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50QUESTÕES FREQUENTES TRIBUTÁRIO SABBAG

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DIREITO TRIBUTÁRIO – 50 PERGUNTAS FREQUENTES 
 
 
 
1 - Como pode a decisão administrativa irreformável extinguir o crédito tributário se esta decisão pode ser alterada 
por decisão judicial? Fundamente. 
A decisão administrativa transitada em julgado extingue crédito tributário nos casos em que houver integral acolhida 
do pedido feito pelo contribuinte, é dizer, o lançamento realizado pelo Fisco resta totalmente improcedente. 
 
2 - Qual a diferença entre isenção e imunidade? 
A imunidade se caracteriza como uma incidência prevista expressamente no texto constitucional e, em regra, cuida 
tão somente de impostos. Já a isenção se refere a uma parcela retirada da hipótese de incidência por meio de lei 
infraconstitucional, e abrange todos os tributos. 
 
3 - Na ausência de disposição expressa na lei tributária, pode o intérprete recorrer à analogia? 
Sim. O art. 108, I, do CTN reza que a analogia é uma das formas de integração da legislação tributária, por meio da 
comparação entre casos similares ou análogos. Porém, a aplicação da analogia sempre deve ser operada de modo a 
favorecer a posição do contribuinte, ficando vedada sua utilização para fins de exigência de um tributo não previsto 
legalmente (§1.), em face da pujança do princípio da legalidade tributária. 
 
4 - Há imunidade do IPTU sobre imóvel pertencente a autarquia federal, quando este imóvel está alugado a 
terceiros? 
Não deve ser exigido o IPTU dos referidos imóveis pertencentes a autarquia federal, desde que seu uso esteja 
vinculado às suas finalidades essenciais. 
Dessa forma, se o imóvel está alugado para terceiros, mas está sendo utilizado para atingir as suas finalidades 
essenciais, haverá a imunidade prevista no art. 150, VI, a, e § 2º, da CF. Caso contrário, haverá a cobrança de todos 
os tributos. 
 
5 – O lançamento do valor tributário de uma empresa pode ser feito em moeda estrangeira? 
Não; o lançamento tributário em moeda estrangeira é expressamente vedado pelo art. 143 do CTN. 
 
6 – Qual a distinção da aplicação do princípio da seletividade quanto ao IPI e ao ICMS? 
A grande distinção entre o IPI na forma do artigo 153, parágrafo 3º, I da CF e o ICMS conforme art. 155, parágrafo 2º 
III CF, com relação ao princípio da seletividade que diz respeito a essencialidade do produto, diante da exigência na 
aplicação de tal princípio ao IPI, que determina que ocorreu a aplicação da utilidade nos produtos de incidência de 
IPI, ao contrário do ICMS que dispõe que poderá ser seletivo em função da essencialidade das mercadorias e 
serviços. 
 
7 - Quais as consequências e requisitos da denúncia espontânea? 
Conforme dispõe o artigo 138 do CTN, a denúncia espontânea exclui a responsabilidade da infração, devendo 
acompanhar o pagamento do tributo devido e juros de mora, ou depósito da importância arbitrada pela autoridade 
administrativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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8 - Qual a diferença entre bis in idem e bitributação? 
De forma simples, a bitributação representa o fenômeno onde mais de um ente tributante cobra um ou mais 
tributos sobre o mesmo fato gerador. Na ocorrência da “solidariedade ativa”, conforme mencionado, poderá o 
contribuinte se valer da ação de consignação em pagamento para corrigir tal ilegalidade. 
O bis in idem é o fenômeno pelo qual um ente tributante cobra mais de um tributo sobre o mesmo fato gerador. No 
questionamento judicial tributário, pode o operador do Direito, em face do bis in idem, valer-se das ações judiciais 
típicas do Processo Tributário, não havendo ação específica como método corretivo para tal “anomalia jurídica”, 
como existe para o instituto da bitributação (ação de consignação em pagamento). 
 
