes conceitos:
I - agravo: qualquer dano à integridade física ou mental do indivíduo, provocado por circunstâncias nocivas, tais como acidentes, intoxicações por substâncias químicas, abuso de drogas ou lesões decorrentes de violências interpessoais, como agressões e maus tratos, e lesão autoprovocada;
II - autoridades de saúde: o Ministério da Saúde e as Secretarias de Saúde dos Estados, Distrito Federal e Municípios, responsáveis pela vigilância em saúde em cada esfera de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS);
III - doença: enfermidade ou estado clínico, independente de origem ou fonte, que represente ou possa representar um dano significativo para os seres humanos;
IV - epizootia: doença ou morte de animal ou de grupo de animais que possa apresentar riscos à saúde pública;
V - evento de saúde pública (ESP): situação que pode constituir potencial ameaça à saúde pública, como a ocorrência de surto ou epidemia, doença ou agravo de causa desconhecida, alteração no padrão clínico epidemiológico das doenças conhecidas, considerando o potencial de disseminação, a magnitude, a gravidade, a severidade, a transcendência e a vulnerabilidade, bem como epizootias ou agravos decorrentes de desastres ou acidentes;
VI - notificação compulsória: comunicação obrigatória à autoridade de saúde, realizada pelos médicos, profissionais de saúde ou responsáveis pelos estabelecimentos de saúde, públicos ou privados, sobre a ocorrência de suspeita ou confirmação de doença, agravo ou evento de saúde pública, descritos no anexo, podendo ser imediata ou semanal;
VII - notificação compulsória imediata (NCI): notificação compulsória realizada em até 24 (vinte e quatro) horas, a partir do conhecimento da ocorrência de doença, agravo ou evento de saúde pública, pelo meio de comunicação mais rápido disponível;
VIII - notificação compulsória semanal (NCS): notificação compulsória realizada em até 7 (sete) dias, a partir do conhecimento da ocorrência de doença ou agravo;
IX - notificação compulsória negativa: comunicação semanal realizada pelo responsável pelo estabelecimento de saúde à autoridade de saúde, informando que na semana epidemiológica não foi identificado nenhuma doença, agravo ou evento de saúde pública constante da Lista de Notificação Compulsória; e
X - vigilância sentinela: modelo de vigilância realizada a partir de estabelecimento de saúde estratégico para a vigilância de morbidade, mortalidade ou agentes etiológicos de interesse para a saúde pública, com participação facultativa, segundo norma técnica específica estabelecida pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS).
CAPÍTULO II
DA NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA
Art. 3º A notificação compulsória é obrigatória para os médicos, outros profissionais de saúde ou responsáveis pelos serviçospúblicos e privados de saúde, que prestam assistência ao paciente, em conformidade com o art. 8º da Lei nº 6.259, de 30 de outubro de 1975.
§ 1º A notificação compulsória será realizada diante da suspeita ou confirmação de doença ou agravo, de acordo com o estabelecido no anexo, observando-se, também, as normas técnicas estabelecidas pela SVS/MS.
§ 2º A comunicação de doença, agravo ou evento de saúde pública de notificação compulsória à autoridade de saúde competente também será realizada pelos responsáveis por estabelecimentos públicos ou privados educacionais, de cuidado coletivo, além de serviços de hemoterapia, unidades laboratoriais e instituições de pesquisa.
§ 3º A comunicação de doença, agravo ou evento de saúde pública de notificação compulsória pode ser realizada à autoridade de saúde por qualquer cidadão que deles tenha conhecimento.
Art. 4º A notificação compulsória imediata deve ser realizada pelo profissional de saúde ou responsável pelo serviço assistencial que prestar o primeiro atendimento ao paciente, em até 24 (vinte e quatro) horas desse atendimento, pelo meio mais rápido disponível.
Parágrafo único. A autoridade de saúde que receber a notificação compulsória imediata deverá informa-la, em até 24 (vinte e quatro) horas desse recebimento, às demais esferas de gestão do SUS, o conhecimento de qualquer uma das doenças ou agravos constantes no anexo.
Art. 5º A notificação compulsória semanal será feita à Secretaria de Saúde do Município do local de atendimento do paciente com suspeita ou confirmação de doença ou agravo de notificação compulsória.
Parágrafo único. No Distrito Federal, a notificação será feita à Secretaria de Saúde do Distrito Federal.
Art. 6º A notificação compulsória, independente da forma como realizada, também será registrada em sistema de informação em saúde e seguirá o fluxo de compartilhamento entre as esferas de gestão do SUS estabelecido pela SVS/MS.
CAPÍTULO III
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 7º As autoridades de saúde garantirão o sigilo das informações pessoais integrantes da notificação compulsória que estejam sob sua responsabilidade.
Art. 8º As autoridades de saúde garantirão a divulgação atualizada dos dados públicos da notificação compulsória para profissionais de saúde, órgãos de controle social e população em geral.
Art. 9º A SVS/MS e as Secretarias de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios divulgarão, em endereço eletrônico oficial, o número de telefone, fax, endereço de e-mail institucional ou formulário para notificação compulsória.
Art. 10. A SVS/MS publicará normas técnicas complementares relativas aos fluxos, prazos, instrumentos, definições de casos suspeitos e confirmados, funcionamento dos sistemas de informação em saúde e demais diretrizes técnicas para o cumprimento e operacionalização desta Portaria, no prazo de até 90 (noventa) dias, contados a partir da sua publicação.
Art. 11. A relação das doenças e agravos monitorados por meio da estratégia de vigilância em unidades sentinelas e suas diretrizes constarão em ato específico do Ministro de Estado da Saúde.
Art. 12. A relação das epizootias e suas diretrizes de notificação constarão em ato específico do Ministro de Estado da Saúde.
Art. 13. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 14. Fica revogada a Portaria nº 104/GM/MS, de 25 de janeiro de 2011, publicada no Diário Oficial da União, nº 18, Seção 1, do dia seguinte, p. 37.
ARTHUR CHIORO
ANEXO
Lista Nacional de Notificação Compulsória
	Nº
	DOENÇA OU AGRAVO (Ordem alfabética)
	Periodicidade de notificação
	
	
	Imediata 
	≤ 24 hrs 
	* 
	* Semanal 
	
	
	MS
	SES
	SMS
	1
	a. Acidente de trabalho com exposição a material biológico 
	
	
	
