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COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO QUESTÕES OBJETIVAS DE G1 – PARTE 2- PESO: 4,0 18/08 A 24/09 RESPONDA ÀS QUESTÕES DIRETAMENTE NO CRONOGRAMA DE ATIVIDADES DA DISCIPLINA (ATIVIDADES AVALIATIVAS DE G1) NÃO ENVIE RESPOSTAS POR E-MAIL As questões 1 a 4 estão baseadas no texto O lobo e o cordeiro. O lobo e o cordeiro Um lobo viu um cordeiro bebendo água em um regato e decidiu devorá-lo, inventando, para isso, uma boa desculpa. Posicionou-se num ponto acima do local em que estava o cordeiro e gritou: “Veja só o que está fazendo! Você suja toda a água e não me deixa beber!”. O cordeiro respondeu que tocava a água apenas com a pontinha dos lábios e que, além disso, não podia turvar a água, pois estava mais abaixo de onde estava o lobo. Este, percebendo que a acusação não tinha sentido, disse: “Mas no ano passado você ofendeu meu pai!”. O cordeiro respondeu que nessa época ele nem sequer existia. E o lobo: “Você sabe se defender muito bem, mas vou comê-lo do mesmo jeito!”. REA, Simone. O lobo e o cordeiro. In: _____. O sol e as rãs: vinte fábulas de Esopo. São Paulo: Editora Pulo do Gato, 2013, p. 35. 1. Em qual gênero ou tipologia textual o texto O lobo e o cordeiro, de Esopo, pode ser classificado? (A) Conto. (B) Romance. (C) Novela. (D) Ensaio. (E) Fábula. 2. De que modo o texto de Esopo está estruturado? (A) Trata-se de uma narrativa, pois o autor apresenta uma tese central que passa a ser desenvolvida a partir de vários argumentos. (B) Trata-se de uma narrativa, pois o texto é composto por ações e personagens. (C) Trata-se de um ensaio, pois o autor apresenta um ponto de vista pessoal, que passa a ser explorado e desenvolvido ao longo dos parágrafos. (D) Trata-se de um texto lírico, pois o autor apresenta uma série de metáforas construídas a partir de um ponto de vista subjetivo. (E) Trata-se de uma dissertação argumentativa, pois, no final do texto, há uma reflexão realizada pela raposa, baseada em argumentos destinados a comprovar a falta de inteligência do corvo. 3. No texto de Esopo, a relação estabelecida entre o lobo e o cordeiro pode ser lida de forma polissêmica, visto que se trata de um texto literário. Das alternativas abaixo, indique apenas as inferências adequadas em relação às intenções previstas no próprio texto. I – A principal temática abordada na história de Esopo é a injustiça. II – O cordeiro pode ser interpretado, no texto, como uma alegoria cristã que expressa a redenção dos pecados. III – O lobo pode ser interpretado, no texto, como uma alegoria que expressa a ideia da prepotência. (A) I, II e III estão corretas. (B) Apenas I e II estão corretas. (C) Apenas I e III estão corretas. (D) Apenas II e III estão corretas. (E) Apenas a III está correta. 4. Em um texto literário, geralmente as palavras possuem sentidos conotativos ou figurados. Levando em conta essa informação, qual é a melhor interpretação para a fala do lobo, no texto de Esopo? “Mas no ano passado, você ofendeu meu pai!” I – Trata-se de um pretexto utilizado para uma condenação premeditada. II – Embora absurda, a acusação serve para condenar a vítima, pois não será avaliada por sujeitos que não estejam envolvidos no conflito. III – Trata-se de um acerto de contas baseado na necessidade de vingança. (A) I, II e III estão corretas. (B) Apenas I e II estão corretas. (C) Apenas I e III estão corretas. (D) Apenas II e III estão corretas. (E) Apenas a III está correta. 5. Com base na leitura do capítulo cinco, do livro da disciplina, leia as proposições abaixo e marque a alternativa correta. I – Emprega-se hífen nas palavras compostas que não apresentam elementos de ligação. II – Depois do Acordo Ortográfico, não se usa hífen nas palavras que perderam a noção de composição, como “madressilva”. III – A expressão “dia a dia”, depois do Acordo Ortográfico, não possui hífen. IV – Não se usa hífen se o prefixo terminar com a mesma letra com que inicia a outra palavra, como “microondas”. Está (ao) correta (s): (A) I e III. (B) II e III. (C) I, III e IV. (D) I, II e III. (E) Apenas a III. As questões 6 a 8 estão baseadas no texto Minha mãe era servente. Minha mãe era servente Sou de uma rua em que as famílias colocavam as cadeiras na calçada para assistir novela de porta aberta. O meio-fio próximo, como um sofá. Mania de fugir do calor e não perder o burburinho do bairro. Tinha vergonha de minha mãe. Trabalhava na escola como servente. Logo na escola em que estudava. Lavava os banheiros e limpava as salas. Durante a aula, não colocava nenhum papel no chão, nenhuma madeira do apontador, nenhum espiral das folhas porque ela teria que levantar. Eu sabia que ela levantaria. Entristecia-me quando um colega soprava farelos de bolo de sua carteira para o parquê. Em pensamento, minha mãe recolheria o fermento desmoronado com sua pazinha. Quando ela vassourava no serviço, não a cumprimentava, ainda mais acompanhado de meus amigos. Eu queria, mas não conseguia formular sopro e saliva. Parece fácil e natural dizer oi para a mãe, mas não é. Quando me encorajava a subir a voz, ela baixava a cabeça com meu constrangimento e não estávamos mais próximos. Dois corredores paralelos. O