9 - Há incidência de taxa remunerativa do serviço prestado a um templo, por exemplo, no caso de coleta de lixo, 
sendo este templo protegido pela imunidade sobre os impostos? 
Sim, pois a imunidade é apenas para impostos, conforme o art. 150, VI, CF. 
 
10 – Quais as diferenças entre os tributos e as multas? 
A diferença da natureza jurídica entre tributo e multa é que apenas a multa possui caráter confiscatório. Isto porque 
o tributo nasce de uma imposição estatal da qual o contribuinte não pode eximir-se do seu recolhimento, não lhe 
sendo facultado recorrer a uma ação ou omissão para exonerar-se desta exação. O ente tributante institui o tributo 
e o administrado deverá recolhê-lo, desde que, é lógico, provoque um fato descrito como gerador do imposto. A 
multa, ao contrário, nasce a partir de uma conduta contrária à legislação tributária, conduta esta que pode ser 
evitada pelo contribuinte ficando livre da sanção fiscal. Ou seja, o contribuinte é onerado pela multa por sua escolha, 
considerando que não há punição sem culpa. 
 
11 - O que são impostos reais e pessoais? 
Os impostos reais visam à atribuição de bens econômicos, de riqueza, em termos objetivos (imposto predial), sem 
que nessa tributação se vão refletir as condições pessoais do contribuinte, os impostos pessoais (imposto 
sucessório), pelo contrário, procuram atingir certos bens por pertencerem, ou respeitarem a determinadas pessoas, 
cuja capacidade contributiva e outras circunstâncias pessoais, são tidas em conta, através de alguns aspectos da 
tributação. 
 
12 - O que são impostos diretos e indiretos? 
Os impostos diretos visam atingir faculdades contributivas permanentes, estáveis, enquanto os indiretos visam 
atingir faculdades contributivas intermitentes, instáveis, passageiras, é aquele que geralmente tem inspirado as leis 
e contabilidade pública. São impostos diretos, aqueles cujo lançamento se baseia na elaboração prévia de um rol 
nominativo de contribuintes; e indiretos os outros. 
 
13 - O ato jurídico nulo pode ser tributado? 
Sim, pois prevalece no direito tributário a interpretação objetiva do fato gerador, insertas nos arts. 118 e 126, do 
CTN. Tributa-se em face de qualquer fato gerador, independentemente de fatos geradores extrínsecos a ele, que 
possam ser relevantes em outros ramos do direito. 
 
14 - Qual a diferença entre o cabimento da ação anulatória e da ação declaratória? 
A ação declaratória é cabível contra qualquer exigência indevida anterior ao lançamento. Se o enunciado citar 
lançamento, autuação ou lavratura de AIIM, portanto, esqueça a declaratória e utilize a ação anulatória. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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15 - Quais as hipóteses de cabimento do mandado de segurança? 
O mandado de segurança é um remédio constitucional que visa à proteção de direito líquido e certo daquele que 
sofre ilegalidade ou abuso de poder, ou tiver o receio de sofrê-la. Assim, o mandado de segurança poderá ser 
preventivo ou repressivo. Preventivo sempre que houver exigência tributária descabida, já o repressivo será utilizado 
nas situações que sucede ao lançamento. 
 
16 - Qual o prazo para impetrar Mandado de Segurança? 
O prazo decadencial para impetrar Mandado de Segurança é de 120 (cento e vinte) dias, contados da ciência, pelo 
interessado, do ato impugnado, conforme art. 23 da Lei 12.016/09. Vale salientar que o prazo é decadencial, não 
admitindo interrupção nem suspensão. Com efeito, tal prazo extintivo, uma vez iniciado, flui continuamente: não se 
suspende nem se interrompe. 
 
17 - Quais as exceções ao princípio da legalidade tributária? 
O Imposto de Importação, o Imposto de Exportação, o Imposto sobre Produtos Industrializados, o Imposto sobre 
Operações de Crédito,Câmbio e Seguros, a CIDE-Combustível e o ICMS-Combustível poderão ter suas alíquotas 
majoradas ou reduzidas por ato do Poder Executivo. 
 
