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arquivo 16 - Centro Cirúrgico

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Licenciado para - Hemenice Caroline Dias da Costa Barbosa - 84775823272 - Protegido por Eduzz.com
 
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Regras de utilização dos resumos 
Este material foi elaborado com base nas aulas e materiais disponibilizados pelas professoras que 
ministraram a disciplina ENC 250 – Enfermagem na Saúde do Adulto e do Idoso em Cuidados 
Críticos, no período de maio à junho de 2019, nos artigos e sites citados ao fim de cada aula com as 
devidas referências, com consulta ao livro Brunner & Suddarth, Tratado de Enfermagem Médico 
Cirúrgica, 12 edição (I e II),, com auxílio dos materiais e videoaulas elaborados pela Equipe Professor 
Rômulo Passos e vídeos no Youtube (links adicionados ao fim das aulas). 
O material foi elaborado por uma aluna de enfermagem (Giovanna Garcia), e estão sujeitos a erros, 
visto que não passaram por nenhuma correção de profissionais. Vale ressaltar que os conteúdos são 
frequentemente lidos e atualizados, conforme vou avançando nos conhecimentos e à medida que são 
divulgadas atualizações e evidências científicas acerca dos temas. 
Além disso, peço encarecidamente que, caso encontre erros ou alguma referência bibliográfica 
desatualizada, entre em contato imediatamente. 
 
O conteúdo deste material destina-se exclusivamente a exibição privada. Esse material é de uso 
exclusivo seu. 
Material elaborado para estudo, com o objetivo de contribuir com o seu aprendizado, motivação e 
inspiração do seu próprio material de estudo. 
 
Caso você poste foto dos resumos nas suas redes sociais marque o perfil @enf.em.resumos para que 
eu possa repostar e marcar você. 
 
Dúvidas e sugestões entrar em contato pelo e-mail: enf.em.resumos@gmail.com 
ou pelo instagram: @enf.em.resumos 
Bons estudos! 
Material elaborado por Giovanna Garcia Carvalho (@enf.em.resumos) 
 
Envio Pessoal. PROIBIDO REPASSAR 
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mailto:enf.em.resumos@gmail.com
 
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1. Recursos Humanos em CC 
2. Planejamento do CC 
3. Assistência de Enfermagem Perioperatória 
4. Assistência de Enfermagem Pré-operatória 
5. Assistência de Enfermagem Transoperatória 
6. Paramentação, Degermação e Antissepsia Cirúrgica 
7. Instrumentação Cirúrgica 
8. Prevenção de lesão por BE 
9. Riscos relacionados ao posicionamento cirúrgico 
10. Assistência de Enfermagem no Paciente 
Anestesiado 
11. Assistência de Enfermagem no Pós-Operatório + 
Recuperação Pós-Anestésica 
12. Cirurgia Minimamente Invasiva 
13. Risco de Sangramento Intraoperatório 
 
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parte 1 
Ato anestésico cirúrgico – Promoção de um ambiente: SEGURO, CONFORTÁVEL, 
ASSÉPTICO = menor risco de eventos adversos. A equipe profissional deve manter o 
ambiente harmônico, boas relações profissionais (trabalho em equipe para atingir o 
objetivo principal do CC: segurança do paciente). 
A atualização do conhecimento por parte da equipe, deve ser meta permanente para 
garantir a SEGURANÇA do paciente e da própria equipe. 
 
Equipe Cirúrgica 
Elementos da equipe de enfermagem e médica envolvidos na realização do ato 
anestésico cirúrgico; 
Atividades das equipes: 
• Competência profissional 
• Código de lei do exercício profissional 
 
Equipe Multiprofissional: Compõe-se de um grupo de profissionais que tem como 
finalidade assistir ao paciente em todas as suas necessidades durante os períodos 
TRANSOPERATÓRIO e PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO (SRPA/ RA); 
• Enfermeiro: Coordenador/Supervisor/Diretor; 
• Enfermeiro Assistencial 
• Técnico de Enfermagem/Auxiliar (Circulante de Sala) 
• Cirurgião: Chefe, Assistente, Residente, Estudante 
• Anestesiologista: Chefe, Residente, Estudante 
• Instrumentador 
• Estudantes 
 
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Enfermeira ou enfermeiro 
Enfermeiro coordenador E/OU enfermeiro assistencial 
• Deve ser especialista em enfermagem em CC, 
• Atividades desenvolvidas - planejamento da assistência 
• Área de abrangência: Administrativa; assistencial; educação em serviço; e pesquisa 
 
Enfermeiro Coordenador - Funções 
• Elaborar normas, rotinas e procedimentos 
• Participar das reuniões de gerenciamento 
• Avaliar o desempenho da equipe 
• Exigir das equipes o cumprimento das normas e regulamentos 
• Colaborar com o setor de controle de infecção hospitalar 
• Implementar programas de qualidade de serviço 
• Participar do processo admissional e de treinamento dos funcionários 
• Realizar pesquisa e implantar resultados 
• Incentivar participação em eventos científicos 
• Conhecer regulamentação da vigilância sanitária 
• Realizar relatórios mensais com dados estatísticos 
• Zelar pelas condições ambientais de segurança 
• Manter o controle administrativo, técnico-operacional e ético 
• Notificar ocorrências adversas ao paciente 
• Notificar intercorrências administrativas 
 
Enfermeiro assistencial - Funções 
• Supervisionar e implantar o plano de cuidado de enfermagem 
• Participar da marcação de cirurgia 
• Realizar e checar previamente a programação cirúrgica 
• Supervisionar as ações da equipe de enfermagem 
• Orientar a montagem e desmontagem das salas de operações 
• Checar materiais e equipamentos necessários ao ato cirúrgico 
• Priorizar atendimento aos pacientes segundo o grau de complexidade 
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• Recepcionar o paciente no CC e checar o seu prontuário 
• Auxiliar transferência do paciente da maca para mesa cirúrgica 
• Auxiliar no posicionamento do paciente na mesa cirúrgica 
• Realizar procedimentos específicos (sonda vesical, higiene, tricotomia, entre 
outros) 
• Auxiliar no ato anestésico 
• Prestar assistência ao término do procedimento anestésico-cirúrgico 
• Auxiliar na transferência do paciente da mesa cirúrgica para a maca e fazer 
inspeção física 
• Registrar anotações e evolução de enfermagem 
• Auxiliar no encaminhamento do paciente para SRPA ou UTI (unidade de 
tratamento intensivo) com as informações necessárias. 
 
Circulante da Sala de Operação (SO): deve ser, no mínimo, auxiliar de enfermagem 
(COREN, decreto n.94406 de 08/06/1987 - lei n 7498/86 - Funções 
• Assumir o plantão conforme a regra institucional 
• Estar ciente das cirurgias marcadas sob sua responsabilidade 
• Manter a ordem e limpeza no ambiente da SO (sala de operação) 
• Prever e prover a SO de materiais e equipamentos 
• Zelar pelo correto manuseio dos equipamentos 
• Zelar pela segurança ambiental, do paciente e da equipe 
• Verificar funcionamento dos gases, equipamentos e iluminação da SO. 
• Solicitar temperatura adequada da SO (18 a 22 / 17 a 21); 
• Auxiliar na transferência da maca para a mesa cirúrgica e vice-versa 
• Auxiliar o posicionamento do paciente na mesa cirúrgica 
• Colocar a placa do eletrocautério 
• Auxiliar no procedimento anestésico na ausência da enfermeira 
• Notificar ocorrências na SO ao enfermeiro responsável 
• Auxiliar na paramentação cirúrgica 
• Abrir os materiais estéreis com técnica correta 
• Encaminhar “peças anatômicas” e materiais do transcorrer da cirurgia 
• Controlar materiais, compressas e gazes 
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• Auxiliar no encaminhamento do paciente para a SRA ou UTI 
• Registrar gastos de materiais e equipamentos da SO 
• Preencher os impressos pertinentes do prontuário 
• Providenciar a limpeza da sala ao término da cirurgia 
 
Equipe de cirurgia 
Cirurgião titular8. Acessórios 
 
 
 
Diérese 
• Função: cortar ou separar tecidos; 
• Bisturis, tesouras e tentacânula; 
• Tesouras: Rombudas ou agudas. Curvas ou retas. Vários formatos e tamanhos. 
 
Tesouras de Metzenbaum reta e curva; e de Mayo, reta e curva: 
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Fonte: Barros; Bartmann; Hargreaves, 1996 
Tesouras 
• Mayo é a mais grossa; 
• Metssenban é a mais leve; 
• As mais grossas são utilizadas em tecidos mais rígidos; 
• Para cortar gaze, geralmente é usada a tesoura Mayo; 
 
 
Fonte: Arquivos Adastra, 2011 
• Existem diversas lâminas de bisturi (no entanto, a maior parte usada atualmente 
são os bisturis descartáveis), as lâminas variam em forma e tamanho. 
• Tentacânula = vem na caixa de venodissecção (dissecção de veia para passar o 
tecido). Não corta, “esgarça” o tecido; 
 
 
 
Hemostáticos 
• Fechamento de extremidades cortadas de um vaso com mínima lesão tecidual. 
Para estancar o sangue = hemostasia = instrumentos hemostáticos (Kelly) 
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• Muitas delas vão causar lesão na pele, por isso, são classificados em instrumentos 
hemostáticos traumáticos e não traumáticos. 
 
Garras: ranhuras transversas profundas 
• Pinça curva permite um melhor movimento para o procedimento (visto que nosso 
corpo não é reto). As curvas são utilizadas primeiro do que as retas. 
Traumáticas 
o PINÇAS TRAUMÁTICAS CURTAS 
 
- Pinça de Kelly curva e reta: ranhuras da parte preensora, ocupam apenas 2/3 da sua 
extensão. A ranhura da pinça Kelly promove uma prensa, estancando e esmagando o 
tecido (lesionando). 
Fonte: Almeida; Almeida 
 
o PINÇAS HEMOSTÁTICAS TRAUMÁTICAS: Halster ou mosquitinho (tem ranhura 
em toda a extremidade da garra). 
 
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• PINÇAS HEMOSTÁTICAS ATRAUMÁTICAS: 
- Realizam hemostasia temporárias (como cirurgias cardiovasculares), apenas para ocluir 
algum tecido, estancando os vasos sem lesionar! Exemplo: pinça de Satinsky (diminui o 
fluxo sanguíneo). 
 
Preensão 
Desenhadas para segurar os tecidos e outros materiais 
 
 
Afastadores 
Afastamento dos tecidos para melhorar a visualização e facilitar o acesso. Temos os 
Farabeuf (presente em todas as cirurgias), espátulas - solas- como a Reverdin, 
Haberer), autostáticos (afastadores que possuem uma trava e ficam separando sem 
precisar de alguém para segurar - como o Farabeuf); 
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Especiais 
• Pinça de curativo, pinça de biopsia, pinça de assepsia, curetas (raspagem da 
cavidade, do tecido), pinça para disco vertebral, pinças de videolaparoscopia, pinça 
transportadora de gaze, Pinça clamp intestinal; 
 
 
Pinças de campo: para segurar no lugar materiais cirúrgicos (como para o tecido do 
campo estéril) (Doyen, Backhaus - que hoje em dia tem uma ponta circular para evitar 
furar o tecido e consequentemente, prejudicar a esterilidade do campo) 
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Síntese 
União de tecidos, fechamento de cavidades, restituindo a normalidade 
Os porta-agulhas têm a função de prender as agulhas, para aplicação da sutura; os mais 
utilizados são os de Mayo-Hegar e de Mathieu. 
• Mayo-Hegar: apresenta parte preensora curta, mais larga, com ranhuras que 
formam um reticulado com uma fenda central, características essas para 
aumentar a sua eficiência na imobilização da agulha durante a sutura. 
• Mathieu: distingue-se por sua forma (hastes), abertura limitada (mola em forma 
de lâmina unindo as hastes). 
 
As agulhas são utilizadas com a finalidade de transfixar os tecidos, servindo de guia aos fios de sutura. As agulhas são: retas, curvas 
e de cabo (Goffi et al., 1980). 
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Fonte: Barros; Bartmann; Hargreaves, 1996. A- Forma das agulhas; B- Agulha de fundo fixo; C- Agulha de fundo falso; D- Agulha de 
ponta romba ou cilíndrica; E- Agulha de porta. 
Acessórios / instrumentos auxiliares 
• Cânulas de aspiração 
• Cubas 
• Manoplas 
 
Contagem de material (agulhas, compressas e instrumentos) 
 
Montagem da mesa 
• É ato de dispor os instrumentos cirúrgicos em ordem lógica sobre as mesas 
auxiliares de forma a racionalizar e tornar mais eficiente o trabalho da equipe. 
• Ordem: mais próximo da mesa operatória os instrumentos que serão utilizados 
com mais frequência no decorrer da cirurgia. 
• A instrumentadora obrigatoriamente deve prestar atenção ao campo operatório 
para antecipar as necessidades da cirurgia. 
 
 
Mesa do instrumental: 
• Montada em local de menor circulação na SO 
• Após a antissepsia da área operatória e colocação dos campos estéreis, a mesa do 
instrumental é posicionada de acordo com o tipo de cirurgia. 
 
Observações: 
• Na mesa do assistente, os cabos estão virados para si. 
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• Permanecer com a mão sobre o abdômen 
• Limpar o instrumento com gaze e jogá-la no cesto 
• Gazes e compressas sobre as pernas do paciente e não sobre a mesa do 
instrumental 
• Nos tempos contaminados, separar os materiais numa mesa auxiliar ou num canto 
da mesa 
• É importante conhecer a sequência tática do cirurgião 
 
1. bisturi - com lâmina para baixo e corte para a esquerda. 
2. Tesoura curva, delicada e forte, pontas viradas para baixo, contra a 
instrumentadora e curvatura para baixo, contra a mesa. 
3. Pinças hemostáticas tipo Halsted curvas e retas, Kelly curvas e retas 
4. Aréa de uso versátil: Mixter, Moynihan e outros hemostáticos. 
5. Kocker 
6. Pinças com e sem dente (anatômicas ou dente de rato) 
7. Porta-agulhas (com anéis para baixo). Ponta da agulha para cima para não furar o 
pano e não contaminar. 
8. Pinças de preensão ou outros complementares: Allis, Babcock, Duval e Collin 
9. Pinças de campo: Backaus 
10. Pinças, tesouras e porta-agulhas longos 
11. Compressa dobrada que segura os fios pré-cortados e sobre ela outros tipos de 
fios e agulhas. 
12. Uso versátil, no caso apresentando agrafes; 
- Acessórios e instrumentos auxiliares: cânulas de aspiração, cubas, manoplas; 
 
Montagem da mesa: 
O circulante de sala (da equipe de enf) auxilia o instrumentador a pegar os materiais estéreis 
(apenas o instrumentador que está estéril) 
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1) Montar o campo (pano azul estéril); 
2) A mesa e o instrumentador ficam no local oposto ao cirurgião. 
3) Colocar os instrumentos sob a mesa (organizado em tipos/ funções e ordem de uso - 
diérese, homeostasia, pressão, afastadores e síntese/ e aquilo que eu mais uso perto da 
mesa cirúrgica). 
• As pinças permanecem fechadas para entregar ao cirurgião, na primeira cremalheira. 
• As mesmas pinças podem ser colocadas juntas com a compressa estéril, ou apenas perto 
umas das outras. 
• Sempre passar os instrumentos fora do campo (do local sendo operado); 
• Dar o bisturi na posição correta para cortar - lâmina para cima (bisturi fica com a ponta 
para cima, ao contrário dos demais instrumentos)! - lâmina para dentro da mesa. 
• Fazer um peso na mão do cirurgião para ele sentir (está de luva, e perde a sensibilidade) e 
saber que ele está com o instrumento na mão (nem sempre ele está olhando para o 
instrumento). 
• Quando o cirurgião devolve o instrumento, você limpa o excesso na gaze com SF, e volta na 
posição da mesa correta. 
• A agulha para sutura deve ser colocada do lado que é dominante do cirurgião (destro - ladodireito/ canhoto - lado esquerdo); 
o Contagem de materiais: agulhas, compressas e instrumentos (para evitar que 
qualquer material fique no paciente - pois não dá para distinguir, por exemplo 
compressa com sangue e tecido); Os materiais, como as compressas, têm uma fita 
azul radiopaca para ser identificada em raio-x (caso tenha ficado no paciente). 
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parte 9 
Bisturi elétrico: é um aparelho que transforma a corrente elétrica alternada de baixa 
frequência em corrente elétrica de alta frequência; 
 
Finalidades 
• Dissecção/ Corte: Secção dos tecidos pela dissolução da estrutura molecular com 
desidratação e fusão das células próximas do eletrodo positivo. 
• Coagulação: Oclusão dos vasos sanguíneos pela solidificação das substãncias 
protéicas e retração dos tecidos. 
• Fulguração / cauterização: Coagulação superficial usada para eliminar pequenas 
proliferações celulares cutâneas e remover manchas. 
 
