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�� Faculdade Maurício de Nassau 2013.1 Curso de Extensão: Fundamentos da Língua Portuguesa para Construção e Interpretação Textual Professor: Gerson Félix � � PRODUÇÃO DE TEXTO – NOÇÕES BÁSICAS Primeiros Passos: Com base em alguns documentos sobre o Enem disponíveis no site do Ministério da Educação e Cultura (www.mwc.gov.br), você pode ir para a prova de redação com plena consciência do que será exigido durante a avaliação. Basta aplicar os conceitos que serão desenvolvidos nos próximos capítulos. Para começar, procure entender os “eixos cognitivos”, comuns a todas as áreas do conhecimento: I- Dominar linguagens: conhecer a norma culta da língua portuguesa e fazer uso das linguagens matemática artística e cientifica e das línguas espanhola e inglesa. II- Compreender fenômenos: construir e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para a compreensão de fenômenos naturais, de processos histórico-geográficos, da produção tecnológica e das manifestações artísticas. III- Enfrentar situações-problema: selecionar, organizar, relacionar e interpretar dados e informações representados de diferentes formas, para tomar as decisões mais adequadas em cada situação. IV- Construir argumentação: relacionar informações, representadas em diferentes formas, e conhecimentos disponíveis em situações concretas, para construir um texto consistente. V- Elaborar propostas: recorrer aos conhecimentos desenvolvidos na escola para a elaboração de propostas de intervenção solidária na realidade, respeitando valores humanos e considerando a diversidade sociocultural. >> Construindo conceitos: Dissertar: “expor algum assunto de modo sistemático, abrangente e profundo, oralmente ou por escrito.” (Houaiss) Argumentar: “apresentar fatos, ideias, razões lógicas, provas etc, que comprovem uma afirmação, uma tese.” (Houaiss) PLANO DE TEXTO: COM COMEÇO, MEIO E FIM Um dos principais problemas enfrentados pelos candidatos na prova de redação é a falta de organização e de planejamento. Antes de colocar sua opinião no papel, leia a questão atentamente, entenda qual é o tema tratado, organiza as várias idéias e faça um questionamento do assunto. Veja as etapas para preparar uma boa dissertação: 1- Leia com atenção: na prova de redação, você vai deparar com a exposição de uma coletânea que pode incluir textos verbais e textos não verbais (ilustrações, fotos e gráficos). Antes de iniciar o texto deve-se fazer uma leitura cuidadosa de todos os textos. 2- Analise: determine quais são os principais elementos, ou subdivisões, que compõem o tema apresentado. Para não se perder sublinhe no texto trechos interessantes ou anote no rascunho. 3- Questione: Elabore um breve um breve questionamento com base nos próprios dados apresentados na prova. Veja o que você já sabe sobre o tema e o que é novidade. 4- Use o conhecimento: anote idéias que lhe vêm à cabeça sobre o tem. Filmes que você viu, livros, conceitos fatos que aprendeu em aulas de geografia, história, filosofia. 5- Escolha seu caminho: Decida qual ponto de vista você pretender defender. Será uma possível solução para o problema apresentado? Ou uma critica ao modo como as pessoas encaram a situação descrita? NÃO BASTA TER BONS ARGUMENTOS. É PRECISO ESCREVER CORRETAMENTE 1- Ortografia Sempre usar norma padrão da língua. 2- Pontuação Ponto: permite o uso de frases curtas, evitando erros como os de concordância verbal. Exemplo: A diversidade é uma característica essencial da sociedade atual. Não é possível ignorá-la. Os governos deveriam dar mais atenção a esse aspecto. Vírgula: é o sinal de pontuação mais empregado. Sua principal função é isolar, graficamente, elementos que já estão isolados pelo sentido. Exemplo: Os países precisam de um acordo comercial, mas nem sequer começaram a negociar. Ponto e vírgula: marca uma pausa maior do que a vírgula. Pode separar orações ou coordenadas ou indicar mudanças de enfoque em um período. Exemplo: Podemos enumerar vários motivos para o aquecimento global, como a emissão de poluentes pela indústria, que causa o efeito estufa; as queimadas nas florestas, que também emitem gases; e vários outros itens. Dois-pontos: servem para anunciar enumerações, esclarecimentos ou citações. Exemplo: O jornal costuma apresentar os grandes temas em duas partes: uma introdução histórica e uma série de reportagens sobre a situação atual. Aspas: servem para indicar citações, gírias e palavras usadas em um sentido incomum. Exemplo: Como dizia minha avó, “o que não tem remédio, remediado está”. Reticências: indicam a incompletude de uma frase, algum suspense, uma idéia não concluída, uma enumeração inacabada. Exemplo: A campanha eleitoral inclui distribuição de panfletos, propaganda na TV, reuniões... Parênteses: introduzem comentários no meio do texto ou complementam dados. Exemplo: As duas reformas (eleitoral e tributária) deveriam ser aprovadas pelo congresso. Travessão: pode indicar a entrada de um interlocutor, mas também intercalar comentários e explicações. Exemplo: As duas reformas – eleitoral e tributária – deveriam ser aprovadas pelo Congresso. Ponto de Interrogação: assinala o fim de uma pergunta. Exemplo: Como combater o problema do desemprego? Ponto de Exclamação: indica o fim de uma frase exclamativa, que expressa admiração. Exemplo: Mas que estranho planejamento econômico este governo anunciou! 3- A construção do Período Para que exista coesão na construção de um texto é necessário o uso dos conectivos corretos. Veja os conectivos mais comuns: Preposições: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre, atrás, durante, afora, menos, salvo, conforme, exceto, como, que, em frente a, perto de, por entre, de acordo com, apesar de, a respeito de, junto de, por cima de, além de. Conjunções: portanto, logo, pois, como, mas, embora, porque, entretanto, nem, quando, ora, à medida que, apesar de, a fim de que, e, contudo, ou, porquanto, se. ESTRUTURA DO TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO A maioria dos manuais de redação recomenda a seguinte divisão estrutural para os textos dissertativos. Trata-se de uma espécie de “receita”, que funciona muito bem quando o tempo é pouco como numa prova de vestibular: - Apresentação: expor o tema proposto e a sua posição (tese) sobre este (1º ou 1º e 2º parágrafos) - Desenvolvimento: argumentar para defender sua posição/tese (fatos, dados, citação a historiadores, escritores ou qualquer referência sobre o assunto) (2º e 3º ou 3º e 4º ou 3º, 4º e 5º parágrafos) - Desfecho/Conclusão: retomar a posição inicial, apresentar soluções para o problema em questão e concluir o texto (último(s) parágrafo(s). AMARRE SUAS IDEIAS 1. Coesão e Coerência A coesão trata das ligações formais entre as várias partes do texto. Ex.: “As políticas de segurança pública prevêem medidas para a próxima década, mas o cidadão espera uma proteção imediata”. De nada adianta usar os conectivos gramaticais se as relações entre as idéias concatenadas não fizerem sentido. Ex.: “Para me inscrever no concurso, não precisei de nenhum documento, pois a atendente só pediu meu cartão de identidade.” 2. Construção de parágrafo Normalmente esse tipo de parágrafo se estrutura em torno de uma tese, apresentada em uma introdução, desenvolvida por argumentos e reforçada por uma conclusão. É necessário empregar com freqüência orações causais (introduzidas pelas conjunções porque ou visto que, por exemplo) e orações conclusivas (introduzidas pelas conjunções portanto, logo etc.) 3. Encadeamento das idéias A função do parágrafo no texto é separa as idéias em blocos, para que as várias etapas da redação fiquem destacadas de modo bem claro, facilitando a leitura. Na dissertação o procedimento mais comum e recomendável é estruturar os blocos do seguinte modo: 1º parágrafo: introdução.2º e 3º parágrafos (ou mais): desenvolvimento do tema com argumentos. Último parágrafo: retomada da tese inicial e conclusão. Exemplo de parágrafo bem estruturado Os golpes de Estado são uma afronta à democracia. Um golpe ocorre quando um presidente eleito legalmente nas urnas é retirado à força do cargo. Quem ocupa a Presidência em seu lugar não foi escolhido pelos eleitores. Portanto, o golpe derruba uma das maiores premissas da democracia: a representatividade. TRANSFORME SUAS IDEIAS EM PALAVRAS Riqueza de vocabulário não tem a ver com palavras difíceis; Use o que aprendeu; Enriqueça; Fale apenas do que sabe. O Vocabulário da Atualidade TEMA VOCABULÁRIO Sustentabilidade Uso sustentável dos recursos naturais, reciclagem, ecologicamente correto, economicamente viável Chuvas Mau planejamento urbano, ocupação de áreas de risco, deslizamento, alagamento, erosão, assoreamento Era Lula (2003-2010) Melhoras sociais, “mensalão”, bolsa família, fome zero, crise econômica mundial, sucessão presidencial Copa 2014 e olimpíadas 2016 Infraestrutura urbana (transporte, saneamento), ampliação da rede hoteleira, aquecimento do mercado interno Epidemia de crack Dependência química, saúde pública, evasão escolar, criminalidade, prostituição Aborto Descriminalização, plebiscito, livre escolha da mulher, saúde pública Educação Evolução, retrocessso, descuido das autoridades, desrespeito com os educadores. A GERAÇÃO TOLERÂNCIA Jovens brasileiros começam a derrubar o preconceito contra os homossexuais, e nunca foi tão natural ser diferente quanto agora. Por: Silvia Rogar e Marcelo Bortolotti Apresentar boletim escolar com notas ruins, bater o carro novo da casa, arrumar inimizade com o vizinho já são situações difíceis de enfrentar diante do tribunal familiar, com aquela atemorizante combinação de intimidade com autoridade dos pais. Imagine parar ali diante deles e dizer a frase: “Eu sou gay”. Não é fácil para quem fala, menos ainda para quem ouve. As mães se assustam, mas logo o amor materno supera a novidade. A orientação sexual ainda é e vai ser por muito tempo uma questão complexa e tensa no seio das famílias. Isso muda lentamente. O que mudou muito rapidamente, orem, foi a maneira como a homossexualidade é encarada por adolescentes e jovens no Brasil. Declarar-se gay em uma turma ou no colégio de uma grande cidade brasileira deixou de ser uma condenação ao banimento ou às gozações eternas. A rapaziada está imprimindo um alto grau de tolerância a suas relações, a um ponto em que nada é mais feio do que demonstrar preconceito contra pessoas de raças, religiões ou orientações sexuais diferentes das da maioria. Esses meninos e meninas estão desfrutando uma convivência mais leve justamente em uma fase da vida de muitas incertezas, quando a aceitação pelos pares é decisiva para a saúde emocional e mental. Isso é um avanço notável. Por essa razão, talvez, a idade em que um jovem acredita que definiu sua preferência sexual tem caído. Uma pesquisa feita pelas universidades estaduais do Rio de Janeiro (Uerj) e de Campinas (Unicamp) tem os números: aos 18 anos, 95% dos jovens gays já se declararam como tais. A maior parte, aos 16. Na geração exatamente anterior, a revelação publica da homossexualidade ocorria em torno dos 21 anos, de acordo com a maior compilação de estudos já feita sobre o assunto. O peso de sair do armário já não existe para os jovens gays do Ocidente: tornou-se natural. A idade precoce com que os jovens estão assumindo sua orientação sexual chama a atenção. Isso acontece porque, hoje, a homossexualidade está longe de ter a conotação negativa de tantos outros períodos da história. Durante as trevas da Inquisição, arremessavam-se os gays à fogueira. Na Inglaterra do século 19, eles eram considerados nada menos que criminosos. Em 1895, num dos mais famosos julgamentos de todos os tempos, o escritor irlandês Oscar Wilde, homossexual assumido, foi acusado de sodomia e comportamento indecente. Penou dois anos na prisão. Num cenário inteiramente diferente, os novos gays não precisam mais passar por esse tormento. Na parada gay de São Paulo, a maior do mundo, grande parte dos participantes deixa a militância de lado e vai ao evento anual apenas para se divertir e paquerar. Os homossexuais mais jovens simplesmente deixaram de se entender como um grupo. São, sim, gays, mas essa é apenas uma de suas inúmeras singularidade – e não aquela que os define no mundo, como antes. (Veja, 12/05/2010. Adaptado) 1- Qual é o tema abordado no texto? 2- Os autores expressam uma visão negativa ou positiva do tema? Destaque um trecho que corrobore sua resposta. 3- Enumere algumas idéias que os autores usaram para embasar sua visão do tema. Como elas são reforçadas ao logo do texto? QUESTÕES SOBRE A REDAÇÃO (DISSERTAÇÃO) 1- Assinale a alternativa que contém um trecho de dissertação: a) Comerciais exibidos na televisão recorrem a estereótipos para criar a sensação de desejo no inconsciente do telespectador. b) Tânia foi a pessoa mais doce e sensata que conheci, era linda por dentro e por fora. c) Às seis da manhã, ouvimos um barulho na garagem, e corremos até lá para ver o que tinha acontecido... d) Dimas tinha a pele clara, olhos claros, lábios finos e trazia em seu rosto uma cicatriz. e) Ontem ele chegou cedo, ficou ali, escondido até sua namorada chegar. 2- Qual das alternativas abaixo melhor conceitua TEMA: a) Frase sem verbo. b) Expressão longa e com foco narrativo c) É uma expressão curta e sem detalhes. d) Uma afirmação sobre um assunto. e) Um tipo de título geral. 3- Dentre as expressões abaixo, marque a que for título: a) A era digital está apenas começando b) Vive-se a era da tecnologia c) Ações para uma sociedade mais justa d) Droga é uma droga e) Pedofilia é uma vergonha 4- A dissertação nada mais é que: a) Um texto de opinião sobre um assunto atual. b) Uma crítica baseada em suposições. c) Um texto figurativo e longo. d) Um texto informativo e completamente imparcial. e) Um texto jornalístico com frases de efeito. 5- Sobre a linguagem da Dissertação é correto afirmar que se têm todas as características abaixo, exceto: a) impessoalidade, coerência, clareza b) coerência, clareza, objetividade c) objetividade, sentimentalismo, clareza d) objetividade, clareza, coesão e) coesão, coerência, objetividade. 6- Em uma Dissertação não se pode ter: a) visão objetiva da realidade b) impessoalidade c) fatos que sejam de domínio público d) visão subjetiva dos fatos abordados e) abordagem imparcial dos fatos. 7- Coerência é: a) obscuridade de pensamentos b) contradição de ideias c) repetição de palavras d) clareza e lógica de ideias e) ligação de palavras num texto 8- Todos são fatores coesivos, EXCETO: a) sinônimos b) conjunção c) pronomes d) adjetivos e) n.d.a 9- Para um texto ser coerente é preciso ter os seguintes fatores, EXCETO: a) manter um tema b) não ser contraditório c) trazer sempre uma informação nova d) manter uma ordem sequencial dos fatos e) ter oposição (contrastes) de pensamentos defendidos no texto. 