ANÍSIO TEIXEIRA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO

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FACULDADE SÃO GERALDO
ANÍSIO SPÍNOLA TEIXEIRA
CARIACICA (ES) – 2015
ANDREIA DA SILVA MATIAS
LARISSA CRUZ THIMOTIO
LIDIANE ZAQUINE SANTOS
LORRAYNE NASCIMENTO HERBST
LYZIA ZANON BARRETO
NICOLLY SILLER BROMERSCHENKEL
SANDRA CRISTINA DOS SANTOS ROLDAN
ANÍSIO SPÍNOLA TEIXEIRA
Trabalho apresentado à disciplina de História da Educação, da Faculdade São Geraldo, para avaliação parcial. Prof. Orientadora Núbia Faria
CARIACICA (ES) -2015
“Educar é crescer. E crescer é viver. Educação é, assim, vida no sentido mais autêntico da palavra. ” Anísio Teixeira
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO......................................................................................04
DESENVOLVIMENTO..........................................................................05
CONCLUSÃO.......................................................................................08
REFERÊNCIAS....................................................................................09
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INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo mostrar a importância de um dos grandes escritores e educadores brasileiros, Anísio Spínola Teixeira e suas contribuições para a educação no Brasil, expressas nas construções de sistemas escolares públicos, expressas nas reformas estaduais nas décadas de 20 e 50. Dessa forma, percebe-se que Anísio dedicou todo o seu trabalho a diferentes funções que desempenhou na educação brasileira, na luta por uma escola pública, laica e de qualidade para todos. De tal modo, que o estudo de suas ideias e realizações é de fundamental importância para a caracterização da educação pública no Brasil.
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DESENVOLVIMENTO
Anísio Spínola Teixeira nasceu em 12 de julho de 1900, em Caetité, Sertão da Bahia, filho de Anna Spínola Teixeira e Deocleciano Pires Teixeira. Estudou no Instituto São Luiz Gonzaga e no Colégio Antônio Vieira, ambos colégios jesuítas da Bahia. Anísio desejava entrar para a Companhia de Jesus, no entanto, seu pai, Deucleciano Pires Teixeira pretendia para seu filho uma carreira política e mando-o para cursar direito pela Universidade do Rio de Janeiro. Formou-se em 1922 e iniciou sua vida pública em 1924 como inspetor-geral do Ensino na Bahia. Teve, nessa ocasião, a oportunidade de realizar a reforma da instrução pública nesse estado, durante os anos de 1924 a 1929. Viajou para a Europa em 1925 e observou os sistemas de ensino da Espanha, Bélgica, Itália e França e com o mesmo propósito fez duas viagens aos Estados Unidos entre 1927 e 1929. E quando voltou ao Brasil, foi nomeado diretor de Instrução Pública do Distrito Federal, onde criou entre 1931 e 1935 uma rede municipal de ensino que ia da escola primária à universidade. Demitiu-se do cargo em 1936, após ser perseguido pela ditadura Vargas, e regressou à Bahia - onde assumiu a Secretaria da Educação em 1947. Ficou à frente do Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos (o INEP), a partir de 1952, valorizando a pesquisa educacional no país. Com a instauração do governo militar em 1964, deixou o instituto e foi lecionar em universidades americanas, de onde voltou em 1965 para continuar atuando como membro do Conselho Federal de Educação. Casou-se com Emília Telles Ferreira em 1932, com quem teve quatro filhos e morreu no Rio de Janeiro em março de 1971.
Anísio Teixeira, é considerado o principal idealizador das grandes mudanças que marcaram a educação no Brasil no século XX, foi o pioneiro na implantação de escolas públicas de todos os níveis e uma educação gratuita a todos.
Como estudioso da educação, Anísio teve como base para sua proposta educacional o Escolanovismo ou Escola Nova, um movimento renovador, que se opôs as ideias tradicionalistas de ensino, que divulgava as diretrizes de um programa de reconstrução educacional para o país, que surgiu no final do século XIX, na Europa e EUA. Anísio Teixeira inspirava suas ideias na filosofia de John Dewey (1859-1952), de quem foi aluno ao fazer um curso de pós-graduação nos Estados Unidos. As ideias de John Dewey forneceram a Anísio Teixeira um guia teórico que combateu a improvisação e o autodidatismo, abriu a possibilidade de operacionalizar uma política e criar a pesquisa educacional no país. Dewey considerava a educação uma transformação e reconstrução contínua social.
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Na década de 20, Anísio afirma sua escolha pela educação, todavia uma escolha aberta, visto que a profissão de educador no Brasil ainda não estava estruturada. Trabalhou durante sua trajetória, levando a educação para um novo campo que se constituía por uma mistura de saberes e vivências das áreas: religiosa, literária, política e jurídica.
