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<p>ABA: Análise Diagnóstica,</p><p>Métodos de Intervenção</p><p>e Desenvolvimento</p><p>P Ó S - G R A D U A Ç Ã O</p><p>Autoria</p><p>CAMILA NOGUEIRA BONFIM DUARTE</p><p>CAMILA NOGUEIRA BONFIM DUARTE</p><p>Olá. Sou psicóloga, mestra e doutoranda em</p><p>psicologia, pela Universidade Federal do Espírito Santo.</p><p>Atualmente é psicóloga na Clínica Sophia de</p><p>Neuropsicologia, conduzindo avaliações psicológicas.</p><p>Sua atuação e experiência acadêmica centram-se na</p><p>psicologia social e da saúde, com ênfase em temas</p><p>associados à violência contra a mulher, gênero,</p><p>masculinidade, adoção e psicologia da gravidez. Sua</p><p>atuação profissional foca-se na Política Nacional de</p><p>Assistência Social e na prática clínica de atendimentos</p><p>e avaliações psicológicas. Sou apaixonado pelo que</p><p>faço e adoro transmitir minha experiência de vida</p><p>àqueles que estão iniciando em suas profissões. Por</p><p>isso fui convidado pela Editora Telesapiens a integrar</p><p>seu elenco de autores independentes. Estou muito feliz</p><p>em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e</p><p>trabalho.</p><p>Introdução</p><p>A Análise do Comportamento Aplicada (ABA) é uma</p><p>abordagem terapêutica que tem se mostrado eficaz</p><p>no tratamento de indivíduos com Transtorno do</p><p>Espectro Autista (TEA). A ABA é uma abordagem</p><p>baseada em evidências que se concentra na</p><p>compreensão do comportamento e nas interações</p><p>entre o ambiente e o indivíduo. No processo inicial de</p><p>avaliação, é importante identificar as necessidades</p><p>individuais de cada pessoa com TEA, incluindo o nível</p><p>de habilidades sociais, sensoriais e motoras. A partir</p><p>daí, é possível desenvolver um plano de intervenção</p><p>personalizado para ajudar a pessoa a desenvolver</p><p>habilidades e reduzir comportamentos desafiadores.</p><p>Na abordagem ABA, é importante ter em mente o</p><p>diagnóstico do TEA e as características sensoriais,</p><p>motoras e comportamentais associadas a esse</p><p>transtorno. Pessoas com TEA podem apresentar</p><p>desafios em áreas como sensorial, motor e</p><p>comportamental, o que pode afetar sua qualidade de</p><p>vida. É importante identificar esses desafios e</p><p>desenvolver estratégias para ajudar a pessoa a lidar</p><p>com eles. A ABA utiliza uma variedade de métodos e</p><p>Introdução</p><p>técnicas para ajudar pessoas com TEA a</p><p>desenvolverem habilidades e reduzir comportamentos</p><p>desafiadores. Alguns desses métodos incluem o uso</p><p>de sistemas visuais, como o TEACCH e o PECS, que</p><p>podem ajudar na comunicação e na organização.</p><p>Também são usados métodos de intervenção</p><p>comportamental, como o PADOVAN e o FLOORTIME, que</p><p>buscam desenvolver habilidades sensoriais e sociais.</p><p>Por fim, a abordagem Montessoriana também pode</p><p>ser utilizada, com o objetivo de desenvolver</p><p>habilidades motoras e cognitivas. Neste contexto, é</p><p>fundamental que os profissionais que trabalham com</p><p>a abordagem ABA estejam capacitados e atualizados</p><p>sobre as melhores práticas e técnicas para ajudar</p><p>pessoas com TEA a desenvolverem suas habilidades e</p><p>reduzirem comportamentos desafiadores.</p><p>Entendeu? Ao longo desta unidade letiva você vai</p><p>mergulhar neste universo!</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>COMPETÊNCIAS</p><p>1.1 DEFINIÇÃO DA ABA</p><p>1.2 DIMENSÕES DA ABA</p><p>1.2.1 ANÁLISE DO COMPORTAMENTO</p><p>1.2.2 INTERVENÇÃO COMPORTAMENTAL</p><p>1.2.3 AVALIAÇÃO DE RESULTADOS</p><p>1.3 PRESSUPOSTOS FILOSÓFICOS DA ABA</p><p>CAPÍTULO 2: VALIDADE DA INTERVENÇÃO E</p><p>PRINCÍPIOS ÉTICOS</p><p>2.1 VALIDADE DA INTERVENÇÃO</p><p>2.1.1 VALIDAÇÃO SOCIAL</p><p>2.2 PRINCÍPIOS ÉTICOS</p><p>CAPÍTULO 3: REFLEXO INATO E APRENDIDO, REFORÇO</p><p>E ANÁLISE FUNCIONAL</p><p>3.1 REFLEXO INATO E APRENDIDO DO</p><p>COMPORTAMENTO</p><p>3.2 REFORÇO DO COMPORTAMENTO</p><p>Competências</p><p>Olá. Seja muito bem-vindo à disciplina ABA: ANÁLISE</p><p>DIAGNÓSTICA, MÉTODOS DE INTERVENÇÃO E</p><p>DESENVOLVIMENTO. Nosso objetivo é auxiliar você no</p><p>desenvolvimento das seguintes competências</p><p>profissionais até o término dos estudos desta disciplina:</p><p>CAPÍTULO 1: Compreender como funciona o processo</p><p>inicial de avaliação e delineamento de intervenções</p><p>CAPÍTULO 2: Compreender o diagnóstico do TEA</p><p>CAPÍTULO 3: Compreender como funciona o Sensorial,</p><p>Motor e Crises no TEA</p><p>CAPÍTULO 4: Definir os métodos TEACCH, ABA, PECS,</p><p>PADOVAN, FLOORTIME E MONTESSORIANO</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>COMPETÊNCIAS</p><p>1.1 DEFINIÇÃO DA ABA</p><p>1.2 DIMENSÕES DA ABA</p><p>1.2.1 ANÁLISE DO COMPORTAMENTO</p><p>1.2.2 INTERVENÇÃO COMPORTAMENTAL</p><p>1.2.3 AVALIAÇÃO DE RESULTADOS</p><p>1.3 PRESSUPOSTOS FILOSÓFICOS DA ABA</p><p>CAPÍTULO 2: VALIDADE DA INTERVENÇÃO E</p><p>PRINCÍPIOS ÉTICOS</p><p>2.1 VALIDADE DA INTERVENÇÃO</p><p>2.1.1 VALIDAÇÃO SOCIAL</p><p>2.2 PRINCÍPIOS ÉTICOS</p><p>CAPÍTULO 3: REFLEXO INATO E APRENDIDO, REFORÇO</p><p>E ANÁLISE FUNCIONAL</p><p>3.1 REFLEXO INATO E APRENDIDO DO</p><p>COMPORTAMENTO</p><p>3.2 REFORÇO DO COMPORTAMENTO</p><p>Sumário</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>COMPETÊNCIAS</p><p>CAPÍTULO 1: PROCESSO INICIAL DE AVALIAÇÃO E O</p><p>DELINEAMENTO DE INTERVENÇÕES</p><p>1.1 PROCESSO INICIAL DE AVALIAÇÃO</p><p>1.2 DELINEAMENTO DE INTERVENÇÕES</p><p>CAPÍTULO 2: INTRODUÇÃO E DIAGNÓSTICO DO TEA</p><p>2.1 INTRODUÇÃO E DIAGNÓSTICO DO TEA</p><p>CAPÍTULO 3: SENSORIAL, MOTOR E CRISES NO TEA</p><p>3.1 SENSORIAL NO TEA</p><p>3.2 MOTOR NO TEA</p><p>3.3 CRISES NO TEA</p><p>CAPÍTULO 4: MÉTODOS TEACCH, ABA, PECS,</p><p>PADOVAN, FLOORTIME E MONTESSORIANO</p><p>4.1 TEACCH</p><p>4.2 ABA</p><p>Sumário</p><p>4.3 PECS</p><p>4.4 PADOVAN</p><p>4.5 FLOORTIME</p><p>4.6 MONTESSORIANO</p><p>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS</p><p>Processo inicial de avaliação e</p><p>o delineamento de intervenções</p><p>C A P Í T U L O 1</p><p>OBJETIVO: Ao término deste capítulo você será capaz de entender como</p><p>funciona o processo inicial de avaliação e o delineamento de intervenções.</p><p>Isto será fundamental para o exercício de sua profissão. As pessoas que</p><p>tentaram explicar sem a devida instrução tiveram problemas ao entender. E</p><p>então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá.</p><p>Avante!</p><p>1.1 Processo inicial de avaliação</p><p>A análise do comportamento aplicada (ABA) é uma abordagem baseada</p><p>em evidências para o tratamento de problemas comportamentais e de</p><p>desenvolvimento em crianças e adultos, como também para entender e</p><p>modificar comportamentos em indivíduos com autismo e outras</p><p>deficiências. A avaliação inicial é um processo crítico na ABA, pois fornece</p><p>informações sobre a natureza e a gravidade do problema comportamental,</p><p>bem como sobre os fatores que contribuem para o comportamento.</p><p>De acordo com INE EAD (s.d) afirma que</p><p>De acordo com o INE EAD (s.d) o processo inicial de avaliação em ABA é uma</p><p>etapa fundamental para desenvolver um plano de intervenção efetivo e</p><p>individualizado. O processo inicial de avaliação na Análise do</p><p>Comportamento Aplicada inclui várias etapas importantes, que são as</p><p>seguintes:</p><p>Entrevista: O terapeuta realiza uma entrevista com a família ou cuidadores</p><p>do indivíduo, a fim de coletar informações sobre o histórico de</p><p>desenvolvimento, comportamento atual e principais preocupações. É</p><p>importante que a família se sinta à vontade para compartilhar todas as</p><p>A avaliação inicial busca compreender o repertório</p><p>comportamental do indivíduo e funciona como a linha de base que</p><p>será utilizada para formular uma intervenção individualizada para o</p><p>mesmo, a qual será denominada de currículo ou plano de ensino</p><p>individualizado (PEI). (INE EAD, s.d, p. 58)</p><p>informações relevantes, incluindo informações sobre saúde física e</p><p>mental, relacionamentos familiares, rotina diária, comportamentos</p><p>problemáticos e habilidades desenvolvidas.</p><p>A entrevista com a família é uma etapa crucial no processo inicial de</p><p>avaliação em diversas áreas, como psicologia, assistência social, saúde e</p><p>educação. Essa etapa tem como objetivo obter informações sobre a</p><p>história familiar, contexto social e cultural, crenças, valores e expectativas</p><p>dos membros da família, além de identificar problemas e dificuldades que</p><p>possam estar afetando o bem-estar da família como um todo e dos</p><p>indivíduos que a compõem. Pode ser realizada de forma individual ou em</p><p>grupo, dependendo do contexto e dos objetivos da avaliação. O</p><p>entrevistador deve buscar estabelecer um clima de confiança e empatia</p><p>com a família, criando um ambiente seguro para que os membros da</p><p>família se sintam à vontade para expressar suas opiniões e relatar suas</p><p>experiências.</p><p>A entrevista permite ao avaliador obter informações importantes</p><p>áreas da vida. O</p><p>Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição complexa que afeta</p><p>cada pessoa de maneira diferente, portanto, não há graus específicos de</p><p>autismo. Em vez disso, o TEA é caracterizado por uma ampla gama de</p><p>sintomas e desafios que podem ser mais ou menos pronunciados em</p><p>cada pessoa.</p><p>USP (2017) afirma que no entanto, em termos clínicos, o TEA é geralmente</p><p>classificado em três níveis, com base na gravidade dos sintomas e no grau</p><p>de suporte necessário para lidar com as dificuldades diárias:</p><p>• TEA nível 1: de acordo com a USP (2017), indivíduos com TEA de nível 1</p><p>apresentam dificuldades sociais e de comunicação, bem como</p><p>comportamentos repetitivos e estereotipados. Eles geralmente têm</p><p>dificuldade em interagir com os outros, podem ter problemas em entender</p><p>as nuances sociais e podem precisar de ajuda para lidar com mudanças</p><p>na rotina ou no ambiente. Exemplos como dificuldades em iniciar ou</p><p>manter uma conversa, dificuldade em interpretar pistas sociais, falta de</p><p>interesse em atividades compartilhadas e dificuldade em fazer amigos.</p><p>Eles podem ter interesses restritos e fixos, como obsessão por um tópico</p><p>específico, e tendem a seguir rotinas fixas e podem ter dificuldade em lidar</p><p>com mudanças. Pode haver atrasos ou dificuldades na linguagem, como</p><p>problemas com a expressão ou compreensão da linguagem. Em geral, os</p><p>indivíduos com TEA de nível 1 podem precisar de alguma orientação e</p><p>suporte para lidar com suas dificuldades, mas geralmente têm</p><p>habilidades sociais e de comunicação mais desenvolvidas do que aqueles</p><p>com níveis mais elevados de TEA.</p><p>• TEA nível 2: de acordo com a USP (2017), indivíduos com TEA de nível 2 têm</p><p>sintomas mais graves do que aqueles com TEA de nível 1, e podem precisar</p><p>de mais suporte para lidar com suas dificuldades diárias. Eles podem ter</p><p>problemas mais significativos com a comunicação e interação social,</p><p>bem como comportamentos repetitivos e estereotipados mais</p><p>acentuados. Eles podem ter dificuldade em iniciar e manter uma conversa,</p><p>podem ter dificuldade em compreender a linguagem não verbal e podem</p><p>ter menos interesse em atividades sociais. Eles podem ter</p><p>comportamentos repetitivos mais acentuados, como bater as mãos ou</p><p>balançar o corpo. Eles podem se sentir sobrecarregados em ambientes</p><p>novos ou barulhentos e podem precisar de suporte para lidar com</p><p>mudanças na rotina. Os indivíduos com TEA de nível 2 geralmente</p><p>precisam de mais suporte e orientação do que aqueles com TEA de nível 1,</p><p>mas ainda podem ter habilidades sociais e de comunicação</p><p>desenvolvidas o suficiente para funcionar em um ambiente social ou</p><p>escolar.</p><p>• TEA nível 3: de acordo com a USP (2017), indivíduos com TEA de nível 3 têm</p><p>a forma mais grave do transtorno e apresentam sintomas muito</p><p>acentuados em todas as áreas. Eles podem ter pouca ou nenhuma</p><p>habilidade de comunicação, comportamentos muito restritos e repetitivos</p><p>e podem precisar de apoio constante em suas atividades diárias. Eles</p><p>podem ter habilidades de comunicação e interação social muito limitadas</p><p>ou ausentes, como pouca ou nenhuma capacidade de falar ou responder</p><p>ao contato visual. Eles podem ter comportamentos repetitivos intensos,</p><p>como balançar o corpo ou girar objetos, e podem ser muito sensíveis a</p><p>estímulos sensoriais, como luzes brilhantes ou sons altos. Eles podem ter</p><p>dificuldade em realizar atividades diárias, como se vestir ou comer</p><p>sozinhos, e podem precisar de ajuda em tempo integral para cuidar de si</p><p>mesmos.</p><p>UFPA (2018) afirma que as crises são episódios de comportamento</p><p>desafiador, que podem incluir comportamentos agressivos, autolesivos,</p><p>birras intensas e outros comportamentos que podem colocar a pessoa</p><p>com TEA e as pessoas ao seu redor em risco. As crises no TEA podem</p><p>ocorrer devido a uma variedade de fatores, incluindo sobrecarga sensorial,</p><p>estresse, mudanças na rotina ou na programação diária, dificuldades de</p><p>comunicação ou de compreensão de linguagem e outros fatores</p><p>desencadeantes. É importante notar que as crises no TEA não são</p><p>necessariamente um traço universalmente presente em todas as pessoas</p><p>com TEA, e não é uma característica inerente do TEA. No entanto, para</p><p>algumas pessoas com TEA, as crises podem ser um desafio significativo</p><p>que pode interferir em sua capacidade de se envolver em atividades</p><p>diárias ou em sua qualidade de vida.</p><p>UFPA (2018) afirma que os sinais de uma crise iminente podem incluir</p><p>comportamentos repetitivos ou estereotipados, agitação, irritabilidade,</p><p>hiperatividade, isolamento social e outros comportamentos que podem</p><p>indicar que a pessoa com TEA está enfrentando dificuldades. Uma vez que</p><p>uma crise ocorre, a prioridade é garantir a segurança da pessoa com TEA</p><p>e das pessoas ao seu redor. Isso pode incluir a criação de um ambiente</p><p>seguro e calmo, reduzindo a sobrecarga sensorial, oferecendo apoio e</p><p>tranquilidade, ajudando a pessoa a se comunicar de maneira mais eficaz</p><p>e usando técnicas de intervenção comportamental que são projetadas</p><p>para reduzir a intensidade e duração da crise. É importante lembrar que</p><p>cada pessoa com TEA é única e as crises podem ser desencadeadas por</p><p>diferentes fatores em diferentes situações. Por isso, é fundamental que os</p><p>cuidadores, profissionais de saúde e educadores trabalhem em</p><p>colaboração com a pessoa com TEA e sua família para desenvolver</p><p>planos de intervenção personalizados para ajudar a prevenir crises ou</p><p>lidar com elas de forma eficaz, promovendo a segurança, o bem-estar e a</p><p>qualidade de vida da pessoa com TEA.</p><p>UFPA (2018) afirma que as crises em pessoas com autismo podem se</p><p>manifestar de diversas maneiras, dependendo das características</p><p>individuais de cada pessoa. No entanto, alguns comportamentos comuns</p><p>que podem estar presentes durante uma crise incluem:</p><p>• Comportamentos repetitivos: Durante uma crise, uma pessoa com</p><p>autismo pode exibir comportamentos repetitivos, como balançar o corpo,</p><p>bater as mãos ou balançar a cabeça. Esses comportamentos podem</p><p>ajudar a pessoa a lidar com a sobrecarga sensorial ou com a ansiedade</p><p>que está sentindo.