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Direito da Empresa e do Consumidor Módulo 1
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Gestão e Organização da Escola
Planejamento Empresarial Tributário
Direito da Empresa e do Consumidor Módulo 1
�
Gestão e Organização da Escola
Planejamento Empresarial Tributário
1 GESTÃO EMPRESARIAL ............................................................................................................4
1.1 Vantagem competitiva ..........................................................................................................5
2 GESTÃO TRIBUTÁRIA ..............................................................................................................5
2.1 Carga Tributária ...................................................................................................................6
2.1 Objetivo da disciplina ...........................................................................................................7
3 CONTABILIDADE COMO FONTE DE INFORMAÇÃO ........................................................................7
4 ARQUIVOS DIGITAIS ...............................................................................................................7
5 IMPOSTOS INCIDENTES SOBRE AS ATIVIDADES DA EMPRESA ......................................................8
6. Lucro Real ............................................................................................................................9
6.1 Contribuintes .......................................................................................................................9
6.2 Alíquota e Adicionais do IRPJ .................................................................................................10
6.3 Lucro Real Trimestral ............................................................................................................10
6.3.1 Ajustes ao Lucro Líquido.....................................................................................................10
6.3.2 Escrituração do LALUR .......................................................................................................11
6.4 Contribuição Social sobre o Lucro Líquido ................................................................................11
6.4.1 Ajuste do Resultado do Exercício .........................................................................................11
6.4.2 Compensação da base de cálculo negativa ............................................................................12
6.4.3 Alíquota ...........................................................................................................................12
6.4.4 Créditos de Depreciação .....................................................................................................12
6.4.5 Bônus da Adimplência Fiscal ...............................................................................................12
6.5 Lucro Real Anual - Opção pelos pagamentos mensais por estimativa ...........................................12
6.5.1 Conceito de Receita Bruta ...................................................................................................13
6.5.2 Percentuais a Serem Aplicados Sobre a Receita Bruta Mensal ..................................................13
6.5.3 Acréscimos à Base de Cálculo .............................................................................................14
6.5.4 Suspensão ou redução do pagamento por estimativa .............................................................14
6.6 Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL por estimativa .................................................15
6.6.1 Base de Cálculo ................................................................................................................15
6.6.2 Alíquotas ..........................................................................................................................15
6.6.3 Ajuste da CSLL .................................................................................................................15
6.7 Compensação de Prejuízos (Trimestral e Anual) ........................................................................15
6.7.1 Prejuízos Não Operacionais .................................................................................................16
6.7.2 Ajuste no final do período de apuração anual ........................................................................16
6.8 Escrituração da PJ no Lucro Real ............................................................................................16
6.9 Distribuição dos Lucros .........................................................................................................16
6.10 Dedução do Imposto: Incentivos Fiscais ................................................................................16
7 LUCRO PRESUMIDO ................................................................................................................17
7.1 Valores não Integrantes da Receita Bruta ................................................................................18
7.2 Percentuais de presunção do lucro para cálculo do IRPJ .............................................................18
7.3 Base de cálculo ....................................................................................................................19
7.4 Alíquota ..............................................................................................................................19
7.5 Adicional .............................................................................................................................19
7.6 Regime de reconhecimento das receitas ..................................................................................20
7.7 Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL – Lucro Presumido ...........................................20
7.8 Percentual ...........................................................................................................................20
7.9 Alíquota ..............................................................................................................................20
7.10 Distribuição de lucros ..........................................................................................................20
7.11 Mudança de Regime do Lucro Presumido para Lucro Real .........................................................20
8 LUCRO ARBITRADO .................................................................................................................20
8.1 Percentuais de Arbitramento ..................................................................................................20
8.2 Aplicação de Ofício ...............................................................................................................20
8.3 Distribuição de Lucro Arbitrado ..............................................................................................20
9 SITUAÇÕES ESPECÍFICAS DA GESTÃO TRIBUTÁRIA ....................................................................21
9.1 Acompanhamento dos Tributos na Gestão Tributária .................................................................21
9.2 Remuneração dos Sócios/Acionistas ........................................................................................21
9.2.1 Pró-labore ........................................................................................................................21
9.2.2 Distribuição de Lucros .......................................................................................................22
9.2.3 Pagamento de Juros sobre Capital Próprio ............................................................................22
Direito da Empresa e do Consumidor Módulo 1
�
Gestão e Organização da Escola
Planejamento Empresarial Tributário
 Pessoas Jurídicas tributadas pelo Lucro Presumido ou Arbitrado ..................................................23
10 PIS/COFINS .........................................................................................................................2410.1 Contribuintes .....................................................................................................................24
10.2 Fato gerador ......................................................................................................................24
10.3 Pis/Cofins Cumulativos ........................................................................................................24
10.3.1 Base de cálculo ...............................................................................................................24
10.3.2 Exclusões da base de cálculo .............................................................................................24
10.3.3 Receitas Isentas ..............................................................................................................25
10.3.4 Substituição tributária ......................................................................................................25
10.3.5 Contribuição para o PIS/Pasep e Cofins - Alíquotas ...............................................................25
10.4 Pis/Cofins não Cumulativos ..................................................................................................26
10.4.1 PJ não sujeitas à não-cumulatividade ...............................................................................26
10.4.2 Receitas não sujeitas ao PIS/Pasep e à COFINS “não-cumulativas” .........................................26
10.4.3 Alíquotas PIS/COFINS não cumulativos ..............................................................................28
10.4.4 Créditos do PIS/PASEP e da COFINS “não-cumulativas” ........................................................28
10.4.5 Créditos básicos ..............................................................................................................28
10.4.6 Base de cálculo dos créditos ..............................................................................................28
10.4.7 Utilização dos créditos do PIS/PASEP e da COFINS ...............................................................29
11 SIMPLES ..............................................................................................................................29
11.1 Conceito de Microempresa ME e Empresa de Pequeno Porte - EPP ............................................29
11.2 Vedações à opção pelo SIMPLES ...........................................................................................29
11.3 Inicio de atividades ............................................................................................................30
11.4 Créditos e Benefícios Fiscais ................................................................................................30
11.5 Tributos Unificados .............................................................................................................31
11.6 Impostos e contribuições não incluídos no SIMPLES ................................................................31
11.7 Receita Bruta .....................................................................................................................31
11.8 Exclusão do Simples ...........................................................................................................32
11.9 Distribuição de Lucros aos Sócios .........................................................................................33
Referências ...............................................................................................................................34
Direito da Empresa e do Consumidor Módulo 1
�
Gestão e Organização da Escola
Planejamento Empresarial Tributário
1 GESTÃO EMPRESARIAL
No mundo dos negócios as empresas encontram-se em um ambiente com extrema competitividade 
que exige novas estratégias empresariais e requerem novos cursos de ação. Uma empresa é competitiva 
em seu segmento quando atende aos seus clientes de forma rápida, com produtos e clientes dentro de 
padrões de qualidade e baixo custo.
A gestão de uma empresa envolve três tipos de análise: O macro ambiente da empresa, o setor em 
que ela opera e a empresa em si.
MACROAMBIENTE
ORGANIZAÇÃO
Forças
Político
legais
Forças
econômicas
Forças
sociais
Ameaças
de entrada
Intensidade de 
rivalidade entre 
concorrentes
existentes
Poder de 
barganha dos 
fornecedores
Poder de 
barganha dos 
compradores
Forças
tecnológicas
Ambiente
Setorial
Pressão de 
produtos substitutos
Fonte: WRIGHT; KROLL; PARNELL, 2000, p.48
Figura 1: Ambiente empresarial
Direito da Empresa e do Consumidor Módulo 1
�
Gestão e Organização da Escola
Planejamento Empresarial Tributário
�.� Vantagem Competitiva
 Segundo Porter (�989, p.��) a vantagem competitiva da empresa está no âmago de qualquer 
estratégia e para obtê-la é necessário que a empresa faça uma escolha sobre qual tipo de vantagem 
competitiva que busca obter e sobre o escopo dentro qual irá alcançá-la.
Liderança 
no custo
Diferenciação
Enfoque 
no custo
Enfoque na 
diferenciaçãoAlvo estreito
Alvo amplo
Escopo
Competitivo
Vantagem Competitiva
Fonte: PORTER, 1989, p.10
Figura 2: Vantagem competitiva
A liderança no custo é a mais clara de todas as estratégias tratadas de forma genérica. Ressalte-se 
que o gestor da empresa deve ter em mente que a liderança no custo é somente uma das vantagens para 
competir e que além disso ele deve obter paridade ou proximidade com base na diferenciação relativa 
a seus concorrentes. A paridade com base na diferenciação permite que um líder no custo traduza sua 
vantagem diretamente em lucros mais altos do que os de seus concorrentes. Por sua vez, a proximidade 
na diferenciação significa que o desconto de preço necessário para obter uma parcela de mercado acei-
tável não compensa a vantagem de custo, este líder no custo obtém retornos acima da média.
Se uma empresa pode alcançar e sustentar a liderança no custo total, ela será um competidor acima 
da média. Aí reside a importância da excelência na gestão tributária.
