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1 Capítulo 7 – Tronco Encefálico A sala das máquinas Augusto Valadão Junqueira Introdução Estudamos partes do tronco encefálico em meio a diversos outros assuntos. Muitas de suas estruturas são citadas – e aprofundadas – em outros capítulos, mas será feito aqui um resumo do que é mais importante saber sobre a anatomia macroscópica do tronco encefálico. Veremos também algumas informações essenciais sobre as estruturas que se encontram dentro dele. Lembre-se de algumas informações básicas: o tronco é dividido em três partes, de cima para baixo: mesencéfalo, ponte e bulbo. Posteriormente à ponte e à metade superior do bulbo encontra-se uma cavidade em forma de losango preenchida por líquor, o IV ventrículo. O cerebelo se acopla atrás do tronco encefálico para formar o tecto (ou teto) do IV ventrículo, enquanto a porção posterior da ponte e do bulbo formam seu assoalho. O mesencéfalo deriva da estrutura embriológica de mesmo nome, enquanto a ponte e o bulbo derivam do chamado rombencéfalo. Os tópicos deste capítulo que são aprofundados em outros momentos serão aqui apenas mencionados e brevemente explicados, o que não quer dizer que sua importância seja menor. Os núcleos dos nervos cranianos são melhor explicados no capítulo relacionado aos nervos cranianos. Bulbo O bulbo (ou medula oblonga) é a primeira estrutura de baixo do tronco encefálico, continuando-se inferiormente com a porção cervical da medula espinhal. Considera-se como ponto divisório entre o bulbo e a medula o forame magno, o grande buraco visto na parte inferior do crânio. Apesar de os dois formarem uma estrutura contínua, acima do forame magno (isto é, dentro do crânio) temos o bulbo e abaixo dele (dentro da coluna vertebral) a medula. Mas não se esqueça que, muito embora eles sejam de fato contínuos, e muito embora muitas das estruturas da medula continuem de fato presentes no bulbo, os dois possuem algumas características distintas. Superiormente o Capítulo 7 – Tronco Encefálico 2 bulbo é separado da ponte por um sulco que forma um contorno bem visível entre os dois na vista anterior do tronco, o sulco bulbo-pontino. Existem dois pares de sulcos que dividem o bulbo em três regiões: o sulco lateral anterior (um de cada lado) demarca a área anterior (ou ventral) do bulbo; a região entre o sulco lateral anterior e o sulco lateral posterior é a área lateral; e, por fim, a região entre os dois sulcos laterais posteriores é a área posterior (ou dorsal). Na área anterior do bulbo vemos um sulco que o corta pela metade em toda sua extensão, chamado fissura mediana anterior (continuação da fissura de mesmo nome vista na medula), terminando superiormente no forame cego. De cada lado dessa fissura vemos uma elevação, as pirâmides. Existe uma porção interrompida da fissura (uma área em que a depressão não é vista), a decussação das pirâmides. Lembre-se que pelas pirâmides passam os tratos córtico-espinhais originados em M1 no córtex cerebral, e que uma parte dessas fibras se cruza na decussação das pirâmides e desce a medula pelo funículo lateral oposto (trato córtico-espinhal lateral), enquanto a outra parte segue direto pela pirâmide para acabar percorrendo o funículo anterior do mesmo lado (trato córtico-espinhal anterior). Das bordas do sulco lateral anterior emerge o nervo hipoglosso, XII par craniano. Na área lateral do bulbo, posteriormente à emergência do nervo hipoglosso de cada lado, há uma eminência oval chamada oliva. Atrás da oliva, emergindo das bordas do sulco lateral posterior, vemos de cima para baixo os nervos cranianos glossofaríngeo (IX) e vago (X). Até algum tempo defendia-se existir também nesta região a emergência dos filamentos da ―raiz craniana‖ do nervo acessório (XI NC), mas baseando-se em estudos anatômicos recentes (Lachman