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Cromatografia em Camada Fina

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Índice
Cromatografia
Definição ........................................................2
Tipos ..............................................................2
Cromatografia em Camada Fina
Aplicações......................................................3
Técnica geral..................................................3
Reveladores...................................................8
RF..................................................................8
Vantagens......................................................10
Desvantagens................................................10
Descarte de Resíduos...................................12
Tabela de propriedades Físico-Químicas....12
Referencia.....................................................12
Definição
A cromatografia é um método físico-químico de separação dos componentes de uma mistura. Essa técnica se destaca devido a sua facilidade em efetuar a separação, identificação e quantificação das espécies químicas por si mesma ou em conjunto com outras técnicas instrumentais de análise.
É realizada através da distribuição destes componentes entre duas fases, que estão em contato íntimo. Uma das fases permanece estacionária enquanto a outra se move através dela.
Durante a passagem da fase móvel sobre a fase estacionária, os componentes da mistura são distribuídos entre as duas fases, de tal forma que cada um dos componentes é retirado pela fase estacionária, resultando em migrações diferenciais destes componentes da amostra têm diferentes velocidades ao passarem pela fase estacionária.
Tipos de cromatografia
Cromatografia em Camada Fina (CCF)
A cromatografia em camada fina consiste na separação dos componentes de uma mistura sólido-líquido onde a fase móvel (líquido) migra sobre uma camada fina de adsorvente retido em uma superfície plana (fase estacionária - sólida). O processo de separação está fundamentada, principalmente no fenômeno de adsorção.
Adsorvente - É um pó insolúvel, dividido de forma fina, inerte e é capaz de adsorver as toxinas ou outras substâncias em sua superfície extensa.
Adsorção - Na adsorção, as moléculas de um líquido (fase móvel) unem-se à superfície do adsorvente (fase estacionária - sólida). As forças que unem a molécula à superfície são as inteirações moleculares. O grau de adsorção depende da temperatura da pressão, da área da superfície e da força das interações moleculares. A intensidade das inteirações variam na seguinte ordem arproximada:
← Formação do sal ← Coordenação
← Ligação de H ← Dipolo-Dipolo ← Van Der Waals
Aplicações da Cromatografia em Camada Fina
Estabelecer a identidade dos dois compostos.
Determinar o número de compostos de uma mistura.
Determinar o solvente apropriado para uma separação em cromatografia em coluna.
Monitorar uma separação realizada por cromatografia em coluna através da identificação de fração coletada.
Checar a eficiência de uma separação.
Monitorar o andamento de uma reação.
Técnica Geral
Preparação das placas cromatográficas e ativação:
Empalhamento e placas pré-fabricadas
Adsorvente usado: Sílica gel.
Existem várias formas simples de preparar a placa; Uma delas consiste em preparar a suspensão do adsorvente no solvente adequado (na maioria das vezes o dispersante utilizado é a água) e, mantendo-se a placa de vidro na posição horizontal transferir a suspensão para a superfície da placa, espalhando-se de maneira uniforme manualmente (com um bastão de vidro) ou com auxilio de um espalhador. A dificuldade encontrada nesse processo é a obtenção de superfícies uniformes.
Após a deposição, deixa-se a placa seca ao ar. A etapa final é a transferência da placa para uma estufa por um determinado tempo para que ocorra a sua ativação; o tempo e a temperatura dependem do adsorvente usado e da atividade desejada.
A sílica, por exemplo, é ativada a 105-110°C por 30 a 60 minutos. A espessura da camada de sílica a ser depositada é de 0,25 mm para placas analíticas e de 1,0 mm para placas preparativas.
As placas devem ser inertes aos reagentes e solventes, resistentes à temperatura e uniformes.
Também existem placas cromatográficas pré-fabricadas dos adsorvente mais utilizados que estão que estão disponíveis no mercado há algum tempo. Apesar de terem custo bem mais elevado, dispensam a fase de preparação e são bem mais uniformes e homogêneas, o que melhora a separação, nessas placas a camada de adsorvente está depositada sobre uma lâmina de material plástico, alumínio ou vidro.
Adsorventes mais usados
Sílica (SiO2)
A Sílica é empregada na separação de compostos lipofílicos como aldeídos, cetonas, fenóis, ácidos graxos, aminoácidos, alcalóides, terpenóides e esteróides, usando o mecanismo de adsorção.
Alumina (Al2O3)
A Alumina é geralmente empregada na separação de compostos lipofílicos e pelo fato de poder ser preparada com características ácidas, neutra e alcalina, é bastante útil na separação de substâncias que apresentam variações dessas características.
Aplicações de amostras nas placas cromatográficas
Solventes usados - Etanol e Diclorometano
A amostra é dissolvida em um solvente volátil para a aplicação na placa, pois tais solventes podem ser facilmente eliminados após a aplicação, a evaporação do solvente ajuda a manter as manchas formadas menores, e quanto menores as manchas melhor poderá ser a separação.
É importante ressaltar que a solução não deve ser muito diluída, pois exige um grande volume de amostra, aumentando assim as machas na placa.
Evaporação do solvente é importante pois se não evaporado corretamente pode ocorrer também a cromatografia por partição onde a fase estacionária é um sólido recoberto com uma fina camada de líquido, no caso o solvente que não evaporou.
Seleção da fase móvel (Eluente)
Solventes usados: 1,2-Dicloroetano e Ácido acético
A fase móvel é o solvente ou uma mistura de solventes que é usado para eluir uma mistura e promover a separação dos seus componentes. 