2 GESTÃO TRIBUTÁRIA
A gestão tributária está situada na análise do macro ambiente da empresa se constituindo no pro-
cesso de gerenciamento dos aspectos tributários de um negócio e se caracteriza pela busca da melhor 
alternativa para gerenciamento dos tributos devidos. A gestão visa obter o controle das operações que 
tenham relação direta com tributos. Ela visa também eliminar estruturas que representam risco por não 
se encontrarem dentro da legalidade.
Direito da Empresa e do Consumidor Módulo 1
�
Gestão e Organização da Escola
Planejamento Empresarial Tributário
�.� Carga Tributária
Componentes 2003 2004
Produto Interno Bruto 1.556,18 1.766,62
Arrecadação Tributária Bruta 543,14 634,39
Carga Tributária Bruta 34,90% 35,91%
Fonte: Adaptado de: BRASIL, 2006 
Quadro 1: Carga tributária bruta – 2003 e 2004
ADMINISTRAÇÃO 2004
União 25,04%
Administrada pela SRF 17,17%
Administrada pelo INSS 5,72%
CEF (FGTS) 1,60%
MEC (Salário Educação) 0,14%
MPOG (CSSSP) 0,41%
Estados 9,36%
ICMS 7,83%
Demais 1,53%
Municípios 1,52%
Total 35,91%
Fonte: Adaptado de BRASIL, 2006 
Quadro 2: Decomposição da variação da carga tributária bruta- 2004
União 69,72
Administrada pela SRF 47,81
Administrada pelo INSS 15,94
CEF (FGTS) 4,46
MEC (Salário Educação) 0,38
MPOG (CSSSP) 1,13
Estados 26,06
ICMS 21,8
Demais 4,26
Municípios 4,22
Total 100
Fonte: Adaptado de BRASIL, 2006
Quadro 3: Participação na carga tributária %
Direito da Empresa e do Consumidor Módulo 1
�
Gestão e Organização da Escola
Planejamento Empresarial Tributário
Em vista da alta carga tributária brasileira muitas fórmulas milagrosas são oferecidas como pana-
céia. Porém, o gestor deve ter consciência que sonegar tributos é crime. No momento em que começa 
a sonegar, o empresário entra em uma arapucaporque não é possível administrar seu negócio tendo 
por base números falsos. Conclui-se que o gestor acaba tornando-se a própria vítima da sonegação 
pois o aparente ganho obtido com a sonegação é como ouro de tolos, é somente aparência. O ganho 
não compensa de forma alguma a falta de controle. Como, pois não há provas da entrada do dinheiro, 
da venda efetuada, do gasto incorrido, a possibilidade de desvio de recursos por parte das pessoas que 
participam no negócio aumenta consideravelmente. 
�.� Objetivo da disciplina
Esta disciplina tem por objetivo apresentar os principais itens relacionados a tributos administrados 
pela SRF que podem auxiliar a prática da boa gestão tributária. 
 Tendo em vista tratar-se de assuntos complexos e com muitas alterações e fundamentações legais, 
este material traz os itens indispensáveis para uma boa gestão. A fim de facilitar a consulta às normas, 
foram indicados em cada assunto, as referências legais básicas para consulta. Recomenda-se a leitura 
integral dos mandamentos citados. Devido a dinâmica da legislação tributária, as informações constan-
tes neste material podem ser alteradas a qualquer momento, necessitando, portanto, de atualização 
constante. O acompanhamento e o cumprimento rigoroso da legislação tributária são necessários para 
se ter segurança na execução da gestão tributária. 
� CONTABILIDADE COMO FONTE DE INFORMAÇÃO
A gestão deve se basear em informações fidedignas e regulares, sendo a contabilidade a principal 
aliada de uma boa gestão. A contabilidade executada sem o devido cuidado, sem a observância dos 
princípios contábeis distorce os resultados da empresa. Assim, primar pela contabilização dos fatos con-
tábeis tempestivamente é essencial para que a contabilidade cumpra seu papel de prestar informações 
para tomada de decisão.
Mesmo que em vista do regime de tributação adotado, pela legislação fiscal não haja obrigatorie-
dade da manutenção da escrituração, para uma efetiva gestão tributária, o empresário deve primar pela 
execução correta de toda contabilidade e conservação dos arquivos de documentos.
� ARQUIVOS DIGITAIS
As Leis 8��8/9� e 8�8�/9� versam sobre a obrigatoriedade de manutenção e apresentação dos 
arquivos eletrônicos e sistemas que registrem negócios e atividades econômicas ou financeiras. A Medida 
Provisória ���8-��, em �00�, estendeu a obrigatoriedade a todas as empresas (exceto aquelas optantes 
pelo SIMPLES). 
Os arquivos digitais são exigidos também pelo INSS e pelas Receitas Estaduais.
A multa pela não entrega dos arquivos magnéticos acarreta multa de �% da receita bruta da em-
presa no período.
A forma de apresentação, a documentação de acompanhamento e as especificações técnicas dos 
arquivos digitais e sistemas estão previstos na Instrução Normativa SRF n. 8�/ �00�. 
As informações versam principalmente sobre:
I - registros contábeis; 
II - fornecedores e clientes; 
III - documentos fiscais; 
IV - comércio exterior; 
Direito da Empresa e do Consumidor Módulo 1
8
Gestão e Organização da Escola
Planejamento Empresarial Tributário
V - controle de estoque e registro de inventário; 
VI - relação insumo/produto; 
VII - controle patrimonial; 
VIII - folha de pagamento.
5 IMPOSTOS INCIDENTES SOBRE AS ATIVIDADES DA EMPRESA
Os impostos geralmente incidentes sobre atividades operacionais das empresas são: IR - Imposto de 
Renda; CSLL - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido; PIS - Programa de Integração Social; COFINS 
- Contribuição Financeira Social; IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados; II - Imposto de Importação; 
ICMS - Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços; ISS - Imposto sobre Serviços. 
As pessoas jurídicas no Brasil, exceto as isentas, imunes e as optantes pelo SIMPLES, estão 
obrigadas a apuração do Imposto de Renda e da Contribuição Social por um dos seguintes regimes de 
tributação:
a) Lucro Real
b) Lucro Presumido
c) Lucro Arbitrado
O regime de tributação adotado implicará também no cálculo do PIS e da COFINS.
Apuração anual – recolhimento 
mensal por estimativa Lucro Real
Apuração 
Trimestral
Opção de suspensão ou redução 
das antecipações mensais
Lucro Presumido
Lucro Arbitrário
Simples
Apuração 
Mensal
Figura 03: Formas de tributação e apuração de tributos e contribuições
Direito da Empresa e do Consumidor Módulo 1
9
Gestão e Organização da Escola
Planejamento Empresarial Tributário
Cada uma destas formas tem procedimentos específicos para apuração dos tributos e contri-
buições, em função disto, cada forma apresenta características diferentes, adequadas a cada atividade 
econômica.
6. Lucro Real
O lucro Real é um dos regimes de tributação do IRPJ. Sob este regime, a partir do resultado contábil, 
a PJ apura o Lucro Real para fins fiscais.
�.� Contribuintes
Estão obrigadas ao regime de tributação com base no lucro real, em cada ano-calendário, as pes-
soas jurídicas (Lei 9.��8/98 art. ��, alterada pela Lei �0.���/0�, art. ��):
a) cuja receita total, no ano-calendário anterior, seja superior ao limite de R$ 48.000.000,00 (quarenta 
e oito milhões de reais), ou de R$ 4.000.000,00 (quatro milhões de reais) multiplicado pelo número 
de meses do período, quando inferior a doze meses;
b) cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, 
caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito 
imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos 
e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de 
seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta;
c) que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;
d) que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam benefícios fiscais relativos à isenção ou redução 
do imposto;
e) que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal do imposto de renda, de-
terminado sobre a base de cálculo estimada, na forma do art. 2º da Lei nº 9.430, de 1996;
f) que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, 
mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, e 
compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços 
(factoring).
Além das obrigatoriedades listadas acima, de acordo com a IN SRF n..��/�999, as empresas que explorem 
atividades de compra e venda, loteamento, incorporação e construção de imóveis, enquanto não concluídas 
as operações imobiliárias para as quais haja custo orçado, também estarão obrigadas ao lucro Real.
Mesmo não estando obrigada ao lucro real, a PJ poderá optar pelo lucro real, devendo neste caso, 
cumprir as mesmas obrigações que a PJ obrigada ao lucro real.
As pessoas jurídicas devem apurar trimestralmente o imposto de renda com base no lucro real. 
Opcionalmente, as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real podem efetuar, mensalmente, 
o pagamento do imposto de renda devido no curso do ano-calendário calculado sobre base de cálculo 
estimada, realizando a apuração definitiva apenas ao final do ano-calendário ou na data do evento, caso 
ocorra fusão, cisão, incorporação ou extinção da pessoa jurídica.
O lucro Real deverá ser apurado a partir do lucro contábil da empresa, ajustado pelas adições, ex-
clusões e compensações, prescritas ou autorizadas pela legislação do Imposto de Renda (ver Decreto-Lei 
n. ��98/�9�� art. �º e Lei 898�/�99� art. �� § �º) 
Neste regime, o lucro apurado pela legislação comercial é ajustado pela legislação fiscal. Portanto, 
o lucro real tributável é puramente legal, devendo conformar-se às normas constantes no Regulamento 
do Imposto de Renda (atualmente RIR/99 aprovadopelo Decreto �.000/99).
