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PROF. ISAAC LUCENA DE AMORIM CONTROLE DE PLANTAS INVASORAS 5ª AULA 1 Seletividade dos herbicidas 1 INTRODUÇÃO SELETIVIDADE: É a base para o sucesso do controle químico das ervas invasoras na produção agrícola Quanto maior a diferença de tolerância entre a cultura e a erva invasora, maior a segurança de aplicação 1 INTRODUÇÃO SELETIVIDADE: Resposta diferencial de plantas a um herbicida ou tratamento (princípio ativo+dose+modo de aplicação) Fator relativo e particularmente característico para uma determinada interação: cultura herbicida Planta daninha condições ambientais. 1 INTRODUÇÃO INTERAÇÃO: Condições edafo-climáticas A maneira por meio do qual a seletividade se expressa varia para cada combinação específica 1 INTRODUÇÃO CASOS EM QUE ACONTECE SELETIVIDADE: Tolerância diferencial da cultura e da erva invasora ao herbicida; Sensibilidade semelhantes da cultura e da erva invasora: o tempo ou o espaço é o fator de seletividade Atuação diferencial do herbicida na cultura e na erva invasora 1 INTRODUÇÃO SELETIVIDADE: Herbicidas fenoxicarboxílicossó folhas largas Herbicidas dinitroanilinas só gramíneas Paraquat só plantas anuais 1 INTRODUÇÃO 1 INTRODUÇÃO SELETIVIDADE: Portanto, é mais correto afirmar que a seletividade é conseqüência do tratamento e não exclusivamente do herbicida sozinho. A espécie que não sofre injúria é chamada de tolerante A espécie injuriada é dita susceptível 1 INTRODUÇÃO SELETIVIDADE: Erros que podem afetar a seletividade: Escolha imprópria do produto Época inadequada de aplicação Dosagens sub ou super concentradas Equipamentos inadequados ou desajustados 2 FATORES QUE DETERMINAM A SELETIVIDADE 2.1 Fatores relacionados às características do herbicida ou ao método de aplicação: Dose: Expressa em peso ou volume por unidade de área Deve ser tal que controle a erva invasora sem causar danos à cultura. Pode variar de acordo com a cultura agrícola Dose segura é aquela mais alta que resulta em menos de 15% de injúria à cultura 2 FATORES QUE DETERMINAM A SELETIVIDADE 2.1 Fatores relacionados às características do herbicida ou ao método de aplicação: Dose: 2 FATORES QUE DETERMINAM A SELETIVIDADE 2.1 Fatores relacionados às características do herbicida ou ao método de aplicação: Formulação: Sólidas granuladas ou peletizadas (não aderem-se às folhas e permitem uma aplicação localizada no solo) Líquidas geralmente necessitam de adjuvantes (herbicidas hidrofílicos em superfíces apolares) 2 FATORES QUE DETERMINAM A SELETIVIDADE 2.1 Fatores relacionados às características do herbicida ou ao método de aplicação: Localização espacial ou temporal do herbicida em relação à planta: Seletividade de posição evita que doses tóxicas do herbicida tenha contato com os tecidos sensíveis da cultura a seletividade é alcançada quando uma concentração tóxica do herbicida fica em contato apenas com as plantas daninhas. possibilita o uso de herbicidas não seletivos (de menor custo) 2 FATORES QUE DETERMINAM A SELETIVIDADE Seletividade de posição Figura - Pulverizações localizadas em jato dirigido nas entrelinhas da espécie cultivada minimizam a exposição da cultura e maximiza a das plantas daninhas, permitindo o uso seletivo de um herbicida não seletivo. 