Tipos de Bisturi Elétrico 
• Monopolar: Transforma a corrente elétrica de baixa frequência (60 Hz) em 
corrente de alta frequência. Necessário placa dispersiva. Realiza as 3 funções 
• Bipolar: unidade eletrocirúrgica bipolar, usada apenas para coagulação. 
Não necessita de placa dispersiva. 
• Ultrassônico: Funções de corte e coagulação simultânea. Vantagem: mínima lesão, 
reduzida fumaça na SO, menor risco ao paciente. 
• Laser: concentra em uma pequena área, grande quantidade de energia que 
vaporiza os tecidos, provocando cauterização instantânea dos vasos sanguíneos e 
linfáticos. 
Usado com maior frequência na estética e odontologia 
• Argônio: Usa feixe de gás argônio que conduz a corrente. Utilizado para 
fulguração. 
- Monopolar e Bipolar são os mais utilizados 
 
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Bisturi elétrico ou eletrônico: 
• É um equipamento portátil que tem como função a geração de uma corrente 
elétrica alternada de baixa frequência transformando-a em alta frequência e alta 
potência 
• Esta tem o objetivo de cortar e coagular os tecidos biológicos durante os 
procedimentos cirúrgicos. 
• O bisturi elétrico é um equipamento que transforma a corrente elétrica comum 
de baixa frequência em alta frequência, de modo a obter os efeitos desejáveis 
sem os danos que a corrente elétrica comum normalmente causa ao paciente. 
• A corrente elétrica passa pelos tecidos causando efeitos de dissecção, corte e 
coagulação. 
 
O BE é composto dos seguintes componentes: eletrodo ativo (caneta), eletrodo 
dispersivo (eletrodo passivo ou placa neutra), fonte geradora de energia, cabos e pedais. 
 
PRINCIPIOS DE FUNCIONAMENTO: 
São dois os modos de bisturi elétrico ou bisturi eletrônico, quanto a potência 
desenvolvida pela corrente eletrocirúrgica: Modo Monopolar e Modo Bipolar 
 
BISTURI MONOPOLAR: a corrente passa pela pinça e retorna pela placa de bisturi; 
• O bisturi elétrico monopolar é uma unidade eletrocirúrgica que, ao mesmo tempo 
em que corta os tecidos, promove a coagulação dos vasos sangrantes, abreviando 
o tempo cirúrgico. Este, utiliza em seu funcionamento, altos valores de corrente 
elétrica em alta frequência e trabalha com alta tensão, faiscamentos e geração 
de interferência eletromagnética. Esses fatores são intrínsecos a qualquer tipo de 
bisturi elétrico, gerando riscos para ambos, paciente e operador. 
 
BISTURI BIPOLAR: a corrente elétrica passa pela pinça e retorna ao aparelho 
• No modo bipolar, o uso da placa neutra é dispensado, tendo em vista que, a 
corrente eletrocirurgica completa seu circuito através dos tecidos que fica entre 
os dois eletrodos ativos ou pinças, cortando e coagulando. Essa técnica se aplica a 
procedimentos minimamente invasivos onde o tecido trabalhado é localizado. 
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• Os eletrodos bipolares consistem em dois eletrodos, separados, entre si, pela 
pequena distância de 1 a 3 mm. Esta disposição elimina o longo caminho da 
corrente elétrica de alta frequência do eletrodo ativo ao distante eletrodo 
dispersivo, que ocorre no sistema monopolar. Os dois eletrodos intimamente 
próximos limitam o fluxo da corrente elétrica a uma pequena quantidade de 
tecido humano. 
• O sistema bipolar elimina o distante eletrodo dispersivo, eliminando, portanto, as 
potenciais complicações relacionadas a seu uso, como queimaduras cutâneas e 
perda de eficácia do sistema. A ligação direta da corrente de alta frequência a 
instrumentos metálicos, os defeitos de isolamento no eletrodo ativo e os desvios 
de corrente elétrica provocados pelo fenômeno de ligação por capacitância, que 
constituem potenciais problemas relacionados a utilização do sistema monopolar, 
estão eliminados com o sistema bipolar. Não há possibilidade de faiscamento, que 
constitui um problema em potencial na utilização do sistema monopolar 
 
BISTURI DE ARGÔNIO (“coagulador”) 
• Argônio é um gás inerte e inodoro que tem como uma de suas características 
conduzir eletricidade melhor que o ar. Quando se cria um jato de gás argônio 
entre dois eletrodos ligados à uma fonte de energia elétrica, este jato de gás se 
transforma em um arco como um minirraio elétrico que se pode controlar a 
intensidade e duração, este é o chamado bisturi de plasma de argônio. 
• Na medicina o bisturi de argônio tem múltiplos usos principalmente em cirurgias, 
ele permite cauterizar sangramentos difusos em tecidos delicados como fígado e 
baço. 
• Utilizado em Transplantes, cirurgia hepáticas, rins e pulmões. 
• E os benefícios estão relacionados: 
- Rapidez e eficiência na coagulação 
- Redução do tempo cirúrgico 
- Redução da perda de sangue em até 50% 
- Diminuição de danos ao tecido 
- Redução da fumaça e odor 
 
BISTURI ULTRASSÔNICO: 
• O bisturi harmônico ou ultrassônico é um instrumento cirúrgico que utiliza uma 
onda de alta frequência que é convertida em energia mecânica e promove 
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simultaneamente o selamento e a secção de vasos sanguíneos, assim como de 
estruturas do tecido fibroadiposo e musculares, proporcionando uma hemostasia 
adequada em temperaturas menores que as dos bisturis mono e bipolares. Assim, 
com um aumento da sua aplicação em vários campos da cirurgia e, em especial, 
na área de cabeça e pescoço, iniciando na tireoidectomia endoscópica e 
expandindo para a aberta, hoje vem sendo utilizado nos esvaziamentos cervicais, 
glossectomias, parotidectomias e no levantamento dos retalhos para a 
reconstrução nessa área. 
• Seu uso em tireoidectomias convencionais reduz o tempo operatório e apresenta 
custo menor que a tireoidectomia aberta clássica. Seu emprego reduz a perda 
sanguínea e o tempo operatório em tireoidectomias, com incisões cirúrgicas 
menores. Em parotidectomias, promove um menor tempo cirúrgico e menor perda 
sanguínea 
 
BISTURI A LASER: 
• Concentra em uma pequena área, grande quantidade de energia que vaporiza os 
tecidos, provocando cauterização instantânea dos vasos sanguíneos e linfáticos. 
• Laser para estética gengival 
 
 
ACIDENTES/ RISCOS/ EVENTOS ADVERSOS COM BISTURI ELÉTRICO PARA 
PROFISSIONAIS E PACIENTES 
• Os riscos a que estão sujeitos os profissionais são: choque elétrico, incêndio e 
explosões. O paciente, por sua vez, além destes, está sujeito a queimaduras e 
paradas cardíacas (quando portador de marcapasso cardíaco). O risco dessa 
queimadura também está associado à colocação da placa neutra, bem como as 
instalações elétricas deficientes. 
• O desenvolvimento de um programa de treinamento exaustivo a respeito do uso 
de equipamentos médicos hospitalares é uma das principais intençõesde um 
programa de segurança em hospitais. 
• A monitorização do paciente submetido à anestesia está estabelecida pelo CFM 
(Conselho Federal de Medicina) desde 1993, visando o principal aspecto do ato 
anestésico: a segurança do paciente. Porém, eventos adversos têm ocorrido, 
podendo ser corriqueiros, graves ou até fatais. Não são raros os relatos de 
queimaduras com o uso simultâneo de bisturi elétrico quando o paciente está 
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monitorizado e em uso de oxímetro de pulso e/ou de eletrocardiógrafo pré-
operatórios. 
 
Intervenções/Cuidados de Enfermagem com o uso do Bisturi Elétrico – 
RELACIONADOS COM O PROPRIO EQUIPAMENTO: 
• Realizar manutenção preventiva do equipamento. 
• Treinamento de Pessoal 
• Antes do uso, verificar tomada elétrica, fio, conexões e pedal, quanto a 
integridade e bom contato. 
• Potência de coagulação ou corte. 
• Estar atento ao funcionamento e sinais de alarme. 
 
Intervenções/ Cuidados de Enfermagem com o uso do Bisturi Elétrico – 
RELACIONADOS COM A CANETA OU ELETRODO ATIVO: 
• Geralmente para materiais elétricos é recomendado a esterilização por óxido de 
etileno. 
• Dependendo do fabricante é possível esterilizar o eletrodo ativo em calor úmido 
(autoclave) 
• Durante o uso, a caneta deve estar livre de resíduos, para garantir bom contato 
elétrico. 
 
Intervenções/ Cuidados de Enfermagem com o uso do Bisturi Elétrico – 
RELACIONADOS COM A UTILIZAÇÃO DA PLACA NEUTRA: 
• Estudos descrevem que o paciente nunca deve entrar em contato com partes 
metálicas da mesa cirúrgica, e que os adornos merecem atenção especial. 
• A placa deve ser colocada na pele limpa, seca e desengordurada, sem pelos e 
sobre grande massa muscular, não existindo um local específico. 
• Devem ser evitadas as proeminências ósseas, superfícies com úlceras ou lesões, 
tecidos adiposos e regiões que possam acumular líquidos, evitando-se fuga ou 
divisão de corrente. 
• Recomenda-se que esta placa seja colocada após o posicionamento cirúrgico para 
menor risco de deslocamento e sua localização deve ser observada no transcorrer 
da cirurgia. 
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• Ao término do procedimento, a remoção da placa dispersiva deve ser realizada 
com cuidado e observação de possíveis lesões, atentando-se aos registros de 
enfermagem relacionados com o uso deste equipamento. 
SEGURANÇA DOS PACIENTES E PROFISSIONAIS É A TÔNICA DA QUALIDADE E 
EXCELÊNCIA DAS INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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parte 10 
ANESTESIA: Estado farmacologicamente induzido que resulta em perda total ou parcial 
da sensibilidade (ausência de dor e outras sensações) e reflexos musculares, com ou 
sem perda da consciência. 
• Finalidade – realização de: 
–  Procedimento cirúrgico 
–  Exames diagnósticos 
–  Curativos/tratamentos locais 
 
HISTÓRICO 
Inalação de éter (sem domínio do manejo, quantidade...) = risco 
1846: Hospital Geral de Massachusets, Boston, EUA 
 
Avaliação Pré-anestésica 
• Visita pré-anestésica (24h que antecedem o procedimento) 
• Histórico paciente: 
- Alergias 
- Uso de medicamentos 
- Procedimentos anestésicos prévios e intercorrências (inclusive familiares) 
• Exame físico e exames laboratoriais (ASA) 
• Identificação de vias aéreas difíceis 
• Planejar a técnica anestésica 
 Previsão da anestesia Maior segurança no procedimento 
Tem cardiopatias? -> Tem avaliação do cardiologista? -> tem complicações? -> precisa de 
reserva de UTI? 
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82 
 
 
CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO ASA = importante para a avaliação anestésica 
 
American Society of Anesthesiologists, 2018 
 
O paciente pode ser classificado com relação ao estado geral de saúde (doenças de 
base) 
 
Via Aérea difícil 
DEFINIÇÃO: “Situação clínica na qual um médico treinado tenha dificuldade em intubar 
um paciente, manter ventilação sob máscara facial ou ambos.” 
Mais de 3 tentativas de intubação ou procedimento que ultrapasse dez minutos sem 
que haja sucesso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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83 
 
Preditores de Intubação difícil 
 
Langeron O et al. Prediction of difficult mask ventilation. Anesthesiology 2000; 92:1229-
36. 
 
Profa. Dra C. Peniche 
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84 
 
 
Disponível em: http://www.viaaereadificil.com.br/avaliacao_vad/avaliacao_via_aerea.htm 
 
Fármacos/Medicamentos Pré anestésicos 
(MPA) 
Benzodiazepínicos 
• Diazepam (Valium®), Lorazepam: 
• Midazolam (Dormonid®) 
- Reduzir ansiedade e promover amnesia anterógrada 
- adm de 15 a 60 min antes da indução anestésica 
- Adm VO, IM ou IV 
- Efeitos podem ser revertidos pelo antagonista flumazenila 
PODE CAUSAR DEPRESSÃO RESPIRATÓRIA 
Redutores de secreção gástrica 
- Ranitidina, Omeoprazol: Profilaxia para evitar aspiração durante a indução anestésica 
Pode levar a pneumonia aspirativa// importância do Jejum. 
 
 
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85 
 
TIPOS DE ANESTESIA 
 
Profa. Dra. Ruth N. T. Turrini 
Anestesia Geral 
• Paciente inconsciente, com musculatura a relaxada e ausência de dor 
• Indicada para qualquer tipo de procedimento 
• Cirurgias: cabeça e pescoço, MMSS, abdominais, tempo cirúrgicos longos 
• Posicionamentos cirúrgicos desconfortáveis 
• Paciente não colaborativo 
• Crianças 
ANESTESIA
GERAL
INALATÓRIA
ENDOVENOSA
BALANCEADA (inal + 
endovenosa)
REGIONAL
PERIDURAL
RAQUIDIANA
BLOQUEIO DE PLEXOS 
NERVOSOS
COMBINADA GERAL + REGIONAL
LOCAL
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86 
 
 
 
 
 
Aparelho de anestesia 
• Finalidades: 
- Permitir a administração controlada de gases (O2, N2O, ar e/ou vapores 
anestésicos), por meio de respiração espontânea ou controlada, manual ou 
mecânica. 
- Mensurar o CO2 alveolar (capnografia). 
• Cuidados: 
-  Limpeza 
-  Desinfecção 
-  Esterilização 
-  Troca da cal sodada 
-  Antes do paciente chegar à SO, checar e preparar o aparelho de anestesia 
 
Anestesia Geral: INDUÇÃO 
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87 
 
• Monitorização: (oximetria de pulso, capnógrafo, eletrocardiógrafo, PA, T, débito 
urinário) 
• Venóclise (AV calibroso e de fácil acesso) 
• Pré-oxigenação 
• Administração de fármacos: Hipnóticos, Antibióticos, Analgésicos, Relaxantes 
musculares 
- Hipnóticos 
- Antibióticos – redução de risco de infecção no sítio cirúrgico 
- Analgésicos 
- Relaxantes musculares 
• Intubação endotraqueal 
 
Anestesia Geral: MANUTENÇÃO/REVERSÃO 
 
MANUTENÇÃO 
• Do início ao término da cirurgia 
• Inalação e/ou infusão de fármacos para inibição intraoperatória da consciência, 
manutenção da analgesia e do relaxamento muscular 
 
REVERSÃO 
• Supressão de gases e/ou fármacos 
• Administração de antagonistas específicos para o despertar seguro do 
paciente e subsequente extubação 
• Administração de anticolinesterásicos: neostigmina, edrofônio ou piridos tigmina 
(reversão de bloqueadores neuromusculares não despolarizantes) 
 
Assistência de enfermagem na Anestesia Geral 
• Preparo e checagem dos materiais 
• Vácuo e sistema de aspiração 
• Orientação e conforto ao paciente 
• Monitorização 
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• Venóclise 
• Auxílio à VAD• Manobras 
• Ventilação 
• Proteção ocular 
• Administração de medicamentos 
• Atendimento à Emergência 
 
Manobra de Sellik – RISCO DE ASPIRAÇÃO 
 
Compressão sobre a cartilagem cricóide, causando oclusão esofagiana proximal, 
prevenido a regurgitação de um paciente anestesiado e consequente aspiração do 
conteúdo gástrico 
Disponível em: 
http://anaesthesiatoday.blogspot.com/2013/03/10-common-procedural-basics_29.html 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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http://anaesthesiatoday.blogspot.com/2013/03/10-common-procedural-basics_29.html
 
89 
 
Anestesia Geral: fármacos 
 
Anestesia Geral: Hipnóticos Gasosos (N2O) 
Óxido nitroso ou protoxido (gás) 
• Indutor de ação rápida 
• Baixa potência anestésica (é usado em associação) 
• Administrar junto com O2 para evitar hipóxia 
• Evitar uso em pacientes com história de náuseas/ vômitos 
• Ausência de nefrotoxicidade e hepatotoxicidade (excreção pulmonar) 
• Pode ser utilizado em pacientes suscetíveis a hipertermia Maligna 
• Risco: em caso de suspeita de gravidez não entrar em contato com esses gases – 
podem ser teratogênicos 
 
Anestesia Geral: Halogenados (Halotano, Isofluorano, Sevofluorano) 
• Bloqueiam a transmissão sináptica no SNC 
• Temperatura ambiente: estado líquido (necessita de vaporizador) 
• Apresentam certo efeito miorrelaxante 
• Não podem ser utilizados em paciente suscetíveis a hipertermia maligna 
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90 
 
 
Anestesia Geral: Hipnóticos Barbitúricos (Tiopental) 
• Sedação 
• Rápida indução e tempo de ação de 5 minutos 
• Efeitos colaterais: 
- Depressão do miocárdio 
- Depressão respiratória 
- Reduz PIC, fluxo sanguíneo EC, consumo O2 (protetor) 
- Hipotensão 
- Liberação de histamina (hipotensão, broncoespasmo, prurido) 
Pouca perfusão, pouco consumo de O2 – favorece cirurgias neuro 
 
Anestesia Geral: Hipnóticos não barbitúricos 
Propofol 
• Sedação 
• Rápido início de ação e metabolismo (procedimentos ambulatoriais endoscopias) 
• Pode ser utilizado tanto para a indução quanto para manutenção da anestesia 
• Efeitos colaterais: 
- Feblite (dor durante a administração) 
- Bradicardia, Arritmias 
- Hipotensão 
- Broncodilatação (DPOC) 
- Náuseas, vômitos 
- Depressão respiratória central 
- Lipossolúvel 
- Alergia a ovo 
Muito usado! – exceto nos casos de alergia e em casos que se prefere alterar a 
manutenção da anestesia, como cirurgia de neuro; 
 
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91 
 
Etomidato 
• Sedação 
• Pouca alteração na dinâmica cardiovascular 
• Depressão respiratória mínima 
• Não induz a liberação de histaminas 
• Efeitos colaterais: 
- Mioclonia 
- Soluços 
- Náuseas e vômitos 
- Hipotensão 
- Inibição adrenocorticóide (hipogliecemia, hipotensão) 
 
Anestesia Geral: Hipnóticos Dissociativos 
Quetamina (Cetamina) 
• Interrompe as vias cerebrais associativas ao bloquear as vias sensoriais (atua em 
receptores GABAa) 
• Induz a um estado de sedação, imobilidade, amnésia e analgesia (estimula 
receptores opioides - único) 
–  Os indivíduos podem sentir-se fortemente dissociados do ambiente 
• Efeitos colaterais: 
-  Forte sedação 
- Aumento secreção (salivar e respiratória) 
- Aumento FC, PA (intraocular, PIC) 
- Alucinógeno 
-  Nistagmo horizontal e vertical 
 
Anestesia Geral: Relaxantes Musculares 
Bloqueadores neuromusculares 
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92 
 
 
 
HIPERTERMIA MALIGNA 
Doença hereditária do gene dominante no cromossomo 19 - alteração em um gene para 
cel muscular (autossômica dominante) 
• Síndrome hipermetabólica desencadeada pelo uso de halogenados/ succinilcolina 
• importante saber se algum familiar teve doença 
 
 
 
TRATAMENTO 
 
 
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93 
 
Anestesia Geral: Venosa 
Administração de fármacos hipnóticos e analgésicos por via intravenosa (sobretudo 
opioides) em bolus ou de modo contínuo, por meio de bombas de infusão. 
 
