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CYAN VS Gráfica VS Gráfica MAG VS Gráfica YEL VS Gráfica BLACK W ard law S m ith www.grupoa.com.br 0800 703 3444 www.grupoa.com.br NUTRIÇÃO R ecorte aq u i seu m arcad or d e p ág in a. Elaborada para reunir os fundamentos necessários para tomada de decisão nutricional na prática diária, bem como para esclarecer as dúvidas mais frequentes, Nutrição contemporânea, 8ª edição, destaca-se pela forma didática como apresenta o tema, sempre complementado por ilustrações que também facilitam o entendimento. As discussões aqui apresentadas partem do importante pressuposto de que os indivíduos não são iguais, motivo pelo qual o leitor aprenderá a personalizar as informações nutricionais e a fazer escolhas corretas em diferentes contextos. A maneira como os capítulos foram elaborados é outro destaque, oferecendo uma visão completa do assunto abordado, podendo ser utilizados em sala de aula conforme as necessi- dades de cada curso. Nutrição contemporânea é um excelente livro-texto de introdução à nutrição... Sua leitura é agradável, e as informações são de alta qualidade.” Karen Schuster, Florida Community College of Jacksonville“ Além de reunir informações diferenciadas, com base em pesquisas, o livro contém fotos interessantes, coloridas, tabelas e quadros úteis, tópicos especiais e bons estudos de caso para discussão.... Fiquei muito bem-impressionada.” Linda D. DeTurk, North Platte Community College“ Gordon M. Wardlaw Anne M. Smith A Artmed Editora é parte do Grupo A, uma empresa que engloba diversos se- los editoriais e várias plataformas de dis- tribuição de conteúdo técnico, científi co e profi ssional, disponibilizando-o como, onde e quando você precisar. O Grupo A publica com exclusividade obras com o selo McGraw-Hill em língua portuguesa. Wardlaw Smith Nutrição Contemporânea 8ª Edição Gordon M. Wardlaw Anne M. Smith Em http://www.mhhe.com/wardlawcont8, estão disponíveis materiais complementares do livro (em inglês), que incluem animações, atualizações, vídeos e outros recursos. NUTRIÇÃO CLARK, N. Guia de Nutrição Desportiva: Alimentação para uma Vida Ativa, 4.ed. CORDÁS, T.A.; KACHANI, A. & COLS. Nutrição em Psiquiatria DELGADO FERNÁNDEZ, M.; GUTIÉRREZ SAÍNZ, A.; CASTILLO GARZÓN, M.J. Treinamento Físico-desportivo e Alimentação: Da Infância à Idade Adulta, 2.ed. SALWAY, J.G. Metabolismo Passo a Passo, 3.ed. WARDLAW, G.M.; SMITH, A.M. Nutrição Contemporânea, 8.ed. Nutrição Contemporânea N utrição C o ntem p o rânea N utrição C o ntem p o rânea 42649 Nutricao Contemporanea.indd 142649 Nutricao Contemporanea.indd 1 28/01/2013 11:30:3528/01/2013 11:30:35 Catalogação na publicação: Ana Paula M. Magnus – CRB 10/2052 W266n Wardlaw, Gordon M. Nutrição contemporânea [recurso eletrônico] / Gordon M. Wardlaw, Anne M. Smith ; tradução: Laís Andrade, Maria Inês Corrêa Nascimento ; revisão técnica: Ana Maria Pandolfo Feoli. – 8. ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : AMGH, 2013. Editado também como livro impresso em 2013. ISBN 978-85-8055-189-1 1. Nutrição. I. Smith, Anne M. II. Título. CDU 612.39 440 Gordon M. Wardlaw & Anne M. Smith 10.4 Alimentos energéticos: orientação dietética para atletas O treinamento atlético e a herança genética são dois fatores determinantes impor- tantes para o desempenho atlético. Uma boa dieta não substitui nenhum desses fatores, mas pode ajudar a melhorar e maximizar o potencial atlético. No entanto, uma dieta pobre pode diminuir significativamente o desempenho. Necessidades