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O sistema genital masculino é formado pelo testículo, 
epidídimo, ducto deferente, vesícula seminal, ducto 
ejaculatório, pênis, uretra masculina e as estruturas 
acessórias próstata e glândulas bulbouretrais.
Testículo e suas túnicas:
Com a descida dos testículos antes do nascimento (antes 
da descida os testículos eram grandes e depois na fase de 
descida eles ficam menores), ocorre também a descida 
com ele de várias túnicas derivadas das lâminas serosa, 
muscular e fibrosa da parede abdominal que irão 
envolver o funículo espermático e o escroto. É o processo 
vaginal que possibilita a descida dos testículos.
As túnicas do testículo são:→
Pele*○
Túnica dartos*○
Fáscia espermática externa○
Fáscia cremastérica○
Fáscia espermática interna○
Túnica vaginal○
*Tecidos que envolvem o escroto.
Nota: Se os testículos não descerem ocorre criptorquidia
e haverá prejuízos na gametogênese já que a descida é 
fundamental para que haja uma temperatura ideal para 
Anatomia - Sistema reprodutor masculino
sábado, 5 de dezembro de 2015 11:45
 Página 1 de Anatomia 
fundamental para que haja uma temperatura ideal para 
a ocorrência da espermatogênese.
O processo vaginal patente pode gerar hérnia inguinal 
indireta, pois não ocorre fechamento do processo vaginal. 
A hérnia é considerada indireta se ela ocorrer 
lateralmente aos vasos epigástricos inferiores. Ela é 
mais comum em homens jovens.
Pode ocorrer hérnia inguinal direta também. Nesse caso é 
quando a hérnia ocorre medialmente aos vasos 
epigástricos inferiores. Ela é mais comum em mulheres 
de meia idade. A hérnia direta pode se transformar em 
hérnia femoral.
A hérnia direta geralmente ocorre na região do trígono 
inguinal que é delimitado pelo ligamento inguinal, pelos 
vasos epigástricos inferiores e pelo músculo reto do 
abdome.
 Página 2 de Anatomia 
 Página 3 de Anatomia 
Nos dois tipos de hérnias ocorre extravasamento de alças 
intestinais e de líquido peritoneal.
Elas podem ser estimuladas a ocorrer devido a aumentos 
na pressão na cavidade abdominal.
Outras patologias:
 Página 4 de Anatomia 
Relembrando os músculos abdominais que tem relação 
com as túnicas do escroto, testículo e funículo 
espermático:
Músculo oblíquo externo e aponeurose do músculo 
oblíquo externo
Músculo oblíquo interno do abdome
Músculo transverso do abdome e aponeurose do 
transverso do abdome
Fáscia transversal (reveste a superfície interna do 
músculo transverso do abdome, mas também o restante 
de toda a lâmina interna)
 Página 5 de Anatomia 
 Página 6 de Anatomia 
Conclui-se que:
Fáscia transversal origina a fáscia espermática interna; 
Músculo oblíquo interno do abdome origina a fáscia 
cremastérica;
Aponeurose do músculo oblíquo externo origina a 
fáscia espermática externa.
Então o funículo espermático juntamente com o testículo
é envolvido por peritônio parietal, fáscia extraperitonial, 
fáscia transversal que passa a se chamar fáscia 
espermática interna, músculo oblíquo interno do abdome 
que passa a formar a fáscia cremastérica e pela 
aponeurose do músculo oblíquo externo que passa a 
formar a fáscia espermática externa. 
O funículo espermático também é formado pela artéria 
testicular, pelo plexo venoso pampiniforme e o nervo 
genital (ramo do nervo genitofemoral que sai do plexo 
lombar) e pelo ducto deferente.
 Página 7 de Anatomia 
 Página 8 de Anatomia 
Fáscia espermática externa: É uma membrana que 
envolve o testículo e o funículo espermático. É 
separada da dartos por uma fenda fascial. Ela é 
contínua através do anel inguinal superficial com a 
aponeurose do oblíquo externo do abdome.

Fáscia cremastérica: Ela forma a camada 
espermática média e corresponde ao oblíquo interno 
do abdome.

Fáscia espermática interna: Fina membrana que se 
prolonga através do anel inguinal profundo com a 
fáscia transversal.

Túnica vaginal: descrita com testículo
Vasos e nervos das túnicas dos testículos: As artérias 
são ramos pudendos externos superficiais e 
profundos da femoral, o ramo perineal superficial da 
pudenda interna e o ramo cremastérico da 
epigástrica inferior.

As veias seguem as artérias correspondentes.
Os linfonodos terminam nos linfonodos inguinais.
Os nervos são o ilioinguinal e genitofemoral, ramos 
do plexo lombar, dois ramos perineais superficiais do 
pudendo e o ramo pudendo do cutâneo femoral 
 Página 9 de Anatomia 
pudendo e o ramo pudendo do cutâneo femoral 
posterior.
Escroto: É uma bolsa que contém os testículos e 
parte dos funículos espermáticos. Em sua superfície 
está dividida em duas partes laterais através da rafe 
do escroto que se prolonga para trás ao longo da 
linha mediana do períneo até o ânus.

O escroto é formado por duas túnicas: pele (ou 
tegumento) e a túnica dartos.
O tegumento é fino, enrugado e formado por muitas 
glândulas sebáceas e finos pelos crespos.
A túnica dartos é uma fina camada de musculatura lisa 
e envia para dentro do escroto um septo, o septo 
 Página 10 de Anatomia 
e envia para dentro do escroto um septo, o septo 
escrotal, que o divide em duas cavidades isolando cada 
testículo. A dartos não contém gordura e é altamente 
vascularizada. 
Entre a dartos e a pele há uma fenda fascial que permite 
o deslizamento entre essas duas túnicas.
Canal inguinal: É um túnel na parede abdominal 
anterior e inferior por onde o funículo espermático 
(ligamento redondo na mulher) passa. Ele é quase 
paralelo ao ligamento inguinal e sua extremidade 
interna (lateral) possui o anel inguinal profundo e sua 
extremidade externa (medial) possui o anel inguinal 
superficial.

O canal inguinal é limitado pela pele, tela 
subcutânea, aponeurose do oblíquo externo e 
lateralmente pelo m. oblíquo interno. Profundamente 
ele é limitado pela fáscia transversal, pela fáscia 
subserosa (tecido conjuntivo fibroelástico e suporta o 
peritônio; ela se assemelha à tela subcutânea) e pelo 
peritônio.
Anel inguinal profundo: É uma abertura com formato 
 Página 11 de Anatomia 
Anel inguinal profundo: É uma abertura com formato 
oval caracterizada por uma interrupção na fáscia 
transversal. Nessa abertura o funículo espermático 
atravessa e leva consigo um revestimento proveniente 
dessa fáscia transversal que passará a se chamar 
fáscia espermática interna.
Anel inguinal superficial: É o orifício na aponeurose 
do músculo oblíquo externo do abdome lateral e 
cranial à pube e por onde passa o funículo 
espermático. Um prolongamento tubular dessa fáscia 
envolve o funículo espermático e o testículo, 
formando a fáscia espermática externa.
Esse anel além de permitir a passagem do funículo 
espermático também permite a do nervo ilioinguinal.
 Página 12 de Anatomia 
Funículo espermático:
Vai do anel inguinal profundo até o testículo. Ele 
atravessa a parede abdominal passando pelo canal 
inguinal. O funículo espermático esquerdo é mais 
longo que o direito. Por isso, o testículo esquerdo desce 
mais que o direto.
A estrutura do funículo espermático é composta por: 
artérias do funículo (artéria cremastérica, artéria 
testicular e artéria do ducto deferente), plexo 
pampiniforme (formado pelas veias do testículo; ele sobe 
na frente do canal deferente), vasos linfáticos, nervos
(plexo simpático espermático e filamentos do plexo 
pélvico; Ex: nervo genital do ramo genitofemoral) e 
canal deferente.
Testículos:
Eles possuem uma forma oval e são suspensos pelo 
funículo espermático dentro do escroto sendo dotados de 
grande mobilidade que os protege de impactos por golpes 
ou compressão já que eles deslizam facilmente.
A posição anatômica deles é oblíqua com a extremidade 
superior anterior e mais lateral, e a extremidade inferiorposterior e mais medial.
A borda anterior dos testículos é convexa, lisa e livre, 
sendo revestida pela lâmina visceral da túnica vaginal. A 
borda posterior é onde ocorre a ligação com o funículo e 
ela é revestida parcialmente pela lâmina visceral da 
túnica vaginal. 
É na porção lateral da borda posterior que fica o 
epidídimo que possui cabeça (superior e entumecida 
com vários ductos), corpo (central com um único ducto 
espesso) e cauda (inferior com um único ducto). A cabeça 
está ligada aos testículos através dos ductos eferentes. 
A cauda tem continuação com o ducto deferente. Entre 
 Página 13 de Anatomia 
A cauda tem continuação com o ducto deferente. Entre 
o corpo do epidídimo e o testículo fica uma bolsa 
chamada seio do epidídimo (essa bolsa é formada pela 
lâmina visceral da túnica vaginal que se reflete entre o 
epidídimo e o testículo para continuar envolvendo o 
epidídimo superiormente até atingir o mediastino do 
testículo onde sofre outra reflexão e continua como a 
lâmina parietal da túnica vaginal).
 Página 14 de Anatomia 
Apêndices do testículo e do epidídimo: No testículo 
abaixo da cabeça do epidídimo está o apêndice do 
testículo que é um remanescente da extremidade 
superior do ducto mülleriano. Na cabeça do epidídimo 
está o apêndice do epidídimo (remanescente da 
degeneração da porção cranial do ducto mesonéfrico).
Túnicas que revestem os testículos mais 
profundamente:

Túnica vaginal: é uma túnica serosa externa 1)
 Página 15 de Anatomia 
Túnica vaginal: é uma túnica serosa externa 
derivada do saco vaginal do peritônio e que é formada 
antes da descida dos testículos. Depois que eles 
descem, a porção dessa bolsa vaginal que vai do anel 
inguinal profundo à extremidade superior do testículo 
se fecha e sobra apenas um saco envolvendo os 
testículos e que possui uma lâmina parietal e uma 
lâmina visceral. 
1)
A lâmina visceral recobre a maior parte do testículo e 
epidídimo.
A lâmina parietal é mais extensa (envolve os 
testículos e o epidídimo logo acima da lâmina 
visceral) e se prolonga cranialmente sobre o funículo 
(ligamento remanescente do processo vaginal).
Entre essas duas lâminas está a cavidade da túnica 
vaginal.
Túnica albugínea: É uma membrana fibrosa que fica 
recoberta pela túnica vaginal exceto na região de 
conexão testículo com o epidídimo. Ela se reflete para 
o interior do testículo formando um septo incompleto
chamado de mediastino do testículo. Da frente 
deste partem vários septos imperfeitos que penetram 
nos testículos até se fixarem na túnica albugínea, 
dividindo o interior do testículo em lóbulos. O 
mediastino é importante para dar apoio aos vasos e 
ductos do testículo em sua passagem.
2)
Túnica vasculosa: É uma camada vascular que 
reveste a túnica albugínea internamente, inclusive os 
septos no interior do testículo. Essa camada possui 
um plexo de vasos sanguíneos.
3)
Vasos e nervos do testículo: Artérias testiculares; 
veias testiculares que formam o plexo 
pampiniforme.
•
Ducto deferente: 
É um canal em continuação com a parte caudal do 
epidídimo e que passa pela borda posterior do testículo e 
ao lado medial do epidídimo. Ele faz parte do funículo 
espermático e passa pelo canal inguinal e a partir do anel 
inguinal do abdome ele curva-se e sobe passando por 
cima da bexiga urinária e no meio desse trajeto ele toma 
uma direção levemente para baixo e ainda para trás até 
atingir o lado medial do ureter. Ele dobra-se, formando 
um ângulo agudo e continua seu trajeto entre o fundo da 
bexiga e a extremidade superior da vesícula seminal. Ele 
fica medialmente em contato com a vesícula seminal até 
ficar bem próximo do ducto deferente do outro lado. 
 Página 16 de Anatomia 
ficar bem próximo do ducto deferente do outro lado. 
Nesse ponto, o ducto deferente está entre o fundo da 
bexiga e o reto. Ele se dirige para a base da próstata 
onde se une com o ducto excretor da vesícula seminal 
para formar o ducto ejaculatório que atravessa a próstata 
até se abrir na porção prostática da uretra.
Ao se aproximar da próstata, o ducto deferente se alarga 
e forma a ampola do canal.
Vasos e nervos do ducto deferente: A artéria do ducto 
deferente é um ramo da artéria vesical superior; a 
ampola é irrigada pelas artérias vesicais média e 
inferior e pela retal média. As veias drenam para o 
plexo pampiniforme, as veias vesicais e o plexo 
prostático. Os nervos são do plexo pélvico.
 Página 17 de Anatomia 
Vesículas seminais: São duas bolsas lobuladas que 
ficam entre o fundo da bexiga e o reto. Elas fazem 
contato com o fundo da bexiga e se estende do ureter 
até a próstata. Ela é separada do reto pela fáscia 
retovesical. As extremidades superiores das 
vesículas seminais se divergem. As extremidades 
inferiores são pontiagudas e convergem para a base 
da próstata.

