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100 perguntas sobre aposentadoria por tempo de contribuição

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Prof. Cecilia Menezes, em 21/08/2014 
 
100 perguntas sobre aposentadoria por tempo de contribuição 
1) O que é a aposentadoria por tempo de contribuição? 
 É um benefício programado, de prestação continuada, de caráter vitalício, pago aos 
segurados do RGPS que comprovem um período mínimo de tempo de contribuição, definido 
em lei, bem como a carência exigida: 
Segurado Tempo de contribuição 
Homem 35 anos 
Mulher 30 anos 
Professor de ensino infantil, fundamental ou 
médio 
30 anos 
Professora de ensino infantil, fundamental ou 
médio 
25 anos 
Segurado do RGPS com deficiência 25, 29 ou 33 anos, a depender do grau de 
deficiência 
Segurada do RGPS com deficiência 20, 24 ou 28 anos, a depender do grau de 
deficiência 
2) O que é tempo de contribuição? 
 Considera-se tempo de contribuição o tempo, contado de data a data, desde o início 
até a data do requerimento ou do desligamento de atividade abrangida pela previdência social, 
descontados os períodos legalmente estabelecidos como de suspensão de contrato de 
trabalho (ex.: licença sem vencimentos, falta injustificada), de interrupção de exercício e de 
desligamento da atividade. 
3) Período de interrupção de exercício de atividade é a mesma coisa que período de 
interrupção de contrato de trabalho? 
 Não. Interrupção de atividade ocorre quando segurados não considerados empregados 
(portanto sem contrato de trabalho) param de exercer atividade remunerada. 
 Interrupção do contrato de trabalho para o empregado ocorre nas situações em que, 
ainda que afastado do trabalho, seu contrato continua ativo e o trabalhador recebe 
Prof. Cecilia Menezes, em 21/08/2014 
 
remuneração. Como exemplos, teríamos os seguintes períodos: férias, repouso semanal 
remunerado, licença gestante. 
4) Períodos de interrupção do contrato de trabalho contam como tempo de contribuição? 
 Sim, períodos de interrupção do contrato de trabalho são contados como tempo de 
contribuição. O trabalhador continua, inclusive, a contribuir durante esses períodos. 
5) Períodos de suspensão do contrato de trabalho contam como tempo de contribuição? 
 Não, pois o empregado está afastado do trabalho, sem remuneração nem contribuição. 
6) Períodos de interrupção de atividade do contribuinte individual contam como tempo 
de contribuição? 
 Não, pois o indivíduo não exerce atividade laboral remunerada, nem contribui. 
7) Quando um contribuinte individual interrompe suas contribuições, considera-se que 
ele está em débito? 
 Sim, a não ser que ele comprove a interrupção ou o encerramento de sua atividade 
remunerada. 
8) Como o contribuinte individual comprova a interrupção ou o encerramento de sua 
atividade remunerada? 
 A comprovação da interrupção ou encerramento da atividade do contribuinte individual, no 
caso dos segurados que exercem atividade urbana por conta própria ou que prestam serviços 
de caráter eventual a empresas, será feita mediante declaração, ainda que extemporânea. 
Para os demais contribuintes individuais, a comprovação da interrupção ou do 
encerramento da atividade será feita com base em distrato social, alteração contratual ou 
documento equivalente emitido por junta comercial, secretaria federal, estadual, distrital ou 
municipal ou por outros órgãos oficiais, ou outra forma admitida pelo INSS. 
Cabe ao contribuinte individual comprovar a interrupção ou o encerramento da 
atividade pela qual vinha contribuindo, sob pena de ser considerado em débito no período sem 
contribuição. 
9) Todos os segurados da Previdência Social têm direito à aposentadoria por tempo de 
contribuição? 
Todos os segurados, exceto: 
 segurados especiais e 
Prof. Cecilia Menezes, em 21/08/2014 
 
 contribuintes individuais por conta própria, microempreendedor individual – MEI e 
facultativos que optaram pela exclusão do direito a esse benefício (plano 
simplificado de previdência social ou inclusão previdenciária). 
Tem direito à aposentadoria por tempo de 
contribuição 
Não tem direito à aposentadoria por tempo 
de contribuição 
Empregado, avulso, empregado doméstico, 
contribuinte individual e facultativo. 
 
Contribuinte individual (por conta própria e 
MEI) e facultativo que optam pela exclusão do 
direito à aposentadoria por tempo de 
contribuição. 
Segurado especial que contribua 
facultativamente 
Segurado especial 
 
10) Além das situações apontadas na questão anterior, existe alguma categoria de 
segurado que não tenha direito à aposentadoria por tempo de contribuição? 
 Não, desde que comprovem o tempo de contribuição exigido (por exemplo: 35 anos, se 
homem, e, 30 anos, se mulher) e a carência, os segurados terão direito ao benefício, não 
importando se enquadrados na categoria de empregado, avulso, empregado doméstico, 
contribuinte individual ou facultativo. 
11) O segurado especial pode se aposentar por tempo de contribuição uma vez que 
contribua sobre a receita da comercialização da produção rural e do artesanato rural, 
bem como sobre a receita originada da atividade de turismo rural? 
Tanto nos casos em que o segurado especial comprova somente o exercício de 
atividade rural (por 180 meses), como nas situações em que ele contribui sobre a receita da 
comercialização da produção rural (do artesanato rural, do turismo rural), ele somente se 
aposenta por idade com um salário mínimo, não tendo direito à aposentadoria por tempo de 
contribuição. 
12) É previsto na legislação algum mecanismo que permita ao segurado especial se 
aposentar por tempo de contribuição? 
 O segurado especial, para se aposentar por tempo de contribuição, pode contribuir 
facultativamente, durante 30 (mulher) ou 35 anos (homem), com 20% sobre o salário-de-
contribuição (valor por ele declarado entre o salário-mínimo e o teto). 
Prof. Cecilia Menezes, em 21/08/2014 
 
Sem essa contribuição, o segurado especial não se aposenta por tempo de 
contribuição, mas somente por idade (valor de um salário mínimo). 
Tem direito à aposentadoria por tempo de 
contribuição 
Não tem direito à aposentadoria por tempo 
de contribuição 
Segurado especial que contribua 
facultativamente 
Segurado especial 
 
