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DIREITO PREVIDENCIÁRIO 5

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CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS 
PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA 
Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 1
Aula 04 
Prof. Gabriel Pereira 
I – Introdução 
Olá, pessoal! 
Essa é a quinta aula do nosso curso de Direito Previdenciário 
(Conhecimentos Específicos) para o cargo de Técnico do Seguro Social e, com 
ela, iniciamos a segunda metade do curso. A partir de agora, nosso foco será o 
estudo do Plano de Benefícios da Previdência Social. Como eu já havia dito 
anteriormente, esse é um conteúdo muito importante para o concurso. 
Juntamente com os tópicos “Organização e Princípios Constitucionais” e 
“Segurados”, a matéria de “Benefícios” deve concentrar o maior número de 
questões na prova do dia 12 de fevereiro. 
Buscando aprimorar nosso curso, todos os exercícios da lista de questões 
dessa aula estão no padrão da FCC. Mesmo aproveitando algumas questões 
interessantes do Cespe, fiz adaptações nas questões para transformá-las para 
o formato de múltipla escolha. Desse modo, a resolução de exercícios torna-se 
mais eficiente, pois a lógica para resolver esse tipo de exercício, que é o 
modelo adotado na prova, é um pouco diferente das questões do tipo certo ou 
errado. 
Por fim, gostaria de esclarecer a respeito do Fórum de Dúvidas. Estou 
atrasado com as perguntas, mas muitas respostas serão enviadas nesse fim-
de-semana. Farei um esforço extra para tentar atualizar o Fórum até a 
próxima semana. 
Bons estudos! 
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AULA 04
Conteúdo: 9) Plano de Benefícios da Previdência Social: beneficiários, 
espécies de prestações, benefícios, disposições gerais e específicas, períodos 
de carência, salário-de-benefício, renda mensal do benefício, reajustamento do 
valor dos benefícios. 
9) PLANO DE BENEFÍCIOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL 
Para iniciar o estudo do plano de benefícios da previdência social, vamos 
rever o artigo 201 da Constituição Federal de 1988, que inaugura a seção 
sobre Previdência Social. 
“Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime 
geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que 
preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: 
I – cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada; 
II – proteção à maternidade, especialmente à gestante; 
III – proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; 
IV – salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos 
segurados de baixa renda; 
V – pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou 
companheiro e dependentes, ...” 
Já vimos que a previdência social brasileira abrange os regimes básicos e 
os complementares e que os básicos são divididos em Regime Geral (RGPS) e 
Regime Próprio (RPPS). Para nosso estudo, o ponto de maior interesse é o 
RGPS, que é administrado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). 
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Dentro do plano de benefícios do RGPS, criado para atender ao comando 
constitucional do art. 201, os benefícios concedidos pelo INSS são: 
aposentadorias por idade, invalidez, tempo de contribuição e especial; auxílios 
doença, acidente e reclusão, salários família e maternidade e pensão por 
morte. A despeito da enumeração contida no art. 201, atualmente o RGPS não 
abrange o desemprego involuntário, pois o seguro-desemprego está a cargo do 
Ministério do Trabalho e é objeto de lei específica. Além dos benefícios, 
também são prestações do RGPS os serviços de reabilitação profissional e 
serviço social. 
O instrumento legal do Plano de Benefícios do RGPS é a Lei n° 
8.213/1991, regulamentada pelo livro II do Decreto n° 3.048/99 – RPS (Dos 
Benefícios da Previdência Social). 
BENEFICIÁRIOS 
Beneficiário do Regime Geral de Previdência Social é todo aquele que 
tem ou possa vir a ter direito de receber alguma prestação previdenciária do 
Regime, sejam benefícios ou serviços. De acordo com o art. 8° do RPS, são 
beneficiários do RGPS as pessoas físicas classificadas como segurados e 
dependentes. Os segurados já foram vistos na Aula Demonstrativa. Ainda 
estão lembrados que EAD É FÁCIL?! Espero que sim. Vamos relembrar quais 
são as seis categorias de segurados do RGPS: E – empregado; A – avulso; D – 
doméstico; É – especial; FÁ – facultativo; e CIL – contribuinte individual. 
Já os dependentes dos segurados são todas as pessoas que dele 
dependam economicamente. Devido a essa condição de dependentes, a 
Previdência Social dá cobertura nos casos de morte e reclusão, através da 
pensão por morte e do auxílio-reclusão, respectivamente, além do salário-
família, para segurados de baixa renda. 
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Recentemente, a Lei n° 12.470/2011 alterou a redação do art. 16 da Lei 
n° 8.213/1991, que define os dependentes do RGPS. Assim, vale a pena nos 
fixar na nova redação do dispositivo, para vermos como a legislação define os 
dependentes, quais são suas principais características e quais foram as 
alterações introduzidas. Vejamos o art. 16 da Lei n° 8.213/1991: 
“Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na 
condição de dependentes do segurado: 
I – o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, 
de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha 
deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente 
incapaz, assim declarado judicialmente; 
II – os pais; 
III – o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte 
e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o 
torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente”. 
Destaco os trechos sublinhados que foram incluídos a partir da recente 
Lei n° 12.460/2011, como será analisado na sequência. Em vez de apresentar 
os parágrafos do art. 16 da Lei n° 8.212/1991, que trazem outras regras sobre 
os dependentes dos segurados, apresento os parágrafos do art. 16 do Decreto 
n° 3.048/1999 (RPS), pois o Decreto traz normas mais detalhadas. Vejamos: 
“§1° Os dependentes de uma mesma classe concorrem em igualdade de 
condições. 
§ 2° A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo 
exclui do direito às prestações os das classes seguintes. 
§ 3° Equiparam-se aos filhos, nas condições do inciso I, mediante 
declaração escrita do segurado, comprovada a dependência econômica na 
forma estabelecida no § 3° do art. 22, o enteado e o menor que esteja sob sua 
tutela e desde que não possua bens suficientes para o próprio sustento e 
educação. 
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§ 4° O menor sob tutela somente poderá ser equiparado aos filhos do 
segurado mediante apresentação de termo de tutela. 
§ 5° Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que mantenha 
união estável com o segurado ou segurada. 
§ 6° Considera-se união estável aquela configurada na convivência 
pública, contínua e duradoura entre o homem e a mulher, estabelecida com a 
intenção de constituição de família, observado o § 1° do artigo 1723 do Código 
Civil, instituído pela Lei n° 10.406, de 10 de janeiro de 2002. 
§ 7° A dependência econômica das pessoas de que trata o inciso I é 
presumida e a das demais deve sercomprovada.” 
Agora, vamos analisar as informações mais importantes em relação aos 
dependentes. Primeiramente, é preciso que se observe que os dependentes 
são separados por classes. Dentro de uma mesma classe, não existe 
hierarquia, os dependentes concorrem em igualdade de condições. Portanto, se 
um segurado falece e deixa como dependentes somente dois filhos menores de 
21 anos, o benefício de pensão por morte devido aos dependentes será 
dividido em partes iguais, pois ambos são dependentes de primeira classe. 
Somente os dependentes da mesma classe concorrem em igualdade de 
condições e quando não há dependentes de classes superiores, pois existe 
relação hierárquica entre as classes. É o que afirma o § 2°: “a existência de 
dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às 
prestações os das classes seguintes”. Portanto, se há um dependente da classe 
I, os eventuais dependentes das classes II e III não terão direito a prestações 
previdenciárias, que serão devidas apenas ao dependente da classe I. 
Outro desdobramento importante da hierarquia entre as classes está 
relacionado com a consequência da morte posterior de um dos dependentes. 
Vejamos o exemplo da pensão por morte, novamente. Suponhamos que no 
momento do falecimento do segurado, havia o cônjuge, um filho menor de 21 
anos e o pai do segurado como dependentes. Nesse caso, a pensão por morte 
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será dividida em partes iguais pelo cônjuge e pelo filho menor de 21 anos, 
dependentes da classe I, excluindo do direito ao benefício o pai do segurado, 
pois ele é dependente de classe hierarquicamente inferior (classe II). Caso o 
cônjuge venha a falecer, o valor correspondente à metade da pensão por 
morte pago a ele será redestinado ao outro dependente da mesma classe, o 
filho menor de 21 anos. No entanto, caso o filho menor de 21 anos atinja o 
limite de idade ou venha a falecer, o pai do segurado não terá direito ao 
benefício, já que este direito foi excluído pela existência de dependente de 
classe superior no momento do falecimento do segurado. Ou seja, após o 
falecimento de dependente superior, o benefício não se transfere para os 
dependentes inferiores, só para os de mesma hierarquia. 
Os dependentes da classe I (cônjuge e filhos, menor de 21 anos ou 
inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou 
relativamente incapaz, assim declarado judicialmente) têm dependência 
econômica presumida, exceto o menor tutelado e o enteado, que, assim como 
os demais dependentes (classes II e III), devem comprovar a dependência 
econômica para receberem o benefício previdenciário. Segundo o § 3° do art. 