calóricas Os atletas necessitam de quantidades variáveis de calorias, que dependem do ta- manho e da composição corporal e do tipo de treino ou competição que estamos � As calorias necessárias para a realização de exercícios vêm do carboidrato, da gordura e da proteína. A combinação relativa depende do ritmo. Wardlaw_Cap_10.indd 440Wardlaw_Cap_10.indd 440 04/12/12 14:4004/12/12 14:40 Nutrição Contemporânea 441 considerando. Uma pessoa pequena pode precisar de apenas 1.700 kcal diariamente para manter as atividades diárias normais sem perder peso; um homem musculoso e grande pode precisar de 4.000 kcal. Essas estimativas podem ser vistas como pontos de partida que precisam ser individualizados por tentativa e erro para cada atleta. Uma estimativa das calorias necessárias para manter uma atividade moderada é de 5 a 8 kcal/min. Então, as calorias necessárias para o treinamento ou para a com- petição esportiva têm que ser somadas às usadas para realizar as atividades normais. Por exemplo, 1 hora de boliche exige poucas calorias, além das necessárias para a realização de tarefas cotidianas. No entanto, uma competição de resistência de ciclismo nas montanhas, com 12 horas de duração, pode exigir mais 4.000 kcal por dia. Portanto, alguns atletas podem precisar de até 7.000 kcal ou mais diárias para manter o peso corporal durante o treinamento, ao passo que outros podem necessi- tar de 1.700 kcal ou menos. Se um atleta apresentar fadiga diariamente, o primeiro ponto a ser considerado deveria ser se ele está se alimentando de forma adequada. Podem ser necessárias até seis refeições diárias, incluindo uma antes de cada treino. Como saber se um atleta está consumindo calorias suficientes? Uma maneira de estimar a ingestão diária é o atleta manter um diário alimentar. Outra maneira é estimar o percentual de gordura corporal do atleta, medida pelas pregas cutâne- as, por impedância bioelétrica ou por pesagem submersa (ver Cap. 7). A gordura corporal dever ser a quantidade típica encontrada em atletas em relação ao esporte praticado. Esse número corresponde a 5 a 18% para a maioria dos atletas do sexo masculino e 17 a 28% para a maioria das atletas. O passo seguinte é monitorar mu- danças no peso corporal diária ou semanalmente. Se o peso corporal começar a di- minuir, a ingestão calórica deve aumentar; se o peso subir, e esse aumento for devi- do à elevação da gordura corporal, o atleta deve diminuir o consumo de alimentos. DECISÕES ALIMENTARES Como ganhar massa muscular Pugilistas, boxeadores, judocas, jóqueis e remadores com frequência tentam perder peso antes da competição buscando ser aprovados para que possam competir em categorias de menor peso. Isso os ajuda a ganhar vantagem mecânica em relação ao oponente de menor estatura. Esses atletas geralmente perdem peso antes da pesagem oficial. E podem perder até 10 kg de peso corporal na forma de água em um dia se fizerem sauna, exercitarem-se usando um mo- letom de plástico ou tomarem medicamentos diuréticos, que aceleram a perda de água pelos rins. Entretanto, perder a pequena quantidade de 2% de peso corporal pela desidratação pode afetar negativamente a resistência e o desempenho, sobretudo no clima quente. Um padrão repetitivo de perda ou ganho de peso acima de 5% do peso corporal por desidratação acarreta risco de internação e mau funcionamento dos rins. Também pode ocorrer morte. Para evitar mortes futuras decorrentes de perda de peso corporal entre atletas, a NCAA e muitos estados autorizaram