13) Contribuintes individuais e facultativos somente tem direito à aposentadoria por 
idade? 
 Não. 
Os contribuintes individuais e os segurados facultativos têm direito também à 
aposentadoria por tempo de contribuição desde que contribuam com 20% sobre seu salário-de-
contribuição. 
Para os contribuintes individuais que prestam serviços à empresa, sua contribuição é 
reduzida de 20% para 11%, mas ele continua tendo direito a se aposentar por tempo de 
contribuição. Nesse caso, contribuem a empresa contratante (com 20% ou outra contribuição 
que substitua esse percentual) e o contribuinte individual prestador dos serviços. 
14) Que contribuintes individuais não tem direito à aposentadoria por tempo de 
contribuição, mas somente à aposentadoria por idade? 
 O contribuinte individual de baixa renda, que exerce atividade por conta própria, o 
qual optou pela exclusão do direito à aposentadoria por tempo de contribuição, recolhendo uma 
contribuição reduzida, de 11% sobre o salário mínimo, não se aposenta por tempo de 
contribuição, mas somente por idade (valor de um salário mínimo). 
 O Microempreendedor Individual – MEI, também enquadrado na categoria de 
contribuinte individual, recolhe 5% sobre um salário mínimo, a título de contribuição 
previdenciária. Assim fazendo, também está optando pela exclusão da aposentadoria por 
tempo de contribuição, tendo direito à aposentadoria por idade no valor de um salário mínimo. 
15) Que facultativos não têm direito à aposentadoria por tempo de contribuição,mas 
somente à aposentadoria por idade? 
O facultativo, de baixa renda, que optou pela exclusão do direito à aposentadoria por 
tempo de contribuição, recolhendo uma contribuição reduzida, de 11% ou 5% sobre o salário 
Prof. Cecilia Menezes, em 21/08/2014 
 
mínimo, não se aposenta por tempo de contribuição, mas somente por idade (valor de um 
salário mínimo). 
Para os facultativos em geral, que abram mão da aposentadoria por tempo de 
contribuição, está prevista a contribuição de 11% sobre o salário-mínimo. 
Para o segurado facultativo sem renda própria que se dedique exclusivamente ao 
trabalho doméstico no âmbito de sua residência (dona ou dono de casa), desde que 
pertencente à família de baixa renda (até dois salários mínimos de renda familiar mensal), 
inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal – CadÚnico, é possível 
recolher a contribuição de 5% sobre o salário-mínimo. Assim fazendo, esse facultativo somente 
se aposentará por idade com um salário mínimo. 
16) Contribuintes individuais e facultativos que optaram pela exclusão do direito à 
aposentadoria por tempo de contribuição, recolhendo contribuição reduzida de 11% ou 
5%, tem direito somente à aposentadoria por idade? 
 Não, esses segurados também têm direito aos seguintes benefícios, no valor de um 
salário mínimo: auxílio-doença, aposentadoria por invalidez e salário-maternidade. 
 Além disso, seus dependentes têm direito à pensão por morte e a auxílio-reclusão, no 
valor de um salário mínimo. 
17) Quais as outras formas de referenciar a opção do segurado pela exclusão do direito 
à aposentadoria por tempo de contribuição? 
 Esse mecanismo é denominado de plano simplificado de previdência social ou de 
inclusão previdenciária. 
18) E se um segurado recolher a contribuição reduzida de 11% ou 5% e, posteriormente, 
se “arrepender” e quiser se aposentar por tempo de contribuição, o que deve fazer? 
 Ele deverá complementar a contribuição relativa a cada mês em que houve 
recolhimento de contribuição de 11% ou de 5% sobre o salário mínimo, acrescida de juros de 
mora. 
 Assim: 
Contribuição originalmente recolhida Complementação 
11% x salário-mínimo (9% x salário-mínimo) + juros 
5% x salário-mínimo (15% x salário-mínimo) + juros 
Prof. Cecilia Menezes, em 21/08/2014 
 
19) Caso um estudante que vinha recolhendo 11% do salário mínimo durante dois anos, 
na condição de facultativo, seja aprovado num concurso público, passando a ocupar 
cargo efetivo, é possível contar como tempo de contribuição esse período de dois anos? 
 Não, o período de pagamento de contribuição reduzida (seja 11% ou 5%), no sistema 
de inclusão previdenciária, não pode ser contado como tempo de contribuição. Se ele 
reivindicar junto ao INSS uma Certidão de Tempo de Contribuição referente a esses dois anos, 
seu pedido será indeferido. 
 A única forma de esse estudante contar os dois anos de contribuição e de obter 
Certidão de Tempo de Contribuição com inclusão desse período, é complementando as 
contribuições, mês a mês, acrescidas de juros. 
 Ou seja, aqui será feita a mesma complementação da questão anterior: 
Contribuição originalmente recolhida Complementação 
11% x salário-mínimo (9% x salário-mínimo) + juros 
 
20) Existe carência para a aposentadoria por tempo de contribuição? 
 Sim, a aposentadoria por tempo de contribuição exige carência de 180 contribuições. 
 Para segurados que completaram o tempo de contribuição legalmente exigido até 
dezembro de 2010, é exigida uma carência de transição. Por exemplo: 
Ano do implemento da condição Carência exigida 
2010 174 contribuições 
2009 168 contribuições 
2008 162 contribuições 
2007 156 contribuições 
... ... 
 
 
Prof. Cecilia Menezes, em 21/08/2014 
 
21) Por que, para obter um benefício que exige um quantitativo muito maior de 
contribuições (30 anos, 35 anos, etc.), é necessário comprovar uma carência de 180 
contribuições (15 anos)? Quem tem 30 ou 35 anos de contribuição sempre vai ter 180 
contribuições e portanto, a carência cumprida? 
 Nem sempre quem tem tempo de contribuição suficiente para se aposentar, cumpriu a 
carência, pois, em alguns casos a contagem é feita de forma diferente. 
 Por exemplo, uma senhora que exerce atividade por conta própria somente se 
inscreveu como contribuinte individual na previdência social após 20 anos de atividade, 
comprovou esse período de atividade e indenizou/recolheu as contribuições relativas a esse 
período de 20 anos. Seguramente, terá 20 anos de tempo de contribuição. 
Mas todas essas contribuições recolhidas em atraso não serão contadas como 
carência. Para um contribuinte individual que exerce atividade por conta própria, a carência 
somente é contada a partir da primeira contribuição recolhida sem atraso. 
 Essa segurada deve recolher ainda 180 contribuições para cumprir a carência exigida 
para se aposentar por tempo de contribuição. 
Após essas 180 contribuições, terá 35 anos de tempo de contribuição (mais 5 anos de 
contribuição do que os 30 anos legalmente exigidos), contados os 20 anos de contribuições 
recolhidas para o período anterior à sua inscrição mais 15 anos para cumprimento da carência 
de 180 contribuições. 
 
