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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA OBSTETRÍCIA VETERINÁRIA Prof. Dr. Marcos Chalhoub Coelho Lima OBSTETRÍCIA VETERINÁRIA II. PATOLOGIA DA PRENHEZ 1 ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS DOS ANEXOS FETAIS 2 PERTUBAÇÕES E ANORMALIDADES CAUSADAS PELO FETO 3 PERTUBAÇÕES DE ORIGEM MATERNA OBSTETRÍCIA VETERINÁRIA 1.1 Hidropsia dos envoltórios fetais 1 ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS DOS ANEXOS FETAIS 1.3 Edema 1.4 Placentite 1.5 Molas 1.2 Complicações placentárias na gestação múltipla OBSTETRÍCIA VETERINÁRIA 1.1 Hidropsia dos envoltórios fetais: caracterizado pelo aumento e acúmulo exagerado de líquido fetal 1 ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS DOS ANEXOS FETAIS Volume normal: 20 l aumentado: até 200 l Classificação: hidro-alantóide 85-95% hidro-âmnio 5% hidro-âmnio e hidro-alantóide: 7% (mista) Normalmente aparece nos últimos 3 meses de gestação 1.1 Hidropsia dos envoltórios fetais: OBSTETRÍCIA VETERINÁRIA Etiologia: • Malformações fetais (Anencefalia, hidrocefalia) • Distúrbios hepato-renais (hidronefrose) • Torção e compressão do cordão umbilical • Associada a presença de gêmeos 1.1 Hidropsia dos envoltórios fetais: OBSTETRÍCIA VETERINÁRIA Sintomatologia: • Aumento volume abdominal - distensão uterina • Alterações cardiorespiratórias – Taquipnéia, dispnéia, taquicardia • Diminuição do apetite • Dificuldade de defecar e urinar • Perda do estado corporal e decúbito • Fase final – desidratação e eventual morte 1.1 Hidropsia dos envoltórios fetais: OBSTETRÍCIA VETERINÁRIA Diagnóstico diferencial: • Ascite • Hidrometra • Prenhez múltipla Diagnóstico: • Exame clínico • Distenção exagerada do abdome • Palpação retal 1.1 Hidropsia dos envoltórios fetais: OBSTETRÍCIA VETERINÁRIA Tratamento: • Indução de parto • Corticóide (20mg-dexametazona) • Prostaglandina • Drenagem lenta do fluido • Alguns casos - cesariana OBSTETRÍCIA VETERINÁRIA 1 ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS DOS ANEXOS FETAIS 1.2 Complicações placentárias na gestação múltipla • Égua e vaca – uníparas (1 a 2% gemalar) • Ovelha – 1 ou 2 cordeiros • Cabra 1 a 3 cabritos • Porca – 10 a 12 leitões • Cadelas grades – 8 a 12 filhotes • Cadelas pequenas – 2 a 6 filhotes • Gatas 2 a 5 gatinhos OBSTETRÍCIA VETERINÁRIA 1 ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS DOS ANEXOS FETAIS 1.2 Complicações placentárias na gestação múltipla • Compressão dos órgãos maternos • Distúbios metabólicos • Taquipnéia - respiração superficial por compressão do diafragma • Pertubações digestivas – compressão e deslocamento de vísceras • Pertubações cardiocirculatórias – edema por compressão • Enfraquecimento da gestante – decúbito permanente • Alterações mecânicas parto – atonia uterina, retenção de placenta Sintomatologia OBSTETRÍCIA VETERINÁRIA 1 ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS DOS ANEXOS FETAIS 1.2 Complicações placentárias na gestação múltipla • Grandes animais • Início gestação - Ultra-songrafia • outros períodos - Palpação retal Diagnóstico • Pequenos animais • Palpação abdominal – após 25 dias • Ultra-songrafia – após 25 dias RX – após 45 dias OBSTETRÍCIA VETERINÁRIA 1 ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS DOS ANEXOS FETAIS 1.2 Complicações placentárias na gestação múltipla • Sem pertubações graves • Agardar o parto – parto assistido Tratamento • Com pertubações graves • Ruminantes - Indução de abortamento • Pequenos animais e suínos – Cesariana • Equinos – eliminação de uma das vesículas OBSTETRÍCIA VETERINÁRIA 1 ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS DOS ANEXOS FETAIS 1.3 Edema - estase sanguínea na circulação placentária 1.4 Placentite • Equino – Infecção ascendente – bactérias e fungos • Bovinos • Infecciosa – Brucela e salmonela • Tramatismo OBSTETRÍCIA VETERINÁRIA 1 ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS DOS ANEXOS FETAIS 1.5 Molas – Processos patológicos placentários que causam a morte do embrião que geralmente é reabsorvido, enquanto os anexos fetais continuam se desenvolvendo mas apresentam modificações estruturais evidentes. • Diagnóstico – Palpação retal / ultra-sonografia • Tratamento – Abortamento terapêutico OBSTETRÍCIA VETERINÁRIA II. PATOLOGIA DA PRENHEZ 1 ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS DOS ANEXOS FETAIS 2 PERTUBAÇÕES E ANORMALIDADES CAUSADAS PELO FETO 3 PERTUBAÇÕES DE ORIGEM MATERNA OBSTETRÍCIA VETERINÁRIA 2.1 Morte do embrião • Perda embrionária precoce • Perda embrionária tardia • Causas infecciosas e não infecciosas 2 PERTUBAÇÕES E ANORMALIDADES CAUSADAS PELO FETO 2.2 Morte do feto • Feto mumificado • Feto macerado • Feto enfisematoso 2.2 Morte do Feto: OBSTETRÍCIA VETERINÁRIA Mumificação fetal: Morte fetal no segundo ou último terço da gestação (CL funcionante) É um processo asséptico de involução uterina – não há infecção uterina 2.2 Morte do Feto: OBSTETRÍCIA VETERINÁRIA Mumificação fetal: Etiologia • Torção uterina • Traumatismos • Fatores hereditários Tratamento • Abortamento terapëutico • Antibioticoterapia 2.2 Morte do Feto: OBSTETRÍCIA VETERINÁRIA Maceração fetal: Processo séptico de destruição do feto retido Após morte fetal há amolecimento e liquefação dos tecidos moles – esqueleto íntegro 2.2 Morte do Feto: OBSTETRÍCIA VETERINÁRIA Maceração fetal: Etiologia Infecção – Tricomonas fetus Tratamento •Abortamento terapëutico •Antibioticoterapia 2.2 Morte do Feto: OBSTETRÍCIA VETERINÁRIA Feto enfisematoso: Alterações enfisematosas do feto morto – fica retido Morte fetal – infecção anaeróbica – putrefação e formação de gás 2.2 Morte do Feto: OBSTETRÍCIA VETERINÁRIA Feto enfisematoso: Tratamento • Esvaziar o útero • Fetotomia total – infusão de muciliagem • Cesariana • Lavagem uterina • Antibioticoterapia OBSTETRÍCIA VETERINÁRIA II. PATOLOGIA DA PRENHEZ 1 ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS DOS ANEXOS FETAIS 2 PERTUBAÇÕES E ANORMALIDADES CAUSADAS PELO FETO 3 PERTUBAÇÕES DE ORIGEM MATERNA OBSTETRÍCIA VETERINÁRIA 3 PERTUBAÇÕES DE ORIGEM MATERNA 3.1 Pseudociese 3.2 Cio durante a prenhez 3.3 Corrimento vaginal durante a gestação 3.4 Inversão e prolapso vaginal 3.5 Hérnias Durante a gestação 3.6 Ruptura uterina anteparto dos bovinos 3.7 Pertubações da duração da gestação OBSTETRÍCIA VETERINÁRIA 3 PERTUBAÇÕES DE ORIGEM MATERNA 3.1 Pseudociese • Características • Ocorre em cadelas não prenhes • Fase de diestro • Presença de corpo lúteo • Produção de progesterona • Aumento da [ ] de prolactina OBSTETRÍCIA VETERINÁRIA 3 PERTUBAÇÕES DE ORIGEM MATERNA 3.1 Pseudociese • Sinais clínicos • Comportamentos pré, peri e pós-parto • Comportamento de ninho • Adoção de objetos inanimados ou filhotes de outras fêmeas • Produção e secreção láctea • Ganho de peso • Diagnóstico • Histórico, sinais clínicos • Sinais comportamentais OBSTETRÍCIA VETERINÁRIA 3 PERTUBAÇÕES DE ORIGEM MATERNA 3.1 Pseudociese • Tratamento • Muitas vezes não requer tratamento • Conservativo • Colar elizabetano – não lamber gl. Mamária • Restrição ingestão hídrica por 5 a 7 dias • Drogas inibidoras da prolactina • Cabergolina – 5 µg/Kg/dia por 5 a 7 dias (Dostinex - Pfizer) • Ovariohisterectomia OBSTETRÍCIA VETERINÁRIA 3 PERTUBAÇÕES DE ORIGEM MATERNA 3.1 Pseudociese • Complicações • Distensão mamária e retenção