22 do RPS, para a comprovação do vínculo e da dependência econômica, 
conforme o caso, devem ser apresentados no mínimo três de uma extensa lista 
de quase 20 documentos, entre eles certidões de nascimento e casamento, 
assim como prova de residência em mesmo domicílio, por exemplo. 
Na classe I, a lei reconhece tanto o casamento como a união estável, 
sendo que tanto o homem como a mulher podem figurar como dependentes do 
cônjuge segurado. Tema controverso é o reconhecimento como dependente de 
pessoa que mantém união estável com segurado já casado. O STJ já decidiu 
no sentido de considerar como dependente, no RGPS, companheiro(a) com o 
qual o segurado mantinha relação não eventual ou era indevidamente casado 
(bigamia). Todavia, o posicionamento mais recente do STF tem direção oposta, 
ao afirmar que, “apesar de o Código Civil versar a união estável como núcleo 
familiar, excepciona a proteção do Estado quando existente impedimento para 
o casamento relativamente aos integrantes da união, sendo que, se um deles é 
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casado, esse estado civil apenas deixa de ser óbice quando verificada a 
separação de fato” (RE 590779/ES, rel. Min. Marco Aurélio, 10/02/2009). 
Outro ponto importante, pois objeto de súmula, é a consequência da 
separação ou divórcio. Quando ocorre a separação do casal, ainda que de fato, 
há o rompimento do vínculo previdenciário, deixando de ser dependente do 
segurado o cônjuge ou companheiro(a) que abandona a vida em comum. A 
única exceção a esse rompimento é quando, na separação, fica assegurado o 
direito a alimentos (pensão alimentícia), situação em que o vínculo 
previdenciário se mantém, ainda que não haja fixação judicial. 
A Súmula 336 do STJ afirma que “a mulher que renunciou aos alimentos 
na separação judicial tem direito à pensão previdenciária por morte do ex-
marido, comprovada a necessidade econômica superveniente”. O que importa, 
em qualquer hipótese de separação, é a demonstração da dependência 
econômica no momento do óbito do segurado. Assim, ainda que não tenha 
ficado acordado o direito a alimentos na época da separação, a necessidade 
superveniente restaura o direito à pensão previdenciária. 
Um outro aspecto envolvido na definição de dependentes da classe I, 
quanto ao companheiro(a) do segurado, refere-se à união homoafetiva. O 
INSS, a partir de decisão judicial, passou a reconhecer a união homossexual, 
de modo que o(a) parceiro(a) de segurado do mesmo sexo tem direito à 
pensão por morte e auxílio-reclusão, desde que provada a união estável (IN 
INSS/PR n° 20/2007). 
Em relação aos filhos, vale ressaltar que o prolongamento da condição de 
dependente para os filhos maiores, até 24 anos, se ainda estiverem cursando 
ensino superior ou escola técnica de ensino médio é válido para efeitos do 
imposto de renda e para alguns regimes próprios de previdência, mas não é 
válido para o RGPS. Portanto, qualquer filho maior de 21 anos só manterá a 
condição de dependente se inválido ou em caso de deficiência intelectual ou 
mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado 
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judicialmente. Não perde a condição de dependente o menor de 21 anos 
durante o período de serviço militar, obrigatório ou não. 
A condição de dependentes dos filhos ou irmãos inválidos se mantém 
com qualquer idade, até mesmo superior a 21 anos. O inválido somente 
perderá sua condição com o fim da invalidez ou com a emancipação. As 
condições para emancipação estão descritas no novo Código Civil (art. 5°, 
parágrafo único), dentre elas está a colação de grau em curso de ensino 
superior. No entanto, o RPS determina que inexiste perda da condição do 
dependente inválido emancipado por essa razão, colação de grau em curso de 
ensino superior. Assim, a emancipação por qualquer outra forma, inclusive o 
casamento, causa a perda da condição de dependente, mesmo para o inválido. 
No caso de dependente inválido, para fins de inscrição e concessão de 
benefício, a invalidez será comprovada mediante perícia médica realizada pelo 
INSS. 
Por fim, vejamos a alteração recente incluída pela Lei n° 12.470/2011. 
Basicamente, a nova redação do art. 16 da Lei n° 8.213/1991 alargou as 
possibilidades de concessão de benefícios para filhos e irmãos após 21 anos, 
para incluir, além dos inválidos, aqueles que tenham deficiência intelectual ou 
mental que o torne absolutamente ou relativamente incapaz, assim declarado 
judicialmente. Antes da Lei, frequentemente os filhos ou irmãos maiores de 21 
anos com deficiência mental não conseguiam o benefício, pois a perícia médica 
entendia haver, teoricamente, capacidade para o trabalho.Agora, esses casos 
estarão cobertos, desde que haja declaração judicial. Por se tratar de inovação 
legislativa, no sentido de ampliar a cobertura do sistema protetivo, aumentam 
as chances de esse assunto ser cobrado na prova do INSS. Portanto, atenção 
redobrada! 
 
ESPÉCIES DE PRESTAÇÕES: BENEFÍCIOS, SERVIÇO SOCIAL, 
REABILITAÇÃO PROFISSIONAL 
Benefícios 
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Como já foi dito, são 10 os benefícios do Regime Geral de Previdência 
Social: 4 aposentadorias; 3 auxílios; 2 salários; e 1 pensão. Como diria o Prof. 
Ítalo Romano, é a regra do 4-3-2-1. As 4 aposentadorias são a por tempo de 
contribuição, por idade, especial e por invalidez. Os 3 auxílios são o auxílio-
doença, auxílio-acidente e auxílio-reclusão. Os 2 salários são o salário-família e 
o salário-maternidade. E a única pensão é a pensão por morte. 
Abordaremos nas Aulas 5 e 6 cada um desses 10 benefícios do RGPS em 
detalhes. Nesse momento, é necessário que você saiba apenas que eles 
existem e quais são. Na próxima aula voltaremos a desenvolver as 
características mais importantes de cada um deles. 
PERÍODOS DE CARÊNCIA 
Período de carência, segundo o art. 26 do RPS, que reproduz dispositivo 
da Lei n° 8.213/91, é o tempo correspondente ao número mínimo de 
contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao 
benefício, consideradas a partir do transcurso do primeiro dia dos meses de 
suas competências. A carência é vinculada à ideia do equilíbrio financeiro e 
atuarial. 
É importante perceber que a carência não se confunde com o tempo de 
contribuição. Um contribuinte individual que tenha começado a trabalhar há 
quatro anos, mas nunca tenha efetuado um recolhimento sequer, pode 
recolher todas as contribuições devidas em atraso, calculando todos os 
atrasado e pagando todo o montante devido referente aos quatro anos de 
imediato. Nessa situação, terá quatro anos de contribuição, mas nenhuma 
carência, já que não fez nenhum recolhimento mensal. No caso de segurado 
empregado e de trabalhador avulso, por conta da presunção de recolhimento, 
o tempo de contribuição equivale ao período de carência. 
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A data inicial para a contagem do período de carência depende do tipo de 
segurado, conforme define o art. 28 do RPS. Para o segurado empregado e 
trabalhador avulso, o início da contagem da carência é da data de filiação ao 
RGPS. Para o empregado doméstico, contribuinte individual e facultativo, da 
data do efetivo recolhimento da primeira contribuição sem atraso, não sendo 
consideradas, para esse fim, as contribuições recolhidas com atraso, referentes 
a competências anteriores. Para o segurado especial que não opte por 
contribuir como contribuinte individual, o período de carência é contado a 
partir do efetivo exercício de atividade rural, mediante comprovação. Por fim, 
para os segurados optantes pelo recolhimento trimestral, o período de carência 
é contado a partir do mês de inscrição do segurado, desde que efetuado o 
recolhimento da primeira contribuição no prazo estipulado. 
De acordo com o art. 27-A do RPS, havendo perda da qualidade de 
segurado (matéria da Aula 07), as contribuições anteriores a essa perda 
somente serão computadas para efeito de carência depois que o segurado 
contar, a partir da nova filiação ao RGPS, com, no mínimo, um terço do 
número de contribuições exigidas para o cumprimento da carência. Aplica-se 
esta regra também ao segurado oriundo de RPPS que se filiar ao RGPS. 
Nem todos os benefícios têm carência, somente os seguintes: 
I – auxílio-doença (comum) e aposentadoria por invalidez (comum): 12 
contribuições mensais; 
II – aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de contribuição e 
aposentadoria especial: 180 contribuições mensais; 
III – salário-maternidade para as seguradas contribuinte individual, 
especial e facultativa: 10 contribuições mensais. 
Em caso de parto antecipado, o período de carência será reduzido em 
número de contribuições equivalente ao número de meses em que o parto foi 
antecipado. 
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Será devido o salário-maternidade à segurada especial que não contribui 
facultativamente como contribuinte individual, desde que comprove o exercício 
de atividade rural nos últimos dez meses imediatamente anteriores ao 
requerimento do benefício, mesmo que de forma descontínua. Deverá haver 
comprovação de no mínimo 10 meses de atividade rural, ainda que de forma 
descontínua. 