Cada vesícula possui um único tubo enrolado sobre 
ele mesmo. Sua extremidade inferior possui esse 
ducto retilíneo e estreito que se une ao 
correspondente ducto deferente para formar o ducto 
ejaculatório.
Vasos e nervos: Artéria provenientes da vesical 
média e inferior e da artéria retal média. Veias 
acompanham as artérias. Nervos derivados do plexo 
pélvico.
Ducto ejaculatório: Fica um de cada lado da linha 
mediana. É formado pela união do ducto excretor da 
vesícula seminal com o ducto deferente. Cada um 
começa na base da próstata e toma um sentindo 
caudal e anterior dentro dessa glândula, até atingir a 

 Página 18 de Anatomia 
caudal e anterior dentro dessa glândula, até atingir a 
uretra prostática perfurando-a através de um orifício 
em fenda.
Pênis:
Ele se fixa na frente e nos lados do arco púbico. Quando 
flácido é cilíndrico e quando ereto é prismático 
triangular. Ele possui um dorso e um ventre. É 
composto por 3 formações cilíndricas com tecido 
cavernoso limitadas por tecido conjuntivo e recobertas 
por pele. Duas dessas formações são laterais, corpos 
cavernosos, e uma é mediana, corpo esponjoso, e é a 
que contém a uretra.
O tegumento que recobre o pênis é fino, pigmentado, 
sem tecido adiposo e é frouxo por não ter conexões com 
as porções profundas do pênis. Na raiz do pênis ele se 
continua com o tecido que envolve a pube, o escroto e o 
períneo. Quando ele chega no colo da glande ele se reflete 
sobre si mesmo e forma o prepúcio. A lâmina interna do 
prepúcio continua diretamente com o tegumento da 
glande. Na parte posterior ao óstio externo da uretra, o 
tegumento forma uma prega pequena chamada frênulo 
do prepúcio presa em uma depressão mediana da rafe. 
O tegumento que recobre a glande é contínuo com a 
mucosa da uretra e não possui folículos pilosos e nem 
glândulas sebáceas. Ele possui várias papilas 
sensitivas.
No colo da glande e na lâmina interna do prepúcio há 
 Página 19 de Anatomia 
No colo da glande e na lâmina interna do prepúcio há 
as glândulas prepuciais que conferem odor 
característico quando secretam uma substância sebácea.
O prepúcio cobre a glande e é separado dela pelo espaço 
prepucial (espaço potencial) que possui duas fossas 
rasas, uma de cada lado do frênulo do prepúcio.
 Página 20 de Anatomia 
 Página 21 de Anatomia 
Fáscias do pênis:
Fáscia subcutânea do pênis: É contínua com a do 
escroto e também possui a túnica dartos. Entre ela e 
a fáscia profunda do pênis existe uma fenda que dá 
mobilidade ao pênis.
1)
 Página 22 de Anatomia 
mobilidade ao pênis.
Fáscia profunda do pênis (fáscia de Buck): Ela 
forma um revestimento tubular para o corpo do pênis 
e prolonga-se até a coroa da glande. Ela recobre a 
raiz e o bulbo e prende-se firmemente aos ramos 
isquiopúbicos. Ela é dividida nas extremidades distais 
do músculo bulboesponjoso e isquicavernosoem uma 
lâmina superficial e outra profunda. A superficial 
recobre a face superficial desses músculos como a 
fáscia perineal externa do períneo e a lâmina 
profunda é a continuação da fáscia profunda do 
pênis.
2)
Pele - túnica dartos (fáscia subcutânea) - fáscia profunda 
do pênis - túnica albugínea 
 Página 23 de Anatomia 
Corpos cavernosos do pênis: São duas formações 
cilíndricas de tecido erétil que se divergem em suas 
porções posteriores formando as raízes. Nas porções 
mais distais, esses dois cilindros se encontram e 
formam a maior parte do corpo do pênis. Sua 
extremidade distal termina dentro de um capuz
formado pela glande do pênis.

Os corpos cavernosos são envolvidos pela túnica 
 Página 24 de Anatomia 
Os corpos cavernosos são envolvidos pela túnica 
albugínea com fibras superficiais longitudinais e 
fibras profundas circulares. Estas se unem no plano 
mediano e formam o septo do pênis. Este é completo 
atrás (no ventre) e incompleto na frente (no dorso) 
onde forma vários feixes verticais que parecem dentes 
de um pente e que recebem o nome de septo 
pectiniforme. Na junção entre os dois corpos 
cavernosos na face superior há um sulco raso que 
aloja a veia dorsal profunda do pênis e há um outro 
sulco mais profundo na face inferior que aloja o 
corpo esponjoso do pênis.
 Página 25 de Anatomia 
Raiz do pênis: Existem duas e elas estão conectadas 
à tuberosidade isquiática. Elas formam a porção 
posterior do corpo cavernoso. Quando as duas 
raízes se encontram elas formam uma dilatação 
chamada de bulbo do corpo cavernoso do pênis. As 
raízes estão envolvidas pelos músculos 
isquiocavernosos.

Corpo esponjoso do pênis: É a parte de tecido erétil 
que possui a uretra esponjosa. Ele é um cilindro 
uniforme um pouco menor que os corpos cavernosos. 
Em cada uma de suas extremidades ele possui uma 
dilatação: a glande forma a dilatação distal e o bulbo 
do pênis (ou bulbo do corpo esponjoso) forma a 

 Página 26 de Anatomia 
do pênis (ou bulbo do corpo esponjoso) forma a 
dilatação proximal. Ele fica alojado em um sulco na 
superfície inferior dos corpos cavernosos.
Glande: ela possui uma borda arredonda maior que o 
diâmetro do pênis chamada de coroa da glande. 
Próximo da coroa há uma constrição que forma o 
colo da glande.
Bulbo: É envolvido por fibras do músculo 
bulboesponjoso. Fica fixado ao diafragma urogenital
por meio do ligamento do bulbo (uma cápsula 
fibrosa). A uretra só penetra a extremidade posterior 
do bulbo; o restante do bulbo se projeta além da 
uretra em direção ao ânus.
Ligamentos do pênis:
Ligamento fundiforme do pênis: É um 
espessamento da camada profunda da fáscia 
subcutânea da parede anterior do abdome (a fáscia 
subcutânea do abdome é dividida em lâmina 
superficial e camada profunda) e fica acima da pube e 
se prende à bainha do reto. Ele se estende para baixo 
envolvendo as raízes do pênis.
1)
Ligamento suspensor do pênis: Ele fixa o dorso do 
pênis à sínfise e ao ligamento púbico arqueado. Ele é 
um triângulo fibroso proveniente da fáscia profunda
da parede anterior do abdome.
2)
Músculos:•
Transverso superficial do períneo: serve para fixar o 
centro tendíneo do períneo. 
1)
Músculo bulbocavernoso: Serve para esvaziar o 2)
 Página 27 de Anatomia 
Músculo bulbocavernoso: Serve para esvaziar o 
canal da uretra depois que a bexiga expeliu seu 
conteúdo. As fibras desse músculo se contraem 
somente no final da micção. As fibras médias 
auxiliam na ereção do corpo esponjoso pela 
compressão do tecido erétil do bulbo. As fibras 
anteriores também contribuem para ereção ao 
comprimir a veia dorsal profunda do pênis. 
2)
Músculo isquiocavernoso: comprime a raiz do pênis 
e impede o retorno do sangue pelas veias, 
contribuindo para manter o pênis ereto.
3)
Vasos e nervos: O sangue para ao pênis vem da 
artéria pudenda interna. As artérias que suprem os 
espaços cavernosos são as artérias profundas do 
pênis e ramos das artérias dorsais do pênis. Há 
também a artéria do bulbo do pênis e a artéria 
cavernosa. Todas são ramos das artérias perineais 
que é ramo da pudenda interna. 

Resuminho: Existe artéria profunda do pênis (2)
(ramo terminal da pudenda interna e vai para os 
corpos cavernosos) e artéria dorsal do pênis (2)
(ramo terminal da pudenda interna; irriga a glande, 
prepúcio e corpos cavernosos). Existe veia dorsal 
superficial do pênis (1) (drena prepúcio e a pele do 
pênis - se abre na veia pudenda externa superficial) e 
a veia dorsal profunda do pênis - (1) - (drena a 
glande e os corpos cavernosos do pênis - drena para 
a veia pudenda interna).

 Página 28 de Anatomia 
O sangue é drenado pelas veias dorsais superficial e 
profunda do pênis. Além disso também há as veias 
superficiais laterais do pênis.
 Página 29 de Anatomia 
superficiais laterais do pênis.
Os nervos derivam do nervo pudendo e do plexo 
pélvico. O principal é o nervo dorsal do pênis (2) 
(derivado do nervo pudendo).
Nervo pudendo origina nervo perineal e nervo 
dorsal do pênis
 Página 30 de Anatomia 
dorsal do pênis
Drenagem linfática:
 Página 31 de Anatomia 
Próstata:
É um órgão compacto com uma parte glandular e uma 
parte muscular. Ela fica abaixo do óstio interno da 
uretra e ao redor do início da uretra. Ela está situada na 
cavidade pélvica, ventralmente ao reto. Ela possui:
Base: Fica em contato com a superfície inferior da 
bexiga.
Ápice: Fica voltado para baixo.
Face posterior: Fica separada do reto pela fáscia 
retovesical. Na borda cranial os dois canais ejaculatórios 
penetram.
Face anterior: Fica dorsalmente à sínfise púbica.
Faces ínfero-laterais: são recobertas pelas porções 
anteriores dos levantadores do ânus.
A próstata é fixada pelos ligamentos puboprostáticos
que ligam a face anterior da próstata ao osso pube.
A próstata possui um lobo médio (entre a uretra e os 
ductos ejaculatórios); lobos laterais direito e esquerdo.
A próstata é dividida em zona de transição, zona 
central e zona periférica. 
A hiperplasia prostática benigna compromete a zona de 
 Página 32 de Anatomia 
A hiperplasia prostática benigna compromete a zona de 
transição da próstata e ela geralmente é maior que o 
câncer de próstata. Nesse caso há dificuldade de urinar e 
há também aumento da próstata.
Câncer de próstata: acomete a zona central e periférica
da próstata. Não possui sintomas claros, mas pode levar 
à constipação, mas quando já está muito grande.
A partir dos 40 anos devem ser feitos o exame de toque 
retal e o exame de sangue para avaliar o PSA (antígeno 
prostático específico). Se este estiver acima de 4 há 
suspeitas de câncer de próstata.
Vasos e nervos: As artérias para a próstata são 
provenientes das artérias pudenda interna, vesical 
inferior e retal média. As veias formam o plexo 
prostático que recebe a veia dorsal do pênis e drena 
para as veias ilíacas internas. Essas veias possuem 
conexão com veias do sistema vertebral o que é de 
grande importância em situações de metástase. Os 
nervos derivam do plexo pélvico.
 Página 33 de Anatomia 
 Página 34 de Anatomia 
Glândulas bulbouretrais: Estão localizadas uma de 
cada lado da uretra membranácea, mas seus 
orifícios se abrem na porção esponjosa da uretra.

 Página 35 de Anatomia 
Uretra masculina:
Se estende do orifício uretral interno até o orifício uretral 
externo.
Ela é dividida em 3 partes: uretra prostática, 
membranácea e esponjosa.
Quando não há passagem de sêmen ou urina as paredes 
da uretra se mostram em contato, formando uma fenda.
 Página 36 de Anatomia 
Porção prostática: é a mais dilatada. Se estende da 
base até o ápice da próstata.Ela é mais larga na 
porção média do que nas extremidades. Na parede 
posterior da uretra prostática há uma estreita crista 
longitudinal chamada crista uretral formada por 
uma elevação da mucosa e do tecido subjacente. De 
cada lado da crista uretral há o seio prostático por 
onde se abrem os diversos orifícios dos ductos 
prostáticos dos lobos laterais da próstata. Os ductos 
do lobo médio se abrem atrás da crista uretral. 
Abaixo do cume da crista uretral há uma elevação 
mediana chamada colículo seminal ou 
verumontanum por onde estão os orifícios do 
utrículo prostático e as fendas de abertura dos 
canais ejaculatórios. O utrículo prostático é um 
fundo-de-saco que se dirige para cima e para trás do 
substrato da próstata, por trás do lobo médio; e 
numerosas glândulas se abrem em seu interior. Esse 

 Página 37 de Anatomia 
numerosas glândulas se abrem em seu interior. Esse 
utrículo prostático é considerado um útero e vagina 
masculino por ser resquício dos ductos müllerianos.
Como a uretra prostática também recebe urina além 
de sêmen, pode ocorrer liberação de espermatozoides 
durante a micção.
Porção membranácea: parte mais curta e menos 
dilatável e é a parte mais estreita do canal. Se estende 
do ápice da próstata até o bulbo do pênis. Essa 
porção é envolvida por fibras do esfíncter da uretra. 
A veia dorsal profunda do pênis fica ventralmente à 
porção membranácea. De cada lado, junto à 
terminação da uretra membranácea estão as 
glândulas bulbouretrais. 

Porção esponjosa: porção mais longa e contida no 
corpo esponjoso. Ela vai desde a terminação da uretra 
membranácea até o orifício uretral externo. Ela é 
estreita e uniforme em toda a sua porção, exceto 
proximalmente ao bulbo onde ela possui uma 
dilatação e anteriormente à glande onde forma outra 
dilatação chamada fossa navicular da uretra. A 
membrana de revestimento da uretra possui 
numerosos orifícios de glândulas mucosas, 
denominadas glândulas uretrais. Ao lado dessas 
estão as lacunas, recessos em forma de fenda. A 
maior dessas lacunas está na superfície superior da 
fossa navicular e é denominada lacuna magna. 

