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* SAÚDE DA MULHER aula 4 Renata C. Velasque Saúde da Mulher * PARTO Parto é a combinação de fenômenos pelos quais o feto, a placenta e as membranas se desprendem e são expulsos do corpo da gestante. O feto pode ser expulso pelas vias genitais (parto espontâneo) ou ser extraído por meios cirúrgicos (cesariana). (GONZALEZ, 1994 * * PERÍODO PREMUNITÓRIO * Duração horas a dias - Contrações dolorosas - Aumento da produção de secreções endocervicais - - Tampão mucoso - Expansão do segmento inferior - Polo cefálico adapta-se ao estreito superior: - Dor lombar; - Descida do fundo uterino - Encurtamento da porção vaginal do colo * PERÍODOS CLÍNICOS DO PARTO 1o PERÍODO DILATAÇÃO 2o PERÍODO EXPULSÃO 3o PERÍODO SECUNDAMENTO 4o PERÍODO PÓS-PARTO IMEDIATO * * PERÍODO DE DILATAÇÃO * * DURAÇÃO 8 a 14 horas PRIMÍPARAS: 8 a 12 HORAS MULTÍPARAS: 6 a 8 HORAS - CONTRAÇÃO UTERINA APAGAMENTO e DILATAÇÃO PRIMÍPARAS: apagamento e depois dilatação MULTÍPARAS: apagamento e dilatação concomitantes; - 3 FASES * * O parto se desenvolve mais rapidamente a partir de 4cm de dilatação. FASE LATENTE: inicial; FASE ATIVA: final - Dilatação cervical 1cm / hora * * * * 1º PERÍODO OCORRÊNCIAS AMNIORREXE - PERDAS SANGÜÍNEAS - SÍNDROME DOLOROSA * * 2o PERÍODO – EXPULSÃO Caracteristicas PROGRESSÃO DO FETO PELO CANAL DE PARTO - DURAÇÃO até 30 minutos - SÍNDROME DOLOROSA: Região vagino-perineal Prensa abdominal - 6 FASES * * - 1a FASE ....ACOMODAÇÃO - 2a FASE ....INSINUAÇÃO - 3a FASE ....ROTAÇÃO INTERNA DO 1o SEGMENTO - 4a FASE ....DESPRENDIMENTO DO 1o SEGMENTO - 5a FASE ....ROTAÇÃO EXTERNA DO 1o SEGMENTO ROTAÇÃO INTERNA DO 2o SEGMENTO - 6a FASE ....DESPRENDIMENTO DO 2o SEGMENTO * * * 2o PERÍODO - EXPULSÃO OCORRÊNCIA LACERAÇÃO DO TRAJETO (sangramento) * 3o PERÍODO - SECUNDAMENTO CARACTERÍSTICAS - DURAÇÃO 5 a 30 minutos - PERDA SANGÜÍNEA 300 a 500 ml - 3 FASES * * 3º PERÍODO SECUNDAMENTO 1a FASE ..............DESCOLAMENTO Contração/Retração Mecanismos - 2a FASE ...............DESCIDA Contração/Força da gravidade Segmento inferior Vagina - 3a FASE ...............EXPULSÃO “Puxos vaginais” * * * 3o PERÍODO – SECUNDAMENTO OCORRÊNCIAS RETENÇÃO DE FRAGMENTOS PLACENTÁRIOS - RETENÇÃO PLACENTÁRIA - INVERSÃO UTERINA AGUDA * 4o PERÍODO - PÓS-PARTO IMEDIATO CARACTERÍSTICAS DURAÇÃO 1 hora - FENÔMENOS TOCOHEMORRÁGICOS - 4 FASES * * 4o PERÍODO - PÓS-PARTO IMEDIATO 1a FASE ...............MIOHEMOSTASIA - 2a FASE ...............TROMBOTAMPONAMENTO Trombos no sítio placentário / Coágulos no interior da cavidade uterina - 3a FASE ...............INDIFERENÇA MIOUTERINA Contração/Relaxamento - 4a FASE ...............TETANIA Contrações uterinas fixas * * 4o PERÍODO - PÓS-PARTO IMEDIATO OCORRÊNCIAS ATONIA UTERINA (sangramento) * * * * ENEMA E TRICOTOMIA Conforme as recomendações da OMS enema e tricotomia não devem fazer parte da rotina hospitalar no Centro de Obstetrícia. Pode haver indicações para o procedimento, mas a pesquisa mostrou "alguma evidência de que a tricotomia pode mesmo aumentar o risco de infecção, como resultado de cortes e escoriações que servem de porta de entrada para microorganismos." (ZIEGEL,1985) * * ENEMA E TRICOTOMIA Conforme a mesma autora, antes de realizar o enema deve se pesquisar se o intestino da paciente não está vazio. O enema também deverá ser omitido se o TP está progredindo rapidamente ou quando a cabeça já está baixa, pois o material sólido fecal será mais facilmente eliminado do campo do que o material fecal líquido proveniente de enema. Segundo o Ministério da Saúde deve-se valorizar principalmente a opinião da parturiente, que deve receber orientação não tendenciosa durante o pré-natal, para fazer a escolha mais adequada no momento da internação. * * ETAPAS DO TP Gonzalez, Ziegel, Oliveira e Freitas dividem o parto em três etapas distintas: 1.