A carência do auxílio-doença e da aposentadoria por invalidez só é válida 
para os casos comuns, pois a carência é dispensada nos casos de acidente de 
qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como 
nos casos de segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido de algumas 
doenças graves atualmente previstas no art. 67, III, da IN INSS/PR n° 
20/2007 (turbeculose ativa; hanseníase; alienação mental; neoplasia maligna; 
cegueira; paralisia irreversível e incapacitante; cardiopatia grave; doença de 
Parkinson; espondiloartrose anquilosante; nefropatia grave; estado avançado 
de doença de Paget – osteíte deformante; AIDS; contaminação por radiação 
com base em conclusão da medicina especializada; ou hepatopatia grave). 
Entende-se como acidente de qualquer natureza ou causa aquele de origem 
traumática e por exposição a agentes exógenos (físicos, químicos e biológicos), 
que acarrete lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a 
perda ou redução permanente ou temporária da capacidade laborativa. 
Assim, além do auxílio-doença acidentário e da aposentadoria por 
invalidez acidentária, também independem de carência: auxílio-acidente; 
auxílio-reclusão; salário-família; pensão por morte; salário-maternidade da 
segurada empregada, doméstica e trabalhadora avulsa; reabilitação 
profissional e serviço social. 
Voltando ao caso da carência nas situações de perda da qualidade de 
segurado, vejamos como funciona a regra do 1/3 agora que já conhecemos os 
períodos de carência dos benefícios que a exigem. Suponha uma segurada 
contribuinte individual que contribuiu regularmente durante 5 anos, mas 
depois permanece 3 anos sem contribuir. Caso ela volte a trabalhar, quantas 
contribuições mensais ela precisará recolher para fazer jus ao benefício de 
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salário-maternidade? Como houve perda da qualidade de segurado, o período 
de contribuição anterior só será computado após o cumprimento de, no 
mínimo, 1/3 do número de contribuições mensais exigidas para o cumprimento 
da carência (nesse caso, 10 contribuições). Logo, essa segurada contribuinte 
individual teria que cumprir um período de carência de três contribuições 
mensais, para que a partir daí seu período de contribuição anterior fosse 
considerado e o período de carência como um todo fosse satisfeito. 
A Lei n° 10.666/2003 prevê que a perda da qualidade de segurado não 
será considerada para a concessão das aposentadorias por idade, tempo de 
contribuição e especial. Assim, a regra de 1/3 acaba restrita a aposentadoria 
por invalidez, auxílio-doença e salário-maternidade. 
 
SALÁRIO DE BENEFÍCIO 
Segundo o art. 31 do RPS, salário-de-benefício é o valor básico utilizado 
para cálculoda renda mensal dos benefícios de prestação continuada, inclusive 
os regidos por normas especiais, exceto o salário-família, a pensão por morte, 
o salário-maternidade e os demais benefícios de legislação especial. Assim 
como o salário-de-contribuição, o salário-de-benefício também é uma base de 
cálculo do sistema previdenciário, porém é utilizada para obter o valor do 
benefício a ser pago ao segurado, enquanto o salário-de-contribuição é base 
para a quantificação da contribuição a ser recolhida pelo segurado. 
Não se deve confundir o salário-de-benefício com a renda mensal de 
benefício, que será estudada no próximo item. O salário-de-benefício é a base 
de cálculo sobre a qual incidirá a alíquota respectiva, que aí sim definirá o 
valor da renda mensal do benefício. Portanto, salário-de-benefício é uma etapa 
anterior do método de cálculo para encontrar a renda mensal do benefício, que 
busca encontrar justamente sua base de cálculo e relaciona os salário-de-
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contribuição sobre os quais o segurado contribuiu com a futura renda mensal 
de benefício que receberá. 
O salário-de-benefício consiste: 
I – para as aposentadorias por idade e tempo de contribuição, na média 
aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição, correspondentes a 
80% de todo o período contributivo, multiplicado pelo fator previdenciário; 
II – para a aposentadoria por invalidez, aposentadoria especial, auxílio-
doença e auxílio-acidente, na média aritmética simples dos maiores salário-de-
contribuição, correspondentes a 80% de todo o período contributivo. 
Qual é a lógica desse cálculo do salário-de-benefício? Ora, o salário-de-
contribuição de um trabalhador varia muito durante sua vida profissional. Seja 
por evolução na carreira, por mudança de atividade ou por outros vários 
motivos, o rendimento do trabalhador varia no decorrer dos anos e, 
consequentemente, também sua contribuição para o Regime. Logo, é preciso 
uma fórmula de cálculo para apurar os valores de contribuição para converter 
numa base para o cálculo do valor do benefício. Ao adotar a média 
correspondente a 80% dos maiores salário-de-contribuição, a regra de cálculo 
descarta os períodos em que o segurado teve contribuições menores, 
favorecendo-o para cálculo posterior da renda mensal de benefício. 
Os valores do salário-família, pensão por morte e salário-maternidade 
serão vistos no tópico específico de cada benefício nas Aulas 5 e 6. É 
importante ressaltar que somente existe fator previdenciário no cálculo das 
aposentadorias por tempo de contribuição e idade, sendo que a aplicação do 
fator na aposentadoria por idade é opcional. Fator previdenciário é uma 
variável que leva em conta a idade, a expectativa de sobrevida e o tempo de 
contribuição do segurado ao se aposentar. 
Em decorrência da EC n° 20/98, que realizou a chamada Reforma da 
Previdência, a Lei n° 9.876/99 estabeleceu o fator previdenciário, que tem o 
objetivo de introduzir um coeficiente atuarial no sistema de benefícios que 
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contribua para o equilíbrio financeiro e atuarial do RGPS. Segundo o § 11 do 
RPS, o fator previdenciário será calculado considerando-se a idade, a 
expectativa de sobrevida e o tempo de contribuição do segurado ao se 
aposentar, mediante a fórmula: 
 
 onde: 
 f= fator previdenciário; 
Es = expectativa de sobrevida no momento da aposentadoria; 
Tc = tempo de contribuição até o momento da aposentadoria; 
Id = idade no momento da aposentadoria; e 
a = alíquota de contribuição correspondente a 0,31 
 
A expectativa de sobrevida do segurado na idade da aposentadoria será 
obtida a partir da tábua completa de mortalidade construída pelo IBGE, para 
toda a população brasileira, considerando-se a média nacional única para 
ambos os sexos. O fator previdenciário pode ser inferior ou superior a 1. Se 
superior, melhora o benefício. Se inferior, o reduz. O mais comum é que seja 
inferior e, por isso, a inclusão do fator previdenciário foi um grande 
desestímulo às aposentadorias precoces. A despeito das controvérsias já 
levantadas, o STF reconheceu a constitucionalidade da lei que criou o fator 
previdenciário. 
Segundo o art. 29-B da Lei n° 8.213/91, os salários-de-contribuição 
considerados no cálculo do valor do benefício serão corrigidos mês a mês de 
acordo com a variação integral do INPC, calculado pelo IBGE. Além disso, 
serão considerados para cálculo do salário-de-benefício os ganhos habituais do 
segurado empregado, a qualquer título, sob forma de moeda corrente ou de 
utilidades, sobre os quais tenha incidido contribuição previdenciária, ou seja, 
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todas as parcelas integrantes do salário-de-contribuição são consideradas no 
cálculo do salário-de-benefício. 
O valor do salário-de-benefício está sujeito a limites mínimo e máximo. O 
limite mínimo corresponde ao valor do salário mínimo, enquanto o limite 
máximo equivale ao teto do salário de contribuição, que é fixado em portaria 
interministerial dos Ministérios da Fazenda e da Previdência Social e 
atualmente é de R$ 3.671,94. 
Se, no período básico de cálculo do salário de benefício, o segurado tiver 
recebido benefício por incapacidade, será considerado como salário-de-
contribuição, no período, o salário-de-benefício que serviu de base para o 
cálculo da renda mensal, reajustado nas mesmas épocas e nas mesmas bases 
dos benefícios em geral. Ou seja, se o segurado tiver recebido benefício por 
incapacidade durante um tempo, na hora de fazer novo cálculo para outro 
benefício, para aposentadoria por idade, por exemplo, se esse período em que 
ele tiver recebido aquele benefício entrar na média dos 80%, o salário-de-
contribuição não será o valor da renda mensal do benefício por incapacidade, 
mas sim o salário-de-benefício que serviu de base para o cálculo da renda 
mensal, reajustado. 
Para fins de apuração do salário-de-benefício de qualquer aposentadoria 
precedida de auxílio-acidente, o valor mensal deste será somado ao salário de 
contribuição, não podendo o total apurado superar o teto do salário-de-
contribuição. Nas situações em que haja direito a benefícios, mas não seja 
possível comprovar ou inexista o valor dos salários-de-contribuição, o benefício 
será concedido no valor do salário-mínimo. Esse é o caso de empregado 
doméstico que comprova que trabalhou, mas não consegue comprovar os 
valores do salário-de-contribuição sobre os quais houve recolhimento. 
Se um segurado tem mais de uma atividade e contribui para o RGPS em 
razão dessas atividades concomitantes, seu salário-de-benefício será calculado 
de acordo com a situação em que ele se enquadrar: 
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I – quando o segurado satisfizer, em relação a cada atividade, as 
condições para obtenção do benefício requerido, o salário-de-benefício será 
calculado com base na soma dos respectivos salários-de-contribuição. 
