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DIREITO PREVIDENCIÁRIO 7

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CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS 
PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA 
Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 1
Aula 06 
Prof. Gabriel Pereira 
I – Introdução 
Olá, pessoal! 
Chegamos à penúltima aula do nosso curso de Direito Previdenciário para 
o cargo de Técnico do INSS. Nesta Aula 06 encerraremos o estudo das 
prestações previdenciárias em espécie, pois ficou faltando os auxílios acidente, 
doença e reclusão; salários família e maternidade; e os serviços de reabilitação 
profissional e serviço social. 
Na última aula, comentei sobre as atualizações da Portaria 
Interministerial MPS/MF n° 2, de 6/01/2012. Contudo, naquela ocasião eu 
mencionei apenas o reajuste do valor dos benefícios do RGPS e dos limites 
mínimo e máximo dos salários de contribuição e de benefício. Todavia, a 
mencionada Portaria traz outras atualizações, como os valores aplicáveis aos 
benefícios de salário-família e auxílio-reclusão, como analisaremos nesta Aula 
06, além da tabela para definição da alíquota da contribuição dos segurados. 
Tais alíquotas passam a vigorar nas seguintes faixas de remuneração: 
Salário de contribuição Alíquotas 
até R$ 1.174,86 8,00% 
de R$ 1.174,87 a R$ 1.958,10 9,00% 
de R$ 1.958,11 a R$ 3.916,20 11,00% 
Por fim, informo que já está disponível no site do Ponto o “Bizu p/ o 
INSS”, que é o nosso material para sua revisão de última hora. Nele, 
abordamos os tópicos mais importantes da prova, considerando nossa 
expectativa quanto aos assuntos que têm maior chance de serem cobrados, e 
apresentamos algumas dicas para sua revisão final nesses dias que antecedem 
a realização do concurso. 
Bons estudos! 
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AULA 06
Conteúdo: 9) Plano de Benefícios da Previdência Social: benefícios em espécie 
(auxílio-acidente; auxílio-doença; auxílio-reclusão; salário-família; salário-
maternidade). Acumulação de benefícios. Abono anual. Serviços da Previdência 
Social: reabilitação profissional e serviço social. 
Do Auxílio-acidente 
O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado 
empregado, exceto o doméstico, ao trabalhador avulso e ao segurado especial 
quando, após a consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer 
natureza, resultar sequela definitiva, que implique: 
I - redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exerciam; 
II - redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exerciam 
e exija maior esforço para o desempenho da mesma atividade que exerciam à 
época do acidente; ou 
III - impossibilidade de desempenho da atividade que exerciam à época 
do acidente, porém permita o desempenho de outra, após processo de 
reabilitação profissional, nos casos indicados pela perícia médica do Instituto 
Nacional do Seguro Social (art. 104, RPS). 
O auxílio-acidente é o único benefício com natureza exclusivamente 
indenizatória. Tem o objetivo de ressarcir o segurado, em virtude de acidente 
que lhe provoque a redução da capacidade laborativa. O auxílio-acidente 
independe de carência, uma vez que decorre de evento imprevisível. O 
benefício é tratado na Lei n° 8.213/91, art. 86, e no RPS, art. 104. 
CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS 
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A renda mensal do auxílio-acidente corresponderá a 50% do salário-de-
benefício e será devido até a véspera de início de qualquer aposentadoria ou 
até a data do óbito do segurado. Será devido a contar do dia seguinte ao da 
cessação do auxílio-doença, independentemente de qualquer remuneração ou 
rendimento auferido pelo acidentado. 
O recebimento de salário ou concessão de outro benefício previdenciário, 
exceto de aposentadoria, não prejudicará a continuidade do recebimento do 
auxílio-acidente. Assim, é vedada a sua acumulação com qualquer 
aposentadoria. Todavia, poderá ser recebido em conjunto com auxílio-doença 
decorrente de outro evento. Não pode ser acumulado com o auxílio-doença 
quando ambos decorrerem da mesma causa. No caso de reabertura de auxílio-
doença por acidente de qualquer natureza, que tenha dado origem a auxílio-
acidente, este será suspenso até a cessação do auxílio-doença reaberto, 
quando será reativado. 
Danos funcionais ou redução da capacidade funcional sem repercussão 
na capacidade laborativa e mudança de função, mediante readaptação 
profissional promovida pela empresa, como medida preventiva, em decorrência 
de inadequação do local de trabalho, não são consideradas para efeito de 
concessão. A perda da audição, em qualquer grau, somente proporcionará a 
concessão do auxílio-acidente quando, além do reconhecimento do nexo de 
causa entre o trabalho e a doença, resultar, comprovadamente, redução ou 
perda da capacidade para o trabalho que o segurado habitualmente exercia. 
O segurado que sofrer acidente de qualquer natureza durante o período 
de manutenção da qualidade de segurado (período de graça) fará jus ao 
benefício de auxílio-acidente, desde que atendidas às demais condições para a 
percepção do benefício. Esta é uma alteração trazida pelo Decreto n° 
6.722/2008, pois anteriormente o auxílio-acidente não era concedido ao 
segurado desempregado, ainda que estivesse no período de graça. 
O trabalhador que tenha sofrido acidente de trabalho tem direito à 
estabilidade no emprego pelo prazo mínimo de 12 meses após a cessação do 
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auxílio-doença decorrente do acidente, independentemente da percepção de 
auxílio-acidente. Quando o segurado em gozo de auxílio-acidente fizer jus a 
um novo auxílio-acidente, como consequência de outro acidente ou doença, 
serão comparadas as rendas mensais dos dois benefícios e mantido o benefício 
mais vantajoso. Não é permitido acumular o recebimento de mais de um 
auxílio-acidente. 
Do Auxílio-doença 
O auxílio-doença será devido ao segurado que, após cumprida, quando 
for o caso, a carência exigida, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a 
sua atividade habitual por mais de 15 dias consecutivos (art. 59, Lei n° 
8.213/91). O auxílio-doença é benefício não programado, decorrente de 
incapacidade temporária do segurado para seu trabalho habitual. Porém, 
somente será devido se a incapacidade for superior a 15 dias consecutivos. O 
tema é previsto na Lei n° 8.213/91, arts. 59 a 63, e no RPS, arts. 71 a 80. 
Como visto em aula passada, o auxílio-doença tem carência de 12 
contribuições mensais, mas somente para o auxílio-doença comum. Em caso 
de auxílio-doença acidentário, não há carência. Ao contrário da aposentadoria 
especial, todos os segurados do RGPS fazem jus ao auxílio-doença. 
Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço 
da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando 
lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou 
redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. 
Consideram-se, também, como acidente do trabalho as seguintes entidades 
mórbidas: doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada 
pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da 
respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho; doença do trabalho, 
assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições 
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especiaisem que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, 
constante da relação do MTE mencionada (arts. 19 e 20 da Lei n° 8.213/1991). 
Considera-se como dia do acidente, no caso de doença profissional ou do 
trabalho, a data do início da incapacidade laborativa para o exercício da 
atividade habitual, ou o dia da segregação compulsória, ou o dia em que for 
realizado o diagnóstico, valendo para este efeito o que ocorrer primeiro. 
Não são consideradas como doença do trabalho: a doença degenerativa; 
a inerente a grupo etário; a que não produza incapacidade laborativa; a 
doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se 
desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato 
direto determinado pela natureza do trabalho (art. 20). 
Além da definição de acidente do trabalho, há ainda um rol de situações 
que são equiparadas ao acidente do trabalho na Lei n° 8.213/1991, art. 21: 
 I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa 
única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução 
ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija 
atenção médica para a sua recuperação; 
 II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, 
em consequência de: a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado 
por terceiro ou companheiro de trabalho; b) ofensa física intencional, inclusive 
de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho; c) ato de 
imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de 
trabalho; d) ato de pessoa privada do uso da razão; e) desabamento, 
inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior; 
III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no 
exercício de sua atividade; 
IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de 
trabalho: a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a 
autoridade da empresa; b) na prestação espontânea de qualquer serviço à 
empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito; c) em viagem a 
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serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro 
de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra, independentemente 
do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado; 
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, 
qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do 
segurado. 
Portanto, o acidente do trabalho pode ensejar a concessão de três 
benefícios: auxílio-doença, caso o acidente resulte em incapacidade temporária 
do segurado para seu trabalho habitual; auxílio-acidente, em caso de sequelas 
definitivas com redução da capacidade laborativa do segurado; ou até 
aposentadoria por invalidez, caso o acidente provoque incapacidade 
permanente e insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que 
garanta ao segurado a subsistência. 
Voltando para o auxílio-doença, são pressupostos para sua concessão: a 
qualidade de segurado; incapacidade verificada através de exame médico 
pericial; não ser portador de doença ou lesão ao filiar-se ao RGPS, invocada 
como causa para a concessão do benefício, salvo quando a incapacidade 
sobrevier por motivo de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão. 