Direito da Empresa e do Consumidor Módulo 1
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Planejamento Empresarial Tributário
�.� Alíquota e Adicionais do IRPJ
A alíquota do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas é de ��% (Lei 9.��9/9� art. �º) O adicional é 
de �0% calculado sobre a base de cálculo do IRPJ que exceder a R$�0.000,00 multiplicado pelo número 
de meses do período de apuração (Lei 9.��9/9�, art. �º, § �º e e Lei 9.��0/9�, art. �º).
�.� Lucro Real Trimestral
A PJ que optar pelo regime de lucro real trimestral deverá levantar balanço acumulado no trimestre 
e apurar definitivamente do IRPJ e a CSLL em 31/03, 30/06, 30/09 e 31/12 (Lei 9.430/96 art. 1o ).
Nos casos de incorporação, fusão ou cisão, a apuração da base de cálculo e do imposto de renda 
devido será efetuada na data do evento, observado o disposto no art. �� da Lei nº 9.��9, de �� de 
dezembro de �99� (Lei 9.��0/9� art. �o § �º).
�.�.� Ajustes ao Lucro Líquido
A partir do Resultado do Exercício é feito o ajuste do lucro líquido contábil através das adições, 
exclusões e compensações.
Adições
O objetivo da adição é eliminar do resultado contábil a despesa considerada indedutível para fins 
fiscais. Por exemplo, os brindes ofertados pela empresa a seus clientes no Natal constituem-se em uma 
despesa para a empresa, no entanto, para a legislação fiscal a despesa é considerada indedutível, 
portanto, deve ser adicionada ao resultado do exercício. As principais adições, de acordo com o art. ��9 
do RIR/99 são:
a) os custos, despesas, encargos, perdas provisões,participações e quaisquer outros valores deduzidos 
na apuração do lucro líquido que, de acordo com o Decreto Lei 1598 de 1977 art. 6º § 2º, não sejam 
dedutíveis na determinação do lucro real (ver artigo 299 e 300 do RIR/99)
b) os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores não incluídos na apuração do lucro 
líquido que, de acordo com o Decreto –Lei 1598/77, devam ser computados na determinação do 
lucro real.
O parágrafo único do art. ��9 do RIR/99 elenca as seguintes adições: 
I - ressalvadas as disposições especiais deste Decreto, as quantias tiradas dos lucros ou de quaisquer fundos 
ainda não tributados para aumento do capital, para distribuição de quaisquer interesses ou destinadas a 
reservas, quaisquer que sejam as designações que tiverem, inclusive lucros suspensos e lucros acumulados 
(Decreto-Lei nº 5.844, de 1943, art. 43, § 1º, alíneas “f ”, “g” e “i “), salvo as exceções permitidas;
II- os pagamentos efetuados às sociedades civis controladas, direta ou indiretamente, por pessoas físicas 
que sejam diretores, gerentes, controladores da PF que efetuar o pagamento ou creditar os rendimentos, 
bem como pelo cônjuge ou parente de primeiro grau das referidas pessoas (Decreto-Lei nº 2.397, de 21 
de dezembro de 1987, art. 4º);
III - os encargos de depreciação, apropriados contabilmente, correspondentes ao bem já integralmente de-
preciado em virtude de gozo de incentivos fiscais (depreciação acelerada incentivada);
IV – as perdas incorridas em operações iniciadas e encerradas no mesmo dia (day-trade), realizadas em mer-
cado de renda fixa ou variável (Lei 8.981, de 1995, art. 76 § 3º)
V - as despesas com alimentação de sócios, acionistas e administradores, ressalvado o disposto na alínea “a” 
do inciso II do art. 622 (Lei nº 9.249, de 1995, art. 13, inciso IV);
Direito da Empresa e do Consumidor Módulo 1
��
Gestão e Organização da Escola
Planejamento Empresarial Tributário
VI - as contribuições não compulsórias, exceto as destinadas a custear seguros e planos de saúde, e benefícios 
complementares assemelhados aos da previdência social, instituídos em favor dos empregados e dirigentes 
da pessoa jurídica (Lei nº 9.249, de 1995, art. 13, inciso V);
VII - as doações, exceto as permitidas (Lei nº 9.249, de 1995, art. 13, inciso VI);
VIII - as despesas com brindes (Lei nº 9.249, de 1995, art. 13, inciso VII);
IX - o valor da contribuição social sobre o lucro líquido, registrado como custo ou despesa operacional (Lei 
nº 9.316, de 22 de novembro de 1996, art. 1º, caput e parágrafo único); 
Exclusões
As exclusões, por sua vez, são facultativas (RIR/99, art. ��0). As exclusões dos valores cuja dedução 
seja autorizada pela legislação tributária e que não tenham sido computados na apuração do lucro líquido 
do período de apuração (exemplo: a própria depreciação acelerada incentivada no primeiro momento é 
uma exclusão e posteriormente, quando já houver sido depreciada integralmente para efeitos fiscais mas 
ainda não houver sido depreciada integralmente contabilmente, a despesa de depreciação deverá ser 
adicionada ao lucro líquido). Outro exemplo de exclusão são os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer 
outros valores incluídos na apuração do lucro líquido que, de acordo com a legislação tributária, podem ser 
excluídos do computo do lucro real (exemplo: resultados positivos de equivalência patrimonial, dividendos);
Compensações
O inciso III do art.250 do RIR/99 prevê que, se a PJ houver incorrido em prejuízo fiscal em perío-
dos de apuração anteriores, este prejuízo poderá ser compensado com o lucro apurado nos períodos 
de apuração subseqüentes (sem limite de tempo) compensando o lucro real em até �0% (Lei 9.0�� de 
�99�, art. �� e parágrafo único).
�.�.� Escrituração do LALUR
O LALUR - Livro de Apuração do Lucro Real é um livro fiscal criado pelo DL n. 1598/77 em atendi-
mento ao previsto no §�o do artigo ��� da Lei �.�0�/��. É composto por duas partes:
• Parte A - local destinado ao lançamento dos ajustes (adições e exclusões) do resultado líquido do 
período, resultando na apuração do lucro real.
• Parte B – local onde deverão ser escriturados os valores que competirem a outro período de apuração, 
mas que por força da legislação e devem ser adicionados ou excluídos de lucro líquido do período. 
Estes valores são controlados na Parte B do LALUR. Por exemplo, o prejuízo fiscal não aproveitado 
em um determinado período deverá ser escriturado na parte B do LALUR para ser aproveitado em 
outro período.
�.� Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
A forma de apuração do IRPJ deve ser seguida para apuração da CSLL. O art. �� da Lei 8.98�/9� 
com a redação dada pela Lei n. 90��/9�, art. �� diz que:
Aplicam-se à Contribuição Social sobre o Lucro (Lei nº 7.689, de 1988) as mesmas normas de apu-
ração e de pagamento estabelecidas para o imposto de renda das pessoas jurídicas, inclusive no que se 
refere ao disposto no art. �8, mantidas a base de cálculo e as alíquotas previstas na legislação em vigor, 
com as alterações introduzidas por esta Lei.
�.�.� Ajuste do Resultado do Exercício
Devem ser ajustados ao lucro líquido do período de apuração:
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a) os custos, despesas, encargos, perdas, provisões, participações e quaisquer outros valores deduzidos 
na apuração do lucro líquido que, de acordo com a legislação da CSLL, não sejam dedutíveis na 
determinação do resultado ajustado; e, 
b) os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores não incluídos na apuração do lucro 
líquido que, de acordo com a legislação, devam ser computados no resultado ajustado.
�.�.� Compensação da base de cálculo negativa
O lucro líquido ajustado poderá ser reduzido pela compensação da base de cálculo negativa de 
períodos anteriores em até 30%. Aplica-se à compensação de bases negativas todas as regras aplicáveis 
à compensação de prejuízos fiscais do IRPJ ( Lei n. 8.383/91, art. 44, Lei n. 8981/95, art. 58, Lei n. 
9.0��/9� art. ��).
�.� Lucro Real Anual - Opção pelos pagamentos mensais por estimativa 
 As PJs tributadas pelo Lucro Real podem optar pelo pagamento mensal por estimativa com apura-
ção do lucroreal anual em ��/��. A opção é efetuada com o pagamento do imposto correspondente ao 
mês de janeiro do ano-calendário (até o último dia útil de fevereiro) ou com o levantamento do respectivo 
balanço ou balancete de suspensão do referido mês (art. ��� do RIR /99) (Lei 9.��0/9� art. �º)
Adotada a apuração anual, mediante o respectivo pagamento sob o código pertinente, fica vedada 
a mudança de opção dentro do mesmo ano-calendário, mesmo que a pessoa jurídica não estivesse 
obrigada ao regime do lucro.
O lucro estimado é calculado através de um percentual aplicável sobre a Receita Bruta da empresa.