</p><p>• Agitação ou agressão: Algumas pessoas com autismo podem se tornar</p><p>agitadas ou agressivas durante uma crise, o que pode envolver bater,</p><p>chutar, morder ou empurrar. Esses comportamentos podem ser uma forma</p><p>de expressar a frustração ou a sobrecarga sensorial que estão sentindo.</p><p>• Isolamento social: Durante uma crise, uma pessoa com autismo pode se</p><p>isolar socialmente, afastando-se dos outros e evitando contato visual ou</p><p>interações sociais. Isso pode ser uma forma de lidar com a sobrecarga</p><p>sensorial ou com a ansiedade.</p><p>• Comportamentos autolesivos: Alguns indivíduos com autismo podem exibir</p><p>comportamentos autolesivos durante uma crise, como bater a cabeça,</p><p>arranhar ou morder a si mesmos. Esses comportamentos podem ser uma</p><p>forma de lidar com a sobrecarga sensorial ou com a ansiedade, ou podem</p><p>ser uma tentativa de comunicar que estão com dor ou desconforto.</p><p>• Alterações sensoriais: Durante uma crise, uma pessoa com autismo pode</p><p>experimentar alterações sensoriais, como hipersensibilidade ao som, luz ou</p><p>toque. Essas alterações podem desencadear comportamentos</p><p>problemáticos ou aumentar a intensidade da crise.</p><p>• Ansiedade ou medo: As crises podem ser desencadeadas por situações</p><p>que causam ansiedade ou medo para a pessoa com autismo. Essas</p><p>situações podem incluir mudanças na rotina, transições, interações sociais</p><p>ou sobrecarga sensorial.</p><p>UFPA (2018) afirma que é importante lembrar que as crises em pessoas com</p><p>autismo são individuais e podem variar em frequência, intensidade e</p><p>duração. Além disso, as crises podem ser desencadeadas por uma</p><p>variedade de fatores ambientais, e é importante identificar esses fatores</p><p>para prevenir futuras crises e desenvolver planos de intervenção eficazes.</p><p>UFPA (2018) afirma que na Análise do Comportamento Aplicada (ABA, do</p><p>inglês Applied Behavior Analysis), as crises no TEA são analisadas a partir da</p><p>compreensão do comportamento como uma interação entre o ambiente e</p><p>o indivíduo. Isso</p><p>significa que as crises são entendidas como</p><p>comportamentos que ocorrem em resposta a fatores ambientais</p><p>específicos e, portanto, podem ser modificadas por meio de intervenções</p><p>específicas.</p><p>Marinho, Oliveira e Garces (2022) afirma que a ABA utiliza técnicas de</p><p>intervenção comportamental para ajudar a prevenir crises e ensinar</p><p>habilidades alternativas para lidar com situações desafiadoras. Essas</p><p>técnicas são projetadas para mudar o ambiente de forma a diminuir a</p><p>probabilidade de ocorrência de comportamentos problemáticos e</p><p>aumentar a probabilidade de comportamentos adaptativos e apropriados.</p><p>Algumas das técnicas utilizadas na ABA para prevenir e lidar com crises</p><p>incluem:</p><p>• Análise Funcional do Comportamento: Esta técnica envolve a identificação</p><p>dos fatores que desencadeiam e mantêm o comportamento problemático.</p><p>Com base nessa análise, intervenções específicas são desenvolvidas para</p><p>modificar o ambiente de forma a prevenir o comportamento problemático e</p><p>aumentar comportamentos alternativos mais apropriados.</p><p>• Ensino de habilidades alternativas: Essa técnica envolve o ensino de</p><p>habilidades mais adaptativas para substituir comportamentos</p><p>problemáticos. Por exemplo, se uma criança com TEA tem uma crise sempre</p><p>que encontra uma situação socialmente desafiadora, ela pode ser ensinada</p><p>a usar habilidades sociais, como fazer perguntas ou solicitar ajuda, para</p><p>lidar com a situação de forma mais eficaz.</p><p>• Intervenções sensoriais: As crises no TEA podem ser desencadeadas por</p><p>sobrecarga sensorial, como sons altos ou luzes fortes. A intervenção</p><p>sensorial envolve a modificação do ambiente para reduzir a sobrecarga</p><p>sensorial, por exemplo, reduzindo a intensidade das luzes ou fornecendo</p><p>protetores auriculares.</p><p>• Reforçamento positivo: O reforçamento positivo é uma técnica que envolve</p><p>a adição de algo agradável ou desejável para aumentar a probabilidade de</p><p>um comportamento específico ocorrer novamente. Na prevenção de crises,</p><p>o reforço positivo pode ser usado para incentivar comportamentos mais</p><p>adaptativos e apropriados, como pedir ajuda ou usar habilidades sociais.</p><p>Marinho, Oliveira e Garces (2022) afirma que é importante lembrar que a ABA</p><p>é uma abordagem individualizada, e as técnicas utilizadas podem variar</p><p>dependendo das necessidades e características da pessoa com TEA.</p><p>Marinho, Oliveira e Garces (2022) afirma que existem diversas estratégias</p><p>que podem ajudar a prevenir crises em pessoas com autismo, que podem</p><p>incluir:</p><p>• Identificar os gatilhos: É importante identificar os gatilhos que</p><p>desencadeiam as crises em cada indivíduo, pois assim é possível evitar ou</p><p>minimizar a exposição a esses fatores desencadeantes. Algumas pessoas</p><p>com autismo podem ter dificuldade em lidar com situações inesperadas,</p><p>enquanto outras podem ter problemas com sobrecarga sensorial. Identificar</p><p>os gatilhos individuais pode ajudar a desenvolver planos de prevenção de</p><p>crises específicos para cada pessoa.</p><p>• Estabelecer rotinas e horários: Estabelecer rotinas e horários previsíveis</p><p>pode ajudar a reduzir a ansiedade e a incerteza que podem levar a crises.</p><p>Ter um calendário visual, com atividades e eventos marcados, pode ajudar</p><p>a pessoa com autismo a se preparar mentalmente para o que vem a seguir</p><p>e a lidar com transições.</p><p>• Usar ferramentas visuais: O uso de ferramentas visuais, como cartões de</p><p>comunicação, agendas e calendários, pode ajudar a pessoa com autismo</p><p>a entender melhor as situações e as expectativas. Essas ferramentas podem</p><p>ser usadas para fornecer instruções claras e previsíveis e para ajudar a</p><p>pessoa a se comunicar de forma mais eficaz.</p><p>• Proporcionar ambiente seguro e tranquilo: Proporcionar um ambiente</p><p>seguro e tranquilo, com pouco ruído e estímulos sensoriais, pode ajudar a</p><p>reduzir a sobrecarga sensorial e a ansiedade que podem levar a crises.</p><p>Alguns indivíduos com autismo podem se beneficiar de áreas de descanso</p><p>ou salas de relaxamento para se acalmar.</p><p>• Ensinar habilidades de autorregulação: Ensinar habilidades de</p><p>autorregulação, como técnicas de respiração, meditação e relaxamento</p><p>muscular progressivo, pode ajudar a pessoa com autismo a lidar com a</p><p>ansiedade e a sobrecarga sensorial de forma mais eficaz.</p><p>• Utilizar estratégias de comunicação: Utilizar estratégias de comunicação</p><p>eficazes, como a escuta ativa e a linguagem clara, pode ajudar a pessoa</p><p>com autismo a se sentir compreendida e apoiada. Além disso, a</p><p>comunicação pode ajudar a prevenir ou reduzir conflitos e a resolver</p><p>problemas antes que eles se tornem crises.</p><p>É importante lembrar que cada indivíduo com autismo é único, e as</p><p>estratégias de prevenção de crises podem variar de acordo com as</p><p>necessidades individuais. O apoio de profissionais de saúde e educadores</p><p>pode ser fundamental para desenvolver planos de prevenção de crises</p><p>E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora,</p><p>só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de</p><p>estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter</p><p>aprendido que a análise do comportamento aplicada (ABA) é uma</p><p>abordagem terapêutica que tem como objetivo promover o</p><p>desenvolvimento de habilidades e reduzir comportamentos desafiadores</p><p>em indivíduos com autismo. Dentre os desafios mais comuns em pessoas</p><p>com TEA, estão os problemas sensoriais, motores e crises</p><p>comportamentais. No que se refere aos problemas sensoriais, muitas</p><p>pessoas com autismo podem apresentar hipersensibilidade ou</p><p>hiposensibilidade a estímulos sensoriais, como ruídos, luzes, texturas e</p><p>sabores. A ABA pode ser utilizada para ajudar essas pessoas a se</p><p>acostumarem com esses estímulos, usando técnicas de dessensibilização</p><p>gradual e reforçamento positivo. No aspecto motor, a ABA pode ser</p><p>utilizada para promover o desenvolvimento de habilidades motoras em</p><p>indivíduos com autismo, que muitas vezes apresentam atrasos no</p><p>desenvolvimento motor fino e grossos. Técnicas como o modelamento, o</p><p>encadeamento e o reforçamento positivo podem ser usadas para ensinar</p><p>habilidades motoras como andar, correr, saltar, escrever e desenhar.</p><p>Quanto às crises comportamentais, a ABA pode ser usada para identificar</p><p>os antecedentes e as consequências dessas crises, a fim de desenvolver</p><p>planos de intervenção individualizados para cada pessoa. As técnicas</p><p>utilizadas podem incluir ensinar habilidades de autorregulação,</p><p>estabelecer rotinas previsíveis, usar ferramentas visuais, proporcionar</p><p>ambiente seguro e tranquilo, entre outras. A abordagem da análise do</p><p>comportamento aplicada tem se mostrado eficaz no tratamento do TEA,</p><p>especialmente na promoção do desenvolvimento de habilidades sociais,</p><p>de comunicação e comportamentais em indivíduos com autismo. O uso</p><p>de técnicas baseadas em evidências e individualizadas para cada pessoa</p><p>pode ajudar a melhorar a qualidade de vida e a reduzir os desafios</p><p>associados ao autismo.</p><p>RESUMO DO CAPÍTULO</p><p>eficazes e adaptados às necessidades de cada pessoa.</p><p>Métodos TEACCH, ABA, PECS, PADOVAN,</p><p>FLOORTIME E MONTESSORIANO</p><p>C A P Í T U L O 4</p><p>OBJETIVO: Ao término deste capítulo você será capaz de entender como</p><p>funciona os métodos TEACCH, ABA, PECS, PADOVAN, FLOORTIME E</p><p>MONTESSORIANO. Isto será fundamental para o exercício de sua profissão. As</p><p>pessoas que tentaram explicar sem a devida instrução tiveram problemas</p><p>ao compreender. E então? Motivado para desenvolver esta competência?</p><p>Então vamos lá. Avante!</p><p>4.1 TEACCH</p><p>INE EAD (s.d) afirma que o método TEACCH (Tratamento e Educação para</p><p>Autismo e Comunicação relacionada à Habilidade) é uma abordagem</p><p>desenvolvida por Eric Schopler e seus colegas na Universidade da Carolina</p><p>do Norte, na década de 1970, para ajudar pessoas com Transtorno do</p><p>Espectro Autista (TEA) a desenvolver habilidades sociais, comunicativas e</p><p>acadêmicas.</p><p>INE EAD (s.d) afirma que a abordagem TEACCH é baseada em uma análise</p><p>de comportamento aplicada (ABA), uma abordagem terapêutica que se</p><p>concentra em modificar o comportamento através da identificação de</p><p>antecedentes e consequências que podem</p><p>afetar o comportamento. O</p><p>objetivo do método TEACCH é ajudar as pessoas com TEA a se tornarem o</p><p>mais independentes possível, promovendo o desenvolvimento de</p><p>habilidades que lhes permitam navegar no mundo em que vivem.</p><p>Guimarães (2016) afirma que</p><p>INE EAD (s.d) afirma que o método TEACCH utiliza uma abordagem</p><p>O objetivo principal desse método é ajudar as crianças com TEA</p><p>melhorar seus desempenhos e capacidades, para conseguir</p><p>autonomia para realizar as funções básicas da vida. O TEACCH tem</p><p>como base a estruturação externa do espaço, tempo, materiais e</p><p>atividades, promovendo organização interna, pois Schopler enfatiza</p><p>o método TEACCH para fornecer informação clara e objetiva da</p><p>rotina, mantendo o ambiente calmo e previsível, atendendo a</p><p>sensibilidade da criança aos estímulos sensoriais, propondo tarefas</p><p>diárias nas quais a criança seja capaz de realizar provendo sua</p><p>autonomia (GUIMARÃES, 2016, p. 26)</p><p>individualizada para atender às necessidades únicas de cada pessoa</p><p>com TEA. O terapeuta trabalha em colaboração com a família e outros</p><p>profissionais envolvidos no cuidado da pessoa para desenvolver um plano</p><p>de tratamento personalizado que inclui atividades e estratégias</p><p>específicas para abordar os desafios que a pessoa enfrenta. INE EAD (s.d)</p><p>afirma que algumas das estratégias utilizadas no método TEACCH</p><p>incluem:</p><p>• Estruturação do ambiente: o ambiente é organizado de maneira clara e</p><p>consistente, com rotinas previsíveis e áreas designadas para atividades</p><p>específicas.</p><p>• Ensino visual: as informações são apresentadas visualmente, através de</p><p>imagens, fotos ou diagramas, para ajudar a pessoa a compreender e</p><p>seguir instruções.</p><p>• Rotinas e horários: as rotinas são estabelecidas e comunicadas</p><p>visualmente para ajudar a pessoa a antecipar o que vai acontecer em um</p><p>determinado momento do dia.</p><p>• Apoios visuais: são fornecidos apoios visuais para ajudar a pessoa a</p><p>entender conceitos abstratos, como o tempo ou o dinheiro.</p><p>• Intervenções comportamentais: são utilizadas estratégias baseadas em</p><p>ABA para ajudar a pessoa a desenvolver habilidades sociais,</p><p>comunicativas e acadêmicas.</p><p>INE EAD (s.d) afirma que o método TEACCH é baseado em uma abordagem</p><p>centrada na pessoa, que respeita as diferenças individuais e valoriza as</p><p>habilidades e interesses da pessoa com TEA. Ele enfatiza a importância da</p><p>comunicação e da interação social, ajudando a pessoa a desenvolver as</p><p>habilidades necessárias para se comunicar e se relacionar com os outros</p><p>de maneira significativa.</p><p>Em resumo, o método TEACCH é uma abordagem terapêutica eficaz para</p><p>ajudar pessoas com TEA a desenvolver habilidades sociais, comunicativas</p><p>e acadêmicas, utilizando uma abordagem individualizada baseada em</p><p>ABA. Ele enfatiza a importância da comunicação e da interação social,</p><p>ajudando a pessoa a se tornar o mais independente possível.</p><p>4.2 ABA</p><p>INE EAD (s.d) afirma que o método ABA (Análise do Comportamento</p><p>Aplicada) é uma abordagem terapêutica amplamente utilizada no</p><p>tratamento de crianças e adultos com Transtorno do Espectro Autista</p><p>(TEA). A ABA se concentra na compreensão e modificação do</p><p>comportamento humano por meio da análise e intervenção em seus</p><p>antecedentes e consequências.</p><p>INE EAD (s.d) afirma que a ABA é baseada em uma abordagem científica e</p><p>sistemática, que utiliza princípios comportamentais para ensinar</p><p>habilidades novas e reduzir comportamentos indesejáveis. Essa</p><p>abordagem envolve a coleta de dados objetivos para monitorar o</p><p>comportamento da pessoa e a eficácia do tratamento. O terapeuta utiliza</p><p>esses dados para ajustar o plano de tratamento e garantir que ele esteja</p><p>produzindo resultados positivos. Guimarães (2016) afirma que</p><p>INE EAD (s.d) afirma que o método ABA é frequentemente utilizado para</p><p>ensinar habilidades sociais, comunicação, independência e habilidades</p><p>acadêmicas para pessoas com TEA. Ele pode ser aplicado em diferentes</p><p>configurações, como em casa, na escola, em clínicas e centros de</p><p>tratamento. O método ABA pode ser personalizado para atender às</p><p>necessidades específicas de cada pessoa, levando em consideração sua</p><p>idade, habilidades e interesses. INE EAD (s.d) afirma que algumas das</p><p>estratégias utilizadas na ABA incluem:</p><p>• Reforço positivo: a apresentação de um estímulo reforçador, como</p><p>elogios ou recompensas, após um comportamento desejado,</p><p>aumentando a probabilidade de que o comportamento ocorra</p><p>novamente no futuro.