médicos ou treinadores de atletas a definir pesos e teor de gor- dura corporal mínimos (p. ex., 7% ou mais do peso corporal total para atletas homens e 12% ou mais para mulheres), como medida de segurança, em esportes com categorias por peso. Considerando as novas diretrizes, os atletas são designados para categorias por peso no iní- cio das temporadas e não podem emagrecer para ganhar vantagem competitiva. Atualmente, o ganho de peso nos dias após a competição (que reflete a recuperação da água corporal) não pode ultrapassar 900 g. Se atletas, como pugilistas, desejarem competir em uma categoria de peso mais leve e tiverem estoques de gordura extras suficientes, precisarão iniciar uma diminuição gradativa e manter a ingestão de calorias bem antes do início das temporadas de competições. Se o exame de composição corporal mostrar que um atleta tem gordura corporal em excesso, deverádiminuir a ingestão de alimentos em cerca de 200 a 500 kcal/dia, ao mesmo tempo em que precisará manter um programa de exercícios regular, até que o percentual de gordura desejável seja alcançado. A redução da ingestão de gordura é a melhor abordagem relacionada aos nutrientes. Contudo, se o atleta precisar ganhar peso, o fato de aumentar a ingestão calórica em 500 a 700 kcal/dia irá, eventualmente, levar ao ganho de peso necessário. Aconselha-se o consumo de carboidratos, gorduras e proteínas combinadas, juntamente com atividade física, para garantir que esse ganho seja predominantemente na forma de tecido magro e não de estoque de gordura. Revisar a Tabela 7.4, no Capítulo 7, que lista o gasto energético de algumas atividades físicas frequentes. � O treinamento atlético intenso pode exigir milhares de calorias adicionais. Esse aumento da ingestão de alimentos deveria fornecer facilmente muitas proteínas e outros alimentos necessários à realização de atividades físicas. Wardlaw_Cap_10.indd 441Wardlaw_Cap_10.indd 441 04/12/12 14:4004/12/12 14:40 442 Gordon M. Wardlaw & Anne M. Smith Necessidades de carboidratos Qualquer pessoa que faça exercícios vigorsos, sobretudo se mais de 1 hora por dia regularmente, precisa fazer uma dieta que inclua quantidades moderadas a elevadas de carboidratos. Essa dieta deve conter alimentos variados, como os recomendados pelo programa MyPyramid. Várias porções de grão, vegetais com alto teor de ami- do e frutas fornecem carboidratos em quantidade suficiente para manter estoques adequados de glicogênio no fígado e nos músculos, principalmente para repor as perdas de glicogênio resultantes de treinos feitos no dia anterior. Não se recomen- dam dietas com teor relativamente baixo de carboidratos/alto de proteínas, como a The Zone Diet. Lembre-se de que a Zone Diet foi discutida no Capítulo 7. O teor de carboidratos dessa dieta corresponde a apenas 40% das calorias, em vez de 60% ou mais, que é o que geralmente se recomenda para atletas. A ingestão de carboidratos deve corresponder a pelo menos 5 g/kg de peso cor- poral. As pessoas que fazem exercícios aeróbicos e atividades de resistência (60 min ou mais por dia) podem precisar de até 7 g/kg de peso corporal. Quando a duração do exercício se aproxima de várias horas por dia, a recomendação do consumo de carboidrato aumenta para até 10 g/kg de peso corporal. Em outras palavras, tria- tletas e maratonistas devem considerar o consumo diário de carboidratos de cerca de 500 a 600 g, ou até mais, se necessário, para evitar fadiga crônica; e abastecer os músculos e o fígado com glicogênio. Observe que