Os óstios das glândulas bulbouretrais se abrem na 
porção esponjosa. O óstio externo da uretra é a 
parte mais estreita da uretra e ele é limitado de cada 
lado por dois pequenos lábios.
Nota: O esfíncter interno da uretra é involuntário e o 
esfíncter externo da uretra é voluntário.
Vasos e nervos: Artéria uretral ramo da pudenda 
interna do períneo. Veias da uretra e corpo 
esponjoso que drenam para a veia profunda do pênis 
e do plexo pudendo. Nervos provenientes do nervo 
pudendo.
Outros pontos abordados na aula:
Septo retovesical - divide a próstata do reto
Fáscia retovesical
Peritônio da pelve - recobre a parte superior da bexiga e 
forma a escavação retovesical.
Recesso retropúbico - entre a sínfise púbica e a bexiga 
(tanto nos homens quanto nas mulheres) - fica 
 Página 38 de Anatomia 
(tanto nos homens quanto nas mulheres) - fica 
preenchido por tecido adiposo.
Prega umbilical medial (artéria umbilical com peritônio), 
prega umbilical lateral (artéria epigástrica inferior 
coberta por peritônio) e prega umbilical mediana (ureter 
coberto por peritônio).
O plexo prostático origina o nervo cavernoso. A 
cirurgia de próstata devido à câncer pode comprometer o 
plexo prostático e consequentemente o nervo cavernoso, 
levando à disfunção erétil.
 Página 39 de Anatomia 
levando à disfunção erétil.
 Página 40 de Anatomia 
 Página 41 de Anatomia 
 Página 42 de Anatomia 
 Página 43 de Anatomia 
 Página 44 de Anatomia 
 Página 45 de Anatomia 
 Página 46 de Anatomia 
Produção, nutrição e armazenamento dos gametas 
masculinos (espermatozoides)
1)
Síntese e secreção dos andrógenos (hrs sexuais 
masculinos)
2)
Funções do sistema genital masculino:
Testículos (produção de gametas e síntese e secreção 
de andrógenos)
1)
Sistema de ductos (epidídimos, ductos deferentes, 
ductos ejaculatórios e uretra masculina - importantes 
para transportar os espermatozoides para o exterior)
2)
Glândulas acessórias: Próstata, vesículas seminais e 
glândulas bulbouretrais de Cowper (a secreção dessas 
3 estruturas constituem a maior parte do sêmen e é 
importante para nutrir os espermatozoides).
3)
Pênis: Órgão de cópula com tecido erétil.4)
O sistema genital masculino é constituído por:
Os testículos, o epidídimo e a parte inicial do ducto 
deferente ficam dentro da bolsa escrotal que é formada 
por uma pele que envolve uma cavidade revestida pela 
túnica vaginal (tipo de mesotélio). A túnica vaginal é 
composta por uma dupla camada de peritônio (camada 
visceral e parietal e entre elas o fluido seroso) adquirida 
durante a descida dos testículos.
Histologia - Sistema reprodutor masculino
quinta-feira, 22 de outubro de 2015 03:07
 Página 47 de Histologia 
Testículos: 
São órgãos pares localizados na bolsa escrotal na parte 
externa à cavidade abdominal, o que é importante para 
uma espermatogênese ideal, já que ela depende de uma 
temperatura de 2 a 3ºC abaixo da temperatura corporal 
(34 a 35ºC).
Na parte posterior aos testículos, conectado a eles, estão 
os epidídimos.
Os testículos e os epidídimos ficam pendurados na bolsa 
escrotal através do cordão (ou funículo) espermático
composto pelo ducto deferente, artéria espermática e 
plexos vasculares venosos e linfáticos.
Os testículos são envolvidos pela túnica albugínea, 
cápsula de tecido conjuntivo denso modelado rico em 
fibras colágenas, que se torna espessa na parte posterior, 
formando o mediastino testicular. Este emite septos 
fibrosos que se projetam para o parênquima testicular, 
dividindo-o em vários lóbulos (250 a 300) e em cada um 
encontra-se de 1 a 4 túbulos seminíferos. É no 
mediastino que está localizada a rede testicular (rete 
testis).
Existe também a túnica vasculosa formada por tecido 
conjuntivo propriamente dito frouxo muito vascularizado.
 Página 48 de Histologia 
conjuntivo propriamente dito frouxo muito vascularizado.
Cada túbulo seminífero possui formato de U com as 
duas extremidades abertas na rede testicular (ele se 
conecta a ela através dos túbulos retos que se 
anastomosam para formar a rede testicular de onde 
partem os ductos eferentes que desembocam no 
epidídimo).
O túbulo seminífero possui um epitélio seminífero que 
reveste seu lúmen. A rede testicular coleta os produtos 
desse epitélio seminífero como os espermatozoides, íons e 
proteínas de secreção para que eles cheguem nos ductos 
eferentes e depois no epidídimo.
 Página 49 de Histologia 
O epitélio seminífero (ou germinativo) é formado por 
células de Sertoli somáticas (ficam apoiadas na lâmina 
basal) e células espermatogênicas (espermatogônias, 
espermatócitos e espermátides) que originam os 
espermatozoides.
O epitélio seminífero é rodeado por uma membrana 
basal (assim como todo epitélio) e o restante da parede 
do túbulo seminífero é formada por fibras colágenas, 
fibroblastos e células mioides contráteis (elas são 
importantes para a expulsão dos espermatozoides 
imóveis para a rede testicular quando elas se contraem -
possuem uma atividade contrátil rítmica). 
Os espermatozoides só adquirem mobilidade após passar 
pelo ducto do epidídimo.
 Página 50 de Histologia 
pelo ducto do epidídimo.
O espaço intertubular (entre os túbulos seminíferos) 
possui um tecido conjuntivo frouxo com vasos
sanguíneos (arteríolas, capilares e vênulas) e vasos 
linfáticos circundando cada túbulo, e agregados de 
células intersticiais de Leydig (produzem andrógenos) 
próximas aos vasos.
Envoltórios dos testículos: pele delgada -> túnica 
vaginal -> túnica albugínea e túnicavasculosa -> lóbulos 
com membrana basal e epitélio seminífero (já fazem parte 
dos testículos)
Trajetória dos espermatozoides: epitélio seminífero -> 
lúmen do túbulo seminífero -> túbulos retos -> rede 
testicular -> ductos eferentes -> ducto do epidídimo -> 
ducto deferente -> ducto ejaculatório -> uretra
 Página 51 de Histologia 
ducto deferente -> ducto ejaculatório -> uretra
 Página 52 de Histologia 
Epitélio seminífero:
É um epitélio estratificado com características 
incomuns de outros epitélios. Ele possui as células de 
Sertoli que são cilíndricas (elas se estendem da lâmina 
basal até o lúmen do túbulo seminífero), e as células 
espermatogênicas (espermatogônias se dividem 
mitoticamente, espermatócitos se dividem por meiose e 
as espermátides haploides sofrem o processo de 
espermiogênese).
Ciclo espermatogênico: Uma célula germinativa 
primordial origina uma pré-espermatogônia (ou gonócito) 
que sofre mitose e origina uma célula-filha que inicia o 
ciclo espermatogênico originando as espermatogônias, e 
uma outra célula-filha que permanece como uma célula-
tronco que poderá iniciar logo um outro ciclo 
espermatogênico e garantir, assim, a produção contínua 
de espermatozoides. 
Após a divisão celular, as células espermatogênicas 
permanecem interconectadas por pontes 
citoplasmáticas intercelulares até o fim da 
espermatogênese.
Os grupos de células espermatogênicas proliferam e 
se diferenciam de maneira sincrônica.
As células de Sertoli são uma população celular somática 
estável. Elas facilitam o deslocamento das células 
espermatogênicas em diferenciação até o lúmen tubular.
 Página 53 de Histologia 
espermatogênicas em diferenciação até o lúmen tubular.
No processo de espermiação as espermátides alongadas 
com corpos residuais e provenientes das espermátides 
arredondadas, tornam separadas dos seus corpos 
residuais que permanecem interconectados pelas pontes 
citoplasmáticas. Assim, as espermátides maduras são 
formadas de forma isolada e se direcionam para a rede 
testicular. São as células de Sertoli que fagocitam os 
corpos residuais.
Células de Sertoli: São cilíndricas e se estendem da 
lâmina basal até o lúmen do túbulo seminífero 
(células de ligação). Sua membrana plasmática nas 
superfícies apical e lateral é irregular, possuindo 
recessos para abrigar as células espermatogênicas em 
desenvolvimento. Elas possuem um núcleo basal com 
um nucléolo bem evidente e um citoplasma rico em 
RER, REL, mitocôndrias, CG, gotículas lipídicas e um 

 Página 54 de Histologia 
RER, REL, mitocôndrias, CG, gotículas lipídicas e um 
rico citoesqueleto composto por vimentina, actina e 
microtúbulos.
As células de Sertoli possuem, no seu domínio 
basolateral, junções de oclusão que liga umas às 
outras, formando a barreira hematotesticular que 
protege os espermatócitos e as espermátides de 
reações autoimunes (as junções de oclusão fazem 
parte da barreira hematotesticular). Essa barreira 
não protege as espermatogônias, pois as junções de 
oclusão subdividem o epitélio seminífero em um 
compartimento basal (com as espermatogônias) e 
um compartimento apical (com os espermatócitos e 
as espermátides), sendo que o compartimento basal é 
inferior a essas junções.
 Página 55 de Histologia 
inferior a essas junções.
As funções das células de Sertoli é sustentar, 
proteger e nutrir (sustentação física e nutricional) as 
células espermatogênicas; fagocitar os corpos 
residuais descartados pelas espermátides; facilitar a 
espermiação (liberação de espermátides maduras 
para o lúmen) através de contrações mediada pela 
actina presente em seu citoesqueleto; secretar um 
fluido rico em íons e proteínas para o lúmen.
As células de Sertoli respondem ao FSH que regula a 
síntese da proteína de ligação ao andrógeno (ABP)
que possui alta afinidade à testosterona e à di-
hidrotestosterona. 
Nota: Tanto o ABP quando os receptores de 
andrógenos tem a mesma afinidade por andrógenos, 
mas o ABP é uma proteína de secreção e o receptor de 
andrógenos é uma proteína citoplasmática nuclear.
As células de Sertoli secretam as subunidades 
proteicas da inibina (feedback negativo sobre o fator 
de liberação de gonadotrofinas - hipotálamo - e sobre 
o FSH - hipófise) e da ativina (feedback positivo sobre 
FSH).
Após a puberdade as células de Sertoli são estáveis e 
não realizam nenhuma divisão mitótica.
Espermatogônias: São células espermatogênicas que 
 Página 56 de Histologia 
Espermatogônias: São células espermatogênicas que 
estão em contato direto com a lâmina basal no 
compartimento basal. Como elas estão abaixo das 
junções de oclusão, elas ficam fora da barreira 
hematotesticular. 

Elas são derivadas das pré-espermatogônias ou 
células-tronco espermatogônicas e durante a 
puberdade elas sofrem intensa divisão mitótica.
Elas são divididas em 2 tipos morfológicos:
Espermatogônias do tipo A: Possuem o núcleo oval
com nucléolo fixo no envoltório nuclear. Existem 2 
subclasses no testículo humano: espermatogônia A 
escura - com núcleo escuro - e espermatogônia A 
clara - com núcleo claro.
1-
Espermatogônias do tipo B: Possuem o núcleo 
arredondado com nucléolo central e massas de 
heterocromatina fixadas no envoltório nuclear.
2-
As células tronco espermatogônicas são quiescentes 
(indiferenciadas) e resistentes à radiação e à 
quimioterapia. Já as espermatogônias (sofre mitose), 
espermatócitos (sofrem meiose) e espermátides (se 
diferenciam) são sensíveis à radiação e à 
quimioterapia. As células de Sertoli são altamente 
resistentes a essas terapias.
 Página 57 de Histologia 
 Página 58 de Histologia 
Espermatócitos: São maiores que as 
espermatogônias. Eles possuem 2 vezes a quantidade 
de DNA (4C) de uma espermatogônia. Isso ocorre pois 
a espermatogônia B entra na prófase meiótica logo 
após a última fase S.

Os espermatócitos sofrem 2 divisões meióticas 
sucessivas (divisão reducional e equacional) e eles 
estão localizados no compartimento apical (ou 
adluminal) do epitélio seminífero, acima das junções 
de oclusão das células de Sertoli; logo, eles estão 
protegidos pela barreira hematotesticular (a meiose só 
ocorre em células protegidas por essa barreira).
O espermatócito primário (4C) sofre a primeira divisão 
meiótica (reducional) e produz 2 espermatócitos (2C) 
secundários. O espermatócito secundário sofre a 
segunda divisão meiótica (equacional), formando 2 
espermátides (1C) que vão amadurecer em 
espermatozoides através da espermiogênese.
Como a meiose I é mais rápida que a II, observa-se 
maiores quantidade de espermatócitos I do que 
espermatócitos II.
 Página 59 de Histologia 
 Página 60 de Histologia 
Espermátides: Estão localizadas no compartimento 
apical mais próximas do lúmen do túbulo. Elas são 
divididas em 2 tipos:

Espermátides arredondadas ou iniciais: abrigadas em 
nichos no citoplasma das células de Sertoli.
1-
Espermátides alongadas ou finais: abrigadas em 
recessos (invaginações profundas) no citoplasma da 
célula de Sertoli.
2-
 Página 61 de Histologia 
As espermátides estão envolvidas na última fase da 
espermatogênese, a espermiogênese, em que ocorre a 
diferenciação das espermátides.
As espermátides maduras são liberadas no lúmen do 
túbulo através das contrações do citoesqueleto da 
região apical das células de Sertoli. Esse processo de 
liberação é chamado espermiação.
Espermiogênese: Possui 4 eventos:
Desenvolvimento do flagelo: Desenvolve a partir do 
centríolo distal. O flagelo é formado pelo axonema 
(disposição 9+2 - 9 pares de microtúbulos envolta de 
2 pares centrais de microtúbulos) com várias 
mitocôndrias ao longo. Ele possui uma peça principal 
e uma peça intermediária que são demarcadaspela 
proteína septina 4 que constitui o ânulo (a ausência 
dela causa esterilidade)
1)
Desenvolvimento do acrossomo: nesta etapa ocorre 
síntese e armazenamento de enzimas hidrolíticas no 
saco acrossômico que fica aderido ao envoltório 
nuclear através de elementos do citoesqueleto 
(acroplaxoma). O desenvolvimento do acrossomo 
depende de 4 fases: Fase de Golgi, fase de capuz, 
fase acrossômica e fase de maturação.
2)
Desenvolvimento do colo ou peça de conexão cabeça-
cauda: Tem origem no centríolo proximal e na matriz 
pericentriolar. O colo se organiza quando o axonema 
começa a se desenvolver e se desorganiza quando o 
ocorre a condensação do núcleo das espermátides.
3)
Condensação nuclear: Quando as histonas são 4)
 Página 62 de Histologia 
Condensação nuclear: Quando as histonas são 
substituídas por protaminas.
4)
Finalização da espermiogênese: As mitocôndrias se 
organizam ao longo do flagelo; o núcleo se alonga e se 
condensa; o colo se desorganiza e migra caudalmente. 
A espermiogênese se completa quando o núcleo se 
torna alongado e condensado.
No final da espermiogênese ocorre a espermiação 
quando o corpo residual, excesso de citoplasma 
proveniente da espermátide madura, é fagocitado 
pelas células de Sertoli.
 Página 63 de Histologia 
 Página 64 de Histologia 
Descrevendo a espermiogênese: Na fase de Golgi, as 
espermátides iniciais com formato arredondado têm 
suas enzimas hidrolíticas secretadas pelo complexo 
de Golgi direcionadas para a vesícula acrossômica 
enquanto que o par de centríolos migram para o lado 
oposto (lado mais basal). O centríolo mais distal 
começa a originar o axonema (conjunto de 
microtúbulos que constituem o flagelo). 
Na fase de capuz, a espermátide gira e o acrossomo 
aponta para a lâmina basal e o axonema para o 
lúmen do túbulo seminífero. Além disso, o axonema 
continua a crescer e o saco acrossômico (em tamanho 
menor, quando começou a receber as enzimas 
hidrolíticas se chamava vesícula acrossômica) se 
torna achatado, formando o capuz que fica aderido ao 
envoltório nuclear através do acroplaxoma e inicia 
sua descida. 
Na fase acrossômica o acrossomo continua sua 
descida acoplado ao acroplaxoma; mitocôndrias 
começam a se alinha ao longo do axonema; o 
 Página 65 de Histologia 
começam a se alinha ao longo do axonema; o 
centríolo proximal e a matriz pericentriolar origina o 
colo que começa a se organizar.
Na fase de maturação a manchete constituída por 
microtúbulos e um anel perinuclear se desorganiza e 
migra caudalmente; a cromatina se condensa 
(histonas substituídas por protaminas); o núcleo se 
torna alongado e condensado finalizando o processo 
de espermiação, formando as espermátides 
alongadas ou finais. Para que as espermátides 
maduras sejam liberadas no lúmen pelo processo de 
espermiação, os corpos residuais ligados por pontes 
citoplasmáticas se desconectam das espermátides e 
são fagocitados pelas células de Sertoli. As 
espermátides maduras agora podem ser liberadas de 
forma isolada.
Espermatozoide: Formada por uma cabeça, cauda e 
peça de conexão cabeça-cauda. A membrana 
plasmática envolve a cabeça e a cauda.