</p><p>• Encadeamento: uma técnica de ensino que quebra uma habilidade em</p><p>pequenas partes e ensina cada parte individualmente antes de unir todas</p><p>as partes para formar a habilidade completa.</p><p>Este método visa ensinar as crianças com TEA habilidades que elas</p><p>ainda não possuem, por meio de instrução e repetição, até a</p><p>criança ter a possibilidade de autonomia. Esse método tem uma</p><p>recompensa no caso de atitudes desejáveis e há sempre o registro</p><p>das tentativas de acertos e erros, cabe salientar que o ABA é uma</p><p>intervenção comportamental por meio de reforço e repetição.</p><p>(GUIMARÃES, 2016, p. 27)</p><p>• Modelagem: um método de ensino que envolve demonstrar o</p><p>comportamento desejado para a pessoa, para que ela possa imitá-lo.</p><p>• Economia de fichas: um sistema em que a pessoa ganha fichas ou</p><p>pontos para comportamentos desejados e pode trocá-los por</p><p>recompensas.</p><p>• Análise funcional: uma técnica que ajuda a identificar os antecedentes e</p><p>consequências do comportamento indesejado para desenvolver uma</p><p>estratégia de tratamento eficaz.</p><p>INE EAD (s.d) afirma que o método ABA é uma abordagem baseada em</p><p>evidências e tem sido comprovadamente eficaz no tratamento do TEA. É</p><p>importante lembrar que o método ABA não é uma cura para o TEA, mas</p><p>pode ajudar a pessoa a desenvolver habilidades que lhe permitam se</p><p>tornar mais independente e se comunicar e interagir com os outros de</p><p>maneira mais eficaz.</p><p>Em resumo, o método ABA é uma abordagem terapêutica baseada em</p><p>princípios comportamentais que ensina habilidades novas e reduz</p><p>comportamentos indesejáveis em pessoas com TEA. Ele envolve a coleta</p><p>de dados objetivos para monitorar o comportamento da pessoa e a</p><p>eficácia do tratamento, personalizando a abordagem para atender às</p><p>necessidades específicas da pessoa. O método ABA é uma abordagem</p><p>comprovadamente eficaz e baseada em evidências para o tratamento do</p><p>TEA.</p><p>4.3 PECS</p><p>INE EAD (s.d) afirma que o método PECS (Picture Exchange Communication</p><p>System) é uma abordagem de comunicação alternativa amplamente</p><p>utilizada para ensinar habilidades de comunicação para crianças e</p><p>adultos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) que têm dificuldades em</p><p>falar. O método PECS utiliza imagens ou fotos para permitir que a pessoa</p><p>com TEA se comunique de forma independente e eficaz. De acordo com</p><p>Guimarães (2016) afirma que</p><p>Este método apropria-se de cartões, figuras, materiais alternativos</p><p>com imagens, pois as crianças com TEA têm maior memória visual</p><p>em conseqüências das dificuldades da linguagem. Outro fato</p><p>importante desse método é que a imagem não desaparece como o</p><p>som, ela persiste principalmente se repete conforme o mecanismo</p><p>INE EAD (s.d) afirma que o método PECS é baseado em princípios</p><p>comportamentais e é uma das estratégias utilizadas na Análise do</p><p>Comportamento Aplicada (ABA) para ensinar habilidades de</p><p>comunicação e interação social. INE EAD (s.d) afirma que o método PECS</p><p>consiste em seis fases sequenciais de ensino:</p><p>• Troca de imagem: a primeira fase do método PECS é ensinar a pessoa a</p><p>entregar uma imagem ou foto de um item desejado para o comunicador</p><p>(normalmente um adulto) em troca do item real.</p><p>• Expansão da solicitação: nesta fase, a pessoa com TEA é ensinada a</p><p>solicitar mais itens e a expandir seu repertório de comunicação.</p><p>• Discriminação de imagem: na terceira fase, a pessoa é ensinada a</p><p>escolher a imagem ou foto correta entre várias opções para solicitar o</p><p>item desejado.</p><p>• Construção de frases: nesta fase, a pessoa é ensinada a usar duas ou</p><p>mais imagens ou fotos em sequência para formar frases simples, como</p><p>"eu quero água".</p><p>• Resposta espontânea:</p><p>a quinta fase do método PECS envolve ensinar a</p><p>pessoa a iniciar a comunicação espontaneamente, sem ter que ser</p><p>solicitada pelo comunicador.</p><p>• Comunicação avançada: a última fase do método PECS envolve a</p><p>expansão das habilidades de comunicação da pessoa para incluir</p><p>expressão de opiniões, pedidos de informação e outros tipos de interação</p><p>social.</p><p>INE EAD (s.d) afirma que o método PECS tem sido amplamente utilizado</p><p>com sucesso em crianças e adultos com TEA em todo o mundo. Ele pode</p><p>ser personalizado para atender às necessidades individuais de cada</p><p>pessoa, levando em consideração suas habilidades, interesses e</p><p>preferências de comunicação.</p><p>INE EAD (s.d) afirma que algumas das vantagens do método PECS incluem</p><p>a promoção da independência da pessoa com TEA, a redução da</p><p>frustração e comportamentos desafiadores associados à falta de</p><p>comunicação eficaz, e a promoção da interação social e comunicação</p><p>com outras pessoas.</p><p>Em resumo, o método PECS é uma abordagem baseada em princípios</p><p>comportamentais que utiliza imagens ou fotos para permitir que as</p><p>pessoas com TEA se comuniquem de forma independente e eficaz. O</p><p>método PECS é uma das estratégias utilizadas na Análise do</p><p>Comportamento Aplicada (ABA) para ensinar habilidades de</p><p>comunicação e interação social, e consiste em seis fases sequenciais de</p><p>ensino.</p><p>4.4 PADOVAN</p><p>Guimarães (2016) afirma que o método Padovan é uma abordagem de</p><p>terapia da fala e linguagem que tem sido utilizada com sucesso no</p><p>tratamento de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). O</p><p>método foi desenvolvido pela fonoaudióloga Beatriz Padovan e é baseado</p><p>em princípios neurocientíficos e comportamentais. Afirma também que</p><p>O autor afirma que o método Padovan é uma abordagem integrativa que</p><p>envolve técnicas de terapia da fala e linguagem, juntamente com</p><p>exercícios de movimento e terapia sensorial. Ele se concentra em ajudar as</p><p>crianças com TEA a desenvolver habilidades de comunicação e</p><p>linguagem, bem como habilidades motoras e sensoriais.</p><p>Ele afirma ainda que uma das principais técnicas do método Padovan é o</p><p>ritmo. A fonoaudióloga acredita que o ritmo é fundamental para o</p><p>desenvolvimento da linguagem, uma vez que é um elemento fundamental</p><p>da comunicação. A terapia Padovan utiliza exercícios de ritmo para ajudar</p><p>as crianças a desenvolver habilidades de comunicação e linguagem.</p><p>Ainda na opinião do autor, outra técnica importante do método Padovan é</p><p>a terapia de integração sensorial. Esta abordagem envolve a exposição da</p><p>criança a diferentes estímulos sensoriais para ajudar a melhorar sua</p><p>capacidade de processar informações sensoriais. Isso pode incluir</p><p>exercícios que envolvem toque, movimento, som e luz. Ele também afirma</p><p>que o método Padovan também utiliza exercícios de movimento para</p><p>ajudar as crianças a melhorar a coordenação e o controle motor. Esses</p><p>exercícios podem incluir atividades que envolvem equilíbrio, movimento</p><p>do corpo e movimento dos olhos. Guimarães (2016) afirma que</p><p>está baseado na reorganização neurológica, quando o processo de</p><p>organização neurológica apresenta falhas no seu desenvolvimento,</p><p>há déficits na locomoção, linguagem e pensamento. Através deste</p><p>método há uma reorganização neurológica para recapitular nos</p><p>processos de andar, falar e pensar. (GUIMARÃES, 2016, p. 29)</p><p>Guimarães (2016) ainda diz que a terapia Padovan é baseada em</p><p>princípios comportamentais e é uma das estratégias utilizadas na Análise</p><p>do Comportamento Aplicada (ABA) para ajudar as crianças com TEA a</p><p>desenvolver habilidades de comunicação e linguagem. O método</p><p>Padovan é frequentemente utilizado em conjunto com outras abordagens</p><p>de terapia da fala e linguagem para fornecer uma abordagem integrativa</p><p>e abrangente para o tratamento do TEA.</p><p>Em resumo, o método Padovan é uma abordagem de terapia da fala e</p><p>linguagem que utiliza exercícios de ritmo, terapia de integração sensorial e</p><p>exercícios de movimento para ajudar as crianças com TEA a desenvolver</p><p>habilidades de comunicação, linguagem, coordenação e controle motor.</p><p>A terapia Padovan é baseada em princípios comportamentais e é uma</p><p>das estratégias utilizadas na Análise do Comportamento Aplicada (ABA)</p><p>para ajudar as crianças com TEA a desenvolver habilidades de</p><p>comunicação e linguagem.</p><p>4.5 FLOORTIME</p><p>Guimarães (2016) afirma que o método Floortime é uma abordagem de</p><p>tratamento do Transtorno do Espectro Autista (TEA) que se concentra no</p><p>envolvimento ativo da criança na interação social, com o objetivo de</p><p>desenvolver habilidades de comunicação e interação social. O método foi</p><p>desenvolvido pelo psiquiatra americano Stanley Greenspan e é baseado</p><p>na teoria do desenvolvimento social-emocional. De acordo com</p><p>Guimarães (2016) afirma que</p><p>a ferramenta para este método Padovan seriam exercícios</p><p>corporais nos quais ajudam a criança com TEA no seu</p><p>desenvolvimento neuroevolutivo de marcha (rolar, rastejar,</p><p>engatinhar); deslocamento, das mãos, dos olhos e das funções orais</p><p>reflexas, estimulando a uma reorganização neurofuncional e</p><p>consequentemente o fortalecimento de todo o sistema nervoso</p><p>central e o periférico (consequentemente outros sistemas),</p><p>possibilita a maior eficiência e operacionalidade do indivíduo face a</p><p>si mesmo e ao ambiente onde está inserido. (GUIMARÃES, 2016, p. 29)</p><p>O programa Floortime está dentro do modelo de intervenção DIR -</p><p>Developmental Individual Difference, Relationschip-Basead, criado</p><p>pela psiquiatra infantil Greenspan e Serene Wiedet no início dos anos</p><p>90. Este modelo de intervenção DIR se apoia em três elementos</p><p>chaves, segundo a sigla: D que significa Desenvolvimento da</p><p>resposta da evolução da criança com TEA, I que vem das diferenças</p><p>Individuais, suas características biológicas e o R vem das Relações,</p><p>as quais são relacionamentos para a fonte de aprendizagem.</p><p>(GUIMARÃES, 2016, p. 28)</p><p>Segundo ele, o Floortime é uma abordagem baseada na Análise do</p><p>Comportamento Aplicada (ABA), mas difere de outras abordagens ABA</p><p>por se concentrar mais em envolver a criança em um processo</p><p>colaborativo de interação social. A terapia Floortime ocorre em um</p><p>ambiente de jogo estruturado, no qual o terapeuta se junta à criança no</p><p>chão para seguir o interesse dela e encorajá-la a se comunicar e interagir</p><p>com o ambiente. Guimarães (2016) afirma que</p><p>Ele afirma ainda que uma das principais técnicas do método Floortime é a</p><p>"seguida do interesse", que envolve seguir a liderança da criança em</p><p>termos de seus interesses e iniciativas. O terapeuta se envolve em</p><p>atividades de jogo que a criança demonstra interesse e tenta expandir a</p><p>brincadeira ou atividade com comentários e interações, encorajando</p><p>assim a comunicação e o desenvolvimento de habilidades sociais.</p><p>Para o autor, outra técnica importante do método Floortime é a</p><p>"afetividade compartilhada", que envolve criar uma conexão emocional</p><p>com a criança por meio de expressões faciais, gestos, toques e</p><p>vocalizações. Essa conexão emocional é importante para ajudar a criança</p><p>a se sentir segura e confortável para explorar o ambiente e interagir com</p><p>o terapeuta. Ele também afirma que o método Floortime também enfatiza</p><p>o desenvolvimento das habilidades motoras e sensoriais, bem como o</p><p>desenvolvimento da comunicação e interação social. O terapeuta pode</p><p>usar exercícios de movimento e atividades sensoriais para ajudar a</p><p>criança a desenvolver habilidades motoras e sensoriais.</p><p>Em resumo, o método Floortime é uma abordagem de tratamento do TEA</p><p>baseada na Análise do Comportamento Aplicada (ABA) que se concentra</p><p>no envolvimento ativo da criança em uma interação social estruturada e</p><p>orientada a objetivos. O método enfatiza a importância de seguir o</p><p>interesse da criança, criar conexões emocionais e desenvolver habilidades</p><p>sociais, de comunicação e interação. O Floortime é uma abordagem</p><p>complementar a outras terapias comportamentais e pode ser usada em</p><p>conjunto com outras terapias para fornecer uma abordagem abrangente</p><p>e integrada para o tratamento do TEA.</p><p>o objetivo deste método é aumentar as relações sociais,</p><p>melhorar a</p><p>linguagem e diminuir as estereotipias. Não existe certo ou errado no</p><p>brincar dessas crianças com TEA, mas sim uma interação em que</p><p>ambos aprendem, professor e criança e a própria família se inserida</p><p>no método (GUIMARÃES, 2016, p. 28)</p><p>4.6 MONTESSORIANO</p><p>Vale e Branco (2021) afirmam que o método Montessoriano é uma</p><p>abordagem educacional que se concentra no desenvolvimento</p><p>autônomo e individual das crianças. Ele foi criado pela médica e</p><p>educadora italiana Maria Montessori e é baseado em uma filosofia que</p><p>valoriza a aprendizagem através da exploração e da descoberta.</p><p>Embora não seja exclusivamente destinado a crianças com Transtorno do</p><p>Espectro Autista (TEA), o método Montessoriano tem sido adaptado para</p><p>atender às necessidades educacionais específicas dessas crianças. A</p><p>abordagem Montessori para crianças com TEA enfatiza o desenvolvimento</p><p>da independência, da comunicação e das habilidades sociais. Vale e</p><p>Branco (2021) afirmam que</p><p>Para os autores, uma das principais características do método</p><p>Montessoriano é a ênfase na aprendizagem ativa, na qual as crianças são</p><p>encorajadas a explorar e descobrir o ambiente ao seu redor. Isso pode ser</p><p>especialmente benéfico para crianças com TEA, que podem ter</p><p>dificuldade em se comunicar verbalmente e podem ter dificuldade em</p><p>interagir socialmente com outras pessoas. A abordagem Montessori</p><p>permite que as crianças com TEA aprendam através de atividades</p><p>práticas e sensoriais, permitindo que elas se desenvolvam de maneira</p><p>autônoma.</p><p>Eles afirmam que outra característica importante do método</p><p>Montessoriano é a individualização do aprendizado. As crianças com TEA</p><p>são frequentemente muito diferentes em suas habilidades e interesses, e o</p><p>método Montessori permite que elas aprendam no seu próprio ritmo e de</p><p>acordo com seus próprios interesses. Isso pode ajudar a aumentar a</p><p>motivação das crianças para aprender e tornar o processo de</p><p>aprendizado mais relevante e significativo para elas.