�.�.� Alíquota
9% ( art. �� da Lei n. �0.���/�00�) 
�.�.� Créditos de Depreciação
Observar a Lei 11.051/2004, com redação dada pela Lei 11.196/2005, que permite às PJ tributadas 
com base no lucro real, utilizar crédito relativo à CSLL à razão de 25% sobre o valor da depreciação de 
máquinas novas empregadas no processo industrial (Decreto �.���/0�) adquiridas entre �/�0/�00� a 
��/��/�00�.
�.�.� Bônus da Adimplência Fiscal
As PJ tributadas com base do lucro real e lucro presumido fazem jus ao bônus de adimplência fiscal 
calculado com base na CSLL (art.�8 da Lei n. �0.���/�00�).
�.� Lucro Real Anual - Opção pelos pagamentos mensais por estimativa 
As PJs tributadas pelo Lucro Real podem optar pelo pagamento mensal por estimativa com apura-
ção do lucro real anual em ��/��. A opção é efetuada com o pagamento do imposto correspondente ao 
mês de janeiro do ano-calendário (até o último dia útil de fevereiro) ou com o levantamento do respectivo 
balanço ou balancete de suspensão do referido mês (art. ��� do RIR /99) (Lei 9.��0/9� art. �º)
Adotada a apuração anual, mediante o respectivo pagamento sob o código pertinente, fica vedada 
a mudança de opção dentro do mesmo ano-calendário, mesmo que a pessoa jurídica não estivesse 
obrigada ao regime do lucro.
O lucro estimado é calculado através de um percentual aplicável sobre a Receita Bruta da empresa.
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�.�.� Conceito de Receita Bruta
A receita bruta das vendas e serviços compreende o produto da venda de bens nas operações de 
conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado auferido nas operações de conta alheia (Art. 
��� do RIR/99) (Lei n. 8.98�/9�, art. ��).
�.�.� Percentuais a Serem Aplicados Sobre a Receita Bruta Mensal
A base de cálculo do imposto, em cada mês, é determinada mediante a aplicação dos seguintes 
percentuais (art. ��� do RIR/99) (Lei 9.��9/9� art. �� e Lei 9.��0/9� art. �o):
a) 1,6% (um inteiro e seis décimos por cento) sobre a receita bruta mensal auferida na revenda, para 
consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural;
b) 8% (oito por cento) sobre a receita bruta mensal proveniente:
• da venda de produtos de fabricação própria;
• da venda de mercadorias adquiridas para revenda;
• da industrialização de produtos em que a matéria-prima, ou o produto intermediário ou o material de em-
balagem tenham sido fornecidos por quem encomendou a industrialização;
• da atividade rural; 
• de serviços hospitalares;
• do transporte de cargas;
• das atividades de loteamento de terrenos, incorporação imobiliária e venda de imóveis construídos ou 
adquiridos para revenda;
• de outras atividades não caracterizadas como prestação de serviços;
c) 16% (dezesseis por cento) sobre a receita bruta mensal auferida pela prestação de serviços de trans-
porte, exceto o de cargas;
d) 16% sobre a receita bruta das empresas financeiras (há diversas deduções sobre esta receita (Lei 
8.981/95 art. 29)
e) 32% (trinta e dois por cento) sobre a receita bruta mensal auferida com as atividades de: 
• prestação de serviços pelas sociedades civis, relativos ao exercício de profissão legalmente regulamen-
tada;
• intermediação de negócios;
• administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis ou direitos de qualquer natureza; 
• construção por administração ou por empreitada unicamente de mão-de-obra;
• prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, 
seleção de riscos, administração de contas a pagar e a receber, e compras de direitos creditórios 
resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring);
• prestação de qualquer outra espécie de serviço não mencionada neste subitem. 
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As atividades de corretagem (seguros, imóveis, etc.) e as de representação comercial são consid-
eradas atividades de intermediação de negócios.
No caso de atividades diversificadas, deve ser aplicado o percentual correspondente sobre a receita 
proveniente de cada atividade.
A base de cálculo mensal do IRPJ de prestadoras de serviços em geral, exceto serviços hospitalares 
e de transporte, bem como aqueles prestados por sociedades prestadoras de serviço de profissões regu-
lamentadas, cuja receita bruta anual seja igual ou inferior a R$��0.000,00, será determinada mediante 
a aplicação do percentual de ��% (Lei n. 9.��0/9� , art. �0).
6.5.3 Acréscimos à Base de Cálculo
São acrescidos à base de cálculo, no mês em que forem auferidos, os ganhos de capital, as demais 
receitas e os resultados positivos decorrentes de receitas não compreendidas na atividade (Art. ��� do 
RIR/99) (Lei n. 8.98�/9�, art. �� e Lei n. 9.��0/9�, art. �o). Abaixo, estão listadas algumas receitas/ren-
dimentos que devem ser incluídos:
a) os rendimentos auferidos nas operações de mútuo realizadas entre pessoas jurídicas controladoras, 
controladas, coligadas ou interligadas;
b) os ganhos auferidos em operações de cobertura (hedge) realizadas em bolsas de valores, de merca-
dorias e de futuros ou no mercado de balcão;
c) a receita de locação de imóvel, quando não for este o objeto social da pessoa jurídica, deduzida dos 
encargos necessários à sua percepção;
d) os juros equivalentes à taxa do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic), para títulos federais, 
acumulada mensalmente, relativos a impostos e contribuições a serem restituídos ou compensados;
e) as variações monetárias ativas;
f) a diferença entre o valor em dinheiro ou o valor dos bens e direitos recebidos de instituição isenta, 
a título de devolução de patrimônio, e o valor em dinheiro ou o valor dos bens e direitos entregue 
para a formação do referido patrimônio (Lei nº 9.532, de 1997, art. 17, § 3º, e 81, II);
g) os ganhos de capital auferidos na devolução de capital em bens e direitos.
Não se incluem no cálculo da Receita Bruta os rendimentos produzidos por aplicações financeiras 
de renda fixa com incidência do IRRF; ganhos líquidos auferidos em operações financeiras de renda 
variável, submetidos à tributação mensal separadamente; lucros e dividendos recebidos de participações 
societárias avaliadas pelo custo de aquisição; resultado positivo da avaliação de investimento pela equiv-
alência patrimonial; juros sobre o capital próprio; reversão de provisões constituídas, entre outras. 
�.�.� Suspensão ou redução do pagamento por estimativa
A pessoa jurídica pode suspender ou reduzir o pagamento mensal do imposto, desde que demon-
stre, através do balancete de redução/suspensão que o valor do imposto devido, calculado com base 
no lucro real do período em curso (�o de janeiro ou do início de atividade até o ultimo dia do mês a que 
se referir o balanço ou balancete), é igual ou inferior à soma do imposto de renda devido por estimativa 
(Art. ��0 do RIR/99) (Lei 8.98�/9�, art. �� e Lei 9.��0/9�, art. �o ).
Também estão dispensadas do pagamento mensal as PJ que através do balanço ou balancete 
mensais demonstrarem a existência de prejuízos fiscais apurados apartir do 01/01 do ano calendário 
em curso (Lei 8.98�/�99�, art. �� e Lei 9.0��/9� art. �o )
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O balanço ou balancete deverá ser elaborado de acordo com as disposições contidas nas leis co-
merciais e fiscais, devendo ser transcrito no Livro Diário até a data fixada para o pagamento do imposto 
no respectivo mês. Somente produzirá efeitos para fins fiscais (Lei 8.981/95, art. 35).
�.� Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL por estimativa
As PJ que optaram pelo pagamento mensal do IRPJ com base na estimativa deverão também adotar 
o mesmo critério para a CSLL. 
�.�.� Base de Cálculo
A base de cálculo da CSLL corresponde ao somatório do percentual de ��% aplicado sobre as re-
ceitas de vendas de mercadorias/serviços acrescido de:
a) ganhos de capital obtidos na alienação de bens do ativo permanente e de ouro (ativo financeiro)
b) rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa e ganhos líquidos de operações financeiras de 
renda variável
c) outras receitas e resultados positivos, inclusive juros sobre o capital próprio
Será aplicado o percentual de ��% para as PJ que exerçam as atividades de (art.�0 da Lei 9��9/9� 
alterado pelo �� da Lei �0.�8�/�00�): prestação de serviços em geral, exceto serviços hospitalares; 
intermediação de negócios; administração, locação ou cessão de bens imóveis e direitos de qualquer 
natureza; prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão 
de crédito, seleção de riscos, administração de contas a pagar e a receber, compra de direitos creditórios 
resultantes de venda mercantil a prazo ou de prestação de serviços (factoring)
�.�.� Alíquotas
9%
�.�.� Ajuste da CSLL
Em ��/�� ou encerrando o período de apuração em virtude de encerramento de atividades ou outro 
evento, a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido apurada será ajustada a exemplo do IRPJ e os 
pagamentos já efetuados serão diminuídos do valor devido. A diferença será paga e caso seja apurado 
pagamento a maior poderá ser restituído ou compensado.
�.� Compensação de Prejuízos (Trimestral e Anual)
 A pessoa jurídica pode compensar o prejuízo fiscal apurado na demonstração do lucro real e regis-
trado no Livro de Apuração do Lucro Real (Lalur), desde que mantenha os livros e documentos, exigidos 
pela legislação fiscal, comprobatórios do montante do prejuízo fiscal utilizado para a compensação (ver 
art. �09 do RIR/99) (Decreto Lei n. �.�98/�� art. �� e Lei 9.��9, art. �o parágrafo único). O limite máximo 
para compensação é de �0% do lucro (Art. ��0 do RIR/99) (Lei 9.0��/9�, art. ��).