18 - O que se entende pela regra da seletividade? 
Trata-se de uma regra, por meio da qual se estipula alíquotas diferenciadas para certos produtos e/ou serviços, para 
mais ou para menos, em função da essencialidade. 
 
19 - Quais as espécies de substituição tributária? 
Substituição tributária é o regime pelo qual a obrigação tributária é repassada a outro contribuinte da mesma 
cadeia. Ela poderá ser progressiva (para frente) ou regressiva (para trás). Por meio daquela,a obrigação é devida em 
sua integralidade, pelo contribuinte antecedente na cadeia; já na regressiva, a obrigação é devida pela contribuinte 
posterior desta cadeia.. 
 
20 - Quais requisitos devem estar presentes para que se caracterize zona urbana do IPTU? 
O fato gerador do IPTU dar-se-á com a propriedade, com o domínio útil ou com a posse de bem imóvel, localizado na 
zona urbana do Município. De acordo com o §1º, do artigo 32, do Código Tributário Nacional, para que se caracterize 
a zona urbana é necessário que seja observado o mínimo de existência de, pelo menos dois seguintes 
melhoramentos: a) meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais; b) abastecimento de água; c) sistema 
de esgotos sanitários; d) rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar; d) escola 
primária ou posto de saúde a uma distância mínima de 3 quilômetros do imóvel considerado; 
 
21 - Qual o conceito de circulação para fins de incidência de ICMS? 
É a mudança da titularidade jurídica do bem e não apenas a movimentação física. O bem sai da titularidade de um 
sujeito e passa à titularidade definitiva de outro. 
 
22 - Quais as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção do crédito tributário? 
Para decorar, a melhor maneira é conhecer as hipóteses de exclusão: anistia e isenção; e as hipóteses de suspensão: 
moratória, depósito do montante integral, reclamações e recursos administrativos, concessão de medida liminar em 
mandado de segurança, concessão de tutela antecipada ou medida liminar em outras espécies de ações e 
parcelamento; o que sobrar são as hipóteses de extinção: pagamento, compensação, transação, remissão, 
decadência e prescrição, conversão do depósito em renda, pagamento antecipado e a homologação do lançamento, 
 
 
 
 
 
 
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consignação em pagamento julgada procedente, decisão administrativa irreformável, decisão judicial transitada em 
julgado e dação em pagamento.. 
 
23 - A quem será feita a restituição de tributos que comportem, por sua natureza, transferência do encargo 
financeiro? 
Apenas a quem provar ter assumido o encargo financeiro ou a quem, no caso de ter transferido o encargo a 
terceiros, estiver por este expressamente autorizado, nos termos do artigo 166, do CTN. 
 
24 - Qual a particularidade da isenção concedida de forma temporária e condicionada? 
De acordo com uma interpretação a contrário-senso do artigo 178 do CTN, a isenção, concedida por prazo certo e 
em função de determinadas condições, não pode ser revogada ou modificada por lei, enquanto perdurar o prazo 
concedido. 
 
25 - O que se entende por lançamento tributário? 
Lançamento tributário é um ato administrativo vinculado que tem o objetivo dar exigibilidade aos tributos e que 
identifica a materialidade, o tempo, a localidade, os sujeitos da relação e a quantificação de tal prática. 
 
26 - O que será o termo inicial da contagem do prazo da decadência? 
O termo inicial da contagem do lapso decadencial poderá se dar por meio do artigo 173, I ou 150, §.4. O primeiro é a 
regra, em que se aplica como marco inicial o primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia 
ter sido feito efetuado. Já o segundo, que se aplica apenas aos tributos sujeitos ao lançamento por homologação e 
que tenha sido feito o pagamento prévio do tributo, prevê como termo inicial a data do fato gerador. 
 