 
22) Somente para o contribuinte individual que exerce atividade por conta própria, a 
contagem da carência pode ser diferente da contagem de tempo de contribuição? 
 Não, em outras situações, é possível que um segurado tenha tempo de contribuição 
mas não a carência. 
 Digamos que um segurado comprove os seguintes períodos de atividade/benefício/ 
contribuição junto ao INSS: 
 
 
 
Prof. Cecilia Menezes, em 21/08/2014 
 
Período Contagem de tempo de 
contribuição 
Contagem da carência 
2 anos de serviço militar, em 
1977 e 1978 
2 anos 0 
14 anos de exercício comprovado 
de atividade rural, de 1979 até 
outubro de 1991 
14 anos 0 
12 anos como empregado de 
agroindústria, de novembro de 
1991 até 2003 
12 anos 12 anos => 12 x 12 = 144 
contribuições 
3 anos de percepção de auxílio-
doença, a partir de 2004 
3 anos 0 
2 anos de contribuição na 
condição de segurado facultativo, 
em 2007 e 2008 
2 anos 2 anos => 2 x 12 =24 
contribuições 
6 meses como empregado, em 
2009 
6 meses 6 meses => 6 
contribuições 
2 anos de percepção de auxílio-
doença acidentário, em 2010 e 
2011 
2 anos 0 
Total 35 anos e 6 meses 174 contribuições 
Tempo de contribuição Carência 
 
23) Qual é o benefício atualmente existente: aposentadoria por tempo de serviço ou 
aposentadoria por tempo de contribuição? 
 Aposentadoria por tempo de contribuição, a partir da Emenda Constitucional nº 20/98. 
24) Ainda é possível considerar tempo de serviço como tempo de contribuição? 
O tempo de serviço considerado para efeito de aposentadoria e cumprido até 15 de 
dezembro de 1998 será contado como tempo de contribuição. 
Prof. Cecilia Menezes, em 21/08/2014 
 
O artigo 4º da Emenda Constitucional nº 20/1998 assim determinou: “Observado o 
disposto no art. 40, § 10, da Constituição Federal, o tempo de serviço considerado pela 
legislação vigente para efeito de aposentadoria, cumprido até que a lei discipline a matéria, 
será contado como tempo de contribuição.” 
O artigo 40, § 10, da Constituição Federal determina que “a lei não poderá estabelecer 
qualquer forma de contagem de tempo de contribuição fictício”. 
25) Quais os períodos de tempo de serviço considerados ainda como tempo de 
contribuição? 
Examinando o artigo 55 da Lei nº 8.213/1991 e o artigo 60 do Regulamento da 
Previdência Social, você vai verificar que ainda é possível contar como tempo de contribuição 
algunsperíodos que são claramente “tempo de serviço”: 
 tempo de serviço militar obrigatório ou voluntário e alternativo; 
 tempo de serviço público federal, estadual, do Distrito Federal ou municipal; 
 tempo de serviço do segurado trabalhador rural anterior à competência novembro de 
1991; 
 tempo de serviço prestado à Justiça dos Estados, às serventias extrajudiciais e às 
escrivanias judiciais; 
 tempo exercido na condição de aluno-aprendiz referente ao período de aprendizado 
profissional realizado em escola técnica. 
26) Que períodos de serviço militar podem ser computados como tempo de 
contribuição? 
Tempo de serviço militar obrigatório ou voluntário e alternativo, desde que não 
contado para aposentadoria em nenhum outro regime de previdência social. 
27) Em que situações é prestado serviço militar alternativo? 
Quando alegado imperativo de consciência, entendendo-se como tal o decorrente de 
crença religiosa e de convicção filosófica ou política, para se eximirem de atividades de caráter 
militar. 
28) Que períodos de serviço público serão contados pela Regime Geral de Previdência 
Social? 
 Tempo de serviço público federal, estadual, do Distrito Federal ou municipal, inclusive o 
prestado a autarquia ou a sociedade de economia mista ou fundação instituída pelo 
Poder Público, regularmente certificado na forma da Lei nº 3.841, de 15 de dezembro 
de 1960, desde que a respectiva certidão tenha sido requerida na entidade para a qual 
Prof. Cecilia Menezes, em 21/08/2014 
 
o serviço foi prestado até 30 de setembro de 1975, véspera do início da vigência da Lei 
nº 6.226, de 14 de junho de 1975; e, 
 Tempo de serviço público prestado à administração federal direta e autarquias federais, 
bem como às estaduais, do Distrito Federal e municipais, quando aplicada a legislação 
que autorizou a contagem recíproca de tempo de contribuição. 
29) O que é contagem recíproca? 
 Para efeito de aposentadoria, é assegurada a contagem recíproca do tempo de 
contribuição na administração pública e na atividade privada, rural e urbana, hipótese em que 
os diversos regimes de previdência social se compensarão financeiramente, segundo critérios 
estabelecidos em lei. 
30) Como é comprovado junto ao INSS período de vínculo como servidor público efetivo 
para averbar esse tempo e conta-lo como tempo de contribuição? 
Para fins de benefícios a serem concedidos pelo RGPS, os períodos de vínculos que 
corresponderem a serviços prestados na condição de servidor estatutário somente serão 
considerados mediante apresentação de Certidão de Tempo de Contribuição fornecida pelo 
órgão público competente, salvo se o órgão de vinculação do servidor não tiver instituído 
regime próprio de previdência social. 
31) Tempo de serviço do segurado trabalhador rural sempre é considerado tempo de 
contribuição? 
Não, apenas o tempo de serviço do segurado trabalhador rural anterior à competência 
novembro de 1991 será contado como tempo de contribuição. Entretanto, esse período não 
será contado como carência. 
32) Que documentos servem para comprovar o exercício de atividade rural? 
 Servem para comprovar o exercício de atividade rural, alternativamente: 
 contrato individual de trabalho ou Carteira de Trabalho e Previdência Social; 
 contrato de arrendamento, parceria ou comodato rural; 
 declaração fundamentada de sindicato que represente o trabalhador rural ou, 
quando for o caso, de sindicato ou colônia de pescadores, desde que 
homologada pelo INSS; 
 comprovante de cadastro do Instituto Nacional de Colonização e Reforma 
Agrária - INCRA; 
Prof. Cecilia Menezes, em 21/08/2014 
 