ª etapa de dilatação, 2ª etapa de expulsão e a 3ª etapa segundamento e 4ª etapa dequitação. Oliveira, (2001) * * O PARTOGRAMA Para o acompanhamento da evolução do TP Freitas recomenda a utilização do partograma, desenvolvido pela OMS para detectar o TP prolongado bem como qualquer sinal de anormalidade. O partograma traz um lugar para anotações sobre o líquido amniótico, exame de urina e medicamentos administrados via E.V.. A parte mais importante do partograma é o campo da dilatação do colo uterino e da descida da cabeça, que são marcados simultaneamente. Existe uma linha de alerta e uma linha de ação para determinar quando se deve intervir no trabalho normal. A dilatação do colo deve ser avaliada pelo toque vaginal a cada 4 horas apenas por ser um procedimento desagradável para a parturiente e ter um alto risco de contaminação. * * PERÍODO DE EXPULSÃO - SALA DE PARTO Segundo o Manual do Parto Humanizado (JICA), o melhor procedimento seria deixar a mulher no mesmo ambiente onde passou o TP, pois transferir uma parturiente da sala de pré-parto para a sala de parto é muito penoso, além de ser uma conduta que cria tensão nos profissionais de saúde, se for possível unificar a sala de pré-parto com a sala de parto, criando quartos individuais (box), * * PERÍODO DE EXPULSÃO - SALA DE PARTO Permitindo, assim que a parturiente tivesse um acompanhante de sua família sem tirar a privacidade, esse ambiente, está sendo chamado de Sala PPP (pré-parto; parto; pós-parto), sobre o qual o Ministério da Saúde já está elaborando uma norma oficial. A sala PPP necessitará de planejamento para que o processo fisiológico do parto possa evoluir na mais absoluta normalidade, num ambiente familiar, longe daquele aspecto de uma sala cirúrgica * * * Conforme Ziegel, (1985), a parturiente sadia e sem complicações no pré-parto deve escolher a posição, que lhe for mais confortável para dar a luz. Às vezes vai querer ficar na cama semideitada, mais verticalizada, de cócoras ou lateralizada. Quando a mulher é transferida para a sala de parto "É importante auxiliá-la a se posicionar na mesa de parto com segurança e conforto, respeitando a posição de sua escolha: vertical, semiverticalizada ou horizontal." Oliveira (2001) * * A OMS refere que o uso rotineiro da posição de litotomia com ou sem estribos durante o parto e TP é claramente prejudicial ou ineficaz e deve ser eliminado. Freitas comenta que a posição do parto tem influência direta sobre a dor ou a maior tolerância da mesma e que a posição verticalizada ou de cócoras parece ser melhor. O Ministério da Saúde diz que "é consenso geral que a posição horizontal deve ser evitada para prevenir os efeitos da dificuldade de trocas materno-fetais." A posição verticalizada tem mostrado vantagens claras como dores menos intensas, menor risco de traumas vaginais ou perineais, menor duração do período expulsivo e melhores resultados neonatais. * * Balaskas repete diversas vezes, que há um aumento significativo do diâmetro pélvico (mais de 1/3) na posição de cócoras ou de joelhos, que se perde na posição de litotomia devido ao peso do útero e do próprio bebê incidindo sobre o sacro e o cóccix, que ficam limitados nessa posição. “ O peso do útero também pressiona os grandes vasos abdominais na posição horizontal, o que reduz a quantidade de oxigênio que vai para o bebê e aumenta a possibilidade de sofrimento fetal. O útero é tracionado para frente durante a contração. Na posição horizontal ele tem que se deslocar contra a força da gravidade. Isso torna as contrações mais dolorosas e menos eficientes.” (BALASKAS, 1993, p.173) * * A posição de joelhos pode ser muito útil se o bebê estiver com uma apresentação posterior, diminuindo assim a pressão nas costas, movimentando a bacia suavemente, ajudando na rotação da cabeça à medida que o bebê estiver descendo. Também é indicado quando as coisas estão acontecendo rápido demais, pois nessa posição o bebê vai progredir um pouco mais devagar. * * * * alivia a pressão exercida pelo peso do bebê na coluna e nos vasos sanguíneos da mãe, melhorando a oxigenação de ambos, facilita a dilatação da pelve e diminui os riscos de laceração perineal. Nessa posição, a mulher fica de lado e uma pessoa segura uma de suas pernas para cima. Essa posição é uma boa alternativa para mulheres que fizeram uso de peridural ou que passaram por um TP muito longo e se encontram exaustas. POSIÇÃO DEITADA DE LADO * * Essa posição tem a vantagem de aliviar a coluna da mulher e favorecer o trabalho da gravidade no processo de parto, porém, como o peso da mulher fica apoiado sobre seu cóccis, a dilatação dos ossos da pelve é