10- Observe o seguinte período: “Havia um menino muito magro que vendia amendoins numa esquina de uma das avenidas de São Paulo. Ele era tão fraquinho, que mal podia carregar a cesta em que estavam os pacotinhos de amendoim. Um dia, na esquina em que ele ficava, um motorista, que vinha em alta velocidade, perdeu a direção. O carro capotou e ficou de rodas para o ar. O menino não pensou duas vezes. Correu para o carro e tirou de lá o motorista, que era um homem corpulento. Carregou-o até a calçada, parou um carro e levou o homem para o hospital. Assim salvou-lhe a vida.” Neste exemplo podemos dizer que há: a) apenas coerência b) falta de coesão e de coerênciac) coesão e coerência d) incoerência e) argumentação 11- Observe o período abaixo: “No cinema, no teatro, não converse. Não mexa demais a cabeça, não fique aos beijos. Cuidado com o barulho do papel de bala, do saco de pipocas. Não os jogue no chão, quando acabar. Se o seu vizinho estiver fazendo tudo isso e incomodando, seja discreto. Peça que interrompam a sessão e acendam as luzes a fim de inibir o transgressor.” Com base no texto acima, o autor foi: a) claro e coerente b) contraditório (incoerente) c) persuasivo d) coeso e coerente e) n.d.a 12- Observe o seguinte tema: “Os programas televisivos como as novelas e os reality show’s estão modificando a forma de pensar da maioria dos telespectadores brasileiros, além de influenciar, muitas vezes, negativamente a vida social.” Para ele poderíamos construir alguns argumentos. Todos abaixo podem ser bons argumentos para o tema acima, exceto: a) As pessoas têm se deixado tratarem-se como ‘marionetes’ nas mãos de alguns programas da TV. Não têm tido opinião própria. b) A maior parte dessa influência é encontrada nos jovens, com exclusividades para as meninas, que se deixam levar pela moda ou por determinadas atitudes da personagem principal. c) Muitos desses programas têm um teor educacional concreto e funcional, facilitando, assim, o ensino de determinados comportamentos para quem assiste a tais programações. d) Quem se prende a assistir a tais programas acaba se deixando levar por fatos infundados que, muitas vezes, distorcem bastante a realidade da maioria dos telespectadores. e) n.d.a 13- Observe o seguinte fragmento de texto: “A tecnologia faz parte, atualmente, de todas as pessoas citadinas, embora algumas ainda não tenham se despertado para essa nova Era. Com a tecnologia, podemos interagir mais com as pessoas, inclusive de outros países; viajar o mundo a fora sem sair de casa; descobrir novos horizontes e por que não dizer: encontrar um grande amor? A tecnologia tem invadido a vida humana desenfreadamente” (Leonardo Veras) Com base neste pequeno fragmento, podemos pôr como título as sugestões abaixo, exceto: a) “Modernidade inevitável”. b) “Avanço tecnológico: um bem para todos”. c) “A tecnologia ao seu favor”. d) “Mudanças cibernéticas”. e) “Atrofiamento da mente”. 14- Apenas uma alternativa está correta com relação ao título de uma dissertação. Marque-a: a) deve conter até 07 palavras; centralizado. b) uso de verbos é obrigatório; pontuação obrigatória. c) citações e pontuação são aceitas d) letras de fôrma; centralizado. e) deve ter as mesmas palavras do tema; verbo obrigatório. 15- Encontre três argumentos (desenvolvidos) para o seguinte tema: “Os programas televisivos como as novelas e os reality show’s estão modificando a forma de pensar da maioria dos telespectadores brasileiros, além de influenciar, muitas vezes, negativamente a vida social.” 1. _________________________________________________________________________________________________________________________________ 2. _________________________________________________________________________________________________________________________________ 3. _________________________________________________________________________________________________________________________________ 16- Desenvolva um pequeno texto para o seguinte título: “A funcionalidade da tecnologia”. ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 17- Quais as principais ‘regras’ para se fazer um bom título de redação? _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 18- Diga o defeito de linguagem predominante nos exemplos a seguir: a) Aquele cara é um babacão! b) Então, o Clemente, corajosamente, enfrentou o valente tenente. c) Vou repetir outra vez para você. d) Vc é muito corajoso prq fez isso td c/ a sua amiga. 19- Sabemos que num texto não se pode haver abreviação (diminuição das palavras). Reescreva o seguinte período consertando as abreviações existentes nele: “Meu prof.º de Redação me disse q/ ñ devemos usar gírias em um texto p/ q/ ele ñ fk feio. Devemos evitar tb palavras repetidas no msm parág. Temos q/ evitar abrev!” __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 20- Reescreva o seguinte período, reformulando o que for necessário para que a linguagem fique de acordo com a norma culta: “Fui pruma festa muito maneira. Lá encontrei meus migos e uma mina muito massa. Nós estamos ficando agora. Foi muito irada aquela noite doideira. O pancadão rolou solto. Todos estavam pirando a noite toda.” ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ A Interpretação Textual nos Concursos TEXTO I Para responder às questões de nº 01 a 10, leia o fragmento do texto a seguir, intitulado “Albertine Disparue”, de autoria de Fernando Sabino: Chamava-se Albertina, mas era a própria Nega Fulô: pretinha, retorcida, encabulada. No primeiro dia me perguntou o que eu queria para o jantar: Qualquer coisa — respondi. Lançou-me um olhar patético e desencorajado. Resolvi dar-lhe algumas instruções: mostrei-lhe as coisas na cozinha, dei-lhe dinheiro para as compras, pedi que tomasse nota de tudo que gastasse. Você sabe escrever? Sei sim senhor — balbuciou ela. Veja se tem um lápis aí na gaveta. Não tem não senhor. Como não tem? Pus um lápis aí agora mesmo! Ela abaixou a cabeça, levou um dedo à boca, ficou pensando. O que é lapisai? — perguntou finalmente. Resolvi que já era tarde para esperar que ela fizesse o jantar. Comeria fora naquela noite. — Amanhã você começa — concluí. — Hoje não precisa fazer nada. Então ela se trancou no quarto e só apareceu no dia seguinte. No dia seguinte não havia água nem para lavar o rosto. — O homem lá da porta veio aqui avisar que ia faltar — disse ela, olhando-me interrogativamente. — Por que você não encheu a banheira, as panelas, tudo isso aí? — Era para encher? — Era. 1. Julgue as afirmativas a seguir, que se referem ao fragmento textual intitulado “Albertine Disparue”: I- Albertina, de acordo com o texto, não possui formação acadêmica privilegiada; II- Nega Fulô é uma personagem que protagoniza o fragmento de texto; � III- Albertina é negra e bastante encabulada. � Está(ao) correto(s) o(s) item(ns): a) I, II e III. b) I e II. c) I e III. d) II e III. e) I. 2. Pelas características do texto, pode-se dizer que se trata de: a) Um poema. b) Uma crônica. c) Um drama. d) Um ensaio. e) Uma entrevista. 3. Em “o que eu queria para o jantar”, o termo destacado no plano morfológico atua, observando-se minuciosamente o contexto, como: a) Pronome demonstrativo. b) Pronome oblíquo. c) Artigo. d) Pronome indefinido. e) Preposição. 4. A expressão “lapisai” foi morfologicamentetransformada em: a) Verbo. b) Substantivo. c) Adjetivo. d) Advérbio. e) Pronome. 5. A presença de muitos travessões no texto dá-se em razão presença de: a) Discurso indireto. b) Discurso indireto livre. c) Discurso direto. d) Não haver diálogo entre as personagens. e) O texto ser quase que inteiramente composto de frases interrogativas. 6. O período “Ela abaixou a cabeça, levou um dedo à boca, ficou pensando” pode ser classificado como: a) Simples. b) Composto por coordenação. c) Composto por subordinação. d) Composto por coordenação e subordinação. e) Não é período, trata-se de frase nominal. 7. Em “Ela abaixou a cabeça”, se o verbo destacada fosse substituído pelo verbo “baixar”, observando-se rigorosamente a norma culta, haveria falha de: a) Concordância nominal. b) Concordância verbal. c) Emprego do acento indicativo de crase. d) Regência nominal. e) Regência verbal. 8. A repetição do termo “aí” em diversas passagens do texto indica claramente que predomina o tom: a) Formal. b) Erudito. c) Respeitoso. d) Coloquial. e) Técnico. 9. O termo “Aí”, que se repete diversas vezes no texto, recebe acentuação gráfica por razões similares às do termo: a) Fulô. b) Lápis. c) Já. d) Concluí. e) Água. 10. Em “levou um dedo à boca” (linha 14), o uso do acento indicativo de crase dá-se em razão de: a) Boca ser locução prepositiva feminina. b) Boca ser locução conjuntiva feminina. c) Exigência da regência verbal. d) Exigência da concordância verbal. e) Exigência da colocação pronominal. Considere a charge abaixo e, em s seguida, assinale a alternativa correta: � � 29. O relato da história se passa (A) em um escritório. (B) na casa do estagiário. (C) em um consultório. (D) em um centro empresarial. (E) em uma empresa de telemarketing. 30. O ponto em comum entre o texto do blog e a charge é (A) o comportamento do estagiário em relação à internet e a referência da autora à existência de malucos que habitam a internet. (B) o interesse por parte da autora do texto e do estagiário pelo site de relacionamentos Orkut. (C) a preocupação de ambos com os perigos da internet. (D) a necessidade de ajuda médica por parte da autora do texto e do estagiário. (E) a interlocução que ambos estabelecem com os leitores. TEXTO E se... Cuba abandonasse o comunismo? A ilha teria grandes chances de virar o país que mais cresce no mundo, com uma população até mais rica que a dos EUA. Não é fantasia: o motor desse milagre econômico, a princípio, já existe. Em outubro de 2008, o país declarou ter descoberto reservas de petróleo equivalentes a 20 bilhões de barris nas águas ao norte do país. Isso dá mais ou menos um quinto da quantidade de óleo da nossa camada pré-sal – mas isso num país com população menor que a da Grande São Paulo (11,5 milhões de habitantes). Claro que essas reservas também poderiam enriquecer a Cuba comunista. Mas se a ilha abolisse a ditadura e abraçasse o capitalismo, a bonança viria mais rápido e poderia gerar um efeito cascata na economia. Primeiro porque mais mudança assim acabaria com o bloqueio comercial dos EUA. Sem esse obstáculo, os cubanos teriam como importar tecnologia americana para explorar suas reservas (coisa que todos os produtores de petróleo fazem). E mais importante: os EUA importam 10 milhões de barris de petróleo por dia, quase tudo do Oriente Médio. Mas Cuba, lembre-se, fica ali ao lado, a 160 quilômetros de distância da Flórida. Bastaria, então, fazer oleodutos ligando a ilha ao território americano para que os EUA pudessem comprar óleo dos cubanos sem gastar quase nada em transporte. Agora junte os bilhões de dólares do petróleo a um mercado imobiliário virgem – Fidel, afinal, confiscou a propriedade privada em 1959 e esses imóveis e terras teriam de voltar a seus antigos donos (ou a seus descendentes). Estima-se que o valor de tudo isso seja US$ 50 bilhões. Mas seria só o começo. Esse monte de imóveis, terras e terrenos fariam nascer um mercado. Por exemplo: a grana do petróleo valorizaria os imóveis, já que vai ter muita gente com dinheiro para comprá-los. Imóveis valorizados fomentam a construção civil, pois novos prédios dão mais lucro em mercados aquecidos (é o que aconteceu na China e na Índia). E a construção geraria empregos. Com mais empregos, mais consumo. Mais consumo, mais produção. Mais produção, mais empregos. E a roda da economia giraria para valer. Bom, quando viesse a primeira crise, Fidel ficaria rindo no caixão. Mas aí é outra história... (Fonte: Revista Super Interessante [online] – fragmento adaptado. Disponível em: http://super.abril.com.br/revista/265/materia_revista_467901.shtml?pagina=1) 31. E se Cuba abandonasse o comunismo? Assinale a inferência não contemplada pelo texto quando ele tenta responder a essa pergunta. (A) Cuba e Estados Unidos seriam parceiros comerciais. (B) Cuba descobriria reservas de petróleo maiores do que a encontrada na camada pré-sal brasileira, o que “ressuscitaria” sua economia. (C) Cuba devolveria terras e imóveis confiscados, o que estimularia o mercado imobiliário. (D) Cuba teria mais empregos e a população consumiria mais. (E) Cuba poderia ser o país com maior índice de crescimento econômico no mundo. 32. Considerando argumento como um procedimento linguístico que visa a persuadir, a fazer o leitor aceitar o que lhe foi comunicado, levá-lo a crer no que foi dito ou fazer o que foi proposto, temos as seguintes estratégias: I. uso de citação de autores renomados e autoridades num certo domínio do saber para corroborar um ponto de vista. II. uso de proposições dadas como evidentes por si ou universalmente aceitas, para efeitos de argumentação. III. uso de argumentos baseados em provas ou fatos concretos para embasar julgamentos e pontos de vista. IV. uso de elementos característicos da interação oral, tais como verbos no imperativo e termos de referência temporal e espacial para estabelecer um diálogo ou dar idéia de proximidade entre autor e leitor. No texto, podemos identificar a presença das estratégias: (A) I e II. (B) II e III. (C) III e IV. (D) II, III e IV. (E) I, II e III. Exercícios de interpretação com charges 1) Veja a charge abaixo e diga o que você sabe sobre o assunto tratado na mesma. Para facilitar seutrabalho, escreva pequenos períodos (frases) respondendo as perguntas: Sobre o que ela fala? É um problema atual? Como ele afeta sua vida? Há solução para o problema? �� ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 2. Faça o mesmo agora com a charge abaixo. Após ver a imagem, responda em forma de texto as perguntas: Sobre o que ela fala? É um problema atual? Você lembra de algum exemplo relacionado ao assunto? Há solução para o problema? �� ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ O Que podemos compreender da charge abaixo, discorra sobre a temática nela discutida. ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO 1- Nos itens que seguem, identifique se, nos trechos grifados, houve denotação ou conotação. Onde houver conotação, reescreva o trecho em linguagem denotativo, fazendo as adaptações. a) o pai de Maria sempre está de cara amarrada. b) ande sempre na linha. c) usava linha branca para coser os vestidos. d) fiquei de cara no chão quando meu paletó rasgou. e) quem é o cabeça da rebelião? f) estou com dor de cabeça. g) se você continuar agindo assim, vai entrar pelo cano. h) os insetos entraram na cozinha pelo cano. i) na guerra, as aeronaves ianques sempre estão grávidas de bombas. j) não fique isolado, pois você não é uma ilha. k) aquela era uma ilha onde costumava passar minhas férias. l) não esquente a cabeça, que seus problemas serão resolvidos. m) quando passar por dificuldades, levante a cabeça. n) levante a cabeça quando arremessar a bola. o) por causa de meus constantes atrasos, meu chefe estava uma pilha comigo. 2- Nos trechos a seguir, predomina a linguagem conotativa. Reescreva-os, fazendo predominar a linguagem denotativa. a) sua atitude foi um prato cheio para um quebra-pau. b) você esquenta a cabeça muito fácil! c) seja cabeça fria, que o problema será resolvido! d) seus filhos não lhe dão ouvidos? e) seus amigos nunca lhe darão as costas; f) tudo que o réu declarou ser verdade não tem pé nem cabeça. 3- A partir das palavras dadas, forme pares de orações: uma com sentido denotativo; outra com sentido conotativo. a) azedo D- C- b) varrer D- C- 4- (MP-SP) Assinale a alternativa em que a palavra destacada está empregada em sentido CONOTATIVO. a) A história colonial brasileira durou séculos. b) Foi no século passado que aconteceram as Grandes Guerras. c) Um século tem cem anos. d) Já estamos no século XXI. e) Há séculos ele vem querendo entrar na faculdade. 5- (Saae – Sorocaba-SP) Leia o trecho a seguir, colocado sobre a pia do banheiro de uma escola. Uso racional de água Vai colaborar Ou Vai lavar as mãos? Água. Usando bem, ninguém fica sem. Há sentido próprio e figurado, ao mesmo tempo, apenas em: a) I b) II c) III d) II e III e) III e IV 6- (UEL-PR) Está usada em sentido DENOTATIVO a palavra destacada em: a) Embriagava-se daquela paisagem de intensas cores e cheiros. b) a cauda batendo com violência na anca, o animal se aproximava garbosamente. c) Era a brisa do amanhecer que lhe afagava no peito uma tênue esperança. d) A menção à sua beleza e encantos próprios iluminou-se o sorriso. e) A freada fez o pneu assobiar no asfalto, mas nada houve além disso. Exercícios de Interpretação Textual Instruções para as questões de números 1 a 6. Cada um dos períodos abaixo foi redigidos de cinco formas diferentes. Leia-os todos com a tenção e selecione a letra que corresponde ao período que tem melhor redação, considerando correção, clareza, concisão , elegância. 01 - (SJRP-JUNDIAÍ) a) Um sentimento pungente me dominava, abafando uma vaga, uma imprecisa sensação de sarcasmo. b) Eu sentia duas coisas: uma imprecisa sensação de sarcasmo e um sentimento pungente que, ao dominar-me, abafava o mesmo. c) Uma imprecisa e vaga sensação sarcástica me abafava a pungência que me dominava. d) O sarcasmo impreciso e vago era abafado pelo sentimento que eu sentia, pungente dentro de mim. e)Tão pungente que era, denominava-me um sentimento que abafava a sensação de sarcasmo, por sua vez, vaga e imprecisa. 