II – quando o segurado não satisfizer, em relação a cada atividade, as 
condições para obtenção do benefício requerido, o salário-de-benefício 
corresponderá à soma das seguintes parcelas: a) o salário-de-benefício 
calculado com base nos salários-de-contribuição das atividades em relação às 
quais são atendidasas condições do benefício requerido; b) um percentual da 
média do salário-de-contribuição de cada uma das demais atividades, 
equivalente à relação entre o número de meses completos de contribuição e os 
do período da carência do benefício requerido. 
III – quando o segurado, apesar do exercício de atividades 
concomitantes, contribuiu apenas por uma das atividades, em obediência ao 
limite máximo do salário-de-contribuição, o cálculo do salário-de-benefício 
desconsidera os valores para os quais não houve contribuição. 
RENDA MENSAL DO BENEFÍCIO 
Após a apuração do salário-de-benefício, que é a base de cálculo para 
encontrar o valor da renda mensal de benefício, o próximo passo é a 
determinação desse valor. A renda mensal de benefício é o valor que será 
efetivamente pago ao segurado. Esse valor é calculado pela aplicação de um 
certo percentual sobre o salário-de-benefício, a depender do benefício e se tal 
benefício segue a sistemática de cálculo do salário-de-benefício. 
A renda mensal do benefício de prestação continuada que substituir o 
salário-de-contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado não terá 
valor inferior ao do salário mínimo nem superior ao limite máximo do salário-
de-contribuição. Contudo, o § 1° do art. 35 do RPS traz uma exceção: a renda 
mensal dos benefícios por totalização, concedidos com base em acordos 
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internacionais de previdência social, pode ter valor inferior ao do salário 
mínimo. Nesse caso, o segurado recebe parte de seu benefício do sistema 
brasileiro e outra parte do sistema previdenciário estrangeiro. 
Os percentuais para cálculo da renda mensal do benefício de prestação 
continuada são os seguintes: 
I – auxílio-doença: 91% do salário-de-benefício; 
II – aposentadoria por invalidez: 100% do salário-de-benefício; 
III – aposentadoria por idade: 70% do salário-de-benefício, mais 1% 
por grupo de 12 contribuições mensais, até o máximo de 30%; 
IV – aposentadoria por tempo de contribuição: para a mulher: 
100% do salário-de-benefício, aos 30 anos de contribuição; para o homem: 
100% do salário-de-benefício, aos 35 anos de contribuição; e 100% do salário-
de-benefício, para o professor, aos 30 anos, e para a professora, aos 25 anos 
de contribuição e de efetivo exercício em função de magistério na educação 
infantil, no ensino fundamental ou no ensino médio. 
V – aposentadoria especial: 100% do salário-de-benefício; 
VI – auxílio-acidente: 50% do salário-de-benefício. 
Para completar, vejamos o teor do artigo 36 do RPS: 
“Art. 36. No cálculo do valor da renda mensal do benefício serão 
computados: 
I – para o segurado empregado e o trabalhador avulso, os salários-de-
contribuição referentes aos meses de contribuições devidas, ainda que não 
recolhidas pela empresa, sem prejuízo da respectiva cobrança e da aplicação 
das penalidades cabíveis; e 
II – para o segurado empregado, o trabalhador avulso e o segurado 
especial, o valor do auxílio-acidente, considerado como salário-de-contribuição 
para fins de concessão de qualquer aposentadoria, ... 
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§ 1° Para os demais segurados, somente serão computados os salário-
de-contribuição referentes aos meses de contribuição efetivamente recolhida.” 
Como dito anteriormente, para as situações em que haja presunção de 
recolhimento, caso o segurado não possa comprovar o valor dos seus salários-
de-contribuição no período básico de cálculo, será concedido benefício no valor 
de um salário mínimo. Essa regra também vale para empregados domésticos 
que, mesmo sem a presunção legal de recolhimento, fazem jus a benefícios no 
valor mínimo se comprovarem tempo de serviço, mas não comprovarem o 
valor de seus salários-de-contribuição. 
A renda mensal inicial da aposentadoria por invalidez, concedida por 
transformação de auxílio-doença, será de 100% do salário-de-benefício que 
serviu de base para o cálculo da renda mensal inicial do auxílio-doença, 
reajustado pelos mesmos índices de correção dos benefícios em geral. O valor 
mensal da pensão por morte ou do auxílio-reclusão será igual ao valor da 
aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito, se 
estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento. 
Os segurados especiais, caso optem por contribuir facultativamente como 
contribuintes individuais, receberão os benefícios nas mesmas condições 
daquele tipo de segurado. Do contrário, terão garantidos aposentadoria por 
idade ou por invalidez, auxílio-doença, auxílio-reclusão ou pensão por morte no 
valor de um salário mínimo. 
 
REAJUSTAMENTO DO VALOR DOS BENEFÍCIOS 
É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em 
caráter permanente, o valor real da data de sua concessão, conforme critérios 
definidos em lei (CF, art. 201, §4°). O comando constitucional, ao garantir a 
preservação do valor real dos benefícios, delegou à lei a definição dos critérios 
de reajustamento. Atendendo a tal comando, o artigo 41-A da Lei n° 8.213/91, 
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introduzido pela Lei n° 11.430/2006, determinou que o valor dos benefícios em 
manutenção será reajustado, anualmente, na mesma data do reajuste do 
salário mínimo, pro rata, de acordo com suas respectivas datas de início ou do 
último reajustamento, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor – 
INPC, apurado pelo IBGE. Nenhum benefício reajustado poderá exceder o 
limite máximo do salário-de-benefício na data do reajustamento, respeitados 
os direitos adquiridos. 
É curioso constatar que a fórmula de reajustamento do valor dos 
benefícios já sofreu várias alterações desde a criação do RGPS. Inicialmente, 
essas alterações eram justificadas pela realidade inflacionária. Mais 
recentemente, tais reajustes têm sido objeto de disputas políticas, sendo que 
os benefícios previdenciários têm sido encarados como parte importante da 
política de renda do País, juntamente com outros programas sociais e o próprio 
aumento do salário-mínimo. 
Após a promulgação da CF/88, enquanto não foi editada lei sobre a 
Previdência Social (Lei n° 8.213/91), valia a regra do art. 58 do ADCT (CF/88): 
“os benefícios de prestação continuada, mantidos pela previdência social na 
data da promulgação da Constituição, terão seus valores revistos, a fim de que 
seja restabelecido o poder aquisitivo, expresso em números de salários 
mínimos, que tinham na data de sua concessão, obedecendo-se a esse critério 
de atualização até a implantação do plano de custeio e benefícios referidos no 
artigo seguinte.” 
Após essa disposição transitória, o plano de benefícios mencionado 
alterou a norma de reajustamento, acabando com a vinculação ao salário 
mínimo. O art. 41 original da Lei n° 8.213/91 já trazia previsão de reajuste 
com base na variação integral do INPC, que poderia ser substituído pelo índice 
da cesta básica ou substituto eventual. Após outras alterações, o 
reajustamento passou a ser previsto com base no INPC, na mesma data do 
reajuste do salário mínimo. 
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Portanto, os benefícios do RGPS serão reajustados na mesma data de 
reajuste do salário mínimo, mas não necessariamente pelo mesmo índice de 
reajuste do salário mínimo. Em janeiro de 2011,por exemplo, depois das 
discussões em torno do tema, os benefícios do RGPS foram reajustados em 
6,41% conforme Portaria MPS/MF n° 568/2010, enquanto o salário mínimo foi 
reajustado em 5,88% pela MP n° 516/2010. 
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QUESTÕES 
1 - (CESGRANRIO/Técnico Previdenciário-INSS/2005) A Previdência 
Social é o segmento da Seguridade Social que visa a propiciar os meios 
indispensáveis à subsistência da pessoa humana, quando ocorrer certa 
contingência prevista em lei. São beneficiários das prestações previdenciárias: 
A) somente os segurados. 
B) segurados e seus dependentes. 
C) toda e qualquer pessoa que já tiver contribuído para a Previdência Social, 
pelo menos com 01 (uma) contribuição mensal, sendo indiferente o período de 
tal recolhimento. 
D) aqueles que sofrerem riscos sociais, tais como incapacidade laborativa e 
idade avançada, independente de contribuição à Previdência Social. 
E) todos os brasileiros, independente de contribuição à Previdência Social. 
2 - (ESAF/Auditor-Fiscal do Trabalho/2010) Assinale a opção correta, 
entre as assertivas abaixo, relacionada aos benefícios que os dependentes da 
Previdência Social têm direito à luz da Lei n° 8.213/91. 
a) Aposentadoria por tempo de contribuição. 
b) Auxílio-doença. 
c) Auxílio-acidente. 
d) Aposentadoria por invalidez. 
e) Pensão por morte. 
3 - (CESGRANRIO/Técnico Previdenciário-INSS/2005) São dependentes 
do segurado do Regime Geral da Previdência Social: 
A) todos aqueles que dependam economicamente do segurado, sendo 
irrelevante o vínculo conjugal ou consanguíneo. 