Opióides 
•  Induzir e manter a anestesia 
• Reduz os estímulos a partir das terminações nervosas sensoriais 
• Fornecer analgesia durante a cirurgia 
– Petidina (sonolência, euforia, amnésia, vomito) 
– Morfina (apneia, prurido, hipotensão) 
– Fentanil (bradicardia, apneia) 
– Sufentanil 
– Alfentanil 
– Remifentanil: ação mais rápida (mais novo) 
 
 
Anestesia Geral: Inalatória 
• Agentes inalatórios: administrados com auxílio do aparelho de anestesia (controle 
do fluxo), por meio de cânula endotraqueal ou máscara laríngea 
• Efeitos colaterais 
– Irritação do trato respiratório: tosse, laringoespasmo, broncoespasmo, 
aumento de secreção e depressão respiratória 
– Hipotensão 
 
Concentração alveolar mínima (CAM): quantidade de anestésico presente no alvéolo 
pulmonar suficiente para inibir a resposta motora. Influenciada pela idade, uso de álcool 
e outras drogas, hipertermia. 
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94 
 
 
 
 
Anestesia geral: Balanceada 
• É aquela que combina fármacos inalatórios com intravenosos para alcançar o 
estado anestésico 
• Vantagens: permite que haja melhor controle da anestesia ao se utilizar 
diferentes fármacos para se obter o efeito desejado. Ex: maio relaxamento 
muscular sem que haja necessidade de aumentar a profundidade da anestesia 
com risco de depressão cardiopulmonar 
 
 
Sedação Venosa 
Administração de hipnóticos para diminuir a ansiedade e desconforto, com redução 
mínima do nível de consciência, não afetando sua capacidade de respirar de forma 
automática e independente e de responder à estimulação física e ao comando verbal.
 
–  Midazolam / Petidina (Dolantina) / Óxido nitroso / Propofol 
• Leve: responde à comandos verbais 
• Moderada: não responde à comandos verbais, somente à táteis 
• Profunda: não responde à estímulos verbais ou táteis. Medidas para ventilação 
 
Profa. Dra. Ruth N. T. Turrini 
ANESTESIA
GERAL
INALATÓRIA
ENDOVENOSA
BALANCEADA (inal + 
endovenosa)
REGIONAL
PERIDURAL
RAQUIDIANA
BLOQUEIO DE PLEXOS 
NERVOSOS
COMBINADA GERAL + REGIONAL
LOCAL
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95 
 
 
Anestesia Regional 
• Perda reversível de sensibilidade decorrente da administração de fármacos 
(anestésicos locais) que bloqueiam ou anestesiam a condução nervosa de uma 
extremidade ou região do corpo. (Prof. Poveda e Peniche) 
• Pode ser realizada com ou sem a administração de fármacos sedativos. O 
paciente encontra-se acordado ou adormecido, podendo ser despertado ao ser 
chamado. 
Fármacos utilizados: 
• Lidocaína 
• Marcaína 
• Bupivacaína 
• Procaína 
• Ropivacaína 
 
Esses fármacos, podem ser em relação ao líquor: 
• Hiperbáricos (+ Glicose – bloqueio mais baixo – “desce”. Ex: marcaína pesada) 
baixos 
• Hipobáricos (+ H2O destilada – bloqueio mais alto – “sobe”) 
• Isobáricos (maior tempo de duração do bloqueio) 
 
Anestesia regional: PERIDURAL ou EPIDURAL 
•  O anestésico é injetado no espaço epidural (entre a dura-máter atingindo as 
raízes nervosas e a medula espinal, difunde-se pelos forames intervertebrais) 
• Ação: agente liga-se às raízes nervosas que entram e saem da medula 
•  Punção lombar ou torácica 
• Analgesia intra e pós-operatória 
• Indicação: Cirurgias torácicas, abdominais e de MMII 
• Complicações: 
–  Hipotensão arterial: bloqueio simpático com alteração de retorno venoso e 
débito cardíaco 
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96 
 
–  Depressão respiratória sebloqueio for alto 
• Influenciado por: 
–  Local de injeção: bloqueio segmentar com difusão caudal e cranial 
–  Dose, volume e concentração do anestésico 
–  Idade 
Cassiane Lemos 
 
Anestesia Regional: RAQUIDIANA, SUBARACNÓIDEA OU ESPINAL 
• Punção ultrapassa a dura-máter e o anestésico é injetado no espaço 
subaracnóideo (diretamente no liquor) 
• Ação: bloqueio autonômico, sensorial e motor 
• Cirurgias de MMII, abdome e períneo 
 
Anestesia Regional: Peridural x Raquidiana 
• O início da anestesia RAQUIDIANA é mais RÁPIDO que da peridural 
• Efeitos colaterais: 
- Hipotensão (vasodilatação) 
–  Bradicardia 
–  Náuseas e vômitos 
–  Dor nas costas 
–  Lesão nervosa isolada 
–  Meningite 
–  Cefaleia (pela punção pós-dural) 
 
Cefaleia Pós-Raquianestesia 
• Dor variável: moderada à incapacitante 
• Agravada pela posição ortostática (aumento da pressão liquórica) 
• Extravasamento de líquor para o espaço epidural 
• Agulha ponta de lápis: menor incidência 
• Tratamento: repouso, hidratação vigorosa, corticoides, antinflamatórios, blood patch 
 
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97 
 
Anestesia Regional: Bloqueio de Plexos Nervosos 
• Uso de anestésico local para se obter o bloqueio da condução do estímulo em 
uma rede de nervos periféricos 
• Vantagens: alternativa a anestesia geral, analgesia e minimizar complicações pós-
operatórias 
 
Pode ser guiada por ultrassom ou por estimulador de nervos 
 
Profa. Dra. Ruth N. T. Turrini 
 
Anestesia: Combinada 
• Técnica que associa a anestesia geral com a anestesia geral regional 
• Objetivo: reversão (despertar) mais rápida e melhor analgesia no pós-operatório 
• Tipos: 
–  Geral + Peridural 
–  Geral + Raquianestesia 
 
 
ANESTESIA
GERAL
INALATÓRIA
ENDOVENOSA
BALANCEADA (inal + 
endovenosa)
REGIONAL
PERIDURAL
RAQUIDIANA
BLOQUEIO DE PLEXOS 
NERVOSOS
COMBINADA GERAL + REGIONAL
LOCAL
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98 
 
 
Profa. Dra. Ruth N. T. Turrini 
Anestesia Local 
• Tópica: aplicação de anestésico em mucosas 
• Infiltrativa: extra ou intravascular 
 Utiliza-se anestésicos locais, combinados ou não a vasos constritores, que 
ocasionam o bloqueio reversível da condução nervosa em uma área circunscrita 
Exemplo de Fármacos*: lidocaína, bupivacaína 
*Esses fármacos podem conter também adrenalina, com a finalidade de 
prolongar a duração dos bloqueios 
 
Fatores que determinam a escolha do Tipo de Anestesia 
• Idade 
• Condições clínicas do Paciente (ASA) 
• Tipo e duração do procedimento (tempo cirúrgico) 
• Posicionamento cirúrgico 
• Recuperação pós-operatória 
• Analgesia pós-operatória 
• Anestésicos disponíveis 
• Preferência do paciente 
 
Assistência de enfermagem: Término da anestesia 
ANESTESIA
GERAL
INALATÓRIA
ENDOVENOSA
BALANCEADA (inal + 
endovenosa)
REGIONAL
PERIDURAL
RAQUIDIANA
BLOQUEIO DE PLEXOS 
NERVOSOS
COMBINADA GERAL + REGIONAL
LOCAL
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99 
 
• Monitorar sinais vitais 
• Retirar proteção ocular (anestesia geral) 
• Auxiliar na aspiração orotraqueal 
• Oferecer suporte de O2 
• Evitar movimentos bruscos e preservar posição anatômica das articulações 
• Aquecer o paciente 
• Cuidados com drenos e cateteres 
• Prevenir eventos adversos 
• Encaminhar o paciente a Recuperação Anestésica ou UTI 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
• Aula da Professora Juliana 
• Langeron O, Masso E, Huraux C, Guggiari M, Bianchi A, Coriat P, Riou B. 
Prediction of difficult mask ventilation. Anesthesiology 2000;92:1229-36. 
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100 
 
• Associação Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica 
e Centro de Material e Esterilização (SOBECC). Práticas Recomendadas SOBECC. 
7. ed. São Paulo: Manole, 2017 
 
 
 
 
 
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101 
 
parte 11 
 
 
RECURSOS FÍSICOS E HUMANOS PARA 
RECEBER PACIENTES 
A Sala de Recuperação Anestésica (SRA) 
!. Recursos Físicos 
• Área física: mín 6 m2 (RDC 50, 2002) 
• N° de Leitos disponíveis = N° de SO + 1 
• Sala de equipamentos/matérias 
• Expurgo 
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102 
 
• Pisos e paredes: resistentes, laváveis e livres de frestas = Cantoneiras 
arredondadas, pisos sem emendas (pois favorecem presença de sujidades e 
proliferação de microrganismos) 
• Temperatura: conforto térmico (20 a 24°C, umidade 50 a 60%) 
- Obs: Na SO a temperatura é mais baixa; 
- Importante ter visão de todos os pacientes e visualizar todos os monitores na 
SRA. 
 
2. Recursos Humanos: ao menos 1 enfermeiro e um técnico de enfermagem, a depender 
do número de pacientes e da classificação dos cuidados (COFEN, 2017) + um 
anestesiologista (CFM, 2006) 
• 1 enfermeiro a cada 5 leitos 
• 1 técnico de enfermagem a cada 3 leitos 
Alta proporção de Enfermeiros = baixa taxa de mortalidade e complicações 
HU: 1 anestesista coordenador do dia (ex: 10 anestesistas naquele dia, os 10 são 
escalados pelo coordenador e este, como coordenador é responsável do dia, fica 
responsável por avaliar os PO. 
HC: 1 anestesista coordenador e 1 anestesista responsável pelo SO. 
 
SRA: Definição 
“Local onde o paciente permanece após o ato anestésico cirúrgico até que haja retorno 
da consciência, normalização dos reflexos e dos sinais vitais sob observação e cuidados 
constantes da equipe de enfermagem com a finalidade de prevenir as intercorrências 
do período pós-anestésico”. 
Ferraz, 1980 
“Local de cuidados intensivos de pacientes em POI de intervenções cirúrgicas, para 
recuperação completa da consciência, estabilidade hemodinâmica e acompanhamento 
de complicações" 
Cassiane Lemos 
 
 
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103 
 
Assistência de enfermagem na SRA 
“Atuação de enfermagem especializada, capaz de detectar rapidamente alterações na 
evolução clínica do paciente e tomar as providencias” 
Profa. C. Peniche 
• Equipe multiprofissional treinada 
• Cuidados individualizados e de alta complexidade 
- Saber manejar cada diferente tipo de PO de acordo com as especificidades; 
• Prevenção de complicações 
- Agir rapidamente 
 
Objetivos da Assistência na SRA 
• Reestabelecer do equilíbrio psicofisiológico do paciente 
• Proporcionar o alívio da dor S/N 
• Prevenir e detectar complicações pós-anestésicas e pós-operatórias 
 
Histórico 
• 1863 (Inglaterra) – Florence Nightingale: primeiros relatos sobre local de 
observação ao lado das salas de cirurgias 
• 1992 (EUA) – ASA: protocolo para cuidados pós-operatórios (todos os pacientes 
submetidos à anestesia deveriam receber cuidados intensivos na SRA) 
• 1993 (Brasil) – CFM: Resolução 1363/93, todo paciente deve ser encaminhado à 
SRA no POI 
• 1994 (Brasil) – MS: obrigatoriedade de SRA para atender no mínimo dois 
pacientes simultaneamente 
 
SRA – Preparo do leito 
• Equipamentos básicos (que a SRA tem que ter para receber os pacientes) 
- Termômetro 
- Manta térmica (priorizar a região toráxica) / soro aquecido (ATENÇÃO À 
HIPOTERMIA) 
- Bomba de infusão (eletrólitos, drogas vasoativas) 
- Desfibrilador e material para via aérea 
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104 
 
- Ventilador mecânico 
- 2 saídas de oxigênio com fluxômetro 
- Saída de ar comprimido - Saída de vácuo e aspiração MONTADA 
- Oxímetro de pulso, cardioscópio, esfigmomanômetro 
 
Admissão do paciente na SRA 
• Transporte seguro até a SRA 
- Manter oferta de oxigênio sob nebulização ou cateter.- Oximetria de pulso 
- Cabeceira e dorso elevados (se não contraindicado), cabeça lateralizada 
- Grades elevadas e aquecimento do paciente 
 
Passagem de plantão: Procedimento realizado, tipo de anestesia, anestésicos e 
medicamentos administrados, cateteres e drenos = planejamento da assistência de 
enfermagem 
 
O que avaliar na admissão do paciente na 
SRA? 
PERÍODO CRÍTICO QUE EXIGE CUIDADOS INTENSIVOS – verificação dos SSVV 
A - airway (vias aéreas) – ESTÁ VENTILANDO? (expansão torácica) 
• Colocar nebulização ou cateter 
B - breathing (respiração) - (saturação = mais de 92%) 
• Verificar FR 
C- circulation (circulação) - Cardioscópio 
• Aferidor de PA 
 
 
 
 
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105 
 
O "ABC” determina a sequência de avaliação/monitorização do paciente na SRA 
• Sinais vitais (FR, saturação de oxigênio, FC, pressão arterial e temperatura) 
 
1° hora A cada 15 min 
2° 
hora 
A cada 30 min 
3° 
hora 
A cada 1h 
4° 
hora 
A cada 1 ou 2h (a 
critério do enf) * 
 
A critério do enf = depende da estabilidade do paciente; 
• Presença de dor e reações adversas 
• Débito de sondas e drenos 
• Tipo e aspecto do curativo 
• Histórico (comorbidades) e alergias 
• Tipo de procedimento, tipo de anestesia e tempo anestésico cirúrgico 
• Aplicação da escala de recuperação anestésica (EX: Aldrete e Kroulik) 
 
Escala de Aldrete e Kroulik (1970) 
• Objetivo: avaliar as condições de admissão e evolução do paciente na SRA; 
estabelecer critérios de alta 
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106 
 
 
• Diferença muito grande entre o nível da PA atual e o nível da PA pré-anestésica = 
nota 0; 
- Considerar PA de base do paciente 
• Completamente acordado = comunicativo ou não. 
 