 bloco de notas do produtor rural; 
 notas fiscais de entrada de mercadorias, emitidas pela empresa adquirente da 
produção, com indicação do nome do segurado como vendedor; 
 documentos fiscais relativos a entrega de produção rural à cooperativa agrícola, 
entreposto de pescado ou outros, com indicação do segurado como vendedor 
ou consignante; 
 comprovantes de recolhimento de contribuição à Previdência Social decorrentes 
da comercialização da produção; 
 cópia da declaração de imposto de renda, com indicação de renda proveniente 
da comercialização de produção rural; 
 licença de ocupação ou permissão outorgada pelo INCRA; ou 
 certidão fornecida pela Fundação Nacional do Índio - FUNAI, certificando a 
condição do índio como trabalhador rural, desde que homologada pelo INSS. 
33) Tempo de serviço prestado à Justiça dos Estados, às serventias extrajudiciais e às 
escrivanias judiciais sempre será contado como tempo de contribuiçâo? 
 Não, somente quando não tenha havido remuneração pelos cofres públicos e a 
atividade não estivesse à época vinculada a regime próprio de previdência social. 
34) O período em que o segurado contribuiu como empregador rural é considerado 
tempo de contribuição? 
 Se recolhidas as contribuições, esse período é computado sim como tempo de 
contribuição. 
 Desde a criação do RGPS, não existe mais a previdência do empregador rural. Este é 
enquadrado como segurado obrigatório do Regime Geral, na categoria de contribuinte 
individual. 
35) Tempo exercido na condição de aluno-aprendiz em escola técnica pode ser contado 
como tempo de contribuição? 
Sim, desde que se trate de aprendizado profissional realizado em escola técnica, com 
comprovação de remuneração, mesmo que indireta, à conta do orçamento público e o vínculo 
empregatício. 
Prof. Cecilia Menezes, em 21/08/2014 
 
Os períodos de aprendizado profissional realizados até 16 de dezembro de 1998, data 
da vigência da Emenda Constitucional nº 20, de 1998, serão considerados como tempo de 
serviço/contribuição independentemente do momento em que o segurado venha a implementar 
os demais requisitos para a concessão de aposentadoria no RGPS. 
36) Período em que um trabalhador foi cassado por motivação política pode ser contado 
como tempo de contribuição? 
 Sim, pode ser contado como tempo de contribuição o período de afastamento da 
atividade do segurado anistiado que, em virtude de motivação exclusivamente política, foi 
atingido por atos de exceção, institucional ou complementar, ou abrangido pelo Decreto 
Legislativo nº 18, de 15 de dezembro de 1961, pelo Decreto-Lei nº 864, de 12 de setembro de 
1969, ou que, em virtude de pressões ostensivas ou expedientes oficiais sigilosos, tenha sido 
demitido ou compelido ao afastamento de atividade remunerada no período de 18 de setembro 
de 1946 a 5 de outubro de 1988. 
37) Períodos de atividade como exercente de mandato eletivo, são contados como tempo 
de contribuição? 
 Sim, o período de mandato eletivo será considerado como tempo de contribuição 
desde que efetuadas as contribuições relativas ao período do mandato eletivo. 
A partir de junho de 2004, o exercente de mandato eletivo, não amparado por regime 
próprio, é considerado segurado obrigatório do RGPS. 
38) Períodos de licença remunerada e de disponibilidade remunerada são contados 
como tempo de contribuição? 
Sim, desde que efetuadas as contribuições relativas ao período. 
39) Os períodos de contribuição em diferentes categorias de segurado serão somados 
para cômputo do tempo de contribuição exigido para a aposentadoria? 
 Sim, não importa se as contribuições foram recolhidas em diferentes categorias. Todos 
os períodos contributivos serão considerados (exceto contribuições efetuadas na modalidade 
de inclusão previdenciária). 
40) Os períodos de contribuição na categoria de segurado facultativo são contados 
como tempo de contribuição, sendo somados ao tempo de contribuição como segurado 
obrigatório e vice-versa? 
 Sim. 
 
Prof. CeciliaMenezes, em 21/08/2014 
 
41) Períodos em que o segurado recebeu benefício por incapacidade, ou seja, auxílio-
doença e aposentadoria por invalidez, contam como tempo de contribuição? 
 Auxílio-doença e aposentadoria por invalidez, quando acidentários, contam sempre 
como tempo de contribuição, intercalados ou não entre períodos de atividade ou entre períodos 
de contribuição. 
 Auxílio-doença e aposentadoria por invalidez previdenciários ou comuns (não 
acidentários) somente contam como tempo de contribuição se intercalados entre períodos de 
atividade ou entre períodos de contribuição. 
42) Períodos em que o segurado recebeu auxílio-acidente de qualquer natureza contam 
como tempo de contribuição, quando o segurado não está exercendo atividade labora 
remunerada nem contribuindo como facultativo? 
 Não. O período em que o segurado está recendo apenas o auxílio-acidente de 
qualquer natureza, sem exercer atividade laboral remunerada nem contribuir, não é contado 
como tempo de contribuição. 
43) O período de recebimento de salário-maternidade é contado como tempo de 
contribuição? 
 Sim, exceto no caso de contribuintes individuais e facultativas que optaram pela 
exclusão previdenciária. 
44) O que é tempo fictício? 
 Entende-se por tempo de contribuição fictício todo aquele considerado em lei como 
tempo de contribuição para fins de concessão de aposentadoria sem que haja, por parte do 
servidor, a prestação de serviço e a correspondente contribuição, cumulativamente. 
Por exemplo: licença prêmio não gozada, contada em dobro. 
45) É possível contar tempo fictício como tempo de contribuição? 
Não. O artigo 40, § 10, da Constituição Federal determina que “a lei não poderá 
estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuição fictício”. 
Por exemplo, não é possível, a partir das alterações promovidas pela Emenda 
Constitucional nº 20/98, contar em dobro o período de licença prêmio não gozada. 
46) É possível converter tempo de contribuição sob condições especiais em tempo de 
contribuição comum? 
 Sim. 
Prof. Cecilia Menezes, em 21/08/2014 
 
