Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
http://bioneogenios.blogspot.com.br Eritrócitos de morfologia anormal Um eritrócito, também chamado de hemácia, possui cerca de 7 um e a forma de um disco bicôncavo. À microscopia, a célula exibe a borda mais corada que o centro. Sua membrana é deformável, permitindo a passagem por capilares finíssimos sem que ocorra lise. É a hemácia a responsável pela oxigenação dos tecidos e carreamento do ferro no sangue. De posse da informação sobre a morfologia normal, vamos estudar um pouco sobre as alterações que podem acometer este tipo de célula. Hemácias de morfologia normal. Linfócito ao centro. Esferócitos Biconcavidade e diâmetro reduzidos. Originam-se de defeitos genéticos nas proteínas da membrana, que desestabilizam o citoesqueleto. Os esferócitos têm menor superfície em relação ao volume. A elasticidade é insuficiente para a passagem pela circulação esplênica, onde ficam retidos e perdem parte da membrana, hemolisando prematuramente. Pode ocorrer nos casos de anemias hemolíticas imunológicas (como em transfusões sanguíneas entre grupos incompatíveis), onde anticorpos se aderem às membranas eritrocitárias. Ovalócitos ou eliptócitos São ovoides ou em formato de charuto. Decorrem de uma ampla variedade de defeitos genéticos que afetam proteínas citoesqueléticas (espectrina, glicoforina C etc). Pequeno número pode ser visto em anemias microcíticas e megaloblásticas e nas síndromes mieloproliferativas. http://bioneogenios.blogspot.com.br Fonte: Biomedicina Padrão Não deixe de ler sobre o eritrograma aqui. Estomatócitos São eritrócitos com a membrana retraída em cúpula. Distendidos em lâmina, a concavidade é unilateral, vista como uma fenda. Presente em recém nascidos, nas doenças hepáticas e no tratamento com asparaginase. Drepanócitos Têm o formato de foice e caracterizam as anemias falciformes, decorrentes da presença de hemoglobina S (HbS = s de sickle, foice). A hemoglobina S ocorre devido à substituição de valina por ácido glutâmico na posição 6 da cadeia beta da globina. A simples troca desse aminoácido altera a solubilidade da Hb, que cristaliza quando submetida a baixas tensões de oxigênio, ocasionando a falcização do eritrócito. Para este tipo de diagnóstico é necessário realizar o teste de falcização. http://bioneogenios.blogspot.com.br Drepanócitos Equinócitos Espículas (projeções) pequenas regularmente distribuídas. Comuns em RN, na uremia, no hipotireoidismo e no tratamento com heparina intravenosa. Acantócitos São eritrócitos contraídos, esferoides, com espículas de dimensões e distribuição irregulares. Trata-se de uma deformação irreversível. Comuns nas hepatopatias, na hipofunção esplênica e pós-esplenectomia, na deficiência de tocoferol, em RN. http://bioneogenios.blogspot.com.br Leptócitos São eritrócitos delgados, com excesso de membrana. São tênues e deformáveis. Coram-se no centro e nas bordas, sendo denominadas de CÉLULAS ALVO. O excesso de membrana ocorre em hemoglobinopatias C e S, na beta-talassemia, nas alterações da composição lipídica do plasma. Células alvo/Leptócitos/target cells Dacriócitos Hemácias em formato de lágrima ou gota. Deformam-se principalmente no baço, ao sofrerem estiramento além dos limites de elasticidade ao passarem pelas fenestrações entre cordões e sinus medulares. São numerosos (quase patognomônicos) na mielofibrose com metaplasia mieloide. São vistos em pequeno número na poiquilocitose de diversas anemias. http://bioneogenios.blogspot.com.br Fonte: Hemograma - Manual de Interpretação. Renato Failace. 4ª edição. 2006. Imagens retiradas da internet.
Compartilhar