o consumo de carboidratos é especialmente importante quando são feitos vários períodos de treino em um dia, por exemplo, natação ou treinos difíceis em dias consecutivos, como treino de corrida cross-country. Entre as causas mais frequentes de fadiga, a depleção de carboidratos vem logo abaixo da perda de água e eletrólitos. A Tabela 10.3 apresen- ta amostras de menus, com base no MyPyramid, para dietas que forneçam energia variando de 1.500 a 5.000 kcal/dia. Além disso, o sistema de substituições descrito no Apêndice C é uma ferramenta muito útil no planejamento de todos os tipos de dietas, inclusive as com alto teor de carboidratos para atletas. Conforme mencionado, os atletas devem suprir pelo menos 60% das necessi- dades energéticas totais a partir de carboidratos (em vez de 50% como nas dietas norte-americanas típicas), principalmente se a duração do exercício exceder duas horas e a ingestão calórica total for de cerca de 3.000 kcal/dia ou menos. As dietas que fornecem de 4.000 a 5.000 kcal/dia podem contar com até 50% de carboidratos, pois ainda assim fornecem carboidratos suficientes (p. ex., cerca de 500 a 600 g/dia). Não é preciso eliminar da dieta um alimento específico quando se planeja uma dieta com alto teor de carboidratos. A meta é incluir mais alimentos que são fontes de carboidratos ao mesmo tempo em que se modera o consumo de fontes de gor- dura concentrada. Os nutricionistas do esporte enfatizam a diferença entre refeições com alto teor de carboidrato e refeições com alto teor de carboidrato e de gorduras. Antes de eventos de resistência, como maratonas ou provas de triatlo, alguns atletas tentam aumentar as reservas de carboidratos consumindo alimentos como batata chips, batata frita, torta cremosa de banana e doces confeitados. Embora alguns ali- mentos forneçam carboidratos, eles também contêm muita gordura. As melhores escolhas de alimentos fonte de carboidrato incluem massas, arroz, batatas, pão, frutas e suco de fruta, além de cereais matinais; verifique o teor de carboidrato no rótulo do produto. (Tab. 10.4). As bebidas esportivas adequadas à carga de carboi- drato também podem ajudar. O consumo moderado, e não elevado, de fibra ao final do dia de treino é uma boa precaução, pois diminui as chances de distensão e gases abdominais durante o treino do dia seguinte. Carga de carboidrato Para atletas que competem em eventos aeróbicos intensos e contínuos, que durem mais de 60 a 90 minutos (ou eventos de menor duração que se repetem em inter- valos inferiores a 24 h), adotar um regime de carga de carboidrato pode contribuir para maximizar a quantidade de energia armazenada no músculo sob a forma de glicogênio, durante a prova. (Entretanto, essa quantidade de atividade se aplica a poucos atletas.) Um regime possível, durante a semana que antecede a prova, é o carga de carboidrato Processo de ingestão de grande quantidade de carboidratos durante seis dias antes de uma competição atlética, acom- panhado de redução gradativa da duração dos treinos, com o objetivo de aumentar as reservas musculares de glicogênio. � Alimentos que são fonte de carboidratos de- vem compor a base da dieta de atletas. PARA REFLETIR Joe é pugilista e se qualificou para a categoria dos 56 kg na competição anual do colégio esta- dual. Depois de algumas lutas, começou a sen- tir tontura, desmaiou e acabou desclassificado porque não conseguiu continuar a disputa. Mais tarde, o técnico descobriu que Joe havia passado duas horas na sauna antes da pesa- gem, o