 A pessoa jurídica não pode compensar seus próprios prejuízos fiscais, se, entre a data da apuração 
e a da compensação, houver ocorrido, cumulativamente, modificação de seu controle societário e do ramo 
de atividade (Art. ��� do RIR/99) (Decreto-lei nº �.���, de �98�, art. ��).
 A pessoa jurídica sucessora por incorporação, fusão ou cisão não pode compensar prejuízos fiscais 
da sucedida. No caso de cisão parcial, a pessoa jurídica cindida poderá compensar os seus próprios 
prejuízos, proporcionalmente à parcela remanescente do patrimônio líquido (Art. 514 do RIR/99) (Decreto-
lei nº �.���, de �98�, art. ��).
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�.�.� Prejuízos Não Operacionais
Os prejuízos não operacionais apurados pela pessoa jurídica a partir de �º de janeiro de �99� 
somente podem ser compensados, nos períodos de apuração subseqüentes ao de sua apuração, com 
lucros da mesma natureza, observado o limite de �0% (Art. ��� do RIR/99) (Lei 9.��9/9�, art. ��).
6.7.2 Ajuste no final do período de apuração anual
Ao final do período de apuração anual a empresa deverá apurar o lucro real com base em balanço 
levantado em ��/�� ou na data de sua extinção.
A diferença entre o tributo devido com base no lucro real e os pagamentos efetuados pode ser 
positiva ou negativa. Se positiva, deverá ser paga em quota única. Se negativa, o valor do imposto a 
maior poderá ser compensado.
�.8 Escrituração da PJ no Lucro Real
A pessoa jurídica que apura o lucro real deve manter a escrituração com observância das leis co-
merciais e fiscais. (Art. 251 do RIR/99) (Decreto-Lei n. 1.598/77, art. 7o). A escrituração deve abranger 
todas as operações da PJ, nacionais e estrangeiras.
Todos os livros e comprovantes devem ser conservados em ordem enquanto não prescritas even-
tuais ações que lhe sejam pertinente, observando o disposto no art. ��� – RIR/99. Os livros contábeis 
e fiscais a que a PJ está obrigada são:
- Diário 
- Razão
- Livro para Registro de Inventário
- Livro de Entradas
- Livro de Saídas
- LALUR
- Livro para Registro permanente de estoques (para PJ que exercer atividade de compra, venda, incorporação 
e construção de imóveis, loteamento ou desmembramento de terrenos para venda)
- Livro de movimentação de combustíveis (utilizado pelo posto revendedor de combustíveis)
- Demais livros auxiliares
�.9 Distribuição dos Lucros 
Os lucros e dividendos pagos ou creditados a sócios, acionistas ou titular de empresa individual 
são isentos do imposto de renda, desde que apurados, a partir de �99�, em balanço.
�.�0 Dedução do Imposto: Incentivos Fiscais
Devido as inúmeras normas relativas a incentivos fiscais da Pessoa jurídica, foi editada a IN 
267/2002 que consolidou a legislação. Recomenda-se consulta detalhada à citada Instrução Normativa 
é necessária. Abaixo estão relacionados alguns incentivos mais utilizados. São eles:
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Incentivo Limite individual Limite coletivo
Operação de caráter cultural (art. �� da Lei 
8���/9�) PRONAC �%
�% 
Operação de caráter cultural (art. �8 da Lei 
8���/9�) �%
Operações de caráter cultural nos termos do § 
�º do art. �9 da MP ���8-�/�00�, produzidos 
com os recursos de que trata o inciso X do art. 
�9 da mesma MP
�%
Operações de obras e projetos audiovisuais nos 
termos do § �º do art. �9 da MP ���8-�/�00�, 
produzidos com os recursos de que trata o 
inciso X do art. �9. (pode ser utilizada até �00�) 
(pode ser usada alternativamente à quotas do 
FUNCINE)
�%
Aquisição de quotas do FUNCINE �%
PAT – programa da alimentação do trabalhador �%
8%
PDTI – aprovado até 0�.0�.9� 8%
PDTI / PDTA– aprovado APÓS 0�.0�.9� �% Se a empresa usar o PAT e o PDTI/PDTA o limite global é de �%
Fundos dos direitos da criança e do adolescente �% Não tem limite global quando utilizado em conjunto com outros incentivos
Vale transporte - -
Quadro 04: Incentivos fiscais
7 LUCRO PRESUMIDO
A PJ não obrigada ao lucro real poderá optar pela tributação com base no lucro presumido. O lucro 
presumido é apurado trimestralmente e sua opção se dá com a pagamento da primeira ou única quota 
do �. trimestre. A opção pelo Lucro Presumido implica na forma de tributação do IRPJ, da CSLL, do PIS 
e da COFINS (art. ��� do RIR/99)
A apuração do lucro presumido pelo IRPJ e CSLL é feita trimestralmente através da aplicação de 
percentuais de presunção do lucro aplicado sobre a receita bruta da empresa.
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�.� Valores não Integrantes da Receita Bruta
Não integram a receita total (ver Lei 898�/9� art. ��):
a) as vendas canceladas, as devoluções de vendas, os descontos incondicionais concedidos e os impostos 
não cumulativos (IPI) cobrados destacadamente do comprador ou contratante e do qual o vendedor 
dos bens ou o prestador dos serviços seja mero depositário;
�.� Percentuais de presunção do lucropara cálculo do IRPJ
À exemplo da apuração mensal do tributo por estimativa, o lucro presumido também é apurado através 
da aplicação de percentual de presunção de lucro sobre a receita bruta trimestral (Art. ��8 do RIR/99). 
Os percentuais são determinados pela Lei n. 9��9/9�, art. �� e parágrafos e Lei n. 9��0/9�, art. ��:
A T I V I D A D E S Percentuais
Revenda de combustíveis derivados de petróleo e álcool, inclusive gás 1,6
Venda de mercadoria ou produtos
Serviços de transporte de cargas
Serviços hospitalares
Atividades Imobiliárias (lLoteamento de terrenos, incorporação imobiliária e venda 
de imóveis construídos ou adquiridos para revenda)
Construção por empreitada, quando houver emprego de matérias próprios(Ato 
Declaratório Normativo COSIT nº 0�/9�).
Atividade Rural
Qualquer outra atividade (excluindo prestação de serviços) para a qual não esteja 
previsto percentual especifico
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•
•
•
8
Serviços de transporte de passageiros
Serviços (exceto hospitalares, de transporte e de sociedades civis de profissões 
regulamentadas, e escolas) prestados com exclusividade por empresas com receita 
bruta anual não superior a R$��0.000,00 (Lei 9.��0/9� art. �0 Lei 9.��0/0� art. �o )
•
•
16
Prestadoras de serviços relativos ao exercício de profissões legalmente regula-
mentada, inclusive escolas (S/C do antigo regime do DL �.�9�)
Intermediação de negócios, inclusive corretagem (seguros, imóveis, dentre out-
ros) e as de representação comercial
Administração, locação ou cessão de bens imóveis, e móveis
Construção por administração ou por empreitada unicamente de mão de obra 
Prestação de serviços de gráfica, com ou sem fornecimento de material, em rela-
ção à receita bruta que não decorra de atividade comercial ou industrial
Prestação de serviços de suprimento de água tratada e coleta de esgoto e ex-
ploração de rodovia mediante cobrança de pedágio (Ato Declaratório COSIT nº 
��/�000)
Diferencial entre o valor de venda e o valor de compra de veículos usados (IN 
SRF nº �90/�00�, até �� de agosto de �00�: ��%).
•
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Quadro 05: Percentuais aplicáveis sobre a receita bruta
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Quando a PJ beneficiária do percentual de 16% (dezesseis por cento) atingir o limite de R$120.000,00 
deverá efetuar o recálculo com aplicação de ��% e apurar a diferença do imposto postergado em cada 
trimestre transcorrido, no trimestre em que foi excedido o limite.