2 FATORES QUE DETERMINAM A SELETIVIDADE 2.2 Fatores relacionados às características das plantas: Basicamente diferenças fisiológicas e morfológicas entre a cultura e as ervas invasoras Tais diferenças estão relacionadas com a ENTRADA de herbicida nas plantas e seu EFEITO SUBSEQUENTE após a entrada. Fatores fisiológicos relacionados com a seletividade (tolerância ou susceptibilidade ao herbicida) Retenção e Absorção diferencial Translocação diferencial Metabolismo diferencial (destoxificação) 2 FATORES QUE DETERMINAM A SELETIVIDADE 2.2.1 Seletividade associada à retenção e à absorção diferencial: Características das folhas tais como Superfície e ângulo de inserção foliar Forma, número e arranjo do dossel afetam a interceptação e retenção 2 FATORES QUE DETERMINAM A SELETIVIDADE 2.2.1 Seletividade associada à retenção e à absorção diferencial: Características das gramíneas que dificultam seu controle em pós-emergência: Folhas nascem com ângulos muito agudos Epiderme recoberta por camada de cera Pontos de crescimento enterrados no solo ou protegidos por brácteas (coleoptilo) Presença de meristema intercalar (internós) Sistema vascular difuso Sistema radicular fasciculado Distribuição dos vasos condutores em mono e dicotiledôneas 2 FATORES QUE DETERMINAM A SELETIVIDADE 2.2.1 Seletividade associada à retenção e à absorção diferencial: Idade das plantas Plantas jovens são mais susceptíveis possuem mais tecidos meristemáticos Obs.: Plantas mais velhas têm mais tecidos diferenciados 2 FATORES QUE DETERMINAM A SELETIVIDADE 2.2.1 Seletividade associada à retenção e à absorção diferencial: Cultivar - Ex.: cultivares de cebola diferem entre si na tolerância a herbicidas devido diferenças na cerosidade das folhas. 2 FATORES QUE DETERMINAM A SELETIVIDADE 2.2.1 Seletividade associada à retenção e à absorção diferencial: Tamanho da semente ou estrutura de propagação - Quanto maior mais reservas que as tornam mais tolerantes ao herbicida 2 FATORES QUE DETERMINAM A SELETIVIDADE 2.2.2 Seletividade associada à Translocação diferencial: Translocação é o movimento interno de água e substâncias de uma região para outra nas plantas A longas distâncias ocorre em apenas um dos sistemas – apoplasto ou simplasto A rota primária da translocação de herbicidas depende de propriedades físico-químicas e das condições internas das plantas 2 FATORES QUE DETERMINAM A SELETIVIDADE 2.2.2 Seletividade associada à Translocação diferencial: Alguns são ionizados ao penetrarem no citoplasma das células e ficam ali retidos Outros sofrem uma compartimentalização após a absorção e são imobilizados em radículas ou vasos capilares de espécies tolerantes, onde seu potencial de dano é minimizado Algumas plantas metabolizam o herbicida absorvido para uma forma inativa, evitando a fitotoxidade 2 FATORES QUE DETERMINAM A SELETIVIDADE 2.2.3 Seletividade associada ao metabolismo diferencial (destoxificação): É provavelmente o mais comum dos mecanismos que contribuem para a seletividade de herbicidas nas plantas A planta tolerante ao herbicida é capaz de quebrar ou degradar a estrutura química do herbicida, antes dele chegar ao sitio de ação 2 FATORES QUE DETERMINAM A SELETIVIDADE 2.2.3 Seletividade associada ao metabolismo diferencial (destoxificação): Exemplos: 2 FATORES QUE DETERMINAM A SELETIVIDADE 2.2.3 Seletividade associada ao metabolismo diferencial (destoxificação): Categorias de herbicidas quanto a capacidade de sofrerem biotransformações: Herbicidas estáveis: não sofrem desativação nas plantas Ex.: Paraquat, glyphosate Herbicidas metabolicamente desativados: sofrem reações de redução, oxidação, hidrólise e/ou conjugação (com açúcares, aminoácidos e proteínas) que resultam em compostos não-tóxicos ou imóveis Ex.: sulfoniluréias e imidazolinonas Herbicidas metabolicamente ativados: uma vez absorvidos pelas plantas sensíveis, sofrem transformações metabólicas que resultam no aumento da sua fitotoxicidade Ex.: 2,4-DB → 2,4-D
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