que fez com que ele ficasse desidratado. Quais são as consequências da desidratação? O que você sugere como uma alternativa mais segura para perda de peso? Wardlaw_Cap_10.indd 442Wardlaw_Cap_10.indd 442 04/12/12 14:4004/12/12 14:40 Nutrição Contemporânea 443 atleta reduzir gradativamente a intensidade e a duração dos exercícios e, ao mesmo tempo, aumentar o percentual de calorias totais supridas por carboidratos. Por exemplo, considere o esquema de carga de carboidrato de um homem jo- vem, de 25 anos de idade, que está se preparando para uma maratona. As necessi- dades calóricas típicas são de cerca de 3.500 kcal/dia. Seis dias antes da competição, TABELA 10.3 Cardápios diários com vários níveis de aporte calórico, segundo o MyPyramid 1.500 kcal 2.000 kcal 3.000 kcal 4.000 kcal 5.000 kcal Café da manhã Leite desnatado, 1 copo Cereal matinal, ½ xícara Pão, ½ Geleia de cereja, 2 colhe- res de chá Margarina, 1 colher de chá Café da manhã Leite desnatado, 1 copo Cereal matinal, 1 xícara Pão, ½ Geleia de cereja, 1 co- lher de sopa Margarina, 1 colher de chá Café da manhã Leite desnatado, 1 copo Cereal matinal, 2 xícaras Pão, 1 Geleia de cereja, 2 colheres de chá Margarina, 1 colher de chá Muffins de farelo de aveia, 2 Café da manhã Leite desnatado, 1 copo Cereal matinal, 2 xícaras Laranja, 1 Muffins de farelo de trigo, 2 Café da manhã Leite com teor reduzido de gordura, 1 copo Cereal matinal, 2 xícaras Muffins de farelo de trigo, 2 Laranja, 1 Lanche Tâmaras cortadas, ¾ de xícara Lanche Iogurte com baixo teor de gor- dura, 1 porção Tâmaras cortadas, 1 xícara Almoço Peito de frango (assado) 56,5 g Figo, 1 Leite desnatado, ½ copo Banana, 1 Almoço Peito de frango (assado) 56,5 g Pão de trigo, 2 fatias Maionese, 1 colher de chá Uva passas, ¼ de xícara Suco de cranberry,1 e ½ copos Banana, 1 Almoço Peito de frango (assado) 56,5 g Pão de trigo, 2 fatias Queijo provolone, 28 g Maionese, 1 colher de chá Uva passas, 1/3 de xícara Suco de framboesa, 1 e ½ copos Iogurte com baixo teor de gordura, 1 porção Almoço Alface romana, 1 xícara Grão de bico, 1 xícara Cenoura ralada, ½ xícara Vinagrete, 2 colheres de sopa Macarrão com queijo, 3 xícaras Suco de maçã, 1 copo Almoço Suco de maçã, 1 copo Enchilada de frango, 1 Alface romana, 1 xícara Grão-de-bico, 1 xícara Cenoura em tiras, ¾ de xícara Aipo picado, ½ xícara Croutons temperados, 28 g Vinagrete, 2 colheres de sopa Pão de trigo, 2 fatias Margarina, 1 colher de sopa Lanche Biscoito com aveia e uvas passas, 1 Iogurte com baixo teor de gordura, 1 porção Lanche Biscoito com aveia e uvas passas, 3 Iogurte com baixo teor de gordura, 1 porção Lanche Banana, 1 Biscoito com aveia e uva passas, 3 Lanche Pão de trigo, 2 fatias Margarina, 1 colher de chá Geleia, 2 colheres de sopa Lanche Banana, 1 Pão, 1 Requeijão, 1 colher de sopa Jantar Espaguete com almôn- degas 1 xícara Alface romana, 1 xícara Molho para salada do tipo italiano, 2 colheres de chá Vagem, ½ xícara Suco de cranberry, 1 e ½ copos Jantar Bife de contrafilé grelha- do, 85 g Alface romana, 1 xícara Molho para salada do tipo italiano, 2 colheres de chá Vagem, 1 xícara Leite desnatado, ½ copo Jantar Bife de contrafilé grelhado, 85 g Alface romana, 1 xícara Grão-de-bico, 1 xícara Molho para salada do tipo italiano, 2 colheres de chá Macarrão de espinafre, 1 e ½ xícaras Margarina, 1 colher de chá Vagem, 1 xícara Leite desnatado, ½ copo Jantar Peito de peru sem pele, 56,5 g Purê de batatas, 2 xícaras Ervilhas e cebola, 1 xícara Banana, 1 Leite desnatado, 1 copo Jantar