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IMPOSTO SOBRE A RENDA E PROVENTOS DE QUALQUER NATUREZA - Artigo 153, III, CF - Artigos 43 ao 45 do CTN - Decreto-Lei nº 3.000, de 26 de março de 1999 (1004 artigos) 1. Dispositivos Constitucionais Artigo 153 §2º I da CF: Generalidade – o tributo deve abranger todos os contribuintes (pessoas físicas ou jurídicas) que estejam em igual relação ao fato descrito na hipótese de incidência. Universalidade – relaciona-se com a extensão da base de cálculo – o IR abrange quaisquer rendas e proventos auferidos pelo contribuinte, apurados em determinado período. Progressividade – variação das alíquotas na medida em que há aumento na base de cálculo (7,5%, 15%, 22,5% e 27,5%); graduação de alíquotas de acordo com a capacidade econômica do contribuinte (art. 145, § 1º, da CF). Exceção à anterioridade nonagesimal (artigo 150§1ºCF) – poderá produzir efeitos logo no dia 1º de janeiro do ano seguinte porque só obedece a anterioridade anual. Lançamento por homologação – ao Fisco cabe aprovar ou rejeitar a antecipação de pagamento e a declaração realizadas pelo contribuinte. 2. Critério Pessoal - Sujeito Ativo: competência tributária da União, cabendo a administração do imposto à Secretaria da Receita Federal do Brasil. Função predominantemente fiscal = arrecadar, arrecadar, arrecadar. - Sujeito Passivo: artigo 45 CTN – o sujeito passivo do Imposto sobre a Renda pode ser a pessoa física (IRPF) ou jurídica (IRPJ) titular de renda ou provento de qualquer natureza. Inclusive, as pessoas jurídicas estrangeiras que atuam no país. A lei pode atribuir a fonte pagadora da renda a responsabilidade pela retenção e recolhimento do IR, figurando o empregado como contribuinte e o empregador como responsável - art. 121 e art. 45 do CTN. 3. Critério Material - o Fato Gerador do IR - artigo 43, I e II do CTN. - Disponibilidade econômica – recebimento efetivo; está totalmente disponível; já houve a incorporação ao patrimônio (art. 116, I CTN). - Disponibilidade jurídica – crédito disponível, mas não incorporado ao patrimônio (art. 116, II CTN). Ex: cheque pós-datado ou remessa de dólar do exterior. Valor já foi creditado, mas indisponível pra saque (não foi incorporado efetivamente ao patrimônio) – art. 43 §§1º e 2º do CTN. Disponibilidade econômica ou jurídica em razão: - da renda de capital – aluguel, royalties, recebimento de aplicações financeiras, bonificações. No caso das empresas, os lucros. - da renda de trabalho – salário, honorários, pró-labore, comissões, etc. - da renda da combinação do capital e do trabalho – pró-labore e lucro, etc. - dos proventos de qualquer natureza – acréscimos patrimoniais não compreendidos no conceito de renda supramencionado. Ex: aposentadoria, pensões, ganho em loterias, variações cambiais, etc. OBS: o ganho de capital decorrente de compra e venda de imóveis – MP692/2015 - deverá ser pago até o último dia do mês subsequente ao da percepção do ganho (art. 21§1º da Lei 8981/95) OBS: sobre indenizações relacionadas a danos morais, não incide imposto de renda. OBS: A indenização trabalhista com finalidade de ressarcir o empregado por um dano, para cuja ocorrência ele não concorreu não se sujeitam à incidência do IR. Exemplos de alguns posicionamentos jurisprudenciais: Súmulas 125 e 215 do STJ e o aviso prévio indenizado não está sujeito ao IR (site da RFB). 4. Critério Espacial O IR caracteriza-se pela extraterritorialidade, ou seja, pode alcançar fatos geradores ocorridos não apenas no território nacional como também fora dele. - Para evitar a dupla incidência do imposto (bitributação) - acordos internacionais. 5. Critério Temporal O IR pode ser classificado como de fato gerador periódico, complexo - fato gerador dar-se-á por ocorrido ao longo de um determinado período de tempo (1º de janeiro até 31 de dezembro do mesmo ano). - IRPF – considera-se ocorrido o FG em 31 de dezembro do ano-calendário – por exercício financeiro (ano). Ex: exercício financeiro 2014 (ano que você apresenta a declaração de ajuste anual) referente ao ano calendário 2013 (ano em que a renda e proventos foram apurados). Sendo que até 31 de abril do ano subsequente verifica-se o IR devido, compensando-se se for o caso, os adiantamentos que já foram recolhidos mensalmente (carnê leão ou retenção). Apura-se o saldo a restituir (em caso de pagamento antecipado a maior) ou a pagar à vista ou parcelado (até 8 parcelas nunca inferiores a R$ 50,00), sendo que a primeira parcela vence obrigatoriamente em 30/04. - IRPJ – tem-se período de apuração trimestral, encerrados nos dias 31/03, 30/06, 30/09 e 31/12. Se houver a opção pelo período anual, será em 31/12. 6. Critério Quantitativo Alíquotas Para pessoa física a alíquota é progressiva. - Lei 13.149/2015 alterou a Lei 11.482/2007. - Artigo 1º, IX da Lei 13.149/2015 - a partir do mês de abril do ano-calendário de 2015: Base de Cálculo (R$) Alíquota (%) Parcela a Deduzir do IR (R$) Até 1.903,98 - - De 1.903,99 até 2.826,65 7,5 142,80 De 2.826,66 até 3.751,05 15 354,80 De 3.751,06 até 4.664,68 22,5 636,13 Acima de 4.664,68 27,5 869,36 Está obrigada a apresentar a Declaração de Ajuste Anual do Imposto sobre a Renda referente ao exercício de 2015, a pessoa física residente no Brasil que, no ano-calendário de 2014: - recebeu rendimentos tributáveis , sujeitos ao ajuste na declaração, cuja soma anual foi superior a R$ 28.123,91; - recebeu rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma foi superior a R$ 40.000,00. - Para pessoas jurídicas a alíquota é proporcional, variando conforme o modo de apuração: lucro real, presumido ou arbitrado. Base de Cálculo - Quanto a base de cálculo, há diferenciação para as pessoas físicas e as pessoas jurídicas, apesar da definição comum do CTN, nos termos do art. 44: * Pessoas físicas – a base de cálculo é o total de vencimento subtraídos os encargos admitidos em lei, tais como os gastos com dependentes, educação, saúde e etc. - O limite anual de dedução por dependente é de R$ 2.275,08. - O limite anual de dedução de despesas com educação individual para cada membro da família é R$ 3.561,50. - Saúde – sem limites. *Pessoas jurídicas – a legislação prevê três formas diferentes para a composição da base de cálculo: Lucro real – é o lucro líquido do exercício ajustado pelas adições, exclusões e compensações prescritas ou autorizadas pela legislação tributária (artigo 6º do Dec.Lei 1.598/77). Apuração obrigatória para empresas elencadas no art.14 da Lei 9718/98). Lucro presumido – o contribuinte aplica um percentual legal sobre o valor de sua receita bruta, obtendo como resultado um montante que se presume ser seu lucro. É opcional para empresas que não são obrigadas ao lucro real. Lucro arbitrado – caráter excepcional – é utilizado quando não é possível o cálculo preciso do lucro real e o contribuinte não cumpre os requisitos para a tributação com base no lucro presumido.
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