et al., 2002) alguns autores (Moore et al., 2007) defendem que eles sejam, na verdade, raízes do próprio nervo vago. A área posterior do bulbo possui duas regiões distintas, tendo em vista que a metade superior desta região abriga a parte inferior do IV ventrículo. A metade caudal, ou porção fechada do bulbo, é percorrida internamente por um estreito canal que se continua inferiormente com o canal central da medula. Este canal se abre superiormente para formar o IV ventrículo, na porção aberta do bulbo. As estruturas da porção aberta do bulbo serão discutidas a seguir, no tópico do IV ventrículo; vamos discutir agora a porção fechada da área posterior do bulbo. Há um sulco central dividindo a área posterior do bulbo em duas metades (semelhante à fissura mediana anterior na área anterior), chamado sulco mediano posterior. A área posterior do bulbo é uma continuação do funículo posterior da medula, e portanto vemos aqui a parte final do fascículo grácil (medialmente) e do fascículo cuneiforme (lateralmente), terminados respectivamente no tubérculo grácil e tubérculo cuneiforme, duas eminências que abrigam os núcleos grácil e cuneiforme. Capítulo 7 – Tronco Encefálico 3 Separando o fascículo grácil do cuneiforme está o sulco intermédio posterior, o mesmo visto na medula. A formação reticular é uma estrutura presente em todo o tronco encefálico e que será melhor explicada adiante, mas saiba que a formação reticular do bulbo inclui estruturas de grande importância: o centro vasomotor, o centro respiratório e o centro do vômito estão todos localizados nesta região. Ponte A ponte é a segunda estrutura do tronco encefálico, localizada entre o mesencéfalo e o bulbo. Sua parede posterior é toda parte do assoalho do IV ventrículo, e por isso será discutida no próximo tópico. Comentaremos agora sobre a porção anterolateral da ponte. Cada lateral da ponte é formada por um aglomerado de fibras transversais que formam uma estrutura volumosa, chamada pedúnculo cerebelar médio (também conhecido como braço da ponte), por onde passa boa parte das fibras que se ligam com o cerebelo. O marco divisório entre a ponte e o braço da ponte é o ponto de emergência do nervo trigêmeo (V NC), que apresenta duas raízes diferentes: uma motora (a menor) e uma sensitiva (a maior). Na parte anterior da ponte podemos ver um sulco vertical, chamado sulco basilar por abrigar a artéria basilar, que estudamos quando aprendemos sobre a vascularização do encéfalo. A ponte se limita inferiormente com o bulbo, como já foi comentado, pelo sulco bulbo-pontino (também chamado de sulco pontino inferior). Neste sulco emergem alguns pares de nervos cranianos, de dentro para fora: nervo abducente (VI NC), nervo facial (VII NC) e nervo vestibulococlear (VIII NC). Entre o VII e o VIII NC pode-se ver a emergência de um ramo menor, chamado nervo intermédio, considerado parte do VII NC. A síndrome do ângulo pontocerebelar é uma síndrome clínica que pode apresentar sintomas diversos, por se tratar de uma lesão na região do sulco bulbopontino (onde, como acabamos de ver, vários pares de nervos cranianos estão presentes). Superiormente a ponte se separa do mesencéfalo pelo sulco pontomesencefálico (ou sulco pontino superior), onde é visto o nervo oculomotor (III NC). Capítulo 7 – Tronco Encefálico 4 IV ventrículo Existem quatro cavidades preenchidas por líquor no interior do encéfalo, chamadas ventrículos. Os dois ventrículos laterais ficam no interior do telencéfalo, o III ventrículo fica dentro do diencéfalo e o IV ventrículo fica no tronco encefálico, entre ponte/bulbo e cerebelo. As paredes posteriores de metade do bulbo e de toda a ponte formam o chamado assoalho(como se fosse o chão da pequena câmara) do IV ventrículo, enquanto a parte ventral do cerebelo forma o tecto (como o se fosse o teto). O IV ventrículo