 
Outras escalas – Escala de Steward: 
Avaliação Pediátrica – aplicável para crianças de 0 a 12 anos (máxima pontuação: 6) 
 
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107 
 
Paciente ainda sonolento na SRA? 
Paralisia residual pós-anestésica: fraqueza muscular pós-operatória associada ao uso de 
bloqueadores neuromusculares adespolarizantes. Utilizar reversor (sugamadex para 
rocurônio e neostigmina para os demais) 
Aytac et al., 2016 
• Pode aumentar as complicações pulmonares, a morbidade e a mortalidade no POI 
• Prevenção: reversores, monitorização neuromuscular 
 
Avaliar: 
- Tosse (é eficiente?) 
-  Reflexo laríngeo (deglutição - broncoaspiração) 
-  Dificuldade ventilatória (hipoxemia) 
-  Uso do TOF (Relação entre 4 estímulos >0,9) 
 
Manejo da sede no POI: Picolés de gelo mentolados (adição de mentol): ativam 
receptor de temperatura na cavidade bucal que enviam impulso nervoso à região 
cerebral. Transmite sensação de saciedade à sede do paciente; 
 
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM (SAE) 
• Resolução COFEN n°358/2009: Método que orienta o trabalho profissional 
composto por cinco etapas inter-relacionadas: coleta de dados (histórico), 
diagnóstico de enfermagem, planejamento (prescrição), implementação e 
avaliação (evolução) de enfermagem. 
• Permite uma assistência individualizada e que o profissional tenha maior 
visibilidade de suas ações 
 
Sistema de Enfermagem Perioperatório (SAEP) 
• Proposta por Jouclas e Castellanos (1985) 
• Assistência integral, individualizada, continuada, participativa e documentada 
 
O que é e o que deve conter no SAEP? 
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108 
 
• Instrumento de coleta de informações do paciente 
• Informações individuais do paciente (identificação, anamnese, exame físico) 
• Necessidades de cuidados de Enfermagem (diagnósticos de Enfermagem) 
• Intervenções; 
• Avaliação dos cuidados (resultados decorrentes da assistência prestada); 
• Documentação da assistência de enfermagem no período perioperatório; 
 
O que deve conter no SAEP da SRA? 
• Identificação do paciente 
• Tipo de anestesia e de procedimento 
• Espaço para SSVV conforme preconizado 
• Espaço para atribuição do Índice de Aldrete e Kroulik 
• Balanço hídrico 
• Dispositivos (cânulas, sondas, drenos e cateteres) 
= ANOTAÇÃO E EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM 
 
Admissão do Paciente na SRA - Passagem / recebimento do plantão 
• Nome e idade 
• Tipo de Cirurgia 
• Técnica anestésica 
• Histórico 
• Alergias 
• Anestésicos e medicamentos administrados 
• Balanço hídrico (volume e perdas) 
• Dispositivos 
• Intercorrências/complicações 
 
 
SISTEMA NEUROLÓGICO 
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109 
 
 
 
 
Ao ser chamado: 
• O paciente reagiu? 
• Acordou da anestesia? 
• Obedece a comandos? 
• Está orientado? 
• Consegue mover todas as extremidades e obedecer a comandos? 
• Há alterações na função neurológica em relação ao pré-operatório? 
Profa. C. Peniche 
SISTEMA CARDIOVASCULAR 
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110 
 
 
 
SISTEMA RESPIRATÓRIO 
• Manter oximetria de pulso 
• FR: ritmo, amplitude e expansibilidade 
• Atenção aos antecedentes e comorbidades 
• Rouquidão, dor, disfagia, laringo/broncoespasmo, edema subglótico 
 
 
 
SISTEMA RENAL 
• Observar quantidade, consistência e coloração dos fluidos eliminados 
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111 
 
 
 
SISTEMA DIGESTÓRIO 
• Náuseas e vômitos 
• RISCO DE ASPIRAÇÃO 
- INTERVENÇÕES (NIC) 
✓ Manter cabeça lateralizada 
✓ Manter dorso elevado 
✓ Administrar antieméticos conforme PM 
 
FERIDA OPERATÓRIA 
• Observar: 
- Presença de exsudato no curativo e o aspecto 
- Área ao redor do curativo e drenos 
- Distensão abdominal 
 
Técnica asséptica na troca de curativos 
 
CÂNULAS, CATETERES, SONDAS E DRENOS 
 
MONITOR 
----------------- 82 (FC) 
----------------- 97 (SatO2) 
PA (PAM – tem que estar acima de 75) 
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112 
 
 
 
https://enfermagemilustrada.com/entendendo-a-monitorizacao-multiparametros/ 
 
 
Anotação de Enfermagem 
• Data e Horário 
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https://enfermagemilustrada.com/entendendo-a-monitorizacao-multiparametros/
 
113 
 
• Concisa, clara e objetiva 
• Conter informações sobre a admissão do paciente que, preferencialmente, não 
estão contempladas no SAEP 
 
Diagnósticos, Evolução e Prescrição 
• Os diagnósticos são enumerados de 1 a 16; 
 
Principais complicações pós anestésicas 
• Complicações cirúrgicas (alterações nos SSVV) 
- Dor 
- Hemorragias 
• Complicações respiratórias relacionadas à anestesia: 
-  Hipóxia por: obstrução de VA, hipoventilação (depressão respiratória) 
-  Broncoaspiração 
• Complicações anestésico-cirúrgicas: 
-  Hipotermia 
-  Náuseas e vômitos 
• Complicações cardiovasculares: 
- HAS, hipotensão, arritmias, choque 
• Complicações renais: 
-  Retenção urinária, oligúria 
 
 
Segurança do paciente: 
“Evitar a ocorrência de eventos adversos, torná-los visíveis se ocorrerem, e minimizar 
seus efeitos com intervenções eficazes”. (OMS, 2008) 
Detecção precoce de sinais e sintomas + Medidas para pós-operatório seguro 
COMO EVITAR? Monitorização & Prevenção de complicações 
 
Segurança do paciente = Medidas para um pós-operatório seguro 
1) Pulseira de identificação (nome, idade e outras infos importantes) 
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114 
 
2) Pulseira de alerta (Vermelha = geralmente alergia; amarela = risco de queda;) 
3) Fixação adequada dos dispositivos(sondas e cateteres, por exemplo) 
4) Descrição cirúrgica 
5) Ficha de anestesia 
6) Prescrição médica para POI 
7) Identificação de acessos venosos, dispositivos e soros com data e hora 
https://portal.coren-sp.gov.br/noticias/14-medidas-para-um-pos-operatorio-seguro/ 
 
Aspectos psicoemocionais do paciente cirúrgico: MEDO, DOR, DESCONFORTOS E 
BUSCA DE AMPARO 
• Avaliar presença de dor, urgência miccional, distensão abdominal, hemorragias 
• Orientar o paciente e a família quanto ao estado de saúde e à cirurgia; 
• Ouvir o paciente atentamente e oferecer suporte emocional; 
 
Humanização 
• Boletim informativo (horário para passar infos do paciente para a família) 
• Visita/ presença de acompanhante na SRA 
- Presença garantida por lei para menores de idade, idosos, gestantes e puérperas 
(a critério da enfermagem); 
 
Critérios de alta da SRA 
• Índice de Aldrete e Kroulik entre 8-10 
• SSVV estáveis 
• Orientação no tempo e espaço (se não estiver em VM) 
• Ausência de hemorragia e de retenção urinária 
• Ausência de náuseas e vômitos 
• Dor em níveis toleráveis 
• Reflexo de tosse presente 
• Ventilação espontânea adequada 
 
Visita pós-operatória 
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https://portal.coren-sp.gov.br/noticias/14-medidas-para-um-pos-operatorio-seguro/
 
115 
 
24-48h após o procedimento 
Objetivo: avaliar a assistência prestada no perioperatório bem como verificar o grau de 
satisfação do paciente e familiares 
 
• Habilidade da equipe multiprofissional em detectar e prevenir complicações 
• Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAEP) 
• A qualidade da assistência ao paciente cirúrgico está relacionada à complexidade 
que envolve seu cuidado bem como à implementação de um plano assistencial 
adequado 
• Segurança do paciente 
 
RELEMBRANDO... 
 
 
REFERÊNCIAS 
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116 
 
• Aula da Professora Juliana 
• Conselho Federal de Enfermagem (COFEN). Resolução n.543, de 01 de novembro 
de 2017. Dispõe sobre a prática do ato anestésico [Internet]. Brasília, DF; 2006 
Disponível em http://www.cofen.gov.br/resolucaocofen-5432017_51440.html 
• Conselho Federal de Medicina (CFM). Resolução n.1802, de 01 de novembro de 
2006. Dispõe sobre a prática do ato anestésico [Internet]. Brasília, DF; 2006 
[Acesso 2019 mar. 03]. Disponível em 
http://www.portalmedico.org.br/resolucoes/cFm/2006/1802_2006.htm 
• Aiken LH, Clarke SP, Cheung RB, Sloane DM, Silber JH. Educational levels of 
Hospital Nursing and surgical patient mortality. JAMA. 2003;290(12):1617-23. 
• OMS. World alliance for patient safety. Implementation manual surgical safety 
Checklist (first edition). Safe Surgery saves lives. 2008. [cited 2019 Mar 05]. 
Available from: http://www.who.int/patientsafety/safesurgery/tools_resources/S 
SSL_Manual_finalJun08.pdf. 
• Carta dos direitos dos usuários de saúde 
http://conselho.saude.gov.br/biblioteca/livros/carta5.pdf 
• Paschoal MLH, Rogenski NM. Sistema de assistência de enfermagem 
perioperatória. In: Cianciarullo TI, Gualda DMR, Melleiro MM, Anabuki MH, 
organizadores. Sistema de assistência de enfermagem: evolução e tendências. São 
Paulo (SP): Ícone; 2012. 5ed. p. 201-219. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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117 
 
parte 12 
Endoscopias 
Evolução histórica da cirurgia 
• Ao final do segundo milênio, o cirurgião rendeu-se à importância da fisiopatologia 
do trauma cirúrgico, tentando melhores resultados terapêuticos através de 
acessos mínimos com o objetivo de reduzir o traumatismo. 
• Trauma cirúrgico mínimo significa retorno breve das funções orgânicas, menor 
repercussão dolorosa, melhor função respiratória, melhor resultado na resposta 
humoral e menor tempo de internação. Estes são os principais argumentos que 
regem e justificam o emprego de incisões mínimas, mesmo sob a lógica de que 
operar em reduzidos campos pode tornar a técnica mais complexa. 
 
Técnica mais complexa = Exige destreza do cirurgião. 
 
Endoscopia, significa olhar dentro. Trata-se de uma especialidade médica que se ocupa 
de obter imagens diagnósticas utilizando-se de um endoscópio. O endoscópio é um 
aparelho que consta basicamente de uma fonte de luz e alguma forma de visualização 
da imagem. 
 
Vídeocirurgias: Método operatório minimamente invasivo que monitora o ato operatório 
em tela de vídeo e realiza operações complexas por meio de abordagem cirúrgica a 
partir do lúmen de vísceras ocas ou mediante minúsculas incisões de acesso a 
cavidades e espaços corpóreos. 
• Nasceu uma doutrina cirúrgica, e não apenas uma nova via de acesso 
• O princípio da invasão mínima na integridade corporal, o menor traumatismo 
tissular possível e as alterações mínimas da homeostase fisiológica se estendem 
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118 
 
muito além da abordagem anatômica e incluem fatores de segurança para o 
paciente. 
 
TIPOS LOCALIZAÇÃO EXEMPLOS 
Endoscopia 
• EDA 
• Colonoscopia 
• Coledocoscopia 
lúmen do 
esôfago, 
estomago, 
duodeno. 
lúmen do colo 
lúmen do 
colédoco 
Diverticulectomia 
 
Polipectomia 
Coledocolitotomia 
Laparoscopia Cavidade 
peritoneal 
Colecistectomia 
Toracoscopia Cavidade 
pleural 
Exerese de 
tumor de pulmão 
Retroperitoneoscopia Espaço 
Retroperitoneal 
Nefrectomia 
Cervicostomia Espaço Pré-
traqueal 
Tireoidectomia 
Artroscopia Articulações 
joelho 
Reconstrução de 
ligamentos 
 
 
Corte = LAPAROTOMIA (técnica aberta, exploratória) 
Buraquinhos (acessos) = LAPAROSCOPIA 
 
Como funciona a cirurgia por laparoscopia (cavidade peritoneal) 
Dependendo do objetivo das cirurgias, o médico irá realizar 3 a 6 acessos na região, por 
onde entrará uma microcâmera com uma fonte de luz para observar o interior do 
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119 
 
organismo e os instrumentos necessários para cortar e remover o órgão ou alguma 
parte afetada, deixando cicatrizes muito pequenas com cerca de 1,5 cm. 
 
Características das videolaparoscopias/ Vídeocirurgias 
• Imagens do campo cirúrgico projetadas em vídeos de alta resolução 
• Alta luminosidade do campo operatório; 
• Acompanhamento visual do campo operatório por toda equipe; 
• Manobras cirúrgicas mais precisas 
• Estruturas anatômicas ampliadas e melhor identificadas 
• Secções, ligaduras e oclusões das estruturas mais exatas; 
• Meticulosa e seletiva eletrocauterização monopolar e bipolar dos tecidos; 
• Uso de ultra-sonografia para dissecção. 
 
Vantagens 
• Maior satisfação dos pacientes; 
• Menor traumatismo operatório; 
• Restabelecimento mais rápido pós-operatório; 
• Menor trauma peritoneal; 
• Menor risco de formação de aderências entre órgãos intra-abdominais; 
• Menor índice de infecção, diminuindo a necessidade de utilização de antibióticos; 
• Cicatriz operatória menos evidente. 
• Preservação da dinâmica da parede abdominal; 
• Menor custo operacional global e menor tempo de internação; 
• Menor índice de complicações cardio-vasculares e pulmonares em pacientes de 
alto risco (idosos, cardiopatas...); 
• Menor imunodepressão; 
• Menor dor no pós operatório imediato e tardio. 
 
Equipamentos para vídeocirurgia 
• Ótica 
• Fonte de luz fria com cabo de fibra óptica 
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120 
 
• Monitor de vídeo/TV 
• Microcâmera 
• Estabilizador de Voltagem 
• Insuflador de CO2 
• Processadora de imagem 
 
ÓTICA 
É formada por um sistema de lentes que conduz a imagem do local a ser operado para 
o monitor de vídeo, podendo variar seu diâmetro e angulação, dependendo doacesso à 
cavidade. 
 
Fonte de luz fria 
• Deve possuir brilho ajustável e oferece maior iluminação 
• Adaptação ajustável do cabo de fibra ótica. 
• Cuidado no manuseio → delicadeza das fibras 
 
Microcâmera 
• É o componente mais importante do sistema de vídeo. O seu cabo transfere a 
frequência de sinal para um controlador de câmera que modifica o sinal e 
transmite a imagem a um monitor de vídeo/TV. 
 
Monitor - Deve ser compatível com o sistema de câmera e com boa resolução de 
imagem 
 
Insuflador 
Insuflador+ torpedo de CO2 + mangueira de aço Inox+ Mangueira estéril + agulha de 
Verres. 
• Função: encher a cavidade peritoneal de CO2 
• Visualizar as estruturas abdominais 
• Criar pneumoperitônio 
 
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121 
 
Pneumoperitônia 
Para que seja possível visualizarmos os órgãos da cavidade abdominal é necessário 
provocar sua distensão com o uso do dióxido de carbono (CO2), o que chamamos de 
pneumoperitônio. 
Pinheiro, 1997 
Pneumoperitônio é a presença de ar na cavidade abdominal. Pode ser uma condição 
patológica, devida à perfuração de vísceras ocas, mas pode também ser uma técnica 
cirúrgica. 
Pneumoperitônio natural = Muitas vezes, a perfuração de seções do trato gastrintestinal 
dá origem a pneumoperitonio, no entanto, outras causas de pneumoperitônio têm sido 
descritas, destacando-se a peritonite espontânea por bactérias produtoras de gás, o pós-
operatório de cirurgias abdominais e doenças diversas 
O pneumoperitônio como técnica cirúrgica: Para a realização da videolaparoscopia é 
criado um espaço na cavidade abdominal e pélvica, para que permita a inserção, dos 
instrumentos e a manipulação sobre os órgãos internos abdominais e pélvicos. O 
pneumoperitônio é realizado com uma agulha denominada veress. É uma agulha longa 
de 12cm a 18cm de comprimento e de calibre que oscila de 2mm a 3mm. A agulha é 
ligada a uma mangueira de CO2 e o abdome é insuflado com intracavitárias. A região da 
cicatriz umbilical é a mais indicada para fazer a introdução da agulha, pois tem menos 
tecido subcutâneo, está mais aderida ao peritônio e é menos vascularizada. Há novas 
técnicas, desenvolvidas recentemente, para tentar minimizar os riscos da introdução às 
cegas da agulha de Veress, que pode lesar estruturas nobres no interior da cavidade 
abdominal. 
 
Pneumoperitônio: Dentre os vários tipos de gases testados para insuflar a cavidade 
abdominal, o escolhido foi o dióxido de carbono (CO2) por ter as seguintes 
características: 
• Não é combustível, portanto não apresenta risco de explosão 
• Possui alta solubilidade, sendo rapidamente absorvido pelo peritônio eliminado pelos 
pulmões. 
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122 
 
 
 
Enfermagem na sala operatória 
- Antes do procedimento: 
• Separar os materiais conforme o procedimento (descartáveis, instrumentais) 
• Verificar dispositivos para posicionamento cirúrgico 
• Checar o sistema de vídeo (ligar, verificar conexões e testar funcionamento da 
câmera) 
• Verificar o nível do gás do cilindro de CO2, manter torpedo reserva 
 
- Durante o procedimento, observar: 
• Monitorização de CO2 respiratório 
• Pressurização excessiva (força o CO2 a se difundir para dentro da corrente 
sanguínea, resultando hipercabia) 
• Drenagem conteúdo gástrico - Pressão excessiva aumenta a pressão diafragmática 
que pode resultar em regurgitação gástrica e broncoaspiração 
• Temperatura corporal do paciente - O gás é frio e pode causar redução da 
temperatura corporal do paciente, principalmente em tempo prolongado de 
procedimento cirúrgico 
• Realizar as conexões ao sistema de vídeo 
• Atende solicitações da equipe cirúrgica 
• Realizar a gravação do procedimento no sistema de vídeo 
 
- Ao final do procedimento 
• Cirurgião ou Assistente deve fazer pressão sobre o abdome para retirar a maior 
quantidade de gás residual possível antes da remoção do último trocarte. 
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123 
 
• A sutura da pele pode ser feita com cola cirúrgica ou curativo oclusivo 
• O gás CO2 irrita o nervo frênico que inerva o diafragma, provocando dor pós-
operatória no ombro e cervical. 
• OBS: O gás frio também contribui para embaçamento da ótica. O embaçamento 
acontece sempre que um instrumento frio entra no ambiente úmido e aquecido do 
corpo. 
 