27 - Requisitos para configuração da responsabilidade dos sócios da empresa? 
De acordo com o artigo 135, III do Código Tributário Nacional, os diretores, gerentes ou representantes da pessoa 
jurídica de direito privado responderão pela dívida se na época do fato gerador, tenha agido com excesso de poderes 
ou infração de lei, contrato social ou estatutos. 
 
28 - Qual a diferença entre taxa e preço público? 
O traço marcante que deve diferir taxa de preço público está na inerência ou não da atividade à função do Estado. Se 
houver evidente vinculação e nexo do serviço com o desempenho de função eminentemente estatal, teremos taxa. 
De outra banda, se presenciarmos uma desvinculação deste serviço com a ação estatal, inexistindo óbice ao 
desempenho da atividade por particulares, temos preço público. 
 
29 - O que é epígrafe? 
Epígrafe nada mais é do que a indicação, entre o endereçamento e o preâmbulo, do número dos autos em que a 
peça será encartada, apartada ou apensada. A indicação da epígrafe é obrigatória para peças cujo processo já tenha 
sido ajuizado. É utilizada em peças como: Embargos à Execução, Exceção de Pré-Executividade, Recurso de Apelação, 
dentre outras). A epígrafe não é utilizada nos casos de petições iniciais, ou seja, não é utilizada nos casos em que a 
própria petição inaugura o feito (Ação Declaratória, Ação Anulatória, Ação de Consignação em Pagamento, dentre 
outras). 
 
30 - É correto utilizar na peça expressões em 1ª (primeira) pessoa do plural (nós, vejamos, sabemos etc.)? 
Não. O correto é escrever a petição em terceira pessoa do singular (sabe-se, veja-se, conclui-se etc.). 
 
 
 
 
 
 
 
 
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31 - Como citar expressões em latim? 
Expressões em latim deverão ser citadas na peça sempre entre aspas. 
 
32 – Há diferença entre o cabimento dos embargos e da exceção de pré-executividade? 
Ambas as medidas são usadas para a defesa do contribuinte na execução fiscal. Os embargos são cabíveis quando o 
enunciado mencionar uma das seguintes ocorrências: a) início da execução fiscal; b) oferecimento de bens à penhora 
ou c) intimação da penhora. Para o Exame de Ordem, utilize a exceção apenas se o enunciado mencionar que o 
cliente não tem bens a oferecer à penhora. Isso porque, a exceção é uma defesa nos autos da execução fiscal, 
também, mas que independe de que o juízo seja garantido. 
 
33 - Quais os tipos de lançamento do crédito tributário? 
O lançamento é o procedimento de liquidação da obrigação tributária surgida com o fato gerador. É ato 
administrativo, privativo à autoridade tributária competente, não discricionária, que verifica os seguintes aspectos: 
Verifica a ocorrência do fato gerador, determina a matéria tributável, calcula o montante do tributo devido, 
identifica o sujeito passivo, propõe a aplicação da penalidade, caso haja. A doutrina distingue três espécies de 
lançamento do credito tributário: lançamento direto ou de oficio, lançamento misto ou "por declaração" e por 
último, o lançamento homologação ou auto - lançamento. Lançamento direto ou de ofício é aquele em que o Fisco, 
dispondo de dados suficiente para efetuar a cobrança, realiza-o, dispensando o auxílio do contribuinte (Ex.: IPTU). 
Lançamento misto ou "por declaração" ocorre quando o sujeito passivo ou terceiros presta à autoridade 
administrativa informações sobre matéria de fato, indispensável à sua efetivação. Essa modalidade de lançamento é 
exclusiva da autoridade administrativa (Ex.: Imposto de Importação e Imposto de Exportação). Lançamentohomologação ou auto - lançamento: são tributos cuja legislação atribua ao sujeito o dever de antecipar o pagamento 
sem prévio exame da autoridade administrativa. Opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando 
conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado (Ex.: ICMS, IR, IPI, dentre outros). 
 