�.� Base de cálculo
Aplicado o percentual de presunção sobre a receita bruta, deve-se adicionar os valores correspon-
dentes aos demais resultados e ganhos (Art. ��� do RIR/99) (Lei 9��0/9� art. ��). Entre as adições, 
destacam-se algumas:
a) os ganhos de capital nas alienações de bens e direitos, inclusive de aplicações em ouro não caracterizado 
como ativo financeiro. O ganho corresponde à diferença positiva verificada, no mês, entre o valor 
da alienação e o respectivo custo de aquisição, diminuído dos encargos de depreciação, amortização 
ou exaustão acumulada, ainda que a empresa não mantenha escrituração contábil;
b) os ganhos de capital auferidos na devolução de capital em bens ou direitos;
c) a receita de locação de imóvel, quando não for este o objeto social da pessoa jurídica;
d) os juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic), para 
títulos federais, acumulada mensalmente, relativos a impostos e contribuições a serem restituídos 
ou compensados;
e) as variações monetárias ativas;
f) dos rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras de renda fixa e de renda 
variável;
g) dos juros sobre o capital próprio auferidos;
h) dos valores recuperados correspondentes a custos e despesas, inclusive com perdas no recebimento 
de créditos, salvo se a pessoa jurídica comprovar não os ter deduzido em período anterior no qual 
tenha se submetido ao regime de tributação com base no lucro real, ou que se refiram a período 
no qual tenha se submetido ao regime de tributação com base no lucro presumido, arbitrado ou 
simples;
i) ajustes dos métodos de preços de transferências;
j) das multas ou qualquer outra vantagem recebida ou creditada, ainda que a título de indenização, em 
virtude de rescisão de contrato;
�.� Alíquota 
O imposto de renda das pessoas jurídicas é calculado pela aplicação da alíquota de ��% (quinze 
por cento) sobre a base de cálculo do IRPJ (Lei 9.��9/9� art. �o)
�.� Adicional 
Incide também um adicional do imposto de renda à alíquota de 10% (dez por cento) sobre a parcela 
da base de cálculo (lucro presumido mais demais receitas e ganhos de capital) que exceder o valor resul-
tante da multiplicação de R$ �0.000,00 pelo número de meses do período de apuração (Lei n. 9��9/9� 
art. �o e Lei n. 9��0/9� art. �o)
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�.� Regime de reconhecimento das receitas
Como regra, o regime a ser adotado para apuração das receitas é o regime de competência. Neste 
caso deverá manter a escrituração contábil nos termos da legislação comercial. No entanto, a empresa, 
optante pelo regime de tributação com base no lucro presumido, poderá adotar o critério de reconhe-
cimento das receitas pelo regime de caixa. Neste caso, deverá manter o Livro Caixa, amparada por 
documentos hábeis e idôneos, no qual deverá estar registrada toda a escrituração financeira, inclusive 
a movimentação bancária (ver Art. ��� do RIR/99) Lei 898�/9� art, ��).
�.� Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL – Lucro Presumido
O cálculo da CSLL sobre o lucro presumido é similar à apuração do CSLL por estimativa. Difere no 
fato de que por estimativa a receita é mensal, apurando-se pelo lucro presumido a receita é trimestral.
�.8 Percentual 
Utilizam-se os mesmos percentuais aplicados para o calculo da CSLL por estimativa.
�.9 Alíquota
9%
�.�0 Distribuição de lucros 
Como regra geral poderá ser distribuído o valor da base de cálculo do imposto (lucro presumido), 
diminuída de todos os impostos e contribuições a que estiver sujeita a pessoa jurídica (ver Instrução 
Normativa SRF. 9�/9�).
Se o lucro contábil apurado for maior que o lucro presumido diminuído dos impostos, poderá ser 
distribuído o lucro contábil isento de IRRF. 
�.�� Mudança de Regime do Lucro Presumido para Lucro Real
Em caso de mudança do regime de tributação, a PJ que não manteve escrituração contábil deverá 
elaborar o balanço de abertura e iniciar a escrituração contábil. O balanço de abertura deve conter inclusive 
o direito ao crédito presumido de 0,��% do PIS sobre o estoque de abertura que gera direito ao crédito.
8 LUCRO ARBITRADO
 O lucro arbitrado pode ser apurado espontaneamente ou de ofício. Espontaneamente a PJ que 
sujeita à escrituração na forma das leis comercial e fiscal, não o fizer, ou deixar de elaborar as demonstra-
ções financeiras exigidas pela legislação fiscal, poderá efetuar o pagamento com base no lucro arbitrado, 
quando conhecida a receita bruta (ver Lei n. 898�/9�, art. �� e Lei 9��0/9� art. �o)
8.� Percentuais de Arbitramento
Os percentuais a serem utilizados são os mesmos do lucro presumido, acrescidos de �0% Para 
instituições financeiras o percentual será de 45% (ver Lei n. 9249/95 art. 16 e Lei 9430/96 art. 27)
8.� Aplicação de Ofício
Quando não conhecida a Receita Bruta o arbitramento será feito de ofício (ver Lei 898�/�99� art. ��)
 8.� Distribuição de Lucro Arbitrado
Sobre a distribuição de lucros, muito clara a resposta à pergunta n. 580 do Perguntas e Respostas 
IRPJ �00� que está reproduzida a seguir: 
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Poderáser distribuído a título de lucros, sem incidência do imposto de renda, ao titular, sócio ou 
acionista da pessoa jurídica, o valor correspondente ao lucro arbitrado, diminuído de todos os impostos 
e contribuições (inclusive adicional do IR, CSLL, Cofins, PIS/ Pasep) a que estiver sujeita a pessoa ju-
rídica (LEI no 9.��9, de �99�, art. �0; ADN Cosit no �, de �99�). Acima desse valor, a pessoa jurídica 
poderá distribuir, sem incidência do imposto de renda, até o limite do lucro contábil efetivo, desde que 
ela demonstre, via escrituração contábil feita de acordo com as leis comerciais, que esse último é maior 
que o lucro arbitrado. Todavia, se houver qualquer distribuição de valor a título de lucros, superior àquele 
apurado contabilmente, deverá ser imputada à conta de lucros acumulados ou de reservas de lucros 
de exercícios anteriores. Na distribuição incidirá o imposto de renda com base na legislação vigente nos 
respectivos períodos (correspondentes aos exercícios anteriores), com acréscimos legais.
9 SITUAÇÕES ESPECÍFICAS DA GESTÃO TRIBUTÁRIA
9.� Acompanhamento dos Tributos na Gestão Tributária
Para uma boa gestão é fundamental acompanhar mensalmente o resultado tributável e efetuar a 
projeção dos valores a recolher, bem como a comparação com os outros regimes de tributação.
Características PRESUMIDO REAL ANUAL REAL TRIMESTRAL
Pagamento do 
IRPJ e da CSLL Trimestral Mensal trimestral
Base de Calculo
% aplicável sobre 
a Receita Bruta e 
acréscimos
% aplicável sobre a receita 
bruta e acréscimos ou 
resultado líquido contábil 
ajustado
Resultado líquido contábil ajustado 
Ajuste no final do 
exercício Não Sim Não
Compensação de 
prejuízos fiscais e 
base negativa da 
CSLL
Não
Sim, limitado a �0% dos 
lucros tributáveis nos anos 
subseqüentes
Sim, limitado a �0% dos lucros tributáveis 
nos trimestres subseqüentes
Escrituração 
contábil Não Sim Sim
Distribuição de 
lucros Isenta Isenta Isenta
Quadro 6: Resumo comparativo do IRPJ
9.� Remuneração dos Sócios/Acionistas
9.�.� Pró-labore
Dedutibilidade como despesa na apuração do Lucro Real – Art. ��� do RIR/99
Os valores fixos pagos ou creditados, mensalmente, ao titular, sócios, diretores ou administradores 
das empresas, a título de remuneração (retiradas pró-labore), correspondentes à efetiva prestação de 
serviços, poderão ser considerados integralmente como custo ou despesa operacional, no resultado da 
pessoa jurídica, independentemente de qualquer restrição ou limite de valor.
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Tratamento relativamente ao INSS
Sobre o total do pró-labore pago as sócios/administradores da empresa a empresa deverá INSS.
Considerando que o INSS sobre o pró-labore resulta numa despesa para a PJ, tal despesa diminuirá 
o Lucro Contábil (Lucro Líquido) e as bases de cálculo do IRPJ e CSLL.
Tributação na Pessoa Física – Art. 43, inciso XIII do RIR/99
São tributáveis os rendimentos provenientes de remuneração pela prestação de serviços por dire-
tores, administradores, titular de firma individual ou sócios de qualquer espécie de sociedade, inclusive 
as optantes pelo SIMPLES. Tais rendimentos estão sujeitos à incidência de Imposto de Renda na Fonte 
e são tributadas na declaração de ajuste anual.
9.�.� Distribuição de Lucros
Tributação na Pessoa Física – Art. �9, incisos XXVI a XXIX 
Os lucros ou dividendos calculados com base nos resultados apurados a partir de janeiro de �99�, 
pagos ou creditados por PJ tributada pelo Lucro Real, Presumido ou Arbitrado são isentos de tributação 
na PF.
Tributação na Pessoa Jurídica
- Não são considerados na apuração da base de cálculo do IRPJ e CSLL, independentemente da forma de 
tributação adotadas pela Pessoa Jurídica.
- Não haverá a incidência de PIS e COFINS sobre os valores recebidos.
- A contabilização é feita através de um lançamento a débito em caixa/bancos e a crédito de:
a) receita de dividendos ou lucros, se o investimento for avaliado a custo
b) investimento permanente, se o mesmo for avaliado pelo método da equivalência patrimonial
Tratamento relativamente ao INSS
Não incidência do INSS sobre lucros ou dividendos distribuídos.
Tratamento para fins de apuração do Lucro Real da empresa que distribuir lucros
Não tem qualquer influência na apuração do Lucro Real por se tratar de distribuição de lucros e 
não de despesa.
 Distribuição de lucros por conta de período-base não encerrado 
A IN SRF 9�/9� autoriza a distribuição de lucros por conta de período-base não encerrado para as 
três modalidades de tributação (lucro real, presumido ou arbitrado). 