A conversão de tempo de atividade sob condições especiais em tempo de atividade 
comum dar-se-á de acordo com a seguinte tabela: 
TEMPO A CONVERTER 
MULTIPLICADORES 
MULHER (PARA 30) HOMEM (PARA 35) 
DE 15 ANOS 2,00 2,33 
DE 20 ANOS 1,50 1,75 
DE 25 ANOS 1,20 1,40 
 
47) É possível converter tempo de contribuição comum em tempo de contribuição sob 
condições especiais? 
 Não. 
48) É possível converter tempo de contribuição em que o segurado possuía deficiência 
(leve, moderada ou grave) em tempo de contribuição comum? 
 Sim. 
49) É possível converter tempo de contribuição comum em tempo de contribuição com 
deficiência? 
 Sim. 
50) É permitida a conversão do tempo de contribuição da pessoa com deficiência para 
fins de concessão da aposentadoria especial? 
 Não. 
51) O professor universitário ainda tem direito à redução de 5 anos no tempo de 
contribuição exigido para a aposentadoria por tempo de contribuição? 
 Não, a partir da Emenda Constitucional nº 20/1998. 
52) O professor de ensino infantil, fundamental e médio pode utilizar tempo de 
contribuição em outras atividades para obtenção da aposentadoria por tempo de 
contribuição do professor (30 anos o homem e 25 anos a mulher)? 
 Não, para a aposentadoria por tempo de contribuição do professor, somente podem ser 
considerados períodos em que exerceu atividade de magistério no ensino infantil, fundamental 
e médio. 
 A aposentadoria por tempo de contribuição será devida ao professor que comprovar, 
exclusivamente, tempo de atividade exercida em funções de magistério em 
Prof. Cecilia Menezes, em 21/08/2014 
 
estabelecimento de educação básica, bem como em cursos de formação autorizados e 
reconhecidos pelos Órgãos competentes do Poder Executivo Federal, Estadual, do Distrito 
Federal ou Municipal. 
53) Que atividades pode o professor considerar para obter a aposentadoria por tempo de 
contribuição do professor (30 anos o homem e 25 anos a mulher)? 
Atividade de magistério no ensino infantil, fundamental e médio. Considera-se função 
de magistério a exercida por professor em estabelecimento de educação básica (nível 
fundamental ou médio) em seus diversos níveis e modalidades, incluídas, além do exercício da 
docência, as funções de direção de unidade escolar e as de coordenação e assessoramento 
pedagógico. 
De acordo com o artigo 229 da IN INSS/Pres nº 45/2010, para fins de aposentadoria 
por tempo de contribuição de professor aos 30/25 anos, observado o direito adquirido, poderão 
ser computados os períodos de atividades exercidas pelo professor, da seguinte forma: 
 como docentes, a qualquer título; ou 
 em funções de diretor de unidade escolar, de coordenação e assessoramento 
pedagógico, inclusive de administração, de planejamento, de supervisão, de 
inspeção e de orientação educacional. 
54) Caso o professor de ensino infantil, fundamental e médio deixe de exercer essa 
atividade, é possível converter “tempo de contribuição como professor” para tempo 
comum? 
 Não, nesse caso, o tempo de contribuição como professor será contado normalmente, 
sem qualquer forma de conversão. 
É vedada a conversão de tempo de serviço de magistério, exercido em qualquer época, 
em tempo de serviço comum. 
 Assim, um indivíduo que exerceu atividade de magistério, como professor de ensino 
médio, durante 5 anos, passando em seguida a exercer atividade como médico e a contribuir 
como contribuinte individual, durante 10 anos, terá um total de tempo de contribuição de 15 
anos (5 como professor + 10 como médico). 
55) Pode o segurado contar como tempo de contribuição período em que o exercício de 
atividade não exigia filiação obrigatória à Previdência Social? 
Sim, poderá ser objeto de contagem do tempo de contribuição para o RGPS, o período 
em que o exercício da atividade não exigia filiação obrigatória à Previdência Social, desde que 
efetivado pelo segurado o recolhimento das contribuições correspondentes. 
Prof. Cecilia Menezes, em 21/08/2014 
 
56) Qual o valor mínimo da aposentadoria por tempo de contribuição? 
 Um salário mínimo. 
57) Qual o valor máximo da aposentadoria por tempo de contribuição? 
 O teto do Regime Geral de Previdência Social, no valor atual de R$ 4.390,24. 
58) Como se calcula a aposentadoria por tempo de contribuição? 
Primeiramente é necessário calcular o salário-de-benefício que consiste na média 
aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição correspondentes a oitenta por cento de 
todo o período contributivo, corrigidos mês a mês, multiplicado pelo fator previdenciário. 
Salário-de-benefício Média x fator previdenciário 
SB M x f 
Em seguida, obtém-se a renda mensal inicial da aposentadoria, aplicando-se no 
salário-de-benefício o percentual de 100%. 
Renda mensal da aposentadoria por tempo 
de contribuição 
SB x 100% 
 
59) Existe aposentadoria por tempo de contribuição com renda mensal proporcional? 
O segurado filiado ao Regime Geral de Previdência Social até 16 de dezembro de 1998, 
cumprida a carência exigida, terá direito a aposentadoria por tempo de contribuição com renda 
mensal proporcional, desde que cumpridos os seguintes requisitos, cumulativamente: 
 idade: cinquenta e três anos para o homem e quarenta e oito anos para a mulher; 
 tempo de contribuição: trinta anos, se homem, e vinte e cinco anos de contribuição, se 
mulher; e 
 um período adicional de contribuição equivalente a quarenta por cento do tempo que, 
em 16 de dezembro de 1998, vigência da Emenda Constitucional nº 20, de 1998, 
faltava para atingir o tempo de contribuição estabelecido na alínea anterior.60) Quais as variáveis utilizadas para cálculo do fator previdenciário? 
 Tempo de contribuição, idade e expectativa de sobrevida, na data da aposentadoria do 
segurado. 
Prof. Cecilia Menezes, em 21/08/2014 
 