A renda mensal do benefício de auxílio-doença tem valor equivalente a 
91% do salário-de-benefício. Este benefício tem muitas regras e características 
similares ao benefício de aposentadoria por invalidez, como é o caso da data 
inicial do benefício, que é contada da mesma forma: 
I – ao segurado empregado, exceto o doméstico: a contar do 16° dia do 
afastamento da atividade ou a partir da data da entrada do requerimento, se 
entre o afastamento e a entrada do requerimento decorrerem mais de 30 dias; 
II – ao segurado empregado doméstico, contribuinte individual, 
trabalhador avulso, especial ou facultativo, a contar da data do início da 
incapacidade ou da data da entrada do requerimento, se entre essas datas 
decorrerem mais de 30 dias. 
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Durante os primeiros 15 dias consecutivos de afastamento da atividade 
por motivo de doença, incumbe à empresa pagar ao segurado empregado o 
seu salário integral. Cabe à empresa que dispuser de serviço médico próprio 
ou em convênio o exame médico e o abono das faltas correspondentes aos 
primeiros 15 dias de afastamento. Caso o segurado empregado, por motivo de 
doença, afaste-se da atividade durante um período menor do que de 15 dias, e 
se dela voltar a afastar-se dentro de 60 dias desse retorno, o segurado fará jus 
ao auxílio-doença, a partir do dia seguinte ao que completar o período de 15 
dias anteriormente iniciado. 
Quando a incapacidade ultrapassar 15 dias consecutivos, o segurado 
será encaminhado à perícia médica do INSS. Se constatada a incapacidade 
temporária, o benefício previdenciário será devido a partir do 16° dia de 
afastamento, sendo que a empresa paga os primeiros 15 dias. Se o segurado 
empregado, por motivo de doença, afastar-se do trabalho durante 15 dias, 
retornando à atividade no 16° dia, e se dela voltar a afastar-se dentro de 60 
dias desse retorno, fará jus ao auxílio-doença, a partir da data do novo 
afastamento. Quando o acidentado não se afastar do trabalho no dia do 
acidente, os 15 dias de responsabilidade da empresa pela sua remuneração 
integral são contados a partir da data do afastamento. Para todos os outros 
segurados que não o empregado, o benefício será devido a contar da data de 
início da incapacidade. 
O auxílio-doença do segurado que exercer mais de uma atividade 
abrangida pela Previdência Social será devido, mesmo no caso de incapacidade 
apenas para o exercício de uma delas, devendo a perícia médica ser 
conhecedora de todas as atividades que o mesmo estiver exercendo. Neste 
caso, o auxílio-doença será concedido em relação à atividade para a qual o 
segurado estiver incapacitado, considerando-se para efeito de carência 
somente as contribuições relativas a essa atividade. Caso o segurado receba 
auxílio-doença por incapacidade relativa a uma atividade, mas continue 
exercendo outra, esse auxílio-doença poderá ter valor inferior ao salário-
mínimo, já que se entende que a remuneração global será superior a esse 
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limite. Esta exceção foi prevista pelo Decreto ° 4.729/2003. Se, nas diversas 
atividades, o segurado exercer a mesma profissão, será exigido de imediato o 
afastamento de todas. 
A previdência social deve processar de ofício o benefício, quando tiver 
ciência da incapacidade do segurado sem que este tenha requerido auxílio-
doença (art. 76, RPS). 
A exemplo do aposentado por invalidez, o segurado em gozo de auxílio-
doença está obrigado, independentemente de sua idade e sob pena de 
suspensão do benefício, a submeter-se a exame médico a cargo da Previdência 
Social, processo de reabilitação profissional por ela prescrito e custeado e 
tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de 
sangue, que são facultativos. O segurado em gozo de auxílio-doença, 
insuscetível de recuperação para sua atividade habitual, deverá submeter-se a 
processo de reabilitação profissional para exercício de outra atividade, não 
cessandoo benefício até que seja dado como habilitado para o desempenho de 
nova atividade que lhe garanta a subsistência ou, quando considerado não 
recuperável, seja aposentado por invalidez. 
O auxílio-doença cessa pela recuperação da capacidade para o trabalho, 
pela transformação em aposentadoria por invalidez ou auxílio-acidente de 
qualquer natureza, neste caso, se resultar sequela que implique redução da 
capacidade para o trabalho que habitualmente exercia (art. 78, RPS). O 
segurado empregado em gozo de auxílio-doença é considerado pela empresa 
como licenciado. A empresa que garantir ao segurado licença remunerada 
ficará obrigada a pagar-lhe durante o período de auxílio-doença a eventual 
diferença entre o valor deste e a importância garantida pela licença. 
A Lei n° 8.213/91 estabelece que o segurado que sofreu acidente do 
trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de 12 meses, a manutenção do seu 
contrato de trabalho na empresa após a cessação do auxílio-doença 
acidentário, independentemente de percepção de auxílio-acidente. Note que 
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esse caso aplica-se unicamente ao empregado em gozo de auxílio-doença 
decorrente de acidente do trabalho. 
Após a cessação do auxílio-doença decorrente de acidente de qualquer 
natureza ou causa, tendo o segurado retornado ou não ao trabalho, se houver 
agravamento ou sequela que resulte na reabertura do benefício, a renda 
mensal será igual a 91% do salário-de-benefício do auxílio-doença cessado, 
corrigido até o mês anterior ao da reabertura do benefício, pelos mesmos 
índices de correção dos benefícios em geral. 
Do Auxílio-reclusão 
O auxílio-reclusão será devido, nas mesmas condições da pensão por 
morte, aos dependentes do segurado recolhido à prisão que não receber 
remuneração da empresa nem estiver em gozo de auxílio-doença, 
aposentadoria ou abono de permanência em serviço, desde que seu último 
salário de contribuição seja inferior ou igual a R$ 915,05. Esse valor é 
atualizado periodicamente através de Portaria Interministerial MPS/MF e 
caracteriza o segurado de baixa renda que se habilita ao auxílio-reclusão e ao 
salário-família. Atualmente, a Portaria vigente é a Portaria MPS/MF n° 2, de 
06/01/2012. 
O auxílio-reclusão independe de carência. Assim como a pensão por 
morte, é benefício destinado exclusivamente aos dependentes do segurado, no 
caso, o preso. Este não recebe o auxílio-reclusão, mas sim sua família. A 
limitação deste benefício aos dependentes do segurado de baixa renda, assim 
como no salário-família, foi inovação da EC n° 20/98, pois anteriormente 
qualquer segurado preso daria direito, a seus dependentes, à percepção desta 
prestação. O benefício é previsto na Lei n° 8.213/91, art. 80, e no RPS, arts. 
116 a 119. 
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A renda mensal do benefício equivale a 100% da renda mensal da 
aposentadoria por invalidez a que o segurado teria direito, rateada em partes 
iguais entre os dependentes. A data de início do benefício será fixada na data 
de efetivo recolhimento do segurado à prisão, se requerido até 30 dias depois 
desta, ou na data do requerimento, se posterior. 
O pedido de auxílio-reclusão deve ser instruído com certidão do efetivo 
recolhimento do segurado à prisão, firmada por autoridade competente. O 
beneficiário deverá apresentar trimestralmente atestado de que o segurado 
continua detido ou recluso, firmado também por autoridade competente. No 
caso de fuga, o benefício será suspenso e, se houver recaptura do segurado, 
será restabelecido, a contar da data em que esta ocorrer, desde que esteja 
ainda mantida a qualidade de segurado. Se houver exercício de atividade 
dentro do período de fuga, o mesmo será considerado para a verificação da 
perda ou não da qualidade de segurado. 
O auxílio-reclusão é devido aos dependentes do segurado mesmo quando 
não houver contribuição na data do efetivo recolhimento à prisão, desde que 
mantida a qualidade de segurado. Nesse caso, será considerado como 
remuneração, para enquadramento como baixa renda, o seu último salário-de-
contribuição. O benefício neste caso será no valor de um salário-mínimo. 
Se acontecer o óbito do segurado, o auxílio-reclusão que estiver sendo 
pago será automaticamente convertido em pensão por morte. Não havendo 
concessão de auxílio-reclusão, devido a salário-de-contribuição superior a R$ 
915,05, será devida pensão por morte aos dependentes, se o óbito do 
segurado tiver ocorrido dentro do prazo em que a qualidade de segurado 
estiver mantida. 
É vedada a concessão do auxílio-reclusão após a soltura do segurado 
(art. 119, RPS). O auxílio-reclusão é devido, somente, durante o período em 
que o segurado estiver recolhido à prisão sob regime fechado ou semiaberto. 