B) todos aqueles indicados como dependentes, nos termos da legislação 
tributária do imposto de renda. 
C) as pessoas designadas pelo segurado para serem dependentes. 
D) cônjuge, companheiro(a), filho(a) não emancipado(a), de qualquer 
condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido(a), pais, irmão(ã) não 
emancipado(a), de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou 
inválido(a). 
E) cônjuge, companheiro(a), filho(a) não emancipado(a), de qualquer 
condição, menor de 18 (dezoito) anos ou inválido(a), pais, irmão(ã) não 
emancipado(a), de qualquer condição, menor de 18 (dezoito) anos ou 
inválido(a). 
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4 - (CESGRANRIO/Técnico Previdenciário-INSS/2005) Caio, em maio de 
2000, separou-se, judicialmente, de Maria. Na referida separação, acordou-se, 
judicialmente, que Caio não iria pagar pensão alimentícia à ex-esposa e que só 
iria pagar tal encargo para Ana, filha do casal, 19 anos. Em agosto de 2002, 
Caio conhece Teresa, com a qual vem a morar e manter união estável. Em 
agosto de 2004, Caio falece. Quem tem direito à pensão por morte, na 
qualidade de dependente de Caio? 
A) Maria, Ana e Teresa. 
B) Maria e Ana. 
C) Ana e Teresa. 
D) Ana. 
E) Teresa. 
5 - (CESPE/Técnico do Seguro Social-INSS/2008-adaptada) Célio, 
segurado empregado da previdência social, tem um filho, com 28 anos de 
idade, que sofre de doença degenerativa em estágio avançado, sendo, 
portanto, inválido. Sobre essa situação, analise os itens abaixo: 
I - o filho de Célio é considerado seu dependente, mesmo tendo idade superior 
a dezoito anos. 
II – o filho de Célio, enquanto seu dependente, fará jus a pensão por morte ou 
auxílio-reclusão, no caso da morte de Célio ou de sua prisão, respectivamente. 
III - o filho de Célio não é considerado seu dependente, pois tem idade 
superior a 21 anos. 
Está correto o que se afirma em: 
A) I e II. 
B) I e III. 
C) II e III. 
D) I, II e III. 
E) Apenas em I. 
6 - (CESPE/Técnico do Seguro Social-INSS/2008-adaptada) Paulo é, de 
forma comprovada, dependente economicamente de seu filho, Juliano, que, 
em viagem a trabalho, sofreu um acidente e veio a falecer. Juliano à época do 
acidente era casado com Raquel. Nessa situação, 
A) Somente Paulo tem direito ao benefício de pensão por morte. 
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B) Paulo e Raquel devem comprovar dependência econômica de Juliano para 
terem direito à pensão por morte. 
C) Somente Raquel tem direito ao benefício de pensão por morte. 
D) Paulo e Raquel não têm direito a qualquer benefício da previdência. 
E) Paulo e Raquel poderão requerer o benefício de pensão por morte, que 
deverá ser rateado entre ambos. 
7 - (CESPE/Técnico do Seguro Social-INSS/2008-adaptada) César, 
segurado da previdência social, vive com seus pais e com seu irmão, Getúlio, 
de 15 anos de idade. Caso César venha a falecer, 
A) O pagamento de benefícios previdenciários a seus pais e a seu irmão só é 
devido se estes comprovarem dependência econômica com relação a César. 
B) Em nenhuma situação Getúlio terá direito a benefício de pensão por morte 
do irmão. 
C) Os pais não são considerados dependentes de César, ainda que comprovem 
dependência econômica. 
D) Os pais e o irmão de César poderão requerer o benefício de pensão por 
morte, que deverá ser rateado entre os três. 
E) A dependência econômica de Getúlio em relação a César é presumida. 
8 - (CESPE/Técnico do Seguro Social-INSS/2008-adaptada) Edson é 
menor de idade sob guarda de Coutinho, segurado da previdência social. Nessa 
situação, 
A) Edscon deve comprovar dependência econômica em relação a Coutinho para 
ser considerado seu dependente. 
B) Coutinho pode requerer o pagamento do salário-família em relação a Edson, 
já que este é seu dependente. 
C) Edson é equiparado a filho pela legislação previdenciária. 
D) Coutinho não pode requerer o pagamento do salário-família em relação a 
Edson, já que este não é seu dependente. 
E) Edson poderá ter direito a benefícios como dependente de Coutinho, desde 
que Coutinho não tenha outros filhos legítimos. 
9 - (CESPE/Técnico do Seguro Social-INSS/2008-adaptada) Gilmar, 
inválido, e Solange são comprovadamente dependentes econômicos do filho 
Gilberto, segurado da previdência social, que, por sua vez, tem um filho. Nessa 
situação, 
A) Gilmar e Solange concorrem em igualdade de condições com o filho de 
Gilberto para efeito de recebimento eventual de benefícios. 
B) O filho, desde que tenha a qualidade de dependente, tem precedência sobre 
os pais de Gilberto, para efeito de recebimento eventual de benefícios. 
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C) Gilmar e Solange poderão requerer o benefício de pensão por morte em 
caso de falecimento de Gilberto, que deverá ser rateado entre ambos. 
D) A dependência econômica de Gilmar e Solange em relação a Gilberto é 
presumida. 
E) Em caso de falecimento de Gilberto, somente Gilmar tem direito a 
recebimento de benefício como dependente de Gilberto. 
10 - (CESGRANRIO/Técnico Previdenciário-INSS/2005) 12 (doze) 
contribuições mensais, 180 (cento e oitenta) contribuições mensais e nenhuma 
contribuição são os períodos de carência, respectivamente, dos seguintes 
benefícios previdenciários: 
A) auxílio-doença, aposentadoria por idade e pensão por morte. 
B) auxílio-doença, aposentadoria por invalidez e pensão por morte. 
C) auxílio-acidente, pensão por morte e serviço social. 
D) auxílio-acidente, aposentadoria por idade e pensão por morte. 
E) aposentadoria por invalidez, aposentadoria por tempo de contribuição e 
aposentadoria por idade. 
11 - (ESAF/AFT/2010) Assinale a opção correta, entre as assertivas abaixo, 
relativas ao número mínimo de contribuições mensais indispensáveispara que 
o beneficiário faça jus ao benefício previsto na Lei n. 8.213/91. 
a) Auxílio-doença no caso de acidente de qualquer natureza – 14 (quatorze) 
contribuições mensais. 
b) Auxílio-reclusão – 12 contribuições mensais. 
c) Aposentadoria por idade – independe de contribuições mensais. 
d) Aposentadoria por tempo de serviço – 120 contribuições mensais. 
e) Pensão por morte – independe de contribuições mensais. 
12 – (FCC/Médico Perito Previdenciário-INSS/2006) O cumprimento do 
período de carência 
A) não é exigido para a aposentadoria por invalidez quando a incapacidade 
decorrer de acidente de qualquer natureza ou causa. 
B) é obrigatório e são exigidas 12 contribuições mensais para a aposentadoria 
por invalidez quando a incapacidade decorrer de hepatopatia grave. 
C) não é exigido para o salário-maternidade para as seguradas empregadas e 
facultativas. 
D) é obrigatório e são exigidas 180 contribuições mensais para a 
aposentadoria por idade para aqueles que se filiaram ao Regime Geral de 
Previdência Social em janeiro de 1990. 
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E) é obrigatório e são exigidas 12 contribuições mensais para o auxílio-doença 
para os segurados especiais. 
13 - (CESGRANRIO/Técnico Previdenciário-INSS/2005) Período de 
Carência é o número de contribuições mensais indispensáveis para que o 
beneficiário faça jus ao benefício. O dia de início da contagem do período de 
carência é o(a): 
A) primeiro dia do mês de filiação ao Regime Geral de Previdência Social, para 
o segurado empregado doméstico. 
B) primeiro dia do mês de filiação ao Regime Geral da Previdência Social, para 
todos os segurados, obrigatórios ou facultativos. 
C) primeiro dia do mês em que se iniciou a execução de atividade remunerada, 
como segurado empregado, sendo presumida a contribuição. 
D) data do efetivo recolhimento da primeira contribuição sem atraso, para o 
trabalhador avulso. 
E) data do efetivo recolhimento da primeira contribuição sem atraso, para 
todos os segurados, obrigatórios ou facultativos. 
 
14 – (CESPE/Técnico do Seguro Social-INSS/2008-adaptada) Analise os 
itens abaixo: 
I - Uma segurada empregada do regime de previdência social que tenha 
conseguido seu primeiro emprego e, logo na primeira semana, sofra um grave 
acidente que determine seu afastamento do trabalho por quatro meses não 
terá direito ao auxílio-doença pelo fato de não ter cumprido a carência de doze 
contribuições. 
 
II - Uma profissional liberal que seja segurada contribuinte individual da 
previdência social há três meses e esteja grávida de seis meses terá direito ao 
salário-maternidade, caso recolha antecipadamente as sete contribuições que 
faltam para completar a carência. 