 
61) Qual é a fórmula do fator previdenciário? 
 f = Tc x a x [1 + (Tc x a + Id] 
 Es 100 
f = fator previdenciário 
Tc = tempo de contribuição 
Es = expectativa de sobrevida 
Id = Idade 
a = 0,31 => FIXO 
62) O que é o “a” na fórmula do fator previdenciário? 
 “a” será sempre correspondente ao valor de 0,31. Esse valor de 0,31 ou 31% 
corresponde à maior contribuição recolhida sobre a remuneração de um segurado. 
 Quando contribuem empresa (20%) e o segurado (empregado/avulso com valores mais 
altos de salário-de-contribuição ou contribuinte individual que presta serviços à empresa – 
11%), o total de contribuição recolhida será de 31%. 
 Assim, qualquer segurado, mesmo que tenha sido recolhida contribuição menor sobre 
sua remuneração (20%, 28% ou 29%), terá o “a” igual a 0,31 ou 31%. 
63) No caso da mulher, do professor e da professora, que se aposentam com menos 
tempo de contribuição, esses segurados serão prejudicados no cálculo do fator? 
 Existe previsão legal de um acréscimo de 5 ou 10 anos no tempo de contribuição 
desses segurados para cálculo do fator previdenciário: 
Segurado Acréscimo ao TC 
Mulher 5 anos 
Professor * 5 anos 
Professora * 10 anos 
* Ensino infantil, fundamental ou médio 
64) O fator previdenciário funciona sempre como um redutor no cálculo da 
aposentadoria por tempo de contribuição? 
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 Não. 
Quando o fator previdenciário resultar em valor inferior a 1(um), funcionará como um 
redutor. 
Mas é possível que o cálculo do fator resulte em valor igual ou superior a 1 (um), casos 
em que ele não funcionará como redutor. 
65) É possível que a multiplicação da média pelo fator resulte em salário-de-benefício 
inferior a um salário mínimo? 
 Não, pois o salário-de-benefício nunca pode ser inferior ao salário mínimo. 
66) Para cálculo da aposentadoria por tempo de contribuição da pessoa com deficiência 
segurada do RGPS, é utilizado o fator previdenciário? 
 Nesse caso, o fator previdenciário somente será utilizado se melhorar o cálculo do 
benefício. 
67) Como se obtém a expectativa de sobrevida (Es) utilizada para cálculo do fator 
previdenciário? 
 Obtém-se a expectativa de sobrevida na Tábua Completa de Mortalidade do IBGE. 
68) Existe uma tábua de mortalidade para homens e outra para mulheres? 
 Não, a mesma tábua é utilizada para homens e mulheres. Dentre as tábuas de 
mortalidade consolidadas pelo IBGE, é utilizada a tábua para ambos os sexos. 
69) Existe uma tábua de mortalidade para cada região do Brasil? 
 Não, a tábua de mortalidade utilizada é uma só para todo o Brasil. 
70) Qual é o máximo de redução do tempo de contribuição para a aposentadoria da 
pessoa com deficiência? 
 10 anos, quando a deficiência é avaliada como grave. Nesse caso, exige-se 20 anos de 
tempo de contribuição da mulher, e 25 anos de tempo de contribuição para o homem. 
71) Com quanto tempo de contribuição se aposenta o segurado com deficiência? 
 O tempo depende do grau da deficiência: 
 Deficiência grave – 25 anos 
 Deficiência moderada – 29 anos 
Prof. Cecilia Menezes, em 21/08/2014 
 
 Deficiência leve – 33 anos 
72) Com quanto tempo de contribuição se aposenta a segurada com deficiência? 
 O tempo depende do grau da deficiência: 
 Deficiência grave – 20 anos 
 Deficiência moderada – 24 anos 
 Deficiência leve – 28 anos 
73) A aposentadoria por tempo de contribuição para o segurado com deficiência exige 
carência? 
 Sim, 180 contribuições. 
74) O segurado precisa ser portador de deficiência no momento do requerimento da 
aposentadoria para que o tempo de contribuição seja reduzido? 
A concessão da aposentadoria por tempo de contribuição ou por idade ao segurado 
que tenha reconhecido, em avaliação médica e funcional realizada por perícia própria do INSS, 
grau de deficiência leve, moderada ou grave, está condicionada à comprovação da condição 
de pessoa com deficiência na data da entrada do requerimento ou na data da 
implementação dos requisitos para o benefício. 
75) Se um segurado foi portador de deficiência em período anterior ao implemento dos 
requisitos para o benefício, deixando de ser portador dessa condição, é possível ajustar 
(converter) esse período antes de incluí-lo na contagem do tempo de contribuição para 
uma aposentadoria comum? 
 Este segurado vai se aposentar com 30 anos (mulher) ou 35 anos (homem). 
Entretanto, o período em que exerceu atividade laboral na condição de pessoa com deficiência 
vai ser ajustado, conforme tabela do artigo 70-E do Regulamento da Previdência Social. Ou 
seja, o tempo de contribuição com deficiência vai ser convertido em tempo comum. 
76) Se um segurado se tornar portador de deficiência após sua filiação ao RGPS, ou tiver 
o grau de sua deficiência alterado, é possível fazer ajustes na contagem do tempo de 
contribuição? 
 Sim, para o segurado que, após a filiação ao RGPS, tornar-se pessoa com deficiência, 
ou tiver seu grau alterado, os parâmetros de tempo de contribuição serão proporcionalmente 
ajustados e os respectivos períodos serão somados após conversão, conforme as tabelas 
abaixo, considerando o grau de deficiência preponderante. 
Prof. Cecilia Menezes, em 21/08/2014 
 