único saguão em que nos encontrávamos terminava sendo nossa casa. Ela me criava sozinha. Não conheci meu pai. Recortava homens de revistas velhas para colar no lugar dele nos álbuns de família. Burt Lancaster, Paul Newman, Marlon Brando. Minha mãe foi deixando para não entrar em detalhes. Não perguntava, ela não respondia, nosso contentamento vinha da escova de suas mãos arrumando minha franja. “Vai com Deus.” No final da segunda série, a professora pediu para que os alunos escrevessem uma redação falando de seus pais. Precisavam dizer o que faziam, qual a sua profissão. Fui emborcado de timidez. Rubor. Fui ao banheiro chorar, quarar o rosto, aguardar que o tempo passasse rápido e a turma esquecesse de mim. Dois períodos para confessar o que não podia; os colegas iriam caçoar de mim a vida inteira. Minha mãe me viu gemendo e entrou no banheiro. - Sai, não pode vir aqui, mãe! É banheiro masculino... Ela me alcançou pelo choro. Entendeu que era meu choro, como só nossa mãe compreende entre milhares de choros na praça, no recreio, no mercado. - Posso sim, filho, tenho todas as chaves da escola. Eu cedi ao colo, me aqueci no seu abraço de avental e voltei antes que alguém me descobrisse agarrado no pescoço da servente. De volta, eu me apresentei. Na frente do quadro-negro. Tremendo as pernas. O silêncio dos outros era de bala na boca. Não entendo como aconteceu, o rebuliço desalinhado. Aquelas palavras atrasadas, aqueles acenos nos bolsos, aquele pescoço deitado. Um dia viriam. “Minha mãe tem todas as chaves da escola. Pode abrir todas as portas. Ela conhece todos os segredos. Não há melhor trabalho do que ser servente, pois não podemos esconder nada dela. Nem o que sentimos. Nem o que fazemos de errado.” CARPINEJAR, Fabrício. Um parafuso a mais. Porto Alegre: Edelbra, 2014, p. 79. 6. Por que razão foi utilizado hífen na palavra “quadro-negro”? (A) Para ligar os elementos de uma palavra composta. (B) Para ligar os elementos de uma locução verbal. (C) Para ligar um pronome átono a um verbo. (D) Para ligar um pronome tônico a um verbo. (E) Para ligar dois substantivos que formam um encadeamento vocabular. 7. De que modo o texto de Carpinejar está estruturado? (A) Apesar de estar escrito em versos, trata-se de uma narrativa, poiso autor apresenta uma série de ações realizadas por um personagem principal, que também é o narrador. (B) Trata-se de um texto lírico, pois o autor apresenta uma série de indagações sobre o sentido da própria existência, construídas a partir de um ponto de vista subjetivo. (C) Trata-se de um ensaio, pois o autor discorre sobre o sentido da existência, apresentando vários questionamentos para o leitor. (D) Trata-se de uma crônica, pois o texto apresenta uma reflexão a partir de uma narrativa de cunho pessoal e relacionada com o cotidiano do narrador. (E) Trata-se de um texto argumentativo, pois, através de vários questionamentos, o texto constrói o argumento segundo o qual não devemos ter vergonha de nossas origens. 8. Levando em conta o contexto em que está inserido, qual a melhor interpretação para o parágrafo abaixo? “Minha mãe tem todas as chaves da escola. Pode abrir todas as portas. Ela conhece todos os segredos. Não há melhor trabalho do que ser servente, pois não podemos esconder nada dela. Nem o que sentimos. Nem o que fazemos de errado.” I – O parágrafo revela que o narrador foi capaz de superar a vergonha que sentia em relação à mãe quando encontrou um novo significado para a sua profissão. II – O parágrafo revela que o narrador era vítima de bullying na escola que frequentava devido às suas origens humildes. III – O parágrafo revela que o narrador não foi capaz de superar a vergonha que sentia em relação à sua origem humilde e, por isso, criou uma fantasia para iludir os colegas. (A) Apenas a I está correta. (B) Apenas a II está correta. (C) Apenas I e III estão corretas. (D) Apenas II e III estão corretas. (E) Apenas a III está correta. As questões 9 a 10 estão baseadas na Tirinha de Mafalda. 9. Por que Mafalda lança as seguintes perguntas, a Manoelito, no terceiro quadrinho? “De valores morais? Espirituais? Artísticos, Humanos? I – Mafalda não compreendeu a fala de Manoelito e, por isso, solicitou esclarecimento. II – Mafalda está sendo irônica, sugerindo que o mercado não promove valores humanos. III – Mafalda se interessa por economia e, por isso, solicita detalhes sobre o mercado financeiro a Manoelito. (A) Apenas a I está correta. (B) Apenas a II está correta. (C) Apenas a III está correta. (D) Apenas I e II estão corretas. (E) Apenas II e III estão corretas. 10. Qual ou quais das alternativas abaixo apresentam interpretação adequada para a resposta de Manoelito a Mafalda, no quarto quadrinho? I – Assim como Mafalda, Manoelito também está sendo irônico. II – Manoelito sugere que, no mundo atual, valores financeiros são considerados mais importantes do que valores humanos. III – Manoelito acredita que, no mundo atual, é importante ler jornais para estar atualizado. (A) Apenas a I está correta. (B) Apenas a II está correta. (C) Apenas a III está correta. (D) Apenas I e II estão corretas. (E) Apenas II e III estão corretas.
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