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Resumo de Direito do Trabalho (1)

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Férias:Constituem o período de descanso, no qual o trabalhador, tem a oportunidade e desenvolver sua vida além do trabalho, seja sob aspecto social ou político.
O direito a férias é um dos direitos constitucionais dos trabalhadores. Art 7º CF e arts. 129-153 CLT.
Princípios básicos aplicáveis às férias
Anualidade: Só terá direito após um ano na empresa;
Remunerabilidade: As férias são concedidas sem prejuízo da remuneração do período e a remuneração se soma o terço constitucional. Art 7, XVII.
Continuidade: As férias devem tanto quanto possível, ser concedidas em um único bloco, razão pela qual a lei restringe as possibilidades de fracionamento. (30 dias)
Irrenunciabilidade: Direito irrenunciável, o empregado não pode dispor das férias, amparado por norma de ordem publica. 
Proporcionalidade: Proporção na duração das Férias, conforme o número de faltas injustificadas do empregado; sob outro aspectos, pela proporcionalidade da indenização de férias não gozadas quando da cessação do contrato.
Período Aquisitivo: O período aquisitivo é o lapso correspondente a 12 meses iniciais nos quais o empregado trabalha para adquirir férias.Ex: 02/03/14 a 01/03/15.
Período Concessivo:Finda o período aquisitivo, inicia-se outro, também de 12 meses, dentro do qual o empregador deverá conceder as férias, conforme suas conveniências. Ou seja, período de 12 meses subsequentes ao lapso aquisitivo em que o empregador deverá conceder as férias ao empregado
Duração das Férias
O padrão geral é de 30 dias.
Obs: Se o empregado faltar injustificadamente muitas vezes, durante o período aquisitivo, terá diminuído seu período de férias.
Art. 130
	Nº de faltas injustificadas
	Dias de Férias
	Até 5
	30
	De 6 a 14
	24
	De 15 a 23
	18
	De 24 a 32
	12
Ao passar de 32 faltas injustificadas, o empregado perde o direito de férias.
Formalidades para concessão de férias
O empregador deverá pagar o empregado até dois dias úteis antes de entrar de férias;
O empregador tem que notificar previamente o empregado até 30 dias com antecedência e essa notificação tem que ser escrita, há obrigatoriedade na anotação na CTPS;
A partir do comunicado só poderá ser alterado a data da férias com o consentimento do empregado.
Não se começa o período de férias no sábado, domingo ou feriados.
Férias vencidas: concessão das férias fora do prazo
O empregador não pode deixar acumular duas férias.
O empregador é quem ordenado o período de férias do empregador.
Quando estourar o período concessivo o empregador deverá pagar as férias em dobro mais um terço. Sumula 328 TST e Art 137
Ex: 900,00 remuneração + 300 um terço x 2 = 2400,00 e ainda assim terá o direito de receber as férias.
Art 130, parágrafo 2 – o período de férias é contado como tempo de serviço, inclusive para aquisição de novo período de férias.
Se as férias forem concedidas parcialmente fora do período concessivo, só será pago os dias que ultrapassarem o período e serão esses dias pagos em dobro.
Sempre que o empregador não conceder as férias dentro do periodo, o empregado poderá propor uma reclamação trabalhista.
OBS:
As férias deverão ser concedidas em um período de 30 dias, em casos excepcionais poderão ser fracionadas ou dividas em dois períodos, um dos quais não poderá ser inferior a 10 dias corridos. Ex: Caso de força maior.
Menores de 18 anos estudando poderá gozar de férias no mesmo período da férias escolar.
Menores de 16 e maiores de 50 deverá ser usufruir suas férias em 30 dias corridos obrigatoriamente. 
Os membros de uma mesma família que trabalharem em uma empresa juntos poderão gozar férias juntos se não resultar prejuízo ao empregador
Duração de férias em contrato de tempo parcial
Art 58-A : Empregados cuja duração do trabalho não exceda a 25 horas semanais.
Art 130 A
	Duração do trabalho
	Dias de Férias
	22h a 25h
	18
	20h a 22h
	16
	15h a 20h
	14
	10h a 15h
	12
	5h a 10h
	10
	Até 5h
	8
No caso, de faltas injustificadas em tempo parcial:
Se o empregado tem até sete faltas injustificadas, não sofre qualquer redução no período de férias.