Está correto o que se afirma em: 
A) I e II. 
B) Somente em I. 
C) Somente em II. 
D) Nenhum dos itens. 
E) Somente em II, desde que ela recolha com juros e multa. 
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15 - (CESPE/Advogado Geral da União/2004 – adaptada) A respeito do 
início da contagem do período de carência, analise os itens a seguir: 
I - A carência é contada, nos casos dos segurados empregados e dos 
trabalhadores avulsos, a partir da data de filiação ao RGPS. 
II - Nos casos do empregado doméstico, do contribuinte individual, do 
facultativo, conta-se a carência a partir da data do efetivo pagamento da 
primeira contribuição sem atraso. 
Está correto o que se afirma em: 
A) I e II. 
B) Somente em I. 
C) Somente em II. 
D) Nenhum dos itens. 
E) Somente em II, exceto para o segurado facultativo. 
16 – (CESPE/Técnico do Seguro Social-INSS/2008-adaptada) Se uma 
empregada doméstica estiver devidamente inscrita na previdência social, será 
considerado, para efeito do início da contagem do período de carência dessa 
segurada, 
A) o dia em que sua carteira de trabalho tenha sido assinada. 
B) o dia do efetivo recolhimento da primeira contribuição sem atraso. 
C) o primeiro dia do mês em que se iniciou a execução da atividade 
remunerada. 
D) na data de requerimento do benefício. 
E) o dia do primeiro registro em sua carteira de trabalho como empregada 
doméstica. 
17 - (FCC/Técnico Judiciário-TRF 4ª Região/2004) O valor básico 
utilizado para cálculo da renda mensal do benefício a ser pago ao segurado é 
denominado de 
A) salário mínimo. 
B) salário-de-contribuição. 
C) salário-de-benefício. 
D) contribuição previdenciária. 
E) benefício previdenciário. 
18 - (CESGRANRIO/Técnico Previdenciário-INSS/2005) A respeito do 
cálculo do valor do benefício previdenciário, assinale a afirmativa INCORRETA. 
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A) Atualmente, o salário-de-benefício da aposentadoria por idade consiste na 
média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição correspondentes 
a 80% de todo o período contributivo, multiplicado pelo fator previdenciário. 
B) Atualmente, o salário-de-benefício da aposentadoria por tempo de 
contribuição consiste na média dos 36 (trinta e seis) últimos salários-de-
contribuição, corrigidos monetariamente mês a mês. 
C) O auxílio-doença tem como base de cálculo o salário-de-benefício do 
segurado. 
D) Atualmente, o salário-de-benefício da aposentadoria por invalidez consiste 
na média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição 
correspondentes a 80% de todo o período contributivo. 
E) O fator previdenciário será calculado considerando-se a idade, a expectativa 
de sobrevida e o tempo de contribuição do segurado. 
19 - (CESGRANRIO/Analista Previdenciário-INSS/2005) A que 
percentual do salário-de-benefício correspondem, respectivamente, as rendas 
mensais iniciais do auxílio-doença, do auxílio-acidente e da aposentadoria por 
invalidez? 
A) 100%, 91% e 50%. 
B) 91%, 100% e 70%. 
C) 91%, 50% e 100%. 
D) 91%, 50% e 70%. 
E) 50%, 91% e 100%. 
20 - (INSS, Cesgranrio - Técnico Previdenciário - 2005) O artigo 201, 
parágrafo 3º da Constituição Federal de 1988 assim dispõe: "É assegurado o 
reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o 
valor real, conforme critérios definidos em lei". Tal dispositivo disciplina a 
manutenção do valor real dos benefícios previdenciários, que consiste em: 
A) assegurar reajustamentos de modo que a renda mensal seja equivalente ao 
número de salários mínimos da renda mensal inicial, na data de início do 
benefício. 
B) reajustar o benefício de acordo com a variação inflacionária, de modo a 
evitar diminuição injusta do seu poder de compra, variação esta que será 
fixada em lei. 
C) corrigir, monetariamente, todos os salários-de-contribuição considerados no 
cálculo do benefício. 
D) adotar critérios de reajustamento dos benefícios previdenciários fixados 
anualmente pelo Poder Judiciário. 
E) aplicar o mesmo índice de reajustamento vigente na data de início do 
benefício a todo o período de reajuste, durante a existência do benefício. 
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GABARITO 
1) B 2) E 3) D 4) E 5) A 6) C 7) A 8) D 9) B 10) A 11) E 
12) A 13) C 14) D 15) A 16) B 17) C 18) B 19) C 20) B 
 
QUESTÕES COMENTADAS 
1 - (CESGRANRIO/Técnico Previdenciário-INSS/2005) A Previdência Social é o 
segmento da Seguridade Social que visa a propiciar os meios indispensáveis à 
subsistência da pessoa humana, quando ocorrer certa contingência prevista em lei. 
São beneficiários das prestaçõesprevidenciárias: 
A) somente os segurados. 
B) segurados e seus dependentes. 
C) toda e qualquer pessoa que já tiver contribuído para a Previdência Social, pelo 
menos com 01 (uma) contribuição mensal, sendo indiferente o período de tal 
recolhimento. 
D) aqueles que sofrerem riscos sociais, tais como incapacidade laborativa e idade 
avançada, independente de contribuição à Previdência Social. 
E) todos os brasileiros, independente de contribuição à Previdência Social. 
Gabarito: letra “b”. De acordo com o art. 8° do Decreto n° 3.048/1999 
(RPS), são beneficiários do Regime Geral de Previdência Social as pessoas 
físicas classificadas como segurados e dependentes. A noção de beneficiários 
do RGPS pode ser entendida como a delimitação do público-alvo do Regime, ou 
seja, todo aquele que tem ou possa vir a ter direito de receber alguma 
prestação previdenciária do RGPS, sejam benefícios ou serviços. Além disso, a 
previdência social tem caráter contributivo, o que significa dizer que só tem 
direito às prestações do Regime quem contribui, além de seus dependentes. 
Por essa razão, as alternativas “d” e “e” estão incorretas. Assim, é beneficiário 
do RGPS aquele que tem a qualidade de segurado ou de dependente, como se 
afirma na letra “b”. 
2 - (ESAF/Auditor-Fiscal do Trabalho/2010) Assinale a opção correta, entre as 
assertivas abaixo, relacionada aos benefícios que os dependentes da Previdência 
Social têm direito à luz da Lei n° 8.213/91. 
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a) Aposentadoria por tempo de contribuição. 
b) Auxílio-doença. 
c) Auxílio-acidente. 
d) Aposentadoria por invalidez. 
e) Pensão por morte. 
Gabarito: letra “e”. De todos os benefícios do RGPS (aposentadorias por 
invalidez, por tempo de contribuição, por idade e especial; auxílios doença, 
acidente e reclusão; salários família e maternidade; e pensão por morte), 
apenas a pensão por morte e o auxílio-reclusão são benefícios destinados aos 
dependentes, os demais são benefícios dos próprios segurados do Regime. Em 
seu art. 18, a Lei n° 8.213/1991 classifica os benefícios e serviços quanto a 
seus destinatários. Em seu inciso II, dispõe que, quanto aos dependentes, são 
devidos os benefícios de pensão por morte e auxílio-reclusão. Portanto, dentre 
as alternativas da questão, a letra “e” é a única que traz um benefício devido 
ao dependente (pensão por morte). Todas as demais alternativas tratam de 
benefícios do próprio segurado. Registre-se que os serviços de reabilitação 
profissional e serviço social são devidos tanto para os segurados como para os 
dependentes (art. 18, III). Atenção para não se confundir com o salário-
família. Apesar de ele ser concedido em função do número de filhos do 
segurado, como estudaremos na Aula 06, ele é um benefício devido ao próprio 
segurado. 
3 - (CESGRANRIO/Técnico Previdenciário-INSS/2005) São dependentes do 
segurado do Regime Geral da Previdência Social: 
A) todos aqueles que dependam economicamente do segurado, sendo irrelevante o 
vínculo conjugal ou consanguíneo. 
B) todos aqueles indicados como dependentes, nos termos da legislação tributária do 
imposto de renda. 
C) as pessoas designadas pelo segurado para serem dependentes. 
D) cônjuge, companheiro(a), filho(a) não emancipado(a), de qualquer condição, 
menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido(a), pais, irmão(ã) não emancipado(a), de 
qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido(a). 
E) cônjuge, companheiro(a), filho(a) não emancipado(a), de qualquer condição, 
menor de 18 (dezoito) anos ou inválido(a), pais, irmão(ã) não emancipado(a), de 
qualquer condição, menor de 18 (dezoito) anos ou inválido(a). 
Gabarito: letra “d”. Esta questão está um pouco prejudicada em função 
da recente alteração do art. 16 da Lei n° 8.213/1991, que define os 
dependentes dos segurados da previdência, introduzida pela Lei n° 
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12.470/2011. A nova redação dada pela Lei alargou as possibilidades de 
concessão de benefícios para filhos e irmãos após 21 anos, para incluir, além 
dos inválidos, aqueles que tenham deficiência intelectual ou mental que o 
torne absolutamente ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente. 