Não cabe a concessão de auxílio-reclusão aos dependentes de segurado que 
esteja em livramento condicional ou que cumpra pena em regime aberto, 
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assim entendido aquele cuja execução da pena seja em casa de albergado ou 
estabelecimento adequado. Equipara-se à condição de recolhido à prisão a 
situação do maior de 16 e menor de 18 anos de idade que se encontre 
internado em estabelecimento educacional ou congênere, sob custódia do 
Juizado da Infância e da Juventude. 
O filho nascido durante o recolhimento do segurado à prisão terá direito 
ao benefício de auxílio-reclusão a partir da data de seu nascimento. Se a 
realização do casamento ocorrer durante o recolhimento do segurado à prisão, 
o auxílio-reclusão será devido a partir da data do requerimento do benefício. 
Os pagamentos do auxílio-reclusão serão suspensos: no caso de fuga; se 
o segurado, ainda que privado de liberdade, passar a receber auxílio-doença; 
se o dependente deixar de apresentar atestado trimestral, firmado pela 
autoridade competente, para prova de que o segurado permanece recolhido à 
prisão; e quando o segurado deixar a prisão por livramento condicional, para 
cumprimento da pena em regime aberto ou por prisão albergue. 
A Lei n° 10.666/2003 estabeleceu, em seu art. 2°, que, no caso de o 
segurado recluso exercer uma atividade remunerada e contribuir na condição 
de contribuinte individual ou facultativo, isso não acarretará a perda do direito 
ao auxílio-reclusão para seus dependentes. Entretanto, o segurado recluso não 
terá direito aos benefícios de auxílio-doença e aposentadoria durante a 
percepção pelos dependentes do auxílio-reclusão, ainda que, nessa condição, 
contribua como contribuinte individual ou facultativo. Contudo, é permitida a 
opção, desde que manifestada também pelos dependentes, ao benefício mais 
vantajoso. Embora a Lei de 2003 mencione a possibilidade de o segurado 
recluso contribuir como contribuinte individual, vimos na aula sobre 
“segurados” que, desde a publicação do Decreto n° 7.054, de 2009, o único 
enquadramento possível do preso é como facultativo, ainda que exerça 
atividade remunerada. 
Em caso de morte do segurado recluso que contribuía como contribuinte 
individual ou facultativo, o valor da pensão por morte devida a seus 
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dependentes será obtido mediante a realização de cálculo, com base nos novos 
tempos de contribuição e salários-de-contribuição correspondentes, nelesincluídas as contribuições recolhidas enquanto recluso, facultada a opção pelo 
valor do auxílio-reclusão. 
Do Salário-família 
O salário-família será devido, mensalmente, ao segurado empregado, 
exceto o doméstico, e ao trabalhador avulso que tenham salário-de-
contribuição inferior ou igual a R$ 915,05, na proporção do respectivo número 
de filhos ou equiparados (art. 65 da Lei). O aposentado por invalidez ou por 
idade e os demais aposentados com 65 anos ou mais de idade, se do sexo 
masculino, ou 60 anos ou mais, se do feminino, terão direito ao salário-família, 
pago juntamente com a aposentadoria (art.65, parágrafo único, da Lei n° 
8.213/91). O benefício está previsto na Lei n° 8.213/91, nos arts. 65 a 70, e 
no RPS, arts. 81 a 92. 
Portanto, o salário-família é benefício pago aos trabalhadores e 
aposentados de baixa renda, para ajudar na manutenção dos filhos de até 14 
anos de idade ou inválidos de qualquer idade. São equiparados aos filhos os 
enteados e os tutelados, estes desde que não possuam bens suficientes para o 
próprio sustento, devendo a dependência econômica de ambos ser 
comprovada (art. 16, § 3°, do RPS). Entretanto, não há direito a este benefício 
para empregados domésticos, segurados especiais, contribuintes individuais ou 
facultativos, salvo quando aposentados. 
A renda limite de R$ 915,05 para a caracterização como segurado de 
baixa renda, que enseja o direito aos benefícios de salário-família e auxílio-
reclusão, está fixada na Portaria Interministerial MPS/MF n° 2/2012, mas esse 
valor sofre atualização periódica. Da mesma forma, também o valor do 
benefício de salário-família sofre atualizações e está fixado na mesma Portaria. 
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O valor do salário-família será de R$ 31,22, por filho de até 14 anos 
incompletos ou inválido, para quem ganhar até R$ 608,80. Para o trabalhador 
que receber de R$ 608,81 até R$ 915,05, o valor do salário-família por filho de 
até 14 anos de idade ou inválido de qualquer idade será de R$ 22,00. 
O salário-família é devido na proporção do respectivo número de filhos 
ou equiparados. Não há número limite de cotas, se o segurado tiver diversos 
filhos nesta condição, receberá todas as cotas respectivas. Quando o pai e a 
mãe são segurados empregados ou trabalhadores avulsos, ambos têm direito 
ao salário-família. Todavia, se forem separados ou divorciados, o benefício 
será pago àquele que ficar com a guarda do menor. 
O pagamento do salário-família é condicionado à apresentação da 
certidão de nascimento do filho ou da documentação relativa ao equiparado ou 
ao inválido, e à apresentação anual de atestado de vacinação obrigatória e de 
comprovação de frequência à escola do filho ou equiparado, nos termos do 
regulamento. O salário-família será pago mensalmente ao empregado, pela 
empresa, com o respectivo salário, e ao trabalhador avulso, pelo sindicato ou 
órgão gestor de mão de obra, mediante convênio. A empresa conservará 
durante dez anos os comprovantes dos pagamentos e as cópias das certidões 
correspondentes, para exame pela fiscalização da Previdência Social. Para 
todos os aposentados que fizerem jus ao recebimento do benefício, o salário-
família será pago pelo INSS, juntamente com a aposentadoria. A cota do 
salário-família não será incorporada, para qualquer efeito, ao salário ou ao 
benefício. 
O pagamento do salário-família será devido a partir da data de 
apresentação da certidão de nascimento do filho ou da documentação relativa 
ao equiparado. Se o segurado não apresentar o atestado de vacinação 
obrigatória e a comprovação de frequência escolar do filho ou equiparado, nas 
datas definidas pelo INSS, o benefício será suspenso até que a documentação 
seja apresentada. O salário-família não é devido no período entre a suspensão 
do benefício motivada pela falta de comprovação da frequência escolar e o seu 
reativamento, salvo se provada a frequência escolar no período. A 
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comprovação de frequência escolar será feita mediante apresentação de 
documento emitido pela escola, na forma de legislação própria, em nome do 
aluno, onde conste o registro de frequência regular ou de atestado do 
estabelecimento de ensino, comprovando a frequência escolar regular no 
período. 
O direito ao salário-família cessa automaticamente na ocorrência das 
seguintes situações: I) por morte do filho ou equiparado, a contar do mês 
seguinte do óbito; II) quando o filho ou equiparado completar 14 anos de 
idade, salvo se inválido, a contar do mês seguinte ao da data do aniversário; 
III) pela recuperação da capacidade do filho ou equiparado inválido, a contar 
do mês seguinte ao da cessação da incapacidade; ou IV) pelo desemprego do 
segurado. 
Do Salário-maternidade 
O salário-maternidade é devido à segurada da previdência social, 
durante 120 dias, com início 28 dias antes e término 91 dias depois do parto. 
Salário-maternidade é um período remunerado, destinado ao descanso da 
mulher trabalhadora, em virtude de nascimento de seu filho ou adoção. Em 
casos excepcionais, os períodos de repouso anterior e posterior ao parto 
podem ser aumentados de mais duas semanas, mediante atestado médico 
específico (art. 93, RPS). O tema é tratado na Lei n° 8.213/91, nos arts. 71 a 
73, e no RPS, arts. 93 a 103. 
Antigamente o benefício era tipicamente trabalhista, se configurando em 
encargo da empresa. No entanto, para proteger o mercado de trabalho da 
mulher, o legislador decidiu transformar o benefício trabalhista em 
previdenciário, restando o salário-maternidade no rol dos benefícios do RGPS. 
Em decorrência desse fato, o salário-maternidade é o único benefício que 
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integra o salário-de-contribuição da segurada, incidindo contribuição 
previdenciária sobre o valor do benefício. 
Este benefício possui carência de 10 contribuições mensais, mas somente 
para as seguradas contribuinte individual, especial e facultativa. Em caso de 
parto antecipado, o período de carência será reduzido em número de 
contribuições equivalente ao número de meses em que o parto foi antecipado. 
Será devido o salário-maternidade à segurada especial, desde que comprove o 
exercício de atividade rural nos últimos 10 meses imediatamente anteriores ao 
requerimento do benefício, mesmo que de forma descontínua. 
Em caso de natimorto (quando o feto morre dentro do útero ou durante 
o parto), desde que seja a partir da 23ª semana, a segurada terá direito a 120 
dias de licença maternidade e salário-maternidade. Em caso de aborto não 
criminoso (antes da 23ª semana), comprovado mediante atestado médico, a 
segurada terá direito ao salário-maternidade correspondente a duas semanas. 