dificultada. POSIÇÃO SEMI DEITADA * * Favorece muito o processo fisiológico do nascimento, pois alarga o diâmetro da pelve feminina em até 30%. Isso mesmo: o osso, por não ficar diretamente encostado em nada, tem espaço para se expandir, o que permite que o parto seja mais fácil do que em posição deitada. Além disso, nessa posição, a gravidade pressiona o peso do bebê diretamente sobre o colo do útero, facilitando a dilatação e também ajuda na hora do expulsivo. * * EPISIOTOMIA Esta incisão realizada no períneo para ampliar o espaço de saída da cabeça fetal foi mencionada pela primeira vez no século XVIII e os primeiros escritos sobre a realização da episiotomia pelo inglês Sir Fielding Ould em 1741; em 1799, Michaellis fez a descrição da incisão média e em 1810 encontra-se a primeira publicação da técnica em um jornal médico. * * EPISIOTOMIA A OMS preconiza a episiotomia liberal ou rotineira como conduta frequentemente utilizada de modo inadequado, como também o direito da mulher de recusar-se a fazer a episiotomia e o dever do profissional de respeitar a opinião da parturiente. Conforme o Ministério da Saúde, (2001) existem indicações claras para a episiotomia, que deve ser utilizada quando há sinais de sofrimento fetal, progressão insuficiente do parto e ameaça de laceração de grau 3. Em todo caso o uso da episiotomia restrito parece ter benefícios quando comparada à episiotomia de rotina * * EPISIOTOMIA A episiotomia tem indicação, de acordo com as evidências científicas, em cerca de 10 a 15% dos casos e é praticada em perto de 100% dos partos típicos. De acordo com a evidência científica, é associada não a uma vida sexual melhor, mas a uma substituição do tecido esponjoso da vulva por fibrose, a um aumento da dor à penetração (dispareunia), uma retomada mais lenta à vida sexual pós-parto, além das frequentes deformidades vulvares - isso quando não há complicações. * * EPISIOTOMIA A episiotomia é um dos procedimentos mais comuns em Obstetrícia, sendo prudente realizar a sutura em menor intervalo de tempo possível (sendo indicada a realização enquanto se aguarda a dequitação da placenta, o que facilita a visualização da área, dispensando o uso de tampões vaginais que podem correr o risco de serem esquecidos no local); evita perda de sangue desnecessária ( de 300 – 500 ml de sangue), diminui a contaminação local. Somente a secção do cordão umbilical supera em frequência, as episiotomias. * * * * COCHRANE (1992) na Inglaterra sugere algumas medidas para evitar ou minimizar o trauma perineal e as episiotomias desnecessárias. O preparo para o parto deve incluir o ensino de massagens perineais, a aplicação generosa de óleos, a realização de exercícios que solicitem a musculatura do assoalho pélvico. Durante o parto, a redução da ansiedade ajuda a mulher a manter o domínio da situação. Quando a mulher é ajudada a familiarizar-se com sua própria anatomia e com o processo de nascimento, torna-se mais apta a explorar seus medos em um ambiente não ameaçador. * ONFALOTOMIA O procedimento mais realizado na obstetrícia é a onfalotomia – secção do cordão umbilical. Depois que o bebê nasce o cordão só deve ser seccionado quando pare de pulsar, conforme relatam Diniz e Oliveira, porém, muitas vezes o obstetra não tem a paciência de aguardar este momento. * ONFALOTOMIA Neste momento o bebê, se ele estiver em boas condições, deve ser colocado sobre a barriga da mãe, que pode conversar com ele e também já oferecer o primeiro colostro a ele. O bebê pode ser coberto e permanecer próximo ao corpo quente da mãe. (ZIEGEL, 1985). A OMS recomenda para este momento único a realização precoce do contato, pele a pele, entre mãe e filho, dando apoio ao início da amamentação na primeira hora do pós-parto. * DEQUITAÇÃO E 4º PERÍODO O de livramento ou dequitação, (período propício para episiorrafia) que deve ocorrer dentro de alguns instantes até 30 minutos depois da expulsão. Deve ser espontâneo, sem compressão uterina. O obstetra deve examinar a placenta e não usar da curagem manual do útero. A observação das perdas sanguíneas (cotilédones placentários) neste momento é muito importante para prevenir qualquer tipo de hemorragia. (OLIVEIRA, 2001; OMS). * * DEQUITAÇÃO E 4º PERÍODO O Ministério da Saúde fala do 4º período ou seja o período de Greenberg que compreende as duas primeiras horas pós-parto, fase em que ocorre a loquiação, que "é a eliminação do material descamado do endométrio com sangue, muco e restos celulares do sítio placentário."