- Após o procedimento: 
• Desconectar os cabos do sistema de vídeo 
• Finalizar a gravação no sistema de vídeo 
• Providenciar aquecimento do paciente 
• Auxiliar o anestesista no despertar da anestesia e encaminhar o paciente para a 
recuperação anestésica 
 
Riscos relacionados aos pacientes 
submetidos à vídeo cirurgia 
Perfurações relacionadas à inserção da agulha e do trocater: 
• Perfuração das estruturas abdominais, como estômago, bexiga, útero e vasos (mais 
frequentes na colocação do primeiro trocater) 
• Enfisema do tecido celular subcutâneo: pode ser explicado pela ponta da agulha de 
verres estar fora da cavidade abdominal. 
• Pneumotórax: pode ocorrer pela passagem do gás carbônico peritonial ao tórax e 
tecido celular subcutâneo ou em razão de má formação da região ou traumatismo 
cirúrgico, associado ou não ao aumento exagerado da pressão intraabdominal. 
 
Complicações relacionadas ao pneumoperitônio: 
• Alterações respiratórias: muito frequentes e estão relacionadas a complacência 
pulmonar total e a capacidade residual reduzidas após a retirada do gás carbônico. 
• Embolia gasosa: pelo gás carbônico insuflado no peritônio ou alteração do ritmo 
cardíaco com redução da frequência cardíaca. 
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124 
 
• Assistolia: atribuída a profunda estimulação vagal como reflexo da distensão brusca 
do peritônio. 
• Hipotermia (menos frequente), porém o uso da manta térmica é indicado quando 
a temperatura for menor que 35ºC. 
 
Complicações relacionadas aos instrumentos de vídeocirurgia 
• Lesões de órgãos e estruturas intra-abdominais como perfurações, lesões térmicas 
e obstrução de estruturas importantes por clipagem incorreta 
 
Referências 
• Aula da professora Rita Burgos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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125 
 
parte 13 
 
Hemostasia cirúrgica 
Conceito: detenção do fluxo sanguíneo que extravasa de um ou mais vasos lesados 
acidental ou propositalmente. 
 
Processo de cicatrização 
• Extravascular: ação fisiológica dos tecidos subcutâneos, músculos e pele; 
• Vascular: 
- Características funcionais dos vasos: tipo, calibre, tônus e localização. 
- Aspectos individuais: alteração na constituição e funcionalidade (idade, afecções, 
estado nutricional etc.) 
 
• Intravascular: coagulação sanguínea 
 
Fibrina = malha de células que vai tampar o orifício em sangramento. 
 
Tipo de hemostasia 
• Espontânea: Oclusão de vasos por contração ou por ação dos coágulos que obstrui 
a luz dos mesmos 
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126 
 
• Provocada: secção de grandes vasos – procedimentos técnicos 
Na artéria o sangue corre com mais velocidade e pressão = maior perda sanguínea em 
comparação a outros vasos. 
 
Objetivos da hemostasia cirúrgica 
• Mínima perda de sangue 
• Mínima destruição de tecidos 
• Facilitar procedimentos de cicatrização 
• Prevenir deiscência e infecção 
 
Tipos: 
• Temporária 
• Definitiva 
 
Corte = se as bordas não forem aproximadas, a cicatrização vai ocorrer naturalmente de 
dentro para fora, com o processo de granulação (granulomas); 
 
Hemostasia temporária 
• Diminuir ou conter temporariamente o sangramento em um ou maisvasos 
• Pode ser incruenta ou cruenta 
 
- Meios físicos 
o Pinçamento 
o Compressão 
o Garroteamento 
▪ Manguito de pressão 
▪ Torniquete pneumático 
▪ Garrote 
▪ Faixa de Esmarch 
 
- Meios químicos: aplicação tópica ou sistêmica de produtos farmacológicos 
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127 
 
o Hipotensão controlada 
o Antifibrinolíticos 
o Coagulantes 
o Vasoconstritores 
- Outros meios: 
o Parada circulatória com hipotermia 
o Oclusão endovascular 
 
Hemostasia definitiva 
- Meios físicos: 
o Ligadura 
o Tamponamento 
o Cauterização 
 
- Meios biológicos: 
o Cera de osso 
o Esponjas de gelatina 
 
- Outros: colágeno de fibrina 
FLOSEAL: grânulos de gelatina e trombina humana 
 
Gelfoam 
• gelatina absorvível de pele animal 
• indicado em procedimentos cirúrgicos, como auxiliar na obtenção de hemostasia. 
 
 
Surgiflo 
• controla o sangramento (• Observar qualificação do cirurgião assistente 
• Responsabilidade integral pelo ato cirúrgico 
• Responsabilidade de planejamento, execução e comando da cirurgia 
• Conduzir a cirurgia e fazer as manobras principais 
• Manter a ordem, disciplina e harmonia do ato operatório 
 
Cirurgião-assistente 
• Prestar auxílio ao cirurgião durante o procedimento 
• Certificar-se de que o prontuário e os exames pré-operatórios estejam presentes 
• Realizar os procedimentos no pré-operatório imediato 
• Colaborar com o instrumentador na montagem da mesa e no pedido de materiais 
ao circulante 
• Fazer a antissepsia do paciente 
• Realizar as atividades delegadas pelo cirurgião principal 
• Substituir o cirurgião responsável, se necessário. 
• Realizar as técnicas intraoperatórias da melhor forma possível 
• Permanecer ao lado do paciente até que seja encaminhado à SRPA (Sala de 
Recuperação Pós Anestésica); 
 
Anestesiologista 
• Realizar a avaliação pré-operatória 
• Manter a vigilância permanente do paciente anestesiado 
• Ministrar drogas para que o ato cirúrgico seja realizado de maneira segura e sem 
dor 
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8 
 
• Manusear equipamentos de anestesia 
• Monitorar o estado geral do paciente 
• Cuidar do nível de consciência 
• Manter as funções vitais 
• Identificar e tratar qualquer alteração que possa ocorrer 
• Responsabilizar-se por todas as consequências decorrentes do ato anestésico; 
 
Auxiliar de anestesia 
• Promover um atendimento de qualidade à equipe de anestesia 
• Cumprimento das rotinas estabelecidas 
• Preparar aparelho de anestesia 
• Verificar os itens obrigatórios na gaveta de medicações 
• Conferir todas as conexões entre aparelhos 
• Auxiliar o anestesista nos diversos procedimentos anestésicos 
• Encaminhar ao CME (Central de Material Esterilizado) os materiais para 
reprocessamento 
• Realizar desinfecção dos equipamentos; 
 
Instrumentador cirúrgico - (mínimo auxiliar de enfermagem) - Resolução n.214/1998 do 
COFEN (Conselho Federal de Enfermagem) (instrumentação cirúrgica é uma atividade 
da enfermagem) - Funções 
• preparar a mesa cirúrgica 
• controlar o material utilizado durante o ato cirúrgico 
• auxiliar na colocação dos campos cirúrgicos 
• transferir o instrumental da mesa para as mãos do cirurgião 
• controlar o instrumental, compressas e gazes no intraoperatório e no momento de 
fechamento da cavidade 
Pertence ao quadro de funcionários do hospital ou da equipe 
 
Auxiliar Administrativo - Funções 
• preparar a mesa cirúrgica 
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9 
 
• controlar o material utilizado durante o ato cirúrgico 
• auxiliar na colocação dos campos cirúrgicos 
• transferir o instrumental da mesa para as mãos do cirurgião 
• controlar o instrumental, compressas e gazes no intraoperatório e no momento de 
fechamento da cavidade; 
 
Considerações finais 
• Reconhecer que as pessoas são fatores-chave para atingir as metas do Centro 
Cirúrgico. 
• Elas devem ser valorizadas e reconhecidas por sua importância no que se 
relaciona ao êxito do ato anestésico-cirúrgico. 
 
 
REFERÊNCIAS 
• Aula da Professora Rita Burgos 
• Conselho Federal de Enfermagem. Resolução n. 94406, de 8 de junho de 1987. 
Dispões sobre o exercício profissional de enfermeiros, técnicos e auxiliares de 
enfermagem. In: Conselho Regional de Enfermagem. Documentos Básicos de 
Enfermagem. São Paulo, 1997. 
• Possari JF. Centro cirúrgico: planejamento, organização e gestão. São Paulo: Iátria; 
2004. 
• Recursos Humanos em Centro Cirúrgico. Costa, ALS; Coutinho, RMC; Carvalho, R. 
Cap.4, pag. 53-69 In: Enfermagem em Centro Cirúrgico e Recuperação.2 ed. 2016 
 
 
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parte 2 
Informações necessárias: 
- Localização do hospital 
• porte hospitalar 
• filosofia do hospital 
• especialidades 
 
- Tipo de cirurgias 
- N° de cirurgias 
 
 
Organização do centro cirúrgico 
Unidade de centro cirúrgico: é o conjunto de elementos destinados as atividades 
cirúrgicas, bem como à recuperação anestésica e pós-operatória. (MS 1987) 
 
Planejamento: RDC 50 / 2002 
Área crítica de zoneamento, ambiente onde: 
• Existe risco aumentado de transmissão de infecção. 
• Se realizam procedimentos de risco 
• Pode haver pacientes com sistema imunológico comprometido 
 
Classificação das áreas (AORN) 
• Áreas irrestritas ou não restritas: aquelas nas quais a equipe pode usar roupas de 
rua e circular sem restrições 
Tipo de instrumental 
Quantidade de instrumental 
N° salas operatórias 
N° recursos humanos 
N° recursos materiais 
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• Áreas semi-críticas: áreas de processamento e estocagem de equipamentos e 
suprimentos, bem como os corredores que levam às áreas restritas da SO. O 
pessoal deve usar vestimenta privativa e o paciente gorro. 
• Áreas restritas: incluem a sala de operação, o centro limpo e a área da pia de 
escovação. O uso da máscara é obrigatório. 
 
CLASSIFICAÇÃO DO TRATAMENTO CIRÚRGICO 
• Momento Operatório (evolução do quadro clínico) 
o Emergência (imediata) 
o Urgência 
o Eletiva (agendada previamente) 
 
• Finalidade do procedimento 
o Paliativa 
o Radical 
o Plástica 
o Diagnóstica 
 
• Risco cardiológico (perda de fluido e sangue) 
o Pequeno porte 
o Médio porte 
o Grande porte 
 
Duração (Tempo Cirúrgico) 
• Porte I (até 2h) 
• Porte II (2 a 4 hs) 
• Porte III (4 a 6 hs) 
• Porte IV (+ de 6 hs) 
 
Potencial de contaminação 
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13 
 
• Limpa (realizadas em tecidos estéreis, na ausência de processo inflamatório ou 
infeccioso local, cirurgias eletivas atraumáticas, e em cirurgias que não ocorre 
penetração nos tratos digestório, respiratório e urinário) 
• Potencialmente contaminada (realizadas em tecidos colonizados por flora 
residente pouco numerosa ou em tecidos de difícil descontaminação ou ainda 
quando ocorre penetração nos tratos digestório, respiratório, e urinário, sem 
contaminação significativa. 
• Contaminada (realizadas em tecidos traumatizados recentemente e abertos ou 
em tecidos colonizados por flora bacteriana abundante, cuja descontaminação é 
difícil ou impossível. Também por falhas técnicas. 
• Infectada (quando realizada em qualquer tecido infectado com supuração local, 
tecido necrótica ou corpos estranhos); 
 
UNIDADES DE SUPORTE DO CENTRO CIRÚRGICO 
• Almoxarifado, CME, Lavanderia, Banco de sangue, Laboratório e Unidade de 
Diagnóstico por Imagem 
 
 
AMBIENTE DO CENTRO CIRÚRGICO 
• Área de recepção do paciente 
• Sala de guarda e preparo de anestésicos 
• Área de indução anestésica 
• Área de escovação (degermação cirúrgica dos braços) 
• Sala de pequena cirurgia (oftalmologia, endoscopia, otorrino etc.) 
• Sala média de cirurgia (geral) 
• Sala grande de cirurgia (ortopedia, neurologia, cardiologia etc.) 
• Sala de apoio às cirurgias especializadas 
• Área para prescrição médica 
• Posto de enfermagem e serviços 
• Área de recuperação anestésica 
• Guarda de material esterilizado 
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AMBIENTE DE APOIO DO CENTRO CIRÚRGICO 
• Sala de guarda de material e medicamentos 
• Sala de depósito de cilindros de gases 
• Sala de guarda de equipamentos 
• Laboratório de anatomia patológica 
• Laboratório para revelação de radiografias 
• Rouparia 
• Expurgo 
• Sala de material de limpeza 
• Sala de estar para osfuncionários 
• Copa 
• Sala de espera com banheiros 
• Vestiários com banheiro 
 
PLANEJAMENTO DA ESTRUTURA: 
• Localização: área independente da circulação geral 
o acesso livre e fácil de pacientes 
o área de pouca circulação 
o área próxima à CME 
o área próxima à SRPA 
• Salas operatórias: corresponde ao movimento cirúrgico 
o considerar: especialidades, convênios, duração média das cirurgias, n° de 
casos de emergência, equipamentos a serem utilizados, número de pessoas 
no intra-operatório. Área mínima: 20 m2 
 
 
RDC 50/2002 Planejamento da estrutura/arquitetura: 
• Pisos 
• Paredes 
• Portas 
• Janelas 
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• Ventilação 
• Iluminação 
• Instalação elétrica 
• Instalação fluido-mecânica 
• Sistema de segurança 
• Equipamentos fixos: adaptados à estrutura da sala 
• Equipamentos móveis: podem ser deslocados de uma sala a outra 
 
Instrumentos 
• Impresso para Sistematização da Assistência de Enfermagem Peri operatória 
(SAEP) 
• Aviso de SO 
• Lista de cirurgias 
• Pedido de anatomopatológico 
• Pedido de sangue 
• Impresso para descrição da cirurgia 
• Impresso para prescrição médica 
 
 
Manual 
• Organograma da unidade 
• Competência da unidade 
• Atribuições dos funcionários 
• Normas 
• Rotinas 
• Procedimentos de enfermagem 
• Descrição dos impressos específicos 
• Relação dos materiais a serem utilizados em cada cirurgia 
• Instruções para uso e manuseio de aparelhos 
• Planta física 
 
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REFERÊNCIAS 
• Aula da Professora Rita Burgos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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parte 3 
 
SISTEMATIZAÇÃO DO PROCESSO DE CUIDAR DE PACIENTES EM CENTRO 
CIRÚRGICO 
QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA 
BUSCA O APRIMORAMENTO TÉCNICO CIENTÍFICO 
 ATENÇÃO PARA UMA ASSISTÊNCIA INDIVIDUALIZADA/ HUMANIZADA 
ENFERMAGEM PERIOPERATÓRIA 
• É UM PROCESSO SISTEMÁTICO E PLANEJADO COM UMA SÉRIE DE PASSOS 
INTERLIGADOS. 
• A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PERIOPERATÓRIA ENGLOBA AS TRES 
ETAPAS DA EXPERIÊNCIA CIRÚRGICA: 
 
 PRÉ-OPERATÓRIA (*) 
 TRANS-OPERATÓRIA(*) 
 PÓS-OPERATÓRIA(*) 
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Definição de termos 
• Período pré-operatório imediato: tem início na véspera da cirurgia até o 
encaminhamento ao centro-cirúrgico 
• Período transoperatório: desde a entrada do paciente no CC até o seu 
encaminhamento para a recuperação anestésica 
• Período intraoperatório: desde o início até o final da anestesia 
• Período pós-operatório imediato: desde a admissão do paciente na sala de 
recuperação anestésica até as primeiras 24 ou 48 horas pós-operatórias 
 
SISTEMA REFERENCIAL DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PERIOPERATÓRIA 
• continuada 
• participativa 
• individualizada 
• avaliada 
• holística 
• documentada 
 
 
 
 
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FLUXO OPERACIONAL DO SAEP (Comunicação dos dados) 
AVALIAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA 
IDENTIFICAÇÃO DE PROBLEMAS 
PLANEJAMENTO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM 
IMPLEMENTAÇÃO DA ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM 
AVALIAÇÃO PÓS OPERATÓRIA 
 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM – PERÍODO PRÉ OPERATÓRIO 
PLANEJAMENTO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM 
• Deve refletir a prática de enfermagem 
• Deve proporcionar a continuidade da assistência 
• Especificar intervenções de enfermagem para obter resultados desejados 
• Ser comunicado a todos os profissionais envolvidos na assistência 
Condições necessárias: recursos materiais e humanos necessários; documentação do 
plano, intervenção e evolução 
 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PERÍODO TRANSOPERATÓRIO 
IMPLEMENTAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM 
• Contempla as intervenções, registros, evolução e prescrição no período 
transoperatório e recuperação anestésica 
• RECEPÇÃO DO PACIENTE NO CENTRO-CIRÚRGICO 
• PESQUISAS 
• RECEPÇÃO DO PACIENTE DO C.C DEVE SER FEITA PELO ENFERMEIRO (A) DO 
C.C. 
 