láctea • Dermatite mamária • Mastite • Tumor de mama • Diagnóstico diferencial • Gestação • Parto recente • Piometra OBSTETRÍCIA VETERINÁRIA3 PERTUBAÇÕES DE ORIGEM MATERNA 3.4 Inversão e prolapso vaginal • Definição - Inversão: A parede vaginal inverte-se através do espaço vaginal - Prolapso: projeção da parede vaginal através da rima vulvar • Prolapso vaginal - Parcial: Visualização da mucosa vaginal - Total: Visualização do último anel cervical OBSTETRÍCIA VETERINÁRIA 3 PERTUBAÇÕES DE ORIGEM MATERNA 3.4 Inversão e prolapso vaginal Etiologia: 1. Predisposição hereditária 2. Relaxamento exagerado do sistema de fixação da vagina 3. Aumento da pressão intra abdominal 4. Defeitos anatômicos 5. Alimentação deficiente, emagrecimento progressivo (predisponentes) OBSTETRÍCIA VETERINÁRIA 3 PERTUBAÇÕES DE ORIGEM MATERNA 3.4 Inversão e prolapso vaginal Tratamento: • Limpeza • Desinfecção • Epidural baixa • Reposição do prolapso - MÉTODO DE BÜHNER OBSTETRÍCIA VETERINÁRIA 3 PERTUBAÇÕES DE ORIGEM MATERNA 3.1 Pseudociese 3.2 Cio durante a prenhez 3.3 Corrimento vaginal durante a gestação 3.4 Inversão e prolapso vaginal 3.5 Hérnias Durante a gestação 3.6 Ruptura uterina anteparto dos bovinos 3.7 Pertubações da duração da gestação OBSTETRÍCIA VETERINÁRIA 3 PERTUBAÇÕES DE ORIGEM MATERNA 3.2 Cio durante a prenhez 3.3 Corrimento vaginal durante a gestação OBSTETRÍCIA VETERINÁRIA 3 PERTUBAÇÕES DE ORIGEM MATERNA 3.5 Hérnias Durante A Gestação Hérnia gravídica da cadela ou histirocele inguinal gravídica : Quando um dos cornos uterinos ou ambos encontram-se no anel inguinal. Causas: Na cadela: o ligamento redondo do útero se insere no anel inguinal Difícil redução. Nos ruminantes: chifradas. Fator predisponente pressão intra abdominal. OBSTETRÍCIA VETERINÁRIA 3 PERTUBAÇÕES DE ORIGEM MATERNA Hérnia gravídica da cadela ou histirocele inguinal gravídica : Tratamento • Ficar na expectativa que a gestação se complete. • Hernioplastia e cesariana com histerectomia pela via inguinal. • Risco de recidivas - afastar a fêmea da reprodução OBSTETRÍCIA VETERINÁRIA 3 PERTUBAÇÕES DE ORIGEM MATERNA 3.6 Ruptura Uterina Anteparto Dos Bovinos 3.7 Pertubações Da Duração Da Gestação OBSTETRÍCIA VETERINÁRIA 3 PERTUBAÇÕES DE ORIGEM MATERNA 3.7 Pertubações Da Duração Da Gestação . Interrupção da prenhez . Gestação prolongada patológica . Abortamento Provocado OBSTETRÍCIA VETERINÁRIA 3 PERTUBAÇÕES DE ORIGEM MATERNA 3.7 Pertubações Da Duração Da Gestação - Equino: Abertura cérvix e ruptura dos envoltórios fetais. Prostaglandina Ocitocina . Abortamento Provocado - Bovino: Prostaglandina Glicocorticóide (20Mg Dexametazona) - Carnívoros: Benzoato de estradiol (1 a 3Mg Sc 6, 8, 10 D. Pós Cobertura) OBSTETRÍCIA VETERINÁRIA 3 PERTUBAÇÕES DE ORIGEM MATERNA 3.7 Pertubações Da Duração Da Gestação -Carnívoros: - Benzoato de estradiol (0,5 a 3mg Sc 6, 8, 10 D. Pós Cobertura) - Cipionato de estradiol (22 a 44 microgramas/Kg dose única 3 dias após cobertura) – Mais efetivo. - Detem o embrião na tuba uterina - Retarda movimentação e descida do embrião levando-o a morte - Pode exercer ação embriotóxica - Altera células endometriais impedindo a implantação - Prolongamento dos sinais de estro OBSTETRÍCIA VETERINÁRIA 3 PERTUBAÇÕES DE ORIGEM MATERNA 3.7 Pertubações Da Duração Da Gestação - Aglepristone -(10 mg/kg do 1 a 45 dias de gestação) - Compete com receptores de P4 no útero na taxa de fixação de 3 moléculas de aglepristone para 1 de P4 - Inibe modificações do endométrio - Altera a secreção uterina - Previne implantação - Final da gestação: impede ação da P4 e induz expulsão dos fetos FIM FIM Felino Felino
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