Feito esse registro, vamos analisar as alternativas da questão. As letras “a”, 
“b” e “c” trazem afirmações sobre os segurados que contrariam frontalmente o 
disposto no art. 16 da Lei n° 8.213/1991. Portanto, a dúvida do candidato 
poderia ser entre as alternativas “d” e “e”, que se diferenciam apenas pela 
idade limite para que o filho ou o irmão sejam considerados dependentes da 
previdência social. Todavia, de acordo com a Lei, esse limite de idade é de 21 
anos. Logo, gabarito letra “d”. 
4 - (CESGRANRIO/Técnico Previdenciário-INSS/2005) Caio, em maio de 2000, 
separou-se, judicialmente, de Maria. Na referida separação, acordou-se, 
judicialmente, que Caio não iria pagar pensão alimentícia à ex-esposa e que só iria 
pagar tal encargo para Ana, filha do casal, 19 anos. Em agosto de 2002, Caio conhece 
Teresa, com a qual vem a morar e manter união estável. Em agosto de 2004, Caio 
falece. Quem tem direito à pensão por morte, na qualidade de dependente de Caio? 
A) Maria, Ana e Teresa. 
B) Maria e Ana. 
C) Ana e Teresa. 
D) Ana. 
E) Teresa. 
Gabarito: letra “e”. Em agosto de 2004, data de falecimento de Caio, 
segurado do RGPS, Ana já tinha 23 anos, considerando que em maio de 2000 
ela tinha 19 anos. Portanto, Ana, apesar de ser filha de Caio, não era mais sua 
dependente, de acordo com o artigo 16 do Regulamento da Previdência Social. 
Da mesma forma, Maria, ex-mulher de Caio, também não tem direito à pensão 
por morte do ex-marido, pois na separação judicial ela não fez jus a pensão 
alimentícia. Segundo o art. 17 do RPS, ocorre perda da qualidade de 
dependente do cônjuge pela separação judicial, exceto enquanto lhe for 
assegurada a prestação de alimentos. Logo, a única que terá direito à pensão 
por morte, na qualidade de dependente de Caio, é Teresa, com quem Caio 
mantinha união estável. 
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5 - (CESPE/Técnico do Seguro Social-INSS/2008-adaptada) Célio, segurado 
empregado da previdência social, tem um filho, com 28 anos de idade, que sofre de 
doença degenerativa em estágio avançado, sendo, portanto, inválido. Sobre essa 
situação, analise os itens abaixo: 
I - o filho de Célio é considerado seu dependente, mesmo tendo idade superior a 
dezoito anos. 
II – o filho de Célio, enquanto seu dependente, fará jus a pensão por morte ou 
auxílio-reclusão, no caso da morte de Célio ou de sua prisão, respectivamente. 
III - o filho de Célio não é considerado seu dependente, pois tem idade superior a 21 
anos. 
Está correto o que se afirma em: 
A) I e II. 
B) I e III. 
C) II e III. 
D) I, II e III. 
E) Apenas em I. 
Gabarito: letra “a”. Sabemos que, pela definição de dependente da Lei n° 
8.213/1991, o filho maior de 21 anos mantém a qualidade de dependente se 
inválido ou, a partir da Lei n° 12.470/2011, se tiver deficiência intelectual ou 
mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado 
judicialmente. Como o enunciado afirma que o filho de Célio é inválido, ele é 
considerado seu dependente, mesmo tendo 28 anos de idade. Logo, o item I 
está correto e o item III está errado. O item II está correto porque os 
benefícios de pensão por morte e auxílio-reclusão são, de fato,os dois 
benefícios destinados aos dependentes do segurado. Portanto, está correto o 
que se afirma em I e II e o gabarito é letra “a”. 
6 - (CESPE/Técnico do Seguro Social-INSS/2008-adaptada) Paulo é, de forma 
comprovada, dependente economicamente de seu filho, Juliano, que, em viagem a 
trabalho, sofreu um acidente e veio a falecer. Juliano à época do acidente era casado 
com Raquel. Nessa situação, 
A) Somente Paulo tem direito ao benefício de pensão por morte. 
B) Paulo e Raquel devem comprovar dependência econômica de Juliano para terem 
direito à pensão por morte. 
C) Somente Raquel tem direito ao benefício de pensão por morte. 
D) Paulo e Raquel não têm direito a qualquer benefício da previdência. 
E) Paulo e Raquel poderão requerer o benefício de pensão por morte, que deverá ser 
rateado entre ambos. 
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Gabarito: letra “c”. Raquel, que na época do falecimento de Juliano era 
casada com ele, é dependente de classe superior a Paulo, pai do segurado, e, 
portanto, receberá o benefício sozinha, sem rateá-lo com Paulo. A existência 
de dependente de classe superior exclui o direito de dependentes de classe 
inferior (art. 16, § 2°, RPS). Desse modo, está correto o que se afirma em “c”. 
Em relação à necessidade de comprovação da dependência econômica, 
somente os pais e os irmãos precisam comprová-la, pois ela é presumida para 
os dependentes da classe I – cônjuge, companheiro (a) e filhos (art. 16, § 17, 
RPS). 
7 - (CESPE/Técnico do Seguro Social-INSS/2008-adaptada) César, segurado da 
previdência social, vive com seus pais e com seu irmão, Getúlio, de 15 anos de idade. 
Caso César venha a falecer, 
A) O pagamento de benefícios previdenciários a seus pais e a seu irmão só é devido 
se estes comprovarem dependência econômica com relação a César. 
B) Em nenhuma situação Getúlio terá direito a benefício de pensão por morte do 
irmão. 
C) Os pais não são considerados dependentes de César, ainda que comprovem 
dependência econômica. 
D) Os pais e o irmão de César poderão requerer o benefício de pensão por morte, que 
deverá ser rateado entre os três. 
E) A dependência econômica de Getúlio em relação a César é presumida. 
Gabarito: letra “a”. Como vimos na questão anterior, existe uma 
hierarquia entre as classes de dependentes e a existência de dependente de 
classe superior exclui o direito de dependentes de classe inferior (art. 16, § 2°, 
RPS). O cônjuge, companheiro (a) e os filhos são dependentes de classe I, os 
pais são dependentes de classe II e os irmãos são dependentes de classe III. A 
questão é resolvida pela regra do § 7° do art. 16: “A dependência econômica 
das pessoas de que trata o inciso I é presumida e a das demais deve ser 
comprovada”. Portanto, tanto os pais quanto os irmãos devem comprovar sua 
dependência econômica do segurado para terem sua qualidade de dependente 
reconhecida. Por isso, está correto o que se afirma em “a”. A letra “b” está 
errada porque Getúlio pode ter direito ao benefício de pensão pela morte do 
irmão, caso não existam dependentes das classes superiores. Assim, se os pais 
de César não dependessem economicamente dele, mas o irmão sim, Getúlio 
faria jus ao benefício. As demais alternativas também estão incorretas. 
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8 - (CESPE/Técnico do Seguro Social-INSS/2008-adaptada) Edson é menor de 
idade sob guarda de Coutinho, segurado da previdência social. Nessa situação, 
A) Edscon deve comprovar dependência econômica em relação a Coutinho para ser 
considerado seu dependente. 
B) Coutinho pode requerer o pagamento do salário-família em relação a Edson, já que 
este é seu dependente. 
C) Edson é equiparado a filho pela legislação previdenciária. 
D) Coutinho não pode requerer o pagamento do salário-família em relação a Edson, já 
que este não é seu dependente. 
E) Edson poderá ter direito a benefícios como dependente de Coutinho, desde que 
Coutinho não tenha outros filhos legítimos. 
Gabarito: letra “d”. Atualmente, o menor sob guarda não é mais 
equiparado a filho pela legislação previdenciária, não sendo considerado como 
dependente do segurado, e não enseja o pagamento de salário-família. Até a 
Lei n° 9.528/1997, eram equiparados ao filho, mediante declaração do 
segurado: “o enteado; o menor que, por determinação judicial, esteja sob a 
sua guarda; e o menor que esteja sob sua tutela e não possua condições 
suficientes para o próprio sustento e educação”. Todavia, após essa alteração 
legislativa, apenas o enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho 
mediante declaração do segurado e desde que comprovada a dependência 
econômica. Portanto, a letra “d” está correta e todas as demais estão erradas. 
9 - (CESPE/Técnico do Seguro Social-INSS/2008-adaptada) Gilmar, inválido, e 
Solange são comprovadamente dependentes econômicos do filho Gilberto, segurado 
da previdência social, que, por sua vez, tem um filho. Nessa situação, 
A) Gilmar e Solange concorrem em igualdade de condições com o filho de Gilberto 
para efeito de recebimento eventual de benefícios. 
B) O filho, desde que tenha a qualidade de dependente, tem precedência sobre os 
pais de Gilberto, para efeito de recebimento eventual de benefícios. 
C) Gilmar e Solange poderão requerer o benefício de pensão por morte em caso de 
falecimento de Gilberto, que deverá ser rateado entre ambos. 
D) A dependência econômica de Gilmar e Solange em relação a Gilberto é presumida. 