Se o empregado tem mais que sete faltas injustificadas, seu período de férias é reduzido a metade.
Faltas Justificadas
Art 473 - até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua carteira de trabalho e previdência social, viva sob sua dependência econômica;
 II - até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento
III - por um dia, em caso de nascimento de filho no decorrer da primeira semana; 
 IV - por um dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue devidamente comprovada; 
V - até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor, nos têrmos da lei respectiva. 
VI - no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar referidas na letra "c" do art. 65 da Lei nº 4.375, de 17 de agosto de 1964 (Lei do Serviço Militar).
VII - nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para ingresso em estabelecimento de ensino superior. 
VIII - pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a juízo.  IX - pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade de representante de entidade sindical, estiver participando de reunião oficial de organismo internacional do qual o Brasil seja membro.
Art 131 Il - durante o licenciamento compulsório da empregada por motivo de maternidade ou aborto, observados os requisitos para percepção do salário-maternidade custeado pela Previdência Social;    
III - por motivo de acidente do trabalho ou enfermidade atestada pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, excetuada a hipótese do inciso IV do art. 133;      
IV - justificada pela empresa, entendendo-se como tal a que não tiver determinado o desconto do correspondente salário
V - durante a suspensão preventiva para responder a inquérito administrativo ou de prisão preventiva, quando for impronunciado ou absolvido; 
VI - nos dias em que não tenha havido serviço, salvo na hipótese do inciso III do art. 133. 
Abono pecuniário de Férias (vender férias) -> é facultado ao empregado, converter um terço do período de férias, o maximo que ele poderá vender da suas férias 10 dias. Mas, se ele quiser vender o empregador é obrigado a pagar. Devendo ser avisado com 15 dias de antecedência.
- No caso de férias coletiva somente poderá haver abono pecuniário se houver previsão em acordo coletivo.
- Os empregados contratados sob regime de tempo parcial, não podem converter 1/3 das férias em abono pecuniário.
Natureza jurídica: indenizatória.
Perda do direito as Férias
Faltas injustificadas mais de 32 vezes
Art 133
Deixar o emprego e não for readmitido dentro de sessenta dias (60). Accessiotemporis: se o empregador pedir demissão, mas retornar ao emprego em 60 dias, aproveita o período aquisitivo anterior. Sumulo 138 TST
Permanecer em gozo de licença recebendo salário por mais de 30 dias. Nesse caso, entende-se que a licença remunerada que o empregado já descansou o suficiente, porém há prejuízo quanto a remuneração, não receberá o terço constitucional.
Deixar de trabalhar por mais de 30 dias, por causa de paralização parcial ou total dos serviços da empresa. Também não receberá o terço constitucional. Nesse caso: a empresa deverá comunicar o MP com antecedência de 15 dias, a data de inicio e termino da paralização. Esses requisitos têm como objetivo evitar fraudes. Ex: Sonegação do terço constitucional
Tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de trabalho ou auxilio doença por mais de 6 meses, embora descontínuos. Com o objetivo de reforçar o meio de prova, da interrupção contratual, o empregador deverá anotar a circunstancia da CTPS
Quando ocorrer qualquer hipótese a cima o empregado perde o periodo aquisitivo acumulado até o momento, a partir do seu retorno será contado um novo periodo.
Vedação do Trabalho durante as férias
É vedadoao empregado permanecer em atividade durante as férias, salvo se obrigado a isto, em virtude ao segundo contrato de trabalho existente.
Férias Coletivas Art 139 CLT
O empregado ao invés de conceder férias individuais, conceder férias coletivas.
As férias coletivas podem ser: 
A todos os empregados
A todos de um só estabelecimento
Só para um determinado setor
- Enquanto nas férias individuais o fracionamento é excepcionalmente permitido, nas férias coletivas é expressamente autorizado o fracionamento.
- As férias poderam ser gozadas em dois períodos anuais, desde que nenhum deles sejam inferior a 10 dias corridos.