</p><p>Ainda segundo eles, o ambiente Montessori também é organizado para</p><p>encorajar a independência e a responsabilidade. As crianças são</p><p>incentivadas a cuidar de si mesmas e de seu ambiente, incluindo a</p><p>o método montessoriano utiliza da ludicidade, promovendo um</p><p>melhoramento da autoestima, da aprendizagem, de seu</p><p>conhecimento de mundo. Sendo assim, um recurso onde as</p><p>crianças desenvolvem o autoconhecimento, cria-se novas</p><p>experiências e promove o desenvolvimento de suas capacidades</p><p>cognitivas. (VALE, BRANCO, 2021, p. 8)</p><p>manutenção da ordem e limpeza do espaço de aprendizagem. Essa</p><p>ênfase na responsabilidade pode ajudar as crianças com TEA a</p><p>desenvolver habilidades de vida diária, bem como melhorar sua</p><p>autoestima e autoconfiança. Vale e Branco (2021) afirmam que</p><p>Eles afirmam que no método Montessoriano adaptado para crianças com</p><p>TEA, o papel do professor é de facilitador e observador. O professor</p><p>trabalha individualmente com cada criança, fornecendo orientação e</p><p>feedback para ajudá-las a progredir em suas habilidades e interesses. Os</p><p>professores também são responsáveis por observar o comportamento</p><p>das crianças e fornecer intervenções comportamentais quando</p><p>necessário. Vale e Branco (2021) afirmam que</p><p>Em resumo, o método Montessoriano é uma abordagem educacional que</p><p>enfatiza a aprendizagem ativa, a individualização do aprendizado, a</p><p>independência e a responsabilidade. Adaptado para crianças com TEA,</p><p>essa abordagem pode ajudá-las a desenvolver habilidades de</p><p>comunicação, interação social, autonomia e independência. É importante</p><p>lembrar que a abordagem Montessori não é uma terapia comportamental</p><p>específica para o TEA, mas pode ser uma opção complementar a outras</p><p>terapias comportamentais e educacionais para ajudar a atender às</p><p>necessidades individuais da criança.</p><p>Tendo em vista o alto índice de crianças autistas no âmbito escolar</p><p>se faz preciso o professor se aprofundar e aperfeiçoar suas</p><p>metodologias visando uma aprendizagem significativa em todos</p><p>seus aspectos desde educacional ao social, assim, a utilização do</p><p>método montessoriano é um caminho para o enlarguecimento do</p><p>desenvolver pedagógico e em vínculo da criança com TEA. (VALE,</p><p>BRANCO, 2021, p. 2)</p><p>a escola montessoriana oferece uma educação visando o</p><p>desenvolvimento natural das crianças sempre pensando no</p><p>respeito no tempo de aprendizagem e desenvolvimento de cada</p><p>criança, favorecendo assim que crianças autistas se desenvolvam</p><p>melhor em aspectos pedagógicos, assim como social. Em suma,</p><p>quanto mais cedo a criança autista é inserida na educação</p><p>inclusiva mais exposta a possibilidades de desenvolvimento</p><p>cognitivo, social e físico ela estará, uma vez que a prática</p><p>pedagógica busca o aperfeiçoamento integral dessas capacidades</p><p>(VALE, BRANCO, 2021, p. 8)</p><p>E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora,</p><p>só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de</p><p>estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter</p><p>aprendido que o método TEACCH é uma abordagem que enfatiza a</p><p>organização do ambiente e a criação de rotinas para ajudar as pessoas</p><p>com TEA a se sentirem mais seguras e preparadas para aprender. Ele inclui</p><p>a utilização de suportes visuais, tais como agendas visuais, e a</p><p>individualização do aprendizado. O ABA é uma abordagem terapêutica</p><p>baseada na análise do comportamento. Ele é frequentemente utilizado</p><p>para ensinar habilidades sociais, comunicação e reduzir comportamentos</p><p>problemáticos. O ABA utiliza técnicas como o reforço positivo e</p><p>modelagem comportamental para ajudar as pessoas com TEA a</p><p>desenvolver habilidades sociais e de comunicação. O método PECS é uma</p><p>abordagem de comunicação baseada em imagens que ajuda pessoas</p><p>com TEA a se comunicar efetivamente com os outros. Ele envolve o uso de</p><p>imagens para representar objetos e atividades, e ensina a habilidade de</p><p>troca de imagens para solicitar desejos e necessidades. O método</p><p>Padovan é uma abordagem que utiliza exercícios para desenvolver a</p><p>coordenação motora, habilidades de linguagem e habilidades de</p><p>comunicação em pessoas com TEA. Ele enfatiza a estimulação sensorial e</p><p>o movimento para ajudar as pessoas com TEA a desenvolver suas</p><p>habilidades de comunicação. O método Floortime é uma abordagem que</p><p>enfatiza o engajamento e a interação entre a criança e o adulto. Ele se</p><p>concentra em desenvolver habilidades sociais e de comunicação em</p><p>pessoas com TEA através do uso de jogos e brincadeiras. O método</p><p>Montessoriano é uma abordagem educacional que enfatiza a</p><p>aprendizagem ativa, a individualização do aprendizado, a independência</p><p>e a responsabilidade. Ele pode ser adaptado para atender às</p><p>necessidades educacionais específicas das crianças com TEA,</p><p>enfatizando o desenvolvimento da independência, da comunicação e das</p><p>habilidades sociais. Cada abordagem tem seus próprios pontos fortes e</p><p>fracos, e é importante escolher a abordagem que melhor atende às</p><p>necessidades individuais da pessoa com TEA. Algumas pessoas com TEA</p><p>podem se beneficiar de uma combinação de diferentes abordagens para</p><p>ajudá-las a desenvolver suas habilidades de comunicação, interação</p><p>social e autonomia.</p><p>RESUMO DO CAPÍTULO</p><p>Referências Bibliográficas</p><p>AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. DSM-5: Manual Diagnóstico e</p><p>Estatístico de Transtornos Mentais. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.</p><p>CAMARGO, Síglia Pimentel Höher; RISPOLI, Mandy. Análise do</p><p>comportamento aplicada como intervenção para o autismo: definição,</p><p>características e pressupostos filosóficos. Revista Educação Especial, vol.</p><p>26, núm. 47, septiembre-diciembre, 2013, pp. 639-650 Universidade Federal</p><p>de Santa Maria. Santa Maria, Brasil. Disponível em: <</p><p>https://www.redalyc.org/pdf/3131/313128786010.pdf> Acesso em 29 mar</p><p>2023.</p><p>COSTA, Carlos Eduardo; CANÇADO, Carlos Renato Xavier; ZAMIGNANI, Denis</p><p>Roberto; ARRABAL, Silvia Regina de Souza-Gil. Comportamento em foco.</p><p>Associação Brasileira de Psicologia e Medicina Comportamental. – São</p><p>Paulo: ABPMC, 2013. Disponível em:</p><p><https://abpmc.org.br/wp-content/uploads/2021/08/1405122562c78cfe5f8</p><p>7c.pdf> Acesso em 29 mar 2023.</p><p>INE EAD - Instituto Nacional de Ensino. Juntando as coisas: exemplos de um</p><p>método de aba. Disponível em:</p><p><https://www.institutoine.com.br/imagessistema/_610d40d07ea59.pdf></p><p>Acesso em: 27 mar 2023.</p><p>GUIMARÃES, Josiane. “Uma viagem ao mundo autístico”: educação física</p><p>para crianças com transtorno do espectro autista. 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Estratégias de prevenção e enfrentamento de</p><p>crises sensoriais no Transtorno Espectro Autista em adolescentes: um</p><p>protocolo de revisão de escopo. Disponível em: <</p><p>https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/download/34430/29444/3894</p><p>25> Acesso em 30 mar 2023</p><p>MATTOS, Jací Carnicelli. Alterações sensoriais no Transtorno do Espectro</p><p>Autista (TEA): Implicações no desenvolvimento e na aprendizagem.</p><p>Disponível em: < http://pepsic.bvsalud.org/pdf/psicoped/v36n109/09.pdf></p><p>Acesso em: 30 mar 2023.</p><p>MOREIRA, Márcio Borges. MEDEIROS, Carlos Augusto de. Princípios básicos</p><p>de análise do comportamento [recurso eletrônico] 2. ed. – Porto Alegre:</p><p>Artmed, 2019. e-PUB. Disponível em: < https://doceru.com/doc/x8esx0x></p><p>Acesso em: 20 mar 2023</p><p>PASINOTTO, Renata. 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Método</p><p>montessori como facilitador da inclusão de alunos com autismo na</p><p>educação infantil. Disponível em: <</p><p>https://editorarealize.com.br/editora/anais/cintedi/2021/TRABALHO_EV156_</p><p>MD1_SA5_ID807_14102021105231.pdf> Acesso em 31 mar 2023.</p><p>sobre o</p><p>contexto e o histórico da criança ou do jovem em questão. Essas</p><p>informações podem ser cruciais para determinar as necessidades da</p><p>criança, estabelecer metas terapêuticas e desenvolver um plano de</p><p>tratamento adequado. Geralmente é realizada pelo psicólogo, psiquiatra,</p><p>assistente social ou outro profissional que está liderando a avaliação. Pode</p><p>ocorrer em um ambiente clínico, em casa ou em outro local escolhido pela</p><p>família. É importante que o ambiente seja confortável e privado, de modo</p><p>que a família possa se sentir à vontade para discutir questões sensíveis.</p><p>Durante a entrevista, o profissional irá fazer perguntas sobre a história de</p><p>vida da criança ou jovem, o desenvolvimento de habilidades e</p><p>comportamentos, relações familiares e escolares, bem como questões</p><p>médicas e psicológicas relevantes. Algumas das perguntas que podem</p><p>ser feitas incluem:</p><p>• Como foi a gravidez e o parto da criança?</p><p>• Como é a relação da criança com os pais, irmãos e outros membros da</p><p>família?</p><p>• Como é o desempenho escolar da criança?</p><p>• Como a criança lida com situações estressantes ou difíceis?</p><p>• A criança tem algum histórico médico ou psicológico relevante?</p><p>• Como a família lida com comportamentos desafiadores da criança?</p><p>A entrevista pode durar de 1 a 2 horas, dependendo da complexidade do</p><p>caso e da quantidade de informações que precisam ser coletadas. O</p><p>profissional também pode pedir à família que preencha questionários ou</p><p>formulários para fornecer informações adicionais. É importante que o</p><p>profissional conduza a entrevista de forma sensível e respeitosa,</p><p>estabelecendo uma relação de confiança com a família e criando um</p><p>ambiente seguro para a discussão de questões delicadas. O objetivo da</p><p>entrevista não é julgar ou criticar a família, mas sim entender as</p><p>circunstâncias em que a criança está vivendo e as necessidades que ela</p><p>tem.</p><p>De acordo com o INE EAD (s.d) depois da entrevista, o profissional irá</p><p>analisar as informações coletadas e usar esses dados para fazer um</p><p>diagnóstico e desenvolver um Plano de Tratamento Individualizado (PEI). A</p><p>colaboração e a participação da família são essenciais para o sucesso do</p><p>tratamento, e a entrevista é uma oportunidade importante para</p><p>estabelecer uma parceria entre a equipe clínica e a família. O analista do</p><p>comportamento realiza uma avaliação direta do comportamento do</p><p>indivíduo. Essa avaliação é geralmente realizada em um ambiente</p><p>controlado, onde o analista do comportamento pode observar e registrar</p><p>o comportamento do indivíduo em diferentes situações. O objetivo desta</p><p>avaliação é identificar os comportamentos que precisam ser modificados</p><p>e as habilidades que precisam ser ensinadas.</p><p>Observação direta: O terapeuta realiza uma observação direta do</p><p>indivíduo, seja criança ou jovem, em vários contextos e situações, a fim de</p><p>coletar informações sobre o comportamento atual, padrões e tendências</p><p>comportamentais. Isso pode incluir observações em casa, na escola,</p><p>ambiente clínica ou social, ou em outras configurações relevantes. A</p><p>observação pode ser realizada usando uma variedade de técnicas,</p><p>incluindo análise do comportamento funcional, análise do</p><p>comportamento aplicada e outras abordagens. De acordo com INE EAD</p><p>(s.d)</p><p>se dá como um método que permite contato direto com a pessoa</p><p>que participará da intervenção e se mostra interessante para a</p><p>observação de habilidades em ambientes naturais e menos</p><p>estruturados. Envolve planejar as condições em que os dados serão</p><p>coletados de acordo com o repertório que se deseja avaliar,</p><p>entretanto sem o avaliador apresentar tarefas ou instruções</p><p>especificas, o que a faz ser um modo de coleta de dados que é</p><p>pouco apropriada quanto à avaliação de respostas discretas,</p><p>considerando que estas devem ocorrer com antecedentes</p><p>específicos. (INE EAD, s.d, p. 63)</p><p>A observação direta é uma técnica valiosa porque permite que o avaliador</p><p>obtenha informações sobre o comportamento da criança em tempo real,</p><p>em vez de confiar apenas nas informações fornecidas pelos pais ou</p><p>cuidadores. Além disso, a observação direta permite que o avaliador</p><p>avalie as habilidades da criança em uma variedade de áreas, incluindo</p><p>habilidades sociais, habilidades cognitivas e habilidades motoras.</p><p>Pode ser realizada de várias maneiras, dependendo do contexto da</p><p>avaliação. Em um ambiente clínico, a observação pode ser feita em uma</p><p>sala de espera ou em uma sala de terapia, onde a criança ou jovem é</p><p>convidado a realizar atividades específicas, como jogos ou tarefas</p><p>cognitivas. Em um ambiente escolar, o avaliador pode observar a criança</p><p>em sala de aula ou em um ambiente de recreação, interagindo com</p><p>outras crianças.</p><p>A observação direta pode ser feita de forma estruturada ou não</p><p>estruturada. Em uma observação estruturada, o avaliador pode usar uma</p><p>lista de verificação ou um questionário para avaliar habilidades</p><p>específicas, como habilidades sociais ou habilidades de comunicação. Em</p><p>uma observação não estruturada, o avaliador pode observar o</p><p>comportamento da criança em uma variedade de situações e fazer</p><p>anotações sobre os comportamentos observados.</p><p>Ao conduzir uma observação direta, o profissional deve estar atento a uma</p><p>série de fatores. Em primeiro lugar, é importante definir claramente os</p><p>objetivos da observação e planejar com antecedência o que será</p><p>observado. Além disso, o profissional deve garantir que a observação seja</p><p>feita em um ambiente confortável e seguro para a criança. A observação</p><p>deve ser discreta e não intrusiva, para evitar que a criança se sinta</p><p>observada ou constrangida.</p><p>Durante a observação direta, é importante que o avaliador seja discreto e</p><p>não interrompa as atividades da criança ou jovem. É também importante</p><p>que o avaliador observe o comportamento da criança ou jovem em</p><p>diferentes situações e em diferentes momentos do dia para obter uma</p><p>visão mais completa do seu comportamento. O profissional deve anotar</p><p>detalhadamente as informações relevantes, como comportamentos</p><p>observados, habilidades demonstradas e situações que desencadeiam</p><p>determinados comportamentos. Essas anotações podem ser usadas</p><p>posteriormente para ajudar no diagnóstico e no desenvolvimento de um</p><p>plano de tratamento adequado.</p><p>A observação direta pode ajudar a identificar problemas</p><p>comportamentais, dificuldades sociais e emocionais, habilidades de</p><p>comunicação, padrões de sono e alimentação e outras questões</p><p>relevantes para a avaliação. Por exemplo, um avaliador que está</p><p>avaliando uma criança com autismo pode observar como a criança</p><p>interage com outras crianças em um ambiente de playground ou em uma</p><p>sala de aula para avaliar suas habilidades sociais e comunicação.</p><p>Depois da observação direta, o avaliador pode usar as informações</p><p>obtidas para complementar as informações obtidas durante a entrevista</p><p>com a família e os resultados de testes psicológicos e de avaliação. As</p><p>informações obtidas durante a observação direta podem ajudar o</p><p>avaliador a fazer um diagnóstico mais preciso e a desenvolver um plano</p><p>de tratamento individualizado.