34 - Quais os principais princípios constitucionais tributários? 
 (i) Princípio da Legalidade; (ii) Princípio da Anterioridade Tributária ou Princípio da Eficácia Diferida; (iii) Princípio da 
Irretroatividade Tributária; (iv) Princípio da Igualdade ou Isonomia Tributária;(v) Princípio da Interpretação Objetiva 
do Fato Gerador; (vi) Princípio da Capacidade Contributiva; (vii) Princípio da Vedação ao Confisco; (viii) Princípio da 
Não-Limitação ao Tráfego de Pessoas e Bens; (ix) Princípio da Uniformidade Geográfica ou Uniformidade Tributária; 
(x) Princípio da Não-Cumulatividade. 
 
35 - Qual a diferença entre extrafiscalidade e parafiscalidade? 
A atribuição das funções administrativas, no bojo da delegação de capacidade tributária ativa, pode indicar, por 
determinação lega, que os recursos arrecadados será de livre disponibilidade da entidade delegatária, para fins de 
sustentação das finalidades precipuamente institucionais. Quando tal circunstância ocorre, exsurge o fenômeno 
conhecido por parafiscalidade. Assim, parafiscalidade, é o fenômeno pelo qual a pessoa política tributante delega a 
capacidade tributária ativa, por meio de lei a terceira pessoa, a qual por vontade dessa mesma lei passa a dispor do 
produto da arrecadação. A extrafiscalidade, por sua vez, é o emprego dos meios tributários para fins não-fiscais, 
induzindo os possíveis contribuintes a fazer ou deixar de fazer alguma coisa. Ocorre quando o Estado-Fisco não visa 
apenas a arrecadação, mas também intervir de uma forma ou de outra no setor financeiro e econômico. Visa 
também a corrigir situações econômicas ou sociais. Assim, por exemplo, poder-se-á lançar mão de um tributo 
extrafiscal, no sentido de evitar que uma atividade prejudicial a economia prospere a todo vapor (IPI). É o que 
acontece com o estabelecimento de alíquotas altas para importação (II) de mercadorias, quando existam similares 
nacionais. Usa-se o tributo para desestimular a importação. 
 
 
 
 
 
 
 
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36 - O que é a vedação às isenções heterônomas? 
Isenção Heterônoma é o fenômeno pelo qual a isenção é concedida por ente tributante diverso daquele que detém 
a competência para instituir determinado tributo. Trata-se de mais uma garantia que guarnece o pacto federativo 
quando obsta a interferência de entes maiores no plano arrecadatório registrada no dispositivo constitucional na 
exclusiva situação de isenção, nada obstando que se estenda a proibição a outros benefícios, o quais a proibição 
também deve abranger (anistia, remissão, concessão de crédito presumido, dentre outros). Ter-se-ia isenção 
heterônoma se a União editasse lei concedendo isenção de IPTU. Tal fenômeno é vedado pelo ordenamento, 
conforme artigo 151, III, da CF. 
 
37 - Quais as espécies de tributo? 
Segundo entendimento doutrinário uníssono, do qual comunga o STF (RE 146733/SP, Relator: Min. Moreira Alves, DJ 
de 06/11/92, p. 10), subsistem 05 (cinco) tributos no atual sistema tributário constitucional brasileiro, à luz da Teoria 
Pentapartida. Assim, segundo a Teoria Pentapartida os tributos dividem-se em: (i) Impostos; (ii) Taxas; (iii) 
Contribuição de Melhoria; (iv) Empréstimos Compulsórios; (v) Contribuição Parafiscal. 
 
38 - Quais são as exceções aos princípios da anterioridade anual e nonagesimal, cumulativamente? 
Consoante a inteligência do artigo 150, III, alínea “b” e “c”, e parágrafo 1°, as exceções aos princípios da 
anterioridade anual e nonagesimal cumulativamente são: (i) empréstimos compulsórios para atender a despesas 
extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência (art. 148, I da CF); (ii) 
Imposto de Importação (art. 153, I da CF); (iii) Imposto de Exportação (art. 153, II da CF); (iv) Imposto sobre 
Operações de Crédito, Câmbio e Seguro ou sobre Operações Relativas a Títulos ou valores Mobiliários (art. 153, V, da 
CF); (v) impostos extraordinários instituídos pela União mediante Lei Ordinária, na iminência ou no caso de guerra 
externa (art. 154, II da CF). 
 