	X
	
	b. Acidente de trabalho: grave, fatal e em crianças e adolescentes 
	
	
	X
	
	2
	Acidente por animal peçonhento 
	
	
	X
	
	
3
	Acidente por animal potencialmente transmissor da raiva 
	
	
	X
	
	4
	Botulismo 
	X
	
	X
	
	5
	Cólera 
	X
	
	X
	
	6
	Coqueluche 
	
	X
	
	
	7
	a. Dengue - Casos 
	
	
	
	X
	
	b. Dengue - Óbitos 
	X
	
	X
	
	8
	Difteria 
	
	
	X
	
	9
	Doença de Chagas Aguda 
	
	X
	
	
	10
	Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) 
	
	
	
	X
	11
	a. Doença Invasiva por "Haemophilus Influenza" 
	
	X
	
	
	
	b. Doença Meningocócica 
	
	X
	
	
	12
	Doenças com suspeita de disseminação intencional:
a. Antraz pneumônico
b. Tularemia
c. Varíola 
	X
	
	X
	
	13
	Doenças febris hemorrágicas emergentes e reemergentes:
a. Arenavírus
b. Ebola
c. Marburg
d. Lassa
e. Febre purpúrica brasileira 
	X
	
	X
	
	14
	Esquistossomose 
	
	
	
	X
	15
	Evento de Saúde Pública (ESP) que se constitua ameaça à saúde pública (ver definição no Art. 2º desta portaria) 
	X
	X
	X
	
	16
	Eventos adversos graves ou óbitos pós-vacinação 
	X
	
	X
	
	17
	Febre Amarela 
	X
	
	X
	
	18
	Febre de Chikungunya 
	X
	
	X
	
	19
	Febre do Nilo Ocidental e outras arboviroses de importância em saúde pública 
	X
	X
	X
	
	20
	Febre Maculosa e outras Riquetisioses 
	X
	
	X
	
	21
	Febre Tifoide 
	
	X
	
	
	22
	Hanseníase 
	
	
	
	X
	23
	Hantavirose 
	
	X
	
	
	24
	Hepatites virais 
	
	
	
	X
	25
	HIV/AIDS - Infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana ou Síndrome da Imunodeficiência Adquirida 
	
	
	
	X
	26
	Infecção pelo HIV em gestante, parturiente ou puérpera e Criança exposta ao risco de transmissão vertical do HIV 
	
	
	
	X
	Nº
	DOENÇA OU AGRAVO (Ordem alfabética)
	Periodicidade de notificação
	
	
	Imediata 
	≤ 24 hrs 
	* 
	* Semanal 
	
	
	MS
	SES
	SMS
	27
	Infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) 
	
	
	X
	
	28
	Influenza humana produzida por novo subtipo viral 
	
	X
	
	
	29
	Intoxicação Exógena (por substâncias químicas, incluindo agrotóxicos, gases tóxicos e metais pesados) 
	
	
	X
	
	30
	Leishmaniose Tegumentar Americana 
	
	
	X
	
	31
	Leishmaniose Visceral 
	
	
	X
	
	32
	Leptospirose 
	
	X
	
	
	33
	a. Malária na região amazônica 
	
	
	X
	
	
	b. Malária na região extra Amazônica 
	X
	X
	
	
	
34
	Óbito:
a. Infantil
b. Materno 
	
	
	X
	
	35
	Poliomielite por poliovirus selvagem 
	X
	X
	
	
	36
	Peste 
	X
	X
	
	
	37
	Raiva humana 
	X
	X
	
	
	38
	Síndrome da Rubéola Congênita 
	X
	X
	
	
	39
	Doença Exantemática
a. Sarampo
b. Rubéola
	
	
	
	X
	40
	Sífilis
a. Adquirida
b. Congênita
c. Em gestantes
	
	
	
	
	41 
	Síndrome da Paralisia Flácida Aguda 
	X
	
	
X
	
	42 
	Síndrome Respiratória Aguda Grave associada a Coronavírus
a. SARS-CoV
b. MERS-CoV 
	X
	
	X
	
	43 
	Tétano:
a. Acidental
b. Neonatal 
	
	
	X
	
	44 
	Tuberculose 
	
	
	
	X
	45 
	Varicela - Caso grave internado ou óbito 
	
	X
	
	
	46 
	a. Violência: doméstica e/ou outras violências 
	
	
	