A cauda é dividida em: peça intermediária (com 
bainha mitocondrial helicoidal), peça principal e 
peça terminal.
A cabeça é formada pelo núcleo coberto em sua 
metade anterior pelo acrossomo preso no envoltório 
 Página 66 de Histologia 
metade anterior pelo acrossomo preso no envoltório 
nuclear pelo acroplaxoma.
O colo possui um par de centríolos e proteínas 
associadas.
Células de Leydig: Núcleo arredondado com 
cromatina dispersa e um ou dois nucléolos; 
citoplasma acidófilo com vacúolos lipídicos.

Presentes em agregados próximos aos vasos 
sanguíneos e linfáticos no espaço intertubular.
São produtoras de hormônios esteroides e por isso 
possuem abundantes gotículas lipídicas, 
mitocôndrias com características tubulares e REL 
bem desenvolvido.
Após a puberdade elas produzem testosterona
 Página 67 de Histologia 
Após a puberdade elas produzem testosterona
quando são estimuladas pelo LH. A testosterona 
pode ser convertida em di-hidrotestosterona pela 
enzima 5α-redutase.
95% da testosterona no plasma é produzida pelas 
células de Leydig, o restante é produzido pelo córtex 
da suprarrenal. 
A ABP produzida pelas células de Sertoli mantém alta 
a concentração de testosterona próxima às células 
espermatogênicas.
 Página 68 de Histologia 
Condições patológicas que afetam a espermatogênese:
-Criptorquidismo (testículo não descido)
-Quimioterapia do Câncer
-Caxumba (orquite aguda – infamação dos testículos)
-Torção do cordão espermático
-Varicocele (dilatação anormal da veia do funículo 
espermático)
Sistema de ductos: Do lúmen dos túbulos 
seminíferos, os espermatozoides se dirigem aos 
túbulos retos que se desembocam na rede testicular. 
Desta, os espermatozoides entram nos ductos 
eferentes se dirigindo para o ducto do epidídimo que é 
irregularmente enovelado e se estende até o ducto 
deferente.

Nota: O sistema de ductos se inicia a partir e 
incluindo o epidídimo.
 Página 69 de Histologia 
 Página 70 de Histologia 
Túbulos retos: Ficam no mediastino testicular. Eles 
possuem tecido epitelial cúbico simples. Suas 
células são cúbicas (podem ser chamadas de células 
de Sertoli cúbicas) com aspecto semelhante às 
células de Sertoli, entretanto suas junções de oclusão 
ficam no domínio apical e não no basal. A superfície 
basal das células de Sertoli cúbicas possuem 
microvilos e um cílio primário ocasional. Não 
existem células espermatogênicas nos túbulos retos. 

 Página 71 de Histologia 
Rede testicular (Rete testis): Está localizada no 
mediastino testicular. Possui canais irregularmente 
anastomosados com tecido epitelial cúbico simples, 
com fibroblastos e células mioides ao redor. A parede 
desses canais é circundada por células de Leydig e 
por vasos sanguíneos e linfáticos.

Ductos eferentes: Eles são em número de 12 a 20 
ductos que penetram a túnica albugínea para ligar a 

 Página 72 de Histologia 
ductos que penetram a túnica albugínea para ligar a 
rede testicular ao ducto do epidídimo. Eles possuem 
tecido epitelial cilíndrico simples com células 
principais com microvilos (células baixas, 
reabsorvem o líquido a partir do lúmen) e células 
ciliadas (células altas, transporte dos 
espermatozoides ainda imóveis). Este epitélio tem 
uma forma pregueada característica dos ductos 
eferentes. Abaixo do epitélio e de sua lâmina existe 
uma camada circular de músculo liso.
Epidídimo: Ducto muito enovelado onde os 
espermatozoides amadurecem (mobilidade). O ducto é 
dividido em: cabeça ou capuz, parte principal ou 
corpo, extremidade ou cauda. Ele possui tecido 
epitelial cilíndrico pseudoestratificado com 
estereocílios. Esse epitélio possui células basais
associadas à lâmina basal e consideradas células 
indiferenciadas precursoras das células principais; e 
células principais cilíndricas que se estendem da 
lâmina basal até a superfície e possuem em seu polo 
apical estereocílios, CG desenvolvido, lisossomas e 
vesículas (essas células, como o ducto eferente, 
também absorvem o fluido testicular). Existem 
também outros tipos celulares como as células 
apicais, células claras e linfócitos intraepiteliais 
(importante para a barreira imunológica do 
epidídimo). Existe camadas de músculo liso que 
circundam o epitélio e sua lâmina basal e são 
importantes para transportar espermatozoides 
através de movimentos peristálticos. (O músculo liso 

 Página 73 de Histologia 
através de movimentos peristálticos. (O músculo liso 
aumenta a partir de uma camada circular única na 
cabeça até três camadas na cauda).O epidídimo 
apresenta três principais funções: Transporta 
espermatozoides; armazena até o momento da 
ejaculação; maturação dos espermatozoides.
 Página 74 de Histologia 
 Página 75 de Histologia 
Ducto deferente (ou canal deferente): É um tubo 
muscular. Ele possui 3 túnicas:

Túnica mucosa: Possui um epitélio cilíndrico 
pseudoestratificado estereociliado com uma lâmina 
própria com fibras elásticas. A mucosa possui pregas.
1)
Túnica muscular: Possui uma camada circular 
interna e uma externa longitudinal de músculo liso e 
uma camada circular média também de músculo liso, 
que separa a interna da externa.
2)
Túnica adventícia: camada mais externa com tecido 
conjuntivo frouxo e adipócitos.
3)
 Página 76 de Histologia 
conjuntivo frouxo e adipócitos.
A porção terminal dos ductos deferentes possui uma 
dilatação, a ampola, que se une à vesícula seminal, 
formando o ducto ejaculatório.
 Página 77 de Histologia 
Funículo espermático: Formado pelo canal deferente, 
músculo cremaster, pelas veias do plexo 
pampiniforme, artérias (a. espermática, a. 
cremastérica e a. para o ducto deferente) e nervos 
(ramo genital do nervo genitofemoral, n. cremastérico 
e ramos simpáticos do plexo testicular). Todas essas 
estruturas estão envolvidas por tecido conjuntivo 
frouxo.

Ductos ejaculatórios: Formados pela junção dos 
ductos das vesículas seminais com a ampola dos 
canais deferentes. Possui epitélio cilíndrico simples 
que reveste a parede que é pregueada.

 Página 78 de Histologia 
que reveste a parede que é pregueada.
Uretra masculina: Possui 3 segmentos:
Uretra prostática: Recebe as secreções das glândulas 
prostáticas e os dois ductos ejaculatórios. Possui um 
epitélio de transição.
1-
Uretra membranosa: É o segmento mais curto e é 
revestida por um epitélio cilíndrico estratificado. 
Possui uma camada muscular que é representada 
pelo esfíncter de músculo liso (involuntário) e pelo 
esfíncter de músculo estriado (voluntário). Este 
controla a passagem de urina e sêmen.
2-
Uretra peniana: Recebe os ductos das glândulas 
bulbouretrais e é revestida por epitélio cilíndrico 
estratificado a cilíndrico pseudoestratificado. É 
encontrada no interior do corpo esponjoso do pênis.
3-
 Página 79 de Histologia 
 Página 80 de Histologia 
Glândulas genitais acessórias:
São elas: 2 vesículas seminais, 1 glândula próstata e 2 
glândulas bulbouretrais de Cowper. A próstata e as 
bulbouretrais são as que produzem a maior parte do 
líquido do sêmen.
Vesículas seminais: São glândulas que podem ser 
consideradas uma evaginação da parede da ampola 
de cada canal deferente. Elas são dependentes de 
andrógenos e se contraem durante a ejaculação (por 
isso possuem uma túnica muscular) contribuindo 
para cerca de 70% do líquido ejaculado. Ela produz 
uma solução alcalina contendo frutose (importante 
fonte energética para os espermatozoides), 
prostaglandinas e proteínas seminais coagulantes. 
Por ela ser uma glândula, possui um CG desenvolvido 
e muitas vesículas com grânulos de secreção. Como 
elas são evaginações da ampola do ducto deferente, 

 Página 81 de Histologia 
elas são evaginações da ampola do ducto deferente, 
sua constituição é semelhante a desse ducto, então 
elas possuem: 
Túnica mucosa interna que é muito pregueada e 
revestida por um epitélio que varia de cúbico para 
cilíndrico pseudoestratificado.
1-
Túnica muscular com camada muscular circular 
interna e longitudinal externa de músculo liso. 
2-
Túnica adventícia com tecido conjuntivo semelhando 
a uma cápsula.
3-
 Página 82 de Histologia 
 Página 83 de Histologia 
Próstata: Ela possui uma cápsula que envolve um 
conjunto de 30 a 50 glândulas tubuloalveolares que 
lançam seu conteúdo na uretra prostática, através de 
longos ductos excretores. A cápsula é composta de 
tecido conjuntivo denso não modelado fibroelástico e 
células de músculo liso. A próstata possui também 
um estroma fibromuscular (possui fibras de músculo 
liso). O parênquima da próstata possui as numerosas 
glândulas ramificadas que se chamam alvéolos 
prostáticos (gls. Tubuloalveolares ramificadas). 

No lúmen das glândulas as vezes podem aparecer os 
corpos amiláceos (ricos em glicoproteínas), chamados 
de concreções prostáticas.
 Página 84 de Histologia 
Zona central: Com glândulas mucosas periuretrais.1)
 A próstata possui 3 zonas:
 Página 85 de Histologia 
Zona de transição: Com glândulas submucosas 
periuretrais.
2)
Zona periférica com glândulas principais periuretrais 
ramificadas (compostas).
3)
Nota: Hiperplasia nodular: na zona central, de 
transição e estroma.
80% dos casos de câncer de próstata ocorre na zona 
 Página 86 de Histologia 
80% dos casos de câncer de próstata ocorre na zona 
periférica.
As glândulas da próstata são revestidas por epitélio 
de cúbico a cilíndrico simples ou pseudoestratificado.
As células prostáticas possuem CG e RER 
abundantes.
A próstata produz um líquido alcalino rico em zinco 
que neutraliza o pH ácido da vagina, com nutrientes e 
que garante o transporte dos espermatozoides, além 
disso liquefaz o sêmen (PSA - antígeno prostático 
específico).
Seus produtos de secreção proteicos: PSA, fosfatase 
ácida específica da próstata, amilase e fibrinolisina.
 Página 87 de Histologia 
ácida específica da próstata, amilase e fibrinolisina.
Glândulas bulbouretrais: possui vários lóbulos com 
porções secretoras tubuloalveolares com epitélio 
cilíndrico e um ducto excretor principal com tecido 
epitelial cilíndrico estratificado. A porção secretora 
secreta um muco lubrificante com galactose e ácido 
siálico que é liberada na uretra peniana. Elas 
possuem uma cápsula de tecido conjuntivo.

 Página 88 de Histologia 
Pênis: Apresenta 3 massas de tecido erétil: 2 corpos 
cavernosos e 1 corpo esponjoso dentro do qual se 
encontra a uretra. Esses tecidos são formados por 
cavernas ou espaços contendo vasos sanguíneos
irregulares e comunicantes ou sinusoides que são 
supridos por uma artéria e drenados por veias. 
Durante a ereção as cavernas são preenchidas com 
sangue arterial, aumentando esses espaços 
cavernosos o que comprime as veias.

O pênis é revestido externamente por pele delgada e 
por uma hipoderme frouxa.
Os 3 cilindros eréteis são revestidos por uma túnica 
albugínea (camada de tecido conjuntivo frouxo).
 Página 89 de Histologia 
 Página 90 de Histologia 
 Página 91 de Histologia 
 Página 92 de Histologia 
 Página 93 de Histologia 
Presença de vários túbulos seminíferos com lúmen onde encontram-se 
os espermatozoides

Presença do espaço intertubular com tecido conjuntivo que fica entre os 
túbulos seminíferos.

Presença da túnica albugínea, cápsula de tecido conjuntivo denso que 
envolve os testículos.

Diagnóstico histológico: Testículo
Lâminas - Sistema Rep. Masculino
domingo, 6 de dezembro de 2015 13:45
 Página 94 de Histologia 
Presença de túbulos seminíferos, cada um com seu epitélio seminífero 
(epitélio estratificado) apoiado sobre uma membrana basal e revestindo 
o lúmen do tubo, separados pelo espaço intertubular com tecido 
conjuntivo, vasos e células de Leydig.

No epitélio seminífero há presença das células de Sertoli que são 
grandes e possuem o núcleo basal pouco corado; espermatogônias A; 
espermatogônias B; espermatócitos; espermátides; espermatozoides no 
lúmen do túbulo seminífero.

Diagnóstico histológico: Testículo
 Página 95 de Histologia 
Presença de túbulos seminíferos, cada um com seu epitélio seminífero 
(epitélio estratificado) apoiado sobre uma membranabasal, separados 
pelo espaço intertubular com tecido conjuntivo, capilares e células de 
Leydig. 

Presença de células mioides envolvendo cada túbulo seminífero.
No epitélio seminífero (epitélio estratificado) há presença das células de 
Sertoli que são grandes e possuem o núcleo basal pouco corado; 
espermatogônias A; espermatogônias B; espermatócitos; espermátides 
iniciais ou arredondadas com capuz acrossômico.

Células de Leydig próximas aos capilares
Diagnóstico histológico: Testículo
 Página 96 de Histologia 
Túbulo seminífero com epitélio seminífero (epitélio estratificado) com 
células de Sertoli que são grandes e possuem o núcleo basal pouco 
corado; espermatogônias A; espermatogônias B; espermatócitos; 
espermátides alongadas ou finais (maduras) com núcleos alongados, 
sendo que cada um está associado a um acrossomo alongado.

Presença do lúmen do túbulo seminífero com espermatozoides.
Diagnóstico histológico: Testículo
 Página 97 de Histologia 
Presença de espermatozoides no lúmen
Lúmen revestido por um epitélio pseudoestratificado com estereocíclios.
O epitélio pseudoestratificado possui células principais, mais apicais, e 
células basais, mais basais.

