NEUROCIÊNCIAS - UNIP np2 - Resumo

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Resumo sobre Neuropsicologia A neuropsicologia é um campo que estuda a relação entre o cérebro e o comportamento humano, abrangendo a evolução histórica do entendimento sobre a função cerebral e suas implicações nas funções cognitivas. Desde a antiguidade, com práticas como a trepanação em 4000 a.C., até a concepção moderna do cérebro como sede das funções cognitivas, a neuropsicologia tem evoluído significativamente. Filósofos e médicos como Hipócrates, Galeno e Renée Descartes contribuíram para a compreensão do cérebro, destacando sua importância nas sensações e na inteligência. O trabalho de Franz Gall com a frenologia e as descobertas de Pierre Broca e Carl Wernicke sobre a linguagem e a fala foram marcos importantes que ajudaram a estabelecer a neuropsicologia como uma disciplina científica. Os casos clínicos, como o de Phineas Gage e H.M., são fundamentais para a neuropsicologia, pois demonstram como lesões cerebrais podem afetar o comportamento e as funções cognitivas. O caso de Phineas Gage, que sobreviveu a um acidente que danificou seu lobo frontal, ilustra a relação entre a estrutura cerebral e a personalidade. Já o caso de H.M., que teve partes de seu hipocampo removidas para tratar epilepsia, revelou insights sobre a memória e suas diferentes formas. Esses casos não apenas contribuíram para a compreensão das funções cognitivas, mas também para o desenvolvimento de intervenções terapêuticas. Funções Cognitivas e Memória As funções cognitivas, que incluem atenção, memória, fala, linguagem, visuoconstrução e cognição, são essenciais para o funcionamento diário. A atenção, por exemplo, pode ser classificada em diferentes tipos, como atenção concentrada, alternada, sustentada e seletiva. A memória, por sua vez, é um processo complexo que envolve a aquisição, retenção e evocação de informações. As etapas para a memorização incluem aquisição, seleção, retenção, esquecimento, consolidação e evocação. A memória pode ser categorizada de acordo com a duração (ultrarrápida, curta e longa) e a natureza (explícita, implícita e operacional). A memória explícita é aquela que pode ser verbalizada, dividindo-se em episódica e semântica, enquanto a memória implícita não requer palavras e está relacionada a habilidades e hábitos. A memória operacional é crucial para o raciocínio imediato e a resolução de problemas. As áreas cerebrais envolvidas na memória incluem o córtex cerebral, a amígdala e o hipocampo, com diferentes locais de consolidação para os vários tipos de memória. Por exemplo, a memória de curta duração é consolidada no córtex frontal, enquanto a memória de longa duração é associada ao hipocampo. Déficits de Memória e Envelhecimento Os déficits de memória podem ser causados por uma variedade de fatores, incluindo estresse, traumatismos cranianos, deficiências nutricionais e doenças neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson. Fatores externos, como o uso de álcool, drogas e medicamentos, também podem impactar a memória. Além disso, o envelhecimento traz mudanças naturais na memória, tornando mais difícil aprender novas informações, manter a atenção e processar informações rapidamente. Essas mudanças podem resultar em dificuldades para encontrar palavras e lembrar de eventos recentes, o que pode afetar a qualidade de vida dos indivíduos mais velhos. A neuropsicologia, portanto, não apenas investiga as funções cognitivas e suas inter-relações, mas também busca entender como as lesões e o envelhecimento afetam essas funções. A compreensão desses aspectos é crucial para o desenvolvimento de estratégias de intervenção e reabilitação, visando melhorar a qualidade de vida das pessoas afetadas por déficits cognitivos. Destaques A neuropsicologia estuda a relação entre o cérebro e o comportamento humano, com uma rica evolução histórica. Casos clínicos como Phineas Gage e H.M. demonstram a relação entre lesões cerebrais e funções cognitivas. As funções cognitivas incluem atenção, memória, fala, linguagem, visuoconstrução e cognição, cada uma com suas características e tipos. Déficits de memória podem ser causados por fatores internos e externos, incluindo estresse, doenças e uso de substâncias. O envelhecimento traz mudanças na memória, dificultando a aprendizagem e a recuperação de informações.