</p><p>É importante que a observação direta seja conduzida de forma ética e</p><p>respeitosa, levando em consideração as necessidades e limitações da</p><p>criança. O avaliador deve ter uma abordagem não invasiva e evitar</p><p>julgamentos ou suposições precipitadas. Além disso, é importante que a</p><p>observação seja conduzida de forma não direcionada, ou seja, sem tentar</p><p>influenciar ou interferir no comportamento da criança.</p><p>Avaliação do desenvolvimento: é uma parte importante do processo inicial</p><p>de avaliação, especialmente em crianças mais jovens, pois permite ao</p><p>avaliador entender como a criança está progredindo em relação aos</p><p>marcos do desenvolvimento normativo. Isso é importante para identificar</p><p>a presença de atrasos ou transtornos de desenvolvimento e determinar as</p><p>intervenções adequadas. O terapeuta avalia o desenvolvimento geral do</p><p>indivíduo, incluindo habilidades motoras, habilidades sociais e de</p><p>comunicação, habilidades acadêmicas e outras habilidades relevantes</p><p>para a idade e contexto</p><p>do indivíduo. Essa avaliação pode incluir testes</p><p>padronizados, bem como observações informais.</p><p>A avaliação do desenvolvimento pode incluir várias técnicas e</p><p>ferramentas, incluindo o uso de questionários e testes padronizados, a</p><p>observação direta e a coleta de informações sobre o histórico de</p><p>desenvolvimento da criança, como marcos motores e de linguagem.</p><p>Alguns exemplos de ferramentas de avaliação incluem a Escala de</p><p>Desenvolvimento Infantil de Denver e o Teste de Desenvolvimento de</p><p>Battelle.</p><p>A avaliação do desenvolvimento também pode levar em consideração a</p><p>avaliação do comportamento e das habilidades da criança em seu</p><p>ambiente natural. Por exemplo, o avaliador pode observar como a criança</p><p>brinca e interage com outras crianças em um ambiente de playground ou</p><p>em uma sala de aula para avaliar suas habilidades sociais e</p><p>comportamentais.</p><p>A avaliação do desenvolvimento também pode ser específica para</p><p>determinadas áreas do desenvolvimento, como a linguagem, habilidades</p><p>motoras, habilidades sociais e comportamentais, e pode ser realizada por</p><p>profissionais qualificados, como fonoaudiólogos, fisioterapeutas ou</p><p>psicólogos.</p><p>É importante que a avaliação do desenvolvimento seja realizada de forma</p><p>sistemática e usando técnicas e ferramentas padronizadas, para garantir</p><p>a precisão e a confiabilidade dos resultados. Além disso, é importante que</p><p>a avaliação seja conduzida de forma respeitosa e sensível às</p><p>necessidades da criança, levando em consideração fatores culturais e</p><p>contextuais relevantes.</p><p>Após a avaliação do desenvolvimento, o avaliador irá analisar os</p><p>resultados e usar esses dados para fazer um diagnóstico e desenvolver</p><p>um plano de tratamento individualizado. A avaliação do desenvolvimento</p><p>é uma parte crucial do processo inicial de avaliação, pois pode ajudar a</p><p>identificar a presença de atrasos ou transtornos de desenvolvimento e</p><p>determinar as intervenções adequadas para promover o desenvolvimento</p><p>saudável da criança.</p><p>Avaliação do comportamento problemático: O terapeuta avalia o</p><p>comportamento problemático do indivíduo, a fim de identificar as causas</p><p>e determinar as intervenções mais eficazes. Isso pode incluir a realização</p><p>de uma análise funcional do comportamento, que é uma abordagem</p><p>sistemática para entender as funções ou motivos subjacentes ao</p><p>comportamento problemático. É uma parte importante do processo inicial</p><p>de avaliação, pois permite ao avaliador entender as causas subjacentes</p><p>do comportamento problemático e desenvolver um plano de tratamento</p><p>individualizado para a criança.</p><p>A avaliação do comportamento problemático pode incluir várias técnicas</p><p>e ferramentas, incluindo a entrevista com a família, a observação direta e</p><p>uso de questionários e testes padronizados. Durante a entrevista com a</p><p>família, o avaliador pode coletar informações sobre a história do</p><p>comportamento problemático, incluindo quando começou, quanto tempo</p><p>dura e as circunstâncias que o desencadeiam. A entrevista também pode</p><p>ajudar a identificar fatores de risco e de proteção relevantes, como o</p><p>ambiente familiar e a presença de eventos estressantes ou traumáticos.</p><p>A observação direta pode ajudar a identificar os padrões de</p><p>comportamento problemático e suas possíveis causas. Por exemplo, se uma</p><p>criança apresenta comportamento agressivo em resposta a uma mudança</p><p>na rotina, o avaliador pode observar como a criança reage em diferentes</p><p>situações para entender como o comportamento é desencadeado.</p><p>O uso de questionários e testes padronizados pode ajudar a avaliar a</p><p>gravidade do comportamento problemático e a identificar transtornos</p><p>mentais específicos que podem estar contribuindo para o comportamento.</p><p>Alguns exemplos de ferramentas de avaliação incluem a Escala de</p><p>Comportamento Infantil de Achenbach e o Inventário Multimodal de</p><p>Comportamento Infantil.</p><p>É importante que a avaliação do comportamento problemático seja</p><p>conduzida de forma ética e respeitosa, levando em consideração as</p><p>necessidades e limitações da criança. O avaliador deve ter uma abordagem</p><p>não julgadora e evitar suposições precipitadas ou interpretações</p><p>tendenciosas.</p><p>Após a avaliação do comportamento problemático, o avaliador irá analisar</p><p>os resultados e usar esses dados para fazer um diagnóstico e desenvolver</p><p>um plano de tratamento individualizado. O plano de tratamento pode incluir</p><p>intervenções específicas para abordar o comportamento problemático,</p><p>como terapia comportamental ou medicamentos, bem como intervenções</p><p>para abordar fatores de risco subjacentes, como terapia familiar ou</p><p>intervenções escolares.</p><p>A avaliação do comportamento problemático é uma parte crucial do</p><p>processo inicial de avaliação, pois pode ajudar a identificar a presença de</p><p>transtornos mentais subjacentes e determinar as intervenções adequadas</p><p>para promover o bem-estar emocional e comportamental da criança.</p><p>Estabelecimento de objetivos e metas: Com base nas informações</p><p>coletadas na entrevista, observação e avaliação, o terapeuta trabalha com</p><p>a família e outros profissionais envolvidos para estabelecer objetivos e</p><p>metas específicos para o tratamento. Esses objetivos podem incluir o</p><p>desenvolvimento de habilidades sociais e de comunicação, a redução do</p><p>comportamento problemático, o aumento da independência e outras</p><p>metas relevantes. É uma etapa importante do processo inicial de avaliação,</p><p>pois ajuda a definir o propósito da avaliação e orientar o plano de</p><p>tratamento individualizado.</p><p>Os objetivos e metas devem ser definidos em colaboração com a criança</p><p>e/ou seus cuidadores, levando em consideração as preocupações e</p><p>necessidades específicas de cada indivíduo. A definição de objetivos e</p><p>metas deve ser baseada nas informações coletadas durante as etapas</p><p>anteriores do processo de avaliação, incluindo a entrevista com a família, a</p><p>observação direta e a avaliação do desenvolvimento e comportamento</p><p>problemático.</p><p>Os objetivos e metas devem ser específicos, mensuráveis, alcançáveis,</p><p>relevantes e com prazo definido (conhecidos como critérios SMART). Isso</p><p>significa que eles devem ser definidos de forma clara e precisa, devem ser</p><p>capazes de ser medidos ou observados, devem ser realistas e alcançáveis</p><p>para a criança, devem ser relevantes para as preocupações identificadas</p><p>na avaliação e devem ter um prazo definido para serem alcançados.</p><p>Por exemplo, um objetivo e meta específicos para uma criança com</p><p>transtorno do espectro autista (TEA) que apresenta dificuldades de</p><p>comunicação podem ser: "A criança será capaz de comunicar suas</p><p>necessidades básicas (como sede ou fome) usando sinais simples e/ou</p><p>palavras em um período de seis meses".</p><p>Outro exemplo seria para uma criança com transtorno do déficit de</p><p>atenção e hiperatividade (TDAH) que apresenta dificuldades de atenção e</p><p>impulsividade, o objetivo e meta específicos poderiam ser: "A criança será</p><p>capaz de permanecer focada em uma tarefa por um período de 10</p><p>minutos sem se distrair ou interromper outras atividades por um período de</p><p>três meses".</p><p>Ao estabelecer objetivos e metas, é importante considerar as necessidades</p><p>e preferências individuais da criança e seus cuidadores. O plano de</p><p>tratamento individualizado deve ser adaptado para atender às</p><p>necessidades específicas de cada indivíduo e pode incluir uma variedade</p><p>de intervenções, como terapia comportamental, terapia ocupacional,</p><p>terapia da fala e/ou medicamentos.</p><p>Em resumo, estabelecer objetivos e metas é uma parte importante do</p><p>processo inicial de avaliação, pois ajuda a definir o propósito da avaliação</p><p>e orientar o plano de tratamento individualizado. Os objetivos e metas</p><p>devem ser específicos, mensuráveis, alcançáveis, relevantes e com prazo</p><p>definido e devem ser definidos em colaboração com a criança e/ou seus</p><p>cuidadores.</p><p>1.2 Delineamento de intervenções</p><p>O delineamento de intervenções é uma etapa crucial na análise de</p><p>comportamento aplicada (ABA), pois é nessa etapa que são definidas as</p><p>estratégias específicas para modificar o comportamento da pessoa em</p><p>tratamento. O delineamento de intervenções</p><p>envolve a aplicação dos</p><p>princípios da análise do comportamento para criar um plano de</p><p>tratamento individualizado e eficaz. De acordo com Camargo e Rispoli</p><p>A primeira etapa no delineamento de intervenções em ABA é o</p><p>estabelecimento de objetivos e metas específicos e mensuráveis para o</p><p>tratamento. Esses objetivos e metas devem ser baseados nas informações</p><p>coletadas durante a avaliação inicial e devem ser orientados para a</p><p>promoção de comportamentos alternativos mais adequados.</p><p>A escolha das intervenções a serem utilizadas depende do objetivo</p><p>específico e das necessidades individuais da pessoa em tratamento. As</p><p>intervenções podem incluir o ensino de novas habilidades, a modificação</p><p>do ambiente para reduzir o comportamento problemático, o reforço</p><p>positivo para promover comportamentos alternativos, entre outras. De</p><p>acordo com</p><p>O transtorno do espectro do autismo é um transtorno invasivo do</p><p>desenvolvimento que persiste por toda a vida e não possui cura</p><p>nem causas claramente conhecidas. No entanto, sabe-se que</p><p>intervenções e métodos educacionais com base na psicologia</p><p>comportamental têm demostrado reduzir os sintomas do espectro</p><p>do autismo e promover uma variedade de habilidades sociais, de</p><p>comunicação e comportamentos adaptativos. Esse método de</p><p>intervenção e ensino é conhecido como a análise do</p><p>comportamento aplicada ou ABA, sigla em inglês para Applied</p><p>Behavior Analysis. (CAMARGO e RISPOLI, 2013, p. 640)</p><p>Características gerais de uma intervenção baseada na ABA</p><p>tipicamente envolvem identificação de comportamentos e</p><p>habilidades que precisam ser melhorados (por exemplo,</p><p>Um dos principais princípios da análise do comportamento é a utilização</p><p>de consequências para modificar o comportamento. Em ABA, as</p><p>intervenções são projetadas para modificar o ambiente para que as</p><p>consequências sejam alteradas de modo a promover comportamentos</p><p>mais adequados. Por exemplo, um reforçador positivo pode ser fornecido</p><p>para um comportamento desejado, ou um reforçador negativo pode ser</p><p>removido para reduzir a ocorrência de um comportamento problemático.</p><p>Camargo e Rispoli (2013) também afirma que</p><p>As intervenções em ABA devem ser individualizadas para atender às</p><p>necessidades específicas da pessoa em tratamento e devem ser</p><p>baseadas em dados empíricos. Isso significa que o plano de tratamento</p><p>deve ser avaliado continuamente para determinar a eficácia das</p><p>intervenções e fazer ajustes necessários. Os dados empíricos podem incluir</p><p>observações diretas, análise de dados comportamentais, avaliações</p><p>padronizadas e relatórios de progresso. Costa, Cançado, Zamignani,</p><p>Arrabal (2013) afirmam que</p><p>Os autores afirmam que circunstância é imprescindível o delineamento de</p><p>possibilidades de intervenção seja mais oportunas na eliminação de</p><p>comportamentos que consideram ser danosos à sociedade, como por</p><p>exemplo, a criação do sentimento de responsabilidade, com isso,</p><p>comunicação com pais e professores, interação social com pares,</p><p>etc.), seguido por métodos sistemáticos de selecionar e escrever</p><p>objetivos para, explicitamente, delinear uma intervenção</p><p>envolvendo estratégias comportamentais exaustivamente</p><p>estudadas e comprovadamente efetivas. (CAMARGO e RISPOLI, 2013,</p><p>p. 641)</p><p>ABA é caracterizada pela coleta de dados antes, durante e depois</p><p>da intervenção para analisar o progresso individual da criança e</p><p>auxiliar na tomada de decisões em relação ao programa de</p><p>intervenção e às estratégias que melhor promovem a aquisição de</p><p>habilidades especificamente necessárias para cada criança.</p><p>(CAMARGO e RISPOLI, 2013, p. 641)</p><p>Direito Penal, contribui para a motivação e manutenção do</p><p>comportamento de “reinfração” da lei à medida que não considera</p><p>as desigualdades na distribuição de reforçadores, o quanto o</p><p>reforço imediato pode ser mais reforçador para um indivíduo, a</p><p>impossibilidade da presença do agente punidor em todos os</p><p>momentos de expressão dos comportamentos individuais e a</p><p>privação social a qual é levado aquele que é preso. (COSTA,</p><p>CANÇADO, ZAMIGNANI, ARRABAL, p. 51, 2013)</p><p>responsabilidade é um sentimento instalado, e mais tarde</p><p>generalizado, no decorrer do desenvolvimento individual e depende</p><p>da comunidade verbal na qual o indivíduo se insere e a qual prevê</p><p>Além disso, é importante que as intervenções sejam implementadas de</p><p>forma consistente e que a pessoa em tratamento receba apoio e incentivo</p><p>para adotar comportamentos alternativos mais adequados. Os</p><p>cuidadores e familiares também devem ser treinados para implementar</p><p>as intervenções de forma consistente em todos os ambientes em que a</p><p>pessoa em tratamento se encontra.</p><p>Costa, Cançado, Zamignani, Arrabal (2013) afirmam que o delineamento</p><p>de intervenções na Análise do Comportamento Aplicada (ABA) é um</p><p>processo fundamental que envolve a identificação de</p><p>comportamentos-alvo que precisam ser modificados, a avaliação das</p><p>variáveis ambientais que influenciam esses comportamentos e a</p><p>implementação de intervenções específicas para produzir mudanças</p><p>comportamentais significativas.</p><p>Os autores afirmam que o processo de delineamento de intervenções</p><p>segue uma abordagem sistemática e baseada em evidências, que</p><p>começa com a realização de uma avaliação funcional do</p><p>comportamento. Isso envolve a coleta de informações sobre o</p><p>comportamento problemático, como a frequência, duração e intensidade,</p><p>além das condições em que ele ocorre.