AVALIAÇÃO PÓS-OPERATÓRIA 
• Avaliação pós-operatória com foco na prevenção de complicações 
• Comunicação com o paciente e família 
• Intervenção de enfermagem, anotações, evolução e prescrição de enfermagem 
 
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COMUNICAÇÃO DOS DADOS: 
• Equipe de enfermagem de CC 
• Enfermeiros da UTI ou Unidade de internação 
• Enfermeiros da recuperação anestésica 
• Família 
 
 
Conclusão SAEP 
1º. Impõe-se a necessidade de planejar e acompanhar a assistência de enfermagem nas 
diversas fases do processo cirúrgico 
2 º. Exige do enfermeiro uma visão integral e continuada das necessidades básicas 
afetadas do paciente e sua família 
3 º. O enfermeiro deve ter (implantar) um processo de trabalho planejado, sistemático 
e contínuo onde possa ser assegurada a avaliação e a monitorização da assistência de 
enfermagem 
4 º. Criar um instrumento eficaz 
5 º. A escolha do modelo operacional de sistematização da assistência deverá refletir a 
filosofia da instituição e da equipe de enfermagem como um todo 
 
 
REFERÊNCIAS 
• Aula da Professora Rita Burgos 
 
 
 
 
 
 
 
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21 
 
parte 4 
Avaliação pré-operatória 
Risco Cirúrgico: É toda possibilidade de perigo ou dano que ocorre com um paciente, 
candidato à cirurgia, decorrente de suas condições físicas, clínicas e psíquicas, de falhas 
das equipes de cirurgia e de enfermagem ou de fatores imprevistos que surjam durante 
os períodos pré, intra e pós-operatório. 
• Histórico de enfermagem – entrevista com o paciente e família (FONTES DE 
COLETA DE DADOS: Entrevista, prontuário, telefone e e-mail) 
• Registro 
• Comunicação dos dados 
 
IDENTIFICAÇÃO DE PROBLEMAS 
Aspectos a serem levantados na visita pré-operatória 
• Conhecimento e percepção do paciente 
• Estado emocional 
• Estado nutricional e hidratação 
• Resultados de exames recentes 
• Uso de próteses, órteses, drenos, sondas e infusões 
• Hábitos e uso de drogas: fumo, drogas anti-hipertensivas, hipoglicemiantes 
• Avaliar necessidade de uso de transfusão e vaga (garantida, se for o caso) em 
UTI 
• Alergias 
• Idade 
• Patologias pré-existentes 
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• Limitação física 
• Avaliação dos sistemas 
 
 
ATENÇÃO – EXAME FÍSICO 
1. Fatores Sistêmicos: hipovolemia, desidratação, desequilíbrio hidroeletrolítico, déficit 
nutricional, idade extrema, peso e infecções; 
2. Doenças pulmonares: bronquite, enfisemas, asmas, pneumonias, gripes; 
3. Doenças renais: nefrites e insuficiência renal aguda e crônica; 
4. Doenças cardiovasculares: insuficiência cardíaca congestiva, arritmias, hipertensão; 
5. Doenças endócrinas e hepáticas: diabetes, tireoidianas; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sistema Renal 
Rim: excreção das drogas anestésicas e seus metabólitos. Cirurgia está contraindicada 
na presença de problemas renais agudos, a menos que a cirurgia seja uma medida 
para salvar a vida, ou para melhorar a função urinária. 
 
Sistema Neurológico 
A avaliação do nível de consciência, orientação e respostas à comandos são partes 
importantes do ensino pré-operatório e proporciona parâmetros para o cuidado no pós-
operatório. Se existe déficit nesse sistema, o tipo de cuidado é afetado, cuidados 
especiais são necessários durante a experiência peri-operatória; 
 
Sistema musculoesquelético 
Deformidades do sistema músculo-esquelético, tais como osteoporose, podemcausar 
interferência nas posições intraoperatória e pós-operatório. 
 
Avaliação psicossocial 
Ansiedade e medo causados pela iminência da cirurgia podem interferir na quantidade 
de anestésicos necessários. A cirurgia é estressante para o paciente porque envolve o 
sentimento de medo da morte, invalidez e mutilações. O paciente mal informado que 
não aceitou a realização da cirurgia, torna-se agressivo e dificulta os cuidados 
cirúrgicos interferindo no pré-operatório e na sua cooperação e recuperação no pós-
operatório; 
 
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23 
 
Procedimentos pré-operatórios 
• Jejum (conforme rotina institucional) 
• Retirada de próteses dentárias e lentes de contato 
• Retirada de adornos e esmaltes 
• Higiene corporal (cabelo seco) com antisséptico (clorexidina)e oral prévia - 
Avaliação dentária 
• Esvaziamento vesical e intestinal 
• Tricotomia (conforme rotina institucional ou de equipe) 
• Sinais Vitais 
• Marcação cirúrgica 
• Medicação pré-anestésica 
 
Instrumento de classificação do estado físico do paciente 
A classificação de estado físico da American Society of Anesthesiologists (ASA PS), 
introduzida na prática clínica em 1941, obteve ampla aceitação, sendo hoje empregada 
em todo o mundo na caracterização dos pacientes submetidos à anestesia e/ou cirurgia 
(Saklad, 1941). 
A classificação ASA PS relaciona critérios objetivos (ausência ou presença de moléstias 
associadas ao problema cirúrgico em pauta) com a subjetividade inerente à impressão 
que tem o médico classificador do impacto da doença sobre a homeostasia e 
expectativa de desfecho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ASA (American Society of Anesthesiologists) 
 
 
 
SISTEMAS AVALIADOS NO PERÍODO PRÉ OPERATÓRIO 
 
 
 
 
 
 
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FLUXO OPERACIONAL DO SAEP - PLANEJAMENTO DA ASSISTÊNCIA DE 
ENFERMAGEM 
Prescrição de enfermagem 
• É o conjunto de condutas decididas pela enfermeira que direcionam e coordenam 
a assistência de enfermagem ao paciente de forma individualizada e contínua 
• A prescrição de enfermagem é complementada quando houver alteração nas 
condições do paciente, precedida por uma evolução pertinente à alteração 
• Realizada a partir da análise de dados objetivos 
• Por prioridade ou itens 
• Específica para cada paciente 
• Validar a prescrição com o paciente e família 
 
Orientações pré-operatórios 
• Desconfortos esperados (posicionamento, drenos etc.) 
• Orientar sobre procedimento anestésico cirúrgico 
• Outras orientações pertinentes ao tipo de procedimento (deambulação precoce, 
ensino do uso de dispositivos etc.) 
• Estimular o autocuidado 
 
Importante 
- CHECAR: - verificar se todos os termos estão assinados e no prontuário 
 - Termo de consentimento 
- ANOTAR - Registrar de maneira completa todas as observações pertinentes 
 
Muitas intercorrências (diria a maioria) podem ser evitadas quando a equipe de cirurgia, 
o anestesista e a equipe de enfermagem estão conscientes de suas atribuições e dos 
riscos a que o paciente está exposto e assumem com responsabilidade o que lhes 
competem. 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
• Aula da Professora Rita Burgos 
• SOBECC. Diretrizes de Práticas em Enfermagem Cirúrgica e processamento de 
produtos para a saúde. São Paulo: Atheneu, 2017. 
• MEEKER,M.H.; ROTHEOCK,J.C. Alexander: cuidados de enfermagem ao paciente 
cirúrgico. 10ª.ed. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 1997. 
• PHIPPS,W.J.;SANDS,J.K.;MAREK,J.F. Medical Surgical Nursing, Concepts & Clinical 
Pratice. Mosby, St Louis. 6o ed., 1999. 
• SMELTZER,S.C.; BARE,B.G. Brunner/ Suddarth. Tratado de enfermagem médico-
cirúrgica. 10ª.ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 2005. 
 
 
 
 
 
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parte 5 
Assistência de enfermagem no Intraoperatório 
• Diminuição do risco cirúrgico 
• Manutenção do ambiente seguro para o paciente 
• Promoção da recuperação no período pós-operatório 
 
ORGANIZAÇÃO!!! 
• Escovas nos lavabos 
• Impressos em SO 
• Testar o funcionamento dos equipamentos (aspirador, bisturi, tomadas, mesas 
etc.) e presença de todo mobiliário de sala 
• Verificar a necessidade de equipamento especial, necessidades de posicionamento 
ou implantes 
 
Recepção paciente no CC 
• Nível de consciência 
• Estado emocional 
• Sinais vitais 
• Condições da pele 
• Presença de punção venosa 
• Permeabilidade da punção, infusões instaladas 
• Acesso venoso possível para punção periférica 
• Presença de sondas, drenos e outros equipamentos 
• Condições crônicas 
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• Alergias 
 
Checar mais uma vez o preparo pré-operatório imediato 
• Tempo de jejum 
• Cumprimento da prescrição médica e de enfermagem 
• Consentimento informado para a cirurgia 
• Coleta de exames para tipo sanguíneo e tipo Rh 
• Perguntar ao paciente sobre a necessidade urinar caso não esteja sondado 
• Checar os papéis, exames, prontuário e papeleta 
• Checar a identificação do paciente 
• Verificar o procedimento a ser realizado (incluindo sítio operatório, lado e via de 
acesso cirúrgico): anestesista, cirurgião e enfermeiro – procedimento institucional 
para marcar a pele no ou próximo ao sítio de incisão 
 
 
PREPARAR O AMBIENTE- AUXILIAR A EQUIPE: 
• Auxiliar a paramentação cirúrgica 
• Auxiliar no preparo das mesas de instrumentos 
• Auxiliar no preparo do campo operatório a fim de proporcionar um início de 
cirurgia funcional e tranquilo. 
 
PACIENTE EM SALA OPERATÓRIA: 
• Transferência do paciente da maca para a mesa cirúrgica 
• Posicionamento do paciente/ garantir uma posição anatômica adequada para o 
procedimento. 
• Proteger o paciente dos riscos relacionados aos equipamentos elétricos 
• Proporcionar suporte emocional durante a indução anestésica e cirurgia 
 
CUIDADOS ESPECIFICOS NO INTRAOPERATORIO 
• Eletrocirúrgia 
• Posicionamento 
• Prevenção de infecção do sítio cirúrgico 
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• Prevenção de hipotermia 
• Prevenção de retenção de itens cirúrgicos 
• Prevenção de TVP 
 
A HIPOTERMIA E O PACIENTE CIRÚRGICO 
• Hipotermia no perioperatório -> 50 a 90% dos pacientes - Borms et al. (1994) 
• Obs: Normotermia 36ºC-38ºC / Hipotermia menor 36ºC - MANNING; 
STOLLERMAN, 1993 
 
EFEITOS DELETÉRIOS DA HIPOTERMIA 
• Pulmonar / Cardiovascular / Neurológico / Metabólico / Gastrointestinal / Geral 
 
 
MENSURAÇÃO DA TEMPERATURA 
• Temperatura corporal ou periférica: pele 
• Temperatura central: Hipotálamo 
Stevens, Johnson, Langdon (2000) 
 
 
MENSURAÇÃO DA TEMPERATURA CORPORAL EM TODO PERIOPERATÓRIO 
• PERIFÉRICA 
- Oral 
- Axila 
- Reto o Membrana timpânica (infravermelho) 
 
• CENTRAL 
- Nasofaringe 
- Esôfago 
- Artéria pulmonar o Bexiga o Membrana timpânica (via thermistor) 
AORN, 2017 
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30 
 
PRÉ-OPERATÓRIO 
Avaliação dos fatores de risco para hipotermia: 
• Extremos de idade (crianças e idosos) 
• Peso corporal 
• Condições pré-existentes (trauma, queimadura, problemas endócrinos etc.) 
• Tipo e duração da anestesia/cirurgia 
• Exposição de cavidades 
• Infusão de líquidos frios/ antissepsia feita com agentes químicos frios/ paciente 
descoberto/ inalação de gases frios 
• Temperatura da salade operação 
 SOBECC (2017); Leslie; Sessler (2003); Lenhardt (2003); AORN (2017); Thiele; 
Huffmyer; Nemergut (2008) 
 
MONITORIZAÇÃO DA TEMPERATURA 
• Preferencialmente o mesmo método durante todo perioperatório 
• Escolha baseada no posicionamento cirúrgico, grau de invasão, tipo de anestesia 
etc. 
• Método escolhido adequadamente calibrado 
• Registro das informações 
AORN, 2017 
 
 
PRÉ-OPERATÓRIO 
Pré-aquecimento: antes da indução anestésica 
• Previne a redistribuição interna de calor no organismo, aumenta o conteúdo de 
calor do compartimento periférico, acarretando redução de perda de temperatura 
entre os compartimentos central e periférico 
• Período ideal: 30 a 60 minutos de aquecimento pré-operatório + métodos de 
aquecimento no intraoperatório; 
• Minimizar a exposição do paciente 
• Manutenção da temperatura SO (24°C ou mais, se paciente hipotérmico) 
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31 
 
 SOBECC (2017); AORN (2017); Poveda; Clark; Galvão (2012) 
 
Aquecimento de fluidos (infusão e irrigação) 
 
 
DISPOSITIVOS 
 
 
• Se o paciente estiver hipotérmico na admissão da RPA: 
o Avaliação da temperatura corporal, coloração da pele e perfusão periférica/ 
SSVV 
o Manutenção da temperatura SO (24°C ou mais). 
o Líquidos aquecidos 
o Manutenção de um método ativo de aquecimento cutâneo 
• REGISTRO DAS INFORMAÇÕES 
AORN (2017); SOBECC (2017) 
 
 
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32 
 
PREVENÇÃO DE TVP 
Fatores de risco: 
• Estase venosa (+ 40 anos, câncer em tto, doença cardíaca, obesidade, gravidez ou 
pós-parto, prolongada imobilização, cirurgias com duração superior a 30 minutos, 
varizes) 
• Dano ao vaso (câncer em tto, CVC, queimaduras, cirurgia, trauma) 
• Hipercoagubilidade (câncer em tto, alteração coagulação, CO ou terapia hormonal, 
gravidez ou pós-parto, trauma) 
• Outros (fumo, doenças agudas e inflamatórias) 
 
COMPRESSÃO PNEUMÁTICA INTERMITENTE DE MMII (CPI) 
 
*Uso de meias de compressão 
 
Contra indicações CPI 
Comprometimento de MMII 
• Feridas 
• Dermatite 
• Doenças vasculares 
• ICC 
• Sensibilidade ao látex 
 
 
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33 
 
COMPLICAÇÕES 
• Síndrome compartimental 
• Lesões de pele 
• Alergia 
• Compressão nervosa 
 
 
PREVENÇÃO DE RETENÇÃO DE ITENS CIRÚRGICOS 
Contagem de compressas, cortantes e instrumentos 
• Contagem antes de iniciar o procedimento e ao final do mesmo 
• Realizada pelo circulante de sala e instrumentador 
• Documentar todo o processo de contagem (quem, como, informado ao cirurgião 
etc.) 
• Protocolo institucional em caso de discrepância de contagem: 
- Suspensão do fechamento da incisão 
- Exame da ferida 
- Inspeção visual da sala 
- Acionar RX 
 
 
Assistência de enfermagem no Intraoperatório 
• Auxiliar no balaço de fluídos 
• Proteger a dignidade e os interesses do paciente enquanto estiver sob o efeito 
de drogas anestésicas 
 
Anotações de enfermagem 
• Horário de entrada na SO 
• Início de anestesia e anestésicos utilizados 
• Tipo de anestesia 
• Início de cirurgia 
• Cirurgião e assistente 
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34 
 
• Cirurgia proposta 
• Local da placa de bisturi 
• Posição cirúrgica 
• Medicamentos utilizados 
• Ocorrências no transoperatório 
• Sondas e drenos presentes 
• Condições de encaminhamento para SRPA 
 
 
Anotações SO 
• Sangue, se foi infundido; 
• Se apresentou eliminação como: vômito, diurese, fezes; 
• O envio do espécime, para anatomopatológico; 
• Outras ocorrências durante o ato operatório; 
• Anotar operação realizada, horário e finalizar os gastos de cirurgia. 
OBS.: Preencher o gasto da cirurgia conforme itens do impresso próprio. 
 
 
Ao final do procedimento cirúrgico: 
• Observar o horário do término da cirurgia para solicitar na Sala de Preparo o 
"próximo", quando houver cirurgia a seguir; 
• Apagar o foco e desligar outros aparelhos; 
• Auxiliar no curativo cirúrgico; 
• Retirar cuidadosamente o paciente da posição cirúrgica e massagear ou 
fazer exercícios passivos nos locais que se mantiveram sob pressão; 
• Oferecer cuba com água ao anestesista se for necessário aspirar o paciente; 
• Afastar as mesas (auxiliar e instrumental). 
• Colocar o paciente no leito de transporte e encaminhá-lo até o Centro de 
Recuperação Anestésica, tendo o cuidado de conduzir a maca pela cabeceira, para 
facilitar a observação; 
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35 
 
• Notificar verbalmente (além da escrita) à enfermagem do Centro de Recuperação 
Anestésica, sobre ocorrência da cirurgia, estado do paciente, condições do curativo 
cirúrgico, sondas e drenos presentes, posição do paciente no leito; 
• Voltar à sala de operação e iniciar a ordem e limpeza concorrente (conforme 
rotina); 
• Deixar a sala equipada para uma próxima cirurgia 
 
Limpeza de SO 
• Limpeza preparatória 
• Limpeza operatória 
• Limpeza concorrente 
• Limpeza terminal 
- Diária 
- Periódica 
 
Limpeza preparatória 
• 1h antes da primeira cirurgia do dia 
• Plantão noturno: remover partículas de poeira depositadas no mobiliário, focos e 
equipamentos 
• Pano úmido, branco, solução detergente ou desinfetante 
• Indicado álcool 70% 
 
Limpeza operatória 
• Durante o procedimento cirúrgico, restrita ao redor do campo operatório 
• Remoção mecânica da sujidade 
• Compressa ou pano comum embebido em solução desinfetante, posteriormente 
desprezado e encaminho a lavanderia 
 
Limpeza concorrente 
• Ao término da cirurgia 
• Retirar todos os artigos “sujos”, limpeza de superfícies 
• Hamper fechado e encaminhado a lavanderia 
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36 
 
• Instrumentador: organização instrumental cirúrgico – CME 
• Desprezar conteúdos de drenos/ frascos aspiração 
• Tempo para limpeza: aproximadamente 1 hora (20-40`) 
 
Limpeza terminal 
• Limpeza terminal diária (SO, portas, lavabos...) 
• Limpeza terminal periódica (janelas, teto, grades de entrada e saída do ar-
condicionado) 
• Limpeza semanal do ar-condicionado; paredes do corredor 
 
Cirurgia ambulatorial ou cirurgia com internação de curta permanência 
• Conceito: é o procedimento cirúrgico de menor complexidade, que não necessita 
internação hospitalar ou que o tempo máximo de permanência não ultrapasse 24h 
(eventualmente pernoite). 
• Local: deve ser realizado com condições de antissepsia similares a procedimentos 
de maior porte. 
• Anestesia: mediante técnicas anestésicas local, loco-regional, com ou sem sedação 
e anestesia geral com drogas anestésicas de eliminação rápida. 
Resolução CFM 1886/2008 
 
Vantagens da cirurgia ambulatorial 
• Diminuição da ocupação de leitos 
• Diminuição do risco de infecção hospitalar 
• Retorno rápido ao domicílio 
• Menor tempo de privação do convívio familiar 
• Melhor aceitação do procedimento 
• Diminuição do tempo de recuperação 
• Redução da ansiedade, 
• Economia para o hospital, instituições de seguro e governamentais. 
 