	X
	
	b. Violência: sexual e tentativa de suicídio 
	
	
	X
	
*Informação adicional:
Notificação imediata ou semanal seguirá o fluxo de compartilhamento entre as esferas de gestão do SUS estabelecido pela SVS/MS;
Legenda: MS (Ministério da Saúde), SES (Secretaria Estadual de Saúde) ou SMS (Secretaria Municipal de Saúde)
A notificação imediata no Distrito Federal é equivalente à SMS.
Modelo da ficha de notificação e investigação do SINAN
3.6.2. Sistema de informações sobre mortalidade (sim)
Até fins do século XIX, cada país possuía um modelo diferente de atestado de óbito, fato que fez com que a Organização de Saúde da Liga das Nações constituísse uma comissão para o estudo do problema. Em 1925, foi publicado um informe sugerindo um modelo único de atestado de óbito, para a declaração de morte. Em 1948 adotou-se esse modelo como Modelo Internacional de Atestado de Óbito, que passou a ser utilizado a partir de 1950 praticamente por todos os países domundo para a anotação das causas da morte. No Brasil, em 1976, o Ministério da Saúde adotou uma Declaração de Óbito padronizada para todo o território nacional. Esta, mantendo o modelo internacional na parte relativa às causas de morte, uniformizava a maneira de registrar todos os demais tipos de informações. A finalidade foi permitir a comparabilidade dos dados, consolidando-os em nível nacional através do Sistema de Informação de Mortalidade, permitindo então maior racionalização das atividades baseadas nas informações coletadas. Em princípio, a responsabilidade quanto ao preenchimento da Declaração de Óbito é atribuída ao profissional médico, conforme o disposto no artigo 84 do Código de Ética Médica, Capítulo X que expressa: “é vedado ao médico deixar de atestar óbito de paciente ao qual vinha prestando assistência, exceto quando houver indícios de morte violenta” (Resolução CFM nº 1931, 2009).
3.6.2.1. A Declaração de Óbito tem dois grandes objetivos:
Ser o documento padrão para coleta de informações sobre mortalidade subsidiando as estatísticas vitais e epidemiológicas no Brasil, conforme o determina o artigo 10 da Portaria nº 116, de 11 de fevereiro de 2009.
Atender ao artigo 77 da Lei Nº. 6.216, de 30 de junho de 1975 – que altera a Lei 6.015/73 dos Registros Públicos e determina aos Cartórios de Registro Civil que a Certidão de Óbito para efeito de liberação de sepultamento e outras medidas legais, seja lavrada mediante da Declaração de Óbito.
Os dados informados na Declaração de Óbito alimentam as estatísticas nacionais e oficiais sobre o perfil de morte no Brasil. A partir das informações extraídas das DO são definidas grande parte das prioridades que compõem as políticas públicas em saúde. Por esta razão, a Declaração de Óbito precisa se garantir, cada vez mais, como um instrumento de amplitude máxima, capaz de captar informações nos mais remotos aglomerados populacionais do país. Além disto, precisa ser corretamente preenchida, de modo que as informações dela extraídas estejam perfeitamente concatenadas com as estratégias, métodos, metas e indicadores sugeridos pelas análises da situação de saúde no país.
A Secretaria de Vigilância em Saúde - SVS é o gestor do SIM em nível nacional, sendo distribuída gratuitamente às Secretarias Estaduais de Saúde para subseqüente fornecimento às Secretarias Municipais de Saúde, que se responsabilizam pelo controle e distribuição entre os estabelecimentos de saúde, Institutos Médico Legais, Serviços de Verificação de Óbitos, Cartórios do Registro Civil, profissionais médicos e instituições que a utilizam bem como pelo recolhimento das primeiras vias em hospitais e cartórios. Cabe ainda à SVS o recebimento dos dados, agregando-os e elaborando o banco nacional sobre mortalidade, de acesso público.
3.6.2.2. A declaração de óbito (DO)
Documento padrão de uso obrigatório em todo o território nacional, para a coleta dos dados sobre óbitos e considerado como documento hábil para os fins do Art 77 da Lei nº 6.015/1973 para a lavratura da Certidão de Óbito pelo Cartório de Registro Civil (Art. 10 da Portaria nº 116 MS/SVS de 11/02/2009) O instrumento padronizado é impresso com sequência numérica única, em conjuntos de três vias auto-copiativas, conforme fotolito padronizado pela SVS/MS, descrito na pagina 48.
O controle da numeração bem como a emissão e distribuição dos formulários para as Secretarias Estaduais de Saúde é de competência exclusiva do Ministério da Saúde, pela sua Secretaria de Vigilância em Saúde (Art. 12 da Portaria nº 116 MS/SVS de 11/02/2009). As Secretarias Estaduais de Saúde são responsáveis pela distribuição dos formulários diretamente ou por meio de suas instâncias regionais de saúde, às Secretarias Municipais de Saúde e aos Distritos Sanitários Especiais Indígenas, que controlam a distribuição e utilização do documento padrão em sua esfera de gerenciamento do sistema (Art. 13 da Portaria nº 116 MS/SVS de 11/02/2009).
As Secretarias Municipais de Saúde são responsáveis pelo fornecimento e pelo controle da utilização dos formulários entregues às unidades notificadoras que são responsáveis solidários pela série numérica recebida (Art. 13 da Portaria nº 116 MS/SVS de 11/02/2009).
Unidades notificadoras que recebem os formulários das Secretarias Municipais de Saúde:
. Estabelecimento e Serviço de Saúde, inclusive o de atendimento ou internação domiciliar
. Instituto Médico Legal
. Serviço de Verificação de Óbito
. Médico cadastrado pela Secretaria Municipal de Saúde
. Cartório de Registro Civil - somente em localidades onde não exista médico
É vedada a distribuição da Declaração de Óbito para as empresas funerárias.	 
3.6.2.3. O Médico e a Declaração de Óbito
O Médico tem responsabilidade ética e jurídica pelo preenchimento e pela assinatura da DO, assim como pelas informações registradas em todos os campos desse documento. As informações consignadas no documento são utilizadas na produção das estatísticas de mortalidade e concorrem para a identificação do processo mórbido, conduzindo ao conhecimento do perfil saúde-doença. É importante que o responsável pelo preenchimento o faça com respeito aos preceitos legais e epidemiológicos vigentes. A DO deve ser preenchida para todos os tipos de óbitos fetais e não fetais ocorridos em estabelecimentos de saúde, domicílios ou outros locais. O médico atestante deve se abster de utilizar diagnósticos vagos como “parada cardíaca”, “parada cardio-respiratória”, “falência de múltiplos órgãos”, etc, que são modos e não causas de morte, não devendo ser computados como causa básica do óbito.