Formalidades
O empregador deverá comunicar (tornar publica) o MTE Ministério do Trabalho e Emprego com antecedência mínima de 15 dias, a data de inicio e fim das férias.
Também comunicará o sindicato e fixará avisos aos empregados com antecedência.
Periodo aquisitivo incompleto
- O empregador concedera as férias coletivas, os dias que excederem ao direito de férias serão considerado como licença remunerada e férias proporcionais. Assim ,sobre eles não haverá o terço constitucional.
Remuneração das Férias
O direito de gozo de férias ocorrerá sem prejuízo na remuneração.
Constituem em uma interrupção contratual, em que o empregado deixa de prestar serviço durante um determinado período, mas recebe o salário referente aquele período
O Salário normal, o empregado já faz jus ao terço constitucional, que é calculado a razão de 1/3 do salário devido na data de concessão das 
férias. 
Salário pago por hora: Apura se a média das horas trabalhadas por periodo aquisitivo, mas o valor é no momento da concessão.
Ex: 200 horas por mês (media), o salário hora é de 4,00. A férias será concedida no dia 02.12.2010, sendo que foi trabalhado 190 horas no mês de novembro/2010. Só que o salário no dia da concessão de férias é de 4,35 a hora. No caso, a remuneração de férias será calculada a razão de 200 horas (media) por periodo aquisitivo e será aplicado valor/horas 4,35 (vigente na data de concessão)
Salário Tarefeiro: Quando o salário for pago por tarefa, será calculado com base na média da produção do periodoaquisitivo,mas o valor por peça ou tarefa será o da data da concessão das férias.
Salário por percentagem:Calcula-se a média recebida pelo empregado nos 12 meses anteriores a data de concessão.
Ex: Denise é vendedora comissionista, tendo percebido, em média, 1.200,00 reais longo do periodo aquisitivo, 1.800,00 no mês anterior ao da concessão das férias e 1.050,00 no últimos doze meses anteriores a data da concessão. A remuneração nesse caso será calculada sobre 1.500,00.
Efeitos da cessação do contrato de trabalho
- As férias não gozadas serão indenizadas.
- Férias adquiridas: São aquelas cujo período aquisitivo já tenha se completado. Será devida qualquer que seja o motivo da extinção do contrato de trabalho, até mesmo por justa causa.
Férias simples: cujoperíodo concessivo ainda não terminou.
Férias dobradas (vencidas): não foram concedidas no periodo concessivo. (pagas em dobro).
Férias proporcionais: Ainda não adquirida, aquelas que não completou o periodo aquisitivo.
As férias proporcionais são devidas a todos, exceto aos demitidos por justa causa.
Prescrição do direito de férias 
Prescrição é a perda do direito de ação em conseqüência da falta do seu exercício, observado determinado lapso de tempo. A prescrição não extingue o direito em si, mas apenas o direito à ação que o protege.
A prescrição do direito de reclamar a concessão das férias ou o pagamento da respectiva remuneração é contada a partir do término do período concessivo ou, se for o caso, da cessação do contrato de trabalho.
Prescrição Bienal: a prescrição bienal refere-se ao prazo em que o empregado pode ingressar com a reclamação trabalhista após a rescisão do contrato de trabalho. Assim, o empregado terá dois anos (bienal) para ingressar com ação, a contar da cessação do contrato de trabalho.
Ou seja, da data da rescisão do contrato de trabalho o reclamante tem dois anos pra porpor sua reclamação trabalhista.
Ex: Se desligou da empresa no dia 24/11/2005, poderá propor reclamatória até 24/11/2007
- Se o dia 24/11/2005 cair em feriado ou final de semana o empregado deverá propor a ação antes.
O prazo bienal é fixo, isto é, deve ser sempre contado a partir da data da extinção do contrato de trabalho. Passados dois anos e um dia, estará prescrita a pretensão do trabalhador, e nada mais poderá ser reclamado.
Prescrição Quinquenal: Da data da propositura da ação volta-se 5 anos. O prazo de cinco anos (prescrição quinquenal), que é o período em relação ao qual podem ser reclamados direitos decorrentes da relação de emprego. Ou seja, refere-se ao prazo em que o empregado pode reclamar as verbas trabalhistas que fizeram parte do seu contrato de trabalho, a contar do ajuizamento da ação. Assim, o empregado poderá reclamar os últimos cinco anos trabalhados (quinquenal), contados da propositura da demanda trabalhista.