Digamos que um segurado exerceu atividades durante 10 anos, sem deficiência 
(aposentadoria aos 35 anos). Sofre um acidente o qual provoca deficiência física avaliada 
como grave (aposentadoria com 25 anos de contribuição), mas continua tendo condição de 
trabalhar. Qual o período de contribuição necessário para que ele se aposente? 
Veja a tabela de conversão: 
HOMEM 
TEMPO A CONVERTER 
MULTIPLICADORES 
Para 25 Para 29 Para 33 Para 35 
De 25 anos 1,00 1,16 1,32 1,40 
De 29 anos 0,86 1,00 1,14 1,21 
De 33 anos 0,76 0,88 1,00 1,06 
De 35 anos 0,71 0,83 0,94 1,00 
É necessário multiplicar os 10 anos (sem deficiência, aposentadoria aos 35 anos) por 
0,71, de modo que ele passam a valer 7,1 anos. Dessa forma, ele deve trabalhar mais 17,9 
anos para completar 25 anos (7,1 anos + 17,9 anos). 
77) Quem pode ser considerado pessoa com deficiência? 
Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimentos de longo prazo de 
natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, 
podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com 
as demais pessoas. 
78) Quem avalia a existência e o grau da deficiência para definir o tempo de contribuição 
exigível para a aposentadoria? 
 Para efeito de concessão da aposentadoria da pessoa com deficiência, compete à 
perícia própria do INSS, nos termos de ato conjunto do Ministro de Estado Chefe da Secretaria 
de Direitos Humanos da Presidência da República, dos Ministros de Estado da Previdência 
Social, da Fazenda, do Planejamento, Orçamento e Gestão e do Advogado-Geral da União: 
Prof. Cecilia Menezes, em 21/08/2014 
 
I - avaliar o segurado e fixar a data provável do início da deficiência e o seu grau; e 
II - identificar a ocorrência de variação no grau de deficiência e indicar os respectivos 
períodos em cada grau. 
79) A avaliação realizada pela perícia médica do INSS para definir o grau de deficiência é 
exclusivamente médica? 
 Não, o INSS realiza avaliação médica e funcional. A avaliação médica e funcional será 
realizada pela perícia própria do INSS, a qual engloba a pericia médica e o serviço social, 
integrantesdo seu quadro de servidores públicos. 
80) Como é realizada avaliação funcional? 
A avaliação funcional é realizada com base no conceito de funcionalidade disposto na 
Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde - CIF, da Organização 
Mundial de Saúde, e mediante a aplicação do Índice de Funcionalidade Brasileiro Aplicado 
para Fins de Aposentadoria - IF-BrA, conforme o instrumento anexo à Portaria Interministerial 
nº 01/2014. 
81) Os dados constantes do Cadastro Nacional de Informações Sociais – CNIS valem 
como prova de tempo de contribuição? 
 Sim, os dados constantes do Cadastro Nacional de Informações Sociais - CNIS 
relativos a vínculos, remunerações e contribuições valem como prova de filiação à previdência 
social, tempo de contribuição e salários-de-contribuição. 
82) O que é CNIS? 
O Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) é um sistema responsável pelo 
controle das informações de todos os segurados e contribuintes da Previdência Social. Desde 
sua criação, em 1989, armazena as informações necessárias para garantir direitos trabalhistas 
e previdenciários aos cidadãos brasileiros. 
83) Caso o segurado verifique a inexatidão dos dados relativos ao seu tempo de 
contribuição no CNIS, ele pode solicitar a alteração dessas informações? 
O segurado poderá solicitar, a qualquer momento, a inclusão, exclusão ou retificação 
das informações constantes do CNIS, com a apresentação de documentos comprobatórios dos 
dados divergentes. 
84) O segurado somente pode solicitar alteração de suas informações no CNIS se 
requerer um benefício? 
Prof. Cecilia Menezes, em 21/08/2014 
 
Não, a solicitação da alteração independe de requerimento de benefício. 
85) Informações prestadas extemporaneamente no CNIS somente serão aceitas se 
corroboradas por documentos? 
Sim, as informações inseridas extemporaneamente no CNIS, independentemente de 
serem inéditas ou retificadoras de dados anteriormente informados, somente serão aceitas se 
corroboradas por documentos que comprovem a sua regularidade. 
86) No que concerne a tempo de contribuição, que tipo de informação é considerada 
extemporânea? 
 Considera-se extemporânea a inserção de dados relativos à data de início de vínculo, 
sempre que decorrentes de documento apresentado após o transcurso de até cento e vinte 
dias do prazo estabelecido pela legislação, cabendo ao INSS dispor sobre a redução desse 
prazo. 
Também se considera extemporânea a informação sobre contribuições cujo 
recolhimento tiver sido feito em desacordo com a lei. Por exemplo, um facultativo perde a 
qualidade de segurado e recolhe contribuições relativas a período anterior à perda: essas 
contribuições não serão consideradas pois foram recolhidas em desobediência ao dispositivo 
legal que proíbe ao facultativo esse tipo de recolhimento. 
ATENÇÃO: existem critérios de extemporaneidade também para informações relativas 
a remuneração. Veja o artigo 19 do Regulamento da Previdência Social. 
87) O que ocorre se não existirem informações sobre contribuições no CNIS ou se 
ocorrer dúvida quanto à regularidade de um vínculo? 
Não constando do CNIS informações sobre contribuições ou remunerações, ou 
havendo dúvida sobre a regularidade do vínculo, motivada por divergências ou insuficiências 
de dados relativos ao empregador, ao segurado, à natureza do vínculo, ou a procedência da 
informação, esse período respectivo somente será confirmado mediante a apresentação pelo 
segurado da documentação comprobatória solicitada pelo INSS. 
 