Anísio Teixeira desenvolveu diversas críticas ao sistema escolar por seu despreparo ao oferecer a toda a população condições de aprendizagem escolar. Só uma escola comum (única), laica, gratuita e obrigatória seria uma instituição verdadeiramente democrática e, portanto, adaptada aos desafios de construir uma sociedade moderna e inclusiva. A escola, nesse período, era difundida em termos quantitativos e não qualitativos, isto é, houve uma expansão precária da escola pública, sendo realizada sem as devidas condições físicas, pedagógicas e institucionais, a escola primária pública era um triste retrato da educação de exclusão dos pobres e de privilégio das elites.
Segundo Anísio Teixeira (1927), um dos maiores desafios para criar uma escola comum, naquela época, era que a educação pertencia a elite. O seu programa, o seu currículo, mesmo na escola pública, era um programa e currículo para privilegiados.
Sob a visão da educação popular, Anísio realizou, como secretário da Educação e Saúde, no Rio de Janeiro e em Salvador, entre os anos 30 e 50, uma intervenção sobre a educação das classes populares. Deslocando a insuficiência do indivíduo para a negligência dos governos no sentido da reconstrução das condições sociais e escolares. Teixeira concebeu a escola como um espaço real no qual a criança pudesse praticar uma vida melhor: livros, estudo, recreação, saúde, professores capacitados, arte, clareza de percepção e crítica. 
Anísio sempre defendeu tanto em suas obras escritas quanto em suas obras administrativas a educação comum a todas as crianças pelo maior tempo possível, a variedade e versatilidade do sistema educativo para atender às diferenças de capacidade e interesses. Criou também cursos destinados aos adultos, que foi um sucesso, tendo em vista que atendiam ao desejo e necessidade de aprimoramento desses estudantes. Essas iniciativas constituem medidas concretas de transmitir a educação como bem social. 
No ano de 1951, Anísio assumiu a Secretaria Geral da Campanha de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Já no ano seguinte assumiu também o cargo de diretor do Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos (INEP), no qual permaneceu até 1964. Durante sua gestão na CAPES e no INEP, Anísio Teixeira realizou diversas conferências pelo país e participou ativamente da discussão da Lei de Diretrizes e Bases da 
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Educação Nacional (1961). Nesses anos de árdua luta pela escola pública, edita dois livros: A educação e a crise brasileira (1956) e Educação não é privilégio (1957). Suas posições lhe valeram a perseguição dos bispos brasileiros que, em 1958, lançam um memorial acusando-o de extremista e solicitando ao governo federal sua demissão. Este episódio gerou o protesto de educadores, cientistas e professores de todo o país que fizeram um abaixo-assinado, solidarizando com Anísio. Dessa forma, foi mantido no cargo por Juscelino Kubitschek, então Presidente da República.
Uma das mais importantes iniciativas de Anísio Teixeira foi a construção do Centro Popular de Educação Carneiro Ribeiro, no Rio de Janeiro, que para ele era o ideal de escola primáriapública no Brasil. A Escola-Parque, assim conhecida, procurava fornecer à criança uma educação integral, cuidando de sua alimentação, higiene, socialização e preparação para o trabalho e a cidadania. Nela, as práticas escolares estavam organizadas no setor de trabalho destinado às artes aplicadas, industriais e plásticas; no setor recreativo ou de educação física: jogos, recreação e ginástica; no setor artístico: teatro, música e dança; no setor de extensão cultural e biblioteca: leitura, estudo e pesquisa e no setor socializante: grêmio, jornal, radioescola, banco e loja. Esta obra, por ele realizada, ficou conhecida internacionalmente.
Nesse contexto, a escola de Anísio era formativa desde suas estruturas físicas até a qualificação do seu corpo docente. Portanto, o que Anísio Teixeira defende é a educação como um direito de todos, a educação popular, relativa à formação de crianças, adolescentes e adultos.
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CONCLUSÃO
Em virtude dos fatos mencionados somos levados acreditar que Anísio Teixeira, ainda hoje, desperta discussões na educação brasileira, ao longo de sua vida quase sempre esteve em discordâncias com setores da sociedade civil brasileira que insistiam em manter seus privilégios frente à sociedade. Anísio atuava em favor da escola pública e aprendemos com este grande educador que não devemos ignorar as mudanças do cotidiano de nossos alunos, casas, instituições e a sociedade em geral. Trazendo para o nosso dia a dia, é preciso atualizar a escola, os professores e currículos, para que dessa forma possamos enfrentar os novos desafios da educação e assim como Anísio, transformarmos a educação brasileira.
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REFERÊNCIAS
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