se continua superiormente com o aqueduto cerebral (ou aqueduto de Sylvius), um canal que atravessa o mesencéfalo para comunicar o IV com o III ventrículo. Possui ainda três aberturas (duas aberturas laterais e uma abertura mediana) por onde o líquor de seu interior é drenado para o espaço subaracnóideo das meninges, onde irá circular em volta de todo o SNC. Todo ventrículo possui um plexo coróide (ou corióide), estrutura rósea formada por uma junção de três estruturas (pia-máter, células ependimárias – lembra-se das células da neuróglia do SNC? – e vasos sanguíneos). Os plexos coróides de cada ventrículo são os locais onde o líquor é produzido (grave isso, pois é muito importante). O plexo coróide do IV ventrículo fica no véu medular inferior (a metade de baixo do tecto do IV ventrículo). O assoalho do IV ventrículo (também chamado de fossa rombóide) é delimitado inferiormente pelos túberculos dos núcleos grácil e cuneiforme e ínfero-lateralmente pelos pedúnculos cerebelares inferiores (outro local de passagem de fibras para o cerebelo). Súpero-lateralmente é demarcado pelos pedúnculos cerebelares superiores (mesma função dos outros dois pedúnculos cerebelares). Podemos ver, na sua porção central, o chamado sulco mediano (de certa forma uma continuação do sulco mediano posterior da medula e da porção fechada do bulbo), envolto de cada lado por uma elevação chamada eminência medial. Cada eminência medial é delimitada lateralmente pelo sulco limitante, e termina inferiormente em uma estrutura arredondada, o colículo facial. Muito cuidado aqui: o colículo facial é formado por fibras do nervo facial, cuja curvatura é responsável pela formação desta elevação, mas não há nenhum núcleo do nervo facial no colículo facial; há de fato um núcleo presente no colículo facial, mas ele pertence ao nervo abducente (VI NC). Abaixo do colículo facial vemos uma pequena área triangular, o trígono do hipoglosso (onde fica o núcleo do nervo hipoglosso), e ínfero-lateralmente a ela vemos outra pequena área triangular, o trígono do vago (onde fica o núcleo dorsal do vago, de onde partem as fibras parassimpáticas do nervo vago que inervam as vísceras torácicas e abdominais). Podemos ver uma região triangular em cada lateral do IV ventrículo, chamada de área vestibular, que abriga os núcleos do nervo vestibulococlear (quatro núcleos vestibulares e dois Capítulo 7 – Tronco Encefálico 5 cocleares). As fibras que podem ser vistas cruzando transversalmente a área vestibular se chamam estrias medulares do IV ventrículo. O tecto do IV ventrículo é dividido essencialmente em duas metades, o véu medular superior e o véu medular inferior. Como já foi dito, é no véu medular inferior que fica o plexo coróide do IV ventrículo, responsável pela produção de líquor (também chamado líquido encefalorraquidiano, ou ainda líquido cerebroespinhal). Mesencéfalo O mesencéfalo é a parte superior do tronco encefálico, apresentando dentro de si um canal importante para entendermos as divisões anatômicas desta região: o aqueduto cerebral (ou aqueduto de Sylvius, ou aqueduto do mesencéfalo). Como já foi dito, o aqueduto cerebral faz a comunicação entre o III e o IV ventrículos. Mas ele serve também como referência anatômica para o mesencéfalo, separando sua porção posterior (chamada de tecto ou teto do mesencéfalo) da anterior. A parte anterior (ou ventral) do mesencéfalo é chamada de pedúnculo cerebral, e apresenta duas subdivisões: o tegmento do mesencéfalo é a parte posterior, uma estrutura ímpar central (contínua de um lado a outro), mais próxima ao aqueduto cerebral, enquanto a base do pedúnculo é uma estrutura par (isto é, há uma de cada lado) anterior ao tegmento. O tegmento é dividido da base de cada lado pela substância negra, região de neurônios dopaminérgicos vista no estudo dos núcleos da