A Lei n° 10.421/2002 estendeu à mãe adotiva e à guardiã o direito à 
licença-maternidade e ao salário-maternidade. O período de licença bem como 
do recebimento do benefício previdenciário varia de acordo com a idade da 
criança. Se a criança adotiva ou sob guarda tiver até 1 ano, o período da 
licença e do salário-maternidade será de 120 dias. De 1 até 4 anos, 60 dias. 
De 4 até 8 anos, será de 30 dias. Quando houver adoção ou guarda judicial de 
mais de uma criança, simultaneamente, é devido um único salário-
maternidade relativo à criança de menor idade. 
A regra da renda mensal do benefício do salário-maternidade é a 
seguinte: I) o salário-maternidadeda segurada trabalhadora avulsa e 
empregada consiste numa renda mensal igual à sua remuneração integral, 
equivalente a um mês de trabalho; II) para a segurada empregada doméstica, 
em valor correspondente ao do seu último salário-de-contribuição; III) para a 
segurada especial, em um salário mínimo; IV) em 1/12 da soma dos 12 
últimos salários-de-contribuição, apurados em período não superior a 15 
meses, para as seguradas contribuinte individual e facultativa. 
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O início do afastamento do trabalho da segurada empregada gestante 
será determinado com base em atestado médico. A partir do afastamento, será 
iniciado o prazo de 120 dias. No caso de empregos concomitantes, a segurada 
fará jus ao salário-maternidade relativo a cada emprego e os valores serão 
somados, podendo ser superior ao teto do INSS, pois é equivalente à sua 
remuneração (o salário-maternidade não observa teto). O salário-maternidade 
da empregada, nos termos do art. 97 do RPS, será devido enquanto existir 
relação de emprego. Todavia, o Decreto n° 6.122/2007 inovou, dando direito 
ao benefício também às seguradas que não estejam efetivamente trabalhando, 
mas ainda estejam no período de graça. O salário-maternidade não pode ser 
acumulado com benefício por incapacidade. A aposentada que retornar à 
atividade fará jus ao pagamento do salário-maternidade. 
De forma semelhante ao que acontece com o salário-família, cabe à 
empresa pagar o salário-maternidade devido à respectiva empregada 
gestante, efetivando-se a compensação no cálculo do valor devido ao INSS, 
quando do recolhimento das contribuições incidentes sobre a folha de salários 
e demais rendimentos pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física 
que lhe preste serviço. A empresa deverá conservar durante dez anos os 
comprovantes dos pagamentos e os atestados correspondentes para exame 
pela fiscalização da Previdência Social. Para as demais seguradas que não a 
empregada, o salário-maternidade será pago diretamente pela Previdência 
Social, inclusive para a segurada empregada do Micro Empreendedor Individual 
(MEI). 
A Lei n° 11.770/2008 instituiu o Programa Empresa Cidadã, com o 
objetivo de prorrogar por mais 60 dias a duração da licença-maternidade. A 
empresa que conceder esta prorrogação às suas funcionárias poderá deduzir 
do imposto de renda devido em cada período de apuração o total da 
remuneração integral da empregada pago nos 60 dias de prorrogação. Essa 
prorrogação não é benefício previdenciário e a empresa não poderá deduzir os 
valores pagos no período das contribuições previdenciárias devidas, pois essa 
extensão não é reembolsada pelo INSS. 
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Abono anual 
 
Será devido abono anual ao segurado e ao dependente que, durante o 
ano, recebeu auxílio-doença, auxílio-acidente, aposentadoria, salário-
maternidade, pensão por morte ou auxílio-reclusão (art. 120, RPS). O abono 
anual da previdência corresponde ao 13° salário dos trabalhadores em geral, 
também conhecido como gratificação natalina. Portanto, o único benefício 
excluído do abono anual, segundo o RPS, é o salário-família. 
O abono anual será calculado, no que couber, da mesma forma que a 
gratificação natalina dos trabalhadores, tendo por base o valor da renda 
mensal do benefício do mês de dezembro de cada ano. 
O recebimento de benefício por período inferior a 12 meses, dentro do 
mesmo ano, determina o cálculo do abono anual de forma proporcional, 
seguindo a mesma lógica da gratificação natalina. Se uma segurada receber 
salário-maternidade, por exemplo, de abril a julho, terá direito a 4/12 do valor 
do benefício referente ao abono anual. Nesse caso, o valor do abono anual 
correspondente ao período de duração do salário-maternidade será pago, em 
cada exercício, juntamente com a última parcela do benefício nele devida. 
Acumulação de benefícios 
Em algumas situações, não é permitido acumular o recebimento conjunto 
de mais de um benefício do RGPS, em razão da própria natureza substitutiva 
da remuneração desses benefícios. Salvo no caso de direito adquirido, não é 
permitido o recebimento conjunto dos seguintes benefícios da previdência 
social, inclusive quando decorrentes de acidente do trabalho (art. 167, RPS): 
• aposentadoria com auxílio-doença; 
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• mais de uma aposentadoria; 
• salário-maternidade com auxílio-doença; 
• mais de um auxílio-acidente; 
• mais de uma pensão deixada por cônjuge e/ou companheiro ou 
companheira; 
• auxílio-acidente com qualquer aposentadoria. 
Além disso, também é vedado o recebimento conjunto do seguro-
desemprego com qualquer benefício de prestação continuada da previdência 
social, exceto pensão por morte, auxílio-reclusão e auxílio-acidente. 
Salvo nos casos de aposentadoria por invalidez ou especial, o retorno do 
aposentado à atividade não prejudica o recebimento de sua aposentadoria, que 
será mantida no seu valor integral. 
SERVIÇOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL 
Do Serviço Social 
Compete ao Serviço Social esclarecer junto aos beneficiários seus 
direitos sociais e os meios de exercê-los e estabelecer conjuntamente com eles 
o processo de solução dos problemas que emergirem da sua relação com a 
Previdência Social, tanto no âmbito interno da instituição como na dinâmica da 
sociedade. Essas ações cabem aos assistentes sociais servidores do INSS. 
Estes possuem, como recursos técnicos, o parecer social e a pesquisa social. 
Será dada prioridade aos segurados em benefício por incapacidade temporária 
e atenção especial aos aposentados e pensionistas. 
O serviço social constitui atividade auxiliar do seguro social e visa prestar 
ao beneficiário orientação e apoio no que concerne à solução dos problemas 
pessoais e familiares e à melhoria da sua inter-relação com a previdência 
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social, para a solução de questões referentes a benefícios, bem como, quando 
necessário, à obtenção de outros recursos sociais da comunidade (art. 161 do 
RPS). O tema é tratado na Lei n° 8.213/91, art. 88, e no RPS, art. 161. 
Para assegurar o efetivo atendimento dos usuários serão utilizadas 
intervenção técnica, assistência de natureza jurídica, ajuda material, recursos 
sociais, intercâmbio com empresas e pesquisa social, inclusive mediante 
celebração de convênios, acordos ou contratos. O Serviço Social terá como 
diretriz a participação do beneficiário na implementação e no fortalecimento da 
política previdenciária, em articulação com as associações e entidades de 
classe. O Serviço Social, considerando a universalização da Previdência Social, 
prestará assessoramento técnico aos Estados e Municípios na elaboração e 
implantação de suas propostas de trabalho. 
 
Da Habilitação e da Reabilitação Profissional 
A assistência (re)educativa e de (re)adaptação profissional, instituída sob 
a denominação genérica de habilitação e reabilitação profissional, visa 
proporcionar aos beneficiários, incapacitados parcial ou totalmente para o 
trabalho, em caráter obrigatório, independentemente de carência, e às pessoas 
portadoras de deficiência, os meios indicados para proporcionar o reingresso 
no mercado de trabalho e no contexto em que vivem (art. 136, RPS). Oserviço 
é previsto na Lei n° 8.213/91, arts. 89 a 93, e no RPS, arts. 136 a 141. A 
habilitação e reabilitação profissional poderão ser fornecidas, 
excepcionalmente, até a não beneficiários do RGPS, como os portadores de 
deficiência. 
Nos termos da Lei n° 8.213/91, “a habilitação e a reabilitação 
profissional e social deverão proporcionar ao beneficiário incapacitado parcial 
ou totalmente para o trabalho, e às pessoas portadoras de deficiência, os 
meios para a (re)educação e de (re)adaptação profissional e social indicados 
para participar do mercado de trabalho e do contexto em que vive”. 
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O segurado que se incapacita para o trabalho será obrigatoriamente 
reabilitado para outro tipo de atividade profissional. O processo de habilitação 
e reabilitação profissional do beneficiário será desenvolvido por meio das 
funções básicas de: I) avaliação do potencial laborativo; II) orientação e 
acompanhamento da programação profissional; III) articulação com a 
comunidade, inclusive mediante celebração de convênio para reabilitação 
física, restrita a segurados que cumpriram os pressupostos de elegibilidade ao 
programa de reabilitação profissional, com vistas ao reingresso no mercado de 
trabalho; e IV) acompanhamento e pesquisa da fixação no mercado de 
trabalho. 