(OLIVEIRA, 2001) É considerado fase perigosa na qual a puérpera deve permanecer no Centro Obstétrico, tendo os seus sinais vitais, especialmente a PA avaliados a cada 15 minutos, também deve ser observada a retração uterina(Globo de segurança de Pinard ) e do sangramento, que tem como principal causa a atonia uterina. * * DEQUITAÇÃO E 4º PERÍODO Passado este período inicial, estando a puérpera equilibrada hemodinamicamente e formado o globo de segurança de Pinard (útero ao nível da cicatriz umbilical e firmemente contraído), poderá ser encaminhada ao alojamento conjunto, após serem seus sinais vitais avaliados e anotados. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2001) * * * Saúde da Mulher A Fisioterapia pré-natal, por exemplo, prepara o corpo da mulher para dois momentos: o pré e o pós-parto, prevenindo, tratando e reabilitando possíveis disfunções, desconfortos, dores ou lesões, por meio de exercícios de alongamento e fortalecimento de determinados músculos; exercícios aeróbicos; conscientização corporal; melhora na circulação sanguínea, correção da postura e exercícios de relaxamento. * * Saúde da Mulher O assoalho pélvico é formado por um conjunto de tecidos de revestimento que fecha a cavidade inferior da pelve (músculos, ligamentos e fáscias). Essas estruturas são as responsáveis pela sustentação de órgãos como útero, reto e bexiga e auxiliam no controle da micção, as fezes e a atividade sexual. É função do fisioterapeuta avaliar os músculos do assoalho pélvico, focando na sua coordenação, tônus, resistência e força. * * Saúde da Mulher FISIOTERAPIA PRE NATAL 1 – Objetivos: a) Aliviar as dores e desconfortos b) Prevenir disfunções musculoesqueléticas, neurológicas, circulatórias, respiratórias, digestórias e uroginecológicas c) Preparar a gestante para que tenha uma gravidez, parto e puerpério bem sucedidos d) Orientar a gestante quanto a alimentação, vestuário, viagens, atividades sociais, atividades ocupacionais entre outros. * * Saúde da Mulher FISIOTERAPIA PRE NATAL 1 – Objetivos: e) Melhorar a consciência postural f) Desenvolver toda a potencialidade de reserva dos músculos para responder as exigências que a gravidez e parto impõem g) Manter o bem estar físico, mental e social h) Correção postural Aliviar as algias provocadas pelas alterações SME j) Orientar quanto as adaptações vestuário, calçados e meias * * Saúde da Mulher FISIOTERAPIA PRE NATAL 2 – Objetivos: e) Compensar os desequilíbrios posturais da gravidez f) Prevenir ou minimizar os distúrbios no SCV g) Manter o SR com funcionamento adequado, melhoria da CPT h) Prevenir ou tratar as alterações dermatológicas i) Prevenir o tratar a constipação intestinal j) Incentivar a prática do aleitamento materno l) Promover o relaxamento físico e mental: tranquilidade, auto conhecimento e auto confiança * * Saúde da Mulher * * Saúde da Mulher * * Saúde da Mulher PARTO FASES Chegada a maternidade O trabalho do parto Nascimento * * Saúde da Mulher CHEGADA A MATERNIDADE Recepção pela enfermeira ou médico, analisa o Livro da Grávida e os exames realizados Realiza uma anmenese, conhecimento da frequência das contrações, estado da bolsa, para determinar o estado do trabalho de parto Realização de exames: urina, dilatação do colo do útero e posicionamento do bebe, pressão arterial e temperatura, Sala de parto ou sob monitorização ( contrações do útero e FC bebe) * * Saúde da Mulher PARTO Dura em torno de 30 a 40 minutos Contrações duram de 30 a 40 segundos em média * * Saúde da Mulher FISIOTERAPIA TRABALHO DO PARTO Objetivos Corrigir posturas antálgicas Aliviar tensões Direcionar o posicionamento durante o parto Incentivar o relaxamento dos músculos periniais Oferecer conforto a partuinte * * Saúde da Mulher * * Saúde da Mulher * * Saúde da Mulher * * Saúde da Mulher * * Saúde da Mulher * * Saúde da Mulher * * Saúde da Mulher * * Saúde da Mulher * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
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