Os direitos, deveres e obrigações do médico são definidos pelo Código de Ética Médica. De acordo com legislação do Conselho Federal de Medicina (CFM), a emissão da DO é um ato médico, portanto, ocorrido um óbito, o médico tem a obrigação legal de constatá-lo e atestar, utilizando o formulário padrão para tal fim. O médico não pode cobrar pela emissão da DO em óbitos de paciente sob sua responsabilidade, incluindo as situações em que atua como substituto, ou em IML ou SVO. Poderá cobrar caso seja solicitado a realizar consulta para verificação de óbito em pacientes que não estejam sob sua responsabilidade, excetuadas as condições em que seja substituto (em plantões por exemplo, ou visita domiciliar sob a égide de uma unidade de saúde), esteja em SVO ou IML. Portanto não poderá cobrar por hipótese alguma pela emissão da DO especificamente, de qualquer modo.
3.6.2.4. Condições para emissão da DO
. Em todo óbito por causa natural ou por causa acidental e/ou violenta
. No óbito fetal, se a gestação teve duração igual ou superior a 20 semanas, ou o feto teve peso corporal igual ou superior a 500 gramas e/ou estatura igual ou superior a 25 centímetros
. No óbito não fetal, quando a criança nascer viva e morrer logo após o nascimento, independentemente da duração da gestação, do peso do recém-nascido e do tempo que tenha permanecido vivo
3.6.2.5. Condições para não emissão da DO
No óbito fetal, se a gestação teve duração menor que 20 semanas ou o feto teve peso corporal menor que 500 gramas e/ou estatura menor que 25 centímetros
É facultado ao médico emitir uma DO nestes casos, para atender solicitação da família
No caso de peças anatômicas retiradas por ato cirúrgico ou de membros amputados. Nesses casos o médico elaborará um relatório em papel timbrado do Estabelecimento de Saúde descrevendo o procedimento realizado. Este documento será levado ao Cemitério, caso o destino da peça venha a ser o sepultamento. Estas providências estão definidas na Resolução de Diretoria Colegiada nº 306 da ANVISA (2004).
3.6.2.6. A Declaração de Óbito Epidemiológica (DO Epidemiológica)
Documento padrão de uso obrigatório em todo o território nacional para a coleta dos dados do óbito conhecido tardiamente pelo sistema de saúde, em circunstancias em que não seja mais possível emitir uma DO normal (geralmente quando já houve o sepultamento, e não é mais possível verificar o óbito). Esta declaração não é consideradacomo documento hábil para os fins do Art. 77 da Lei nº 6.015/1973 para a lavratura da Certidão de Óbito pelo Cartório de Registro Civil.
O instrumento padronizado é impresso com sequência numérica única, em via única, conforme fotolito padronizado pela SVS/MS. O controle da numeração bem como a emissão e distribuição dos formulários para as Secretarias Estaduais de Saúde é de competência exclusiva do Ministério da Saúde, pela sua Secretaria de Vigilância em Saúde. Ressalte-se que os dois modelos, a DO e a DO Epidemiológica, são inteiramente iguais no layout, com os mesmos Blocos e com as mesmas variáveis, porém apresentam as seguintes diferenças:
. Os títulos dos Blocos têm fundo preto na DO e fundo verde na DO Epidemiológica . A DO é composta por três vias, de cores distintas, cada uma com destino final informado, enquanto a DO Epidemiológica tem apenas uma via e um único destino. A DO é distribuída para as unidades notificadoras enquanto a DO Epidemiológica tem sua distribuição exclusiva para as Secretarias de Saúde, Estadual e Municipais.
. A responsabilidade pela emissão da DO, principalmente no que se refere ao Bloco V, é do Médico atestante, enquanto que na DO Epidemiológica esta responsabilidade cabe aos gestores do SIM nas Secretarias de Saúde.
. Na DO todos os Blocos devem ser preenchidos enquanto que na DO Epidemiológica, a Parte I e a Parte II do Bloco V, e os Blocos VI, VIII e IX não o são, justificados pelo fato desta DO Epidemiológica ser exclusiva do sistema, para resgate de óbitos que não são de seu conhecimento.
. Cada um dos modelos (DO e DO Epidemiológica) segue uma numeração independente.
. Os fluxos da DO para os diversos tipos de ocorrência, não se aplicam à DO Epidemiológica, visto esta ser exclusiva das Secretarias de Saúde, onde é preenchida e processada no sistema.
3.6.2.7. Fluxos da declaração de óbito
A Declaração de Óbito é impressa em papel especial autocopiativo, em três vias, que compõem um jogo. Cada bloco contém 30 jogos de formulários;
Em função das características do óbito (por causa natural ou por causa acidental e/ou violenta) ou do local de sua ocorrência (hospital, outros estabelecimentos de saúde, via publica, domicílio ou outro, em conformidade com o Campo 20 do Bloco III), o fluxo da DO varia, de acordo com o disposto nos artigos 20 a 26 da Portaria nº 116 MS-SVS, de 11/02/2009 4.
FLUXO 1 - Art. 20 da Portaria nº 116 MS/SVS de 11/02/2009.
Óbito por causa natural ocorrido em Estabelecimento de Saúde.
FLUXO 2 - Art. 21 da Portaria nº 116 MS / SVS de 11/02/2009
Óbito por causa natural, ocorrido fora do Estabelecimento de Saúde, com assistência médica.
FLUXO 3 - Art. 22 da Portaria nº 116 MS / SVS de 11/02/2009
Óbito por causa natural, ocorrido fora de Estabelecimento de Saúde, sem assistência médica, em localidade com SVO.
FLUXO 4 - Art. 21 Parágrafo único da Portaria MS / SVS nº 116 de 11/02/2009
Óbito por causa natural, ocorrido fora de Estabelecimento de Saúde, sem assistência médica, em localidade sem SVO.
FLUXO 5 - Art. 23 da Portaria nº 116 MS / SVS de 11/02/2009
Óbito por causa natural ocorrido em localidade sem médico.
FLUXO 6 - Art. 23 §2º da Portaria nº 116 MS / SVS de 11/02/2009
Óbito por causa natural ocorrido em aldeia indígena com assistência médica.
FLUXO 7 - Art. 25 da Portaria nº 116 MS / SVS de 11/02/2009
Óbito por causa acidental e/ou violenta ocorrido em localidade com IML.
FLUXO 8 - Art. 26 da Portaria nº 116 MS / SVS de 11/02/2009
Óbito por causa acidental e/ou violenta ocorrido em localidade sem IML.
3.6.2.8. Instruções para o preenchimento
Antes do preenchimento da DO, o jogo, contendo as três vias autocopiativas, deve ser destacado do bloco para evitar borrar os demais formulários. O preenchimento deve ser feito de preferência em letra de forma legível e com caneta esferográfica. O médico não deve assinar uma Declaração de Óbito em branco, devendo verificar se todos os itens de identificação foram devida e corretamente preenchidos. Não pode haver emendas ou rasuras. Caso isto ocorra, deve-se ressalvar a emenda ou rasura, repetindo os dados de forma legível e assinando novamente, ao pé da ressalva. Se não for possível ressalvar, o jogo deve ser anulado e encaminhado ao setor da Secretaria Municipal de Saúde responsável pela distribuição, para controle. Deve ainda ser evitado deixar campos em branco, assinalando a opção “Ignorado” quando não se conhecer a informação solicitada ou um traço (-) quando não se aplicar ao item correspondente ou na impossibilidade de serem obtidas as informações.
A Declaração de Óbito é composta por nove Blocos, com um total de 59 variáveis:
Bloco I – Identificação
Bloco II – Residência