02 - (SJRP-JUNDIAÍ) a)A pouco a pouco, eis que vão desaparecendo do nosso litoral do Ceará as dunas, que restavam como derradeiro recurso natural doa últimos que o homem não tocou. b)As constas Cearenses estão perdendo aos poucos as dunas, que o homem deixou em último lugar, dos recursos naturais que ele mesmo vai destruindo. c)As dunas que representam um dos últimos recursos naturais intocados pelo homem, estão desaparecendo pouco a pouco da costa cearense. d)No Ceará, vão sumindo pouco por pouco os recursos naturais de que as dunas são um deles, mas o homem vai pondo a perder, o litoral e)Por obra do homem, os recursos naturais entre os quais as dunas da costa do Ceará, vão sendo destruídas aos poucos. 03 - (SJRP-JUNDIAÍ) a)A política externa americana, depois da guerra, precisa fornecer aos seus presidentes um triunfo ribombante, para que em política interna os mesmos criem uma boa imagem de si. b)As imagens dos presidentes americanos, como se viu depois da guerra, só ficam boas internamente quando um sucesso enorme externamente contribui para tal melhoria. c)Após a guerra, o exemplo que se vê é esse, que todos os presidentes americanos melhorem sua imagem interna às custas de uma política externa capaz de fazê-lo. d)Em termos de imagem interna, sucede aos presidentes americanos que, no período de pós-guerra, só uma política externa favorável consegue melhorar a mesma. e)A julgar pelos exemplos de pós-guerra, todo presidente americano precisa de um triunfo retumbante em política externa para firmar a sua imagem no plano interno 04 - (SJRP-JUNDIAÍ) a)Empurradas por ventos de mais de 60 quilômetros horários, as dunas, em alguns trechos, chegaram a avançar até 300 metros. b)Os ventos, de até mais de 60 quilômetros por hora, empurraram as dunas, avançando-as em certos pontos de até 300 metros. c)As dunas que são empurradas por ventos que ultrapassam 60 quilômetros à hora , ocuparam trechos que avançam até 300 metros. d)A velocidade de mais de 60 quilômetros à hora imprimem um impulso nas dunas em alguns trechos, cobrindo uma faixa de até 300 metros, devido ao vento. e)Cerca de 300 metros de certos trechos, foram cobertos pelas dunas que avançavam; tendo sido empurradas pelo vento de mais de 60 quilômetros horários. 05 - (SJRP-JUNDIAÍ) a)Impossível dizer, no que tange ao atual movimento poético, a extensão e sua persistência. b)A persistência e extensão do movimento poético da atualidade é impossível determinar. c)É impossível determiná-los, com relação à persistência e extensão do movimento poético contemporâneo. d)Não é possível determinar nem a extensão nem a persistência do atual movimento poético. e)É impossível determinar a extensão como a persistência da atualidade da poesia que nele se faz. 06 - (SJRP-JUNDIAÍ) a)Esta presente geração hodierna, se guardar o entusiasmo, terá o futuro em suas mãos. b)Na mão do jovem está o futuro, senão afrouxar seu entusiasmo. c)Contando que lhe não afrouxe o entusiasmo, a geração atual tem nas mãos o futuro. d)Se não lhe afrouxar o entusiasmo, o futuro pertence à mão do jovem atual. e)Guardando o entusiasmo, será esta a condição par que a geração atual tenha ao futuro nas mãos. Instruções para as questões de número 7 a 10. Essas questões referem-se à compreensão de leitura. Leia atentamente cada uma delas e assinale a alternativa que esteja de acordo com o texto. Baseie-se exclusivamente nas informações nele contidas. 07 - (UEMT-LONDRINA) “Não muito remota é a conquista pedagógica que consiste na interpretação psicológica da criança como criança, e não como adulto em miniatura. Até então, a criança tinha sido considerada do ponto de vista do adulto, olhada como um adulto ante um binóculo invertido; aquilo que fosse útil ao inútil par o adulto, igualmente o seria, guardadas as devidas proporções para a criança.” Segundo o texto: a)O comportamento da criança é a uma antecipação do comportamento do adulto. b)Atualmente, a pedagogia considera a criança um ser qualitativamente diferenciado do adulto. c)A pedagogia moderna, para interpretar o comportamento do adulto, tem que reportar-se à infância. d)Para a corrente pedagógica moderna, a não ser por uma questão de grau, a motivação intrínseca da criança é a mesma que a do adulto. e) O comportamento humano é explicado por fatores que são os mesmo tanto para criança quanto para o adulto. 08 - (UEMT-LONDRINA) “Para vendermos produtos, mesmos mais baratos, os salários das classes mais baixas precisariam ser maiores.” Conclui-se do texto que: a)As classe pobres podem comprar apenas os produtos cujo preço foi sensivelmente reduzidos. b)O fato de os salários serem baixos induz as classes pobres à indiferença diante de suas necessidade do consumo.. c)As calasses pobres, em face de seus baixos vencimentos, não se importam com a qualidade dos produtos que consomem. d)As classes pobres se endividam demasiadamente, já que, por força dos baixos salários que recebem, têm poder aquisitivo muito reduzido. e)A redução do preço dos produtos não é suficiente para colocá-los ao alcance dos salários das classes mais baixas. 09 - (UEMT-LONDRINA) “A idéia de que diariamente, cada hora, a cada minuto e em cada lugar se realizam milhares de ações que me teriam profundamente interessado, de que eu deveria certamente tomar conhecimento e que, entretanto, jamais me serão comunicadas – basta par tirar o sabor a todas as perspectivas de ação que encontro a minha frente. O pouco que eu pudesse obter não compensaria jamais esse infinito perdido.” De acordo com o texto , para o autor: a)a consciência da impossibilidade de participar de todos os acontecimentos diminui a importância de seus atos. b)O interesse que o indivíduo manifesta em participar dos acontecimentos é maior que sua capacidade par dirigi-los. c)O mundo ganha valia com o conjunto das ações humanas, mas destrói o sabor que a vida possa, individualmente, oferecer aos homens. d)O mundo não se resolve nos gestos individuais, mas resulta do conjunto da ação harmoniosa dos indivíduos. e)A impotência de participar dos acontecimentos de seu tempo traz, como conseqüência, o descaso pela ação humana. 10 - (UEMT-LONDRINA) “Um dia desta semana, farto de vendavais, naufrágios, boatos, mentiras, polêmicas, farto de ver como se descompõem os homens, acionistas e diretores, importadores e industriais, farto de mim, de ti, de todos, de um tumulto sem vida, de um silêncio sem quietação, peguei de uma página de anúncios (...)". Dizendo-se farto "de um tumulto sem vida, de um silêncio sem quietação”, o cronista permite-nos concluir que ele vê o mundo como: a)incompreensível b)contraditório c)autoritário d)Indiferente e)Inatingível ELABORE UMA DISSERTAÇÃO CONSIDERANDO AS IDEIAS A SEGUIR: O fim do mundo em 2012 Os planetas, as estrelas, o calendário maia e, é claro, uma superprodução de Hollywood reavivam a ideia aterrorizante do apocalipse e levantam uma questão: por que continuamos a acreditar em profecias finalistas apesar de todas elas terem fracassado redondamente? (...) No inventário dos fracassos humanos, talvez não haja aposta tão malsucedida quanto a de marcar data para o fim do mundo. Falhou 100% das vezes, mas continua a se espalhar, resistindo ao tempo, à razão e à ciência. As tentativas de explicar esse fenômeno são uma viagem fascinante pela alma, pela psique, pelo cérebro humano. Uma das explicações está no fato de que o nosso cérebro é uma máquina programada para extrair sentido do mundo. Assim, somos levados a atribuir ordem e significado às coisas, mesmo onde tudo é casual e fortuito. As constelações no céu, por exemplo, são uma criação mental para organizar o caos estelar. (...) A preponderância do aleatório sobre o determinado pode dar a sensação de desesperança, de que somos impotentes diante de todas as coisas. Talvez nisso residam a beleza e a complexidade da vida, mas o fato é que o cérebro está mais interessado em ordem do que em belezas complexas. Por isso, quando não vê significado nas coisas naturais, ele salta para o sobrenatural. "Nascemos com o cérebro desenhado para encontrar sentido no mundo", diz o psicólogo Bruce Hood, da Universidade de Bristol, na Inglaterra, autor de Supersense: Why We Believe in the Unbelievable (Supersentido: Por que Acreditamos no Inacreditável). "Esse desenho às vezes nos leva a acreditar em coisas que vão além de qualquer explicação natural." [André Petry, Revista Veja, 4 de novembro de 2009] E o mundo não se acabou Anunciaram e garantiram Que o mundo ia se acabar Por causa disso Minha gente lá de casa Começou a rezar... Acreditei nessa conversa mole Pensei que o mundo ia se acabar E fui tratando de me despedir E sem demora fui tratando De aproveitar... [Assis Valente] A passagem do cometa No texto abaixo (fragmentos), Cecília Meireles faz referência à passagem do cometa Halley, em 1910, pelas proximidades da Terra. O Fim do Mundo (Cecília Meireles) A primeira vez que ouvi falar no fim do mundo, o mundo para mim não tinha nenhum sentido, ainda; de modo que não me interessava nem o seu começo nem o seu fim. Lembro-me, porém, vagamente, de umas mulheres nervosas que choravam, meio desgrenhadas, e aludiam a um cometa que andava pelo céu, responsável pelo acontecimento que elas tanto temiam. (...) Ora, o cometa desapareceu, aqueles que choravam enxugaram os olhos, o mundo não se acabou, talvez eu tenha ficado um pouco triste - mas que importância tem a tristeza das crianças? (...) Dizem que o mundo termina em fevereiro próximo. Ninguém fala em cometa, e é pena, porque eu gostaria de tornar a ver um cometa, para verificar se a lembrança que conservo dessa imagem do céu é verdadeira ou inventada pelo sono dos meus olhos naquela noite já muito antiga. Se o fim do mundo for mesmo em fevereiro, convém pensarmos desde já se utilizamos este dom de viver da maneira mais digna. (...) Ainda há uns dias a reflexão e o arrependimento: por que não os utilizaremos? Se o fim do mundo não for em fevereiro, todos teremos fim, em qualquer mês... [Texto extraído do livro "Quatro Vozes", Editora Record, Rio de Janeiro, 1998, pág. 73.] Observações Seu texto deve ser escrito na norma culta da língua portuguesa; Deve ter uma estrutura dissertativa-argumentativa; Não deve estar redigido sob a forma de poema (versos) ou narração; A redação deve ter no mínimo 15 e no máximo 30 linhas escritas; Não deixe de dar um titulo à sua redação. ELABORE UMA DISSERTAÇÃO CONSIDERANDO AS IDEIAS A SEGUIR: A criança e o consumo Saber diferenciar o 'eu quero' do 'eu preciso'. É esse um dos pontos cruciais para que o consumismo infantil não crie adultos financeiramente desequilibrados. A opinião é das especialistas Cássia D’ Aquino e Maria Tereza Maldonado, autoras do livro “Educar para o Consumo”. De fato, o consumo está cada vez mais presente na vida das crianças. Mesmo as de pouca idade, já conhecem marcas e sabem pedir aos seus pais exatamente o que querem. Um estudo realizado no Reino Unido há alguns anos mostrou que, na época, as crianças britânicas de 10 anos conheciam de 300 a 400 marcas famosas, mais de 20 vezes o número de espécies de aves de que sabiam o nome. “Até pouco tempo atrás, a idade média em que uma criança pedia para que o pai comprasse algo era dois anos e oito meses. Hoje já é dois anos e três meses e isso vai cair ainda mais, rapidamente. Os modelos de família que temos hoje priorizam o consumo. Nos finais de semana, os pais levam as crianças ao shopping para comprar, em vez de passear, brincar, passar o tempo com os filhos”, pontua Cássia D´Aquino. Conhecedoras do mercado, elas são capazes de influenciar os hábitos de consumo de sua família. De acordo com a pesquisa “O Poder da Influência da Criança nas Decisões de Compra da Família”, realizada pela Viacom em 11 países do mundo, entre eles o Brasil, 51% dos pais tomam a decisão de uma compra depois de ouvir a opinião dos filhos, enquanto 49% afirmam que decidem juntos com as crianças. Mesmo quando o produto é para os pais, a opinião dos filhos é levada a sério. Na categoria automóvel, por exemplo, 60% dos pais dizem que foram influenciados pelos filhos. No entanto, mais do que ouvir a opinião das crianças,é importante que os pais aproveitem esses momentos para educar financeiramente. [UOL Notícias Economia] Impulsividade e falta de consciência Soma e subtração. Cheque especial, cartão de crédito, contas para pagar ao fim do mês e uma conta bancária no vermelho. Essa situação é a realidade de 70% dos jovens que iniciam suas carreiras. Endividados, os novos funcionários do mercado de trabalho acabam prejudicando o próprio desenvolvimento profissional por conta da falta de saúde financeira, é o que revela o educador de finanças, Reinaldo Domingos. Segundo ele, a falta de dinheiro pode causar problemas como o absenteísmo (ausências) e a desatenção no trabalho, gerando dificuldades de ordem pessoal e profissional, como aumento de empréstimos consignados, baixa autoestima, aumento de acidentes de trabalho, além de abalar a qualidade de vida familiar do colaborador. Isso acontece por três motivos, principalmente. Primeiro é a falta de consciência financeira de se gastar além do que se recebe. Em seguida está o excesso de mídia/marketing sob produtos e serviços. Por último está a oferta de crédito fácil. "Esses três fatores são cruciais para o desequilíbrio financeiro. O jovem é impulsivo e se entrega ao consumismo, sem ao menos saber se suas contas já estão no limite. O que completa esse ciclo são os cartões e cheque especial", explica Domingos. [DSOP - Educação Financeira] Eu etiqueta Em minha calça está grudado um nome Que não é meu de batismo ou de cartório Um nome... estranho. (...) Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro, Minha gravata e cinto e escova e pente, Meu copo, minha xícara, Minha toalha de banho e sabonete, Meu isso, meu aquilo. Desde a cabeça ao bico dos sapatos, São mensagens, Letras falantes, Gritos visuais, Ordens de uso, abuso, reincidências. Costume, hábito, permência, Indispensabilidade, E fazem de mim homem-anúncio itinerante, Escravo da matéria anunciada. (...) Por me ostentar assim, tão orgulhoso De ser não eu, mas artigo industrial, Peço que meu nome retifiquem. Já não me convém o título de homem. Meu nome novo é Coisa. Eu sou a Coisa, coisamente. [Carlos Drummond de Andrade] Observações Seu texto deve ser escrito na norma culta da língua portuguesa; Deve ter uma estrutura dissertativa-argumentativa; Não deve estar redigido sob a forma de poema (versos) ou narração; A redação deve ter no mínimo 15 e no máximo 30 linhas escritas; Não deixe de dar um titulo à sua redação. ELABORE UMA DISSERTAÇÃO CONSIDERANDO AS IDEIAS A SEGUIR: Estudar faz pessoas serem mais felizes e viverem mais Um estudo recente sobre aspectos da educação mostra que quem estuda mais tende a ser mais feliz e ter uma expectativa de vida maior. O levantamento What are the social benefits of education? (Quais são os benefícios sociais da educação?, em tradução livre) foi produzido pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e realizado em 15 países membros da organização – do qual o Brasil não faz parte. "A educação ajuda as pessoas a desenvolver habilidades, melhorar a sua condição social e ter acesso a redes que podem ajudá-las a terem mais conquistas sociais", dizem os autores da pesquisa. Segundo o estudo, as pessoas que estudam mais são mais felizes porque têm maior satisfação em diferentes esferas de sua vida. Esse nível de satisfação pessoal é de, em média, 18% a mais para quem tem nível superior em relação àquelas que pararam no ensino médio. Em relação ao aumento da expectativa de vida, o estudo mostra que um homem de 30 anos, por exemplo, pode viver mais 51 anos, caso tenha formação superior, enquanto aquele que cursou apenas o ensino médio viveria mais 43, ou seja, oito anos menos. Essa disparidade é mais acentuada na República Tcheca, onde os graduados podem viver 17 anos a mais. Já os portugueses, asseguraram a diferença mais baixa, apenas 3. (...) Participação política Em outro capítulo desse mesmo levantamento, realizado com um grupo de 27 países, a OCDE chegou à conclusão de que 80% dos jovens com ensino superior vão às urnas, enquanto o número cai para 54% entre aqueles que não têm formação superior. Os adultos mais escolarizados também são mais engajados quando o assunto é voluntariado, interesse político e confiança interpessoal. [UOL Educação] Milionários sem diploma Bill Gates abandonou Harvard, montou a Microsoft, e se tornou um dos homens mais ricos do mundo com uma fortuna de US$ 58 bilhões. Samuel Klein veio da Polônia para o Brasil fugido de um campo de concentração nazista durante a Segunda Guerra Mundial, começou a vender utensílios domésticos de porta em porta, fundou as Casas Bahia e hoje é o rei do varejo brasileiro com uma empresa que faturou R$ 12,5 bilhões em 2007. Silvio Santos, um camelô no Rio de Janeiro, virou dono de mais de 30 empresas e do canal de televisão SBT. O que todos esses empresários com histórias tão diferentes têm em comum? Além de patrimônios que ultrapassam nove dígitos, nenhum possui diploma de curso superior. Ou abandonaram o mundo acadêmico antes de conquistar o diploma ou nem mesmo tiveram a chance de chegar lá. Aprenderam na marra, quebraram a cara em algumas ocasiões, porém, triunfaram. (...) [Istoé Dinheiro] Observações Seu texto deve ser escrito na norma culta da língua portuguesa; Deve ter uma estrutura dissertativa-argumentativa; Não deve estar redigido sob a forma de poema (versos) ou narração; A redação deve ter no mínimo 15 e no máximo 30 linhas escritas; Estrutura dos Gêneros Textuais mais usados na Universidade Como Fazer um Bom Resumo de Texto Por que resumir um texto? Qual a finalidade? Bom, a verdade é que se resumo não fosse bom, o professor não insistia em cobrar ou aconselhar que fosse feito! Resumir é o ato de ler, analisar e traçar em poucas linhas o que de fato é essencial e mais importante para o leitor. Quando reescrevemos um texto, internalizamos melhor o assunto e não nos esquecemos dele. Afinal, não aprendemos com um simples passar de olhos pelas letras! Dessa forma, podemos até dizer que lemos o texto, mas quanto a assimilar...será difícil afirmar que sim! O fato de sintetizar um texto ou capítulos longos pode se tornar um ótimo hábito e auxiliá-lo muito em todas as disciplinas, pois estará atento às ideias principais e se lembrará dos pontos chaves do conteúdo. Expor o texto em um número reduzido de linhas não parece ser fácil? Não se preocupe, a seguir estão alguns passos para se fazer um bom resumo e se dar bem: - Faça uma primeira leitura atenciosa do texto, a fim de saber o assunto geral dele; - Depois, leia o texto por parágrafos, sublinhando as palavras-chaves para serem a base do resumo; - Logo após, faça o resumo dos parágrafos, baseando-se nas palavras-chaves já destacadas anteriormente; - Releia o seu texto à medida que for escrevendo para verificar se as ideias estão claras e sequenciais, ou seja, coerentes e coesas. - Ao final, faça um resumo geral deste primeiro resumo dos parágrafos e verifique se não está faltando nenhuma informação ou sobrando alguma; - Por fim, analise se os conceitos apresentados estão de acordo com a opinião do autor, porque não cabem no resumo comentários pessoais. DICAS DE UM BOM RESUMO O resumo é uma forma de exercício e avaliação dos professores comuns nas salas de aulas de todas as séries do ensino fundamental, médio e também no superior. Em casos de resumo de livros , por exemplo, você deve atentar-se principalmente para os temas e elementos centrais da narração. A apresentação deve ser sucinta, com respeito à ordem das apresentações do enredo, sem repetições de ideias, sem cópias de trechos (quando necessário, fazer por meio de aspas). Se você apresenta dificuldades com o domínio da palavra e com a elaboração de um resumo, sugerimos algumas dicas que podem auxiliá-loem seu trabalho escolar. Dicas para se fazer um bom resumo passo 1 Enredo, personagens, tempo, espaço, tema, assunto, devem ser inseridos em poucas linhas e de forma coerente capacidade e seletiva. Quando ao tamanho, condicionamos a extensão do trabalho fica condicionada à habilidade aluno de sintetizar as informações da leitura, ou, conforme a exigência do professor. Dicas para se fazer um bom resumo passo 2 Para um bom resumo, coloque em destaque as palavras e ideias principais. Reconstrua o texto lido, a partir de tais elementos. Verifique se existe coerência entre os parágrafos da obra e do seu resumo: deve-se evitar a construção de mais de um parágrafo. Um dos detalhes mais importantes sobre o resumo é que, diferentemente da resenha, o resumo não deve ser crítico ou interpretativo (salvo quando solicitado pelo docente), sem impressão de opiniões próprias. Dicas para se fazer um bom resumo passo 3 Esse tipo de resumo pode ser classificado com indicativo, quando indica apenas os pontos principais do texto, sem apresentar dados qualitativos, quantitativo, etc, ou ainda Informativos, quando tem o objetivo de esclarecer ao seu leitor a conveniência da leitura do texto, sublinhando a finalidade, metodologia, resultados e conclusões. Por sua vez, a resenha deve conter uma análise fortemente interpretativa do documento. Dicas como não usar frases negativas ou símbolos, frases, fórmulas, expressões e diagramas sem que seja preciso são essenciais. O acúmulo de informações desnecessárias faz com que o resumo perca seu caráter de precisão e objetividade. COMO ESCREVER UM BOM ARTIGO Escrever um bom artigo é bem mais fácil do que a maioria das pessoas pensa. No meu caso, português foi sempre a minha pior matéria. Meu professor de português, o velho Sales, deve estar se revirando na cova. Ele que dizia que eu jamais seria lido por alguém. Portanto, se você sente que nunca poderá escrever, não desanime, eu sentia a mesma coisa na sua idade. Escrever bem pode ser um dom para poetas e literatos, mas a maioria de nós está apta para escrever um simples artigo, um resumo, uma redação tosca das próprias idéias, sem mexer com literatura nem com grandes emoções humanas. O segredo de um bom artigo não é talento, mas dedicação, persistência e manter-se ligado a algumas regras simples. Cada colunista tem os seus padrões. Eu vou detalhar alguns dos meus e espero que sejam úteis para você também. 1. Eu sempre escrevo tendo uma nítida imagem da pessoa para quem eu estou escrevendo. Na maioria dos meus artigos para a Veja, por exemplo, eu normalmente imagino alguém com 16 anos de idade ou um pai de família. Alguns escritores e jornalistas escrevem pensando nos seus chefes, outros escrevem pensando num outro colunista que querem superar, alguns escrevem sem pensar em alguém especificamente. A maioria escreve pensando em todo mundo, querendo explicar tudo a todos ao mesmo tempo, algo na minha opinião meio impossível. Ter uma imagem do leitor ajuda a lembrar que não dá para escrever para todos no mesmo artigo. Você vai ter que escolher o seu público alvo de cada vez, e escrever quantos artigos forem necessários para convencer todos os grupos. O mundo está emburrecendo porque a TV em massa e os grandes jornais não conseguem mais explicar quase nada, justamente porque escrevem para todo mundo ao mesmo tempo. E aí, nenhum das centenas de grupos que compõem a sociedade brasileira entende direito o que está acontecendo no país, ou o que está sendo proposto pelo articulista. Os poucos que entendem não saem plenamente ou suficientemente convencidos para mudar alguma coisa. 2. Há muitos escritores que escrevem para afagar os seus próprios egos e mostrar para o público quão inteligentes são. Se você for jovem, você é presa fácil para este estilo, porque todo jovem quer se incluir na sociedade. Mas não o faça pela erudição, que é sempre conhecimento de segunda mão. Escreva as suas experiências únicas, as suas pesquisas bem sucedidas, ou os erros que já cometeu. Querer se mostrar é sempre uma tentação, nem eu consigo resistir de vez em quando de citar um Rousseau ou Karl Marx. Mas, tendo uma nítida imagem para quem você está escrevendo, ajuda a manter o bom senso e a humildade. Querer se exibir nem fica bem. Resumindo, não caia nessa tentação, leitores odeiam ser chamados de burros. Leitores querem sair da leitura mais inteligentes do que antes, querem entender o que você quis dizer. Seu objetivo será deixar o seu leitor, no final da leitura, tão informado quanto você, pelo menos na questão apresentada. Portanto, o objetivo de um artigo é convencer alguém de uma nova idéia, não convencer alguém da sua inteligência. Isto, o leitor irá decidir por si, dependendo de quão convincente você for. 3. Reescrevo cada artigo, em média, 40 vezes. Releio 40 vezes, seria a frase mais correta porque na maioria das vezes só mudo uma ou outra palavra, troco a ordem de um parágrafo ou elimino uma frase, processo que leva praticamente um mês. Ninguém tem coragem de cortar tudo o que tem de ser cortado numa única passada. Parece tudo tão perfeito, tudo tão essencial. Por isto, os cortes são feitos aos poucos. Depois tem a leitura para cuidar das vírgulas, do estilo, da concordância, das palavras repetidas e assim por diante. Para nós, pobres mortais, não dá para fazer tudo de uma vez só, como os literatos. Melhor partir para a especialização, fazendo uma tarefa BEM FEITA por vez. Pensando bem, meus artigos são mais esculpidos do que escritos. Quarenta vezes talvez seja desnecessário para quem for escrever numa revista menos abrangente. Vinte das minhas releituras são devido a Veja, com seu público heterogêneo onde não posso ofender ninguém. Por exemplo, escrevi um artigo "Em terra de cego quem tem um olho é rei". É uma análise sociológica do Brasil e tive de me preocupar com quem poderia se sentir ofendido com cada frase. O Presidente Lula, apesar do artigo não ter nada a ver com ele, poderia achar que é uma crítica pessoal? Ou um leitor achar que é uma indireta contra este governo? Devo então mudar o título ou quem lê o artigo inteiro percebe que o recado é totalmente outro? Este é o tipo de problema que eu tenho, e espero que um dia você tenha também. O meu primeiro rascunho é escrito quando tenho uma inspiração, que ocorre a qualquer momento lendo uma idéia num livro, uma frase boba no jornal ou uma declaração infeliz de um ministro. Às vezes, eu tenho um bom título e nada mais para começar. Inspiração significa que você tem um bom início, o meio e dois bons argumentos. O fechamento vem depois. Uma vez escrito o rascunho, ele fica de molho por algum tempo, uma semana, até um mês. O artigo tem de ficar de molho por algum tempo. Isso é muito importante. Escrever de véspera é escrever lixo na certa. Por isto, nossa imprensa vem piorando cada vez mais, e com a internet nem de véspera se escreve mais. Internet de conteúdo é uma ficção. A não ser que tenha sido escrito pelo próprio protagonista da notícia, não um intermediário. A segunda leitura só vem uma semana ou um mês depois e é sempre uma surpresa. Tem frases que nem você mais entende, tem parágrafos ridículos, mas que pelo jeito foi você mesmo que escreveu. Tem frases ditas com ódio, que soam exageradas e infantis, coisa de adolescente frustrado com o mundo. A única solução é sair apagando. O artigo vai melhorando aos poucos com cada releitura, com o acréscimo de novas idéias, ou melhores maneiras de descrever uma idéia já escrita. Estas soluções e melhorias vão aparecendo no carro, no cinema ou na casa de um amigo. Por isto, os artigos andam comigo no meu Palm Top, para estarem sempre à disposição. Normalmente, nas primeiras releituras tiro excessos de emoção. Para que taxar alguém de neoliberal, só para denegri-lo? Por que dar uma alfinetada extra? É abuso do seu poder, embora muitos colunistas fazem destas alfinetadas a sua razão de escrever. Vão existir neoliberaismoderados entre os seus leitores e por que torná-los inimigos à toa? Vá com calma com suas afirmações preconceituosas, seu espaço não é uma tribuna de difamação. 4. Isto leva à regra mais importante de todas: você normalmente quer convencer alguém que tem uma convicção contrária à sua. Se você quer mudar o mundo você terá que começar convencendo os conservadores a mudar. Dezenas de jornalistas e colunistas desperdiçam as suas vidas e a de milhares de árvores, ao serem tão sectários e ideológicos que acabam sendo lidos somente pelos já convertidos. Não vão acabar nem mudando o bairro, somente semeando ódio e cizânia. Quando detecto a ideologia de um jornalista eu deixo de ler a sua coluna de imediato. Afinal, quero alguém imparcial noticiando os fatos, não o militante de um partido. Se for para ler ideologia, prefiro ir direto na fonte, seja Karl Marx ou Milton Friedman. Pelo menos, eles sabiam o que estavam escrevendo. É muito mais fácil escrever para a sua galera cativa, sabendo que você vai receber aplausos a cada "Fora Governo" e "Fora FMI". Mas resista à tentação, o mercado já está lotado deste tipo de escritor e jornalista. Economizaríamos milhares de árvores e tempo se graças a um artigo seu, o Governo ou o FMI mudassem de idéia. 5. Cada idéia tem de ser repetida duas ou mais vezes. Na primeira vez você explica de um jeito, na segunda você explica de outro. Muitas vezes, eu tento encaixar ainda uma terceira versão. Nem todo mundo entende na primeira investida, a maioria fica confusa. A segunda explicação é uma nova tentativa e serve de reforço e validação para quem já entendeu da primeira vez. Informação é redundância. Você tem que dar mais informação do que o estritamente necessário. Eu odeio aqueles mapas de sítio de amigo que se você errar uma indicação você estará perdido para sempre. Imagine uma instrução tipo: "se você passar o posto de gasolina, volte, porque você ultrapassou o nosso sítio". Ou seja, repeti acima uma idéia mais ou menos quatro vezes, e mesmo assim muita gente ainda não vai saber o que quer dizer "redundância" e muitos nunca vão seguir este conselho. Neste mesmo exemplo acima também misturei teoria e dois exemplos práticos. Teoria é que informação para ser transmitida precisa de alguma redundância, o posto de gasolina foi um exemplo. Não sei porque tanto intelectual teórico não consegue dar a nós, pobres mortais, um único exemplo do que ele está expondo. Eu me recuso a ler intelectual que só fica na teoria, suspeito sempre que ele vive numa redoma de vidro. 6. Se você quer convencer alguém de alguma coisa, o melhor é deixá-lo chegar à conclusão sozinho, em vez de você impor a sua. Se ele chegar à mesma conclusão, você terá um aliado. Se você apresentar a sua conclusão, terá um desconfiado. Então, o segredo é colocar os dados, formular a pergunta que o leitor deve responder, dar alguns argumentos importantes, e parar por aí. Se o leitor for esperto, ele fará o passo seguinte, chegará à terrível conclusão por si só, e se sentirá um gênio. Se você fizer todo o trabalho sozinho, o gênio será você, mas você não mudará o mundo, e perderá os aliados que quer ter. Num artigo sobre erros graves de um famoso Ministro, fiquei na dúvida se deveria sugerir que ele fosse preso e nos pagar pelo prejuízo de 20 bilhões que causou, uma acusação que poderia até gerar um processo na justiça por difamação. Por isto, deixei a última frase de fora. Mostrei o artigo a um amigo economista antes de publicá-lo, e qual não foi a minha surpresa quando ele disse indignado: "um ministro desses deveria ser preso". A última frase nem foi necessária. Portanto, não menospreze o seu leitor. Você não estará escrevendo para perfeitos idiotas e seus leitores vão achar seus artigos estimulantes. Vão achar que você os fez pensar. 