</p><p>Eles afirmam também que com base na avaliação funcional, o analista do</p><p>comportamento desenvolve um plano de intervenção que visa modificar</p><p>o comportamento problemático por meio da manipulação das variáveis</p><p>ambientais que o controlam. Isso pode incluir a implementação de</p><p>reforçadores positivos, como elogios e recompensas, para aumentar</p><p>comportamentos desejáveis, ou a remoção de estímulos aversivos, como</p><p>a atenção negativa, para reduzir comportamentos problemáticos. Eles</p><p>acrescentam também que os planos de intervenção são geralmente</p><p>estruturados em fases, com objetivos específicos definidos para cada</p><p>fase. A implementação das intervenções é monitorada de perto, e os</p><p>responsabilidade é um sentimento instalado, e mais tarde</p><p>generalizado, no decorrer do desenvolvimento individual e depende</p><p>da comunidade verbal na qual o indivíduo se insere e a qual prevê</p><p>os estímulos aversivos de comportamentos tidos como</p><p>inadequados. Diferentemente da punição pura, o manejo de</p><p>contingências aversivas a fim de desenvolvimento do sentimento de</p><p>responsabilidade não necessita da atuação constante do controle</p><p>aversivo, ou seja, depois de instalado o comportamento sob</p><p>condições aversivas amenas, a manutenção do mesmo pode ser</p><p>realizada por reforços sociais. (COSTA, CANÇADO, ZAMIGNANI,</p><p>ARRABAL, p. 51, 2013)</p><p>resultados são avaliados regularmente para determinar se as mudanças</p><p>comportamentais desejadas estão ocorrendo.</p><p>Eles afirmam que além disso, o delineamento de intervenções na ABA</p><p>também envolve o desenvolvimento de estratégias para manter e</p><p>generalizar as mudanças comportamentais. Isso pode incluir a criação de</p><p>um ambiente consistente que promova o comportamento desejável, a</p><p>introdução de novos desafios para incentivar a generalização do</p><p>comportamento aprendido para novas situações e o envolvimento da</p><p>família e cuidadores na implementação do plano de intervenção.</p><p>Em resumo, o delineamento de intervenções na ABA é um processo</p><p>cuidadoso e baseado em evidências que envolve a identificação de</p><p>comportamentos problemáticos, a avaliação das variáveis ambientais</p><p>que os controlam e a implementação de intervenções específicas para</p><p>produzir mudanças comportamentais significativas. Esse processo é</p><p>geralmente estruturado em fases, com objetivos específicos definidos</p><p>para cada fase, e envolve a monitoração e avaliação regular dos</p><p>resultados.</p><p>Os autores referidos afirmam que os planos de intervenção na Análise do</p><p>Comportamento Aplicada (ABA) são criados com base em uma avaliação</p><p>funcional do comportamento problemático. O plano de intervenção é um</p><p>documento que contém informações detalhadas sobre os</p><p>objetivos a</p><p>serem alcançados, as estratégias específicas a serem utilizadas e as</p><p>etapas necessárias para alcançar esses objetivos. A seguir, os autores</p><p>Costa, Cançado, Zamignani, Arrabal (2013) citam e explicam algumas das</p><p>principais estratégias que podem ser incluídas nos planos de intervenção</p><p>da ABA, como reforçamento positivo, modelagem, moldeamento, controle</p><p>de estímulos, economia de fichas, feedback social e reforçamento</p><p>negativo.</p><p>Reforçamento positivo: essa estratégia envolve a entrega de recompensas</p><p>ou elogios para aumentar a frequência de um comportamento desejado.</p><p>O reforço positivo pode ser entregue imediatamente após o</p><p>comportamento desejado ocorrer para maximizar sua eficácia. Por</p><p>exemplo, uma criança que completa uma tarefa escolar pode receber um</p><p>adesivo ou um elogio verbal do professor. O reforço positivo é</p><p>frequentemente utilizado na ABA para ensinar novas habilidades,</p><p>incentivar comportamentos desejados e reduzir comportamentos</p><p>problemáticos.</p><p>Modelagem: essa estratégia envolve a demonstração do comportamento</p><p>desejado para a pessoa que está sendo treinada, seguida de uma</p><p>oportunidade para ela imitar o comportamento. A modelagem é</p><p>frequentemente utilizada para ensinar novas habilidades sociais ou de</p><p>comunicação. Por exemplo, um terapeuta pode demonstrar como iniciar</p><p>uma conversa e depois encorajar a pessoa a imitá-lo. A modelagem é</p><p>uma técnica eficaz para ensinar novas habilidades e comportamentos</p><p>desejados.</p><p>Moldeamento: essa estratégia envolve a modelagem gradual do</p><p>comportamento desejado, reforçando cada etapa até que a pessoa</p><p>atinja o comportamento completo. O moldeamento é frequentemente</p><p>utilizado para ensinar habilidades mais complexas, como habilidades de</p><p>autocuidado. Por exemplo, o terapeuta pode reforçar a pessoa por</p><p>levantar a mão, em seguida por falar "eu preciso ir ao banheiro", e</p><p>finalmente por ir ao banheiro sozinho.</p><p>Controle de estímulos: essa estratégia envolve a manipulação do</p><p>ambiente para reduzir a probabilidade de um comportamento indesejado</p><p>ocorrer. Isso pode incluir a remoção de estímulos que desencadeiam o</p><p>comportamento ou a introdução de estímulos alternativos para</p><p>redirecionar o comportamento. Por exemplo, se uma criança é propensa a</p><p>jogar objetos, o terapeuta pode remover todos os objetos da sala ou</p><p>fornecer à criança brinquedos apropriados para jogar. O controle de</p><p>estímulos é uma técnica eficaz para reduzir comportamentos</p><p>problemáticos.</p><p>Economia de fichas: essa estratégia envolve o uso de um sistema de</p><p>recompensas para incentivar comportamentos desejados. As fichas são</p><p>entregues imediatamente após o comportamento desejado ocorrer e</p><p>podem ser trocadas por recompensas maiores posteriormente. Por</p><p>exemplo, uma criança pode receber uma ficha por cada tarefa concluída</p><p>e, posteriormente, trocá-las por um brinquedo ou uma atividade especial.</p><p>A economia de fichas é uma técnica eficaz para incentivar</p><p>comportamentos desejados.</p><p>Feedback social: essa estratégia envolve a entrega de feedback positivo</p><p>ou negativo para aumentar ou diminuir a frequência de um</p><p>comportamento específico. O feedback social pode ser entregue</p><p>verbalmente ou por meio de sinais não verbais, como expressões faciais.</p><p>Envolve a entrega de informações sobre o desempenho da pessoa e pode</p><p>ser positivo (elogio) ou negativo (crítica construtiva). O feedback social é</p><p>uma ferramenta valiosa na ABA porque ajuda a pessoa a entender como</p><p>está se saindo e pode motivá-la a melhorar seu desempenho. O feedback</p><p>social pode ser entregue imediatamente após o comportamento</p><p>desejado ocorrer ou pode ser programado em intervalos regulares. Por</p><p>exemplo, um professor pode fornecer feedback social positivo para um</p><p>aluno que concluiu uma tarefa escolar corretamente, ou feedback social</p><p>negativo para um aluno que não concluiu a tarefa. O feedback social é</p><p>uma técnica eficaz para incentivar comportamentos desejados e</p><p>melhorar o desempenho.</p><p>Reforçamento negativo: eles afirmam que essa estratégia envolve a</p><p>remoção de um estímulo aversivo para aumentar a frequência de um</p><p>comportamento desejado. Isso significa que a pessoa é reforçada por</p><p>evitar ou escapar de algo aversivo. Por exemplo, uma criança pode chorar</p><p>e se recusar a tomar uma injeção, mas ao receber uma recompensa</p><p>(como um adesivo) após a injeção ser aplicada, a criança pode ser</p><p>reforçada para tolerar melhor a injeção no futuro. O reforçamento</p><p>negativo é frequentemente utilizado para ajudar as pessoas a tolerarem</p><p>procedimentos médicos invasivos ou para ensinar habilidades de</p><p>tolerância à frustração. Embora o reforçamento negativo possa ser eficaz</p><p>em alguns casos, é importante usá-lo com cuidado e sempre com a</p><p>supervisão de um profissional treinado em ABA.</p><p>Em geral, os planos de intervenção na ABA são adaptados para atender às</p><p>necessidades individuais de cada pessoa. Eles são baseados em uma</p><p>avaliação cuidadosa do comportamento problemático e das variáveis</p><p>ambientais que o controlam. A implementação desses planos é</p><p>monitorada cuidadosamente para garantir que as mudanças</p><p>comportamentais desejadas ocorram.</p><p>E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora,</p><p>só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de</p><p>estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter</p><p>aprendido que o processo inicial de avaliação na Análise do</p><p>Comportamento Aplicada é uma etapa crucial no desenvolvimento de um</p><p>plano de tratamento eficaz. Ele ajuda a identificar as áreas de dificuldade,</p><p>estabelecer objetivos e metas específicos e determinar as intervenções</p><p>mais adequadas para alcançá-los, o processo envolve a realização de</p><p>uma entrevista com familiares, observação direta, avaliação do</p><p>desenvolvimento, avaliação do comportamento problemático e</p><p>estabelecimento de objetivos e metas. Cada uma dessas etapas é</p><p>essencial para garantir que o tratamento seja eficaz e individualizado para</p><p>atender às necessidades e preferências da pessoa e de seus familiares e</p><p>cuidadores. Aprendeu que o delineamento de intervenções em ABA</p><p>envolve a criação de um plano de tratamento individualizado baseado em</p><p>dados empíricos e orientado para o estabelecimento de objetivos e metas</p><p>específicos. As intervenções devem ser baseadas nos princípios da análise</p><p>do comportamento e devem ser implementadas de forma consistente em</p><p>todos os ambientes em que a pessoa em tratamento se encontra.</p><p>RESUMO DO CAPÍTULO</p><p>Introdução e Diagnóstico</p><p>do TEA</p><p>C A P Í T U L O 2</p><p>OBJETIVO: Ao término deste capítulo você será capaz de entender como</p><p>funciona o diagnóstico do TEA. Isto será fundamental para o exercício de sua</p><p>profissão. As pessoas que tentaram explicar sem a devida instrução tiveram</p><p>problemas ao entender. E então? Motivado para desenvolver esta</p><p>competência? Então vamos lá. Avante!</p><p>2.1 Introdução e diagnóstico do TEA</p><p>O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio do desenvolvimento</p><p>que afeta a comunicação, o comportamento social e a interação social da</p><p>pessoa. “O transtorno do espectro do autismo é um transtorno invasivo do</p><p>desenvolvimento que persiste por toda a vida e não possui cura nem causas</p><p>claramente conhecidas” (CAMARGO e RISPOLI, 2013, p. 640). Ele é considerado</p><p>um espectro porque pode afetar as pessoas de maneiras diferentes,</p><p>variando em intensidade e gravidade. O TEA afeta cerca de 1 em cada 160</p><p>crianças no mundo e é mais comum em meninos do que em meninas. Em</p><p>relação ao Transtorno do Espectro Autista (TEA), Silva (2017) afirma que</p><p>Os sintomas do TEA podem se manifestar já nos primeiros anos de vida da</p><p>criança, mas em alguns casos, podem ser mais sutis e aparecer mais tarde.</p><p>Os sintomas incluem dificuldade em se comunicar verbalmente e não</p><p>verbalmente, dificuldade em interagir socialmente, dificuldade em</p><p>compreender as emoções dos outros e em expressar suas próprias</p><p>emoções, comportamentos repetitivos ou restritos, dificuldade em lidar com</p><p>mudanças, hipersensibilidade a estímulos sensoriais, entre outros.</p><p>Os sintomas do Transtorno do Espectro Autista</p><p>(TEA) podem variar</p><p>tem sido pesquisado em diversos países, em busca de respostas</p><p>sobre causas e formas de amenizar os sintomas. Dentro desta</p><p>realidade, entende-se a importância de realizar o diagnóstico deste</p><p>Transtorno de forma criteriosa e consciente desta realidade, de</p><p>acordo com os constantes avanços de pesquisa na área. (SILVA,</p><p>2017, p.01)</p><p>amplamente de pessoa para pessoa, tanto em termos de gravidade</p><p>quanto de tipos de sintomas apresentados. “Os Transtornos sempre levam</p><p>ao sofrimento ou incapacidade que afetam a funcionalidade dos</p><p>indivíduos nos seus diferentes contextos” (SILVA, 2017, p. 02). No entanto,</p><p>existem alguns sintomas comuns que são frequentemente associados ao</p><p>TEA, que incluem, de acordo com o DSM- 5 (2014):</p><p>• Dificuldade na comunicação verbal e não verbal: crianças com TEA</p><p>podem ter dificuldade em compreender e usar a linguagem, bem como</p><p>em entender expressões faciais e linguagem corporal.</p><p>• Dificuldade na interação social: a criança com TEA pode ter dificuldade</p><p>em estabelecer e manter relacionamentos sociais, preferindo ficar sozinha</p><p>ou com objetos, e pode ter dificuldade em se comunicar com outras</p><p>pessoas de forma apropriada.</p><p>Esses dois critérios anteriores de diagnósticos, Silva (2017) afirma que</p><p>• Comportamentos repetitivos ou restritos: a criança com TEA pode ter</p><p>interesses ou comportamentos repetitivos ou restritos, como agitar as</p><p>mãos, balançar o corpo ou brincar com objetos de maneira repetitiva. Ela</p><p>também pode ter dificuldade em se adaptar a mudanças na rotina ou em</p><p>atividades diferentes.</p><p>• Sensibilidade a estímulos sensoriais: algumas crianças com TEA</p><p>podem ter hipersensibilidade ou hiposensibilidade a estímulos sensoriais,</p><p>como sons, luzes, texturas ou cheiros.</p><p>• Comportamentos autolesivos: em alguns casos, a criança com TEA</p><p>pode ter comportamentos autolesivos, como bater a cabeça ou se</p><p>morder.