O valor adiantado deve ser comparado com o lucro apurado na contabilidade, sendo que os even-
tuais excessos devem ser:
a) imputados aos lucros acumulados ou reservas de lucros de exercícios anteriores, ficando sujeita a incidência 
do imposto de renda calculado segundo o disposto na legislação específica, com acréscimos legais;
b) inexistindo lucros acumulados ou reservas de lucros em montante suficiente, a parcela excedente 
será submetida à tributação, com base na tabela progressiva.
9.�.� Pagamento de Juros sobre Capital Próprio
Disponível desde �99�, o pagamento de juros sobre o capital próprio é um pouco mais complexo 
que o pagamento de dividendos e pró-labore. Os sócios podem ser remunerados com valores calculados 
com base em um percentual do PL da empresa. (Arts. ���, ��8 e ��8 do RIR/99)
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Condições de Dedutibilidade
• Sob determinadas condições, são dedutíveis na apuração do Lucro Real e da base de cálculo da CSLL.
• Juros pagos ou creditados individualizadamente aos sócios a título de remuneração do capital próprio
• Limitado a variação da TJLP
•Calculado sobre as contas do Patrimônio Líquido de 31 de dezembro do ano anterior
Cálculo do Valor Dedutível
 Contas do PL que não podem ser consideradas:
• Reserva de reavaliação de bens e direitos;
• Reserva especial relativa à correção monetária dos bens do ativo permanente referida à data de 
31/01/91;
• Parcela ainda não realizada da reserva de reavaliação de imóveis integrantes do ativo permanente e de pat-
entes ou direitos de exploração de patentes que tenha sido incorporada ao capital social;
• o lucro do próprio período-base.
 Limite de Dedutibilidade
O montante dos juros remuneratórios do capital passível de dedução como despesa operacional 
limita-se ao maior dos seguintes valores (RIR/�999, art.���, § �o):
a) cinqüenta por cento do lucro líquido do período de apuração a que corresponder o pagamento ou 
crédito dos juros, após a dedução da contribuição social sobre o lucro líquido e antes da provisão 
para o imposto de renda e da dedução dos referidos juros; ou
b) cinqüenta por cento dos saldos de lucros acumulados e reservas de lucros de períodos anteriores (as 
reservas de lucros somente foram incluídas para efeito do limite da dedutibilidade dos juros a partir 
de 10/01/1997, pela Lei nº 9.430, de 1996, art. 78.
Tributação na Fonte
IR Fonte de ��%, na data do pagamento ou crédito 
Tratamento dos Juros Auferidos e do Imposto Retido na Fonte
• Pessoas Jurídicas tributadas pelo Lucro Presumido ou Arbitrado
Os juros deverão ser adicionados ao lucro presumido ou arbitrado, bem como à base de cálculo da CSLL, 
e o IR Fonte poderá ser compensado com o IRPJ devido no período em que os juros auferidos foram 
computados na base de cálculo.
• Pessoas Jurídicas Tributadas pelo Lucro Real
Os juros auferidos deverão ser registrados como receita financeira e integrarão o lucro real e a base de cálculo 
da CSLL. O IR Fonte poderá ser compensado com o IRPJ devido no período de apuração em que os juros 
forem computados na suabase de cálculo ou compensados com o IR Fonte por ocasião do pagamento ou 
crédito de juros, a título de remuneração de capital próprio, ao titular, sócios ou acionistas.
Caso a PJ tenha optado pela estimativa com base na RBA, os juros auferidos não entram na base de cálculo 
do imposto mensal estimado e o IR Fonte não pode ser compensado com o IRPJ estimado. Todavia, os 
juros auferidos devem ser computados na base de cálculo da CSLL.
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Imputação dos Juros ao Valor do Dividendo Obrigatório
 O valor dos juros pagos ou creditados pela pessoa jurídica poderá ser imputado ao valor do divi-
dendo obrigatório de que trata o art. �0� da Lei ��0�/�� (Lei das S.A.) sem prejuízo da incidência de IR 
na Fonte.
 Isso significa que os juros remuneratórios do capital próprio podem ser considerados como paga-
mento do dividendo mínimo a que as companhias estão obrigadas.
10 PIS/COFINS 
�0.� Contribuintes
As pessoas jurídicas de direito privado e as que lhes são equiparadas pela legislação do imposto 
de renda, inclusive as empresas públicas, as sociedades de economia mista e suas subsidiárias, devem 
apurar a Contribuição para o PIS/Pasep e a Cofins, nos termos da Lei no 10.637, de 30 de dezembro 
de �00� (regime não-cumulativo da Contribuição para o PIS/Pasep), da Lei nº �0.8��, �9 de dezembro 
de 2003 (regime não-cumulativo da Cofins), e da Lei nº 9.718, de 27 de novembro de 1998 (regime 
cumulativo da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins), observadas as disposições em vigor da Lei 
Complementar nº �0, de �0 de dezembro de �99�, da Lei nº 9.���, de �� de novembro de �998, da MP 
nº �.��8-��, de �� de agosto de �00�.
A legislação atual dispõe sobre três formas de cobrança do PIS/COFINS: Contribuições Cumulati-
vas; Contribuições não cumulativas; contribuições incidentes na importação. Dispõe ainda sobre outras 
formas de cobrança exclusivas para o PIS. 
�0.� Fato gerador
O PIS/Pasep tem como fatos geradores:
a) o auferimento de receita pela pessoa jurídica de direito privado e as que lhe são equiparadas pela 
legislação do imposto de renda;
b) a folha de salários das entidades relacionadas no art. 13 e das cooperativas que excluírem da receita 
qualquer dos itens enumerados no art. 15 da MP nº 2.158-35, de 2001, e
c) as receitas correntes arrecadadas e as transferências correntes e de capital recebidas pelas pessoas 
jurídicas de direito público interno, exceto as fundações públicas.
10.3 Pis/Cofins Cumulativos
�0.�.� Base de cálculo
A base de cálculo é a totalidade das receitas auferidas pela PJ, inclusive variações monetárias ativas, 
sendo irrelevante o tipo de atividade por ela exercida e a classificação contábil das receitas.
�0.�.� Exclusões da base de cálculo
a) das vendas canceladas ou devolvidas, dos descontos incondicionais concedidos, do IPI e do ICMS, 
este quando cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador dos serviços na condição de substituto 
tributário (Lei nº 9.718, de 1998, art. 3º, § 2º, I);
b) das reversões de provisões e recuperação de créditos baixados como perda, que não representem 
ingresso de novas receitas, do resultado positivo da avaliação de investimentos pelo valor do pat-
rimônio líquido e o valor dos lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo custo 
de aquisição, que tenham sido computados como receita (Lei nº 9.718, de 1998, art.3º, § 2º, II; Lei 
nº 9.701, de 1998, art. 1º, I; MP nº 2.158-35, de 2001, art. 2º); e 
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c) da receita decorrente da venda de bens do ativo permanente (Lei nº 9.718, de 1998, art.3º, § 2º, IV);
d)os valores que, computados como receitas tenham sido transferidos para outra Pessoa Jurídica, ob-
servadas normas expedidas pelo Poder Executivo (vide MP 2158-35)
�0.�.� Receitas Isentas
A seguir estas listadas algumas receitas isentas do PIS/COFINS previstas na MP nº �.��8-��, de 
�00� art. ��:
• da exportação de mercadorias para o exterior ;
• dos serviços prestados a pessoa física ou jurídica, residente ou domiciliada no exterior, cujo pagamento 
represente ingresso de divisas;
• do transporte internacional, de carga ou passageiros; 
• de vendas realizadas pelo produtor-vendedor às empresas comerciais exportadoras nos termos do 
Decreto-lei nº 1.248, de 1972, e alterações posteriores, desde que destinadas ao fim específico de 
exportação para o exterior ;
• a estabelecimento industrial, para industrialização de produtos destinados à exportação, ao amparo 
do art. 3º da Lei nº 8.402, de 08 de janeiro de 1992.
• de vendas, com fim específico de exportação para o exterior, a empresas exportadoras registradas na 
Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exte-
rior;
�0.�.� Substituição tributária
I - Comercialização de Cigarros
Os fabricantes e os importadores de cigarros, em relação à receita de venda desses produtos, estão sujeitos ao 
recolhimento da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins na condição de contribuintes e de substitutos 
dos respectivos comerciantes varejistas (Lei Complementar nº 70, de 1991, art. 3º, Lei nº 9.715, de 1998, 
art. 5º e Lei nº 9.532, de 1997, art. 53).
A base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep é o preço fixado para venda do produto no varejo, 
multiplicado por 1,98 (Lei nº 9.715, de 1998, art. 5º, alterado pela Lei 11196/05, art. 62).
A base de cálculo da Cofins é o preço de venda do produto no varejo, multiplicado por 169%(Lei Comple-
mentar nº 70, de 1991, art. 3º, alterado pela Lei 11196/05 art. 62).