Diagnóstico histológico: Sistema de ductos - epidídimo
 Página 98 de Histologia 
Falta: Túbulos retos, ductos eferentes, canal deferente (Sem lâmina)
 Página 99 de Histologia 
A determinação e manifestação sexual se inicia pela 
genética que determina o sexo genético (46,XX ou 
46,XY). Esse genótipo sexual direciona o desenvolvimento 
das gônadas (testículos ou ovários) que irão determinar o 
desenvolvimento do trato reprodutivo e da genitália 
externa. Logo, apesar de o sexo genético ser diferente, as 
características masculinas e femininas só começam a 
ocorrer a partir da 7ª semana de desenvolvimento. Por 
isso, o período inicial do desenvolvimento genital é 
chamado de estágio indiferenciado do desenvolvimento 
fetal.
O início da formação das gônadas masculinas e 
femininas se dá com a migração das células germinativas 
do saco vitelínico para o mesoderma intermediário. Essas 
células migram pelo mesentério dorsal do intestino 
posterior e chegam no mesênquima da parede posterior 
do corpo durante a 5ª semana. Nessa região essas 
células se deslocam para uma área adjacente ao epitélio 
celômico localizado medial e ventralmente ao mesonéfron
em desenvolvimento. Com essa migração, o epitélio 
celômico em resposta se prolifera e fica espesso, e 
juntamente com as células germinativas primordiais 
formam as cristas genitais.
Durante a 6ª semana as células do epitélio celômico
formam grupos de células somáticas que irão envolver as 
células germinativas dando sustentação a elas. Essas 
células somáticas de sustentação são muito 
importantes para o desenvolvimento das células 
germinativas no interior das gônadas. Se elas não 
envolvem as células germinativas estas se degeneram.
As células somáticas de sustentação irão seguir 
diferentes destinos nos sexos masculino e feminino.
Ainda na 6ª semana lateralmente a cada ducto 
mesonéfrico é formado um ducto mülleriano ou ducto 
paramesonéfrico tanto em embriões femininos quanto em 
masculinos. Esses ductos são formados por invaginações 
de uma faixa de epitélio celômico espessado e eles se 
estendem caudalmente até suas extremidades caudais 
que se aderem uma a outra para depois se ligarem à 
uretra pélvica em desenvolvimento, medialmente às 
aberturas dos ductos mesonéfricos E e D.
Embriologia - Desenvolvimento das gônadas masculinas
sábado, 5 de dezembro de 2015 11:45
 Página 100 de Embriologia 
aberturas dos ductos mesonéfricos E e D.
As extremidades craniais dos ductos müllerianos formam 
aberturas para o interior do celoma. Ao final da 6ª 
semana os sistemas genitais masculino e feminino 
parecem idênticos, ou seja, em ambos os sistemas há as 
células germinativas e as células somáticas de 
sustentação na região das futuras gônadas e os ductos 
mesonéfricos e müllerianos correm lado a lado. A partir 
da 7ª semana essa fase bipotencial ou ambissexual do 
desenvolvimento genital termina e se inicia processos de 
diferenciação dos genitais masculinos e femininos. 
 Página 101 de Embriologia 
 Página 102 de Embriologia 
 Página 103 de Embriologia 
 Página 104 de Embriologia 
 Página 105 de Embriologia 
Revisão:
 Página 106 de Embriologia 
 Página 107 de Embriologia 
Iniciando o desenvolvimento masculino e feminino:→
Embora os cromossomos sexuais definam as 
características sexuais masculinas e femininas, as fases 
que envolvem diferentes desenvolvimentos sexuais 
masculinos e femininos também contam com hormônios 
e outros fatores, codificados por cromossomos 
autossômicos, para controlar esses diferentes caminhos 
de diferenciação do sexo masculino e feminino.
Existe um fator de transcrição determinante do sexo
que é codificado pelo gene sry (região do cromossomo Y 
determinante do sexo). A presença única desse fator já 
leva a uma cascata de sinalização que determina o 
desenvolvimento masculino. E esse fator é expresso nas 
células somáticas de sustentação das gônadas 
indiferenciadas masculinas. Isso é chamado de 
determinação sexual primária.
A pura ausência ou defeito desse fator leva ao 
desenvolvimento do sexo feminino.
 Página 108 de Embriologia 
O desenvolvimento masculino inicia-se com a 
diferenciação das células de Sertoli:
→
A expressão da proteína SRY no interior das células 
somáticas de sustentação da gônada XY permite o 
primeiro evento do desenvolvimento masculino. Através 
desse fator, as células somáticas de sustentação 
começam a se diferenciar em células de Sertoli e 
continuam envolvendo as células germinativas. Nas 
gônadas XX em que há ausência do gene sry, as células 
somáticas de sustentação se diferenciam em células 
foliculares ovarianas que continuam envolvendo as 
células germinativas.
O gene sry ativo nas células somáticas de suporte irá 
regular os genes específicos dos testículos e/ou inibir os 
genes ovarianos.
Na 7ª semana as células de Sertoli em diferenciação e as 
células intersticiais se organizam e formam os cordões 
 Página 109 de Embriologia 
células intersticiais se organizam e formam os cordões 
testiculares que confinam as células germinativas no 
centro desses cordões.
Ainda na 7ª semana os testículos ficam arredondados e 
reduzem seu contato com o mesonefro.
Na puberdade esses cordões testiculares se canalizam e 
se diferenciam em um sistema de túbulos seminíferos. 
Na região adjacente ao mesonefro, as células de Sertoli
formam grupos de ductos que originarão a rede 
testicular.
Ainda na puberdade, a rede testicular se canaliza para 
conecta os túbulos seminíferos aos ductos mesonéfricos. 
Posteriormente, esses ductos mesonéfricos se 
desenvolvem em epidídimos, ductos deferentes e nas 
vesículas seminais.
À medida que os testículos crescem e desenvolvem o 
epitélio celômico se separa dos cordões testiculares 
através de uma camada de tecido conjuntivo, a túnica 
albugínea.
 Página 110 de Embriologia 
Desenvolvimento dos gametas masculinos:→
O contato das células de Sertoli com as células 
germinativas primordiais no interior das cristas gonadais 
está relacionado com o desenvolvimento dos gametas 
masculinos. Essas células impedem imediatamente após 
o contato que as células germinativas sofram mitoses e 
consequentemente meioses. Dessa forma, as células 
germinativas não se desenvolvem até 3 meses depois do 
nascimento, quando elas se diferenciam em 
espermatogônias tipo A que permanecerão nesse estágio 
até a fase da puberdade, quando aí sim se diferenciarão 
para formar os gametas masculinos.
Hormônio anti-mülleriano e o desenvolvimentogenital 
masculino:
→
As células somáticas em diferenciação através da 
influência do sry, também irá iniciar a secreção do 
 Página 111 de Embriologia 
influência do sry, também irá iniciar a secreção do 
hormônio anti-mülleriano (Amh) ou substância 
inibidora mülleriana (Mis), hormônio glicoproteico.
O Amh é da família Tgfβ e ele induz a regressão dos 
ductos müllerianos. Mas pequenos remanescente desse 
ducto podem ser encontrados nos homens adultos 
formando o apêndice testicular e o utrículo prostático 
(expansão da uretra prostática). 
No sexo feminino os ductos müllerianos não regridem.
O Amh age indiretamente, pois interage com o receptor 
Amhr-II que está localizado nas células mesenquimais 
que envolvem o ducto, logo, o hormônio não interage com 
o próprio epitélio do ducto. Ao interagir com seu receptor, 
o sinal emitido pelo Amh será propagado para o epitélio 
do ducto que irá se degenerar. Essa sinalização contínua 
é muito importante, pois é ela que mantem a expressão 
do Amhr-II para que o ducto mülleriano regrida. Se 
ocorre uma mutação nos genes de Amh e Amhr-II, os 
ductos müllerianos não regredirão. Isso poderá levar à 
síndrome do ducto mülleriano persistente incluindo o 
criptorquidismo (testículos na cavidade abdominal) ou 
testículos ectópicos com hérnias inguinais.
Na síndrome do ducto mülleriano persistente, os 
indivíduos desenvolvem estruturas que são derivados dos 
ductos müllerianos somadas às estruturas derivadas do 
ducto mesonéfrico. Dessa forma, homens com essa 
síndrome possuem útero e tubas uterinas, além de 
ductos deferentes e genitália externa masculina.
 Página 112 de Embriologia 
Diferenciação das células de Leydig Testiculares:→
Na 9ª ou 10ª semana as células pré-Sertoli recrutam 
células mesonéfricas mesenquimais que se diferenciam 
em células de Leydig. Estas, sobre influência do 
hormônio peptídeo gonadotrofina coriônica secretado 
pela placenta, têm sua secreção de testosterona regulada 
(mais tarde são as gonadotrofinas hipofisárias que 
controlam a secreção de testosterona pelas células de 
Leydig).
A testosterona nesse período é importante para impedir a 
degeneração do ducto mesonéfrico que é importante para 
a formação do trato genital masculino e para o 
desenvolvimento das características sexuais secundárias.
Se ocorrer mutações que afetam a diferenciação das 
células de Leydig ou em genes envolvidos com a síntese 
de testosterona, irá ocorrer o pseudo-hermafroditismo 
masculino.
As células de Leydig fetais produzem testosterona
para permitir o desenvolvimento do órgão masculino 
(epidídimo, vesículas seminais, ductos deferentes) e a 
partir desse hormônio, através da enzima 5α-redutase
das células de Leydig, forma-se a diidrotestosterona
que estimula a uretra masculina, próstata, pênis e 
escroto e a descida testicular para dentro do escroto.
Próximo do período pós-natal, as células de Leydig fetais 
regridem e degeneram; na puberdade surge uma nova 
população de células de Leydig adultas (elas se 
diferenciam das células de Leydig precursoras que ficam 
no interstício peritubular) que produzem andrógenos 
importantes para masculinizar o cérebro e definir o 
comportamento sexual masculino e para iniciar a 
espermatogênese.
Sobre o desenvolvimento das células de Leydig fetais, os 
sinalizadores Desert hedgehog (Dhh) e o PdgfA são 
liberados pelas células de Sertoli e importantes para o 
desenvolvimento dessas células de Leydig fetais.
Sobre o desenvolvimento das células de Leydig adultas 
parece que os macrófagos testiculares são de alguma 
forma importantes para esse desenvolvimento.
 Página 113 de Embriologia 
forma importantes para esse desenvolvimento.
Diferenciação dos ductos mesonéfricos e glândulas 
acessórias da uretra masculina em resposta à 
testosterona:
→
Da 8ª a 12ª semana, a produção inicial de testosterona 
estimula os ductos mesonéfricos que não se 
degeneraram a formar o epidídimo (porção do ducto 
mesonéfrico adjacente ao futuro testículo), os ductos 
deferentes (porção central do ducto mesonéfrico) e as 
vesículas seminais. Esse sistema de órgãos conecta os 
testículos na uretra.
A extremidade mais cranial do ducto mesonéfrico se 
degenera, ficando um remanescente que forma o 
apêndice do epidídimo.
Túbulos mesonéfricos epigenitais na região do 
epidídimo se unem à rede testicular e formam os ductos 
eferentes. Já os túbulos mesonéfricos paragenitais, 
que são os túbulos mesonéfricos do polo caudal dos 
testículos, se degeneram formando um resquício 
chamado paradídimo.
 Página 114 de Embriologia 
Na junção entre a uretra pélvica e os ductos 
mesonéfricos se desenvolvem a próstata, as vesículas 
seminais e as glândulas bulbouretrais.
As vesículas seminais surgem na 10ª semana a partir de 
um brotamento em cada ducto mesonéfrico próximas a 
sua junção com a uretra. A porção do ducto deferente 
entre a uretra e cada vesícula seminal é chamado de 
ducto ejaculatório.
A próstata também começa a se desenvolver na 10ª 
semana a partir de várias evaginações endodérmicas que 
surgem da uretra pélvica a partir da indução do 
mesênquima ao redor que depende da diidrotestosterona 
(convertida a partir de testosterona). A próstata 
inicialmente é formada por cordões prostáticos em 
grupos independentes. Logo depois esses cordões 
desenvolvem uma luz e ácinos glandulares. Depois o 
mesênquima que envolve a glândula irá de diferenciar em 
musculatura lisa e tecido conjuntivo da próstata.
 Página 115 de Embriologia 
musculatura lisa e tecido conjuntivo da próstata.
 Página 116 de Embriologia 
As glândulas bulbouretrais surgem abaixo da próstata e 
o mesênquima que as envolve forma o tecido conjuntivo e 
o músculo liso dessas glândulas.
Desenvolvimento da genitália externa:→
Até a 10ª semana a genitália externa masculina e 
feminina em formação são semelhantes. E elas 
permanecem indiferenciadas até a 12ª semana.
O septo urorretal separa o seio urogenital do canal 
anorretal. Enquanto isso, o mesoderma anterior e 
cranial à parte fálica do seio urogenital se expande e 
forma o tubérculo genital que formará o falo.
O rompimento da membrana cloacal que fica no 
assoalho do segmento fálico do seio urogenital faz 
com que esse assoalho seja perdido em grande parte. 
Mas o teto do segmento fálico do seio urogenital se 
expande ao longo da superfície inferior do tubérculo 
genital enquanto este vai se alargando. Essa expansão 
endodérmica forma a placa uretral (ou membrana 
uretral). No início da 5ª semana de cada lada da placa 
uretral se desenvolve uma projeção chamada de prega 
 Página 117 de Embriologia 
uretral se desenvolve uma projeção chamada de prega 
cloacal (ou prega urogenital) através de uma expansão 
do mesoderma adjacente ao ectoderma. Inferiormente 
essas pregas cloacais encontram e se juntam ao 
tubérculo genital. Também existe uma expansão de 
mesoderma subjacente rodeando a membrana anal, 
formando as pregas anais.
Surgem também de cada lado das pregas urogenitais 
projeções chamadas de eminências labioescrotais.
Até esse ponto (12ª semana), as genitálias externas 
masculina e feminina são muito semelhantes, sendo 
necessária a observação de suas aparências internas 
para determinar o sexo.
 Página 118 de Embriologia 
Durante a 6ª semana ocorre formação de um sulco 
uretral a partir de extensões da placa uretral e das 
pregas urogenitais e das pregas uretrais à medida que 
ocorre o alongamento do tubérculo genital.
Distalmente o sulco uretral cessa seu desenvolvimento e 
somente a placa uretral continua a crescer como um 
cordão sólido.
À medida que o falo se alonga, as pregas uretrais se 
crescem e se encontram na linha média para se 
fundirem, começando da região perineal até a glande. 
Essa fusão leva à formaçãoda uretra peniana tubular a 
partir do sulco uretral.
No interior da glande peniana a placa uretral, que era 
um cordão sólido, se canaliza para formar a uretra da 
glande e o meato peniano externo.