Bloco III – Ocorrência
Bloco IV - Fetal ou menor que 1 ano
Bloco V - Condições e causas do óbito
Bloco VI – Médico
Bloco VII - Causas externas
Bloco VIII – Cartório
Bloco IX - Localidade sem Médico
O número da Declaração de Óbito é previamente atribuído e consta da primeira linha do documento, com nove algarismos, divididos em duas partes:
. a primeira parte, com oito algarismos, corresponde à numeração sequencial de cada jogo de DO;
. a segunda parte contém um algarismo, que é o dígito verificador, cuja principal função é evitar erros de digitação, bem como reduzir a possibilidade de fraudes na emissão do documento ou na digitação de registros. Este algarismo expressa o resultado de um algoritmo aplicado aos oito algarismos anteriores.
A seguir serão apresentados cada um dos Blocos e a forma de preenchimento de suas variáveis.
Bloco I – Identificação Campos de 1 a 14
Este bloco se destina a colher informações gerais sobre a identidade do falecido e dos seus pais e contém quatorze campos.
1 Tipo de óbito - assinalar com um “X” a quadrícula correspondente ao tipo de óbito. Ver definição de óbito fetal e não fetal na página 50.
2 Data do óbito - anotar a data em que ocorreu o óbito seguindo o padrão dia, mês e ano (dd/mm/aaaa). Quando não for possível definir a data exata, informar data estimada. O sistema não aceita este campo em branco. Hora: anotar a hora exata ou aproximada em que ocorreu o óbito, no padrão 24h. Atentar que não existe 24:00. Ou o óbito ocorreu às 23h59 minutos ou ocorreu às 00h00, que já será anotado quando ocorrido nos primeiros segundos de um dia que se inicia.
3 Cartão SUS – neste campo deverá ser anotado o número do Cartão SUS. Quando não se dispuser desta informação deve-se passar um traço neste campo.
4 Naturalidade - preencher o nome do Município onde o falecido nasceu, com a sigla da respectiva UF. Em caso de desconhecimento do Município, tentar preencher pelo menos a sigla da UF. Para estrangeiros, preencher o nome do país de origem e se a naturalidade não for conhecida deve-se passar um traço neste campo. Durante a digitação do documento, estes dados serão complementados pelo respectivo código adotado pelo IBGE, constante do Cadastro de Municípios do sistema.
5 Nome do Falecido - preencher o nome completo do falecido, por extenso, sem abreviaturas. Usar um documento de identificação do falecido, sempre que possível com foto, para obter esta informação. Em caso de óbito fetal preencher este campo com “Natimorto”.
6 Nome do Pai - preencher o nome completo do pai do falecido, sem abreviaturas. Usar um documento de identificação do falecido, sempre que possível com foto, para obter esta informação. Em caso de ser desconhecido preencher com “Ignorado”.
7 Nome da Mãe - preencher o nome completo da Mãe do falecido, sem abreviaturas. Usar um documento de identificação do falecido, sempre que possível com foto, para obter esta informação. Em caso de ser desconhecido preencher com “Ignorado”.
8 Data de nascimento - anotar a data de nascimento do falecido no padrão dia, mês, e ano dd/mm/aaaa. Em caso de óbito fetal as datas de óbito e nascimento deverão ser iguais. Se as datas forem diferentes então o sistema não aceita e envia uma mensagem de crítica.
9 Idade - preenchercom a idade do falecido ou a idade presumida como a seguir:
Anos completos: quando a idade ou idade presumida do falecido for igual ou maior que um, este campo deve ser preenchido com os anos completos.
Menores de um ano: quando a idade do falecido for menor que um ano, este campo deverá ser preenchido do seguinte modo:
. Até 11 meses e 29 dias: preencher com o número de meses completos de vida se a criança tiver morrido com idade a partir de um mês e menos de doze meses completos.
. Até 29 dias: preencher com o número de dias de vida se a criança tiver morrido com idade a partir de um dia e menos de trinta dias completos.
. Até menos de 1 dia: preencher com o número de horas de vida se a criança tiver morrido com idade a partir de uma hora e menos de vinte e quatro horas completas.
. Até menos de 1 hora: preencher com o número de minutos de vida se a criança tiver morrido com menos de sessenta minutos completos. Em óbito fetal este campo não deve ser preenchido.
10 Sexo - assinalar com um “X” a quadrícula correspondente ao tipo de sexo. A alternativa “Ignorado” só deverá ser assinalada em casos especiais como cadáveres mutilados, em estado avançado de decomposição, genitália indefinida ou hermafroditismo. Obs: Os Campos de números 11 a 14, abaixo, não deve ser preenchido quando se tratar de óbito fetal.
11 Raça / Cor 5– assinalar a quadrícula correspondente com um “X”. Esta variável não admite a alternativa “Ignorada”. A cor do falecido deve ser perguntada ao responsável pelas informações do falecido, não devendo nunca ser decidida pelo médico a partir da observação. A não utilização do quesito cor encobre dados relevantes para a identificação de agravos à saúde que acometem populações em situação de vulnerabilidade, como negros e indígenas, e mascara a evolução destes agravos. Não considerar a composição pluriétnica da sociedade brasileira significa impedir sistematicamente a eqüidade na atenção à saúde. (OLIVEIRA, M. (2001) Sobre a Saúde da População Negra Brasileira. In: Perspectivas em Saúde e Direitos Reprodutivos - São Paulo: MacArthur Foundation, 2001:8-12). Para maiores informações: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/caderno_textos_basicos_snspn.pdf
O responsável pelas informações do falecido deve ser informado das opções para o campo e deve escolher um dos cinco itens relacionados. Ainda que a resposta não corresponda exatamente a nenhuma das alternativas é necessário observar as seguintes correspondências de cor para a categorização do campo.
1. Branca
2. Preta
3. Amarela (pessoa de origem oriental: japonesa, chinesa e coreana entre outras)
4. Parda (inclui-se nesta categoria morena, mulata, cabocla, cafuza, ou qualquer outro mestiço de pessoa da cor preta com pessoa de outra cor ou raça)
5. Indígena (se aplica aos indígenas ou índios que vivem em aldeamento, como também aos que se declararam indígenas e vivem fora do aldeamento). Obs: é o responsável pelo falecido quem escolhe a opção que melhor define a cor do falecido.
12 Situação conjugal - assinalar com um “X” a quadrícula correspondente à alternativa da situação conjugal do falecido. Preencher com a informação dada pelos familiares.
NOTA: Deve-se informar aos familiares que o estado civil que constará do registro e certidão de óbito será aquele que for declarado perante o oficial de registro, que exercerá o seu dever de verificar os requisitos legais para a atribuição desta informação, mesmo que esta seja diferente do que consta na DO. Os cartórios não devem recusar ou devolver a DO ao serviço de saúde, quando houver divergência entre a informação desta com a que é apurada no registro civil. Neste caso, prevalecerá aquilo que é declarado no cartório, considerando que o preenchimento da DO não dispensa a qualificação pelo registrador.