10.3.5 Contribuição para o PIS/Pasep e Cofins - Alíquotas
 I - Alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep - Faturamento/Receita Bruta
Receitas em geral, é de 0,65% (Lei nº 9.715, de 1998, art. 8º, I; Lei nº 9.718, de 1998, art. 8º), ressalvada a 
alíquota aplicável no regime de não-cumulatividade (1,65%) e das alíquotas concentradas:
 II - Alíquotas da Cofins
A alíquota da Cofins, a ser aplicada sobre as receitas em geral, é de 3% (Lei nº 9.718, de 1998, art. 8º), res-
salvada a alíquota aplicável no regime da não-cumulatividade 7,6% (art. 2o da Lei no 10.833, de 29 de 
dezembro de 2003), os bancos (4%) e as alíquotas concentradas.
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III - Alíquota da Contribuição para o PIS/Pasep - Folha de Salários
A contribuição para o PIS/PASEP será determinada com base na folha de salários, à alíquota de 1%, pelas 
seguintes entidades (MP 2158-35 art. 13):
 I - templos de qualquer culto;
 II - partidos políticos;
 III - instituições de educação e de assistência social a que se refere o art. 12 da Lei. 9532/97
 IV - instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural, científico e as associações, a que se refere o 
art. 12 da Lei. 9532/97; 
 V - sindicatos, federações e confederações;
 VI - serviços sociais autônomos, criados ou autorizados por lei;
 VII - conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas;
 VIII - fundações de direito privado e fundações públicas instituídas ou mantidas pelo Poder Público;
 IX - condomínios de proprietários de imóveis residenciais ou comerciais; e
 X - a Organização das Cooperativas Brasileiras - OCB e as Organizações Estaduais de Cooperativas 
previstas no art. 105 e seus § 1º da Lei 5.765/71.
10.4 Pis/Cofins não Cumulativos
Esta modalidade se aplica às PJ’s tributadas com base no Lucro Real (trimestral ou anual)
10.4.1 PJ não sujeitas à não-cumulatividade 
A sistemática da “não-cumulatividade” também não se aplica às seguintes PJ: 
a) operadoras de planos de saúde;b) empresas de securitização de créditos; 
c) bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, so-
ciedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades 
corretoras, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, 
cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização, agentes autônomos de 
seguros privados e de crédito e entidades de previdência privada abertas e fechadas; 
d) órgãos públicos, as autarquias e fundações públicas federais, estaduais e municipais, e as fundações 
cuja criação tenha sido autorizada por lei;
e) empresas particulares que explorem serviços de vigilância e transporte de valores na forma da Lei 
nº 7.102, de 20 de junho de 1983; 
e) sociedades cooperativas, exceto as agropecuárias e as de consumo.
10.4.2 Receitas não sujeitas ao PIS/Pasep e à COFINS “não-cumulativas” 
Algumas receitas previstas na legislação não compõem a base de cálculo do PIS/Pasep e da CO-
FINS “não-cumulativas”, porém, devem ser computadas na base de cálculo do PIS/Pasep e da COFINS 
normal ou do regime próprio a que se sujeitam: 
• Mercado Atacadista de Energia Elétrica (MAE),
• Relativas às operações de venda de veículos usados, adquiridos para revenda, bem assim dos recebidos como 
parte do preço da venda de veículos novos ou usados, quando auferidas por pessoas jurídicas que tenham 
como objeto social, declarado em seus atos constitutivos, a compra e venda de veículos automotores;
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• Auferidas a partir de 1º de fevereiro de 2003, decorrentes da venda de bens do ativo permanente. 
• Decorrentes da prestação de serviços de telecomunicação; 
• Auferidas a partir de 1º de fevereiro de 2003, decorrentes de prestação de serviços das empresas jornalísticas 
e de radiodifusão sonora e de sons e imagens;
• Relativas a contratos firmados anteriormente a 31 de outubro de 2003 (IN SRF N. 468/04): 
• Decorrentes de prestação de serviços de transporte coletivo rodoviário, metroviário, ferroviário e aquaviário 
de passageiros; 
• Decorrentes de serviços prestados por hospital, pronto-socorro, clínica médica, odontológica, de fisioterapia 
e de fonoaudiologia, e laboratório de anatomia patológica, citológica ou de análises clínicas, bem assim os 
serviços de diálise, raios X, radiodiagnóstico e radioterapia, quimioterapia e de banco de sangue 
• Decorrentes de prestação de serviços de educação infantil, ensinos fundamental e médio e educação superior; 
• Decorrentes de prestação de serviços das empresas de call center, telemarketing, telecobrança e de teleat-
endimento em geral; 
• Decorrentes da execução por administração, empreitada ou subempreitada, de obras de construção civil, 
até 31 de dezembro de 2006; 
• Auferidas por parques temáticos, e as decorrentes de serviços de hotelaria e de organização de feiras e 
eventos, conforme será definido em ato conjunto dos Ministérios da Fazenda e do Turismo;
• Auferidas por pessoas jurídicas, decorrentes da edição de periódicos e de informações neles contidas, que 
sejam relativas aos assinantes dos serviços públicos de telefonia;
• Decorrentes de prestação de serviços com aeronaves de uso agrícola inscritas no Registro Aeronáutico 
Brasileiro - RAB; 
• Das lojas francas referidas; 
• Decorrentes de venda de jornais e periódicos 
• Decorrentes de prestação de serviço de transporte coletivo de passageiros, efetuado por empresas regulares 
de linhas aéreas domésticas, e as decorrentes da prestação de serviço de transporte de pessoas por empresas 
de táxi aéreo
• as receitas decorrentes da prestação de serviços postais e telegráficos prestados pela Empresa Brasileira de 
Correios e Telégrafos; 
• as receitas decorrentes de prestação de serviços públicos de concessionárias operadoras de rodovias; 
• as receitas decorrentes da prestação de serviços das agências de viagem e de viagens e turismo. 
• as receitas auferidas pelas pessoas jurídicas produtoras (usinas e destilarias) com as vendas de álcool para 
fins carburantes;
• as receitas auferidas por empresas de serviços de informática, decorrentes das atividades de desenvolvim-
ento de software e o seu licenciamento ou cessão de direito de uso, bem como de análise, programação, 
instalação, configuração, assessoria, consultoria, suporte técnico e manutenção ou atualização de software, 
compreendidas ainda como softwares as páginas eletrônicas (a exclusão não alcança a comercialização, 
licenciamento ou cessão de direito de uso de software importado).
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�0.�.� Alíquotas PIS/COFINS não cumulativos
a) 1,65% (um inteiro e sessenta e cinco centésimos por cento) para o PIS/PASEP; e 
b) 7,6% (sete inteiros e seis décimos por cento) para a COFINS. 
�0.�.� Créditos do PIS/PASEP e da COFINS “não-cumulativas” 
O direito ao crédito do PIS/PASEP e da COFINS surge quando a PJ adquire bens e serviços que, 
na fase anterior da cadeia de produção ou de comercialização, se sujeitaram às mesmas contribuições 
e cuja receita da venda ou da revenda integrem a base de cálculo do PIS/PASEP e da COFINS “não-
cumulativas”. 
�0.�.� Créditos básicos 
A pessoa jurídica pode efetuar do crédito das contribuições mediante a aplicação das seguintes alí-
quotas sobre a base de cálculo dos créditos (bens e serviços adquiridos que deram direito ao crédito):
a) de 1,65% para o PIS; e 
b) de 7,6% (para a COFINS: 
Este crédito pode ser excluído do valor do tributo calculado sobre as receitas da P.J.
�0.�.� Base de cálculo dos créditos
Aquisições 
a) de bens adquiridos para revenda, exceto em relação às mercadorias e aos produtos sujeitos à incidência 
monofásica e à substituição tributária (combustíveis, medicamentos e veículos); 
b) de bens e serviços adquiridos, inclusive combustíveis e lubrificantes, utilizados como insumos: 
b.1) na produção ou fabricação de bens ou produtos destinados à venda; ou 
b.2) na prestação de serviços. 
Despesas e custos 
a) com energia elétrica consumida nos estabelecimentos da pessoa jurídica; 
b) com aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, pagos à pessoa jurídica, utilizados nas atividades 
da empresa; 
d) com contraprestação de operações de arrendamento mercantil pagas a pessoa jurídica, exceto quando 
esta for optante pelo Simples; e 
e) com armazenagem de mercadoria e frete na operação de venda e na prestação de serviços, quando 
o ônus for suportado pelo vendedor.
Dos encargos de depreciação e amortização
A IN ���/�00� versa sobre o crédito de PIS/COFINS sobre a depreciação dos seguintes bens:
a) máquinas, equipamentos e outros bens adquiridos a partir de 1º de maio de 2004 incorporados ao 
ativo imobilizado para utilização na produção de bens destinados a venda ou na prestação de ser-
viços; e 
b) edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros, utilizados nas atividades da em-
presa.
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�0.�.� Utilização dos créditos do PIS/PASEP e da COFINS 
Os créditos do PIS/PASEP e da COFINS serão utilizados para diminuir o valor das contribuições 
devidas em cada mês. O excedente será transferido para o mês seguinte. 
11 SIMPLES
O SIMPLES - Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das 
Empresas de Pequeno Porte, criado pela Lei 9317/96, é uma forma de tributação que permite às empresas 
nele enquadradas recolher os tributos de forma unificada, através de um percentual aplicado sobre a receita 
bruta. O recolhimento é feito em um único documento de arrecadação,

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