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Legislação do Aborto no Brasil

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No Brasil, a cada dois dias, uma mulher morre por aborto inseguro. 
Cerca de 46 milhões de abortos são realizados por ano no mundo. 
Esse número representa uma média de 160 mil procedimentos por dia. 
cerca de 19 milhões dos abortos são realizados anualmente de forma insegura, resultando na morte de 70 mil mulheres. (OMS)
leis mais restritivas contribuem para aumentar a mortalidade por abortos inseguros. (ONU)
Aborto em nosso Código Penal
pela própria gestante;
a pedido da gestante;
sem o consentimento da gestante.
detenção de 1 a 3 anos, para a mulher que faz o aborto em si mesma ou consente que outra pessoa o faça;
reclusão de 3 a 10 anos, para a pessoa que faz o aborto em uma mulher, sem seu consentimento;
reclusão de até 10 anos, para a pessoa que faz o aborto com o consentimento da gestante menor de 14 anos, ou com problemas mentais, ou ainda se o consentimento é obtido mediante fraude, grave ameaça ou violência.
As penas são aumentadas em um terço, se a gestante sofrer lesão 
corporal de natureza grave e são duplicadas, se morrer por causa 
da lesão (crime de homicídio).
Violência física, como pontapé na barriga da mulher grávida, provocando aborto, é considerada crime de lesão corporal de natureza gravíssima.
Aborto garantido pelo Código Penal
Médicos não são punidos, quando a mulher corre risco de vida ou em caso de estupro.
A mulher não precisa procurar clínicas clandestinas. 
Tem o direito de ser atendida na rede pública hospitalar.
Aborto em caso de risco de vida da mulher
O médico pode solicitar uma junta médica para atestar a necessidade do aborto. 
A interrupção da gravidez será feita com toda segurança.
O médico não precisa do consentimento da gestante nem do consentimento do representante legal (em caso de menor ou doente mental).
Aborto em caso de estupro
Imediatamente registrar a ocorrência do crime em uma delegacia, para receber o Boletim de Ocorrência e fazer o Exame de Corpo de Delito, que comprova a agressão sexual sofrida.
Todas as unidades de saúde que tenham serviços de ginecologia e obstetrícia deverão estar capacitadas para o atendimento de para interrupção da gravidez resultante de estupro.
Aborto na Legislação Trabalhista
A CLT determina que a mulher tem direito a duas semanas de repouso, recebendo seu salário normalmente.
A mulher não perde o direito a férias.
Documentos necessários obrigatórios
Autorização da grávida - ou, em caso de incapacidade, de seu representante legal -, para a realização do abortamento, firmada em documento de seu próprio punho, na presença de duas testemunhas - exceto pessoas integrantes da equipe do hospital -, que será anexada ao prontuário médico.
Informação à mulher - ou a seu representante legal -, de que ela poderá ser responsabilizada criminalmente caso as declarações constantes no Boletim de Ocorrência (BO) forem falsas.
Registro em prontuário médico, e de forma separada, das consultas, da equipe multidisciplinar e da decisão por ela adotada, assim como dos resultados de exames clínicos ou laboratoriais.
Cópia do Boletim de Ocorrência.
Documentos recomendados
Cópia do Registro de Atendimento Médico à época da violência sofrida.
Cópia do Laudo do Instituto de Medicina Legal, quando se dispuser.
EUA: Legalizado em todo o território. 
Permitido realizar até o momento do nascimento, em casos de riscos para a mãe.
Aproximadamente 130 leis que restringem o aborto foram aprovadas. 
Em outubro de 2013, o Texas aprovou uma legislação que endureceu a aprovação do procedimento. Como consequência, aponta pesquisa, houve aumento de “autoabortos” no estado.
Uruguai: Permitido em qualquer circunstância até a 12ª semana de gestação. 
Em casos de estupro, até a 14ª semana. 
Quando há risco para a mãe ou má formação do feto, permitido em qualquer período da gestação. 
A lei está em vigor desde 2012. Após um ano de vigência, 6.676 abortos seguros foram realizados e nenhuma morte foi registrada. 
Espanha: Atualmente, o procedimento só é permitido em caso de perigo grave contra a saúde física e psíquica da mulher, ou estupro, até a 12ª semana. No caso de má formação do feto, as mulheres precisam provar que o diagnóstico pode causar danos à saúde psicológica para terem autorização de abortar.
Argentina: Permite a realização de abortos em casos de risco à vida e à saúde da mãe, estupro e abuso a uma mulher incapacitada.
No começo deste mês, deputados argentinos apresentaram no Congresso um projeto de lei para descriminalizar o procedimento. O objetivo, afirmam os congressistas, é acabar com os elevados índices de mortalidade materna no país. Segundo dados oficiais, 500 mil abortos são realizados na Argentina a cada ano.
Cuba: É permitido desde 1965. A mulher pode fazer o procedimento por qualquer motivo até a 10ª semana de gestação. 
Pesquisas indicaram queda acentuada de mortalidade materna, além da diminuição da taxa de fecundidade no país. Cuba e Paraguai são os únicos países da América Latina que permitem a realização do procedimento em qualquer circunstância. 
França: É permitido por qualquer motivo, até a 12ª semana de gravidez. A legislação também exige o aconselhamento da mulher durante o processo. 
MAPA DO ABORTO

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