13 Escolaridade (última série concluída) – Esta pergunta deve ser respondida em duas etapas, informando inicialmente o “Nível” de escolaridade que a pessoa falecida cursou (1 - Fundamental I; 2 - Fundamental II; 3 – Médio; 4 - Superior incompleto; 5 - Superior completo) e em seguida a última “Série” concluída com aprovação se no quesito “Nível” foi informada a alternativa 1, 2 ou 3. Caso não tenha estudado, anotar sem escolaridade (opção 0 – Sem escolaridade no campo Nível).
14 Ocupação habitual - não preencher este campo para óbitos em crianças com menos de 5 anos de idade. Neste caso deve-se passar um traço neste campo. Ocupação habitual é o tipo de trabalho que o falecido desenvolveu na maior parte de sua vida produtiva. A informação deve ser detalhada, de modo a permitir uma boa classificação, de acordo com a Classificação Brasileira de Ocupações – CBO 20026. O código não precisa ser preenchido exceto se orientado pela Secretaria de Saúde a fazê-lo. O digitador ou codificador preencherá a partir da tabela completa, disponível no sistema. Recomenda-se não preencher com ocupações vagas, como vendedor, operário, professor, médico, etc, mas com o complemento da ocupação: vendedor de automóveis, operária têxtil, professor de matemática do ensino médio, médico pediatra, etc. No caso do falecido ser aposentado, preencher com a ocupação habitual anterior. As categorias Estudante, Dona de Casa, Aposentado/Pensionista, e Desempregado devem ser evitadas ao máximo pois embora estejam presentes no sistema de informações, não são ocupações classificadas na CBO 2002. Podem ser usadas em situações de exceção, mas por não integrarem a CBO 2002, quando informadas no sistema, não se enquadram em nenhuma família, subgrupo, subgrupo principal ou grande grupo desta classificação, perdendo comparabilidade com outras fontes.
Bloco II – Residência Campos de 15 a 19
Este Bloco se destina a colher dados sobre a residência do falecido e contém cinco campos.
15 Logradouro (Rua, praça, avenida, etc.) - preencher o endereço completo com número e complemento. O código do logradouro não precisa ser preenchido. O digitador ou codificador o preencherá a partir da tabela completa, disponível no sistema.
16 CEP – preencher com o código constante no Código de Endereçamento Postal, conforme consta do Guia Postal Brasileiro, editado pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - EBCT.
17 Bairro / Distrito - preencher com o nome do Bairro ou Distrito ao qual pertence o logradouro. Se a informação não for conhecida deve-se passar um traço neste campo. O código do logradouro não precisa ser preenchido exceto se orientado pela Secretaria de Saúde a fazê-lo. O digitador ou codificador o preencherá a partir da tabela completa, disponível no sistema. Se a informação não for conhecida deve-se passar um traço neste campo.
18 Município de residência - Preencher com o nome completo do Município onde residia habitualmente o falecido. Obs: Em caso de óbito fetal, considerar o município de residência da Mãe. O código não precisa ser preenchido. O digitador ou codificador preencherá a partir da tabela completa, disponível no sistema.
19 UF - preencher com a sigla da Unidade da Federação (Estado ou DF) à qual pertence o Município de residência.
Bloco III Ocorrência Campos de 20 a 26
Este Bloco se destina a colher informações sobre o local onde ocorreu o óbito e contém sete campos.
20 Local de ocorrência do óbito - assinalar com um "X" a quadrícula correspondente à área física onde ocorreu o óbito, de acordo com as alternativas:
1. Hospital: se o óbito ocorreu em um estabelecimento de saúde que tem por finalidade básica prestar assistência médica em regime de internação, possuindo leitos e instalações apropriadas, com assistência médica permanente de pelo menos um médico
2. Outros estabelecimentos de saúde: se o óbito ocorreu em outros estabelecimentos que prestam assistência à saúde coletiva ou individual que não hospitais (Postos/Centros de Saúde, Unidades Básicas de Saúde, dentre outros)
3. Domicílio: se o óbito ocorreu em um domicílio
4. Via publica: se o óbito ocorreu em uma via pública
5. Outros: se o óbito não ocorreu em um estabelecimento de saúde, domicílio ou via pública 
6. Ignorado:quando não for possível identificar o local de ocorrência do óbito
21 Estabelecimento - preencher com o nome do hospital ou de outro estabelecimento de saúde onde ocorreu o óbito. Código CNES: corresponde ao código do estabelecimento de saúde constante do Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde. O código não precisa ser preenchido, exceto se orientado pela Secretaria de Saúde a fazê-lo. O digitador ou codificador preencherá a partir da tabela completa, disponível no sistema.
22 Endereço da ocorrência, se fora do estabelecimento ou da residência (rua, praça, avenida, etc) - preencher o endereço completo de onde ocorreu o óbito, desde que este tenha se dado em outro local, fora do estabelecimento de saúde ou da residência. Obs: Somente preencher este campo se a escolha no Campo 20 (Local de ocorrência do óbito) tenha sido 4 - Via Publica ou 5 - Outros. No caso de 3 - Domicílio este campo só deve ser preenchido quando o óbito tiver ocorrido em um domicílio diferente da residência do falecido (Campo 15).
23 CEP - anotar o Código de Endereçamento Postal correspondente ao endereço constante do campo anterior.
24 Bairro/Distrito - preencher com o nome do Bairro ou Distrito ao qual pertence o logradouro, conforme constam do Cadastro de Logradouros. Código: O código não precisa ser preenchido exceto se orientado pela Secretaria de Saúde a fazê-lo. O digitador ou codificador preencherá a partir da tabela completa, disponível no sistema.
25 Município de ocorrência - preencher com o nome do Município onde ocorreu o óbito. O código não precisa ser preenchido. O digitador ou codificador preencherá a partir da tabela completa, disponível no sistema.
26 UF - preencher com a sigla da Unidade da Federação (Estado ou DF) à qual pertence o Município de ocorrência do óbito.
BLOCO IV - Fetal ou menor que 1 ano Campos de 27 a 36
Este bloco se destina a colher informações sobre a Mãe e sobre o falecido, em casos de óbito fetal ou menor de 1 ano. Este bloco contém dez campos.
Quando o óbito for fetal, ou de menor de 1 ano, este bloco deve ter todos os seus campos preenchidos (exceto Número da DNV que não será preenchido nos casos de óbito fetal). Quando o óbito for não fetal e de maior de 1 ano de idade, este bloco não deve ser preenchido, passando-se direto para o Bloco seguinte (Bloco V).
27 Idade – anotar a idade da Mãe com dois algarismos.