Se ocorrer uma falha na formação ou fusão das pregas 
uretrais tem-se a hipospádia peniana, mas se ocorrer 
uma canalização anormal da placa uretral no interior da 
glande tem-se a hipospádia da glande.
Já na 8ª semana, a diidrotestosterona começa a atuar 
de forma significativa e leva a um desenvolvimento maior 
 Página 119 de Embriologia 
de forma significativa e leva a um desenvolvimento maior 
da genitália externa masculina. A região perineal se 
alonga e as eminências labioescrotais se fundem na 
linha média para formar o escroto (a linha de fusão das 
pregas urogenitais nesse processo de encontro das 
eminências labioescrotais forma a rafe do escroto) e as 
pregas uretrais se fundem para englobar a uretra 
peniana.
A glande do pênis é formada através do falo e o pênis
através da fusão das pregas urogenitais.
O mesênquima do falo origina os corpos cavernosos e o
corpo esponjoso do pênis.
Na glande do pênis ocorre uma invaginação do ectoderma 
que quando se rompe origina o prepúcio.
Nota:
Fusão das pregas uretrais - uretra peniana
Fusão das pregas urogenitais - pênis
Linha de fusão das pregas urogenitais - rafe do pênis
Fusão das eminências labioescrotais - escroto
Linha de fusão das eminências labioescrotais - rafe do 
escroto
 Página 120 de Embriologia 
 Página 121 de Embriologia 
Suspensão do complexo mesonéfrico-gonadal no 
abdome:
→
O complexo mesonéfrico-gonadal se separa do 
mesoderma intermediário, mas permanece ancorado por 
2 ligamentos: o ligamento suspensório cranial e o 
gubernáculo (ou ligamento gênito-inguinal caudal).
O ligamento suspensório cranial se liga à porção cranial 
do complexo mesonéfrico-gonadal e se estende até o 
diafragma.
O gubernáculo se liga à porção caudal do complexo 
mesonéfrico-gonadal e se estende até se fixar no assoalho 
peritoneal na fáscia entre os músculos oblíquos interno e 
externo, na região das eminências labioescrotais.
 Página 122 de Embriologia 
Desenvolvimento dos canais inguinais:→
Uma evaginação do peritônio forma o processo vaginal 
que se desenvolve de cada lado do gubernáculo, 
formando uma cavidade de fundo cego.
O canal inguinal é formado por uma evaginação caudal 
da parede abdominal formada quando o processo vaginal 
cresce inferiormente.
O canal vaginal ao crescer carrega camadas da parede 
abdominal que constituirão a parede do canal inguinal 
de cada lado.
Os canais inguinais se desenvolvem em ambos os sexos.
A primeira camada proveniente da parede abdominal 
encontrada no processo vaginal é a fáscia transversal 
(relacionada ao músculo transverso do abdome). A 
segunda camada do processo vaginal é formada por 
fibras e pela fáscia do músculo oblíquo interno. A 
terceira e última camada recebe uma fina camada do 
músculo oblíquo externo.
A fáscia transversal se transformará na fáscia 
espermática interna do cordão espermático.
A fáscia do músculo oblíquo interno se transformará na 
fáscia cremastérica do cordão espermático.
O músculo oblíquo externo do abdome se tornará a 
fáscia espermática externa.
 Página 123 de Embriologia 
fáscia espermática externa.
O alongamento do processo vaginal cavita os canais 
inguinais e as eminências labioescrotais, formando no 
homem uma cavidade que permitirá a descida dos 
testículos. Na mulher, o processo vaginal fica rudimentar 
até se degenerar.
O anel superior do canal inguinal é chamado de anel 
inguinal profundo; o anel inferior do canal inguinal 
formada pela eversão do músculo oblíquo externo é 
chamado de anel inguinal superior (ou superficial).
 Página 124 de Embriologia 
 Página 125 de Embriologia 
 Página 126 de Embriologia 
Descida dos testículos:→
Em ambos os sexos ocorre descida das gônadas através 
do gubernáculo, mas os testículos descem mais do que 
os ovários.
Entre a 7ª e 12ª semanas a porção extra-inguinal de 
cada gubernáculo se encurta para puxar cada um dos 
testículos para baixo e eles ficam próximos do anel 
inguinal profundo (fase intra-abdominal); enquanto que 
o ligamento suspensório regride.
Após o 5º mês, o gubernáculo sofre outro encurtamento e 
os testículos penetram no canal inguinal (fase inguino-
escrotal).
Os testículos descem para o escroto envolvidos pela 
fáscia subserosa do processo vaginal.
O crescimento das vísceras abdominais permite que os 
testículos terminem de se acomodar no escroto de forma 
que no nascimento os testículos estão completamente no 
escroto e o gubernáculo está reduzido a um pequeno 
ligamento que conecta os testículos ao assoalho escrotal.
Se os testículos não descem ocorre o criptorquidismo.
 Página 127 de Embriologia 
Logo após o nascimento a porção cranial do processo 
vaginal está fechada por um saco remanescente chamado
túnica vaginal ventralmente ao testículo.
 Página 128 de Embriologia 
Na infância a luz da túnica vaginal (saco) está colabada, 
mas se ocorrer preenchimento por secreções serosas (em 
condições patológicas) tem-se a hidrocele testicular.
Com a permanência do processo vaginal ligando a 
cavidade abdominal ao escroto, durante a infância, alças 
intestinais podem herniar para dentro do processo 
vaginal, gerando a hérnia inguinal indireta.
 Página 129 de Embriologia 
vaginal, gerando a hérnia inguinal indireta.
Pseudo-hermafroditismo:→
Um indivíduo pseudo-hermafrodita é aquele no qual as gônadas e 
os cromossomos sexuais são discordantes das características 
sexuais secundárias, que incluem o trato genital e a genitália 
externa. Os indivíduos geneticamente masculinos (46, XY) com 
genitais feminizadas são chamados de pseudo-hermafroditas 
masculinos, e os indivíduos geneticamente femininos (46, XX) 
com genitais masculinizadas são chamados de pseudo-
hermafroditas femininos. 
O pseudo-hermafroditismo masculino pode ser decorrente da 
deficiência da enzima 5-alfa-redutase que converte testosterona 
em diidrotestosterona, assim resulta 
em hipospádia penoescrotal severa e numa genitália que parece 
ser feminina, ao nascimento. O pseudo-hermafroditismo é, 
normalmente, causado tanto por níveis anormais de hormônios 
sexuais quanto por anomalias nos receptores destes hormônios.
Anomalia: hipospádia – a uretra se abre na superfície ventral do 
pênis. Comum no pseudo-hermafroditismo masculino.
O pseudo-hermafroditismo feminino pode ocorrer pela presença 
de hormônios esteroides (andrógenos) que levam à formação de 
um clitóris hipertrofiado e à fusão das pregas uretrais e 
labioescrotais. Mas como há ausência de testículos e hormônio 
anti-mülleriano, há presença de útero, tubas uterinas e vagina.
 Página 130 de Embriologia 
 Página 131 de Embriologia 
 Página 132 de Embriologia 
Testículos:
A produção dos gametas masculinos (gametogênese 
masculina) ocorre no interior dos túbulos seminíferos e eles 
perfazem cerca de 80% da massa dos testículos. Em um 
corte histológico visto transversalmente podem ser 
observadas as células de Sertoli (células de sustentação) e 
as células germinativas em diferentes estágios de 
desenvolvimento para formarem os espermatozoides. Ao 
longo do desenvolvimento, as células germinativas estão em 
íntimo contato com as células de Sertoli, mas quando há 
formação do espermatozoide na luz do túbulo seminífero não 
se percebe mais essa íntima associação entre as células 
germinativas e a célula de Sertoli. As células 
de Sertoli conferem um suporte nutricional e hormonal
para a gametogênese masculina ocorrer de forma correta. As 
células mais basais no túbulo seminífero encontram-se 
menos desenvolvidas, enquanto que as que estão maispróximas à luz estão mais próximas do estado de maturação 
do espermatozoide e quando ele completa o seu 
desenvolvimento e fica livre da interação com a célula 
de Sertoli, poderá ser liberado para o epidídimo onde 
completa sua maturação. Os 20% restantes da massa que 
compõe os testículos representam o tecido intersticial aonde 
estão presentes os vasos sanguíneos, tecido conjuntivo e 
as células de Leydig, nessas células ocorre a síntese dos 
androgênios.
O túbulo seminífero encontra-se delimitado do interstício por 
uma membrana basal que apresenta junções de oclusão
(presente na parte basal das células de Sertoli) que 
protegem, de patógenos por exemplo, as estruturas do 
interior do túbulo seminífero das que se encontram no meio 
externo. Esse complexo constituído pela membrana basal 
com as junções de oclusão configuram a 
barreira hematotesticular, ou seja, ela protege o interior do 
túbulo seminíferos de patógenos que porventura atinjam a 
periferia, alterações iônicas na concentração de íons, excesso 
de hormônios.
Desenvolvimento Puberal:
A fim de que ocorra a gametogênese masculina é necessário 
que haja maturação sexual e tanto para os indivíduos do 
sexo masculino quanto feminino isso acontece durante a 
puberdade. Somente na puberdade é que as gônadas 
masculinas se tornam competentes (elas se desenvolvem) 
para produzirem os androgênios que sustentam a 
Fisiologia - Sistema reprodutor masculino
sábado, 5 de dezembro de 2015 11:46
 Página 133 de Fisiologia 
para produzirem os androgênios que sustentam a 
gametogênese masculina ao longo de toda a vida do 
indivíduo do sexo masculino. (durante a infância as células 
germinativas primordiais se dividem lentamente por mitose e 
originam as espermatogônias e somente na puberdade essas 
espermatogônias se diferenciam em espermatócitos 
primários)
Fatores genéticos determinam a idade na qual o indivíduo 
do sexo masculino terá sua maturação sexual (quando 
ocorrerá a puberdade do indivíduo), mas além disso há 
fatores ambientais e nutricionais que podem influenciar 
na antecipação ou atraso da puberdade, pois podem 
interferir nos níveis hormonais. 
O principal estímulo para que a gametogênese se inicie na 
puberdade é a ativação do eixo hipotálamo-hipófise-
gônadas, sendo que o hipotálamo produz GnRH e a hipófise 
sintetiza gonadotrofinas, o que é importante para controlar 
as gônadas. Durante a infância, os neurônios hipotalâmicos 
que sintetizam GnRH estão imaturos, portanto não há 
secreção adequada de GnRH em picos para estimular a 
hipófise a secretar gonadotrofinas que irão agir nas gônadas. 
Uma hipótese para o mecanismo de início da secreção 
de GnRH que marca a transição da infância para a 
puberdade está relacionada com a quantidade de depósitos 
de gordura que o indivíduo possui pois o tecido adiposo que 
além da função de reserva energética, possui função 
endócrina (ele pode atrasar ou adiantar a puberdade 
dependendo de sua quantidade), por exemplo, a síntese de 
leptina que está envolvida na regulação da saciedade 
alimentar. Quanto maior a quantidade de tecido adiposo, 
maior a quantidade de leptina circulante que no hipotálamo
apresenta a função de frear a ingestão alimentar. Além dessa 
ação, a leptina age em neurônios hipotalâmicos que 
sintetizam e secretam GnRH, então quando a leptina se 
encontra em valores adequados no indivíduo que deva 
maturar-se sexualmente, ela ativa os neurônios que 
sintetizam GnRH que poderá agir na adeno-hipófise para 
estimular a síntese de FSH e LH. Um dos motivos que 
explica a relação da leptina com a ativação do eixo 
hipotálamo-hipófise-gônada é que crianças desnutridas 
demoram mais para entrar na puberdade. Além disso, 
indivíduos que não expressam leptina (indivíduos que 
apresentam mutações, que são raras, nos genes de leptina) 
não tem maturação gonadal e são inférteis. Então um dos 
componentes que regula o eixo-hipotálamo-hipófise gonadal 
é a quantidade de tecido adiposo que altera a quantidade de 
leptina circulante que irá interferir na ativação de neurônios 
hipotalâmicos garantindo a ativação do eixo. Esse despertar 
hipotalâmico para secretar mais GnRH também se aplica às 
mulheres. Pouca leptina atrasa a puberdade e muita leptina 
 Página 134 de Fisiologia 
mulheres. Pouca leptina atrasa a puberdade e muita leptina 
adianta a puberdade. A vantagem de se relacionar os 
estoques de gordura com o início da puberdade é a garantia 
de que o indivíduo (no caso a mulher) tenha energia 
suficiente para gerar um novo indivíduo, uma gestação.
Perfil da secreção das gonadotrofinas (curiosidade): Ao 
terceiro mês da vida intrauterina o hipotálamo já está 
formado e há um pico de secreção de gonadotrofinas fetais 
que parecem (ainda há debates sobre isso) estar 
relacionadas com o desenvolvimento do sistema reprodutor 
masculino, depois cessa-se esse pico ao longo de toda a 
gestação e esse é retomado no primeiro ano de vida pós-
natal (não se sabe o efeito do hormônio nesse período) para 
em seguida ser interrompida e só voltar na puberdade com a 
maturação sexual. Durante a infância o eixo hipotálamo-
hipófise-gônadas encontra-se imaturo, ou seja, há secreção 
inadequada para garantir a produção hormonal e a 
gametogênese. Nesse período, na infância, o perfil de 
gonadotrofinas secretadas pela adeno-hipófise é o contrário
do que se verifica no indivíduo adulto, pois durante a 
infância há maior secreção de FSH do que LH. Quando 
ocorre a maturação sexual, estabelece-se um padrão 
hormonal adulto que é sempre ter mais LH do que FSH 
na circulação (esses níveis de FSH e LH na infância e no 
adulto é válido tanto para homens quanto para mulheres).
Um dos principais indícios de que o indivíduo do sexo 
masculino entrou na puberdade é o aumento do diâmetro 
dos testículos, isso significa que o tecido testicular começa 
a produzir os gametas, cresce e se desenvolve 
adequadamente para que as células de Leydig possam 
produzir os hormônios e os túbulos seminíferos possam 
sustentar a gametogênese. Quando há crescimento 
testicular em cerca de metade do tamanho que ele necessita 
ter quando adulto, há também o crescimento do pênis, 
distribuição geral dos pelos, os sistemas cardiovascular e 
respiratório irão crescer bem como os demais órgãos (ocorre 
um crescimento geral do organismo - atinge a estatura 
final, ocorre crescimento de órgãos de sistemas).
Portanto, quando há esse perfil de secreção de LH maior do 
que FSH indica que houve a maturação sexual e o indivíduo 
será capaz de manter a produção de testosterona e a 
gametogênese ao longo de toda a sua vida.
Gametogênese Masculina:
As células germinativas migram do saco vitelino e vão para 
 Página 135 de Fisiologia 
As células germinativas migram do saco vitelino e vão para 
a crista genital ao longo da sexta semana de gestação e 
nesse local originam as células precursoras dos gametas, no 