base encefálicos. O núcleo rubro, estrutura par de onde se origina o trato rubro-espinhal das vias descendentes laterais, se localiza no tegmento do mesencéfalo. Existe uma divergência de nomenclatura entre alguns autores sobre as estruturas do mesencéfalo, mas o mais importante é saber quais as principais estruturas vistas nesta região, como será comentado a seguir. Na face posterior do mesencéfalo (isto é, em seu tecto) vemos quatro elevações arredondadas: os dois colículos superiores acima e os dois colículos inferiores abaixo, chamados em conjunto de corpos quadrigêmeos ou placa quadrigêmea. Ambos possuem um braço (braço do colículo superior e braço do colículo inferior), por onde se comunicam com o tálamo. O colículo superior se comunica com o corpo geniculado lateral do tálamo e faz parte da via visual, enquanto o colículo inferior se comunica com o corpo geniculado medial e faz parte da via auditiva. Um pouco acima dos colículos superiores podemos ver uma outra estrutura arredondada, a glândula pineal, mas ela não pertence ao mesencéfalo (ela faz parte do epitálamo, como é estudado acerca do diencéfalo). Logo abaixo do colículo inferior emerge o nervo troclear (IV NC), único nervo craniano a emergir na face posterior do tronco encefálico. A emergência do IV NC marca o limite inferior da face posterior do mesencéfalo, Capítulo 7 – Tronco Encefálico 6 enquanto a comissura posterior (estrutura do epitálamo) marca o limite superior. Na face anterior vemos os dois pedúnculos cerebrais, entre os quais emerge o nervo oculomotor (III NC) na chamada fossa interpeduncular (região entre os pedúnculos cerebrais). Através desta fossa vemos uma região repleta de pequenos furos, a substância perfurada posterior, que serve para a passagem de pequenos vasos. Acima dela podemos ver os corpos mamilares, mas eles já fazem parte do hipotálamo, delimitando ventralmente a divisão entre ele e o mesencéfalo. Formação reticular A formação reticular é uma estrutura intermediária entre substância branca e substância cinzenta, um emaranhado de núcleos e fibras ocupando uma grande área em todo o interior do tronco encefálico. Ela possui diversas funções e muitas conexões com praticamente todo o SNC, sendo em grande parte pouco compreendida até os dias de hoje. Comentaremos aqui apenas o geral sobre seus principais componentes e funções. Sendo mais uma rede de núcleos e fibras do que uma região específica, a formação reticular está presente em vários pontos do tronco encefálico. Existe um conjunto de núcleos na linha mediana chamados núcleos da rafe, compostos por neurônios serotoninérgicos (que empregam a serotonina como neurotransmissor). Um deles, chamado núcleo magno, é fundamental nos mecanismos da dor. Os núcleos da rafe superiores estão ligados ao ciclo sono- vigília e aos estados de alerta (comentados a seguir). O locus ceruleus é um núcleo noradrenérgico (noradrenalina como neurotransmissor) par presente em cada lado da eminência mediana do IV ventrículo. Tanto os núcleos da rafe quanto o locus ceruleus inervam praticamente todo o SNC, modulando a sua excitabilidade global e controlando o nível de consciência do indivíduo. A diferença é que os núcleos da rafe utilizam serotonina, enquanto o locus ceruleus utiliza noradrenalina. Grísea periaquedutal (ou substância cinzenta periaquedutal) é o nome dado ao aglomerado de corpos de neurônios da formação reticular que envolve o aqueduto do mesencéfalo (por isso periaquedutal), também importante na regulação da dor. A formação reticular possui diversos outros núcleos (grupo nuclear lateral,grupo nuclear medial, entre outros), mas o mais importante é saber as funções que eles regulam. Como a formação reticular influencia quase todos os setores do SNC, ela acaba participando de inúmeros mecanismos, mas nos limitaremos aqui a discutir