Ex: 03/11/2009 o empregado pode postular seus direito do dia 03/11/2004 até 2009. Do dia 03/11/2004 pra trás está prescrito.
- O prazo quinquenal é “móvel”, no sentido de que é contado PARA TRÁS, a partir da data do ajuizamento da ação. Assim, se a ação foi ajuizada no dia seguinte ao do desligamento, o trabalhador poderá reclamar os créditos constituídos nos cinco últimos anos do contrato de trabalho. Por sua vez, se a ação foi ajuizada no último dia do prazo, ou seja, dois anos após a extinção contratual, o trabalhador poderá reclamar os créditos constituídos nostrêsúltimos anos do contrato de trabalho (dois anos decorridos desde o ajuizamento + três anos anteriores = cinco anos).
Prescrição Trintenária:Somente com relação ao FGTS
SUMULA 362 DO TST : Estabelece a prescrição de trinta anos para o direito de reclamar o recolhimento da contribuição para o fundo, obserbado o prazo de dois anos após o termino do contrato de trabalho.
Para os casos cujo o termo inicial da prescrição ou seja a ausência de deposito do FGTS ocorra após a data do julgamento, após 2015 aplica –se o prazo de 5 anos desde que proposta em 2 anos. Para aqueles em que o prazo prescricional já esteja em curso até a data de 13/11/2014 aplica-se: 30 anos, contado do termo inicial.
IPC: A Prescrição da Férias só se inicia após o fim do período concessivo.
IPC: Não prescreve o direito de reconhecimento de vinculo para fins previdenciários.
Suspensão do contrato de trabalho
Conceito: é a cessação temporária dos principais efeitos do contrato de trabalho. O vinculo empregatício se mantém, porem o empregado e o empregador não se submetem as obrigações contratuais enquanto dure a suspensão. 
Interrupção do contrato de trabalho
Conceito: Ocorre a interrupção, com a cessação temporária da prestação de serviços pelo empregado, mantendo-se as obrigações patronais.
Suspensão VS. Interrupção
	Suspensão
	Interrupção
	Não há prestação de serviços 
	Não há prestação de serviços	
	Não há pagamento de salário
	Há pagamento de salário
	Não há contagem de tempo de serviço, não computa como tempo de serviço
	Há contagem do tempo de serviço, computa como tempo de serviço
Hipóteses de Suspensão
A suspensão pode ser total ou parcial. Dá-se totalmente quando as duas obrigações fundamentais, a de prestar o serviço e a de pagar o salário, se tornam reciprocamente inexigíveis. Há suspensão parcial quando o empregado não trabalha e, não obstante, faz jus ao salário.Na suspensão o empregado não trabalha temporariamente, porém nenhum efeito produz em seu contrato de trabalho. São suspensas as obrigações e os direitos. O contrato de trabalho ainda existe, apenas seus efeitos não são observados.
Faltas injustificadas: São aquelas não autorizadas pela lei, ou se autorizadas não implicam no pagamento de salário.
Suspensão disciplinar (art. 474 clt): Como forma de disciplinar, como punição por falta cometida. O prazo máximo é de 30 dias, sob pena de configuração da rescisão injusta.
Suspensão do empregado estávelvisando o ajuizamento de inquérito para apuração de falta grave (Art 494 cc/ art 853 clt): é obrigatório o ajuizamento de inquérito visando a demissão motivada (justa causa) do seguintes empregados
- estáveis celetistas
- dirigentes sindicais
O prazo de duração da suspensão é indeterminado até que o inquérito seja concluído. O prazo para ajuizamento do inquérito é por sua vez 30 dias. Obviamente que os efeitos a suspensão somente ocorre se resultar do inquérito a apuração de efetiva ocorrência grave. Se acontecer de comprovar a inexistência de falta grave, o empregador será obrigado a readmiti-lo e a pagar os salários que teria direito no período que ficou suspenso se convertendo assim em interrupção.