Quando indispensáveis ao desenvolvimento do processo de reabilitação 
profissional, o INSS fornecerá aos segurados, inclusive aposentados, em 
caráter obrigatório, prótese e órtese, seu reparo ou substituição, instrumentos 
de auxílio para locomoção, bem como equipamentos necessários à habilitação 
e à reabilitação profissional, transporte urbano e alimentação e, na medida das 
possibilidades do Instituto, aos seus dependentes (art. 89, parágrafo único, Lei 
n° 8.213/91). 
A programação profissional será desenvolvida mediante cursos e/ou 
treinamentos, na comunidade, por meio de contratos, acordos e convênios 
com instituições e empresas públicas ou privadas. O treinamento do 
reabilitado, quando realizado em empresa, não estabelece qualquer vínculo 
empregatício ou funcional entre o reabilitado e a empresa, bem como entre 
estes e o INSS (art. 139, RPS). Concluído o processo de reabilitação 
profissional, o INSS emitirá certificado individual, indicando a função para a 
qual o reabilitando foi capacitado profissionalmente, sem prejuízo do exercício 
de outra para a qual se julgue capacitado. 
A empresa com 100 ou mais empregados estará obrigada a preencher de 
2 a 5% de seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de 
deficiência, habilitadas, na seguinte proporção: I) até 200 empregados, 2%; 
II) de 201 a 500 empregados, 3%; III) de 501 a 1.000 empregados, 4%; ou 
IV) mais de 1.000 empregados, 5%. 
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A dispensa de trabalhador reabilitado ou de deficiente habilitado ao final 
de contrato por prazo determinado de mais de noventa dias, e a imotivada, no 
contrato por prazo indeterminado, só poderá ocorrer após a contratação de 
substituto de condição semelhante. O Ministério do Trabalho e da Previdência 
Social deverá gerar estatísticas sobre o total de empregados e as vagas 
preenchidas por reabilitados e deficientes habilitados, fornecendo-as, quando 
solicitadas, aos sindicatos ou entidades representativas dos empregados. 
Serão encaminhados para os programas de reabilitação profissional, por 
ordem de prioridade: I) o beneficiário em gozo de auxílio-doença, o acidentário 
ou o previdenciário; II) o segurado em gozo de aposentadoria especial, por 
tempo de contribuição ou idade, que, em atividade de laboração, sofra 
acidente de qualquer natureza ou causa a implicar redução da capacidade 
funcional. III) o aposentado por invalidez; IV) o segurado sem carência para o 
auxílio-doença previdenciário, portador de incapacidade. V) o dependente 
pensionista inválido; VI) o dependente maior de 16 anos, portador de 
deficiência; VII) os portadores de deficiência, sem vínculo com a Previdência 
Social. 
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QUESTÕES 
1 - (FCC/Médico Perito Previdenciário-INSS/2006) O auxílio-acidente 
A)) pressupõe seqüela definitiva após a consolidação das lesões decorrentes de 
acidente de qualquer natureza. 
B) é devido aos empregados, contribuintes individuais e trabalhadores avulsos. 
C) não exige o cumprimento do período de carência e tem caráter vitalício, 
extinguindo-se apenas com o óbito do segurado. 
D) é devido ao desempregado, desde que detenha qualidade de segurado. 
E) poderá ser cumulado com auxílio-doença e com aposentadoria por tempo de 
contribuição. 
2 – (FCC/Procurador - PGE-MT/2011) Em relação ao auxílio-acidente, é 
correto afirmar: 
A) O auxílio-acidente será devido a partir do dia seguinte ao da cessação do 
auxílio-doença, independentemente de qualquer remuneração ou rendimento 
auferido pelo acidentado, permitida sua acumulação com qualquer 
aposentadoria. 
B) O auxílio-acidente mensal corresponderá a cinquenta por cento do salário-
de-contribuição e será devido até a véspera do início de qualquer 
aposentadoria ou até a data do óbito do segurado. 
C) O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado quando, 
após a consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, 
resultarem sequelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho que 
habitualmente exercia. 
D) O recebimento de salário ou concessão de qualquer outro benefício, não 
prejudicará a continuidade do recebimento do auxílio-acidente. 
E) A perda da audição somente proporcionará a concessão do auxílio-acidente, 
quando, além do reconhecimento de causalidade entre o trabalho e a doença, 
resultar, comprovadamente, na perda da capacidade para o trabalho que 
habitualmente exercia. 
3 - (Funrio/Analista do Seguro Social–INSS/2008) Acidente do trabalho 
é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo 
exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando lesão corporal ou 
perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou a redução, permanente 
ou temporária, da capacidade para o trabalho. Equiparam-se também ao 
acidente do trabalho para efeitos da Lei: 
A) a inerente ao grupo etário. 
B) a que não produz incapacidade laborativa. 
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C) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela 
se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato 
direto determinado pela natureza do trabalho. 
D) o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de 
trabalho na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe 
evitar prejuízo ou proporcionar proveito. 
E) a doença degenerativa. 
4 - (FCC/Médico Perito Previdenciário-INSS/2006) O auxílio-doença 
A) exige a incapacidade total e provisória para o exercício de todas as 
atividades laborativas. 
B)) exige a incapacidade total e provisória para o exercício das atividades 
laborativas habituais. 
C) é devido aos segurados empregados desde o afastamento da atividade. 
D) é devido aos segurados especiais desde o requerimento. 
E) é devido, a contar do 16° dia, aos segurados empregados e domésticos. 
5 – (FCC/Procurador Especial de Contas – TCM-BA/2011) Conforme o 
Regime Geral da Previdência Social, o auxílio doença é benefício depagamento 
A) descontinuado, permanente, não reeditável, de risco imprevisível e 
assemelhado à aposentadoria por invalidez. 
B) continuado, permanente, reeditável, de risco previsível e assemelhado à 
aposentadoria por invalidez. 
C) descontinuado, temporário, reeditável, de risco imprevisível e assemelhado 
à aposentadoria especial. 
D) continuado, temporário, não reeditável, de risco previsível e assemelhado à 
aposentadoria especial. 
E) continuado, temporário, reeditável, de risco imprevisível e assemelhado à 
aposentadoria por invalidez. 
6 – (FCC/Advogado-Nossa Caixa Desenvolvimento/2011) De acordo 
com a Lei no 8.213/91, em regra, o auxílio-doença, consistirá numa renda 
mensal correspondente a 
A) 100% do salário-de-benefício, exceto o decorrente de acidente do trabalho. 
B) 100% do salário-de-benefício, inclusive o decorrente de acidente do 
trabalho. 
C) 85% do salário-de-benefício, exceto o decorrente de acidente do trabalho. 
D) 91% do salário-de-benefício, exceto o decorrente de acidente do trabalho. 
E) 91% do salário-de-benefício, inclusive o decorrente de acidente do trabalho. 
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7 – (FCC/Promotor de Justiça – MPE-PE/2002) Quanto aos benefícios da 
Lei 8.213/91, considere o que segue: 
I. O concedido, como indenização ao segurado quando, após a consolidação 
das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem seqüelas 
que impliquem redução da capacidade para o trabalho que habitualmente 
exercia. 
II. O devido, uma vez cumprida a carência devida nessa Lei de Planos e 
Benefícios da Previdência Social, ao segurado que tiver trabalhado sujeito a 
condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física ou 
mental, durante quinze, vinte ou vinte e cinco anos, conforme dispuser a lei. 
III. O devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o caso, o 
período de carência exigido nessa Lei de Planos e Benefícios da Previdência 
Social, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual 
por mais de quinze dias consecutivos. 
Esses benefícios previdenciários referem-se, respectivamente, 
A) à aposentadoria por invalidez; à aposentadoria especial; e ao auxílio-
acidente. 
B) ao auxílio-doença; à aposentadoria por invalidez; e ao auxílio-acidente. 
C) à aposentadoria especial; à aposentadoria por invalidez; e ao auxílio-
doença. 
D) ao auxílio-acidente; à aposentadoria especial; e ao auxílio-doença. 
E) ao auxílio-acidente; ao auxílio-doença; e à aposentadoria especial. 
8 – (ESAF/Auditor-Fiscal – Receita Federal/2005) Leia cada um dos 
assertos abaixo e assinale (V) ou (F), conforme seja verdadeiro ou falso. 
Depois, marque a opção que contenha a sequência correta. 
( ) Não são cumulativos o benefício de auxílio-doença e o de percepção, pelos 
dependentes, do auxílio-reclusão, ainda que, nessa condição, o segurado 
recluso contribua como contribuinte individual ou facultativo. 