Leite com teor reduzido de gordura, 1 copo Bife de contrafilé, 142 g Purê de batatas, 2 xícaras Macarrão de espinafre, 1 e ½ xícaras Queijo parmesão ralado, 2 co- lheres de sopa Vagem, 1 xícara Biscoito com aveia e uvas pas- sas, 3 Lanche Massa, 1 xícara cozida Margarina, 2 colheres de chá Queijo parmesão, 2 co- lheres de sopa Suco de framboesa, 1 copo Lanche Suco de cranberry, 2 copos Pipoca, 4 xícaras Uvas passas, 1/3 de xícara 18% de proteína (68 g) 64% de carboidratos (240 g) 19% de gordura (32 g) 17% de proteína (85 g) 63% de carboidratos (315 g) 20% de gordura (44 g) 17% de proteína (128 g) 62% de carboidratos (465 g) 21% de gordura (70 g) 14% de proteína (140 g) 61% de carboidratos (610 g) 26% de gordura (116 g) 14% de proteína (175 g) 63% de carboidratos (813 g) 24% de gordura (136 g) Wardlaw_Cap_10.indd 443Wardlaw_Cap_10.indd 443 04/12/12 14:4004/12/12 14:40 444 Gordon M. Wardlaw & Anne M. Smith ele faz um último treino difícil de 60 minutos. Nesse dia, os carboidratos corres- pondem de 45 a 50% da ingestão calórica total. Durante o restante da semana, a duração dos treinos diminui para 40 minutos e, depois, para cerca de 20 minutos ao final da semana. Ao mesmo tempo, esse atleta aumenta a quantidade de carboi- dratos na dieta para chegar a 70 a 80% do consumo total de calorias ao longo da semana. O consumo total de calorias deve diminuir conforme o tempo de exercício diminui ao longo da semana. No último dia antes da competição, resolve ficar des- cansando e, ao mesmo tempo, manter o consumo elevado de carboidratos. Dias antes da competição 6 5 4 3 2 1 Tempo de exercício (min) 60 40 40 20 20 Repouso Carboidratos (g) 450 450 450 600 600 600 Essa técnica de carga de carboidrato em geral aumenta os estoques musculares de glicogênio em 50 a 85% em condições típicas (ou seja, quando os carboidratos da dieta constituem apenas cerca de 50% da ingestão total de calorias). A desvantagem potencial da carga de carboidratos é que mais água (cerca de 3 g) é incorporada pelos músculos juntamente com cada grama de glicogênio. Em- bora a água adicional ajude a manter a hidratação, em algumas pessoas esse peso extra proveniente da água e a rigidez muscular relacionada a ela diminuem o de- sempenho esportivo o que, por sua vez, torna a carga de carboidrato inadequada. Os atletas que estejam pensando em adotar o esquema de carga de carboidrato devem experimentar fazer isso durante o treinamento (e bem antes de uma compe- tição importante) para ver como essa medida afeta o desempenho. Poderão, então, definir se vale a pena o esforço. Além disso, o consumo de carboidratos durante a competição fornece praticamente a mesma vantagem que a carga de carboidrato anterior à prova. Os especialistas aconselham a não adotar a carga de carboidrato e optar pelo segundo método, alinhado ao consumo elevado de carboidratos diaria- mente. Lembre-se também da importância do “efeito do treinamento” discutido no item “Decisões alimentares”: efeito do treinamento, na página 439. Necessidades de gordura Geralmente, recomenda-se aos atletas uma dieta em que até 35% das calorias sejam provenientes de gorduras. Alimentos que são fontes de gordura insaturada, como óleo de canola, devem ter preferência, ao passo que a ingestão de gorduras satura- das e gorduras trans deve ser limitada. Necessidades proteicas Para a maioria dos atletas, as recomendações típicas para ingestão de proteínas va- riam de 1 a 1,6 g de proteína por quilograma de peso corporal. Essa quantidade é consideravelmente