Afastamento para participação em curso de qualificação profissional (Art 476-A CLT): O empregado poderá se afastar do serviço pelo período de dois a cinco meses a fim de freqüentar curso de qualificação oferecido pelo empregado, desde que esteja prevista em norma coletiva e autorizada expressamente pelo empregado.
Afastamento para exercício de cargo de dirigente sindical (Art 543, parágrafo 2 da CLT): O afastamento implica suspensão do contrato de trabalho, tendo em vista que não são devidos os salários do período (Licença não remunerada), fico ressalvado a possibilidade de as partes estabelecerem o pagamento de salário durante a ausência, seja mediante clausula contratual ou por previsão em norma coletiva.
Afastamento do empregado eleito diretor de sociedade anônima: Terá seu contrato suspenso, mão se computa o tempo de serviço salvo se permanecer a subordinação jurídica. A suspensão ocorre a partir da posse.
Afastamento por doença, a partir do 16º dia (art 59 lei n. 8213/91): Nos quinze primeiros dias por motivo de doença são pagos pelo empregador, neste período a hipótese é de interrupção. A partir dai, o caso é de suspensão, pois o empregado passa receber por auxilio doença diretamente do INSS.
	Até o 15º dia
	Após o 16º dia
	O salário é pago pelo empregador
	O salário é pago pelo INSS
	A hipótese é de interrupção
	A hipótese passa a ser suspensão
Afastamento por acidente de trabalho, a partir do 16º dia: Não são devido salários, é assegurado a contagem de tempo de serviço para fins de aquisição de férias, até o limite de 6 meses de suspensão. Será considerada suspensão a partir do 16º dia e o empregado continua recebendo o plano de saúde ou assistência medica.
Greve (art. 7º da Lei n. 7.783/1989): Suspende o contrato. A greve quando ilegal é considerada suspensão, quando legal é interrupção.
 Licença não remunerada: Se concedida a licença sem pagamento de remuneração, haverá suspensão contratual. De fato. Se o empregado é autorizado a se afastar do trabalho, por determinado período, sem nele precisar prestar serviços, e o empregador, por sua vez, não paga o respectivo salário, caracteriza-se o referido período como de suspensão do contrato, ou melhor, de inexecução provisória da prestação de serviço.
 Aposentadoria por invalidez (art. 475 CLT): Deverá se submeter a pericia periodicamente, podendo o beneficio ser cancelado e o contrato retomado, na hipótese da recuperação laboral. Assim, o contrato fica suspenso enquanto o trabalhador encontrar se aposentado por invalidez.
 Prisão Provisória do empregado: Só poderá ser mandado embora por justa causa quando transitar em julgado. A prisão provisória constitui hipótese de suspensão de contrato, não autorizando o rompimento do contrato por justa causa.
 Afastamento para cumprimento de encargo público diferente de serviço militar: Normalmente configura-se suspensão os afastamentos para cumprimento de cargo publico os que perdurem por um longo período de tempo. Ex: mandato eletivo.
Afastamento para prestação de serviço militar obrigatório (Art 472 da CLT): Não são devidos salários configurando suspensão, embora seja obrigatório o recolhimento do FGTS. No caso será considerado suspensão a prestação do serviço e não o alistamento.
Efeitos Jurídicos da Suspensão Contratual
- Garantia ao empregado de retorno ao emprego, cessada a causa da suspensão: Isso significa que o trabalhador não perde o emprego em face da ocorrência da suspensão do contrato.
- Garantir ao empregado à percepção de todas as vantagens que em sua ausência tenham sido atribuídas a categoria. Ex: Imagina-se que na sua ausência tenha passado a vigorar novo instrumento coletivo de trabalho, prevendo vantagens em relação ao anterior. Nesse caso assegura ao trabalhador a percepção de tais vantagens.
- A garantia que o empregador não poderá rescindir o contrato de trabalho durante a suspensão, exceto por justa causa. Ex: Se durante a suspensão o empregado revela segredo da empresa.
Hipoteses de Interrupção
Situaçoes fáticas elencadas no Art 473 CLT:
- Até 2 dois dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendetes, descendentes;
- Até 3 dias consecutivos, em virtude de casamento;
- Por um dia em caso de nascimento do filho, no decorrer da primeira semana.