</p><p>Em relação à esses outros critérios, Silva (2017) afirma que</p><p>se refere a dificuldade destes indivíduos para estabelecer diálogo,</p><p>para compartilhar interesses, emoções e afeto. Demonstram</p><p>dificuldade em iniciar ou a apresentar respostas em interações</p><p>sociais. Também apresentam dificuldade em integrar a</p><p>comunicação verbal e não verbal, comumente utilizadas em</p><p>contatos sociais. Apresentam dificuldade em manter contato visual,</p><p>podendo apresentar-se de forma anormal, assim como na</p><p>linguagem corporal, com dificuldades em compreender e utilizar</p><p>gestos, expressões faciais, ou qualquer outra forma de expressão</p><p>não verbal. Os indivíduos podem apresentar dificuldades em</p><p>adequar-se nos diferentes contextos sociais ou em compartilhar</p><p>brincadeiras imaginativas, com pouco ou nenhum interesse por</p><p>seus pares. (SILVA, 2017, p. 04)</p><p>os movimentos motores referem-se por exemplo, a balanço do</p><p>corpo ou das mãos. O “uso de objetos ou fala estereotipada”</p><p>É importante lembrar que cada pessoa com TEA é única e pode</p><p>apresentar diferentes combinações de sintomas. Além disso, alguns dos</p><p>sintomas podem ser mais ou menos pronunciados em diferentes</p><p>momentos da vida, e alguns podem melhorar com intervenções</p><p>terapêuticas adequadas. De acordo com Silva (2017)</p><p>É importante buscar avaliação e diagnóstico por um profissional de saúde</p><p>qualificado, para que a intervenção possa ser iniciada o mais cedo</p><p>possível. O diagnóstico do TEA é feito por profissionais de saúde</p><p>qualificados, que avaliam a presença dos sintomas e a gravidade dos</p><p>mesmos. O diagnóstico precoce é importante para que a intervenção</p><p>possa ser iniciada o mais cedo possível, melhorando as chances de uma</p><p>boa evolução da criança. De acordo com DSM – 5 (2014) afirma que</p><p>Não há uma cura para o TEA, mas há intervenções que podem ajudar a</p><p>pessoa a desenvolver habilidades sociais e de comunicação. A terapia</p><p>comportamental, como a Análise do Comportamento Aplicada (ABA), é</p><p>frequentemente utilizada para ajudar a pessoa com TEA a desenvolver</p><p>habilidades sociais e de comunicação, além de reduzir comportamentos</p><p>repetitivos ou restritos. A terapia ocupacional também pode ajudar a</p><p>pessoa a lidar com estímulos sensoriais. De acordo com Camargo e Rispoli</p><p>(2013)</p><p>manifestam-se no cotidiano da criança na forma de práticas não</p><p>comuns como alinhar brinquedos, girar objetos, repetição de frases</p><p>ou “frases idiossincráticas” (estas podem ser manifestas por</p><p>exemplo, através da repetição de frases ouvidas em algum filme ou</p><p>no seu cotidiano, geralmente utilizada de forma</p><p>descontextualizada). (SILVA, 2017, p. 05)</p><p>as características das crianças com TEA podem não ser percebidas</p><p>quando as demandas sociais não oferecem exigências ou desafios,</p><p>assim como estas características podem ser mascaradas por</p><p>estratégias aprendidas mais tarde, durante a vida. (SILVA, 2017, p. 05)</p><p>Deficiência Intelectual e Transtorno do Espectro Autista costumam</p><p>ser comórbidos, ou seja, é comum a ocorrência dos dois transtornos</p><p>associados, em cerca de 70% dos casos. Também pode ser</p><p>associado a TDAH, “transtorno da coordenação, de ansiedade,</p><p>depressivos e outros”. (SILVA, 2017, p. 06)</p><p>o comportamento é influenciado pelos estímulos ambientais que o</p><p>antecedem (chamados de antecedentes), e são aprendidos em</p><p>função de suas consequências. Comportamentos que são seguidos</p><p>por consequências que são especificamente agradáveis para o</p><p>sujeito (por exemplo, atenção ou recompensa) tendem a ser</p><p>repetidos e aprendidos, enquanto comportamentos que tem como</p><p>consequência situações desagradáveis para o sujeito (por exemplo,</p><p>uma reprimenda), tendem a não ser repetidos ou não aprendidos.</p><p>(CAMARGO e RISPOLI, 2013, p. 641)</p><p>A terapia comportamental e a terapia ocupacional são duas abordagens</p><p>terapêuticas que podem ajudar no tratamento do Transtorno do Espectro</p><p>Autista (TEA). A terapia comportamental, também conhecida como</p><p>Análise do Comportamento Aplicada (ABA), é uma abordagem</p><p>terapêutica baseada em evidências que se concentra em ensinar</p><p>habilidades sociais, comportamentais e de comunicação para indivíduos</p><p>com TEA. A terapia ABA envolve a identificação de objetivos específicos de</p><p>aprendizagem, o uso de reforço positivo para encorajar comportamentos</p><p>desejados e a repetição sistemática dos exercícios para garantir que as</p><p>habilidades sejam internalizadas. A terapia ABA é altamente</p><p>individualizada e pode ser adaptada para atender às necessidades</p><p>específicas de cada pessoa com TEA.</p><p>A terapia ocupacional, por sua vez, é uma abordagem terapêutica que se</p><p>concentra em ajudar indivíduos a desenvolver habilidades práticas e</p><p>funcionais para realizar atividades cotidianas. Para indivíduos com TEA, a</p><p>terapia ocupacional pode ser útil para melhorar habilidades motoras finas</p><p>e grossas, habilidades de coordenação, habilidades de comunicação e</p><p>habilidades sociais. A terapia ocupacional pode incluir atividades como</p><p>brincar com brinquedos sensoriais, jogos interativos e atividades de grupo</p><p>para ajudar as crianças a praticar habilidades sociais e melhorar a</p><p>interação social.</p><p>Em geral, tanto a terapia comportamental quanto a terapia ocupacional</p><p>são abordagens terapêuticas eficazes no tratamento do TEA, embora</p><p>cada pessoa possa ter necessidades terapêuticas únicas e pode</p><p>responder de forma diferente a diferentes abordagens terapêuticas. É</p><p>importante trabalhar em colaboração com um profissional de saúde</p><p>qualificado para criar um plano de tratamento individualizado que atenda</p><p>às necessidades específicas de cada pessoa com TEA. Além disso, a</p><p>medicação pode ser usada para tratar sintomas específicos do TEA, como</p><p>ansiedade ou hiperatividade.</p><p>É importante lembrar que cada pessoa com TEA é única e pode</p><p>apresentar sintomas diferentes. Por isso, o tratamento deve ser</p><p>individualizado e adaptado às necessidades específicas de cada pessoa.</p><p>Também é importante lembrar que as pessoas com TEA podem levar uma</p><p>vida feliz e produtiva com o apoio adequado da família, escola e</p><p>profissionais de saúde.</p><p>O diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA) é feito por meio de</p><p>uma avaliação médica e comportamental, realizada por um profissional</p><p>de saúde qualificado, como um psiquiatra, psicólogo clínico, neurologista</p><p>ou pediatra do desenvolvimento. A avaliação é baseada em observações</p><p>cuidadosas do comportamento da criança e na avaliação de suas</p><p>habilidades cognitivas, de linguagem e sociais. O diagnóstico no Brasil não</p><p>possui uma estimativa epidemiológica oficial, “mas o número de</p><p>brasileiros afetados pelo TEA também vêm aumentando, em parte pelo</p><p>maior acesso à informações sobre o transtorno e à ferramentas de</p><p>identificação precoce” (CAMARGO e RISPOLI, 2013, p. 640).</p><p>A avaliação geralmente inclui a observação de interações sociais da</p><p>criança, sua comunicação verbal e não verbal, bem como seu</p><p>comportamento repetitivo ou restrito. O profissional também pode usar</p><p>testes padronizados para avaliar habilidades cognitivas, linguísticas e</p><p>sociais, como o M-CHAT (Modified Checklist for Autism in Toddlers) ou o</p><p>ADOS (Autism Diagnostic Observation Schedule). O M-CHAT é uma lista de</p><p>verificação que é usada para identificar sintomas de TEA em crianças</p><p>pequenas, com idade entre 16 e 30 meses. Ele consiste em 23 itens e é</p><p>preenchido pelos pais ou cuidadores da criança. O objetivo do M-CHAT é</p><p>identificar comportamentos e habilidades específicos que podem indicar</p><p>a presença de TEA, como dificuldades na interação social, habilidades de</p><p>comunicação limitadas e comportamentos repetitivos ou estereotipados.</p><p>O M-CHAT é frequentemente usado como uma triagem inicial para o TEA,</p><p>e crianças que apresentam pontuações elevadas no M-CHAT são</p><p>encaminhadas para uma avaliação mais aprofundada.</p><p>O ADOS, por outro lado, é uma avaliação mais abrangente que é usada</p><p>para diagnosticar TEA em crianças e adultos. Ele envolve uma série de</p><p>tarefas e atividades que são projetadas para avaliar habilidades sociais,</p><p>comunicação e comportamentos repetitivos ou estereotipados. O ADOS é</p><p>realizado por um profissional de saúde treinado em TEA e leva em</p><p>consideração o comportamento e a comunicação da pessoa em um</p><p>ambiente de consultório médico. Ele é usado para determinar se uma</p><p>pessoa atende aos critérios para um diagnóstico de TEA.</p><p>Ambas as ferramentas de avaliação são importantes para o diagnóstico e</p><p>tratamento do TEA. O M-CHAT é uma ferramenta útil para a triagem inicial</p><p>de crianças pequenas que podem estar em risco de TEA, enquanto o ADOS</p><p>é uma ferramenta mais abrangente que é usada para diagnosticar TEA</p><p>em pessoas de todas as idades. É importante lembrar que apenas um</p><p>profissional de saúde treinado em TEA pode realizar um diagnóstico oficial</p><p>de TEA.</p><p>Além disso, o profissional pode entrevistar pais, cuidadores ou professores</p><p>da criança para obter informações adicionais sobre seu comportamento</p><p>em diferentes situações e contextos. De acordo com Silva (2017) afirma</p><p>que</p><p>De acordo com o DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos</p><p>Mentais, 5ª edição), para ser diagnosticado com TEA, a criança deve</p><p>apresentar déficits persistentes na comunicação social e na interação</p><p>social, além de comportamentos repetitivos e restritos. Esses sintomas</p><p>devem estar presentes na primeira infância, geralmente aparecendo</p><p>antes dos três anos de idade. O DSM – 5 define o TEA como</p><p>É importante lembrar que o diagnóstico do TEA pode ser complexo e pode</p><p>levar tempo, pois os sintomas podem variar amplamente de pessoa para</p><p>pessoa e se sobrepõem com outros transtornos do desenvolvimento. Além</p><p>disso, o diagnóstico precoce é importante para que as intervenções</p><p>possam ser iniciadas o mais cedo possível, pois isso pode melhorar a</p><p>qualidade de vida e o resultado geral da pessoa com TEA. Silva (2017)</p><p>afirma com base nas informações do DSM-5</p><p>Para a elaboração do diagnóstico de transtorno, é necessário fazer uma</p><p>busca no histórico clínico do indivíduo de forma cautelosa, que de acordo</p><p>com DSM 5 (2014, p. 19) que possui “fatores sociais, psicológicos e</p><p>biológicos que possam ter contribuído para o desenvolvimento de</p><p>determinado transtorno mental”.</p><p>Foram investigados quais procedimentos são realizados por</p><p>profissionais que atuam na avaliação de TEA em alguns países.</p><p>Constatou-se a importância da entrevista com os pais na obtenção</p><p>de dados sobre a história clínica e a funcionalidade dos indivíduos.</p><p>Em diversos países, assim como no Brasil são utilizadas escalas de</p><p>observação dos comportamentos típicos de TEA, que são baseadas</p><p>em critérios de diagnóstico do CID 10 e DSM IV e DSM 5. (SILVA, 2017, p.</p><p>02)</p><p>perturbação clinicamente significativa na cognição, na regulação</p><p>emocional ou no comportamento de um indivíduo que reflete uma</p><p>disfunção nos processos psicológicos, biológicos ou de</p><p>desenvolvimento subjacentes ao funcionamento mental. (DSM- 5,</p><p>2014, p. 20)</p><p>É comum a ocorrência de mais de um transtorno do</p><p>neurodesenvolvimento, como a Deficiência Intelectual (Transtorno</p><p>do desenvolvimento intelectual) associada a Transtorno do Déficit</p><p>de Atenção e Hiperatividade (TDAH) ou Transtorno de aprendizagem</p><p>(SILVA, 2017, p. 03)</p><p>Existem várias medicações que podem ser usadas para tratar sintomas</p><p>específicos do Transtorno do Espectro Autista (TEA), mas é importante</p><p>ressaltar que não existe um tratamento medicamentoso específico para o</p><p>TEA em si. Cada pessoa com TEA é única e pode apresentar diferentes</p><p>sintomas e necessidades, portanto, o tratamento medicamentoso deve</p><p>ser individualizado e prescrito por um profissional de saúde qualificado,</p><p>como um médico psiquiatra.</p><p>Alguns exemplos de medicações que podem ser usadas para tratar</p><p>sintomas específicos do TEA incluem:</p><p>• Antipsicóticos: podem ajudar a reduzir comportamentos repetitivos,</p><p>agressividade, irritabilidade e transtornos do sono. Exemplos incluem</p><p>aripiprazol, risperidona e quetiapina.</p><p>• Estimulantes: podem ajudar a reduzir hiperatividade, impulsividade e</p><p>inquietação. Exemplos incluem metilfenidato e anfetaminas.</p><p>• Antidepressivos: podem ajudar a tratar transtornos de ansiedade e</p><p>depressão, que são comuns em pessoas com TEA. Exemplos incluem</p><p>fluoxetina, sertralina e citalopram.</p><p>• Ansiolíticos: podem ajudar a reduzir a ansiedade e o comportamento</p><p>agressivo. Exemplos incluem diazepam e lorazepam.</p><p>• Medicamentos para dormir: podem ajudar a tratar distúrbios do sono,</p><p>como insônia e despertares noturnos. Exemplos incluem zolpidem e</p><p>melatonina.</p><p>É importante ressaltar que essas medicações podem apresentar efeitos</p><p>colaterais e devem ser prescritas com cuidado. Além disso, a terapia</p><p>comportamental e outras intervenções não medicamentosas também</p><p>são importantes no tratamento do TEA e devem ser consideradas junto</p><p>com a medicação.</p><p>O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição neurológica que</p><p>afeta o desenvolvimento da comunicação social e comportamental. Ele se</p><p>encontra entre um agrupamento de transtorno do neurodesenvolvimento</p><p>que se define como</p><p>um grupo de condições com início no período do desenvolvimento.</p><p>[...]. Os transtornos tipicamente se manifestam cedo no</p><p>desenvolvimento, em geral antes de a criança ingressar na escola,</p><p>sendo caracterizado por déficits no desenvolvimento que</p><p>acarretam em prejuízos no funcionamento pessoal, social,</p><p>acadêmico ou profissional (DSM -5, 2014, p. 31)</p><p>Na Análise de Comportamento Aplicada (ABA), o TEA é visto como uma</p><p>desordem comportamental, e a terapia comportamental é utilizada para</p><p>ajudar as pessoas com TEA a aprenderem novas habilidades e</p><p>comportamentos.</p><p>A terapia ABA é baseada em um modelo de aprendizagem, em que as</p><p>pessoas com TEA são ensinadas a se comportar de maneiras mais</p><p>adaptativas por meio de reforços positivos. A terapia envolve a</p><p>identificação de comportamentos problemáticos e o desenvolvimento de</p><p>planos para ajudar a pessoa a aprender novos comportamentos. De</p><p>acordo com Camargo e Rispoli (2013)</p><p>Uma das abordagens mais comuns na terapia ABA é o treinamento de</p><p>habilidades sociais. Isso pode incluir ensinar a pessoa com TEA a fazer</p><p>contato visual, iniciar conversas e interagir com outras pessoas de</p><p>maneira apropriada. Outras áreas de intervenção incluem o</p><p>desenvolvimento da comunicação verbal e não verbal,</p><p>habilidades</p><p>acadêmicas, habilidades de autoajuda, e a promoção da independência.</p><p>A terapia ABA pode ser aplicada em várias configurações, incluindo</p><p>clínicas, escolas e em casa. O tratamento geralmente é intensivo, com</p><p>sessões de terapia ocorrendo várias vezes por semana. O objetivo é ajudar</p><p>as pessoas com TEA a alcançar seu potencial máximo de</p><p>desenvolvimento e se tornarem mais independentes e adaptados.</p><p>No entanto, é importante ressaltar que a terapia ABA não é uma cura para</p><p>o TEA. Ela pode ajudar a melhorar os comportamentos e habilidades</p><p>sociais, mas não cura a condição subjacente. Além disso, é importante ter</p><p>em mente que a terapia ABA não é adequada para todas as pessoas com</p><p>TEA e que cada indivíduo deve ser avaliado individualmente para</p><p>determinar a melhor abordagem de tratamento.