88) As informações sobre atividade de segurados com deficiência constam do CNIS? 
Constarão no CNIS as informações do segurado relativas aos períodos com deficiência 
leve, moderada e grave, fixadas em decorrência da avaliação médica e funcional. 
89) Se as informações do CNIS estiverem incompletas, sem datas de admissão e/ou de 
dispensa do trabalhador, podem ser utilizadas as anotações da Carteira de Trabalho para 
suprir essas falhas? 
Prof. Cecilia Menezes, em 21/08/2014 
 
As anotações em Carteira Profissional e/ou Carteira de Trabalho e Previdência Social 
relativas a férias, alterações de salários e outras que demonstrem a sequência do exercício da 
atividade podem suprir possível falha de registro de admissão ou dispensa. 
90) Quando houver omissão do empregador na prestação de informações sobre 
vínculos, quais documentos podem ser apresentados pelo segurado junto ao INSS? 
A comprovação de vínculos e remunerações, mediante apresentação de 
documentação apontada pelo Regulamento da Previdência Social (artigo 62), poderá ser 
utilizada para suprir omissão do empregador, para corroborar informação inserida ou retificada 
extemporaneamente ou para subsidiar a avaliação dos dados do CNIS 
91) Como se comprova tempo de serviço considerado tempo de contribuição conforme 
legalmente previsto? 
A prova de tempo de serviço, considerado tempo de contribuição, na forma da lei, é 
feita mediante documentos que comprovem o exercício de atividade nos períodos a serem 
contados, devendo esses documentos serem contemporâneos dos fatos a comprovar e 
mencionarem as datas de início e término e, quando se tratar de trabalhador avulso, a duração 
do trabalho e a condição em que foi prestado 
92) Que documentos servem para comprovar tempo de contribuição para os 
trabalhadores em geral? 
 o contrato individual de trabalho, a Carteira Profissional, a Carteira de Trabalho e 
Previdência Social, a carteira de férias, a carteira sanitária, a caderneta de 
matrícula e a caderneta de contribuições dos extintos institutos de aposentadoria 
e pensões, a caderneta de inscrição pessoal visada pela Capitania dos Portos, 
pela Superintendência do Desenvolvimento da Pesca, pelo Departamento 
Nacional de Obras Contra as Secas e declarações da Secretaria da Receita 
Federal do Brasil; 
 certidão de inscrição em órgão de fiscalização profissional, acompanhada do 
documento que prove o exercício da atividade; 
 contrato social e respectivo distrato, quando for o caso, ata de assembleia geral e 
registro de empresário; ou 
 certificado de sindicato ou órgão gestor de mão-de-obra que agrupa trabalhadores 
avulsos. 
 
Prof. Cecilia Menezes, em 21/08/2014 
 
93) Pode ser computado como tempo de contribuição período já computado para outra 
aposentadoria, seja pelo Regime Geral ou por Regime Próprio de Previdência Social? 
Não será computado como tempo de contribuição o já considerado para concessão de 
qualquer aposentadoria pelo Regime Geral ou por outro regime de previdência social. 
94) Se o segurado, para comprovar tempo de serviço ou de contribuição, apresentar 
documentação considerada insuficiente, qual a providência a adotar? 
Se o documento apresentado pelo segurado não atender às exigências legais (por 
exemplo não for contemporâneo ou não comprovar a prestação dos serviços durante todo o 
período reivindicado), a prova exigida pode ser complementada por outros documentos que 
levem à convicção do fato a comprovar, inclusive mediante justificação administrativa. 
95) O que é a justificação administrativa? 
A Justificação Administrativa - JA é o procedimento destinado a suprir a falta de 
documento ou fazer prova de fato ou circunstância de interesse do beneficiário perante o INSS. 
 A comprovação realizada mediante justificação administrativa ou judicial só produz 
efeito perante a previdência social quando baseada em início de prova material. 
A prova material somente terá validade para a pessoa referida no documento, não 
sendo permitida sua utilização por outras pessoas 
96) Pode ser comprovado tempo de contribuição através de prova exclusivamente 
testemunhal? 
Não será admitida provaexclusivamente testemunhal para efeito de comprovação de 
tempo de serviço ou de contribuição, salvo na ocorrência de motivo de força maior ou caso 
fortuito 
97) Os servidores do INSS podem efetuar diligências junto a empresas para obter 
informações necessárias à instrução ou revisão de processos relacionados a benefícios 
previdenciários? 
A empresa colocará à disposição de servidor designado por dirigente do Instituto 
Nacional do Seguro Social as informações ou registros de que dispuser, relativamente a 
segurado a seu serviço e previamente identificado, para fins de instrução ou revisão de 
processo de reconhecimento de direitos e outorga de benefícios do Regime Geral de 
Previdência Social. 
98) Quando um trabalhador rural necessita de declaração de sua atividade rural, mas não 
existe sindicato na localidade, quem pode emitir essa declaração? 
Prof. Cecilia Menezes, em 21/08/2014 
 
Na hipótese de inexistência de sindicato que represente o trabalhador rural, a 
declaração poderá ser suprida pela apresentação de duas declarações firmadas por 
autoridades administrativas ou judiciárias locais, desde que exerçam cargos ou funções de 
juízes federais ou estaduais ou do Distrito Federal, promotores de justiça, delegados de polícia, 
comandantes de unidades militares do Exército, Marinha, Aeronáutica ou de forças auxiliares, 
titulares de representação local do Ministério do Trabalho e Emprego e de diretores titulares de 
estabelecimentos públicos de ensino fundamental e médio. 
 Essas autoridades somente poderão fornecer declaração relativa a período anterior à data 
do início das suas funções na localidade se puderem fundamentá-la com documentos 
contemporâneos do fato declarado, que evidenciem plena convicção de sua veracidade. 
 Essas declarações também necessitam de homologação do INSS para serem 
utilizadas como prova de atividade rural. 
99) Quais situações não podem ser contadas para cômputo do tempo de contribuição? 
 Não será admitida a contagem em dobro ou em outras condições especiais. 
 É vedada a contagem de tempo de contribuição no serviço público com o de 
contribuição na atividade privada, quando concomitantes. 
 Não será contado por um regime o tempo de contribuição utilizado para concessão 
de aposentadoria por outro regime. 
100) A partir de quando é devida a aposentadoria por tempo de contribuição? 
A aposentadoria por tempo de contribuição será devida ao segurado empregado, 
inclusive o doméstico: 
 a) a partir da data do desligamento do emprego, quando requerida até noventa dias 
depois dela; ou 
 b) a partir da data do requerimento, quando não houver desligamento do emprego ou 
quando for requerida após noventa dias do desligamento. 
 A aposentadoria por tempo de contribuição será devida aos segurados avulso, 
contribuinte individual e facultativo, a partir da data da entrada do requerimento. 
 
 
 
 
Prof. Cecilia Menezes, em 21/08/2014

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