- Por 1 dia a cada 12 meses consecutivos ou não em caso de doação voluntaria de sangue;
- Até 2 dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor;
- No período de tempo em que tiver de cumprir exigências do Serviço militar. ( Exames, alistamento)
- Nos dias em que tiver prova de vestibular para ingresso em ensino superior;
- Pelo tempo que se fizer necessário quanto tiver que comparecer em juízo;
- Pelo tempo que se fizer necessário quando na qualidade de representante de entidade sindical, estiver participando de reunião oficial de organismo internacional do qual o BRASIL seja membro.
Férias: Como as férias são remuneradas, a hipótese é de interrupção
Feriados: Não há prestação de serviço mas o salário respectivo é devido, configura-se interrupção do contrato.
Repouso semanal remunerado: Alem do RSM os demais descansos trabalhistas também são remunerado (intrajornada etc.), está hipótese é de interrupção contratual.
Licenças remuneradas: não será considerada falta ao serviço ou ausência do empregado justificada pela empresa. Assim, o empregado faltou na empresa e a mesma aceitou sua justificativa, a falta é considerada justificada configurando – se interrupção.
Afastamento por doenças ou acidente de trabalho: Os primeiros 15 dias de afastamento do empregado são remunerados pelo empregador, logo se não há prestação de serviço, mas há pagamento de salario, a hipótese é de interrupção.
Atuação do empregado como conciliador em comissão de conciliação: O tempo despendido pelo empregado na função de conciliador na comissão de conciliação previa, instituída no âmbito de empresa é considerado como tempo de trabalho, pelo que é remunerado, logo trata-se de interrupção.
Lockout: Paralisação do empregador, afim de constrager os empregados a agirem de determinada maneira, proibido no Brasil;
Participação em eleições em virtude de convocação da JE: Os eleitores nomeados para compor mesa ou juntas eleitorais, serão dispensados do serviços, mediante declaração expedida pela JE, sem prejuízo de salário, assim, se o empregado prestou serviços a JE durante dois dias, um dia para cada turno, fará jus a quatro faltas abonadas, sem prejuízo no salário. Assim, a hipótese é de interrupção.
Participação como Jurado em sessões do Tribunal do Júri: nenhum desconto será feito nos vencimentos ou salário do jurado sorteado que comparecer a sessão do júri, hipótese de interrupção contratual.
 Aborto comprovado por atestado médico: Prevê o afastamento de duas semanas no caso do aborto não criminoso. Como este afastamento é remunerado a hipótese é de interrupção.
 Aviso prévio:O período de redução de duas horas durante o aviso prévio é hipotese de interrupção, pois são devidos salários e conta como tempo de serviço.
Licença maternidade: O empregador paga depois desconta o percentual do INSS. Hipótese de interrupção por que a natureza do afastamento e os efeitos legais se ajustam ao seu modelo. A ordem legal buscou, ao responsabilizar o INSS pelo pagamento, minorar os custos do empregado.Efeitos Jurídicos da Interrupção Contratual
- Garantia ao empregado de retorno ao emprego, cessada a causa da interrupção: Isso significa que o trabalhador não perde o emprego em face da ocorrência da interrupção do contrato.
- Garantir ao empregado à percepção de todas as vantagens que em sua ausência tenham sido atribuídas a categoria. 
- A garantia que o empregador não poderá rescindir o contrato de trabalho durante a interrupão, exceto por justa causa. Ex: Se durante a interrupção o empregado revela segredo da empresa.
IPC: Durante a interrupção do contrato de trabalho, o tempo de afastamento do trabalhador é considerado na contagem de serviço para os efeitos legais.
FGTS – Fundo de Garantia por tempo de Serviço
Conceito: é um fundo formado para recolhimentos mensais incidentes sobra a remuneração do empregado, efetuados em conta vinculada aberta na caixa econômica em nome do trabalhador na Caixa Econômica Federal.
Objetivo: Dar garantia e estabilidade ao empregado, possibilitar o investimento em programas sociais de habitação, saneamento básico e infraestrutura urbanada.