 
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37 
 
Fatores limitantes 
• Tamanho da cirurgia 
• Doente em más condições clínicas 
• Cirurgias que exigem cuidados especiais (sondas, drenos) 
• Cirurgia com potencial para complicações hemorrágicas. 
• Cirurgias com uso de drogas especiais (heparina) 
 
Classificação dos estabelecimentos 
• Unidade tipo I 
- Consultório médico que mediante adaptação possibilita a realização de procedimentos 
médico-cirúrgicosde pequeno porte, sob anestesia local. 
• Unidade tipo II 
- Estabelecimento de saúde, independente de um hospital, que realiza procedimentos 
clínicos-cirúrgicos de pequeno e médio porte, com condições para internação de curta 
permanência. 
- Além das salas com as devidas especificações, a Unidade deve contar com sala de 
recuperação ou de observação do paciente. 
• Unidade tipo III 
- O estabelecimento de saúde independente de um hospital, onde realiza-se 
procedimentos com internação de curta permanência. Deve contar com equipamentos de 
apoio e infraestrutura, para internação de no máximo 24 horas, em períodos maiores deve 
ter hospital de apoio como referência. 
• Unidade tipo IV 
- Anexa a hospital geral ou especializado, que realiza procedimentos com internação de 
curta permanência, em sala cirúrgica ambulatorial ou do CC do hospital, e que utiliza a 
estrutura de apoio do hospital (SND, CME etc.) e equipamentos de infraestrutura (Gases, 
Sistema de coleta de RSS) 
Resolução CFM 1886/2008 
 
Critérios para seleção 
• Paciente sem doenças sistêmicas ou com doenças sistêmicas leves/moderadas 
(doença compensada) – ASA 1 ou 2 
• Cirurgias que não necessitam de cuidados especiais PO 
• Exigência de acompanhante adulto, lúcido e previamente identificado. 
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38 
 
Critérios para alta 
• Orientação no tempo e no espaço; 
• Estabilidade dos sinais vitais há pelo menos 60 minutos; 
• Ausência de náusea e vômitos; 
• Ausência de dificuldade respiratória; 
• Capacidade de ingerir líquidos; 
• Capacidade de locomoção, se não houver contraindicação; 
• Sangramento mínimo ou ausente; 
• Ausência de dor de grande intensidade; 
• Ausência de retenção urinária; 
• Conhecimento por parte do paciente e do acompanhante, verbalmente e por escrito, 
da relação dos cuidados pós-anestésicos e pós-operatórios, bem como a 
determinação da Unidade para atendimento de eventuais intercorrências. 
 Resolução CFM 1886/2008; Santos et al., 2008 
 
Cirurgia ambulatorial 
• Oftalmologia 
- Catarata 
- Pterígio 
- Ptose palpebral 
• Dermatologia 
- Tumores cutâneos 
- Nódulos 
• Plástica 
- Hiperplasia mamária 
- Quelóides ou cicatrizes 
 Pinto, Araujo, Gallani, 2005 
Estrutura física 
• Área de recepção e secretaria 
• Sala de atendimento de enfermagem 
• Vestiários com sanitários pacientes (M e F) 
• Vestiários com sanitários equipe (M e F) 
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39 
 
• Sala de atendimento médico 
• Lavabo 
• SO 
• SRPA 
• Sala de reserva materiais, equipamentos e medicamentos 
• Expurgo 
 
Dimensionamento da Equipe de enfermagem 
 
 
 
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40 
 
REFERÊNCIAS 
• Aula da Professora Vanessa 
• SMELTZER, S.C.; BARE, B.G. Tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 10ª ed. Rio 
de Janeiro. Guanabara Koogan, 2005. 
• ROTHROCK, J.C. Alexander Cuidados de enfermagem ao paciente cirúrgico. 13ª ed. 
Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. 1247p. 
• SOBECC. Diretrizes de Práticas em Enfermagem Cirúrgica e processamento de 
produtos para a saúde. São Paulo: Atheneu, 2017. 
• Association of Operating Room Nurses (AORN). Guidelines for perioperative 
practice. Denver, 2016. 
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41 
 
parte 6 
 
Microbiota humana = A microbiota normal é adaptada ao seu ambiente local, inofensiva 
quando permanece nele, porém, torna-se potencialmente patogênica quando invade os 
tecidos 
FERNANDES et al., 2000 
 
MICROBIOTA DA PELE 
Microbiota residente ou permanente 
• Multiplicam-se na pele ficando estáveis e viáveis por longos períodos 
• Baixa virulência 
• Não são facilmente removidos por escovação; inativados por antissépticos 
• Comumente Gram-positivas 
 
Microbiota transitória ou colonizadora 
• Não se multiplicam na pele e são viáveis por curto período; 
• Alta virulência 
• São facilmente removidas pela limpeza com água e sabão; são destruídas pela 
aplicação de antisséptico 
• Composta por Gram- e Staphylococcus/estafilococos (comumente responsáveis 
pela IH) 
 
 
 
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42 
 
MICROBIOTA HOSPITALAR 
Principais causadores de infecção hospitalar (EUA): 
• E. coli 
• S. aureus 
• S. epidermidis 
 Fernandes et al. (2000) 
 
FERIDAS AGUDAS 
• Queimaduras 
• Cirurgias 
• Trauma 
 
Introdução 
ANTISSÉPTICOS 
• Destroem ou inibem o crescimento e desenvolvimento de MO no tecido vivo 
• Tem amplo espectro de ação 
• PVPI, clorexidina, álcool etc. 
 
Antisséptico ideal 
• Balanço custo-benefício (muitas vezes um produto pode ter um preço alto sem 
custar mais, quando comparado aos seus benefícios); 
• Eficácia e a segurança do produto, com aplicação de testes na instituição, quando 
devem ser seguidas as instruções do fabricante 
- Observar aspectos como odor, facilidade de uso e praticidade da embalagem 
• Apresentação clara das características desejadas em relação ao espectro de 
atividade procurado: 
- Rapidez de ação na diminuição da microbiota; 
- Ausência de absorção através da pele e das mucosas, 
- Efeito prolongado estável, 
- Ausência de ação corrosiva, 
- Odor agradável e baixo custo 
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43 
 
ANVISA 
 
 
MINISTÉRIO DA SAÚDE 
Gabinete do Ministro 
Portaria nº 2.616, de 12 de maio de 1998 
Programa de Controle de Infecção Hospitalar 
ANEXO V 
RECOMENDAÇÕES GERAIS 
1. A utilização dos antissépticos, desinfetantes e esterilizantes seguirá as determinações 
da Portaria nº 15, de 23 de agosto de 1988, da Secretaria de Vigilância Sanitária (SVS) 
do Ministério da Saúde e o Processamento de Artigos e Superfícies em 
Estabelecimentos de Saúde/MS, 2ª edição, 1994, ou outras que as complementem ou 
substituam. 
1.1. Não são recomendadas, para a finalidade de antissepsia, as formulações contendo 
mercuriais orgânicos, acetona, quaternário de amônio, líquido de Dakin, éter e 
clorofórmio. 
 
Princípios ativos não autorizados 
• Mercuriais orgânicos → tóxico/cor 
• Acetona → esfoliante 
• Quaternário de Amônio → contaminação 
• Líquido de Dakin → contaminação 
• Éter → esfoliante 
• Cloroformo → tóxico 
• Hexaclorofeno → tóxico 
• Timerosol → alergênico 
 
Princípios ativos autorizados 
• Solução alcoólica (etílico e isopropílico) 
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44 
 
• Soluções iodadas (iodo em álcool) 
• Iodóforos (polivinilpirrolidona-PVPI) 
• Clorohexedine (1,6 di-4-clorofenil-diguanido-hexano) 
• Sol aquosa de permanganato de potássio 
• Solução aquosa à base de sais de prata 
• Outros 
 (BRASIL, 1998) 
HISTÓRICO 
• 1867 Lister – ácido carbólico 
• I Guerra mundial 
• II Guerra mundial = antissépticos+ atb 
 
Apresentações dos antissépticos de uso hospitalar 
Formulações: 
• Detergente → DEGERMANTE 
• Aquoso → TÓPICO 
• Alcóolico → TINTURA 
 
 
ANTISSÉPTICO: INDICAÇÕES DE USO 
• Higiene antisséptica das mãos de profissionais da saúde (situações especiais) 
• Preparo pré-operatório das mãos da equipe cirúrgica 
• Preparo pré-operatório da pele 
 
ÁLCOOL 
• Desnaturação das proteínas 
• Bactericida, micobactericida, fungicida e virucida 
• Reduz rapidamente a contagem microbiana na pele 
• Não possui efeito químico residual e evapora rapidamente 
• Efeito de dano microbiano permanece por várias horas 
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45 
 
• Isopropílico e etílico• Concentração: hidratação reduz a tensão superficial da célula bacteriana – 70% 
peso/volume 
• Desvantagem: ressecamento da pele 
 
 
PVPI 
• Matam rapidamente S. aureus and M. chelonae 
• Bactericida, micobactericida e virucida (alguns), em maiores períodos de exposição 
matam alguns fungos e esporos (controverso). 
• Penetra na parede celular rapidamente, produzindo efeitos letais pela destruição 
de proteínas e da estrutura do ácido nucleico. 
Centers for Disease Control and Prevention. Guideline for Disinfection and Sterilization 
in Healthcare Facilities, 2008 
 
IODÓFOROS 
• Facilidade em penetrar na parede celular dos microrganismos, inibindo sua síntese 
vital, oxidando e substituindo o conteúdo microbiano por iodo livre 
• Bactericida, micobactericida, fungicida e virucida 
• Iodóforos são mais potentes, mais solúveis e menos irritantes 
- Combinações de iodo com um agente solubilizante e transportador: 
polivinilpirrolidona (PVP) 
- As moléculas de iodo são liberadas gradualmente em baixas concentrações, 
mantendo a ação germicida do iodo, reduzindo sua toxicidade. 
• Efeito residual de 2 a 4 horas 
• Possível absorção percutânea e mucosas 
- Queimadura química se permanecer em contato prolongado com a pele (campos 
molhados) 
 
CLOREXIDINA 
• Destruição da membrana celular e precipitação dos componentes internos da 
célula microbiana 
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46 
 
• Excelente ação contra bactérias Gram positivas, boa atividade contra Gram 
negativas, fungos e vírus 
• Baixa toxicidade e irritabilidade 
- Ototoxicidade e lesão de córnea 
- Uso externo – evitar contato com cérebro, meninges ou irrigação de cavidades 
corpóreas 
• Alternativa para pacientes alérgicos ao iodo 
• Efeito residual de 6 a 8 horas e efeito cumulativo 
• Reação com produtos clorados 
 
 
 MECANISMO 
DE AÇÃO 
ESPECTRO DE 
ATIVIDADE 
ATIVIDADE 
RESIDUAL 
CONSIDERAÇÕES 
Álcool Desnatura 
proteínas 
G+, G-, Vírus, 
Fungos 
Ação fugaz Causa surdez e 
dano na córnea 
Clorexidina (4%) Lise memb. 
Citoplasma 
G+, G-, Vírus, 
Fungos 
Ação residual Causa surdez e 
dano na córnea. 
Na boca: concent. 
0,12% 
Iodo (10%) Oxid. e 
liberação de 
Iodo livre 
G+(MRSA), G-, 
Vírus, Fungos 
Inativado p/ 
sangue ou 
PTN sérica 
Uso no ouvido e 
boca. Para olhos 
solução de 5% 
 
ANTISSÉPTICO: INDICAÇÕES DE USO 
• Prevenção de Infecção relacionada a cateteres IV 
• periféricos venosos ou arteriais 
• centrais venosos ou arteriais 
• centrais inseridos perifericamente 
• Padronizar técnicas: 
- Inserção 
- Manutenção 
- Curativos 
 
 
 
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47 
 
ANTISSÉPTICOS: INDICAÇÕES DE USO NÃO COMPROVADAS 
• Curativos 
• Irrigação local para prevenção ou tratamento de infecção 
- Irrigação de osteomielites ou mediastinites 
- Irrigação vesical 
 
Antissepsia da pele do paciente 
• Banho com sabão ou antisséptico na noite anterior ou no dia da cirurgia (cirurgias 
de cabeça e pescoço-orientar o paciente a lavar o cabelo antes da cirurgia) - 
CHG4% 
• O paciente deve ser orientado após o banho preparatório a não usar loções, 
produtos à base de álcool ou cosméticos 
• ATENÇÃO: 
- O cabelo deve estar seco na hora da cirurgia e no caso dos pacientes com 
muito cabelo NÃO devem usar antissépticos a base de álcool 
 AORN, 2015; SOBECC, 2017 
 
ATENÇÃO: 
• Frascos de antisséptico de uso único 
• Preferência AS com corante x sem corante 
• Iodismo: avaliar pacientes mais susceptíveis, queimados, desordens de tireoide, 
neonatos, grávidas e puérperas 
• Na visita pré-operatória: avaliar a integridade da pele do paciente 
• Preparo da pele com AS degermante (sabão) e AS tópico 
AORN, 2015 
 
CC E UTI 
Unhas 
• Curtas (até 0,25 cm), esmalte íntegro 
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48 
 
• Não usar unhas artificiais, colas, gel, ou demais artifícios; não usar joias mãos e 
punhos (todas as joias devem estar contidas dentro da paramentação) 
 AORN, 2015; SOBECC 2017 
 
NR32 
• São exemplos de adornos: alianças e anéis, pulseiras, relógios de uso pessoal, 
colares, brincos, broches, piercings expostos. Esta proibição estende-se a crachás 
pendurados com cordão e gravatas. 
• Entende-se por calçado aberto aquele que proporciona exposição da região do 
calcâneo (calcanhar), do dorso (peito) ou das laterais do pé. 
 
 
PARAMENTAÇÃO 
Touca/gorro: 
• Cobrir totalmente o couro cabeludo, cabelo, costeletas e orelhas 
• Previne queda de partículas e/ou cabelos no sítio cirúrgico 
• Toucas reutilizáveis devem ser lavadas em lavanderia hospitalar 
 
Roupa privativa 
• Ideal mangas longas: dispersão de MO e células descamativas da pele 
• Uso em áreas restritas e semi-restritas 
• ATENÇÃO: não usar sobre sua roupa pessoal 
• ATENÇÃO: Adereços, joias etc. que não estejam cobertos pela roupa privativa 
devem ser retirados. 
SOBECC, 2017; AORN, 2016 
Máscara 
• Proteger paciente de microrganismos do nariz e boca do profissional 
• Não devem estar penduradas no pescoço ou no bolso 
• Uma máscara para cada procedimento cirúrgico ou quando suja ou úmida 
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49 
 
 
Sapato privativo de salto baixo e fechado 
 
Propé 
• Proteção da equipe 
• Abolido? - Substituto de sapato???? 
• Uso em cirurgias muito contaminadas e deve ser descartado logo após o uso 
(lavagem de mãos) 
AORN, 2015 
 
Avental 
• Reduz dispersão de células epiteliais (bactérias) em 30% 
• Substituir quando visivelmente sujo com sangue ou fluidos potencialmente 
infectantes 
• As áreas do pescoço, ombros e axilas do avental devem ser consideradas 
contaminadas 
 Cattaneo et al., 2004; AORN, 2013 
 
Luvas 
• Proteção 
• Troca de luvas se suspeita de contaminação ou a cada 90 a 150 minutos 
• Duplo enluvamento para cirurgias com mais de 1 hora? 
 
 
Antissepsia cirúrgica ou Preparo pré-
operatório das mãos 
Eliminar a microbiota transitória da pele e reduzir a microbiota residente, além de 
proporcionar efeito residual na pele do profissional. – ANVISA 
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50 
 
 
Orientações 
• As escovas utilizadas no preparo cirúrgico das mãos e antebraços devem ser de 
cerdas macias e descartáveis, impregnadas ou não com antisséptico e de uso 
exclusivo em leito ungueal e subungueal. 
• Duração do Procedimento: 
- de 3 a 5 minutos para a primeira cirurgia e 
- de 2 a 3 minutos para as cirurgias subsequentes (sempre seguir o tempo de 
duração recomendado pelo fabricante). 
 