( ) Perde o direito ao auxílio-reclusão o beneficiário, se, o contribuinte 
individual ou facultativo, passa a exercer atividade remunerada em 
cumprimento de pena em regime fechado ou semi-aberto. 
a) V,V 
b) V,F 
c) F,F 
d) F,V 
e) NDA. 
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9 – (FCC/Procurador do Estado – PGE-RR/2006) Em relação aos 
benefícios da Seguridade Social, é correto afirmar que 
A) é cabível a conversão do auxílio-doença em aposentadoria especial, 
independentemente da subsistência dos demais vínculos laborais mantidos 
pelo beneficiário, caso apurada a incapacidade definitiva do segurado para uma 
das atividades titularizadas. 
B) o auxílio-doença do segurado que exerce mais de uma atividade abrangida 
pela previdência não será devido, se a incapacidade ocorrer apenas para o 
exercício de uma delas, salvo se as atividades concomitantes forem da mesma 
natureza. 
C) o auxílio-reclusão é devido aos dependentes do segurado recolhido à prisão 
que não receba remuneração, auxílio-doença, aposentadoria ou abono de 
permanência, durante todo o período de detenção ou reclusão, devendo ser 
suspenso em caso de fuga e convertido em pensão, se sobrevier a morte do 
segurado detido ou recluso. 
D) o aposentado por invalidez que recuperar a capacidade laborativa e tiver 
cancelado o benefício previdenciário poderá pleitear o retorno ao emprego 
ocupado à data do evento e, caso tal não convier ao empregador, terá direito a 
ser indenizado pela Previdência Social na forma da lei. 
E) a incapacidade decorrente de doença ou lesão de que o segurado já era 
portador ao filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social não lhe conferirá o 
direito à aposentadoria por invalidez, assim como a incapacidade que sobrevier 
por motivo de agravamento ou progressão de tal doença ou lesão. 
10 - (FCC/Analista Judiciário-TRF 2ª Região/2007) Considere as 
seguintes assertivas a respeito do salário família: 
I. O salário-família será devido, mensalmente, ao segurado empregado, 
inclusive ao doméstico e ao segurado trabalhador avulso, na proporção do 
respectivo número de filhos. 
II. O aposentado por invalidez ou por idade e os demais aposentados com 
sessenta e cinco anos ou mais de idade, se do sexo masculino, ou sessenta 
anos ou mais, se do feminino, terão direito ao salário-família, pago juntamente 
com a aposentadoria. 
III. A empresa conservará durante quinze anos, obrigatoriamente, os 
comprovantes dos pagamentos e as cópias das certidões correspondentes, 
para exame pela fiscalização da Previdência Social. 
IV. A cota do salário-família não será incorporada ao salário ou ao benefício. 
Está correto o que se afirma, APENAS em 
A) I, II e III. 
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B) I e III. 
C) I e IV. 
D) II e IV. 
E) II, III e IV. 
11 - (FCC/Analista Judiciário-Execução de Mandatos-TRF 5ª 
Região/2008) De acordo com a Lei no 8.213/91, com relação ao salário 
família é correto afirmar: 
A) A cota do salário-família não será incorporada, para qualquer efeito, ao 
salário ou ao benefício. 
B) O salário-família será devido, mensalmente, ao segurado empregado, 
inclusive ao doméstico, na proporção do respectivo número de filhos. 
C) O aposentado por invalidez não terá direito ao saláriofamília, uma vez que 
já recebe a respectiva aposentadoria. 
D) Quando o pagamento do salário não for mensal, o salário-família será 
obrigatoriamente pago semanalmente. 
E) A empresa conservará durante quinze anos os comprovantes dos 
pagamentos do salário família para exame pela fiscalização da Previdência 
Social. 
12 – (Funrio/Analista do Seguro Social–INSS/2008) No que diz respeito 
ao Salário Maternidade, é correto afirmar que: 
A) o salário-maternidade é devido à segurada da previdência social, durante 
noventa dias, com início vinte e oito dias antes e término sessenta e um dias 
depois do parto. 
B) em caso de aborto não criminoso, comprovado mediante atestado médico, a 
segurada terá direito ao salário-maternidade correspondente a quatro 
semanas. 
C) em casos excepcionais, os períodos de repouso anterior e posterior ao parto 
podem ser aumentados de mais duas semanas, mediante atestado médico 
específico. 
D) o salário-maternidade será devido à segurada adotante caso a mãe 
biológica não tenha recebido o mesmo benefício quando do nascimento da 
criança. 
E) quando houver adoção ou guarda judicial para adoção de mais de uma 
criança, será devido um salário-maternidade relativo a cada criança até nove 
anos. 
13 - (FCC/Médico Perito Previdenciário-INSS/2006) O salário-
maternidade 
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A) é indevido à mãe adotiva quando a mãe biológica tiver recebido o mesmo 
benefício por ocasião do nascimento da criança. 
B) é devido por 90 (noventa) dias, quando a adoção referir-se à criança com 
idade de um até quatro anos. 
C) será concedido em duplicidade, quando se tratar do nascimento de gêmeos. 
D)) poderá ser prorrogado por duas semanas nas situações em que exista risco 
de vida para o feto, a criança ou a mãe. 
E) será pago juntamente com o auxílio-doença quando ocorrer incapacidade 
concomitante ao período de pagamento do benefício. 
14 – (FCC/Analista Judiciário-TRF 4ª Região/2007) O salário 
maternidade 
A) será pago diretamente pela Previdência Social para a segurada empregada, 
que deverá requerer o benefício até 30 dias após o parto. 
B) deverá ser requerido pela segurada especial e pela empregada doméstica 
até 60 dias após o parto. 
C) é devido pelo período de 60 dias para a segurada da Previdência Social que 
adotar criança de até um ano de idade. 
D) é devido pelo período de 45 dias para a segurada da Previdência Social que 
adotar criança entre 1 e 4 anos de idade. 
E) da segurada trabalhadora avulsa, pago diretamente pela Previdência Social, 
consiste numa renda mensal igual à sua remuneração integral equivalente ao 
mês de trabalho. 
15 - (FCC/Agente Técnico – AL-SP/2010) Magda, segurada da Previdência 
Social, adotou uma criança de dois anos e sete meses completos de idade. 
Neste caso, Magda 
A) terá direito ao salário-maternidade pelo período de cento e vinte dias. 
B) terá direito ao salário-maternidade pelo período de sessenta dias. 
C) terá direito ao salário-maternidade pelo período de noventa dias. 
D) terá direito ao salário-maternidade pelo período de trinta dias. 
E) não terá direito ao salário-maternidade, por ausência de disposição legal 
neste sentido. 
16 – (CESPE/Procurador Municipal – Natal-RN/2008) Joana é segurada 
da previdência social, na qualidade de empregada doméstica, há seis meses. 
Por compaixão, adotou Gabriel, criança carente de cinco anos de idade. Com 
relação a essa situação hipotética e às normas que disciplinam o salário-
maternidade, assinale a opção correta. 
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a) Joana não tem direito à percepção de salário-maternidade, uma vez que 
não cumpriu o período de carência exigido pela lei, que é de dez contribuições 
mensais. 
b) O salário-maternidade é devido à segurada da previdência social, durante 
120 dias, com início no período entre 28 dias antes do parto e a data de 
ocorrência deste, observadas as situações e condições previstas na legislação 
no que concerne à proteção à maternidade, não existindo, porém, previsão 
para o pagamento desse benefício à adotante. 
c) A Joana é devido o salário-maternidade pago diretamente pela previdência 
social pelo período de 30 dias, não se exigindo, no caso, período de carência 
para a concessão desse benefício. 
d) Na hipótese de Joana auferir remuneração superior ao limite máximo fixado 
para o valor dos benefícios do RGPS, cabe ao INSS o pagamento do benefício 
até o valor-limite e, ao empregador, complementar o valor total recebido pela 
segurada em atividade. 
17 - (Estilo FCC/Inédita/2012) De acordo com o Regulamento da 
Previdência Social, não é permitido o recebimento conjunto dos seguintes 
benefícios da previdência social: 
A) aposentadoria por invalidez com pensão por morte. 
B) auxílio-acidente com salário-maternidade. 
C) salário-maternidade com auxílio-doença. 
D) salário-família com aposentadoria por idade. 
E) pensão por morte com salário maternidade. 
18 – (CESGRANRIO/Técnico Previdenciário-INSS/2005) Assinale o único 
benefício cuja percepção NÃO enseja o pagamento do abono anual. 
a) Auxílio-doença. 
b) Auxílio-acidente. 
c) Auxílio-reclusão. 
d) Salário-maternidade. 
e) Salário-família. 
19 – (ESAF/AFPS/2002) Com relação à reabilitação profissional e suas 
características, assinale a opção incorreta. 
A) Desenvolve capacidades residuais das pessoas incapacitadas. 
B) É um benefício temporário. 