28 Escolaridade (última série concluída) – Esta pergunta deve ser respondida em duas etapas, informando inicialmente o “Nível” de escolaridade que a mãe cursou (1 - Fundamental I; 2 - Fundamental II; 3 – Médio; 4 - Superior incompleto; 5 - Superior completo) e em seguida a última “Série” concluída com aprovação se no quesito “Nível” foi informada a alternativa 1, 2 ou 3. Caso não tenha estudado, anotar sem escolaridade (opção 0 – Sem escolaridade no campo Nível).
29 Ocupação habitual - Ocupação habitual é o tipo de trabalho exercido habitualmente pela Mãe. A informação deve ser detalhada, de modo a permitir uma boa classificação, de acordo com a Classificação Brasileira de Ocupações – CBO 20027. O código não precisa ser preenchido exceto se orientado pela Secretaria de Saúde a fazê-lo. O digitador ou codificador preencherá a partir da tabela completa, disponível no sistema. Recomenda-se não preencher com ocupações vagas, como vendedora, operária, professora, médica, etc, mas com o complemento da ocupação: vendedora de automóveis, operária têxtil, professora de matemática do ensino médio, médica pediatra, etc. No caso da mãe do falecido(a) ser “aposentada”, preencher com a ocupação habitual anterior. As categorias Estudante, Dona de Casa, Aposentado/Pensionista, e Desempregado devem ser evitadas ao máximo pois embora estejam presentes no sistema de informações, não são ocupações classificadas na CBO 2002. Podem ser usadas em situações de exceção, mas por não integrarem a CBO 2002, quando informadas no sistema, não se enquadram em nenhuma família, subgrupo, subgrupo principal ou grande grupo desta classificação, perdendo comparabilidade com outras fontes.
30 Número de filhos tidos - destina-se a informações sobre o número de filhos tidos, vivos e mortos, inclusive abortamentos. Lembrar que esta variável não inclui o falecido (nascido vivo ou morto) a que se referir a Declaração. Portanto não incluir a criança cujo óbito se notifica nesta DO na contagem do número de filhos vivos e/ou perdas fetais e abortos. Anotar o número de filhos tidos (nascidos vivos e perdas fetais/abortos) com dois algarismos. Se não houver informação a respeito, assinalar a quadrícula “99 ignorado”.
31 Número de semanas de gestação – anotar o número de semanas de gestação com dois algarismos. Se não houver informação a respeito, assinalar a quadrícula “99-Ignorado”.
32 Tipo de gravidez - assinalar com um “X” a quadrícula correspondente ao tipo de gravidez, ou 9 se ignorado.
33 Tipo de parto – assinalar com um “X” a quadrícula correspondente ao tipo de parto, ou 9 se ignorado.
As variáveis a seguir se referem ao falecido.
34 Morte em relação ao parto - assinalar com um “X” a quadrícula correspondente ao óbito em relação ao parto.
35 Peso ao nascer - anotar o peso em gramas (quatro algarismos).
36 Número da Declaração de Nascido Vivo - anotar o número da Declaração de Nascido Vivo (DN). O número da DN deve ser preenchido com todos os seus 11 caracteres (formato 00-00000000-0).
BLOCO V – Condições e causas do óbito Campos de 37 a 40
Este bloco se destina a qualificar as condições e causas que provocaram o óbito. Contempla o modelo internacional de Atestado de Óbito adotado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), desde 1948 e sua importância decorre do fato dele ser a fonte da Causa Básica do óbito e dos agravos que para ela contribuíram. Este bloco contém quatro campos. Obs: O preenchimento deste bloco deve ser feito para qualquer tipo de óbito, fetal ou não fetal.
ÓBITOS DE MULHER EM IDADE FÉRTIL
37 A morte ocorreu – assinalar com um “X” a quadrícula correspondente à situação gestacional ou pósgestacional em que ocorreu o óbito. Deve ser preenchido em caso de óbito de mulher fértil. Este é um campo de importância essencial para identificar óbitos maternos, especialmente quando as causas do óbito materno estão fora do capitulo XV (O00 a O99) da CID10. O não preenchimento deste campo em óbitos de mulheres férteis gera custos adicionais ao sistema de saúde para investigar e obter posteriormente esta informação.
ASSISTÊNCIA MÉDICA
38 Recebeu assistência médica durante a doença que ocasionou a morte? assinalar com um “X” a quadrícula correspondente à alternativa escolhida. Este campo se refere ao atendimento médico continuado que o paciente recebeu, ou não, durante a enfermidade que ocasionou o óbito.
DIAGNÓSTICO CONFIRMADO POR:
39 Necrópsia? assinalar com um “X” a quadrícula correspondente à alternativa de execução ou não de necropsia
CAUSAS DA MORTE
40 Este campo só pode ser preenchido pelo médico que atestou o óbito e seus diagnósticos não podem ser alterados por outra pessoa que não o próprio, em documento elucidativo à parte, ou pela anulação da DO e preenchimento de outra. Os conceitos de “causa de morte” e de “causa básica”, definidos em assembléia geral da OMS, estão descritos na página 50 - Definições. A declaração das causas de morte informadas neste Campo deve estar consoante com o “Modelo Internacional de Certificado Médico da Causa de Morte”, atualmente em vigor em todos os países e recomendado, em 1948, durante a Assembléia Mundial de Saúde.
. PARTE I - destinada à anotação da causa que provocou a morte (causa terminal – linha a) e dos estados mórbidos que produziram a causa registrada na linha a (causas antecedentes ou conseqüenciais – linhas b e c, e a causa básica – linha d). É fundamental que, na última linha, o médico declare corretamente a causa básica, com um diagnóstico apenas, para que se tenham dados confiáveis e comparáveis sobre mortalidade segundo a causa básica ou primária. No caso de óbito fetal não preencher com a expressão “Natimorto”, poisalém desta não caracterizar uma causa de óbito, já foi anotada no Bloco I – Identificação.
. PARTE II - destinada à anotação de outras condições mórbidas significativas que contribuíram para a morte e que, porém, não fizeram parte da cadeia definida na Parte I. Nesta parte deve ser registrada qualquer doença ou lesão que, a juízo médico, tenha influído desfavoravelmente, contribuindo assim para a morte, não estando relacionada com o estado patológico que conduziu diretamente ao óbito. As causas registradas nesta parte são denominadas causas contribuintes.
Tempo aproximado entre o início da doença e a morte - este espaço deverá sempre ser anotado em ambas as Partes I e II. Os espaços destinados aos códigos da CID são destinados à codificação das causas pelo profissional responsável por este trabalho, nas Secretarias de Saúde, o codificador de causas de morte. Não devem ser preenchidos pelo médico.
BLOCO VI – Médico Campos de 41 a 47
Este bloco se destina a colher informações sobre o Médico que assina a DO e contém sete campos.
41 Nome do Médico - preencher por extenso o nome completo do Médico, que assina a declaração.