</p><p>No Brasil, ABA está gradualmente ganhando espaço enquanto um</p><p>método de intervenção para o autismo, mas somente poucos</p><p>profissionais possuem treinamento apropriado na área. Os avanços</p><p>da ABA enquanto uma ciência aplicada tem sido restritos no Brasil</p><p>devido a uma maior ênfase em investigações e treinamento em</p><p>pesquisa básica dos princípios do comportamento e pouco</p><p>investimento em pesquisa e treinamento sobre a aplicação destes</p><p>princípios para promover comportamentos socialmente</p><p>importantes. (CAMARGO e RISPOLI, 2013, p. 647)</p><p>E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora,</p><p>só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de</p><p>estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter</p><p>aprendido que o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio do</p><p>desenvolvimento neurológico que afeta a comunicação, interação social</p><p>e comportamentos repetitivos ou restritivos. O diagnóstico do Transtorno</p><p>do Espectro Autista (TEA) na análise de comportamento aplicada envolve</p><p>uma avaliação abrangente da criança ou adulto com suspeita de TEA. O</p><p>processo de diagnóstico pode incluir observações diretas do</p><p>comportamento da pessoa, entrevistas com os pais ou cuidadores,</p><p>avaliações psicológicas e testes padronizados. A avaliação inicial pode ser</p><p>realizada por um profissional de saúde, como um psiquiatra, psicólogo ou</p><p>terapeuta ocupacional, que possua experiência em TEA. Eles irão avaliar a</p><p>presença de comportamentos que são característicos do TEA, como</p><p>dificuldades na comunicação e interação social, comportamentos</p><p>repetitivos e restritivos, e sensibilidade sensorial. A avaliação também</p><p>pode incluir uma análise funcional do comportamento, que ajuda a</p><p>identificar o que está causando o comportamento problemático em uma</p><p>pessoa com TEA. Isso pode ajudar os profissionais a desenvolver</p><p>estratégias eficazes de intervenção comportamental para ajudar a</p><p>pessoa a lidar com esses comportamentos. Para diagnosticar o TEA, os</p><p>profissionais de saúde geralmente usam os critérios do Manual</p><p>Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) da Associação</p><p>Americana de Psiquiatria. Esses critérios incluem a presença de déficits</p><p>persistentes na comunicação social e na interação social, bem como a</p><p>presença de comportamentos restritos e repetitivos. O diagnóstico preciso</p><p>do TEA é importante porque pode ajudar a garantir que a pessoa com TEA</p><p>receba os serviços e intervenções adequados para atender às suas</p><p>necessidades únicas. Com um diagnóstico preciso e uma intervenção</p><p>adequada, muitas pessoas com TEA podem desenvolver habilidades</p><p>sociais e de comunicação, e levar vidas mais independentes e</p><p>satisfatórias. Os sintomas geralmente aparecem nos primeiros anos de</p><p>vida e incluem dificuldades na comunicação, na interação social e em</p><p>comportamentos repetitivos ou restritivos. O diagnóstico do TEA é baseado</p><p>na observação cuidadosa dos sintomas e comportamentos pela equipe</p><p>médica especializada. O tratamento pode incluir terapia comportamental,</p><p>como a terapia comportamental aplicada (ABA), e medicamentos para</p><p>RESUMO DO CAPÍTULO</p><p>controlar comportamentos repetitivos ou restritivos e sintomas</p><p>relacionados, como ansiedade e hiperatividade. É importante notar que o</p><p>TEA é uma condição neurológica que requer suporte e intervenções</p><p>adequadas, e cada pessoa com TEA é única e pode se beneficiar de uma</p><p>abordagem de tratamento individualizada.</p><p>Sensorial, Motor e</p><p>Crises no TEA</p><p>C A P Í T U L O 3</p><p>OBJETIVO: Ao término deste capítulo você será capaz de entender como</p><p>funciona o sensorial, motor e crises no TEA. Isto será fundamental para o</p><p>exercício de sua profissão. As pessoas que tentaram explicar sem a devida</p><p>instrução tiveram problemas ao compreender. E então? Motivado para</p><p>desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante!</p><p>3.1 Sensorial no TEA</p><p>O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio do</p><p>neurodesenvolvimento que afeta a comunicação social, a interação social e</p><p>a presença de comportamentos repetitivos e restritos. O processamento</p><p>sensorial é um aspecto importante que pode ser afetado em pessoas com</p><p>TEA. Na análise de comportamento aplicada, o processamento sensorial é</p><p>uma área de interesse para entender as características do comportamento</p><p>de indivíduos com TEA e para desenvolver intervenções para melhorar a</p><p>qualidade de vida dessas pessoas.</p><p>Mattos (2019) afirma que o processamento sensorial envolve a forma como</p><p>o cérebro recebe, interpreta e responde aos estímulos sensoriais do</p><p>ambiente. As pessoas com TEA podem ter uma variedade de problemas de</p><p>processamento sensorial, incluindo hipersensibilidade (sensibilidade</p><p>aumentada), hipossensibilidade (sensibilidade diminuída) ou uma</p><p>combinação de ambas. Essas diferenças podem afetar a forma como a</p><p>pessoa percebe e interage com o ambiente, podendo levar a</p><p>comportamentos disruptivos ou evitativos.</p><p>De acordo com Mattos (2019), o processamento sensorial é o processo pelo</p><p>qual o sistema nervoso central recebe, interpreta e responde aos estímulos</p><p>sensoriais do ambiente. O cérebro recebe informações sensoriais através de</p><p>diferentes canais sensoriais, como visão, audição, tato, olfato e paladar.</p><p>Essas informações são processadas em áreas específicas do cérebro e</p><p>integradas para formar uma percepção coerente do ambiente.</p><p>No caso do TEA, o processamento sensorial pode ser afetado de várias</p><p>maneiras, incluindo a hipersensibilidade, a hipossensibilidade ou uma</p><p>combinação de ambas. A hipersensibilidade sensorial é caracterizada por</p><p>uma sensibilidade aumentada aos estímulos sensoriais do ambiente,</p><p>enquanto a hipossensibilidade é caracterizada por uma sensibilidade</p><p>diminuída. A seguir, explicarei como essas diferenças sensoriais podem</p><p>afetar as pessoas com TEA:</p><p>• Hipersensibilidade Sensorial: de acordo com Mattos (2019):</p><p>Pessoas com TEA que apresentam hipersensibilidade sensorial podem ter</p><p>uma resposta exagerada aos estímulos sensoriais, como ruídos altos, luzes</p><p>brilhantes, texturas ásperas ou cheiros fortes.</p><p>Essas respostas podem variar de pessoa para pessoa e podem incluir:</p><p>Sensibilidade ao toque: A pessoa pode ser sensível ao toque e pode evitar</p><p>contato físico, como abraços ou apertos de mão.</p><p>Hipersensibilidade auditiva: A pessoa pode ter uma resposta exagerada a</p><p>sons do ambiente, como um barulho alto, um som de sirene ou mesmo</p><p>uma conversa normal.</p><p>Hipersensibilidade visual: A pessoa pode ser sensível a luzes brilhantes,</p><p>como luzes fluorescentes ou luz solar direta.</p><p>Hipersensibilidade gustativa: A pessoa pode ser sensível a sabores ou</p><p>texturas específicas de alimentos, o que pode limitar sua alimentação.</p><p>• Hipossensibilidade Sensorial: de acordo com Mattos (2019):</p><p>Pessoas com TEA que apresentam hipossensibilidade sensorial podem ter</p><p>uma resposta diminuída aos estímulos sensoriais do ambiente, o que pode</p><p>levar a uma busca por estímulos sensoriais mais intensos. Essas respostas</p><p>podem variar de pessoa para pessoa e podem incluir:</p><p>Hipossensibilidade auditiva: A pessoa pode ter dificuldade em detectar</p><p>sons sutis, como uma conversa silenciosa ou um sussurro.</p><p>Hipossensibilidade visual: A pessoa pode ter dificuldade em detectar</p><p>diferenças de cores ou detalhes em objetos.</p><p>Hipossensibilidade tátil: A pessoa pode procurar estímulos táteis mais</p><p>intensos, como apertar objetos ou se mover rapidamente.</p><p>• Hipersensibilidade e Hipossensibilidade Sensorial: de acordo com Mattos</p><p>(2019):</p><p>Algumas pessoas com TEA podem apresentar tanto hipersensibilidade</p><p>quanto hipossensibilidade sensorial, o que pode tornar difícil para elas</p><p>entender e interagir com o ambiente de forma adequada. Essas pessoas</p><p>podem apresentar comportamentos que parecem contraditórios, como</p><p>evitar alguns estímulos sensoriais, mas procurar outros.</p><p>De acordo com Mattos (2019), é importante ressaltar que as diferenças</p><p>sensoriais podem variar de pessoa para pessoa com TEA e que nem todas</p><p>as pessoas com TEA apresentam hipersensibilidade ou hipossensibilidade</p><p>sensorial. É necessário avaliar cada indivíduo de forma individualizada</p><p>para entender suas diferenças sensoriais e como elas afetam. A terapia</p><p>ocupacional pode ser útil para ajudar as pessoas com TEA a lidar com</p><p>esses desafios sensoriais, incluindo a criação de um ambiente</p><p>sensorialmente adaptado e o desenvolvimento de estratégias para lidar</p><p>com os estímulos sensoriais.</p><p>De acordo com Mattos (2019), na análise de comportamento aplicada, os</p><p>profissionais usam a avaliação sensorial para entender as diferenças</p><p>sensoriais do indivíduo com TEA. Isso envolve a observação dos</p><p>comportamentos e reações da pessoa em resposta a diferentes estímulos</p><p>sensoriais, como luzes, sons, texturas e cheiros. A avaliação sensorial</p><p>também pode envolver entrevistas com pais ou cuidadores para obter</p><p>informações adicionais sobre a forma como a pessoa responde aos</p><p>estímulos sensoriais em diferentes contextos.</p><p>De acordo com Mattos (2019), com base na avaliação sensorial, os</p><p>profissionais podem desenvolver um plano de intervenção personalizado</p><p>para abordar as dificuldades sensoriais específicas da pessoa com TEA.</p><p>Isso pode incluir o uso de terapia sensorial, que envolve a exposição</p><p>gradual a estímulos sensoriais que podem ser difíceis para a pessoa, com</p><p>o objetivo de ajudá-la a se acostumar com eles e reduzir a ansiedade ou</p><p>comportamentos disruptivos. Outras estratégias podem incluir o uso de</p><p>ferramentas de modulação sensorial, como fones de ouvido com</p><p>cancelamento de ruído ou luzes de baixa intensidade, para ajudar a</p><p>pessoa a lidar com ambientes sensoriais intensos.</p><p>Em resumo, a análise de comportamento aplicada considera a</p><p>importância do processamento sensorial no TEA, avaliando as diferenças</p><p>sensoriais individuais e desenvolvendo intervenções personalizadas para</p><p>ajudar as pessoas com TEA a se adaptarem melhor aos estímulos</p><p>sensoriais do ambiente.</p><p>3.2 Motor no TEA</p><p>Na Análise do Comportamento Aplicada (ABA, do inglês Applied Behavior</p><p>Analysis), o motor é uma das áreas de desenvolvimento que podem ser</p><p>trabalhadas em indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA). O</p><p>desenvolvimento motor refere-se à capacidade de uma pessoa em</p><p>controlar os movimentos do corpo de forma precisa e coordenada.</p><p>Para avaliar o desenvolvimento motor de uma criança com TEA, é</p><p>importante utilizar uma abordagem sistêmica e individualizada. Isso</p><p>significa que o profissional responsável pela avaliação deve considerar as</p><p>habilidades motoras específicas da criança, levando em conta suas</p><p>necessidades e interesses.</p><p>O primeiro passo na avaliação do desenvolvimento motor é observar o</p><p>comportamento da criança durante atividades simples, como sentar, ficar</p><p>em pé, caminhar e correr. Essa observação pode ser feita em um</p><p>ambiente clínico, escolar ou em casa, dependendo do contexto em que a</p><p>criança passa a maior parte do tempo.</p><p>Uma vez que a avaliação tenha sido realizada, o profissional pode</p><p>identificar as habilidades motoras que precisam ser desenvolvidas e</p><p>planejar intervenções apropriadas. As intervenções podem incluir</p><p>atividades que visam melhorar a coordenação motora grossa (como</p><p>correr e pular) e habilidades motoras finas (como escrever e desenhar). O</p><p>uso de jogos e brincadeiras pode tornar as atividades mais atraentes e</p><p>motivadoras para a criança.</p><p>Existem diversos métodos utilizados na Análise do Comportamento</p><p>Aplicada (ABA) para desenvolver habilidades motoras em indivíduos com</p><p>Transtorno do Espectro Autista (TEA). O objetivo desses métodos é</p><p>promover a melhora da coordenação motora grossa e fina, bem como</p><p>aumentar a independência da criança em atividades do dia a dia.</p><p>A seguir, são apresentados alguns dos principais métodos utilizados na</p><p>ABA para desenvolver habilidades motoras em indivíduos com TEA:</p><p>• Ensino por tentativa e erro: Pasinotto (2008) afirma que este método</p><p>consiste em encorajar a criança a experimentar diferentes formas de</p><p>realizar uma tarefa até encontrar a melhor maneira de executá-la. O</p><p>objetivo deste método é incentivar a criança a tentar novas formas de</p><p>executar uma tarefa, aumentando a sua confiança e independência. O</p><p>profissional pode fornecer orientação e feedback para ajudar a criança a</p><p>aprimorar suas habilidades.</p><p>• Modelagem: a modelagem é uma técnica que consiste em demonstrar</p><p>como uma tarefa deve ser realizada e encorajar a criança a imitá-la. O</p><p>profissional pode demonstrar a tarefa com diferentes graus de</p><p>dificuldade, permitindo que a criança aprenda a habilidade passo a</p><p>passo. Este método é particularmente útil para desenvolver habilidades</p><p>motoras finas, como escrever e desenhar. INE EAD (s.d) cita exemplos</p><p>como</p><p>• Treino por tentativa: este método é semelhante ao ensino por tentativa e</p><p>erro, mas a criança é incentivada a repetir a mesma tarefa várias vezes</p><p>até que ela seja realizada com sucesso. O objetivo deste método é</p><p>aumentar a precisão e a rapidez na realização da tarefa.</p><p>• Treino em cadeia: o treino em cadeia é uma técnica que consiste em</p><p>dividir uma tarefa complexa em pequenas partes e ensiná-las em</p><p>sequência. À medida que a criança aprende cada parte da tarefa, as</p><p>partes anteriores são adicionadas, formando uma "cadeia" de habilidades.</p><p>Este método é particularmente útil para desenvolver habilidades motoras</p><p>grossas, como escalar um playground.</p><p>• Reforçamento: o reforçamento é uma técnica que consiste em</p><p>recompensar a criança pelo comportamento desejado. Lear (2004) afirma</p><p>que os reforçadores podem ser elogios, prêmios ou atividades que a</p><p>criança gosta. O objetivo deste método é aumentar a motivação e o</p><p>engajamento da criança durante as intervenções.</p><p>feito pela maioria dos pais quando seus filhos, ainda bebês, estão</p><p>aprendendo a falar. Inicialmente os bebês balbuciam sons que</p><p>remotamente se assemelham a linguagem do idioma destes, mas</p><p>que inicialmente será reforçado através de beijos e abraços e</p><p>eventualmente quando estes sons tornarem a serem emitidos serão</p><p>submetidos à extinção, passando para um estágio posterior onde o</p><p>reforço é dado diante palavras mais estruturadas, até que, como</p><p>etapa final da modelagem, a criança aprenda a se comunicar com</p><p>propriedade. (INE EAD, s.d, p. 43)</p><p>Em resumo, o desenvolvimento motor é uma área importante a ser</p><p>trabalhada na ABA para indivíduos com TEA. O profissional responsável</p><p>pela avaliação deve considerar as habilidades motoras específicas da</p><p>criança e planejar intervenções individualizadas que sejam atraentes e</p><p>motivadoras. O ensino por tentativa e erro, a modelagem e o uso de</p><p>reforçadores podem ser estratégias úteis para melhorar o</p><p>desenvolvimento motor da criança. Além disso, é importante que as</p><p>intervenções sejam realizadas de forma consistente e regular para que a</p><p>criança possa desenvolver suas habilidades motoras de forma efetiva.</p><p>3.3 Crises no TEA</p><p>TEA, em inglês, significa Autism Spectrum Disorder (ASD). A palavra</p><p>"spectrum" em inglês se refere a uma ampla gama de algo, e no contexto</p><p>do TEA, significa que os sintomas e as características do transtorno podem</p><p>variar significativamente de pessoa para pessoa. É importante notar que o</p><p>termo "espectro" não implica uma hierarquia ou ordem de gravidade dos</p><p>sintomas, mas sim que as pessoas com TEA podem apresentar uma</p><p>ampla gama de sintomas e habilidades em diferentes</p>

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