39- Posso usar abreviações nas peças práticas? 
Evite o uso de abreviações, o mais correto esteticamente é a escrita da palavra completa. 
 
40 - Por que a Constituição Federal de 1988 dá competência aos Municípios para cobrar ITBI e no Código Tributário 
Nacional a competência é dos Estados? 
Devemos lembrar que a redação original do CTN é de 1966 (Lei nº 5.172/66) e estava de acordo com a CF/69, 
vigente à época. Após a CF/88 houve uma divisão de competência, se a transmissão do bem for inter vivos e onerosa 
incidirá ITBI, de competência dos Municípios, se a transmissão se der por causa mortis ou a título gratuito incidirá 
ITCMD, de competência dos Estados. 
 
41 - Se a CF/88 e o CTN tratarem da mesma matéria, qual diploma devo transcrever na peça? 
Em princípio devemos sempre invocar o texto constitucional, a não ser que o CTN trate da matéria de forma mais 
específica do que a CF/88 tratou. 
 
42 – Se no problema houver mais de um ente público exigindo tributo sobre mesmo fato gerador, em face de qual 
deles devo ajuizar Ação? 
Neste caso, devemos ajuizar uma Consignação em Pagamento (art. 890, CPC) em face de ambos os entes. 
 
43 – Os Municípios só podem cobrar IPTU ou podem também cobrar ITR? 
Em regra, os Municípios só têm competência para cobrar IPTU, salvo se optarem fiscalizar e cobrar o ITR, nos moldes 
do art. 153, § 4º, III, CF/88. 
 
 
 
 
 
 
 
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44 – Como fazer a qualificação completa do ente tributante? 
Além da indicação do nome, inscrição no CNPJ, sua sede e domicílio, a OAB tem cobrado a espécie de pessoa, no 
caso de Municípios, Estados, Distrito Federal, Territórios e União, são pessoas jurídicas de direito público (art. 41 do 
Código Civil). 
 
45 – Estou com dificuldades em descobrir o endereçamento correto na hora de fazer a peça, existe alguma dica? 
Em primeiro lugar e o mais importante é descobrir qual é o ente tributante, se for Município, Distrito Federal, 
Território ou Estado, a competência será da Justiça Estadual. Sendo a União o ente tributante, a competência será da 
Justiça Federal. 
 
46 – Se o problema indicar a data em que ocorreram os fatos, podemos indicá-la ao final da peça? 
Não. Indicar cidade, data ou mesmo assinar a peça pode acarretar a anulação da peça e a consequente reprovação 
no exame. 
 
47 – Nunca fiz uma peça na faculdade e estou demorando muito para terminar, o que posso fazer? 
A demora em terminar as primeiras peças é normal, faça todos os problemas dados durante o curso e naturalmente 
você ganhará prática, reduzindo significativamente o tempo gasto. 
 
48 – Não consigo desenvolver minhas teses, escrevo no máximo dois parágrafos, é pouco? 
Sim, lembre-se que ao desenvolver as teses, você deve elaborar um texto coerente com introdução, 
desenvolvimento e conclusão. Comente sobre os institutos jurídicos que o problema apresenta, isto enriquecerá sua 
tese. E quanto mais você estudar, mais facilidade terá no desenvolvimento das teses. 
 
49– Posso fundamentar a tese apenas com base em súmulas? 
De preferência não, busque sempre amparo na Constituição Federal, no Código Tributário Nacional ou em leis 
específicas. 
 
50 – O que se entende por cláusula “pecúnia non olet”?Para essa regra, dinheiro não tem cheiro, ou seja, há livre incidência de tributos, independente da regularidade 
jurídica dos atos ou da licitude do seu objeto ou dos seus efeitos.

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