caso do indivíduo do sexo masculino são 
as espermatogônias. Ao longo do desenvolvimento fetal
essas células começam a se multiplicar, porém não finalizam 
o seu desenvolvimento. Esse só é completado quando o 
indivíduo alcança a sua maturidade sexual com a puberdade 
em que se tem a divisão meiótica importante para formar os 
espermatozoides. Desse modo, na vida intraembrionária do 
indivíduo do sexo masculino só há mitose para multiplicação 
das espermatogônias. Esse processo tem número indefinido 
ao longo da vida de indivíduos do sexo masculino. 
O processo que vai desde a diferenciação 
das espermatogônias até a liberação dos espermatozoides na 
luz do túbulo seminífero dura entre 64 e 70 dias e só depois 
que termina a espermatogênese que as células de Sertoli se 
dissociam das células em diferenciação.
O período de espermatogênese compreende o intervalo entre 
16 em 16 dias.
OBS.: No sexo feminino, essas células germinativas dãoorigem às ovogônias que passam pela primeira divisão 
meiótica e originam os ovócitos I ainda na fase 
intrauterina e quando ela está no sexto mês de gestação 
praticamente todos as ovogônias já serão ovócitos do tipo I. 
Portanto, quando o indivíduo do sexo feminino nasce, ela 
apresentará ovócitos do tipo I, e não ovogônias, que já 
estarão determinados (há um limite; a mulher já nasce com 
um número determinado de gametas, não produzindo mais 
gametas após o nascimento diferente dos homens) ao longo 
de sua vida. No homem há produção diária de 
espermatozoides, enquanto que na mulher isso não 
acontece. Por isso, as colunas de células germinativas 
observadas no túbulo seminífero encontram-se em diferentes 
fases de maturação.
A espermatogônia em sua última divisão mitótica origina 
o espermatócito I através de estímulos hormonais e na 
puberdade ele entra na sua primeira divisão meiótica para 
dar origem aos espermatócitos II que possuem 23 pares de 
cromossomos que estão duplicados e por isso necessita de 
uma segunda divisão meiótica para dar origem 
às espermátides que apresentam um número haploide de 
cromossomos. Essas espermátides diferenciam-se para a 
formação dos espermatozoides num processo 
denominado espermiogênese e espermiação. Nesse 
processo, a espermátide perde citoplasma para que a cabeça 
do espermatozoide contenha basicamente o núcleo, verifica-
se a formação do acrossoma na porção superior da cabeça 
 Página 136 de Fisiologia 
se a formação do acrossoma na porção superior da cabeça 
do espermatozoide que contém enzimas específicas para o 
processo de fecundação. Há também a peça intermediária
que contém muitas mitocôndrias para sintetizar ATP, depois 
segue a peça principal que é a cauda do espermatozoide que 
contém microtúbulos (9 pares e 1 central) que são proteínas 
que conferem movimento para a cauda. Essa cauda é 
essencial para o batimento flagelar que vai impulsionar o 
espermatozoide em direção ao ovócito. 
Depois que o espermatozoide sai da luz do túbulo 
seminífero, ele ainda não é móvel, ou seja, ainda não 
conseguiu assumir o batimento flagelar. Ele chega no 
interior do epidídimo por meio do impulso gerado por 
secreções epididimais. O epidídimo é composto por um 
emaranhado de tubos enovelados pelos quais os 
espermatozoides vão passando e nessa passagem eles 
recebem secreções ácidas das células epididimais que são 
responsáveis por desencadear o processo de movimentação 
da cauda. Além disso, eles recebem a adição de proteínas 
que os tornam incapacitados, ou seja, os deixam de uma 
maneira em que eles não fecundem até o momento exato. 
Esse período de maturação epididimal dura cerca de 12 a 14 
dias. Se o espermatozoide maduro não for ejaculado (acima 
de 17 dias), ele será degradado no interior do epidídimo e as 
células epididimais irão absorver seus componentes, a fim 
de garantir que o espermatozoide ejaculado não apresente 
mutações.
Processo de ejaculação:
No processo de ejaculação é produzido o sêmen que é 
composto pelos espermatozoides e pelo produto de 
secreção das glândulas acessórias (bulbouretrais, próstata, 
vesícula seminal, epidídimo). Do total do sêmen, apenas 10% 
representam os gametas e o restante (90%) é constituído por 
secreções das glândulas acessórias.
O primeiro sêmen liberado contém maior quantidade de 
espermatozoides, apresenta secreção prostática e pouca 
secreção epididimal, as ejaculações subsequentes serão 
compostas por secreções das vesículas seminais, 
bulbouretrais, prostáticas e menor quantidade de 
espermatozoides.
Os 90% das secreções que compõem o sêmen é chamado de 
plasma seminal. 
A vesícula seminal contribui para a maior parte (70%) das 
secreções que compõem o sêmen.
Dentre os componentes secretados pela vesícula seminal 
está a frutose que é a principal fonte de energia utilizada 
 Página 137 de Fisiologia 
está a frutose que é a principal fonte de energia utilizada 
pelos espermatozoides, há também fosfolipídios, ácido 
fosfórico, flavinas, prostaglandinas (contribuem para 
contração do trato genital feminino e propulsionar o 
espermatozoide em direção à tuba uterina, ao ovócito). 
Secreta ainda as semenogelinas que são proteínas que 
capturam (elas coagulam o sêmen) o ejaculado quando ele é 
secretado no meio externo e reúnem os espermatozoides em 
uma região específica, fazendo com que ele assuma a forma 
de um gel e coagule e isso evita que eles se dispersem. 
A vesícula seminal produz uma secreção alcalina para 
retornar ao valor do pH fisiológico de 7,4 que estava abaixo 
ou ácido quando o sêmen saiu do epidídimo.
20% do sêmen é formado por secreções epididimais (muito 
pouco), prostáticas e bulbouretrais. 
A próstata secreta uma enzima muito importante que é o 
antígeno prostático específico (PSA) e ele é responsável 
por liquefazer o gel produzido pelas semenogelinas e então 
os espermatozoides podem ser liberados para percorrerem o 
trato genital feminino. Além disso, o antígeno prostático 
específico é utilizado para avaliar como está a função da 
próstata, pois quando há hipertrofia da próstata ocorre 
aumento desse antígeno prostático específico na 
concentração plasmática do homem.
Regulação da função gonadal:
O hipotálamo sintetiza e secreta GnRH que vai agir 
na adeno-hipófise estimulando a síntese e secreção de 
gonadotrofinas (LH e FSH) que irão agir nos testículos. O LH
estimula principalmente as células de Leydig no interstício 
a sintetizarem e a secretarem os androgênios
(ANDROGÊNESE). 
O colesterol é o precursor para esses hormônios e ele é 
captado pelas partículas de baixa densidade, por exemplo o 
LDL, e no interior das células de Leydig ele será 
modificado, com hidrólise da cadeia lateral pela enzima 
17-desmolase e forma a 17-α-pregnenolona que 
será hidroxilada por uma enzima hidroxilase, formando a 
17-hidroxipregnenolona que sofre a ação da enzima 17-
desmolase que leva a formação de um androgênio próprio 
que é a dehidropiandrosterona (DHEA). A DHEA é um 
androgênio muito fraco que é produzido pela camada 
reticular da adrenal. 
Resumindo esquematicamente: colesterol - enzima 
desmolase - pregnenolona - enzima 17α-hidroxilase -
17α-hidroxipregnenolona - enzima desmolase -
 Página 138 de Fisiologia 
17α-hidroxipregnenolona - enzima desmolase -
dehidropiandrosterona (DHEA).
Até a formação da DHEA, o processo é o mesmo na adrenal e 
no testículo. A partir dela, somente os testículos possuirão 
enzimas responsáveis pela síntese de testosterona.
No testículo há enzimas (que não estão presentes na 
adrenal - pode até ocorrer produção de testosterona pela 
adrenal, mas é muito pequena e por isso insignificante) que 
convertem o colesterol em androgênios mais potentes como é 
o caso da testosterona. 
Nos testículos a DHEA sofre ação da enzima 17-beta-
hidroxiesteróide-desidrogenase (17β-HSD) que a converte 
em androstenediol que é um androgênio fraco que também 
será convertido pela enzima 3β-HSD em testosterona. Essa 
testosterona sintetizada pelos testículos tem sua ação 
considerada mais forte do que os androgênios adrenais 
porque tem uma afinidade maior pelos receptores para 
sinalizar os seus efeitos nas células. Nas mulheres pode 
haver síntese de testosterona pelo córtex das adrenais, no 
entanto em baixa quantidade devido ao pouco aporte 
enzimático, então o que prevalece é a ação dos androgênios 
mais fracos. 
A testosterona é o principal androgênio produzido, mas ela 
pode ser convertida no interior do testículo a um androgênio 
que possui ação mais forte cerca de 20 a 50 vezes que é 
a diidrotestosterona (DHT) e a enzima que realiza essa 
conversão é uma redutase (enzima 5α-redutase). Além de 
ocorrer nos testículos, pode haver a conversão de 
testosterona em DHT em grande quantidade na pele, pois a 
pele expressa 5-alfa-redutase. 
O testículopode sintetizar estrogênio e essa produção 
depende da enzima aromatase que quando é expressa 
converte a testosterona em estrogênios, por exemplo, o 
estradiol.
Logo, o testículo produz primeiramente testosterona, mas 
também pode produzir DHT e estradiol.
A DHEA também pode ser convertida em androstenediona 
através da enzima 3β-HSD. A androstenediona pode ser 
convertida em testosterona através da enzima 17β-HSD.
Cada pico de LH é seguido por elevação de testosterona.
 Página 139 de Fisiologia 
O FSH age preferencialmente nas células de Sertoli e elas 
são responsáveis por conferir a sustentação de todo o 
processo gametogênico. As células de Sertoli apresentam-se 
em íntima associação com as células germinativas 
conferindo proteção e aporte nutricional, pois há conexão 
entre elas. Elas produzem em resposta ao FSH as 
 Página 140 de Fisiologia 
entre elas. Elas produzem em resposta ao FSH as 
proteínas ligadoras de androgênios (ABP) que são 
importantes para manter a testosterona e os androgênios em 
concentração adequada a fim de que a espermatogênese seja 
devidamente estimulada. Sem a ABP os androgênios se 
difundem pela membrana celular por serem lipossolúveis e, 
assim atingem a circulação sanguínea. 
As células de Sertoli produzem fatores de crescimento
que serão importantes para estimularem a diferenciação 
dessas células germinativas, por exemplo, o TGF-beta (Fator 
de crescimento tumoral-beta), o IGF-2 que parece estar 
relacionado com a sustentação adequada da 
espermatogênese. 
As células de Sertoli podem estimular a síntese 
de aromatases que convertem a testosterona em estradiol, 
se a aromatase agir sobre um androgênio mais fraco como 
o androstenediol pode formar o estriol que é um estrogênio 
mais fraco. 
A célula de Sertoli produz ainda hormônios como 
a inibina B e a ativina. A inibina age no eixo hipotálamo-
hipófise para inibir a síntese e secreção de FSH na adeno-
hipófise. A ativina age estimulando a síntese e secreção de 
FSH na adeno-hipófise. Portanto, o FSH estimula a 
gametogênese ao agir sobre a célula de Sertoli, mas essa 
célula também sintetiza e secreta inibina para conter a 
produção de FSH pela adeno-hipófise. Por essa relação 
existente entre FSH e inibina pode-se avaliar a gametogênese 
masculina por meio da dosagem de inibina B circulante, pois 
quanto mais inibina na circulação tem-se menos FSH e isso 
quer dizer que mais espermatozoides o homem estará 
produzindo. Se a inibina está baixa, indica que há algum 
problema ocorrendo na gametogênese. 
Alguns componentes produzidos pelas células de Sertoli, 
importantes para auxiliar o processo de 
espermatogênese, podem passar para o interstício e regular 
a função das células de Leydig.
Eixo: O hipotálamo produz GnRH que age na adeno-hipófise 
estimulando a síntese e secreção de LH que age na célula de 
Leydig que secreta androgênios (a testosterona é importante 
para que a espermatogênese ocorra de forma adequada, para 
as características secundárias masculinas e para manter o 
funcionamento adequado do organismo masculino). Haverá 
também produção e secreção de FSH pela adeno-hipófise e 
ele tem como alvo a célula de Sertoli que irá produzir fatores 
nutricionais, fatores de crescimento, sintetizar enzimas e 
dará um suporte para que a espermatogênese ocorra de 
forma adequada; além disso em resposta ao FSH a célula de 
Sertoli irá secretar inibina que inibe o eixo. Ele pode ser 
 Página 141 de Fisiologia 
Sertoli irá secretar inibina que inibe o eixo. Ele pode ser 
regulado quando a testosterona em elevada quantidade inibe 
a síntese e secreção de GnRH hipotalâmico e na adeno-
hipófise inibe predominantemente a síntese e secreção de LH
(a ação da testosterona sobre a secreção de FSH é muito 
pequena). A inibina B produzida pela célula de Sertoli é que 
age sobre a inibição da síntese e secreção de FSH
pela adeno-hipófise. Ambos se tratam de 
um feedback negativo.
Os androgênios circulam em sua maioria (98%) associados a 
proteínas transportadoras do plasma devido ao fato de 
serem hormônios lipossolúveis, por exemplo, a proteína 
globulina ligadora de esteroide gonadal (GBG) - também 
conhecida como globulina ligante a esteroide sexual 
(SBG) - é específica para os esteroides gonadais e também a 
albumina (se liga mais fracamente aos androgênios do que a 
SBG) ou a proteína que se liga aos corticosteroides. A 
fração livre (2%)desses hormônios é a responsável por 
exercer ação biológica. 
Quando esses hormônios atingem o tecido alvo, verifica-se 
que os androgênios secretados pelos testículos podem eles 
mesmos exercer seus efeitos ou serão convertidos a outros 
hormônios que exercerão ação tecidual. Por exemplo, a 
testosterona secretada pelos testículos ao atingir o tecido 
adiposo será convertida em estradiol, pois nesse tecido há 
muita expressão de aromatases. Desse modo, não é a 
testosterona quem exercerá seu efeito, mas os hormônios 
que foram convertidos a partir dela. A testosterona na pele e 
cérebro, tecidos que possuem muita redutase, é convertida 
em DHT.
Logo, nem sempre é a testosterona que irá exercer sua ação 
diretamente no tecido, pois depende do aporte enzimático 
desses tecidos que irá converter testosterona em outros 
hormônios que aí sim exercerão suas ações nos tecidos.
Ação androgênica:
Os androgênios irão exercer sua ação por meio da interação 
com os receptores nucleares e esse complexo hormônio-
receptor interage com o DNA alterando a expressão de 
genes.
Efeitos da testosterona e de seus metabólitos 
(hormônios formados nos tecidos alvos a partir de 
testosterona):