7. O sétimo truque não é meu, aprendi num curso de redação. O professor exigia que escrevêssemos um texto de quatro páginas. Feita a tarefa, pedia que tudo fosse reescrito em duas páginas sem perder conteúdo. Parecia impossível, mas normalmente conseguíamos. Têm frases mais curtas, têm formas mais econômicas, tem muita lingüiça para retirar. Em dois meses aprendemos a ser mais concisos, diretos, e achar soluções mais curtas. Depois, éramos obrigados a reescrever tudo aquilo novamente em uma única página, agora sim perdendo parte do conteúdo. Protesto geral, toda frase era preciosa, não dava para tirar absolutamente nada. Mas isto nos obrigava a determinar o que de fato era essencial ao argumento, e o que não era. Graças a esse treino, a maioria das pessoas me acha extremamente inteligente, o que lamentavelmente não sou, fui um aluno médio a vida inteira. O que o pessoal se impressiona é com a quantidade de informação relevante que consigo colocar numa única página de artigo, e isto minha gente não é inteligência, é treino. Portanto, mãos à obra. Boa sorte e mudem o mundo com suas pesquisas e observações fundamentadas, não com seus preconceitos. Stephen Kanitz Como Fazer um Boa Dissertação Quer fazer uma boa dissertação? Todos desejam ser bem avaliados em suas dissertações, afinal, esse tipo de texto é cobrado na maioria dos processos seletivos. Portanto, fique atento quanto às características dessa modalidade textual. Muitos escrevem, escrevem e não procuram saber nem mesmo o básico necessário para se fazer um texto dissertativo. Então, seja cauteloso em sua dissertação quanto aos seguintes pontos: a) Verbos: os verbos devem estar em terceira pessoa, ou seja, referindo-se a: ele, ela, eles, elas. b) Linguagem: é formal, logo, obedece às normas gramaticais. Dessa forma, empregos de expressões coloquiais, ou seja, da oralidade e gírias estão excluídas, tais como: tá boa, o bofe lá, tampá o sol com a peneira, ninguém merece, isso está cheirando mal, sem noção, camarada, etc. c) Palavras: devem ser usadas no seu sentido denotativo, literal, ou melhor, no que consta no dicionário. Deixe o sentido figurado para as poesias e outros tipos de textos. d) Expressões: é comum lermos: eu acho, na minha opinião, de acordo com que penso a esse respeito, em redações dissertativas. No entanto, essas colocações são redundantes, pois é um texto que mostra o ponto de vista do autor em relação a um fato. Então, é redundante usar tais expressões, mesmo porque deve-se manter a terceira pessoa do discurso. e) Períodos: devem ser objetivos e claros. De preferência, mais breves, pois períodos muito longos geram confusão. Aproveite e verifique se a pontuação está correta: se o ponto final está presente em cada ideia finalizada! Estará errada se as orações estiverem emendadas por vírgulas, ocasionando o período longo e confuso. f) Estrutura: observe aqui a paragrafação, ou seja, a divisão por parágrafos e também se há introdução, desenvolvimento e uma boa conclusão. Muitas vezes, esta última parte é esquecida! Por último observe se sua dissertação tem o mínimo de 15 linhas escritas e o máximo de 35 (tamanho exigido na maioria dos processos seletivos, principalmente no ENEM). Se você seguir esses critérios básicos e suficientes da dissertação, então, com certeza, terá uma ótima avaliação! Aplicando o Conhecimento QUESTÃO DISCURSIVA 01 Nome social nas escolas deverá ser adotado no Paraná nas matrículas para 2010 O Conselho Estadual de Educação do Paraná aprovou na terça-feira (6) o parecer que permitirá aos alunos com orientação sexual diferente da que é apresentada nos documentos oficiais utilizarem o nome social (nome pelo qual querem ser chamados) no momento da matrícula. Apenas os estudantes maiores de 18 anos poderão optar pela nova denominação. A expectativa do Conselho Estadual de Educação é que o nome social possa ser utilizado nas matrículas para 2010. Agora a medida seguirá os trâmites internos e deverá ser regulamentada pela Secretaria de Estado da Educação (SEED), responsável pela educação básica, e pela Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI), responsávelpelonível superior. No caso da SEED, a medida se aplicará aos estudantes do EJA (Ensino de Jovens e Adultos). O relator do parecer foi o conselheiro Arnaldo Vicente. Ele esclareceu que o nome social será utilizado apenas nos registros internos das escolas, como nos livros de chamada, e não poderá ser adotado no caso de diplomas e históricos escolares. Nessas situações o estudante terá que entrar com ação judicial para requerer a mudança do nome civil, para que depois possa haver a mudança nos demais documentos. “O Conselho não irá mudar o nome civil de ninguém, pois o nome social valerá para documentos internos. O objetivo é respeitar as opções dos estudantes”, explicou Vicente. No dia 1º de outubro, o Ministério Público do Paraná (MP-PR) já havia dado parecer favorável à utilização do “nome social” nas escolas. Isso porque o Conselho Estadual de Educação havia pedido um posicionamento sobre o caso, uma vez que tinha recebido uma reivindicação da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) sobre o caso. Segundo Toni Reis, presidente nacional da ABGLT, essa medida vai diminuir o índice de evasão escolar desse grupo. “Queremos que os travestis e transexuais possam ter a oportunidade de estudar e de crescer. Pois para muitos não há outra opção, a não ser a prostituição”, afirmou Reis. O nome social já entrou em vigor no Pará e em Goiás, de acordo com o presidente da ABGLT. No entanto, os conselhos estaduais de outros estados também já aprovaram a medida, mas ainda não houve a regulamentação. O objetivo da ABGLT é que até o final deste ano o nome social já esteja valendo em dez estados. (Jornal Gazeta do Povo, 07/10/2009. Adaptado.) Escreva um texto de 8 a 12 linhas, explicando como essa medida contribuiria para diminuir o índice de evasão escolar entre os alunos com orientação sexual diferente daquela que é apresentada nos documentos oficiais, conforme apregoa o presidente nacional da ABGLT, Toni Reis. Seu texto deve conter referências ao texto acima. ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ QUESTÃO DISCURSIVA 02 Leia abaixo um fragmento da entrevista concedida pelo jogador Romário, à revista IstoÉ de 03 de junho de 2010. Istoé - O que o levou a ingressar na política? Romário - Fui convidado a entrar na política há oito anos, mas sempre me esquivei por achar que não é minha área. Sou um cara de comunidade – na minha época, a gente chamava de favela mesmo. Vim do Jacarezinho (favela carioca), passei necessidade. Agora que definitivamente não jogo mais futebol, não quero ser treinador e ser dirigente do América não vai contra eu ser político. Cheguei à conclusão de que essa era a minha hora. O Brasil atravessa um momento legal para o esporte. A próxima Copa do Mundo será aqui e o Rio de Janeiro vai sediar a Olimpíada daqui a seis anos. Então, acredito que, através do esporte, eu possa ajudar os mais jovens, principalmente os das comunidades. Tirar essas crianças desse mundo – vamos chamar de errado – que a gente vê. Cada dia cresce mais esse negócio de crack, muita droga. As crianças saindo do colégio para virar fogueteiro de tráfico. Através do esporte, quero mudar isso. Istoé - Por que escolheu o PSB? Romário - Acho o PSB um partido muito simpático. Tem essa coisa do social, já milita nisso, tem experiência nessa área. Passei para o presidente do partido (deputado federal Alexandre Cardoso) algumas vontades minhas, que seriam os meus objetivos, o que eu quero abraçar, as causas, e ele me apoiou 100%. Daí a escolha pelo PSB. Istoé - Então você não é, ideologicamente, um socialista? Romário - Essa coisa de ideologia vai muito de cada um, do momento. O meu momento, hoje, é o seguinte: é fazer coisas que tenho certeza que posso fazer, mas que, infelizmente, só posso fazer na política. Escreva um texto de 8 a 10 linhas, em discurso indireto, relatando os motivos pelos quais Romário quis entrar na política e o que o fez escolher o PSB como partido para se lançar candidato. _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ CUIDADOS NA HORA DA PRODUÇÃO DE TEXTO FIGURAS DE LINGUAGEM São recursos usados pelo falante para realçar a sua mensagem. 1) ELIPSE – ZEUGMA Veja os exemplos: 1-Na estante, livros e mais livros. 2-Ele prefere um passeio pela praia; eu, cinema. No 1º exemplo temos uma elipse, já no 2º, a figura que aparece é o zeugma. A elipse consiste na omissão de um termo que é facilmente identificado. No exemplo 1, percebemos claramente que o verbo “haver” foi omitido. No exemplo 2, ocorre zeugma, que é a omissão de um termo que já fora expresso anteriormente. “Ele prefere um passeio pela praia;eu, (prefiro) cinema.”(Não houve necessidade de repetir o verbo, pois entendemos o recado). 2) PLEONASMO Na oração: “Ela cantou uma canção linda!”, houve o emprego de um termo desnecessário, pois quem canta, só pode cantar uma canção. Na famosa frase: “Vi com meus próprios olhos.”, também ocorre o mesmo. Pleonasmo é a repetição de idéias 3) HIPÉRBATO Exemplos: Correm pelo parque as crianças da rua. Na escada subiu o pintor. As duas orações estão na ordem inversa. O hipérbato consiste na inversão dos termos da oração. Na ordem direta ficaria: As crianças da rua correm pelo parque. O pintor subiu na escada. 4) ANACOLUTO É a falta de nexo que existe entre o início e o fim de uma frase. Dois gatinhos miando no muro, conversávamos sobre como é complicada a vida dos animais. Novas espécies de tubarão no Japão, pensava em como é misteriosa a natureza. 5) SILEPSE É a concordância com a idéia e não com a palavra dita. Pode ser: de gênero, número ou pessoa. SILEPSE DE GÊNERO (masc./fem.)Vossa Excelência está admirado do fato? O pronome de tratamento “Vossa Execelência” é feminino, mas o adjetivo “admirado” está no masculino. Ou seja, concordou com a pessoa a quem se referia (no caso, um homem). Aqui temos o feminino e o masculino, logo, silepse de gênero. SILEPSE DE NÚMERO (singular/plural) Aquela multidão gritavam diante do ídolo. Multidão está no singular, mas o verbo está no plural. “Gritavam” concorda com a idéia de plural que está em “multidão”. Mais exemplos. A maior parte fizeram a prova. A grande maioria estudam uma língua. SILEPSE DE PESSOA Todos estávamos nervosos. Esta frase levaria o verbo normalmente para a 3ª pessoa (estavam – eles) mas a concordância foi feita com a 1ª pessoa(nós). Temos aqui 2 pessoas ( eles e nós ) logo, silepse de pessoa. Mais exemplos: As duas comemos muita pizza.(elas – nós) Todos compramos chocolates e balas.(eles – nós) Os brasileiros sois um povo solidário. (eles – vós) Os cariocas somos muito solidários.(eles – nós) 6) METÁFORA – COMPARAÇÃO 1-Aquele homem é um leão. Estamos comparando um homem com um leão, pois esse homem é forte e corajoso como um leão. 2-A vida vem em ondas como o mar. Aqui também existe uma comparação, só que desta vez é usado o conectivo comparativo:como. O exemplo 1 é uma metáfora e o exemplo 2 é uma comparação. Exemplos de matáfora. Ele é um anjo. Ela uma flor. Exemplos de comparação. A chuva cai como lágrimas. A mocidade é como uma flor. Metáfora: sem o conectivo comparativo. Comparação: com o conectivo (como, tal como, assim como) 7) METONÍMIA Aqui também existe a comparação, só que desta vez ela é mais objetiva. Ele gosta de ler Agatha Christie. Ele comeu uma caixa de chocolate. (Ele comeu o que estava dentro da caixa) A velhice deve ser respeitada. Pão para quem tem fome.(“Pão” no lugar de “alimento”) Não tinha teto em que se abrigasse.(“Teto” em lugar de “casa”) 8) PERÍFRASE – ANTONOMÁSIA A Cidade Maravilhosa recebe muitos turistas durante o carnaval. O Rei das Selvas está bravo. A Dama do Suspense escreveu livros ótimos. O Mestre do Suspense dirigiu grandes clássicos do cinema. Nos exemplos acima notamos que usamos expressões especiais para falar de alguém ou de algum lugar. Cidade Maravilhosa: Rio de Janeiro Rei das Selvas: Leão A Dama do Suspense: Agatha Christie O Mestre do Suspense: Alfred Hitchcock Quando usamos esse recurso estamos empregando a perífrase ou antonomásia. Perífrase, quando se tratar de lugares ou animais. Antonomásia, quando forem pessoas 9) CATACRESE A catacrese é o emprego impróprio de uma palavra ou expressão por esquecimento ou ignorância do seu real sentido. Sentou-se no braço da poltrona para descansar. A asa da xícara quebrou-se. O pé da mesa estava quebrado. Vou colocar um fio de azeite na sopa. 10) ANTÍTESE Emprego de termos com sentidos opostos. Ela se preocupa tanto com o passado que esquece o presente. A guerra não leva a nada, devemos buscar a paz. 11) EUFEMISMO Aquele rapaz não é legal, ele subtraiu dinheiro. Acho que não fui feliz nos exames. O intuito dessas orações foi abrandar a mensagem, ou seja, ser mais educado. No exemplo 1 o verbo “roubar” foi substituído por uma expressão mais leve. O mesmo ocorre co o exemplo 2 , “reprovado “ também foi substituído por uma expressão mais leve. 12) IRONIA Que homem lindo! (quando se trata, na verdade, de um homem feio.) Como você escreve bem, meu vizinho de 5 anos teria feito uma redação melhor! Que bolsa barata, custou só mil reais! 13) HIPÉRBOLE É o exagero na afirmação. Já lhe disse isso um milhão de vezes. Quando o filme começou, voei para casa. 14) PROSOPOPÉIA Atribuição de qualidades e sentimentos humanos a seres irracionais e inanimados. A formiga disse para a cigarra: ” Cantou…agora dança!” Vícios de Linguagem Qualquer desvio das normas gramaticais pode ser considerado um vício de linguagem. BARBARISMO É o desvio relativo à palavra. É quando grafamos ou pronunciamos uma palavra que não está de acordo com a norma culta. Pode ser: Pronúncia - Pograma (o certo seria programa) - Rúbrica (o certo seria rubrica) Grafia - Etmologia (o certo seria etimologia) - Advinhar (o certo seria adivinhar) - Seguimentos (o certo seria segmentos) - Maizena (o certo seria maisena) Morfologia - Quando eu pôr o vestido (o certo seria puser) Semântica - Assim que chegaram à metrópole, absolveram a poluição (o certo seria absorveram) Estrangeirismos - Show, menu, know-how, hall. SOLECISMO É o desvio em relação à sintaxe. Pode ser: De concordância - Haviam pessoas. (o certo seria havia) - Fazem dois meses. (o certo seria faz) - Faltou muitos alunos. (o certo seria faltaram) De regência - Obedeça o chefe. (o certo seria ao chefe) - Assisti o filme. (o certo seria ao filme) De colocação - Tinha ausentado-me. - Não espere-me. CACÓFATO É o som desagradável, obsceno. - Hilca ganhou. - Vou-me já. - Ele marca gol. - Boca dela. ECO Repetição desagradável de terminações iguais. - Vicente já não sente dores de dente tão freqüentemente como antigamente quando estava no Oriente. OBS: O eco na prosa é considerado um vício, um defeito. Já na poesia é o fundamento da rima. COLISÃO Aproximação de sons consonantais idênticos ou semelhantes. - Sua saia saiu suja da máquina. HIATO Aproximação de vogais idênticas - Traga a água. - Trago o ovo. AMBIGÜIDADE É o duplo sentido. - O cachorro do seu irmão avançou sobre o amigo. PRECIOSISMO Exagero da linguagem. - Na pretérita centúria, meu progenitor presenciou o acasalamento do astro-rei com a rainha da noite. (ou seja: No século passado, meu avô presenciou um eclipse solar.) ARCAISMOS Uso de expressões que caíram em desuso. PLEBEÍSMO Qualquer desvio que caracteriza a falta de instrução. As gírias são um bom exemplo de plebeísmo. PLEONASMO Repetição desnecessária de uma expressão. - Criar novos… - Hemorragia de sangue - Subir para cima - Panorama geral - Antecipar para antes Regência Verbal Quanto à regência verbal, os verbos podem ser: - Transitivo direto - Transitivo indireto - Transitivo direto e indireto - Intransitivo Relembrando a Transitividade Verbal A transitividade verbal deve ser entendida como o movimento do significado do verbo em direção a um complemento, objeto direto, indireto. No caso dos verbos transitivos diretos há o transito sem obstáculos e nos verbos transitivos indiretos há um obstáculo – a preposição - que impede o verbo de completar seu sentido de forma direta. Exemplos de verbos transitivos indiretos: obedecer, simpatizar, gostar, aspirar ( com sentido de pretender, almejar), entre outros. Exemplos de verbos transitivos diretos: Querer (significando desejar), amar, preferir (sem sugerir escolha), beber, entre outros. Verbo transitivo indireto = Trânsito da significação verbal rumo ao complemento com obstáculo, a preposição. Ex: Obedeço a meus pais. Verbo intransitivo = a significação verbal fica contida no verbo. Ex: Felipe caiu. Há possibilidade de um verbo transitivo ser usado como intransitivo e um intransitivo seja usado como transitivo. Vejamos em exemplos: Ele não vê = é cego O verbo ver é normalmente transitivo direto, mas nesta oração é utilizado como intransitivo. O modo como utilizamos o verbo dentro da oração determinará se é transitivo ou intransitivo. Complementos dos verbos transitivos Objeto direto: é o complemento sem preposição. Exemplo: Maria comprou o livro. Objeto indireto: complemento com preposição obrigatória. Exemplo: Maria obedece aos pais. Voltando... Regência Verbal ASPIRAR O verbo aspirar pode ser transitivo direto ou transitivo indireto. Transitivo direto: quando significa “sorver”, “tragar”, “inspirar” e exige complemento sem preposição. - Ela aspirou o aroma das flores. - Todos nós gostamos de aspirar o ar do campo. Transitivo indireto: quando significa “pretender”, “desejar”, “almejar” e exige complemento com a preposição “a”. - O candidato aspirava a uma posição de destaque. - Ela sempre aspirou a esse emprego. Obs: Quando é transitivo indireto não admite a substituição pelos pronomes lhe(s). Devemos substituir por “a ele(s)”, “a ela(s)”. - Aspiras a este cargo? - Sim, aspiro a ele. (e não “aspiro-lhe”). ASSISTIR O verbo assistir pode ser transitivo indireto, transitivo direto e intransitivo. Transitivo indireto: quando significa “ver”, “presenciar”, “caber”, “pertencer” e exige complemento com a preposição “a”. - Assisti a um filme. (ver) - Ele assistiu ao jogo. - Este direito assiste aos alunos. (caber) Transitivo direto: quando significa “socorrer”, “ajudar” e exige complemento sem preposição. - O médico assiste o ferido. (cuida) Obs: Nesse caso o verbo “assistir” pode ser usado com a preposição “a”. - Assistir ao paciente. Intransitivo: quando significa “morar” exige a preposição “em”. - O papa assiste no Vaticano. (no: em + o) - Eu assisto no Rio de Janeiro. “No Vaticano” e “no Rio de Janeiro” são adjuntos adverbiais de lugar. CHAMAR O verbo chamar pode ser transitivo direto ou transitivo indireto. É transitivo diretoquando significa “convocar”, “fazer vir” e exige complemento sem preposição. - O professor chamou o aluno. É transitivo indireto quando significa “invocar” e é usado com a preposição “por”. - Ela chamava por Jesus. Com o sentido de “apelidar” pode exigir ou não a preposição, ou seja, pode ser transitivo direto ou transitivo indireto. Admite as seguintes construções: - Chamei Pedro de bobo. (chamei-o de bobo) - Chamei a Pedro de bobo. (chamei-lhe de bobo) - Chamei Pedro bobo. (chamei-o bobo) - Chamei a Pedro bobo. (chamei-lhe bobo) VISAR Pode ser transitivo direto (sem preposição) ou transitivo indireto (com preposição). Quando significa “dar visto” e “mirar” é transitivo direto. - O funcionário já visou todos os cheques. (dar visto) - O arqueiro visou o alvo e atirou. (mirar) Quando significa “desejar”, “almejar”, “pretender”, “ter em vista” é transitivo indireto e exige a preposição “a”. - Muitos visavam ao cargo. - Ele visa ao poder. Nesse caso não admite o pronome lhe(s) e deverá ser substituído por a ele(s), a ela(s). Ou seja, não se diz: viso-lhe. Obs: Quando o verbo “visar” é seguido por um infinitivo, a preposição é geralmente omitida. - Ele visava atingir o posto de comando. ESQUECER – LEMBRAR - Lembrar algo – esquecer algo - Lembrar-se de algo – esquecer-se de algo (pronominal) No 1º caso, os verbos são transitivos diretos, ou seja exigem complemento sem preposição. - Ele esqueceu o livro. No 2º caso, os verbos são pronominais (-se, -me, etc) e exigem complemento com a preposição “de”. São, portanto, transitivos indiretos. - Ele se esqueceu do caderno. - Eu me esqueci da chave. - Eles se esqueceram da prova. - Nós nos lembramos de tudo o que aconteceu. Há uma construção em que a coisa esquecida ou lembrada passa a funcionar como sujeito e o verbo sofre leve alteração de sentido. É uma construção muito rara na língua contemporânea , porém, é fácil encontrá-la em textos clássicos tanto brasileiros como portugueses. Machado de Assis, por exemplo, fez uso dessa construção várias vezes. - Esqueceu-me a tragédia. (cair no esquecimento) - Lembrou-me a festa. (vir à lembrança) O verbo lembrar também pode ser transitivo direto e indireto (lembrar alguma coisa a alguém ou alguém de alguma coisa). PREFERIR É transitivo direto e indireto, ou seja, possui um objeto direto (complemento sem preposição) e um objeto indireto (complemento com preposição) - Prefiro cinema a teatro. - Prefiro passear a ver TV. Não é correto dizer: “Prefiro cinema do que teatro”. SIMPATIZAR Ambos são transitivos indiretos e exigem a preposição “com”. - Não simpatizei com os jurados. QUERER Pode ser transitivo direto (no sentido de “desejar”) ou transitivo indireto ( no sentido de “ter afeto”, “estimar”). - A criança quer sorvete. - Quero a meus pais. NAMORAR É transitivo direto, ou seja, não admite preposição. - Maria namora João. Obs: Não é correto dizer: “Maria namora com João”. OBEDECER É transitivo indireto, ou seja, exige complemento com a preposição “a” (obedecer a). - Devemos obedecer aos pais. Obs: embora seja transitivo indireto, esse verbo pode ser usado na voz passiva. - A fila não foi obedecida. VER É transitivo direto, ou seja, não exige preposição. - Ele viu o filme. Exercício sobre Regência Verbal 1. Assinale a única alternativa que está de acordo com as normas de regência da língua culta. a) avisei-o de que não desejava substituí-Io na presidência, pois apesar de ter sempre servido à instituição, jamais aspirei a tal cargo; b) avisei-lhe de que não desejava substituí-lo na presidência, pois apesar de ter sempre servido a instituição, jamais aspirei a tal cargo; c) avisei-o de que não desejava substituir- lhe na presidência, pois apesar de ter sempre servido à instituição, jamais aspirei tal cargo; d) avisei-lhe de que não desejava substituir-lhe na presidência, pois apesar de ter sempre servido à instituição, jamais aspirei a tal cargo; e) avisei-o de que não desejava substituí-lo na presidência, pois apesar de ter sempre servido a instituição, jamais aspirei tal cargo. 2. Assinale a opção em que o verbo chamar é empregado com o mesmo sentido que apresenta em ________ “No dia em que o chamaram de Ubirajara, Quaresma ficou reservado, taciturno e mudo”: a) pelos seus feitos, chamaram-lhe o salvador da pátria; b) bateram à porta, chamando Rodrigo; c) naquele momento difícil, chamou por Deus e pelo Diabo; d) o chefe chamou-os para um diálogo franco; e) mandou chamar o médico com urgência. 3. Assinale a opção em que o verbo assistir é empregado com o mesmo sentido que apresenta em “não direi que assisti às alvoradas do romantismo”. a) não assiste a você o direito de me julgar; b) é dever do médico assistir a todos os enfermos; c) em sua administração, sempre foi assistido por bons conselheiros; d) não se pode assistir indiferente a um ato de injustiça; e) o padre lhe assistiu nos derradeiros momentos. 4. Em todas as alternativas, o verbo grifado foi empregado com regência certa, EXCETO em: a) a vista de José Dias lembrou-me o que ele me dissera. b) estou deserto e noite, e aspiro sociedade e luz. c) custa-me dizer isto, mas antes peque por excesso; d) redobrou de intensidade, como se obedecesse a voz do mágico; e) quando ela morresse, eu lhe perdoaria os defeitos. 5. O verbo chamar está com a regência INCORRETA em: a) chamo-o de burguês, pois você legitima a submissão das mulheres; b) como ninguém assumia, chamei-lhes de discriminadores; c) de repente, houve um nervosismo geral e chamaram-nas de feministas; d) apesar de a hora ter chegado, o chefe não chamou às feministas a sua seção; e) as mulheres foram para o local do movimento, que elas chamaram de maternidade. 6. Assinale o exemplo, em que está bem empregada a construção com o verbo preferir: a) preferia ir ao cinema do que ficar vendo televisão; b) preferia sair a ficar em casa; c) preferia antes sair a ficar em casa; d) preferia mais sair do que ficar em casa; e) antes preferia sair do que ficar em casa. 7. Assinale a opção em que o verbo lembrar está empregado de maneira inaceitável em relação à norma culta da língua: a) pediu-me que o lembrasse a meus familiares; b) é preciso lembrá-lo o compromisso que assumiu conosco; c) lembrou-se mais tarde que havia deixado as chaves em casa; d) não me lembrava de ter marcado médico para hoje; e) na hora das promoções, lembre-se de mim. 8. O verbo sublinhado foi empregado corretamente, EXCETO em: a) aspiro à carreira militar desde criança; b) dado o sinal, procedemos à leitura do texto. c) a atitude tomada implicou descontentamento; d) prefiro estudar Português a estudar Matemática; e) àquela hora, custei a encontrar um táxi disponível. 9. Em qual das opções abaixo” o uso da preposição acarreta mudança total no sentido do verbo? a) usei todos os ritmos da metrificação portuguesa. /usei de todos os ritmos da metrificação portuguesa b) cuidado, não bebas esta água./ cuidado, não bebas desta água; c) enraivecido, pegou a vara e bateu no animal./ enraivecido, pegou da vara e bateu no animal; d) precisou a quantia que gastaria nas férias./ precisou da quantia que gastaria nas férias; e) a enfermeira tratou a ferida com cuidado. / a enfermeira tratou da ferida com cuidado. 10. Assinale o mau emprego o vocábulo “onde”: a) todas as ocasiões onde nos vimos às voltas com problemas no trabalho, o superintendente nos ajudou; b) por toda parte, onde quer que fôssemos, encontrávamos colegas; c) não sei bem onde foi publicado o edital; d) onde encontraremos quem nos forneça as informações de que necessitamos; e) os processos onde podemos encontrar dados para o relatório estão arquivados 11. Assinale o item que preenche convenientemente as lacunas na sentença: Não ____ conheço o suficiente para entender seus motivos, mas aviso ____ de que não ____ perdoo a traição.a) lhe, lhe, lhe; b) o, o, o; c) o, lhe, o; d) lhe, lhe, o; e) o, o, lhe. 12. Assinale a frase em que há erro de regência verbal: a) a notícia carece de fundamento; b) o chefe procedeu ao levantamento das necessidades da seção; c) os médicos assistiram o simpósio e acharam-no muito interessante; d) é necessário que todos obedeçam às diretrizes estabelecidas; e) daqui posso ver-lhe o passo oblíquo e trôpego. 13. Uma das opções apresenta erro quanto a regência verbal. Assinale-a: a) na sala do superintendente aspirava sempre fumaça de um legítimo havana. b) chegando na repartição, encontrou as portas cerradas; c) todos obedeceram às determinações superiores; d) informei-o de que no dia 15 não haverá expediente; e) o gerente visou todas as folhas do ofício. 14. De acordo com a norma culta, a frase em que se teve o cuidado de obedecer à regência é: a) o Colégio São Geraldo, sito a Rua da União, encerrou suas atividades; b) o preço fixado tornou-se compatível de minhas posses; c) as regras do jogo não são passíveis por mudanças; d) sua decisão implica uma mudança radical; e) prefiro o cinema mais do que o teatro. Relembrando as Principais Classes Gramaticais Substantivo: É a classe gramatical de palavras variáveis, as quais denominam os seres. Exemplos; mesa, Roberto, menino, quadro. Classificação dos Substantivos: - Comuns: Aplica-se a todos os seres de uma espécie. Exemplos: mesa, árvore, livro. - Próprios: Aplica-se a um único ser de toda uma espécie. Exemplos: Brasil, Maria, Marcos. - Concretos: Nomeiam seres de existência real ou que a imaginação dá como tal. Exemplos: caneta, fada, porta. - Abstratos: Nomeiam estados, qualidades, ações, sentimentos. Exemplos: viagem, visita, ódio, gratidão, amor. - Primitivos: Não tem origem em outra palavra portuguesa: Exemplos: mar, cinza, terra. - Derivados: Possuí origem em outra palavra portuguesa. Exemplos: marujo, cinzeiro, terreno. - Simples: São formados de um só radical. Exemplos: tempo, sol, terreiro. - Compostos: São formados de mais de um radical. Exemplos: girassol, fidalgo. - Coletivos: Nomeiam agrupamentos de seres da mesma espécie. Exemplos: álbum (conjunto de fotografia, selos), flora ( conjunto de plantas de uma região), cáfila (conjunto de camelos). Flexões do Substantivo: Gênero masculino feminino Número singular plural Grau aumentativo diminutivo Gêneros dos Substantivos: Quanto ao gênero, os substantivos classificam-se em: - Biformes: Tem duas formas, sendo uma para o masculino e outra para o feminino. Exemplos: padre - madre, poeta - poetiza. - Uniformes: Tem um gênero apenas para o masculino e feminino, classificando-se em: - Epicenos: Tem um só gênero e nomeiam bichos. Exemplos: o jacaré macho, a cobra fêmea. - Sobrecomuns: Tem um só gênero e nomeia pessoas. Exemplos: a criança, a testemunha. - Comuns de dois gêneros: Indicam se a pessoa é do sexo masculino ou feminino através do artigo. Exemplos: o colega - a colega, o artista - a artista. - Substantivos de origem grega terminados em "ema", "oma": São masculinos. Exemplos: o teorema, o fonema, o poema. - Substantivo de gênero duvidoso. Exemplos: o personagem ou a personagem. Existem alguns substantivos que, variando de gênero, variam em seu significado. Exemplos: o cabeça (chefe), a cabeça (parte do corpo humano) Número dos Substantivos: O número dos substantivos refere-se ao plural das palavras. Exemplos: homem - homens, casa - casas, fuzil - fuzis, animal - animais. Grau dos Substantivos: Grau Aumentativo: Indica o aumento do tamanho do ser. É classificado em: - Analítico: O substantivo é acompanhado de um adjetivo que indica grandeza. Exemplos: casa grande, planície imensa. - Sintético: É acrescido ao substantivo um sufixo indicador de aumento. Exemplos: barc(aça), vag(alhão). Grau Diminutivo: Indica a diminuição do tamanho do ser. Pode ser: - Analítico: Substantivo acompanhado de um adjetivo que indica pequenez. Exemplo: flor pequena. - Sintético: É acrescido ao substantivo um sufixo indicador de diminuição. Exemplo: flor(zinha) Adjetivo Como o adjetivo concorda sempre com o substantivo, sofrerá as mesmas flexões que ele: Gênero (masculino e feminino) Número (singular e plural) Grau (comparativo e superlativo) Flexão Gênero Biformes – possuem duas formas, uma para indicar cada gênero: Que garota bonita! Que garoto bonito! A gata é fofinha. O gato é fofinho. Uniformes – possuem apenas uma forma para indicar os dois gêneros: Camilla era inteligente. Gustavo era inteligente. Os pêlos eram cinzas. As penas eram cinzas. Observações: Nos adjetivos compostos, somente o gênero do último elemento varia. Número Adjetivos simples – seguem as mesmas regras dos substantivos simples para flexionarem em número: legal → legais gentil → gentis inteligente → inteligente Adjetivos compostos – só o segundo elemento varia: sapato marrom-escuro → sapatos marrom-escuros folha verde-amarelada → folhas verde-amareladas Grau A flexão de grau corresponde à variação em intensidade da qualidade expressa pelo adjetivo (veja mais em advérbios). Grau comparativo Igualdade. Exemplo: Este cão é tão feroz quanto aquele. Superioridade. Exemplo: Este cão é mais feroz que aquele. Inferioridade. Exemplo: Este cão é menos feroz que aquele. Grau superlativo Absoluto Sintético. Exemplo: Este cão é ferocíssimo. Analítico. Exemplo: Este cão é muito feroz. Relativo Superioridade. Exemplo: Este cão é o mais feroz do bairro. Inferioridade. Exemplo: Este cão é o menos feroz do bairro. Verbos Classificam-se em: a) Regulares: são aqueles que possuem as desinências normais de sua conjugação e cuja flexão não provoca alterações no radical. Por exemplo: canto cantei cantarei cantava cantasse b) Irregulares: são aqueles cuja flexão provoca alterações no radical ou nas desinências. Por exemplo: faço fiz farei fizesse c) Defectivos: são aqueles que não apresentam conjugação completa. Classificam-se em impessoais, unipessoais e pessoais. Impessoais: são os verbos que não têm sujeito. Normalmente, são usados na terceira pessoa do singular. Os principais verbos impessoais são: a) haver, quando sinônimo de existir, acontecer, realizar-se ou fazer (em orações temporais). Por exemplo: Havia poucos ingressos à venda. (Havia = Existiam) Houve duas guerras mundiais. (Houve = Aconteceram) Haverá reuniões aqui. (Haverá = Realizar-se-ão) Deixei de fumar há muitos anos. (há = faz) b) fazer, ser e estar (quando indicam tempo) Por exemplo: Faz invernos rigorosos no Sul do Brasil. Era primavera quando a conheci. Estava frio naquele dia. c) Todos os verbos que indicam fenômenos da natureza são impessoais: chover, ventar, nevar, gear, trovejar, amanhecer, escurecer, etc. Quando, porém, se constrói, "Amanheci mal-humorado", usa-se o verbo "amanhecer" em sentido figurado. Qualquer verbo impessoal, empregado em sentido figurado, deixa de ser impessoal para ser pessoal. Por exemplo: Amanheci mal-humorado. (Sujeito desinencial: eu) Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: candidatos) Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu) d) São impessoais, ainda: 1. o verbo passar (seguido de preposição), indicando tempo. Ex.: Já passa das seis. 2. os verbos bastar e chegar, seguidos da preposição de, indicando suficiência. Ex.: Basta de tolices. Chega de blasfêmias. 