mais alta do que a ingestão dietética recomendada (RDA), de 0,8 g/kg de peso corporal para não atletas, recomendada pelo Comitê de Alimentos e Nutrição, inclusive para atletas (Tab. 10.5). Para atletas que estejam começando um programa de musculação, alguns es- pecialistas recomendam a ingestão de 1,7 g de proteína por quilograma de peso corporal. Essa quantidade equivale ao dobro da RDA de proteína. Até o momento, o valor dessa ingestão excessiva de proteínas durante as fases iniciais do treino de musculação não tem suporte suficiente em pesquisas científicas. Além disso, a in- gestão de proteínas acima dessa quantidade resulta em maior uso de aminoácidos para suprir as necessidades energéticas. Não foi observado aumento da síntese de proteína muscular. Conforme foi mencionado anteriormente, neste capítulo, a fos- focreatina e o carboidrato (e não a proteína extra) são as fontes de energia primárias para o organismo durante o treino de musculação. Teoricamente, a quantidade ex- tra de proteína é necessária para a síntese de novo tecido muscular provocada pelo efeito da carga da musculação. Uma vez que se tenha conseguido a massa muscular desejada, a ingestão de proteínas não deve exceder a 1,2 g/kg de peso corporal. A carga de carboidrato pode se benéfica para essas atividades • Maratonas • Natação de longa distância • Esqui cross-country • Corridas de 30 km • Triatlos • Basquete competitivo • Futebol • Contrarrelógio (ciclismo) • Canoagem competitiva de longa distância A carga de carboidrato não é benéfica para essas atividades • Futebol americano • Corridas de até10 km • Caminhada e caminhada em trilha • A maioria dos eventos de natação • Basquete não competitivo • Halterofilismo • A maioria das provas de atletismo � As frutas são uma boa fonte de carboidratos, principalmente de amido e açúcares naturais, para atletas. Wardlaw_Cap_10.indd 444Wardlaw_Cap_10.indd 444 04/12/12 14:4004/12/12 14:40 Nutrição Contemporânea 445 A Tabela 10.5 resume as faixas recomendadas de ingestão de proteínas para vá- rios tipos de atividade. Qualquer atleta que não esteja fazendo um regime específico TABELA 10.4 Gramas de carboidrato com base no tamanho da porção de alimentos fontes de carboidratos Amidos – 15 g de carboidrato por porção (80 kcal) 1 porção Cereais matinais secos*, ½ a ¾ de xícara Cereais matinais cozidos, ½ xícara Mingau, ½ xícara Arroz cozido, 1/3 de xícara Massa cozida, 1/3 de xícara Feijões cozidos, 1/3 de xícara Milho cozido, ½ xícara Feijões secos cozidos, ½ xícara Batata assada, ¼ grande Pão, ½ (113 g) Muffin inglês, ½ Pão, 1 fatia Pretzels, 21 g Biscoito de água e sal, 6 Panquecas de 10 cm de diâmetro, 1 Tacos, 2(adicione 45 kcal) Vegetais – 5 g de carboidratos por porção (25 kcal) 1 porção Vegetais cozidos, ½ xícara Vegetais crus, 1 xícara Suco de vegetais, ½ copo Exemplos: cenoura, vagem, brócolis, couve-flor, cebola, espinafre, tomate, suco de vegetais Frutas – 15 g de carboidratos por porção (60 kcal) 1 porção Frutas ou frutas silvestres enlatadas, ½ xícara Suco de fruta, ½ copo Figos (secos), 1 e ½ Maçã ou laranja, 1 pequena Damasco (seco), 8 Banana, 1 pequena Uvas (pequenas), 17 Suco de uva, ½ copo Tâmaras, 3 Pêssego, 1 Cubos de melancia, 1 e ¼ xícaras Leite – 12 g de carboidratos por porção 1 porção Leite, 1 copo Iogurte simples com baixo teor de gordura, 2/3 de um copo Leite de soja, 1 copo Doces – 15 g de carboidratos por porção (calorias variáveis) 1 porção Bolo, quadrado de 5 cm Bolachas, 2 pequenas Sorvete, ½ taça Sorvete sem