Antiga Estabilidade: Art 473 CLT – revogado
Regulamentação: Lei 8.036/90
O recolhimento do FGTS é obrigatório a todo empregado, urbano e rural, e também para o doméstico e o trabalhador avulso.
Origem: Surgiu em substituição ao regime celetista de indenização por tempo de serviço e da estabilidade decenal
Alíquotas
FGTS Mensal – regra geral: 8% da remuneração
 - aprendiz: 2% da remuneração
Multa compensatória – regra geral 40% sobre o montante dos depósitosmensais devidos.
Por culpa recíproca ou força maior – alíquota de 20%
Base de calculo do FGTS
A alíquota incide sobre todas as parcelas remuneratórias (Salario + gorjetas, horas extras e adicionais eventuais)
As parcelas cuja natureza seja indenizatória ou não salarial serão excluídas da base de calculo. Ex: ajuda de custo.
O FGTS, não incide sobre as férias indenizadas
Incide o FGTS sobre o aviso prévio, inclusive indenizado
Prazos para recolhimento
FGTS mensal: Até o 7º dia de cada mês, referente a remuneração do mês anterior.
FGTS rescisório: compreende o FGTS do mês de rescisão + a multa compensatória , igualmente pagos no prazo para pagamento das verbas rescisórias.
O FGTS não pode ser pago diretamente ao empregado.
Afastamentos
Não é devido FGTS nos casos de suspensão contratual, porque não há pagamento de salários.
Exceções:
Afastamento em virtude de acidente de trabalho
Afastamento para prestação de Serviço Militar obrigatório
Prescrição do FGTS
Não se aplica a prescrição quinquenal, mas sim a prescrição trintenária.
É de 30 anos para reclamar a ausência dos depósitos de FGTS
Mantém a prescrição Bienal de 2 anos da extinção do contrato, para reclamar os últimos 30 anos. Sumula 362 TST, até 2014.
O FGTS também será devido se declarada alguma parcela que não foi paga e que sofre incidência no FGTS. Ex: Declarou devidas horas extras não pagas – reflexo: será devido o FGTS incidente sobre essas horas extras. Nesse caso, a prescrição será a da parcela principal ( horas extras – prescrição qüinqüenal). Logo o trabalhador poderá reclamar só os últimos 5 anos, tanto nas horas extras como no FGTS respectivo.
Exemplo 1: O empregado trabalha na empresa há 20 anos e nunca teve FGTS depositado. Neste caso ele poderá reclamar o FGTS de todo o contrato desde que observe a prescrição bienal.
Exemplo 2: O empregador sempre recolheu o FGTS, mas apenas sobre o salário base, deixando de pagar as horas extras prestadas ao longo de 20 anos e recolher FGTS. Tal parcela se sujeita a prescrição quinquenal , razão pela qual neste caso, a prescrição do FGTS acompanhará aquela aplicado no fundo de direito e não trintenaria.
Hipóteses para Saque (Art. 20 da lei n 8036/90)
Despedida sem justa causa, a indireta (falta grave do empregador), de culpa recíproca e força maior.
Extinção total da empresa
Aposentadoria concedida pela Previdência Social
Falecimento do Trabalhador, recebe os herdeiros sem multa.
Liquidação ou amortização do saldo devedor de financiamento imobialiario, observada condições.
Pagamento de parte das prestações decorrentes de financiamento habitacional
Pagamento total ou parcial do preço de aquisição de moradia própria ou lote urbano de interesse social não construído.
Quando o trabalhador permancer três anos inenterruptos, fora do regime do FGTS, podendo o saque ser efetuado a partir do mês de aniversario.
Quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes for acometido de neoplastia maligna
Quando o trabalhador ou qualquer dependente for portador HIV
Quando o trabalhor ou qualquer de seus dependentes estiver em estágio terminal
Quando for tiver idade igual ou maior a 60 anos
Necessidade pessoal, cuja urgência decorra de desastre natural. Ex: Decretado estado de calamidade 
Fiscalização do FGTS 
A adminstração do Fundo cabe ao Conselho Curador
O agente operador do FGTS é a Caixa C.E.F
A fiscalização da regularidade dos recolhimentos cabe ao Ministério Publico do Trabalho e Emprego.