C) Busca integração no mercado de trabalho. 
D) Exige trabalho integrado de profissionais de diferentes áreas. 
E) Permite readaptação profissional. 
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20 - (FCC/Médico Perito Previdenciário-INSS/2006) Em relação à 
habilitação e reabilitação profissional das pessoas portadoras de deficiência, 
pode-se afirmar que 
A)) as empresas com até duzentos empregados estão obrigadas a preencher 
2% de seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de 
deficiência, desde que habilitadas. 
B) visam proporcionar aos beneficiários incapacitados total ou parcialmente 
para o trabalho os meios indicados para o reingresso no mercado de trabalho, 
sem incluir o fornecimento de órteses e próteses. 
C) é responsabilidade da Previdência Social a recolocação do reabilitando no 
mercado de trabalho, após a conclusão da reabilitação profissional. 
D) não se estende aos dependentes do segurado. 
E) é responsabilidade da Assistência Social. 
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GABARITO 
1) A 2) C 3) A 4) B 5) E 6) E 7) D 8) B 9) C 10) D 11) A 
12) C 13) D 14) E 15) B 16) C 17) C 18) E 19) B 20) A e E 
 
QUESTÕES COMENTADAS 
1 – (FCC/Médico Perito Previdenciário-INSS/2006) O auxílio-acidente 
A)) pressupõe seqüela definitiva após a consolidação das lesões decorrentes de 
acidente de qualquer natureza. 
B) é devido aos empregados, contribuintes individuais e trabalhadores avulsos. 
C) não exige o cumprimento do período de carência e tem caráter vitalício, 
extinguindo-se apenas com o óbito do segurado. 
D) é devido ao desempregado, desde que detenha qualidade de segurado. 
E) poderá ser cumulado com auxílio-doença e com aposentadoria por tempo de 
contribuição. 
Resposta: letra “a”. A letra “a” está correta e é o gabarito de acordo com 
a própria definição do benefício do art. 104 do RPS. A alternativa “b” está 
incorreta porque o auxílio-acidente não é devido ao contribuinte individual, 
mas apenas aos segurados empregado, avulso e especial. Na letra “c”, está 
correta a afirmação de que o auxílio-acidente não exige carência, uma vez que 
decorre de evento imprevisível; mas está incorreto o último trecho porque o 
auxílio-acidente não se extingue apenas com o óbito do segurado, mas 
também com o início de qualquer aposentadoria. A letra “d” trata de tema 
controverso e poderia ser considerada correta atualmente. Essa questão é de 
2006 e, naquela época, o RPS previa, em seu art. 104, § 7°, que não cabia a 
concessão de auxílio-acidente quando o segurado estivesse desempregado, 
podendo ser concedido o auxílio-doença previdenciário, desde que atendidas as 
condições inerentes à espécie. No entanto, o Decreto n° 6.722/2008 alterou o 
dispositivo, passando a prever que “cabe a concessão de auxílio-acidente 
oriundo de acidente de qualquer natureza ocorrido durante o período de 
manutenção da qualidade de segurado, desde que atendidas às condições 
inerentes à espécie”. Desse modo, a alternativa “d” foi considerada errada 
conforme legislação vigente à época, mas deveria ser considerada correta 
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hoje. A letra “e” está errada porque évedada a acumulação do auxílio-acidente 
com qualquer aposentadoria, ainda que ele possa ser recebido em conjunto 
com auxílio-doença decorrente de outro evento. 
2 – (FCC/Procurador - PGE-MT/2011) Em relação ao auxílio-acidente, é correto 
afirmar: 
A) O auxílio-acidente será devido a partir do dia seguinte ao da cessação do auxílio-
doença, independentemente de qualquer remuneração ou rendimento auferido pelo 
acidentado, permitida sua acumulação com qualquer aposentadoria. 
B) O auxílio-acidente mensal corresponderá a cinquenta por cento do salário-de-
contribuição e será devido até a véspera do início de qualquer aposentadoria ou até a 
data do óbito do segurado. 
C) O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado quando, após a 
consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem 
sequelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho que habitualmente 
exercia. 
D) O recebimento de salário ou concessão de qualquer outro benefício, não 
prejudicará a continuidade do recebimento do auxílio-acidente. 
E) A perda da audição somente proporcionará a concessão do auxílio-acidente, 
quando, além do reconhecimento de causalidade entre o trabalho e a doença, 
resultar, comprovadamente, na perda da capacidade para o trabalho que 
habitualmente exercia. 
Resposta: letra “c”. Questão baseada na literalidade do art. 104 do 
Decreto n° 3.048/1999, no estilo decoreba. O auxílio-acidente será devido a 
contar do dia seguinte ao da cessação do auxílio-doença, independentemente 
de qualquer remuneração ou rendimento auferido pelo acidentado, vedada sua 
acumulação com qualquer aposentadoria (RPS, art. 104, § 2°). Portanto, a 
letra “a” está errada porque não é permitida a acumulação do auxílio-acidente 
com qualquer aposentadoria. A alternativa “b” está errada porque o benefício 
não corresponde a 50% do salário de contribuição, mas do salário de benefício. 
A letra “c” está correta e é o gabarito (RPS, art. 104, I). A letra “d” está errada 
em razão da exceção sobre a aposentadoria, que não pode ser acumulada com 
o auxílio-acidente. Por fim, o § 5° dispõe que “a perda da audição, em 
qualquer grau, somente proporcionará a concessão do auxílio-acidente quando, 
além do reconhecimento do nexo entre o trabalho e o agravo, resultar, 
comprovadamente, na redução ou perda da capacidade para o trabalho que o 
segurado habitualmente exercia”. Portanto, a afirmativa da letra “e” está 
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errada por um detalhe, pois não apenas a perda da capacidade do trabalho 
enseja o auxílio-doença nessa situação, mas também sua redução. 
3 - (Funrio/Analista do Seguro Social–INSS/2008) Acidente do trabalho é o que 
ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho 
dos segurados especiais, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que 
cause a morte ou a perda ou a redução, permanente ou temporária, da capacidade 
para o trabalho. Equiparam-se também ao acidente do trabalho para efeitos da Lei: 
A) a inerente ao grupo etário. 
B) a que não produz incapacidade laborativa. 
C) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se 
desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto 
determinado pela natureza do trabalho. 
D) o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho na 
prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou 
proporcionar proveito. 
E) a doença degenerativa. 
Resposta: letra “a”. O enunciado reproduz a definição de acidente do 
trabalho do art. 19 da Lei n° 8.213/1991. No art. 21 da mesma Lei, há um rol 
de situações que são equiparadas ao acidente do trabalho. Das alternativas da 
questão, a única situação equiparada ao acidente do trabalho é o acidente 
sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho na 
prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo 
ou proporcionar proveito (letra “d”). 
4 – (FCC/Médico Perito Previdenciário-INSS/2006) O auxílio-doença 
A) exige a incapacidade total e provisória para o exercício de todas as atividades 
laborativas. 
B)) exige a incapacidade total e provisória para o exercício das atividades laborativas 
habituais. 
C) é devido aos segurados empregados desde o afastamento da atividade. 
D) é devido aos segurados especiais desde o requerimento. 
E) é devido, a contar do 16° dia, aos segurados empregados e domésticos. 
Resposta: letra “b”. A letra “a” está errada porque o auxílio doença não 
exige a incapacidade para o exercício de todas as atividades laborativas, mas 
apenas para as atividades laborativas habituais, como se afirma em “b”, que é 
o gabarito. As demais alternativas tratam do termo inicial do benefício. As 
regras aplicáveis são as seguintes: Para o segurado empregado, exceto o 
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doméstico, a contar do 16° dia do afastamento da atividade – letra “c” e “e” 
erradas. Para o segurado especial, a contar da data do início da incapacidade – 
letra “d” incorreta. 
5 - (FCC/Procurador Especial de Contas – TCM-BA/2011) Conforme o Regime 
Geral da Previdência Social, o auxílio doença é benefício de pagamento 
A) descontinuado, permanente, não reeditável, de risco imprevisível e assemelhado à 
aposentadoria por invalidez. 
B) continuado, permanente, reeditável, de risco previsível e assemelhado à 
aposentadoria por invalidez. 
C) descontinuado, temporário, reeditável, de risco imprevisível e assemelhado à 
aposentadoria especial. 
D) continuado, temporário, não reeditável, de risco previsível e assemelhado à 
aposentadoria especial. 
E) continuado, temporário, reeditável, de risco imprevisível e assemelhado à 
aposentadoria por invalidez. 