os principais. O controle da atividade elétrica cortical no ciclo sono-vigília é uma função fundamental da formação reticular. O chamado sistema reticular Capítulo 7 – Tronco Encefálico 7 ativador ascendente (SRAA 1 , ou SARA 2 – sistema ativador reticular ascendente) é a parte da formação reticular responsável por ativar o córtex cerebral, causando o despertar do ciclo sono-vigília. Isso acontece tanto pela ligação do SRAA com os núcleos inespecíficos do tálamo quanto pela ligação direta da formação reticular com o córtex cerebral (a formação reticular e o sistema olfatório são os únicos dois sistemas conhecidos que possuem conexões corticais extratalâmicas, ou seja, que se comunicam com o córtex sem passar pelo tálamo). Acredita-se também que regiões da formação reticular bulbar e pontina tenham a capacidade de induzir o sono ativamente, dando à formação reticular uma participação tanto no início quanto no fim do processo de adormecer. Importante observar que lesões da formação reticular com interrupção do SRAA induzem o estado de coma. O controle eferente da sensibilidade é outra função notável da formação reticular. Atenção seletiva é a expressão que resume o significado do poder que o SNC tem de controlar de forma eferente a sensibilidade. É por esse sistema, por exemplo, que podemos reduzir a intensidade de uma sensação dolorosa se conseguirmos focar nossa atenção em outro pensamento. O núcleo magno da rafe e a substância cinzenta periaquedutal são particularmente importantes no caso específico da dor, mas existe controle eferente também para todas as outras modalidades de sensibilidade (visão, audição, etc.). O controle da motricidade somática pela formação reticular é o que estudamos nas vias descendentes motoras, quando vemos que ela dá origem ao trato retículo-espinhal, componente das vias descendentes mediais. Os impulsos do trato retículo-espinhal podem ter origem em três locais diferentes: 1) na própria formação reticular (padrões estereotipados de movimentos, como a locomoção); 2) na área pré-motora do lobo frontal, pela via córtico-retículo- espinhal (por onde seguem comandos da motricidade voluntária dos músculos axiais e apendiculares proximais); e 3) no espinocerebelo, que se comunica com a formação reticular pelos núcleos fastigiais (regulação automática do equilíbrio, tônus muscular e postura, como é estudado no capítulo do cerebelo). A formação reticular participa também da regulação de outros sistemas, exercendo controle sobre o sistema nervoso autônomo (SNA) e controle neuroendócrino. Alguns dos núcleos da formação reticular possuem funções vegetativas específicas, como o controle da respiração do centro respiratório e o controle vasomotor do centro vasomotor. "Ficarei de luto pela morte de mil pessoas, mas nunca celebrarei a morte de uma." — Martin Luther King, ativista político norte-americano do século XX. 1 Não confunda com o sistema renina-angiotensina-aldosterona, também chamado SRAA. 2 Não confunda com a síndrome da angústia respiratória aguda, também chamada SARA. Capítulo 7 – Tronco Encefálico 8 Referências 1. Bear MF, Connors BW, Paradiso MA. Neurociências: Desvendando o Sistema Nervoso. 3rd ed. Porto Alegre: Artmed; 2008. 2. Guyton AC, Hall JE. Tratado de Fisiologia Médica. 11th ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2006. 3. Haines DE. Neurociência Fundamental. 3rd ed. São Paulo: Elsevier; 2006. 4. Kandel ER, Schwartz JH, Jessel TM. Princípios da Neurociência. 4th ed. Barueri: Manole; 2003. 5. Lent R. Cem Bilhões de Neurônios. 1st ed. São Paulo: Atheneu; 2005. 6. Machado ABM. Neuroanatomia Funcional. 2nd ed. São Paulo: Atheneu; 2006. 7. Rubin M, Safdieh JE. Netter Neuroanatomia Essencial. 1st ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2008.
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