leite, ½ taça * O teor de carboidrato dos cereais desidratados varia muito. Verifique o rótulo daqueles que você escolher e ajuste o tamanho da porção de modo adequado. Modificada de Choose Your Foods: Exchange Lists for Diabetes da Associação Americana de Diabetes e da Associação Dietética Americana, 2008, Chicago, Associação Dietética Americana. � A carga de carboidratos é adequada apenas para atividades de resistência, como competi- ções de longa distância. TABELA 10.5 Recomendações de ingestão de proteínas com base em quilograma de peso corporal* Grupo de atividade g/kg Quantidade para uma pessoa de 70 kg (g) Sedentário 0,8 56 Musculação para manutenção 1 – 1,2 70 – 84 Musculação para ganho de massa muscular 1,5 – 1,7 105 – 119 Atividades de resistência de intensidade moderada 1,2 84 Treino de resistência de alta intensidade 1,6 112 Fonte: Burke L, Deakin V: Clinical Sports Nutrition, McGraw-Hill, Roseville NSW2069, Australia, 2000. Wardlaw_Cap_10.indd 445Wardlaw_Cap_10.indd 445 04/12/12 14:4004/12/12 14:40 446 Gordon M. Wardlaw & Anne M. Smith de baixas calorias pode, facilmente, cumprir essas recomendações de proteína ao in- gerir alimentos variados (ver Tab. 10.3). Por exemplo, uma mulher que pese 53 kg e realize atividades de resistência pode consumir 64 g de proteínas (53 � 1,2) em um único dia se incluir em sua dieta 85 g de frango (1 filé de peito de frango), 85 g de car- ne (1 hambúrguer magro, pequeno) e 2 copos de leite. Da mesma forma, um homem que pese 77 kg e tenha por objetivo ganhar massa muscular com a musculação preci- sa consumir apenas 170 g de frango (1 filé grande de peito de frango), ½ xícara de fei- jões cozidos, 1 lata de atum de 170 g e 3 copos de leite para chegar ao consumo diário de 130 g de proteínas (77 � 1,7). Para ambos os atletas, esses cálculos não incluem as proteínas presentes nos grãos e vegetais que eles também vão consumir. É possível perceber que, ao satisfazer as necessidades calóricas, muitos atletas consomem mais proteína do que o necessário. Apesar das alegações de marketing, os suplementos de proteína são uma parte cara e desnecessária do programa de boa forma física. O consumo excessivo de proteínas tem pontos negativos. Conforme visto no Capítulo 6, ele aumenta a perda de cálcio pela urina, além de aumentar a produ- ção de urina, podendo comprometer a hidratação corporal. Pode, também, levar à formação de cálculos renais em pessoas com história de problemas de rins dessa ou de outra natureza. Por fim, esse tipo de dieta pode impedir o aporte suficiente de carboidratos como fonte de energia, o que resulta em fadiga. Os atletas que têm que fazer uma limitação importante da ingestão calórica ou que sejam vegetarianos devem determinar especificamente o consumo de proteínas. Além disso, devem ga- rantir uma dieta que forneça pelo menos 1,2 g de proteína por quilograma de peso corporal por dia, que é a recomendação máxima para a maioria dos atletas. � Os produtos com elevado teor de proteínas, geralmente comercializados para atletas, são desnecessários. O mesmo se aplica às barras ricas em proteína, que são uma tendência no mercado de produtos para atletas. � Atletas com restrição de peso devem garan- tir, especificamente, o consumo de quantidade suficiente de proteínas, além de outros nutrien- tes essenciais. Wardlaw_Cap_10.indd 446Wardlaw_Cap_10.indd 446 04/12/12 14:4004/12/12 14:40 Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual da Instituição, você encontra a obra na íntegra. Página em branco