3. os verbos estar e ficar em orações tais como Está bem, Está muito bem assim, Não fica bem, Fica mal, sem referência a sujeito expresso anteriormente. Podemos, ainda, nesse caso, classificar o sujeito como hipotético, tornando-se, tais verbos, então, pessoais. 4. o verbodeu + para da língua popular, equivalente de "ser possível". Por exemplo: Não deu para chegar mais cedo. Dá para me arrumar uns trocados? ADVÉRBIO Ele bebeu muito. Adv. Intensidade Na frase acima o advérbio muito está intensificando o sentido do verbo BEBER. A banda chegou hoje. Nessa outra frase o advérbio hoje acrescenta ao verbo CHEGAR uma circunstância de tempo. Gil está muito alegre. O advérbio muito está intensificando o adjetivo alegre. A seleção jogou muito bem. Na frase acima o advérbio muito está intensificando o advérbio de modo BEM. Então, podemos concluir que: Advérbio é uma palavra que modifica o sentido do verbo, do adjetivo e do próprio advérbio. CLASSIFICAÇÃO DO ADVÉRBIO De acordo com as circunstâncias que exprimem o advérbio pode ser classificado: CIRCUNSTÂNCIA ADVÉRBIO Tempo Ontem, hoje, amanhã, breve, logo, antes, depois, agora, já, sempre, nunca, jamais, cedo, tarde, outrora, ainda, antigamente, novamente, brevemente, raramente. Lugar Aqui, ali, aí, cá, lá, acolá, atrás, perto, longe, acima, abaixo, adiante, dentro, fora, além. Modo Bem, mal, assim, depressa, calmamente, suavemente, alegremente. Afirmação Sim, deverás, certamente, realmente, efetivamente. Negação Não, tampouco. Dúvida Talvez, quiçá, acaso, decerto, porventura, provavelmente, possivelmente. Intensidade Muito, pouco, bastante, mais, menos, demais, tão, tanto, meio. DISTINÇÃO ENTRE ADVÉRBIO E PRONOME INDEFINIDO Alguns advérbios podem ser confundidos com pronomes indefinidos; isso porque as palavras muito, bastante, etc., podem aparecer como advérbio e como pronome indefinido. Veja como diferencia-los: Advérbio » modifica um verbo, adjetivo ou o próprio advérbio e não sofre flexão (em gênero e número). Exemplo: Ele bebeu muito. Pronome indefinido » relaciona-se com substantivos e sofre flexões. Exemplo: As meninas caminharam muitos quilômetros. FLEXÃO DO ADVÉRBIO O advérbio é uma palavra invariável em número e gênero, mas é flexionado em grau. Igualmente aos substantivos o advérbio admite dois graus: comparativo e superlativo. GRAU COMPARATIVO De igualdade: tão + advérbio + quanto (como). Exemplo: Roberto joga tão bem quanto Lúcio. Ferrari anda tão depressa quanto Mclaren. De inferioridade: menos + advérbio + que (do que) Exemplo: Milena é menos alta do que Ruth. De superioridade Analítico: mais + advérbio + que (do que) Exemplo: Alonso anda mais rapidamente que outros pilotos. Sintético: melhor ou pior que. Exemplo: Igor dirige melhor que Fábio. Fábio dirige pior que Igor. GRAU SUPERLATIVO ABSOLUTO Analítico: acompanhado de outro advérbio. Exemplo: George dirige muito bem. Sintético: formado com sufixos. Exemplo: Carlos fala baixíssimo. Robson bebeu muitíssimo. Na linguagem popular, alguns advérbios assumem forma diminutiva, mas com idéia de intensidade, a modo de superlativo. Exemplos: Você precisa acordar cedinho amanhã. O shopping fica pertinho do trabalho. LOCUÇÃO ADVERBIAL São palavras que tem a função de advérbio e são iniciadas por preposição. Exemplos: O gol surgiu de repente. Tivemos que sair às pressas. Há crianças que morrem de fome. As locuções adverbiais classificam-se como os advérbios, de acordo com as circunstâncias que exprimem. Abaixo a relação de algumas locuções adverbiais: Às vezes com certeza às cegas À esquerda às claras a distância Ao lado à direita às pressas Ao vivo a pé à toa De repente por ali por perto Por fora sem dúvida em cima De fome de medo ADVÉRBIOS INTERROGATIVOS São advérbios interrogativos quando, como, onde, por que e se referem às circunstâncias de tempo, de modo, de lugar, e de causa, respectivamente. Podem aparecer tanto nas interrogativas diretas quanto nas interrogativas indiretas. Interrogativa direta interrogativa indireta Quando sairemos? Não sei quando sairemos Como você caiu? Não sei como você caiu. Onde você mora? Não sei onde você mora. Por que você não veio? Não sei por que você não veio. ADJETIVOS ADVERBIALIZADOS Consideramos adjetivos adverbializados aqueles empregados com valor de advérbio. Por isso, são mantidos invariáveis. Exemplos: Os bombeiros chegaram rápido ao local do incêndio. (rapidamente) A seleção venceu fácil o jogo. (facilmente) PALAVRAS E LOCUÇÕES DENOTATIVAS As palavras e locuções denotativas são classificadas à parte pela NGB (Nomenclatura Gramatical Brasileira) porque não se enquadram em nenhuma das dez classes gramaticais. Antigamente, eram consideradas advérbios, hoje são classificadas de acordo com o significado que elas expressam; por isso chamadas palavras denotativas e exprimem: Adição: ainda, além disso. Exemplo: Jogou uma ótima partida e ainda tem fôlego para outra. Afastamento: embora. Exemplo: Vamos embora daqui. Afetividade: ainda bem, felizmente, infelizmente. Exemplo: Felizmente tudo acabou bem. Ainda bem que vencemos o jogo. Designação: eis. Eis o candidato que lhe falei. Exclusão: somente, só, exclusive, exceto, senão, apenas, etc. Exemplo: Acertamos apenas dois números. Explicação: isto é, por exemplo. Exemplo: Mereço um bom presente, por exemplo um carro. Inclusão: até, ainda, também, inclusive. Exemplo: Consegui boas notas nas provas, inclusive em matemática. Você também não foi trabalhar. Limitação: só, somente, unicamente, apenas. Exemplo: Apenas você optou pela carreira acadêmica. Só o comercial conseguiu atingir as metas. Retificação: aliás, isto é, ou melhor, ou antes. Exemplo: O dia está quente, aliás, muito quente. O Brasil jogou bem, ou melhor, deu aula de futebol. PRONOME Pronomes pessoais- são termos que substituem ou acompanham o substantivo. Servem pararepresentar os nomes dos seres e determinar as pessoas do discurso, que são: 1ª pessoa…………a que fala 2ª pessoa…………com quem se fala 3ª pessoa…………de quem se fala Eu aprecio tua dedicação aos estudos. Será que ela aprecia também? Os pronomes pessoais classificam-se em retos e oblíquos: São pronomes retos, quando atuam como sujeito da oração. Singular Plural Exemplo 1ª pessoa eu nós Eu estudo todos os dias. 2ª pessoa tu vós Tu também tens estudado? 3ª pessoa ele/ela eles/elas Será que ela estuda também? São pronomes oblíquos, quando atuam como complemento (objeto direto ou indireto). Quanto à acentuação, classificam-se em oblíquos átonos (acompanham formas verbais) e oblíquos tônicos ( acompanhados de preposição): Pronomes oblíquos átonos: me, te, o, a, lhe, se, nos, vos, os, as, lhes. Desejo-te boa sorte… Faça-me o favor… Em verbos terminados em -r, -s ou -z, elimina-se a terminação e os pronomes o(s), a(s) se tornam lo(s), la(s).Em verbos terminados em -am, -em, -ão e -õe os pronomes se tornam no(s), na(s). Pronomes oblíquos tônicos: mim, ti, ele, ela, si, nós, vós, eles, elas. A mim pouco importa o que dizem… Os pronomes de tratamento tem a função de pronome pessoal e serve para designar as pessoas do discurso. PRONOMES POSSESSIVOS – Indicam posse. Estabelece relação da pessoa do discurso com algo que lhe pertence.Singular Plural 1ª pessoa meu(s), minha(s) nosso(s), nossa(s) 2ª pessoa teu(s), tua(s) vosso(s), vossa(s) 3ª pessoa seu(s), sua(s) dele(s), dela(s) PRONOMES DEMONSTRATIVOS – Indicam a posição de um ser ou objeto em relação às pessoas do discurso. 1ª pessoa este(s), esta(s), isto……………..se refere a algo que está perto da pessoa que fala. 2ª pessoa esse(s), essa(s), isso…………….se refere a algo que esta perto da pessoa que ouve. 3ª pessoa aquele(s), aquela(s), aquilo…se refere a algo distante de ambos. Estes livros e essas apostilas devem ser guardadas naquela estante. Estes – perto de quem fala essas – perto de quem ouve naquela – distante de ambos PRONOMES INDEFINIDOS – São imprecisos, vagos. Se referem à 3ª pessoa do discurso. Podem ser variáveis (se flexionando em gênero e número) ou invariáveis. São formas variáveis: algum(s), alguma(s), nenhum(s),nenhuma(s), todo(s), toda(s), muito(s), muita(s), pouco(s), pouca(s), tanto(s), tanta(s), certo(s), certa(s), vário(s), vária(s), outro(s), outra(s), certo(s), certa(s), quanto(s), quanta(s), tal, tais, qual, quais, qualquer, quaisquer… São formas invariáveis: quem, alguém, ninguém, outrem, cada, algo, tudo, nada.. Algumas pessoas estudam diariamente. Ninguém estuda diariamente. PRONOMES INTERROGATIVOS – São empregados para formular perguntas diretas ou indiretas. Podem ser variáveis ou invariáveis. Variáveis: qual, quais, quanto(s), quanta(s). Invariáveis: que, onde, quem… Quantos de vocês estudam diariamente? Quem de vocês estuda diariamente? PRONOMES RELATIVOS – São os que relacionam uma oração a um substantivo que representa. Também se classificam em variáveis e invariáveis. Variáveis: o(a) qual, os(as) quais, quanto(s), quanta(s), cujo(s), cuja(s). Invariáveis:que, quem, onde. Conseguiu o emprego que tanto queria. CONJUNÇÕES Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou dois termos semelhantes de uma mesma oração. CLASSIFICAÇÃO - Conjunções Coordenativas - Conjunções Subordinativas CONJUNÇÕES COORDENATIVAS Dividem-se em: - ADITIVAS: expressam a idéia de adição, soma. Observe os exemplos: - Ela foi ao cinema e ao teatro. - Minha amiga é dona-de-casa e professora. - Eu reuni a família e preparei uma surpresa. - Ele não só emprestou o joguinho como também me ensinou a jogar. Principais conjunções aditivas: e, nem, não só…mas também, não só…como também. - ADVERSATIVAS Expressam idéias contrárias, de oposição, de compensação. Exemplos: - Tentei chegar na hora, porém me atrasei. - Ela trabalha muito mas ganha pouco. - Não ganhei o prêmio, no entanto dei o melhor de mim. - Não vi meu sobrinho crescer, no entanto está um homem. Principais conjunções adversativas: mas, porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto. ALTERNATIVAS Expressam idéia de alternância. - Ou você sai do telefone ou eu vendo o aparelho. - Minha cachorra ora late ora dorme. - Vou ao cinema quer faça sol quer chova. Principais conjunções alternativas: Ou…ou, ora…ora, quer…quer, já…já. CONCLUSIVAS Servem para dar conclusões às orações. Exemplos: - Estudei muito por isso mereço passar. - Estava preparada para a prova, portanto não fiquei nervosa. - Você me ajudou muito; terá, pois sempre a minha gratidão. Principais conjunções conclusivas: logo, por isso, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, assim. EXPLICATIVAS Explicam, dão um motivo ou razão: - É melhor colocar o casaco porque está fazendo muito frio lá fora. - Não demore, que o seu programa favorito vai começar. Principais conjunções explicativas: que, porque, pois (antes do verbo), porquanto. CLASSIFICAÇÃO DAS CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS CAUSAIS Principais conjunções causais: porque, visto que, já que, uma vez que, como (= porque). Exemplos: - Não pude comprar o CD porque estava em falta. - Ele não fez o trabalho porque não tem livro. - Como não sabe dirigir, vendeu o carro que ganhou no sorteio. COMPARATIVAS Principais conjunções comparativas: que, do que, tão…como, mais…do que, menos…do que. - Ela fala mais que um papagaio. CONCESSIVAS Principais conjunções concessivas: embora, ainda que, mesmo que, apesar de, se bem que. Indicam uma concessão, admitem uma contradição, um fato inesperado.Traz em si uma idéia de “apesar de”. - Embora estivesse cansada, fui ao shopping. (= apesar de estar cansada) - Apesar de ter chovido fui ao cinema. CONFORMATIVAS Principais conjunções conformativas: como, segundo, conforme, consoante - Cada um colhe conforme semeia. - Segundo me disseram a casa é esta. Expressam uma idéia de acordo, concordância, conformidade. CONSECUTIVAS Expressam uma idéia de conseqüência. Principais conjunções consecutivas: que ( após “tal”, “tanto”, “tão”, “tamanho”). - Falou tanto que ficou rouco. - Estava tão feliz que desmaiou. FINAIS Expressam idéia de finalidade, objetivo. - Todos trabalham para que possam sobreviver. - Viemos aqui para que vocês ficassem felizes. Principais conjunções finais: para que, a fim de que, porque (=para que), PROPORCIONAIS Principais conjunções proporcionais: à medida que, quanto mais, ao passo que, à proporção que. - À medida que as horas passavam, mais sono ele tinha. - Quanto mais ela estudava, mais feliz seus pais ficavam. TEMPORAIS Principais conjunções temporais: quando, enquanto, logo que. - Quando eu sair, vou passar na locadora. - Chegamos em casa assim que começou a chover. - Mal chegamos e a chuva desabou. Obs: Mal é conjunção subordinativa temporal quando equivale a “logo que”. O conjunto de duas ou mais palavras com valor de conjunção chama-se locução conjuntiva. Exemplos: ainda que, se bem que, visto que, contanto que, à proporção que. Algumas pessoas confundem as circunstâncias de causa e conseqüência. Realmente, às vezes, fica difícil diferenciá-las. Observe os exemplos: - Correram tanto, que ficaram cansados. “Que ficaram cansados” aconteceu depois deles terem corrido, logo é uma conseqüência. Ficaram cansados porque correram muito. “Porque correram muito” aconteceu antes deles ficarem cansados, logo é uma causa. Exercícios Sobre Classes de Palavras 1. A alternativa que apresenta classes de palavras cujos sentidos podem ser modificados pelo advérbio são: a) adjetivo - advérbio - verbo. b) verbo - interjeição - conjunção. c) conjunção - numeral - adjetivo. d) adjetivo - verbo - interjeição. e) interjeição - advérbio - verbo. 2. Das palavras abaixo, faz plural como "assombrações" a) perdão. b) bênção. c) alemão. d) cristão. e) capitão. 3. Na oração "Ninguém está perdido se der amor...", a palavra grifada pode ser classificada como: a) advérbio de modo. b) conjunção adversativa. c) advérbio de condição. d) conjunção condicional. e) preposição essencial. 4. Marque a frase em que o termo destacado expressa circunstância de causa: a) Quase morri de vergonha. b) Agi com calma. c) Os mudos falam com as mãos. d) Apesar do fracasso, ele insistiu. e) Aquela rua é demasiado estreita. 5. "Enquanto punha o motor em movimento." O verbo destacado encontra-se no: a) Presente do subjuntivo. b) Pretérito mais-que-perfeito do subjuntivo. c) Presente do indicativo. d) Pretérito mais-que-perfeito do indicativo. e) Pretérito imperfeito do indicativo. 6. Aponte a opção em que muito é pronome indefinido: a) O soldado amarelo falava muito bem. b) Havia muito bichinho ruim. c) Fabiano era muito desconfiado. d) Fabiano vacilava muito para tomar decisão. e) Muito eficiente era o soldado amarelo. 7 . A flexão do número incorreta é: a) tabelião - tabeliães. b) melão - melões c) ermitão - ermitões. d) chão - chãos. e) catalão - catalões. 8. Dos verbos abaixo apenas um é regular, identifique-o: a) pôr. b) adequar. c) copiar. d) reaver.e) brigar. 9. A alternativa que não apresenta erro de flexão verbal no presente do indicativo é: a) reavejo (reaver). b) precavo (precaver). c) coloro (colorir). d) frijo (frigir). e) fedo (feder). 10. A classe de palavras que é empregada para exprimir estados emotivos: a) adjetivo. b) interjeição. c) preposição. d) conjunção. e) advérbio. 