Resposta: letra “e”. O auxílio-doença é benefício de pagamento 
continuado. Antigamente, existia o benefício em pecúlio, que era o pagamento 
em parcela única, aplicável ao auxílio-acidente, mas hoje não mais. Além 
disso, o auxílio-doença é temporário e reeditável. Temporário porque será 
pago enquanto durar o afastamento de sua atividade pela incapacidade 
provisória e reeditável porque não há impedimento para que o segurado 
receba o auxílio-doença mais de uma vez, caso fique incapacitado novamente 
depois de ter recuperado sua capacidade para o trabalho. Os eventos que 
podem causar a incapacidade para o trabalho são imprevisíveis e o benefício 
de auxílio-doença é assemelhado à aposentadoria por invalidez. Contudo, no 
auxílio-doença a incapacidade é temporária, enquanto na aposentadoria por 
invalidez ela é permanente. Desse modo, a alternativa “e” é a opção que reúne 
todas as características corretas do benefício. 
6 – (FCC/Advogado-Nossa Caixa Desenvolvimento/2011) De acordo com a Lei 
no 8.213/91, em regra, o auxílio-doença, consistirá numa renda mensal 
correspondente a 
A) 100% do salário-de-benefício, exceto o decorrente de acidente do trabalho. 
B) 100% do salário-de-benefício, inclusive o decorrente de acidente do trabalho. 
C) 85% do salário-de-benefício, exceto o decorrente de acidente do trabalho. 
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D) 91% do salário-de-benefício, exceto o decorrente de acidente do trabalho. 
E) 91% do salário-de-benefício, inclusive o decorrente de acidente do trabalho. 
Resposta: letra “e”. Segundo o art. 61 da Lei n° 8.213/1991, o auxílio-
doença, inclusiveo decorrente de acidente do trabalho, consistirá numa renda 
mensal correspondente a 91% (noventa e um por cento) do salário-de-
benefício. Logo, a alternativa “e” é a resposta certa. 
7 – (FCC/Promotor de Justiça – MPE-PE/2002) Quanto aos benefícios da Lei 
8.213/91, considere o que segue: 
I. O concedido, como indenização ao segurado quando, após a consolidação das 
lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem seqüelas que 
impliquem redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia. 
II. O devido, uma vez cumprida a carência devida nessa Lei de Planos e Benefícios da 
Previdência Social, ao segurado que tiver trabalhado sujeito a condições especiais que 
prejudiquem a saúde ou a integridade física ou mental, durante quinze, vinte ou vinte 
e cinco anos, conforme dispuser a lei. 
III. O devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o caso, o período de 
carência exigido nessa Lei de Planos e Benefícios da Previdência Social, ficar 
incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de quinze 
dias consecutivos. 
Esses benefícios previdenciários referem-se, respectivamente, 
A) à aposentadoria por invalidez; à aposentadoria especial; e ao auxílio-acidente. 
B) ao auxílio-doença; à aposentadoria por invalidez; e ao auxílio-acidente. 
C) à aposentadoria especial; à aposentadoria por invalidez; e ao auxílio-doença. 
D) ao auxílio-acidente; à aposentadoria especial; e ao auxílio-doença. 
E) ao auxílio-acidente; ao auxílio-doença; e à aposentadoria especial. 
Resposta: letra “d”. Questão interessante, mas relativamente simples, 
pois cada item traz a definição da Lei n° 8.213/1991 para os seguintes 
benefícios: auxílio-acidente (art. 86), aposentadoria especial (art. 57) e 
auxílio-doença (art. 59). 
8 – (ESAF/Auditor-Fiscal – Receita Federal/2005) Leia cada um dos assertos 
abaixo e assinale (V) ou (F), conforme seja verdadeiro ou falso. Depois, marque a 
opção que contenha a sequência correta. 
( ) Não são cumulativos o benefício de auxílio-doença e o de percepção, pelos 
dependentes, do auxílio-reclusão, ainda que, nessa condição, o segurado recluso 
contribua como contribuinte individual ou facultativo. 
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( ) Perde o direito ao auxílio-reclusão o beneficiário, se, o contribuinte individual ou 
facultativo, passa a exercer atividade remunerada em cumprimento de pena em 
regime fechado ou semi-aberto. 
a) V,V 
b) V,F 
c) F,F 
d) F,V 
e) NDA. 
Resposta: letra “b”. Essa questão trata do auxílio-reclusão, que é 
disciplinado no art. 80 da Lei n° 8.213. Segundo o dispositivo, “o auxílio-
reclusão será devido, nas mesmas condições da pensão por morte, aos 
dependentes do segurado recolhido à prisão, que não receber remuneração da 
empresa nem estiver em gozo de auxílio-doença, de aposentadoria ou de 
abono de permanência em serviço”. Portanto, a primeira assertiva é 
verdadeira. O § 6° do art. 116 do RPS dispõe que “o exercício de atividade 
remunerada pelo segurado recluso em cumprimento de pena em regime 
fechado ou semi-aberto que contribuir na condição de segurado de que trata a 
alínea "o" do inciso V do art. 9º ou do inciso IX do § 1º do art. 11 não acarreta 
perda do direito ao recebimento do auxílio-reclusão pelos seus dependentes”. 
Assim, a segunda assertiva é falsa e o gabarito é a letra “b”. 
9 – (FCC/Procurador do Estado – PGE-RR/2006) Em relação aos benefícios da 
Seguridade Social, é correto afirmar que 
A) é cabível a conversão do auxílio-doença em aposentadoria especial, 
independentemente da subsistência dos demais vínculos laborais mantidos pelo 
beneficiário, caso apurada a incapacidade definitiva do segurado para uma das 
atividades titularizadas. 
B) o auxílio-doença do segurado que exerce mais de uma atividade abrangida pela 
previdência não será devido, se a incapacidade ocorrer apenas para o exercício de 
uma delas, salvo se as atividades concomitantes forem da mesma natureza. 
C) o auxílio-reclusão é devido aos dependentes do segurado recolhido à prisão que 
não receba remuneração, auxílio-doença, aposentadoria ou abono de permanência, 
durante todo o período de detenção ou reclusão, devendo ser suspenso em caso de 
fuga e convertido em pensão, se sobrevier a morte do segurado detido ou recluso. 
D) o aposentado por invalidez que recuperar a capacidade laborativa e tiver cancelado 
o benefício previdenciário poderá pleitear o retorno ao emprego ocupado à data do 
evento e, caso tal não convier ao empregador, terá direito a ser indenizado pela 
Previdência Social na forma da lei. 
E) a incapacidade decorrente de doença ou lesão de que o segurado já era portador 
ao filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social não lhe conferirá o direito à 
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aposentadoria por invalidez, assim como a incapacidade que sobrevier por motivo de 
agravamento ou progressão de tal doença ou lesão. 
Resposta: letra “c”. A letra “a” está errada por dois motivos: primeiro, 
porque o auxílio-doença pode ser convertido em aposentadoria por invalidez, 
mas não em aposentadoria especial; e segundo porque a aposentadoria por 
invalidez só é concedida quando se verifica que o segurado está totalmente 
incapacitado e insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe 
garanta a subsistência. A letra “b” também está errada porque contraria o art. 73 
do RPS: O auxílio-doença do segurado que exercer mais de uma atividade 
abrangida pela previdência social será devido mesmo no caso de incapacidade 
apenas para o exercício de uma delas, devendo a perícia médica ser 
conhecedora de todas as atividades que o mesmo estiver exercendo. O auxílio-
doença será concedido em relação à atividade para a qual o segurado estiver 
incapacitado, considerando-se para efeito de carência somente as 
contribuições relativas a essa atividade. Se nas várias atividades o segurado 
exercer a mesma profissão, será exigido de imediato o afastamento de todas. 
A letra “c” está correta e é o gabarito, pois trata corretamente das regras 
do auxílio-reclusão previstas nos arts. 116 a 119 do RPS. A garantia de retorno 
ao emprego do segurado aposentado por invalidez, tal como previsto na 
alternativa “d”, não encontra respaldo na legislação, o que torna a alternativa 
errada (existe regra semelhante no caso de auxílio-doença acidentário). Já na 
letra “e”, o erro da afirmativa está no trecho final, pois realmente a 
incapacidade decorrente de doença ou lesão de que o segurado já era portador 
ao filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social não lhe conferirá o direito à 
aposentadoria por invalidez, salvo a incapacidade que sobrevier por motivo de 
agravamento ou progressão de tal doença ou lesão. 
10 – (FCC/Analista Judiciário-TRF 2ª Região/2007) Considere as seguintes 
assertivas a respeito do salário família: 
I. O salário-família será devido, mensalmente, ao segurado empregado, inclusive ao 
doméstico e ao segurado trabalhador avulso, na proporção do respectivo número de 
filhos. 
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II. O aposentado por invalidez ou por idade e os demais aposentados com sessenta e 
cinco anos ou mais de idade, se do sexo masculino, ou sessenta anos ou mais, se do 
feminino, terão direito ao salário-família, pago juntamente com a aposentadoria. 
III. A empresa conservará durante quinze anos, obrigatoriamente, os comprovantes 
dos pagamentos e as cópias das certidões correspondentes, para exame

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