E) Em caso de falecimento de Gilberto, somente Gilmar tem direito a recebimento de 
benefício como dependente de Gilberto. 
Gabarito: letra “b”. Já vimos as regras que definem os dependentes da 
previdência social e seus respectivos direitos durante a aula e em questões 
anteriores. No caso do enunciado, os pais de Gilberto são dependentes de 
classe II e o filho é dependente de classe I, desde que menor de 21 anos, ou 
inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou 
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relativamente incapaz, assim declarado judicialmente. Apesar de o enunciado 
não explicitar esse fato, a única alternativa correta é a letra “b”, pois a 
existência de dependente de classe superior exclui o direito de dependentes de 
classe inferior (art. 16, § 2°, RPS). 
10 - (CESGRANRIO/Técnico Previdenciário-INSS/2005) 12 (doze) contribuições 
mensais, 180 (cento e oitenta) contribuições mensais e nenhuma contribuição são os 
períodos de carência, respectivamente, dos seguintes benefícios previdenciários: 
A) auxílio-doença, aposentadoria por idade e pensão por morte. 
B) auxílio-doença, aposentadoria por invalidez e pensão por morte. 
C) auxílio-acidente, pensão por morte e serviço social. 
D) auxílio-acidente, aposentadoria por idade e pensão por morte. 
E) aposentadoria por invalidez, aposentadoria por tempo de contribuição e 
aposentadoria por idade. 
Gabarito: letra “a”. Os períodos de carência exigidos para os benefícios 
estão previstos no art. 29 do Decreto n° 3.048/1999. São exigidas 12 
contribuições mensais para os benefícios de auxílio-doença e aposentadoria por 
invalidez (comum); 180 contribuições mensais para as aposentadorias por 
idade, por tempo de contribuição e especial; e 10 contribuições mensais no 
caso de salário-maternidade, para as seguradas contribuinte individual, 
especial e facultativa. Portanto, a alternativa correta é a letra “a”. 
11 - (ESAF/AFT/2010) Assinale a opção correta,entre as assertivas abaixo, 
relativas ao número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o 
beneficiário faça jus ao benefício previsto na Lei n. 8.213/91. 
a) Auxílio-doença no caso de acidente de qualquer natureza – 14 (quatorze) 
contribuições mensais. 
b) Auxílio-reclusão – 12 contribuições mensais. 
c) Aposentadoria por idade – independe de contribuições mensais. 
d) Aposentadoria por tempo de serviço – 120 contribuições mensais. 
e) Pensão por morte – independe de contribuições mensais. 
Gabarito: letra “e”. Essa é uma questão relativamente fácil, pois 
sabemos que a pensão por morte independe de contribuições mensais, por se 
tratar de um evento imprevisto e não programado. As opções das letras “a” e 
“b” estão erradas porque o auxílio-doença acidentário e o auxílio-reclusão 
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independem de carência. As letras “c” e “d” estão erradas porque o período de 
carência para as aposentadorias por idade e por tempo de contribuição é de 
180 contribuições mensais. 
12 – (FCC/Médico Perito Previdenciário-INSS/2006) O cumprimento do período 
de carência 
A) não é exigido para a aposentadoria por invalidez quando a incapacidade decorrer 
de acidente de qualquer natureza ou causa. 
B) é obrigatório e são exigidas 12 contribuições mensais para a aposentadoria por 
invalidez quando a incapacidade decorrer de hepatopatia grave. 
C) não é exigido para o salário-maternidade para as seguradas empregadas e 
facultativas. 
D) é obrigatório e são exigidas 180 contribuições mensais para a aposentadoria por 
idade para aqueles que se filiaram ao Regime Geral de Previdência Social em janeiro 
de 1990. 
E) é obrigatório e são exigidas 12 contribuições mensais para o auxílio-doença para os 
segurados especiais. 
Gabarito: letra “a”. As disposições sobre período de carência estão 
plasmadas no Decreto n° 3.048/1999, em seus arts. de 26 a 30. Independe de 
carência a concessão de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos 
casos de acidente de qualquer natureza ou causa, bem como nos casos de 
segurado que, após filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social, for 
acometido de alguma das doenças ou afecções especificadas em lista 
elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social a cada três anos, 
de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou 
outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento 
particularizado. Desse modo, a alternativa “a” está correta e a letra “b” está 
errada, pois a hepatopatia grave está entre as doenças ou afecções 
especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência 
Social que dispensam a exigência de carência (art. 67, III, da IN INSS/PR n° 
20/2007). A letra “c” está errada porque não é exigida carência da segurada 
empregada para a concessão de salário-maternidade, mas no caso de 
segurada facultativa é exigida carência de 10 contribuições mensais. A letra 
“d” é capciosa, pois trata de uma regra transitória. Antes da Lei n° 8.213/1991 
a carência para a aposentaria por idade era de apenas 60 meses. Por fim, a 
letra “e” está errada porque, para os segurados especiais, independe de 
carência a concessão dos benefícios aposentadoria por idade ou por invalidez, 
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auxílio-doença, auxílio-reclusão ou pensão por morte, desde que comprovem o 
exercício de atividade rural no período imediatamente anterior ao 
requerimento do benefício, ainda que de forma descontínua, igual ao número 
de meses correspondente à carência do benefício requerido (art. 30, IV, RPS). 
13 - (CESGRANRIO/Técnico Previdenciário-INSS/2005) Período de Carência é o 
número de contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao 
benefício. O dia de início da contagem do período de carência é o(a): 
A) primeiro dia do mês de filiação ao Regime Geral de Previdência Social, para o 
segurado empregado doméstico. 
B) primeiro dia do mês de filiação ao Regime Geral da Previdência Social, para todos 
os segurados, obrigatórios ou facultativos. 
C) primeiro dia do mês em que se iniciou a execução de atividade remunerada, como 
segurado empregado, sendo presumida a contribuição. 
D) data do efetivo recolhimento da primeira contribuição sem atraso, para o 
trabalhador avulso. 
E) data do efetivo recolhimento da primeira contribuição sem atraso, para todos os 
segurados, obrigatórios ou facultativos. 
Gabarito: letra “c”. Vimos que as regras sobre o início da contagem do 
período de carência variam de acordo com o tipo de segurado. Para o segurado 
empregado e trabalhador avulso, como é presumida a contribuição, o início da 
contagem é o primeiro dia do mês em que se iniciou a execução da atividade 
remunerada, ou seja, quando houve a filiação ao Regime. Para o empregado 
doméstico, contribuinte individual e facultativo, o início da contagem é a data 
do efetivo recolhimento da primeira contribuição sem atraso. Portanto, a 
alternativa “c” é a resposta correta. 
14 – (CESPE/Técnico do Seguro Social-INSS/2008-adaptada) Analise os itens 
abaixo: 
I - Uma segurada empregada do regime de previdência social que tenha conseguido 
seu primeiro emprego e, logo na primeira semana, sofra um grave acidente que 
determine seu afastamento do trabalho por quatro meses não terá direito ao auxílio-
doença pelo fato de não ter cumprido a carência de doze contribuições. 
 
II - Uma profissional liberal que seja segurada contribuinte individual da previdência 
social há três meses e esteja grávida de seis meses terá direito ao salário-
maternidade, caso recolha antecipadamente as sete contribuições que faltam para 
completar a carência. 
Está correto o que se afirma em: 
A) I e II. 
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B) Somente em I. 
C) Somente em II. 
D) Nenhum dos itens. 
E) Somente em II, desde que ela recolha com juros e multa. 
Gabarito: letra “d”. O item I está errado porque o auxílio-doença 
acidentário não observa período de carência, somente o auxílio-doença 
comum. O enunciado deixa claro que o auxílio-doença é devido por conta de 
acidente sofrido. Nesse tipo de situação, o auxílio-doença devido não observa 
carência. Já o item II também está errado porque a carência, no caso do 
segurado contribuinte individual, só é contada da data do efetivo recolhimento 
da primeira contribuição sem atraso, não sendo consideradas para esse fim as 
contribuições recolhidas com atraso referentes a competências anteriores (art. 
28, II, RPS). 
15 - (CESPE/Advogado Geral da União/2004 – adaptada) A respeito do início da 
contagem do período de carência, analise os itens a seguir: 
I - A carência é contada, nos casos dos segurados empregados e dos trabalhadores 
avulsos, a partir da data de filiação ao RGPS. 
II - Nos casos do empregado doméstico, do contribuinte individual, do facultativo, 
conta-se a carência a partir da data do efetivo pagamento da primeira contribuição 
sem atraso. 
Está correto o que se afirma em: 
A) I e II. 
B) Somente em I. 
C) Somente em II. 
D) Nenhum dos itens. 
E) Somente em II, exceto para o segurado facultativo. 
Gabarito: letra “a”. Mais uma questão sobre o início da contagem do 
período de carência. Conforme já explicado nas questões anteriores, ambos os 
itens estão corretos. 
16 – (CESPE/Técnico do Seguro Social-INSS/2008-adaptada) Se uma 
empregada doméstica estiver devidamente inscrita na previdência social, será

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