42 CRM - anotar o número de inscrição do Médico atestante no Conselho Regional de Medicina da UF a que estiver jurisdicionado.
43 Óbito atestado por Médico – assinalar com um “X” a quadrícula correspondente à condição do Médico atestante.
44 Município e UF do SVO ou IML – Este campo deve ser preenchido apenas quando no campo anterior tenha sido informado que o médico atestante é do SVO. Nestes casos, preencher o nome do Município e UF onde estão localizados o Serviço de Verificação de Óbito - SVO ou o Instituto Médico-Legal – IML.
45 Meio de contato - anotar o meio de se entrar em contato com o médico que assinou a Declaração de Óbito, tal como telefone, fax, e-mail ou outro qualquer.
46 Data do atestado - preencher com a data em que o atestado foi assinado segundo o padrão dia, mês e ano (dd/mm/aaaa).
47 Assinatura - espaço destinado à assinatura do Médico atestante, com a aposição de seu carimbo com o número de inscrição no CRM.
BLOCO VII – Causas externas Campos de 48 a 52
Este Bloco se destina a colher informações sobre o provável tipo de morte por violências e contém cinco campos. É de grande importância epidemiológica e se constitui num complemento ao Bloco V - Condições e Causas do Óbito, que corresponde ao Capítulo XX da CID-10 - Causas Externas de Morbidade e de Mortalidade.
PROVÁVEIS CIRCUNSTÂNCIAS DE MORTE NÃO NATURAL
(Informações de caráter estritamente epidemiológico)
48 Tipo - assinalar com um “X” a quadrícula correspondente ao tipo de morte violenta ou circunstâncias em que se deu a morte não natural. Esta informação frequentemente é dada pelo médico legista, ou obtida nos laudos do IML. Quando não for sabido o tipo, informar 9-ignorado.
49 Acidente de trabalho - assinalar com um “X” a quadrícula correspondente à alternativa, quando o evento que desencadeou o óbito estiver relacionado ao processo de trabalho.
50 Fonte da informação - este campo fornece informações complementares para as mortes ocasionadas por causas externas. Assinalar com um “X” a quadrícula correspondente à fonte de informação utilizada para o preenchimento dos campos anteriores.
51 Descrição sumária do evento, incluindo o tipo de local de ocorrência - deverá ser feita uma descrição sucinta, sem perder a clareza, sobre as prováveis circunstâncias que motivaram as lesões observadas, bem como a identificação do tipo do local de ocorrência (via pública, residência, etc).
52 SE A OCORRÊNCIA FOR EM VIA PÚBLICA, ANOTAR O ENDEREÇO - preencher com o nome do logradouro onde ocorreu a violência ou acidente que produziu a lesão fatal.
BLOCO VIII – Cartório Campos de 53 a 57
Este Bloco se destina a colher dados referentes ao Cartório de Registro Civil onde foi efetuado o registro do óbito, bem como o número e data do registro. Este Bloco contém cinco campos. A responsabilidade pelo seu preenchimento é exclusiva do Oficial do Registro Civil (Cartórios).
53 Cartório - o nome do Cartório deve ser preenchido por extenso. Código: Não precisa preencher exceto se orientado pela Secretaria de Saúde a fazê-lo. Trata-se da tabela de códigos constante do Cadastro de Cartórios do SIM
54 Registro – anotar o número de registro que consta no livro apropriado para óbitos.
55 Data – anotar a data em que foi efetuado o registro e que deve ser a do Livro de Registro de Óbitos.
56 Município – preencher com o nome do Município onde se localiza o Cartório.
57 UF: preencher com a sigla da UF à qual pertence o Município onde se localiza o Cartório.
BLOCO IX – Localidade sem Médico Campos de 58 a 59
Este bloco deverá ser preenchido no caso de óbito ocorrido em localidade sem Médico. Neste caso, seu preenchimento ficará a cargo do Cartório de Registro Civil, segundo o prescrito na Lei do Registro Civil conforme citado abaixo:
Art.77 – Nenhum sepultamento será feito sem certidão do Oficial de Registro do lugar do
falecimento, extraída após a lavratura do assento de óbito, em vista do atestado de médico, se houver no lugar, ou, em caso contrário, de duas pessoas qualificadas que tenham presenciado ou verificado a morte.). Este Bloco contém 2 campos.
58 Declarante – preencher com o nome completo do declarante e sua assinatura. Geralmente o
declarante é o responsável pelo falecido.
59 Testemunhas - cada uma das testemunhas deverá assinar numa das linhas, de acordo com o que prescreve o Art 77 da Lei dos Registros Públicos citada mais acima, sendo conveniente a colocação do número de um documento de identidade (RG, CPF, etc).
Modelo da Declaração de Óbito
Modelo da Declaração de Óbito Epidemiológica
Definições
As definições sobre os tipos e características dos óbitos foram adotadas pela Assembléia Mundial da Saúde
(resoluções WHA20.19 e WHA43.24) de acordo com o Artigo 23 da Constituição da Organização Mundial de Saúde e constam na CID-10.
1. Abortamento: É a expulsão ou extração de um produto da concepção sem sinais de vida, com menos de 500 gramas e/ou estatura menor ou igual a 25 cm ou menos de 22 semanas de gestação.
2. Aborto: É o produto da concepção expulso no abortamento.
3. Causas de morte: As causas de morte, a serem registradas no atestado médico de óbito, são todas as doenças, estados mórbidos ou lesões que produziram a morte, ou que contribuíram para ela, e as circunstâncias do acidente ou da violência que produziu essas lesões.
3.1 Causa básica de morte: A causa básica de morte é definida como:
3.1.1 a doença ou lesão que iniciou a cadeia de acontecimentos patológicos que conduziram diretamente à morte
3.1.2 as circunstâncias do acidente ou violência que produziu a lesão fatal
4. Instituto Médico Legal – IML: Órgão oficial que realiza necropsias em casos de óbitos decorrentes de causas externas, visando à elucidação das causas que provocaram o evento.
5. Morte materna: Definida como a morte de uma mulher durante a gestação ou dentro de um período de 42 dias após o término da gestação, independente da duração ou da localização da gravidez, devida a qualquer causa relacionada com, ou agravada pela gravidez ou por medidas em relação a ela.
5.1 Mortes Obstétricas diretas: Aquelas resultantes de complicações Obstétricas na gravidez, parto e puerpério, devidas a intervenções, omissões, tratamento incorreto ou a uma cadeia de eventos resultantes de qualquer das causas acima mencionadas.
5.2 Mortes Obstétricas indiretas: Aquelas resultantes de doenças existentes antes da gravidez ou de doenças que se desenvolveram durante a gravidez, não devidas a causas Obstétricas diretas, mas que foram agravadas pelos efeitos fisiológicos da gravidez.
6. Morte materna declarada: A morte materna é considerada declarada quando as informações registradas na Declaração de Óbito (DO) permitem classificar o óbito como materno.
7. Morte materna não declarada: A morte materna é considerada como não declarada quando as informações registradas na

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