Aviso Prévio Finalidade: Empregado e Empregador
Conceito: É a comunicação que uma parte do contrato deve fazer a outra de que pretende rescindir o referido pacto sem justa causa, de acordo com o prazo previsto em lei, sob pena de pagar uma indenização substitutiva. Ou seja, é o direito do contratante de ser avisado, com a antecedência de no mínimo 30 dias, sobre a intenção da outra parte de romper o contrato de trabalho.
Finalidade:
Impedir que uma das partes seja surpreendida com a ruptura, pela outra parte
Declaração de vontade no sentido de romper o contrato de trabalho
Fixação do prazo para o término do contrato
Pagamento do período do aviso
Hipóteses de cabimento: 
Em regra o aviso prévio é cabível nos contratos por prazo indeterminado
Dispensa sem justa causa
Extinção da empresa, falência
Fechamento da empresa por força maior, (factumprincipis= ordem do governo para fechar empresa)
Rescisão indireta: Justa causa do empregador
Rescisão por culpa recíproca
Pedido de demissão do empregador
Término antecipado do contrato a termo com cláusula assecuratória -> Sumula 163 TST
Prazo
30 Dias para os empregados que contem com até um ano de serviço (incompleto) prestado ao mesmo empregador
30 dias mais três dias a cada ano completo de trabalho do empregado ao mesmo empregador até o limite de 60, totalizando 90 dias ( 30+60)
Duração do aviso prévio – art. 487 CLT – art. 7º, XXI CF/88 – Lei 
Exemplo: Se o empregado trabalho mais de um ano, ele cumprirá 33 dias de aviso prévio e os 03 dias serão indenizados.
Se o empregado trabalhou 02 anos, cumprirá 36 dias de aviso prévio e os 06 dias serão indenizados.
Não cabe aviso prévio
Falecimento do empregado
Justa causa do empregado
Aposentadoria espontânea 
Termino normal do contrato a prazo determinado ( a termo)
Rescisão promovida pelo empregador
Quando o empregador vai rescindir o contrato de trabalho, dispõe ao trabalhador 07 dias ou reduz 2 horas de sua jornada de trabalho para que o empregado possa procurar outro emprego.
Se o empregador resolver extinguir sem justa causa o contrato por prazo indeterminado, deverá avisar o empregado com 30 dias de antecedência
Caso o empregador queira que o empregado deixe o serviço imediatamente, deverá indenizar o período correspondente ao aviso prévio, bemcomo integra-lo no tempo de serviço
O aviso prévio cumprido em casa não tem amparo legal e se equipara ao aviso prévio indenizado.
O aviso prévio é irrenunciável, salvo se comprovar ter arrumado novo emprego.
Retratação
É possível retratação da parte que concedeu o aviso, desde que ocorra antes do termino do prazo e desde que a parte contrária aceite a reconsideração
Tipos Indenizado, Trabalhado, Em casa
Indenizado: o empregador paga ao trabalhador como se ele estivesse trabalhando, como se estivesse cumprindo o aviso prévio e é contado como tempo de serviço.
Trabalhado: o empregado dá o aviso e trabalha, se não trabalhar ele pagará o avisoprévio do empregador.
Em casa: constitui uma tentativa de burlar a legislação. Simula o aviso prévio para ter um maior tempo para pagar. Não existe.
OBS: O prazo para o pagamento do aviso prévio é até o décimo dia útil.
OBS: Se a mulher engravidar durante o aviso prévio, o empregador não pode mandar o empregado embora.
Efeito Projeção
O aviso prévio sempre terá uma projeção se for indenizado.
Se o empregado trabalho 20 anos na empresa, terá 90 dias de aviso prévio.
Exemplo: Parou de trabalhar dia 08/09/2015, o empregador terá 10 dias para pagar o aviso prévio. No dia 07/12/2015, o empregado termina de cumprir seu aviso. Meu aviso é de 90 dias, os 30 primeiros dias serão obrigados a cumprir e o restante de 60 dias será indenizado. 
Esse prazo de aviso prévio que se estende até 07/12 é o efeito projecção.

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