Os androgênios são essenciais para que os indivíduos do 
sexo masculino desenvolvam as características sexuais 
1)
 Página 142 de Fisiologia 
sexo masculino desenvolvam as características sexuais 
secundárias. 
Efeito no desenvolvimento pré-natal: Ainda na fase 
intrauterina os androgênios como a testosterona irá 
contribuir para a formação dos órgãos internos do 
trato genital masculino como o epidídimo, as glândulas 
acessórias, próstata. Já a diidrotestosterona intrauterina
será importante para fazer o desenvolvimento da 
genitália externa como o saco escrotal e o pênis. 
2)
Efeito estimulatório sobre o crescimento do trato genital 
masculino: quando o indivíduo do sexo masculino atinge 
a puberdade, os hormônios produzidos garantem a 
diferenciação adequada dos sistemas sexuais bem 
como o crescimento dos órgãos internos e externos. A 
partir da puberdade, a produção dos androgênios será 
constante para a manutenção das características 
sexuais secundárias ao longo da vida do indivíduo do 
sexo masculino. As características promovidas pelos 
androgênios incluem alargamento dos ombros e 
afilamento da cintura pélvica (triângulo invertido), 
contribuem para que a laringe cresça e as cordas vocais 
engrossem para que quando o ar passar pelas cordas 
vocais o som seja mais grave que é o timbre de voz 
masculino. Os androgênios também contribuem para um 
comportamento masculino mais agressivo do que o 
feminino e também contribuem para manter o desejo 
sexual do indivíduo ao longo de sua vida. 
3)
Efeitos metabólicos: 4)
Músculos: Os androgênios estimulam a síntese proteica
nos homens, por isso eles apresentam um 
desenvolvimento muscular maior do que as mulheres, 
principalmente nos membros superiores.
a)
Ossos: os androgênios contribuem para aumentar o 
crescimento em estatura ao agir de forma adequada 
promovendo a multiplicação celular no disco epifisário, 
por isso na puberdade o homem apresenta um estirão do 
crescimento para atingir a sua estatura final. Para 
finalizar a estatura final do indivíduo tem-se a 
substituição dessa cartilagem epifisária por osso e quem 
acelera essa substituição é o estradiol que foi convertido 
a partir da testosterona.b)
A testosterona age sobre o GH estimulando ainda mais 
a multiplicação dos condrócitos, tendo desse modo um 
efeito de feedback positivo para que o resultado atingido 
seja a estatura que o indivíduo herdou geneticamente.
Na fase adulta, a testosterona é essencial para que o 
 Página 143 de Fisiologia 
Na fase adulta, a testosterona é essencial para que o 
indivíduo do sexo masculino mantenha a sua massa 
óssea.
Efeitos hematológicos e imunológicos: A testosterona 
estimula a produção de eritropoetina que é essencial 
para estimular a produção de eritrócitos no hematócrito. 
Por isso a produção de hemácias é maior no homem do 
que na mulher.
5)
Ação no balanço hidroeletrolítico: A testosterona estimula 
a retenção de água e de íons pelos rins de modo a 
controlar o volume do líquido extracelular.
6)
Distribuição de gordura: A testosterona influencia na 
distribuição de gordura que no homem tende a ser na 
parte superior do tronco e na região abdominal e age 
sobretudo no tecido adiposo visceral (o estradiol na 
mulher age sobretudo no tecido adiposo subcutâneo). 
7)
Distribuição de pelos: Regula a distribuição de pelos 
corporais e o desenvolvimento da barba. 
A diidrotestosterona (DHT) é quem mais regula 
a foliculogênese, pois ela está em maior concentração na 
pele. Muita testosterona será convertida a DHT na pele o 
que será responsável por promover o desenvolvimento e 
distribuição de pelos e também a produção de sebo pelas 
glândulas sebáceas. Em determinada fase da vida do 
indivíduo, essa produção de DHT pode estar muito 
elevada e desse modo haver uma inflamação tecidual que 
contribui para a formação da acne. 
8)
A linha capilar reduz-se em resposta aos androgênios, 
por isso o homem tem os fios de cabelo mais finos e 
tendem a apresentar maior propensão à calvície do que 
as mulheres (não é a testosterona que gera a calvície 
diretamente, mas a genética do homem).
Efeito da administração exógeno de testosterona: A 
testosterona aumenta a taxa metabólica basal com isso 
pode ser administrada para aumento da massa 
muscular, caso não seja administrada com 
acompanhamento adequado pode promover aumento 
generalizado da ansiedade. Existem condições em que a 
testosterona é necessária para ser administrada, por 
exemplo, na andropausa para manter as condições 
mentais e fisiológicas do indivíduo, então há melhora na 
manutenção da massa muscular, da massa óssea, 
recupera a libido, a disposição, reduz a ansiedade e a 
perda de massa óssea.
9)
A testosterona suprime o desenvolvimento das glândulas 
 Página 144 de Fisiologia 
A testosterona suprime o desenvolvimento das glândulas 
mamárias no homem, mas se ela estiver elevada a certos 
valores ela poderá ser convertida a estradiol no tecido 
adiposo e o indivíduo poderá desenvolver mamas. A 
administração inadequada de testosterona pode 
aumentar o risco de desenvolvimento de câncer hepático, 
câncer de próstata, atrofia testicular (pois o aumento de 
testosterona causa um feedback negativo no eixo e as 
gônadas produzirão menos hormônios sexuais e poderão 
ficar atrofiadas) e infertilidade.
Reprodução:
Fases da resposta sexual em humanos:→
1) Excitação: estímulos em regiões erógenas como os 
genitais masculinos e femininos (principais locais), mas 
podem haver variações entre os indivíduos como 
determinadas regiões da pele, os lábios, os lóbulos da orelha, 
os cabelos, os seios. Pode ser também por pensamentos, 
pela visão de algo.
2) Platô: A excitação vai deflagrar mecanismos que vão 
contribuir para deflagrar aumento de sensações que leva a 
um estímulo chamado platô que intensifica o estímulo dado 
pela excitação. No homem, durante o platô está ocorrendo o 
processo de ereção que é importante para liberação dos 
gametas masculinos no trato genital feminino; na mulher o 
platô é essencial para causar a lubrificação vaginal.
3) Orgasmo: O platô resulta em sensações que culminam 
com o orgasmo que é uma sensação elevada de prazer ou 
recompensa tanto em indivíduos do sexo masculino quanto 
no feminino. O orgasmo no homem culmina com a 
ejaculação e na mulher o orgasmo induz intensas contrações 
da parede da cavidade vaginal e do útero de modo a propelir 
os espermatozoides em direção ao ovócito. O orgasmo 
também promove outras alterações fisiológicas como o 
aumento da frequência cardíaca e respiratória e contrações 
musculares generalizadas. 
4) Resolução: Depois do orgasmo tem-se a resolução que é o 
retorno ao estado basal, ou seja, frequências cardíaca e 
respiratória voltam ao normal, há um relaxamento intenso 
do corpo e uma sensação de recompensa generalizada no 
organismo.
Essas 4 fases ocorrem tanto nos homens quanto nas 
mulheres.
Ereção:→
A ereção ocorre porque no pênis há inervação do Sistema 
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A ereção ocorre porque no pênis há inervação do Sistema 
Nervoso Autônomo tanto por ramos do simpático quanto 
do parassimpático. O ramo do parassimpático que vai 
inervar o pênis é o nervo pélvico. 
Além da inervação autonômica para a genitália masculina, 
há também a inervação somática feita pelo nervo pudendo
para os músculos isquiocavernosos que será essencial para 
contrair ainda mais o tecido do pênis ao final da ejaculação 
no fim da cópula. 
A inervação somática traz informações do SNC. 
Toda a inervação autonômica apresenta um centro de 
controle que é reflexo e está localizado na medula espinhal 
sacral. 
Então quando o indivíduo não está excitado, não há 
estímulo para a ereção e desse modo há flacidez da genitália 
externa. Nesse momento prevalece ramos do SNS para o 
pênis (o simpático favorece o estado de repouso).
Quando o indivíduo for excitado haverá inibição do SNS e 
estimulação do SNP para o pênis. O SNP ativo promove 
vasodilatação dos vasos que levam sangue para o tecido 
erétil do pênis. A via do SNP envolvida com a vasodilatação 
para a ereção apresenta um sinalizador que é o óxido 
nítrico que vai relaxar a artéria que leva o sangue para o 
pênis de modo que o sangue flua mais facilmente para o 
tecido erétil peniano e preencha todos os espaços e fica 
retido para promover a ereção. Há um ingurgitamento 
de sangue para o tecido peniano que passa de flácido para 
ereto. Conforme os estímulos aumentam, isso leva o 
indivíduo a um processo chamado de ejaculação que libera o 
sêmen. Agora quem está envolvido com a ejaculação é o
SNS que irá contrair o epidídimo, ducto deferente, vesículas 
acessórias na tentativa de propelir o sêmen ao longo da 
uretra. O SNS fecha o óstio externo da uretra para garantir a 
passagem apenas de sêmen e, assim poderá ser liberado. O 
SNS é ativado pelas sensações de prazer intensas durante o 
orgasmo e isso faz com que haja contração de todas as 
estruturas internas do trato genital masculino e o 
fechamento do óstio externo da uretra o que propele o sêmen
através da uretra para ser liberado na cavidade vaginal do 
trato genital feminino. 
O nervo pudendo também está envolvido nessa parte final 
de ejaculação por meio do estímulo constante da genitália 
masculina essas informações serão enviadas para o SNC que 
responde ativando o nervo pudendo que contrai estruturas 
do pênis que promovem maior contração da genitália externa 
de modo que o sêmen seja propelido para o exterior. 
Portanto, a inervação somática também contribui 
juntamente com o SNS para promover a ejaculação. Já o 
SNP está envolvido com a ereção.
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SNP está envolvido com a ereção.
Como nesse final o SNS ficou ativo, ele promove ações que 
reduzem o fluxo sanguíneo para a genitália externa. Assim, 
os vasos que perfundem o tecido erétil irão se contrair para 
que ocorra a saída de sangue e o tecido erétil tenha uma 
perfusão basal incapaz de levar à ereção.
Durante o estado basal não ocorre ereção pois o simpáticoprevalece para o pênis e o sangue que chega pela artéria 
profunda do pênis, como esse vaso está contraído pelo 
simpático, não consegue perfundir adequadamente o tecido 
erétil e por isso o pênis fica flácido. Esse sangue é desviado 
por uma anastomose arteriovenosa o que faz com que o 
tecido receba somente uma quantidade basal de sangue 
para a nutrição tecidual.
Retomando: Quando o indivíduo não está estimulado, o SNS 
está ativo e libera noradrenalina que irá promover ações que 
reduzem o fluxo sanguíneo para a genitália externa por meio 
da vasoconstrição. Assim o sangue que chega nos vasos 
sanguíneos que perfundem o tecido erétil terá uma perfusão 
somente basal, já que com a vasoconstrição parte do sangue 
que iria para o tecido erétil é desviado através de uma 
anastomose arteriovenosa, não ocorrendo a ereção. 
Durante o estado basal não acontece a ereção porque a ação 
do SNS está prevalecendo e o sangue que chega ao pênis 
pela artéria profunda do pênis não 
conseguem perfundir adequadamente, pois os vasos 
sanguíneos estão contraídos devido à ação do SNS. Esse 
sangue será desviado por uma anastomose arteriovenosa, 
ou seja, parte do sangue trazido pela artéria vai para o corpo 
do pênis e parte é desviada para uma veia que segue para a 
circulação periférica e o pênis que antes estava ereto se 
torna flácido. 
Quando o indivíduo está excitado há ativação do SNP que 
inibe o SNS. Haverá predominância do sinalizador NO que 
promove relaxamento da musculatura dos vasos e fará com 
que o sangue que chega pela artéria profunda do pênis 
consiga perfundir de forma vigorosa todo o corpo do pênis e 
ficará represado no tecido erétil, ficando o pênis ereto.
Esses estímulos de ereção mantidos irão culminar na 
ejaculação que depende do SNS (para contração das 
estruturas internas e fechamento do óstio externo da uretra)
e do nervo pudendo (inervação somática) que contribui ainda 
mais para a expulsão do sêmen. Como o SNS está ativado os 
vasos começam a se contrair gradualmente e o fluxo 
sanguíneo que estava elevado começa a reduzir para o pênis 
que volta a ficar flácido.
Todo esse processo é regulado pelo SNC, mas a ereção 
também pode ser devido a uma pequena alteração que 
ocorra na genitália externa, pois o centro de controle do SNS 
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ocorra na genitália externa, pois o centro de controle do SNS 
e SNP está localizado na medula espinhal sacral que recebe 
esse estímulo e que ativa diretamente o SNP que induz a 
ereção sem que haja comunicação com o Sistema Nervoso 
Somático, através de um mecanismo reflexo. Então, mesmo 
indivíduos que apresentem um trauma na medula poderão 
apresentar ereção, pois depende do local em que ocorreu a 
lesão medular; caso esse trauma tenha ocorrido acima do 
centro sacral que regula o reflexo de ereção, o indivíduo 
continuará a ter ereção, através de um mecanismo reflexo, 
mesmo que ocorra um prejuízo do sistema nervoso somático.
Mesmo que seja um reflexo (pode ocorrer sem a ativação do 
SN somático), ele pode ser controlado pelo SN somático já 
que ele possui inervação somática e o SNC pode enviar 
informações que influenciam esse reflexo.
Disfunções: →
Para disfunção erétil pode ser utilizado o Viagra (Sildenafil) 
que é um fármaco que induz a ereção no homem por meio do 
óxido nítrico que produz no tecido um mensageiro 
chamado GMPc que é degradado pela fosfodiesterase. O 
Viagra age inibindo essa enzima, a fosfodiesterase, para que 
o homem tenha ereção sustentada, então o que está sendo 
produzido de NO localmente estará induzindo a produção 
de GMPc que estará promovendo ações vasodilatadoras; por 
isso esse medicamento apresenta efeito de vaso 
relaxamento ao prolongar a ação do NO tecidual. O Viagra 
age em vários sistemas, como o sistema cardiovascular e 
também nos olhos. 
Um dos motivos apresentados para a disfunção 
ejaculatória é que o óstio externo da uretra não se fecha 
adequadamente, então o sêmen é desviado para a bexiga 
durante a ejaculação. Pessoas cardíacas que utilizam 
fármacos para tratar hipertensão, como beta-bloqueadores 
(eles inibem muito o simpático), podem apresentar prejuízo 
na ejaculação, pois eles reduzem a ação do SNS.
Testosterona e idade - A testosterona pode reduzir sua 
produção testicular após os 50 anos e todos os efeitos 
gerados por esse hormônio serão reduzidos no indivíduo, 
gerando problemas.
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