11. Todas as formas abaixo expressam um tamanho menor que o normal, exceto: a) saquitel. b) grânulo. c) radícula. d) marmita. e) óvulo. 12. Em "Tem bocas que murmuram preces...", a seqüência morfológica é: a) verbo-substantivo-pronome relativo-verbo-substantivo. b) verbo-substantivo-conjunção integrante-verbo-substantivo. c) verbo-substantivo-conjunção coordenativa-verbo-adjetivo. d) verbo-adjetivo-pronome indefinido-verbo-substantivo. e) verbo-advérbio-pronome relativo-verbo-substantivo. 13. A alternativa que possui todos os substantivos corretamente colocados no plural é: a) couve-flores / amores-perfeitos / boas-vidas. b) tico-ticos / bem-te-vis / joões-de-barro. c) terças-feiras / mãos-de-obras / guarda-roupas. d) arco-íris / portas-bandeiras / sacas-rolhas. e) dias-a-dia / lufa-lufas / capitães-mor. 14. "...os cipós que se emaranhavam..." . A palavra sublinhada é: a) conjunção explicativa. b) conjunção integrante. c) pronome relativo. d) advérbio interrogativo. e) preposição acidental. 15. Indique a frase em que o verbo se encontra na 2ª pessoa do singular do imperativo afirmativo: a) Faça o trabalho. b) Acabe a lição. c) Mande a carta. d) Dize a verdade. e) Beba água filtrada. 16. Em "Escrever é alguma coisa extremamente forte, mas que pode me trair e me abandonar.", as palavras grifadas podem ser classificadas como, respectivamente: a) pronome adjetivo - conjunção aditiva. b) pronome interrogativo - conjunção aditiva. c) pronome substantivo - conjunção alternativa. d) pronome adjetivo - conjunção adversativa. e) pronome interrogativo - conjunção alternativa. 17. Marque o item em que a análise morfológica da palavra sublinhada não está correta: a) Ele dirige perigosamente - (advérbio). b) Nada foi feito para resolver a questão - (pronome indefinido). c) O cantar dos pássaros alegra as manhãs - (verbo). d) A metade da classe já chegou - (numeral). e) Os jovens gostam de cantar música moderna - (verbo). 18. Quanto à flexão de grau, o substantivo que difere dos demais é: a) viela. b) vilarejo. c) ratazana. d) ruela. e) sineta. 19. Está errada a flexão verbal em: a) Eu intervim no caso. b) Requeri a pensão alimentícia. c) Quando eu ver a nova casa, aviso você d) Anseio por sua felicidade. e) Não pudeste falar. 20. Das classes de palavra abaixo, as invariáveis são: a) interjeição - advérbio - pronome possessivo. b) numeral - substantivo - conjunção. c) artigo - pronome demonstrativo - substantivo. d) adjetivo - preposição - advérbio. e) conjunção - interjeição - preposição. 21. Todos os verbos abaixo são defectivos, exceto: a) abolir. b) colorir. c) extorquir. d) falir. e) exprimir. 22. O substantivo composto que está indevidamente escrito no plural é: a) mulas-sem-cabeça. b) cavalos-vapor. c) abaixos-assinados. d) quebra-mares. e) pães-de-ló. 23. A alternativa que apresenta um substantivo invariável e um variável, respectivamente, é: a) vírus - revés. b) fênix - ourives. c) ananás - gás. d) oásis - alferes. e) faquir - álcool. 24. "Paula mirou-se no espelho das águas": Esta oração contém um verbo na voz: a) ativa. b) passiva analítica. c) passiva pronominal. d) reflexiva recíproca. e) reflexiva. 25. O único substantivo que não é sobrecomum é: a) verdugo. b) manequim. c) pianista. d) criança. e) indivíduo. 26. A alternativa que apresenta um verbo indevidamente flexionado no presente do subjuntivo é: a) vade. b) valham. c) meçais. d) pulais. e) caibamos. 27. A alternativa que apresenta uma flexão incorreta do verbo no imperativo é: a) dize. b) faz. c) crede. d) traze. e) acudi. 28. A única forma que não corresponde a um particípio é: a) roto. b) nato. c) incluso. d) sepulto. e) impoluto. 29. Na frase: "Apieda-te qualquer sandeu", a palavra sandeu (idiota, imbecil) é um substantivo: a) comum, concreto e sobrecomum b) concreto, simples e comum de dois gêneros. c) simples, abstrato e feminino. d) comum, simples e masculino e) simples, abstrato e masculino. 30. A alternativa em que não há erro de flexão do verbo é: a) Nós hemos de vencer. b) Deixa que eu coloro este desenho. c) Pega a pasta e a flanela e pole o meu carro. d) Eu reavi o meu caderno que estava perdido. e) Aderir, eu adiro; mas não é por muito tempo! 31. Em "Imaginou-o, assim caído..." a palavra destacada, morfologicamente e sintaticamente, é: a) artigo e adjunto adnominal. b) artigo e objeto direto. c) pronome oblíquo e objeto direto. d) pronome oblíquo e adjunto adnominal. e) pronome oblíquo e objeto indireto. 32. O item em que temos um adjetivo em grau superlativo absoluto é: a) Está chovendo bastante. b) Ele é um bom funcionário. c) João Brandão é mais dedicado que o vigia. d) Sou o funcionário mais dedicado da repartição. e) João Brandão foi tremendamente inocente. 33. A alternativa em que o verbo abolir está incorretamente flexionado é: a) Tu abolirás. b) Nós aboliremos. c) Aboli vós. d) Eu abolo. e) Eles aboliram. 34. A alternativa em que o verbo "precaver" está corretamente flexionado é: a) Eu precavejo. b) Precavê tu. c) Que ele precavenha. d) Eles precavêm. e) Ela precaveu. 35. A única alternativa em que as palavras são, respectivamente, substantivo abstrato, adjetivo biforme e preposição acidental é: a) beijo-alegre-durante b) remédio-inteligente-perante c) feiúra-lúdico-segundo d) ar-parco-por e) dor-veloz-consoante COMO REALIZAR BOAS APRESENTAÇÕES 12 DIAS PARA FAZER UMA PALESTRA INTERESSANTE Planejar o que será dito, saber alguns macetes no computador e conhecer as tecnologias disponíveis no dia podem contribuir para uma boa apresentação em um evento Não fuja do microfone. Na realidade é bem fácil ser um bom orador. Se você tem uma palestra em breve a fazer e deseja que suas palavras se destaquem, confira a seguir 12 dicas importantes para que seu discurso não seja irrelevante aos ouvidos do público: » 10 erros nas redes sociais que as empresas podem evitar » Todas as notícias sobre carreira 1) Aprenda ao máximo sobre sua audiência antes de falar Essa dica é útil para falar em qualquer situação. Mesmo que você não saiba com antecedência sobre a organização, é possível obter informações que podem acrescentar ao público. Isso é possível até mesmo tomando um café com algum funcionário. Ao começar a apresentação mostre que você sabe o que é importante para o grupo. 2) Descubra se existem regras para ministrar as palestras Os membros da plateia esperam receber apostilas? Vai existir uma sessão de perguntas e respostas? Descubra qual a melhor maneira de você compartilhar suas informações de contato com cada membro da audiência. 3) Planeje sua apresentação para que você possa reduzi-la quando necessário Mesmo que tenha sido dito que você terá 45 minutos para fazer sua apresentação, você pode receber uma surpresa de que seu tempo foi reduzido para 30. Não mostre a sua audiência que você diminuirá o tempo, mas com planejamento você pode expor os pontos principais. 4) Tenha tempo extra para chegar o local do evento Se você nunca esteve antes no local faça o trajeto para descobrir eventuais fatores que possam causar atraso, como construção, trens,local de estacionamento e outras distâncias. 5) Saiba qual tecnologia que você poderá usar Saber se haverá computador é essencial para não atrasar sua apresentação, bem como alguns macetes como escurecer a tela, ligar alguns cabos, entre outros. Se você comprou um novo controle remoto para rodar o PowerPoint teste antes, pois no meio da palestra não é a hora para aprender a mexer. 6) Tenha sempre um plano B Sempre tenha consigo cópias e notas sobre sua apresentação para no caso de haver algum problema com o PowerPoint você mesmo assim saber as diretrizes do que irá dizer. Não deixe também de sempre levar mais de um pen-drive com sua apresentação salva em PowerPoint e PDF. 7) Não permita que o público olhe nada em seu computador Sempre inicie seu computador e abra os arquivos que serão usados antes do público estar sentado esperando pela palestra. 8) Não conte com a Internet Se você pretende mostrar um vídeo no YouTube, sempre baixe o arquivo em seu computador, pois nunca se sabe se haverá conexão disponível durante sua apresentação. 9) Deixe suas informações sempre no final da apresentação O ideal é ficar na última tela, para que a audiência possa anotar durante a sessão de Perguntas e Respostas 10) Carregue seus slides no SlideShare um dia antes de sua apresentação É interessante que o público possa ter acesso aos conteúdos apresentados depois da palestra. 11) Não se esqueça: o show tem que continuar Se você passar por alguma situação desconfortante ou chegar encharcado em uma apresentação devido ao tempo, dê seu jeito e continue pronto para fazer sua apresentação da melhor maneira possível. 12) Seja precavido Às vezes, levar alguns equipamentos consigo pode ajudar para uma eventual emergência. Confira alguns que pode ser interessantes deixar sempre na mochila: cabo de computador e força, caixas de som externas, cabo para conectar o computador a alto falantes, projetor, controle de apresentação remoto, conjunto extra de baterias, pastilhas para garganta e cartões de visita. 7 Dicas para dar aulas melhores Júlio Clebsch 1 - Incite, não informe Uma boa aula não termina em silêncio, ou com os alunos olhando para o relógio. Ela termina com ação concreta. Antes de preparar cada aula, pergunte-se o que você quer que seus alunos aprendam e façam e como você os convence disso? Olhe em volta, descubra o que pessoas, nas mais diferentes profissões, fazem para conseguir a atenção dos outros. Por exemplo, ao fazer um resumo de uma matéria, não coloque um "título"; imagine-se um repórter e coloque uma manchete. Como aquela matériaseria colocada em um jornal ou revista? Use o espírito das manchetes, não seja literal, nem tente ser um professor do tipo: Folha: Números Primos encontrados no congresso. 68% dos outros algarismos são contra. IstoÉ: Denúncia: A conta secreta de Maurício de Nassau. Fernando Henrique poderia estar envolvido, se já fosse nascido. Zero Hora: O Mar Morto não fica no Rio Grande do Sul. Apesar disso, você precisa conhecê-lo. Caras: Ferro diz que relacionamento com oxigênio está corroído: "Gás Nobre coisa nenhuma". 2 - Conheça o ambiente Você nunca vai conseguir a atenção de uma sala sem a conhecer. Onde moram os alunos e como eles vivem - quem vem de um bairro humilde de periferia não tem nada a ver com um morador de condomínio fechado, apesar de, geograficamente, serem vizinhos. Quais informações eles tiveram em classes anteriores, quais seus interesses. Mesmo nas primeiras séries cada pessoa tem suas preferências e o grupo assume determinada personalidade. 3 - No final das contas (e no começo também) As partes mais importantes de uma aula são os primeiros 30 e os últimos 15 segundos. Todo o resto, infelizmente, pode ser esquecido se você cometer um erro nesses momentos. Os primeiros 30 segundos (principalmente das primeiras aulas do ano ou semestre) são um festival de conceituação e de cálculo dos discentes. Mesmo inconscientemente, eles respondem às seguintes questões: Quem é esse professor? Qual seu estilo? O que posso esperar dessa aula hoje e durante todo o ano? Quanto da minha atenção eu vou dedicar? E isso, muitas vezes, sem que você tenha aberto a boca. 4 - Simplifique Você certamente já presenciou esse fenômeno em algumas palestras: elas acabam meia hora antes do final. Ou seja, o apresentador fala o que tinha que falar, e passa o resto do tempo enrolando. Ou então, pior, gasta metade da apresentação com piadas, truques demágica, histórias pessoais que levam às lágrimas, "compre meu livro" e aparentados, e o assunto, em si, é só apresentado no final - se isso. Por isso, uma das regras de ouro de uma boa aula é - simplifique, tanto na linguagem como na escrita. Caso real: reunião de condomínio na praia, uma senhora reclamava que sua TV não funcionava direito. Explicaram-lhe que era necessário sintonizar em UHF. Ela então perguntou para quê a diferença entre UHF e VHF. Um vizinho prestativo passou a discorrer sobre diferenças na recepção, como uma transmissão poderia interferir na outra, nas características geográficas... Ela continuava com aquela cara de quem não entendia nada. Até que um garoto resumiu a questão em cinco letras: "AM e FM." "Ahhh, entendi." Escrever e falar da maneira mais simples possível não significa suavizar a matéria ou deixarde mencionar conceitos potencialmente "espinhosos". Use e abuse de exemplos e analogias. Divida a informação em blocos curtos, para que seja melhor assimilada. 5 - Ponha emoção Certo, você tem PhD naquela área, pesquisou o assunto por meses a fio, foi convidado para dar aulas em faculdades européias. Mesmo assim, seus alunos podem não prestar atenção em você. Segundo estudos, o impacto de uma aula é feito de: 55% estímulos visuais - como você se apresenta, anda e gesticula; 38% estímulos vocais - como você fala, sua entonação e timbre; e apenas 7% de conteúdo verbal - o assunto sobre o qual você fala. Apoiar-se somente na matéria é uma forma garantida de falar para a parede, já que grandeparte dos alunos estará prestando atenção em outra coisa. Treine seus gestos, conte histórias, movimente-se com naturalidade. Passe sua mensagem de forma intererssante. Para o bem e para o mal, você dá aula para a geração videoclipe. Pessoas que foram criadas em frente aos mais criativos comerciais, em que videogames mostram realidades fantásticas. Entretanto, a tecnologia deve ser encarada como aliada, e não inimiga - apresentações multimídia, aparelhos de som, videocassetes - tudo isso pode ser usado como apoio à sua aula. 6 - A pedra no sapato Pode ser a bagunça da turma do fundão. No ensino médio e superior, pode ser aquele aluno que duvida de tudo o que você diz pelo simples prazer de duvidar. Ou pode até ser um livro esquecido, ou computador que resolve não funcionar. De qualquer maneira, grande parte do sucesso de sua aula depende de como você lida com esses inesperados. Responda a uma pergunta de maneira rude ou desinteressada, e você perderá qualquer simpatia que a classe poderia ter por você. Seja educado e solícito - a pior coisa que pode acontecer a um professor é perder a calma. A razão é cultural e muito simples: tendemos sempre a torcer pelo mais fraco. Neste caso,seu aluno. A classe inteira tomará partido dele, não importa quem tenha a razão. Se um discípulo fizer um comentário rude, repita o que ele disse e fique em silêncio por alguns instantes - são grandes as chances de ele se arrepender e pedir desculpas. Se for preciso, diga algo como "Estou pensando no que você disse. Podemos falar sobre isso após a aula?" Outra forma de se lidar com a situação é responder a questão na hora, ponderadamente - e para toda a classe, não apenas para quem perguntou. Termine sua exposição fazendo contato visual com outro aluno qualquer, por duas razões - a expressãodele vai lhe dizer o que a turma inteira achou do que você disse,ao mesmo tempo quedesistimula outras participações inoportunas do aluno que o interrogou. Não transforme sua aula em um debate entre você e um aluno - há pelo menos mais 20 e tantas pessoas presentes que merecem sua atenção. 7 - Pratique Sua aula, como qualquer outra ação, melhora com o treino. Muitos professores se inteiram da matéria, e só treinam a aula uma vez - exatamente quando ela é dada, na frente dos alunos. Não é de se admirar que aconteçam tantos problemas com o ritmo - alguns tópicos são apresentados de maneira arrastada, outras vezes o professor termina o que tem a dizer 20 minutos antes do final da aula. Sem falar nos finais de semestre em que se "corre" com a matéria. Só há uma maneira de evitar tais desastres. Treine antes. Dê uma aula em casa para seu cônjuge/filhos ou, na falta desses, para o espelho. Não use animais de estimação, são péssimos alunos - seu cachorro gosta de tudo o que você faz e os gatos têm suas próprias prioridades, indecifráveis para as outras espécies. E o que se busca com o treino é, principalmente, uma crítica construtiva. DESEJO MUITO SUCESSO, UM FORTE ABRAÇO. PROF. GERSON FÉLIX (gersonfelix88@hotmail.com)