 
Remoção das luvas 
 
 
Escovação ou fricção? 
• Menor lesão de pele 
• Tão efetivo quanto a escovação, quando utilizado solução alcoólica 
Liu, Mehigan, 2016; Shen et al., 2015 
 
 
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51 
 
Paramentação 
 
 
Atenção: 
• Pastas, celulares, tablets, notebook etc., devem sofrer desinfecção de baixo nível 
antes de entrarem na SO e depois (nunca posicionar esses aparelhos no chão) 
 
Preparo do sítio cirúrgico 
• Antissepsia da pele do sítio cirúrgico: clorexidina alcóolica 
• Realizada por membro externo ao campo, e, não deve ser realizada por cirurgião 
ou instrumentador 
• Aplicar a solução do sítio cirúrgico para as periferias, ou do mais limpo para o 
mais contaminado em áreas como anus, por exemplo. 
• Degermação do sítio cirúrgico e adjacências no caso de ausência de banho com 
AS 
• Preparo de áreas de maior contaminação (umbigo, unha, estoma intestinal ou 
urinário) 
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52REFERÊNCIAS 
• Aula da Professora Vanessa 
• KENNEDY, L. Implementing AORN Recommended Practices for Sterile Technique. 
AORN J, v.18, n.1, p. 521-533, jul. 2013. 
• PATRICK, M.; VAN WICKLIN, S.A. Implementing AORN Recommended Practices 
for Hand Hygiene. AORN J, v.95, n.4, p. 492-507, Apr 2012. 
• MANGRAM, A.J.; HORAN, T.C.; PEARSON, M.L.; SILVER, L.C.; JARVIS, W.R. Guideline 
for prevention of surgical site infection, 1999. AJIC 1999 Apr; 27 (2): 97-132. 
• ROTHROCK, J.C. Alexander Cuidados de enfermagem ao paciente cirúrgico. 13ª ed. 
Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. 1247p. 
• SOBECC. Práticas recomendadas SOBECC. 6 ed. São Paulo: SOBECC, 2013. 367 p. 
• TANNER, J. Surgical hand antisepsis: the evidence. Journal of Perioperative 
Practice, v.18, n.8, aug. 2008. 
• AORN. Guidelines for perioperative practice. 2015. 
 
 
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53 
 
parte 7 
 
Posicionamento do paciente para o ato anestésico cirúrgico – ocorre com o paciente em 
maca, anestesiado, no período transoperatório; 
 
Principais atividades relacionadas a assistência de enfermagem na sala de operação 
• Recepção do paciente 
• Transporte do paciente 
• Cuidados de enfermagem na sala de operação: 
- Antes da cirurgia 
- Durante o ato anestésico cirúrgico 
- No final da cirurgia 
- Na alta do paciente 
 
POSICIONAR O PACIENTE. 
• Comunicação = essencial em qualquer procedimento (mesmo que o paciente 
esteja sonolento/entrando em anestesia; 
• Cuidado com constrangimentos, leitura do prontuário, saber quem é o paciente 
(se tem dificuldades físicas ou motoras) 
 
AS ORIENTAÇÕES SOBRE POSIÇÃO CIRÚRGICA SÃO RECOMENDADAS PELA AORN 
• AORN (ASSOCIATION OF PERIOPERATIVE REGISTERED NURSES) 
• COMISSÃO DE ENFERMEIROS DE C.C 
• REÚNEM DE 2 EM 2 ANOS 
• REVISAM OS PADRÕES 
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54 
 
• DETERMINAM O QUE DEVE SER SEGUIDO 
 
Conceito de Posição Cirúrgica 
• É o modo como está acomodado o paciente durante todo o processo anestésico-
cirúrgico. 
• O posicionamento é a arte de mover e segurar o corpo humano, em uma posição 
tal que permita a melhor exposição da área cirúrgica, com o mínimo de 
comprometimento da função fisiológica do paciente (Mc Ewen, 1996). 
 
EM RELAÇÃO À POSIÇÃO CIRÚRGICA, A AORN RECOMENDA: 
• Que a assistência de enfermagem perioperatória, quanto ao posicionamento 
cirúrgico, deve ser iniciada antes da transferência do paciente da maca para a 
mesa de cirurgia; 
• O posicionamento cirúrgico requer segurança, limpeza e organização da equipe no 
momento da realização do procedimento; 
• Durante o posicionamento a equipe de enfermagem deve monitorar o paciente e 
manter a integridade dos tecidos; 
• Depois de posicionar o paciente, a equipe deve alinhar o corpo do paciente e 
avaliar a integridade dos tecidos 
• O posicionamento deve ser feito de maneira segura, levando em consideração a 
anatomia e fisiologia do paciente, a técnica das intervenções realizadas, a 
manutenção do posicionamento sem sequelas e o registro de todos os 
procedimentos e proteções utilizadas, como documento para o paciente e para a 
equipe presente. 
• Ao posicionar o paciente a equipe cirúrgica deve considerar 
- Local do procedimento cirúrgico 
- Acesso facilitado para o cirurgião 
- Acesso e necessidades do anestesiologista 
- Privacidade do paciente 
- Efeitos fisiológicos durante o posicionamento do paciente antes e depois de 
anestesiado 
- Conhecimento das estruturas anatômicas 
 
 
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55 
 
RESPONSABILIDADE DE CADA MEMBRO DA EQUIPE 
• Cirurgião: determina a posição em que deve ser colocado o paciente, levando em 
consideração a exposição da área a ser operada, o campo de visão e a posição 
que pode ser bem tolerada pelo paciente. 
• Anestesiologista: monitora e mantem a condição fisiológica do paciente cirúrgico 
e as necessidades deste para o ato cirúrgico. Coordena e executa as solicitações 
do cirurgião com relação a mudanças de posicionamento no intraoperatório e 
autoriza a equipe a iniciar o posicionamento do paciente 
• Equipe de enfermagem: usa os princípios da física, conhecimentos de anatomia e 
fisiologia para a movimentação das várias partes do corpo do paciente. Organiza, 
providencia e utiliza os equipamentos de proteção das estruturas anatômicas do 
paciente, comunica e a equipe com relação a segurança do paciente nas posições 
determinadas e na movimentação do paciente. 
 
Equipamentos e recursos de proteção 
MESA CIRÚRGICA 
• É um dos principais equipamentos com recursos tanto de proteção como para o 
auxílio do próprio posicionamento, indispensáveis na sala de operação 
• os controles e acessórios usados para manter o paciente em posição pode ser 
acionado manual ou elétrica/ eletronicamente. 
 
→ Mesa radiotransparente; 
→ Cabeça removível; 
→ Pilé (coxim renal); 
→ Saída de corte perineal; 
→ Coluna eletro hidráulica; 
→ Hastes laterais; 
→ Colchão da mesa. 
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RECURSOS DE PROTEÇÃO 
• Colchonete da mesa cirúrgica, travesseiros, lençóis, colchão caixa de ovo, colchão 
de ar, colchão de ar micropulsante, cobertura de polímero de visco elástico seco, 
matelassê de membros inferiores e membros superiores, espumas protetoras, 
almofadas, coxim de mão, rodília, manta e colchão térmico. 
• Perneira, braçadeira, coxins e suporte de cabeça e de Wilson (utilizado nas 
cirurgias de correção da escoliose que permite a realização de manobras para a 
correção da deformidade). - Faixas de velcro e cintas fixadoras, esparadrapo e até 
atadura crepe. 
 
IMPORTANTE: 
• Todos os recursos de proteção devem desempenhar estas funções primordiais: 
1. Absorver as forças compressivas 
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2. Redistribuir a pressão 
3. Prevenir o estiramento excessivo 
4. Controle da temperatura corporal 
5. Quedas 
6. Deslocamento do paciente 
 
 
Pontos a serem observados ao retirar o paciente da posição cirúrgica 
• Manipular lentamente, mas com movimentos firmes o paciente anestesiado, pois 
a mudança repentina de posição pode levar a queda da pressão arterial 
• Ter o cuidado de descer simultaneamente as pernas da perneira ou uma perna 
de cada vez com movimentos lentos, ao se retirar o paciente da posição 
litotômica, a fim de prevenir o afluxo rápido do sangue da porção superior do 
corpo para os MMII, o que causa queda da pressão arterial 
• Manter a cabeça voltada para o lado, quando o paciente permanecer em 
decúbito dorsal, a fim de prevenir aspiração de secreções. 
Os procedimentos operatórios são realizados com o paciente repousando o dorso, o 
abdome ou o lado -> decúbito dorsal ou posição supina, decúbito ventral ou posição 
prona e decúbito lateral 
 
POSIÇÕES CIRÚRGICAS 
• DECÚBITO DORSAL 
• POSIÇÃO DE TRENDELENBURG 
• POSIÇÃO DE TRENDELENBURG REVERSA/PROCLIVE 
• POSIÇÃO DE LITOTOMIA/ GINECOLÓGICA 
• POSIÇÃO DE FOWLER MODIFICADA 
• DECÚBITO VENTRAL 
• POSIÇÃO DE CANIVETE (KRASKE) 
• POSIÇÃO LATERAL (REGIÃO DO TÓRAX) 
• POSIÇÃO LATERAL (REGIÃO DOS RINS) 
 
DECÚBITO DORSAL 
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• É a posição mais comum 
• Cirurgias abdominais supra e infra umbilical: hérnias, laparotomia exploradora. 
Outras: cesárea, lipoaspiração abdominal, artroscopia de joelho. 
• Áreas de pressão: occipito, escápula, olecrano, sacro, cóccix, calcâneos 
 
 
POSIÇÃO DE LITOTOMIA/ GINECOLÓGICA 
• Variação mais extrema da dorsal, as pernas são elevadas e abduzidas para expor 
região perineal 
• Cirurgias ginecológicas (perineoplastia, histerecotmiapor via vaginal), rtu de 
próstata, parto normal hemorroidectomia, ureterolitotripsia. 
 
 
POSIÇÃO DE TRENDELENBURG 
• Variação do decúbito dorsal; 
• Cirurgias: histerectomia por via abdominal; cirurgia de varizes; 
 
 
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POSIÇÃO DE TRENDELENBURG REVERSA/PROCLIVE 
• Cabeceira elevada e pés abaixados; 
• Usada para cirurgias de cavidade superior (gastroplastia) e para cabeça e pescoço 
(cirurgia de corda vocal, tireoidectomia), colecistectomia e hérnia de hiato por 
videolaparoscopia. 
 
 
DECÚBITO VENTRAL 
• Deitado com o abdome em contato com a superfície do colchão da mesa de 
operação; 
• Cirurgias da região dorsal, lombar, sacrococígea e occipital (exerese de tumor da 
região occipital), hérnia de disco, nucleoplastia. 
• Áreas de pressão: ombro, orelha, face, patela e dedos 
 
 
POSIÇÃO LATERAL 
• É utilizada para região dos rins (nefrectomia) 
• Ou tórax (toracotomia) 
• Artroplastia ou prótese de quadril** 
 
 
• Preparo, posicionamento e abordagem cirúrgica-incisão (artroplastia de quadril) 
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A anestesia pode ser geral, através de bloqueio neural (injeção) na coluna lombar ou 
uma combinação de ambas. Após a anestesia e a administração de antibióticos para a 
prevenção de infecção, o paciente é posicionado na mesa cirúrgica com o auxílio de 
posicionadores especiais. Em seguida, a pele do quadril a ser operado é lavada com 
solução degermante. Seguindo a ação do degermante, uma segunda solução antisséptica 
é aplicada, a qual pode ser a base de clorexidina, álcool iodado ou PVPI (polivinil 
pirrolidona). A colocação dos campos cirúrgicos completa a preparação e precede a 
incisão da pele. Associado a checagem pré-operatória do lado a ser operado, antes da 
incisão realiza-se uma parada (“time-out”) com confirmação do lado a ser operado, tipo 
de cirurgia e identificação do paciente.Três abordagens cirúrgicas sāo mais 
frequentemente utilizadas nas artroplastias do quadril: posterior e anterior. 
 
Abordagem Posterior: O paciente é posicionado decúbito lateral (deitado sobre o lado 
oposto ao operado). A incisāo na pele começa lateralmente na coxa e termina 
posteriormente na regiāo glútea. Esta abordagem tem como vantagem a preservação da 
musculatura abdutora e menor taxa de claudicação pós-operatória. A desvantagem é 
que apresenta maiores taxas de luxaçāo (deslocamento) da prótese. Modificações na 
técnica original e nos materiais usados tem permitido a redução do risco de luxação da 
prótese. 
 
Abordagem Anterior: O paciente é posicionado em decúbito dorsal. As taxas de 
deslocamento são as menores nesta abordagem, com preservação da musculatura 
abdutora. Esta abordagem é mais complexa tecnicamente que a posterior ou lateral. 
 
POSIÇÃO DE FOWLER MODIFICADA 
• O repouso do dorso é elevado, os joelhos são flexionados, e o suporte do pé é 
mantido no lugar 
• Cirurgias neurológicas (craniotomia); artroscopia de ombro ou reparo do manguito 
rotator. 
• Proteger ombros e dorso, escápula, isquio, calcâneos 
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POSIÇÃO DE CANIVETE 
• É uma modificação do decúbito ventral 
• Utilizadas para abordagens proctológicas, nucleoplastia ou cirurgia de cisto 
dermóide região sacral ou nucleoplastia. 
• A cabeça, o tórax, e os pés do paciente precisam de suportes adicionais. 
 
 
POSIÇÃO DA MESA DE ORTOPEDIA 
• Adaptação da mesa cirúrgica com equipamento específico; 
• Realiza tração e aumenta a versatilidade do procedimento; 
• Cirurgias de fratura do colo do fêmur. 
 
 
PONTOS IMPORTANTES 
• Paciente geriátrico 
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• Estado nutricional 
• Pacientes magros 
• Pacientes obesos 
 
 
REFERÊNCIAS 
• Aula da Professora Rita 
• ASSOCIATION periOPERATIVE REGISTERED NURSES (AORN). Standards 
Recommended Practices and Guidelines. Denver, AORN,2017. 
• PALAZZO,S. Análise dos procedimentos e recursos de proteção utilizados nas 
posições cirúrgicas. DISSERTAÇÃO [MESTRADO] ; Universidade de São Paulo, 
104p., 2000. 
• Silveira CT. A assistência da equipe de enfermagem no posicionamento cirúrgico 
do paciente durante o período intra-operatório. Dissertação [Mestrado]; 
Universidade de São Paulo, 117p., 2008 Burgos, R.C;Silveira, C.L: Guido, L.A 
Procedimento do Paciente para o ato Anestésico Cirúrgico. IN: Enfermagem em 
Centro Cirúrgico e Recuperação. Bianchi, E; Cavalho, R. Organizadoras. Cap 1 pag 
190-217.2010 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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parte 8 
Atividade desenvolvida no intraoperatório relacionada com o material que compõe a 
mesa cirúrgica e é utilizado durante o ato operatório; 
 
INSTRUMENTADOR CIRÚRGICO - Profissional da enfermagem responsável por: 
• Cuidar do instrumental, 
• Solicitar materiais específicos à enfermagem, 
• Distribuir o material na mesa cirúrgica, 
• Oferecer o instrumental ao cirurgião, 
• Fazer a limpeza do instrumental durante a cirurgia, 
• Fazer o controle do instrumental ao término da cirurgia. 
 
FUNÇÕES DO INSTRUMENTADOR 
• Conhecer os tempos operatórios da cirurgia 
• Atender ao cirurgião em primeiro lugar 
• Controlar a contaminação do campo operatório 
• Conhecer os nomes oficiais de cada instrumental, e os nomes eventualmente 
mais utilizados 
• Chegar antes da equipe médica para providenciar todo o material a ser usado. 
• Paramentar-se cerca de 15 min antes do início da cirurgia 
• Auxiliar cirurgião e assistentes na paramentação 
• Montar as mesas de instrumental. 
• Auxiliar na assepsia do paciente na sala cirúrgica 
• Providenciar campos estéreis ao cirurgião 
• Passar o instrumental solicitado com rapidez e firmeza 
• Cuidar da organização do instrumental sobre a mesa cirúrgica 
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• Controlar o uso de compressas e gazes 
• Controlar o material das caixas cirúrgicas ao término da cirurgia 
• Separar o instrumental com problemas funcionais detectados no ato operatório; 
 
LEGISLAÇÃO: a Resolução nº214/1998 /COFEN: a instrumentação cirúrgica é uma 
atividade de enfermagem, não sendo, entretanto, ato privativo da mesma” e “o 
profissional de enfermagem, atuando como instrumentador cirúrgico, por força de Lei, 
subordina-se exclusivamente ao responsável técnico pela unidade” 
Instrumentos 
• Básicos 
• Especiais 
 
 
Partes que compõem o instrumento 
• Material de aço inox (propriedade antioxidante) e carbono (que fornece a firmeza 
do material). 
• Ponta: com ou sem dente, 
• Garra (tipo de ranhuras), 
- Dependendo do tipo de garra, as pinças podem receber diferentes nomes e podem 
servir para outras funções; 
• Caixilho (articulação): asséptico (móvel) ou fixo, 
- A articulação pode ser desmontável (o que garante uma melhor limpeza); 
• Hastes: curtas ou longas; 
- Podem existir pinças “iguais” com comprimentos diferentes (por exemplo, as hastes se 
diferem): há diferentes comprimentos devidos as diferentes profundidades, diferente 
para adultos e crianças e de acordo com o peso. 
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• Cremalheira 
 
Fases ou tempos cirúrgicos: 
• DIÉRESE (bisturi, tesouras) 
• HEMOSTASIA (pinças hemostáticas) 
• EXÉRESE (pinças de preensão, especiais e afastadores, pinças de diérese) 
• SÍNTESE (porta-agulha, pinça anatômica) 
 
 
 
Classificação quanto a função: 
1. Diérese 
2. Hemostasia 
3. Preensão 
4. Afastadores 
5. Pinças especiais 
6. Exérese 
7. Síntese

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