A eluição é a separação dos componentes de uma mistura causada por um fluxo de eluentes.
A escolha do solvente depende dos materiais a serem separados. Um solvente que faz com que todo o material aplicado se mova totalmente com a frente do solvente é muito polar, já o que não movimenta o material através da placa não é suficientemente polar.
As vezes um único solvente é capaz de separar todos os componentes da mistura, porém melhores resultados são obtidos com misturas de solventes, pois obtém-se uma polaridade média em relação à polaridade dos componentes da mistura.
Com a expressão do solvente as manchas formam anéis concêntricos. Pela aparência dos anéis pode-se fazer uma avaliação da aplicabilidade do solvente.
↓ Aumento da polaridade e "poder de solvente" em relação à grupos funcionais polares.
Preparação da cuba cromatográfica
A cuba cromatográfica é o recipiente com tampa removível onde a placa fica contida e é realizada a separação.
O nível do solvente colocada na cuba deverá ficar abaixo do pontos de aplicação das amostras. Durante a ascensão do solvente o sistema fica fechado para que a atmosfera esteja saturada pelo vapor do solvente, isso é importante pois se aberto o sistema, o solvente irá se evaporar para saturar a atmosfera e equilibrar o sistema líquido-gasoso, podendo produzir variações nos resultados.
Um papel de filtro é colocado nas paredes da cuba para facilitar a saturação, que é indispensável para boa migração das substâncias.
A placa cromatográfica deverá ser retirada da cuba somente quando o solvente atingir um limite pré-determinado na parte superior da placa (cerca de 2cm).
Desenvolvimento do cromatograma
A placa é transferida para uma cuba cromatográfica contendo o solvente, que ascende a placa. Durante este processo chamado desenvolvimento do cromatograma, os vários componentes da mistura são separados.
A separação é baseada em muitos equilíbrios dos solutos entre as fases móvele estacionária e resulta das diferenças de velocidade, nas quais os componentes individuais da mistura migram pela placa.
Revelação dos cromatogramas
Quando os compostos a serem separados são coloridos, a separação pode ser acompanhada visualmente, porém é mais frequente que os compostos sejam incolores. Neste caso, deve-se usar reagentes para torna-los visíveis.
Procedimentos usados: vapores de iodo e lâmpadas de raio UV.
Esses procedimentos podem ser:
Físicos - Podem ser visualizados através de luz ultravioleta, por se tornarem fluorescentes quando excitadas por essas radiações. Quando as substâncias não são fluorescentes, podem-se utilizar adsorventes impregnados com reagentes flourescentes.
Biológicos e Enzimáticos - Utiliza-se reações enzimáticas ou bacterianas para tornar a mancha visível.
Tipos de reveladores biológicos: Antibióticos, Enzimas e Substratos.
Procedimentos químicos
Aplicação de um reativo químico para formar um derivado colorido ou fluorescente.
Tipos de reveladores químicos: Alcalóides (Dragendorff, iodoplatinato); Flavonóides (NP-PEG); Anti-oxidantes (β-caroteno); Saponinas, terpenos e esteróides (anisaldeídossulfúrico); Antraquinonase cumarinas (vapor e amônia); Fenólicos, saponinase terpenóides (solução de CeSO4); Compostos fenólicos (FeCl3) e Revelador universal (vapores de iodo).
Técnicas para as revelações utilizadas
Raio UV - Baseia-se na utilização de substâncias fluorescentes misturadas à sílica quando da preparação de placas, possibilitando a revelação dos compostos em câmara de luz ultravioleta.
Vapores de Iodo - Vale-se do fato que o Iodo complexa-se com compostos insaturados, de modo que placas que os contenham, ao serem colocadas em uma câmara contendo cristais de Iodo, apresentarão pontos amarronzados.
Fator de Retenção (RF)
Um composto percorre sempre a mesma distância em relação ao deslocamento da frente de solvente. A razão entre esses deslocamentos é o valor de Rf.
Rf é igual a Distância percorrida pela substância em razão da Distância percorrida pela frente do solvente.
Quando as condições são especificadas, Rf é constante para um composto e corresponde à uma propriedade física do mesmo, os valores ideais para Rf estão entre 0,4 e 0,6; E ele pode ser usado para auxiliar a identificação de uma substância. Porém não é um método com uma boa exatidão, por isso a identificação do composto deve ser confirmada por outra técnica. Portanto, as comparações feitas do Rf obitido com o Rf de padrões é considerado um método qualitativo.
Vantagens da Cromatografia em Camada Fina
Fácil execução, maior rapidez, menor trajeto da fase móvel, boa resolução, manchas em geral menos difusas, baixo custo, versatilidade.
Desvantagens da Cromatografia em Camada Fina
Difícil reprodutibilidade: é muito difícil a confecção de duas placas idênticas, com mesma quantidade de amostra, etc.
Difícil determinação exata do Rf.
Toxicidade e Primeiros Socorros
Descarte de Resíduos
Recipientes adequados e rotulados pelas técnicas.
Posterior descarte por empresa especializada.
Tabela de propriedades Físico-Químicas
Referencia
Material inteiramente retirado do pdf sobre cromatografia em camada delgada, site abaixo. 
http://www.cempeqc.iq.unesp.br/Jose_Eduardo/Cromatografia%20em%20Camada%20Delgada.pdf

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